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anticoagulantes e antiagregantes conceitos • Anticoagulante e Antiagregantes – fármacos que previnem a formação de trombos inativando os mecanismos que são responsáveis pela formação do trombo. • Fibrinolíticos – fármacos que atuam no tratamento dos trombos já formados (dissolvem os trombos). hemostasia É a cessação da perda de sangue a partir de um vaso lesado. • Vaso sanguíneo sofre lesão ou dano → ocorre naturalmente a secreção de endotelina (potente vasoconstritor) → as plaquetas se aderem ao vaso, promovendo o tampão plaquetário/ hemostasia primária (por meio dos "braços" Gp IIb/IIIa) → ocorre a formação do coágulo/ hemostasia secundária (rede de fibrina + plaquetas) Células endoteliais Em condições fisiológicas, as células endoteliais produzem substâncias que impedem a coagulação (heparina, óxido nítrico e prostaciclina) para inibir a agregação plaquetária e, consequentemente que se forme um coágulo sem necessidade. Cascata de coagulação Consiste em uma cadeia de enzimas solúveis no plasma que tem como função formar o coágulo e interromper uma hemorragia causada por uma lesão no vaso. Essas enzimas trabalham em série, para no final, promover a conversão de protrombina em trombina. Essa cascata ocorre em 2 vias: • Intrínseca – todos os componentes necessários à coagulação já estão presentes no sangue. • Extrínseca – é ativada por fatores teciduais que não pertencem ao sangue. Ambas as vias irão convergir para a ativação do fator X em Xa, que atua convertendo protrombina em trombina. TROMBINA (IIa) – RESPONSÁVEL POR CONVERTER FIBRINOGÊNIO EM FIBRINA, PARA ASSIM, FORMAR UMA REDE DE FIBRINA NO LOCAL DA LESÃO E IMPEDIR A HEMORRAGIA. ADERÊNCIA E AGREGAÇÃO DAS PLAQUETAS - Quando um vaso é lesado, há a exposição de fibras de colágeno, com isso, se inicia o processo de aderência das plaquetas. No colágeno, há a presença do fator de Von Willebrand, que irá interagir com as plaquetas se ligando a ela pelo seu “braço” (Gb IIb/IIIa). - Essa ligação ativa as plaquetas, fazendo com que elas liberam grânulos que contenham TxA2, trombina e ADP. Essas substâncias irão ativar outras plaquetas, ativando, consequentemente o receptor Gb IIb/IIIa. Esse receptor irá interagir com o fibrinogênio fazendo com que as plaquetas consigam formar uma grande agregação de plaquetas ativadas (hemostasia primária), impedindo a ocorrência de uma hemorragia. - O coágulo fica fortalecido através do fibrinogênio, que permite a ligação das Gp IIb/IIIa das plaquetas ALÉM DE SE LIGAR AO COLÁGENO PELO FATOR DE VON WILLEBRAND, AS PLAQUETAS TAMBÉM SE ADEREM AO COLÁGENO SE LIGANDO DIRETAMENTO A ELE PELO GP6 (“BRAÇO” DO COLÁGENO). AÇÃO DA ANTITROMBINA III (ATIII) A ATIII (anticoagulante natural) se complexa com a heparina (secretado pelas células endoteliais intactas) para inativar fatores de coagulação. • Pelo fato de a ATIII impedir que a coagulação aconteça, ele é considerado um anticoagulante. ATIII LIVRE = FORMA INATIVA ATIII COMPLEXADA COM HEPARINA = FORMA ATIVA NA SUA FORMA ATIVA ELA MUDA SUA CONFORMAÇÃO PARA INTERAGIR COM FATORES DE COAGULAÇÃO E INATIVÁ-LOS. HEPARINA = RESPONSÁVEL PELA LIGAÇÃO DE ATIII COM FATORES DE COAGULAÇÃO. E, MESMO APÓS SE DESLIGAR DO COMPLEXO FATOR DE COAGULAÇÃO + ATIII, ESSECOMPLEXO PERMANECE INATIVO. terapia antitrombótica ANTICOAGULANTES Agentes capazes de inibir a cascata de coagulação, impedindo a formação de trombina e fibrina ou inibindo alguma substância que seja importante para a síntese desses fatores, como a inibição da vitamina K. São indicados para o tratamento e profilaxia de eventos trombóticos. - Tromboembolismo venoso - Trombose arterial - AVC - Fibrilação auricular (FA) - Trombofilias - Após substituição de uma válvula cardíaca 1) Anticoagulantes parenterais • Heparina e derivados a) Heparina não fracionada (HNF) – encontrada nos mastócitos e é administrada IV pois a absorção é imediata. • Mecanismo de ação – se liga a antitrombina III e aumenta a taxa de inibição dos fatores Xa e IIa (trombina). b) Heparina de baixo peso molecular (HBPM) - ~17 sacarídeos, sendo administrada SC e possui uma maior biodisponibilidade em comparação com a HNF. Além disso, possui meia-vida mais longa que a HNF. • Mecanismo de ação – aumenta a taxa de inibição do fator Xa e inativa parcialmente o fator IIa (ou seja, possui menor ação na trombina - IIa). • Enoxaparina e dalteparina (fragmentadas); Fondaparinux (pentassacarídeo) FONDAPARINUX (INIBIDOR SELETIVO DO FATOR Xa SC) AUMENTA TAXA DE INIBIÇÃO DO FATOR Xa MAS NÃO TEM NENHUMA AÇÃO EM IIa. A HNF E A HBPM NÃO ATRAVESSAM A BARREIRA PLACENTÁRIA, POR ISSO, SÃO ANTICOAGULANTES PREFERENCIAIS DURANTE A GRAVIDEZ. c) Inibidores direto da trombina (IIa) • Dabigatrana – bloqueia de modo competitivo e reversível o local ativo da trombina livre ou ligado ao coágulo, bloqueando a conversão mediada pela trombina do fibrinogênio em fibrina. • Lepirudina – liga-se com alta afinidade a dois sítios na molécula de trombina, com isso, impede a ativação de fibrinogênio e fator XIII mediada pela trombina. • Argatrbana – liga-sse reversivelmente ao sítio ativo da trombina. 2) Anticoagulantes orais • Antagonista da vitamina K (Varfarina - administrada VO) – atua sobre a via de carboxilação ao inibir a epóxido redutase necessária para a regeneração da vitamina K reduzida (ativada), ou seja, age inibindo a vitamina K (responsável pela ativação dos fatores da coagulação) - Age no tratamento de embolia pulmonar, trombose venosa profunda, embolia sistêmica pós-IAM. - A janela terapêutica é estreita, logo, se houver algum erro na dosagem pode causar intoxicação. MAIOR INR = MAIOR RISCO DE HEMORRAGIA MENOR INR = MAIOR RISCO DE TROMBOSA INR (RAZÃO NORMALIZADA INTERNACIONAL) DICUMAROL É O ANTICOAGULANTE NATURAL FORMADO NO TREVO ESTRAGADO. COLESTIRAMINA – DIMINUI O EFEITO ANTICOAGULANTE DA VASFARINA. AMIODARONA. CLOPIDROGEL – AUMENTA O EFEITO ANTICOAGULANTE DA VARFARINA. a) Inibidor do fator Xa • Rivaroxabana, Apixabana e Edoxabana -inibem o fator Xa livre ou associado ao coágulo, diminuindo a geração de trombina, e, consequentemente, supressão da agregação plaquetária e da formação de fibrina. ANTIPLAQUETÁRIO Impedem a adesão, ativação e agregação plaquetária. • Utilizados no tratamento e/ou prevenção de trombose arterial - síndrome coronariana aguda, angina, doença arterial periférica, trombocitopenia essencial, prevenção primária de DAC, AVC isquêmico agudo 1) Inibidores da COX A COX converte o ácido araquidônico em prostaglandina H2 e posteriormente em TxA2. Logo, inibindo a COX, não teremos TxA2 e, consequentemente, não teremos a ativação e nem a agregação plaquetária. • AAS - administrado oralmente, absorção rápida e revestimento entérico. AAS INIBE PERMANENTEMENTE A AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA DURANTE TODA A VIDA DA PLAQUETA. 2) Inibidores da fosfodiesterase (PDE) A PDE degrada AMPc (AMPc inibe a agregação plaquetária) em AMP. Ao inibir a PDE, vai se ter o aumento de AMPc, aumentando, consequentemente, a inibição da agregação plaquetária. Além de inibirem a PDE, inibem também a absorção de adenosina. • Dipiridamol (maior absorção e possui efeito anti plaquetário fraco) e Cilostazol DIPIRIDAMOL + VARFARINA - USADA PARA INIBIR A FORMAÇÃO DE TROMBOS EM PRÓTESES VALVARES CARDÍACA. DIPIRIDAMOL + AAS - USADA PARA REDUZIR A PROBABILIDADE DE TROMBOSE. 3) Inibidores do receptor de ADP Se ligam ao receptor de ADP (P2Y1) e impedem que o ADP se ligue ao seu receptor promovendo a ativação plaquetária. • Clopidogrel e Prasugrel (inibição irreversível), Ticagrelor (inibição reversível), Cangrelor e Ticlopidina (não é mais usado) CLOPIDOGREL, PRASUGREL E TICAGRELOR POSSUEM RÁPIDA ABSORÇÃO, SENDO O PRASUGREL COM AÇÃO MAIS RÁPIDA E TICAGRELOR COM AÇÃO MAISDEMORADA. 4) Antagonistas do GP IIb/IIIa GP IIb/IIIa É UMA INTEGRINA QUE SOFRE TRANSFORMAÇÃO DE SUA CONFORMAÇÃO QUANDO AS PLAQUETAS SÃO ATIVADAS E ATUAM COMO RECEPTOR PARA O FIBRINOGÊNIO E O FVW. • Mecanismo de ação – ligam-se e inibem o receptor GP IIb/IIIa, evitando a ligação do fibrinogênio, impedindo a agregação plaquetária. • Epitifibatida (altamente eficaz) – utilizado para reduzir eventos isquêmicos e no tto da angina instável e IAM. • Tirofibana – antagoniza reversivelmente a ligação do fibrinogênio. Foi aprovado para uso em pctes com síndromes coronarianas agudas • Abciximabe (fragmento de um anticorpo) – em associação com AAS e heparina previne IAM e morte.
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