Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Plaquetas: -As plaquetas são pequenos fragmentos celulares derivados de uma célula produzida pela medula óssea, o megacariócito. -O processo de produção do megacariócito pela medula óssea e fragmentação em plaquetas dura cerca de 10 dias e é regulado pelo hormônio trombopoietina, que é produzido pelo fígado e pelos rins. -Medem entre 1,5 e 3,0 micrômetros de diâmetro (portanto só podem ser visualizadas em microscópios potentes) e possuem uma vida média de 5 a 10 dias em indivíduos sadios, que pode variar entre as espécies. -Depois disso são destruídas e retiradas de circulação pelos macrófagos, principalmente no baço e no fígado. ↳Valores de Referência: entre 150.000 e 450.000/ mm³ ↳Exame : Hemograma completo Trombocitose:aumento na quantidade de plaquetas, normalmente está relacionado a alterações na medula óssea, doenças mieloproliferativas, anemias hemolíticas e após procedimentos cirúrgicos, por exemplo, pois há uma tentativa do organismo em evitar grandes sangramentos. Trombocitopenia: diminuição da quantidade de plaquetas que pode ser devido a doenças autoimunes, doenças infecciosas, deficiência nutricional de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 e problemas relacionados à problemas no baço, por exemplo. Sintomas: presença de sangramentos no nariz e nas gengivas, aumento do fluxo menstrual, presença de manchas roxas na pele e presença de sangue na urina, por exemplo. Hemostasia: -É o nosso sistema de coagulação, mantém o equilíbrio entre agentes pró-coagulantes e anticoagulantes. -Promove reparo da lesão vascular, limitando a perda de sangue -Evita a oclusão vascular(trombose) -Os agentes pró-coagulantes se dividem em hemostasia primária(responsável pela formação do tampão plaquetário, as plaquetas são os agentes principais) e hemostasia secundária(rede adesiva de fibrina para formar o coágulo vermelho) Lesão Endotelial: -Exposição de proteínas reativas de matriz(Colágenos, por exemplo) -Secreção e síntese de vasoconstrictores(Tromboxano A2 ou serotonina) -Recrutamento e ativação plaquetária(Tromboxano A2 ou ADP) -Ativação da cascata de coagulação Eventos na Hemostasia: -Constrição vascular -Formação do tampão plaquetário -Formação do coágulo -Crescimento do tecido fibroso Constrição vascular: -Vaso constrição reflexa(espasmo miogênico) -Tromboxano A2: prostaglandina produzida pela própria plaqueta, que vai promover o aumento da agregação plaquetária e vasoconstrição -Reflexos nervosos(Sistema Nervoso Simpático com a liberação de noradrenalina que aumenta a vasoconstrição) 1.Hemostasia Primária: -A hemostasia primária é ativada após a lesão endotelial, expondo a matriz endotelial como o colágeno e o fator de Von Willebrand(FVW). -Células em repouso ou ativas: quando em repouso a célula está toda invaginada formando o Sistema Canalicular; quando ativada a célula fica sem invaginações formando o Sistema Canalicular Aberto -Quando ativadas apresentam os grânulos-alfa que vão liberar por exocitose estruturas importantes para a Hemostasia Primária: ● Fator de Von Willebrand ● Fibronectina ● Fibrinogênio -Já os grânulos Densos liberam: ● ADP ● Cálcio -No citoesqueleto ficam ancoradas Glicoproteínas integrinas: ● GP Ia/IIa ● GP Ib ● GP IV ● GP IIb/IIIa ➔ Funcionamento: -Trauma no vaso sanguíneo -Exposição de fatores endoteliais -Alteração conformacional na glicoproteína de membrana GP IIb/IIIa(essa glicoproteína se liga a um fibrinogênio, que vai se ligar a outra plaqueta) -A plaqueta começa a degranular(libera substratos químicos: ADP, Tromboxano A2 e serotonina para aumentar a adesão plaquetária) -Plaquetas começam a agir -Três fases: a) Adesão: -A plaqueta precisa se ligar no vaso para tamponar o sangramento -Shear Stress – área de maior atrito do vaso; -Exposição de colágeno→Exposição da Matriz Subendotelial -A plaqueta se liga ao colágeno através das glicoproteínas integrinas ● 1ºcontato: GP Ia/IIa e GP IV com o colágeno→ ligação fraca ● 2º contato: Fator de Von Willebrand conecta a proteína Ib ao colágeno subendotelial →Adesão efetiva -Plaquetas mudam rapidamente para forma ativa – Dendrítica -Ativação na GP IIb/IIIa – aumenta a afinidade pelo Fibrinogênio. -Translocação dos Fosfolipídios [Fosfatidilserina] com carga negativa para superfície – ligam-se ao Cálcio e servem como local de formação de complexos de fatores de coagulação. b) Ativação: -A adesão desencadeia a ativação plaquetária, com recrutamento de mais plaquetas para o local da lesão vascular. -As plaquetas precisam estar ativadas para dispor de mais sítios de glicoproteína -Estimulação pelos agonistas plaquetários, que ao se ligarem em seus receptores, desencadeiam a liberação de constituintes dos grânulos plaquetários e a síntese de novos agonistas, amplificando o fenômeno de ativação -Os principais agonistas: ● Colágeno ● Epinefrina(SN simpático) ● Serotonina(atua na vasoconstrição diminuindo o sangramento) ● Trombina ● Glicoproteína IV -Liberação das substâncias presentes nos grânulos densos: ● ADP causa ativação da fosfolipase A2, que leva a síntese de Tromboxane A2 pela COX-1(sinaliza para que mais plaquetas participem do tampão plaquetário) -Os receptores plaquetários associam-se a um sistema de proteínas presentes na membrana, denominadas proteínas G (PG). →Ativação de Receptores Ativados por Proteases (PAR) – acoplado a proteína G. -Uma vez ocorrida a interação entre o agonista e o receptor, o sistema de proteínas G irá promover a ativação de fosfolipases C. -Fosfolipase→Hidrólise do Fosfatidinilinositol da Membrana -Gera Diacilglicerol (DG) e Inositol – Trifosfato (IP3) -Cascata do Diacilglicerol ● Ativação da Proteína Cinase C; ● Altera a conformação da GP IIb/IIIa; ● Aumenta a afinidade com Fibrinogênio. - Cascata do Inositol – Trifosfato (IP3) ● Liga-se aos receptores de membrana do sistema tubular denso – mobiliza o Ca2+; ● Ativação do Sistema Contrátil – Actina/Miosina; ● Mudança na Forma Discóide; ● Ativação da Fosfolipase A2; ● Liberação do Ácido Araquidônico –da membrana fosfolipídica; ● Cicloxigenase – enzima (COX) cliva o ácido araquidônico; ● Ac. Araquidônico ● Endoperóxidos Tromboxano A2 ● Tromboxane Sintease atua na conversão de Endoperóxidos em Tromboxano A2 -Exposição do Fosfolipídio plaquetário na membrana da plaqueta(importante na Hemostasia Secundária) A plaqueta está sendo ativada pela ligação com colágeno ou com o fator de von willebrand.Dessa forma, ativa-se a COX-1(enzima que vai produzir o tromboxano A2).Além disso, ativa-se a alteração conformacional da GP IIb/IIIa. Essa glicoproteína se liga no fibrinogênio e o fibrinogênio faz uma ponte com outra plaqueta. Esse processo vai ser otimizado pelo Trombonxano A2 e pelo ADP, pois a primeira plaqueta liberou essas substâncias, que consequentemente irão ativar outras plaquetas. o ADP vai interagir com um receptor específicoo P2Y(alvo do clipidogrel). Além disso, temos a participação do PGI2 inibindo todo o processo, por ser um antiagregante plaquetário e vasodilatador Medicações que inibem essa agregação: 1. AAS: acetila a COX-1, impedindo a produção de Tromboxane A2→Sem agregação plaquetária 2. Clopidogrel/ Prasugrel/ Ticagrelor: inibem o receptor do ADP(P2Y12), impedindo a ativação da Fosfolipase A2→sem agregação plaquetária Importantes na Síndrome Coronariana Aguda quando se faz uma dupla antiagregação plaquetária para diminuir a quantidade de trombo(na síndrome temos uma coronária obstruída por um trombo) O AAS acetila irreversivelmente a molécula de COX-1. Com isso, em casos cirúrgicos é necessário suspender a medicação de 7 a 10 dias antes do procedimento. Uma vez que esse é o tempo de vida da plaqueta. Os AINES ligam-se reversivelmente a molécula de COX-1. Dessa maneira, suspensão do remédio por 48 horas já é o suficiente para retorno da agregação plaquetária fisiológico. Bloqueadores do Receptor de ADP (Receptor P2Y12) Diminui o recrutamento de plaquetas inativas para a área de formação de trombo. - Ticlopidina – Ticlid – mais potente e antigo de todos. Apenas 2 doses Diárias. - Clopidogrel – Plavix - Prasugrel– Effient - Ticagrelor – Brillinta - Cangrelor – uso intravenoso Deve-se suspender o uso de bloqueadores de ADP cerca de 5 a 7 dias antes do procedimento. Antagonistas da GP IIb/IIIa A principal complicação das drogas que atuam por tal mecanismo é o risco aumentado de morte, uma vez que são efetivas na antiagregação. Não são mais utilizadas. - Abciximab – Reopro – anticorpo monoclonal contra GP IIb/IIIa; Meia Vida de 30 min (ação por 18- 24h) – administrado por infusão endovenosa. Efeitos Adversos: Sangramento, Trombocitopenia. - Tirofiban – Aggrastat – molécula não peptídica que bloqueia a ligação do fibrinogênio; - Eptifibatide – Integrilin – hepatopeptídeo não imunogênico, semelhante ao tirofiban; Inativa a ativação da plaqueta: Vorapaxar: bloqueio dos receptores par(receptores do fator IIa que ativa a plaqueta) c) Agregação: -Os receptores de membrana são os responsáveis pela agregação das plaquetas -Alteração conformacional da GP IIb/IIIa – ligação do fibrinogênio. -A onda de Agregação é reversível; -Porém a ativação simultânea de trombina estabiliza o tampão – contração plaquetária irreversível. -O responsável é a GP IIb/IIIa que conecta uma plaqueta a outra através do fibrinogênio(liberado pelo grânulo-alfa) -Formação do Trombo Branco(Fim da Hemostasia Primária) A inibição da função plaquetária nessa etapa pode ser feita por meio de drogas que agem como antagonistas ou inibidores da GP IIb/IIIa, como Abciximab, Eptifibatie e Tirofibran. 2.Hemostasia Secundária-Coagulação -É a conversão do fibrinogênio(proteína solúvel) em fibrina(polímero insolúvel) por ação da trombina(enzima). - A fibrina forma uma rede de fibras elásticas que consolida o tampão plaquetário e o transforma em tampão hemostático -A coagulação é uma série de reações químicas entre várias proteínas que convertem pró-enzimas (zimógenos) em enzimas (proteases). -Essas pró-enzimas e enzimas são denominadas fatores de coagulação -Os monômeros de fibrina formados vão se unindo e formando a fibrina S(polímero solúvel) -A fibrina S sofre ação do fator XIIIa (fator XIII ativado pela trombina) e íons de cálcio, formando um alicerce para o agregado plaquetário a) Cascata de Coagulação: Iniciação: -Exposição do fluxo sanguíneo a células que expressam fator tecidual -A expressão de FT é iniciada por lesão vascular ou por ativação endotelial por citocinas ou mesmo processos inflamatórios. -Uma vez combinado com o FT, o fator VII é ativado (FVIIa). -O complexo FT/FVIIa ativado ativa o fator X e fator IX, tornando-os fator Xa e fator IXa. -Fator Xa pode ativar fatorV. -Se o fator Xa dissociar-se da superfície celular, ele é inativado pela antitrombina III e pelo inibidor da via do fator tecidual (TFPI). -O fator Xa, permanecendo na superfície celular juntamente com o fator V convertem uma pequena quantidade de protrombina em trombina, que participa fundamentalmente da fase de ampliação Ampliação: -A adesão de plaquetas no colágeno subendotelial é mediada pelo receptor de colágeno plaquetária específica (glicoproteína Ia/IIa) e fator de von Willebrand, os quais formam ligações entre plaquetas e fibras de colágeno para ativar as plaquetas. -A pequena quantidade de trombina gerada na fase de iniciação amplifica o processo da coagulação proporcionando ativação de mais plaquetas, aumentando a adesão das plaquetas e ativando os fatores V, VIII e XI. -Plaquetas ativadas liberam fator V na sua forma parcialmente ativada que é então completamente ativada pela trombina ou fator Xa. -O fator de von Willebrand é partido pela trombina para liberar o fator VIIIa. -Plaquetas ativadas têm agora fatores ativados Va, VIIIa e IXa em sua superfície. Propagação: -A fase de propagação é caracterizada pela produção de complexos tenases e protombinases que são agrupados na superfície das plaquetas ativadas. -O complexo tenase, fator VIIIa e fator IXa, é formado quando o fator IXa move-se da célula expressadora de FT, onde é ativado, para ligar-se ao receptor expressado nas plaquetas ativadas. -O complexo fator VIIIa/IXa ativa fator X que juntamente com o fator Va formam o complexo protrombinase. -O complexo protrombinase intensifica em muito a produção de trombina que converte o fibrinogênio solúvel em fibrina e também ativa o fator estabilizador da fibrina, fator XIII, para formar o coágulo de fibrina hemostático. Inibição do Sistema de Coagulação: -Inibidor da via do fator tecidual (TFPI): liberado pela matriz lesada e vai inibir o fator tecidual -Proteína C Proteína S : fazem a proteólise dos cofatores Va e VIIIa -Antitrombina III: utilizada pelo fármaco heparina, que vai potencializar a ação da antitrombina.Ela vai diminuir a intensidade da coagulação através do bloqueio dos fatores de coagulação (⬇IIa, IXa, Xa, XIa e XIIa) ANTICOAGULANTES: -A droga ideal = impedir a ocorrência de trombose, limitar a lesão por reperfusão (adequada em tempo e intensidade), preservar resposta normal à lesão vascular (especificidade) e limitar o sangramento. a) PARENTERAIS -Heparina não fracionada (de alto peso molecular) → droga padrão ➤mucopolissacarídeo → extraído de mucosas suínas ➤possui algumas oscilações → não prescrita em miligramas e sim em unidades USP ➤Heparina + antitrombina = complexo que potencializa o efeito da antitrombina (aumenta a atuação em até 1.000 X) ➤Principal diferença entre as heparinas = neutraliza o fator Xa também 1 fatores Xa :1 trombina ➤ Não é consumida no processo! → processo contínuo ➤TTPa → 2 a 3 X valor normal ➤Em doses altas tem efeito antiagregante ➤ USO = trombose venosa e embolia pulmonar; endovenoso e em alguns casos subcutâneo profundo. ➤efeito imediato ➤Não ultrapassa a placenta; interromper 24h antes do parto ➤Fígado→ heparina biotransformada ➤cinética dose dependente → 1 - 5 horas de meia vida ➤Resistência à heparina = na dose preconizada, a heparina não tem o efeito ideal. Pode ser causada por depuração acelerada, fator plaquetário IV elevado e pouca antitrombina. -Heparina Fracionada (de baixo peso molecular) ➤são mais lineares → padrão mais organizado de efeito, absorção; espessas em miligramas ➤Ex: Enoxaparina ➤Neutraliza o fator Xa (prioritariamente) e trombina (fator IIa) 3 fatores Xa :1 trombina ➤ USO SEMPRE SUBCUTÂNEO ➤meia vida = 4 - 6 horas b) ORAIS: -Varfarina → trevo doce = derivado cumarínico ➤impedir progressão e recidiva de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar ➤antagonista da vitamina K ➤Atuação da Vitamina K = vit. K reduzida age como cofator da carboxilação do zimogênio dos fatores de coagulação (vit K é oxidada) tornando-os funcionais ➤Varfarina = bloqueia a redutase que reduz a Vit K que foi oxidada de volta a sua forma reduzida. ➤Também bloqueia anticoagulantes C e S ➤Problema: Comportamento paradoxal da varfarina = PTNs C e S são de tempo de meia vida menor, desaparecendo primeiro do que os fatores de coagulação → aumento da coagulabilidade; risco de trombose e necrose cutânea posterior. ➤Solução: Administração conjunta de Varfarina e heparina nos primeiros 5 dias. ➤Mistura racêmica → enantiômero S é mais ativo ➤POLIMORFISMOS GENÉTICOS → CYP2C9 ➤Atravessa a placenta, não é excretada no leite materno → malformações fetais e aborto ➤Interação com clopidogrel!! → bloqueia o citocromo que metaboliza a Varfarina → intoxicação ➤Interação com antibióticos!! → inibe a microbiota produz vit. K = exacerba o efeito da varfarina PARÂMETROS DE COAGULAÇÃO: -Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) →plasma recalcificado* + fosfolipídeos de carga negativa/cefalina e substância particulada (silicato de alumínio) ● Mais sensível para detectar o efeito da heparina ● Valor padrão = 26 - 33s → via intrínseca ● Se heparina estiver fazendo efeito = aumento do tepo padrão de 2 - 3 X ● Hemorragia importante = se aumentar de 4 - 5 X - Tempo de atividade de protrombina (TP) → plasma recalcificado* + fator tecidual (tromboplastina) ● Valor padrão = 10 - 14s → via extrínseca ● Mensurar o efeito da varfarina *Plasma recalcificado = para realizar esse exame é necessário retirar todo o cálcio da amostrae depois adicionar de volta para avaliar quanto tempo demora para ocorrer agregação na presença de alguns substratos. Esse substrato varia se for o objetivo calcular o tempo de tromboplastina e o de protrombina. 3. Fibrinólise: -Objetiva destruir a fibrina que foi formada -A plasmina, proteína que lisa a rede de fibrina, é derivada do plasminogênio que está ligado internamente à rede de fibrina. -O ativador tecidual do plasminogênio (TPA = tecidual plasminogen activator) liberado pelo endotélio que circunda a área da lesão é responsável pelo desencadeamento do processo que limita a progressão desnecessária da trombose. -t-PA vai realizar a conversão de plasminogênio em plasmina -A antiplasmina, presente no plasma, combina-se com o excesso de plasmina liberada, impedindo o aparecimento de fibrinólise generalizada. A clivagem de ligações peptídicas na fibrina e no fibrinogênio gera vários produtos de degradação. Vários desses fragmentos menores podem ser detectados no plasma de pacientes com coagulação intravascular disseminada. O t-PA é produzido pela própria célula endotelial e ele vai converter o plasminogênio em plasmina.A plasmina ativa vai cortar a fibrina para dissolver o processo coagulatório. PAI-1 e PAI-2 são inibidores do t-PA. Alfa-2-AP(antiplasmina) inibe a própria plasmina que foi ativada -Urocinase → ativador produzido pelos néfrons; circulante -Ác. aminocapróico → fármaco; inibe a quebra da fibrina pela inibição da conversão de plasminogênio em plasmina (prescrito para pacientes com hemorragia) TESTE DE FIBRINÓLISE: - Tempo de lise das euglobinas(classe de globulinas insolúveis em H2O) → em desuso - Tromboelastografia (TEG) / Tromboelastometria (ROTEM) → mede a viscoelasticidade da estabilidade do coágulo ● Estado hiperfibrinolítico significativo = ex. durante transplante de fígado ● Ác. tranexâmico → medicamento; reduz a hiperfibrinólise e o sangramento decorrente. - Dosagem de D-dímeros → avalia presença de produtos de degradação de fibrina ● aumentados = atividade sequencial de trombina e plasmina → infecção, câncer, gravidez e tromboembolismo venoso. ● pode ser feito em plasma citratado na mesma amostra da qual são feitos os testes de coagulabilidade rotineiros MEDICAMENTOS: a) FIBRINOLÍTICOS: Os fibrinolíticos são moléculas que ativam o plasminogênio em plasmina -Ativador de plasminogênio tecidual recombinante → mecanismo de ação igual ao t-PA endógeno, mas com efeito mais disseminado -Alteplase→ faz a mesma coisa que o t-PA ➤meia vida = 5 min → depuração hepática(limpeza) ➤Uso = trombólise coronária, AVE isquêmico ➤Efeitos adversos = hemorragia (pois está sem fibrina) -Estreptoquinase → PTN extraída de cultura de estreptococos beta-hemolíticos ➤Estreptoquinase + plasminogênio = complexo que promove a ativação de plasmina potencializando essa ativação ➤O uso com mais de 5 dias induz formação de anticorpos- uso agudo ➤Infusão lenta(intervalo entre trinta e sessenta minutos) ➤Efeito disseminado = efeitos adversos → hemorragia, desenvolvimento de anticorpos antiestreptoquinase, redução da PA e isquemia, bradi ou taquicardia, náusea e vômitos, cefaleia. ➤em desuso na literatura Indicações terapêuticas A utilização dos fármacos fibrinolíticos está indicada principalmente para tratamento de trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico agudo com obstrução arterial. Em ambiente hospitalar, principalmente em setores de emergência, os fibrinolíticos são administrados por via intravenosa, uma vez que essa via proporciona um rápido início de ação Complicações e efeitos adversos A baixa seletividade, ou seja, os fibrinolíticos não conseguem distinguir os coágulos indesejados que causam problemas dos coágulos que induzem hemostasia benéfica. Dessa maneira, a dissolução de ambos os tipos de coágulos resulta na principal complicação e efeito adversos dos fibrinolíticos, a hemorragia. Por causa disso, pacientes que são gestantes, com ferimentos em processo de cicatrização, como a úlcera péptica, com histórico de acidente vascular encefálico, neoplasias com ou sem metástase, estão contraindicados a utilizar esses medicamentos devido à chance de causar sangramentos. b) INIBIDORES DE FIBRINÓLISE: -Ácido aminocapróico → impede a fibrinólise; impede a ativação da plasmina ➤Inibição dos ativadores de plasminogênio ➤previne hemorragias associadas com hiperfibrinólise ➤uso intravenoso ou oral ➤depuração predominantemente renal ➤Reações adversas = náusea, vômitos, eventos tromboembólicos, miopatias (rara) → pode ser exacerbada se associada a outras drogas que também promovem miopatias como para dislipidemias (ex: estatinas) CASO CLÍNICO 1: Paciente do sexo masculino, 62 aos, procurou o HRTM com queixas de “forte dor no peito”.A dor em aperto em região precordial que iniciou há 2 horas com piora progressiva é agravada após moderado esforço físico, com melhora após repouso.Paciente referiu apresentar também desconforto em região de dorso e membro superior esquerdo.Relata histórico familiar de infarto agudo do miocárdio (pai faleceu aos 50 anos). Fisiopatologia e Uso dos fibrinolíticos na reperfusão coronária química QUESTÕES: 1) A fibrinólise é definida como: a) Desagregação da fibrina mediada pela plasmina (enzima produzida a partir do fibrinogênio). b) Desagregação da fibrina mediada pelo plasminogênio. c) Agregação da fibrina mediada pela plasmina (e nzima produzida a partir do fibrinogênio. d) Agregação da fibrina mediada pelo plasminogênio 2) O sistema fibrinolítico é o principal efetor da: a) Formação do coágulo. b) Agregação plaquetária. c) Hemólise. d) Remoção do coágulo Homem de 56 anos, procura hematologista pois deseja realizar pesquisa de trombofilias hereditárias. É hipertenso, diabético, tabagista (35 anos/maço) e teve um episódio de trombose venosa profunda há 3 meses, no quinto dia de pós-operatório de cirurgia de prótese de quadril, sendo que não estava em uso de profilaxia com heparina. Não possui antecedentes familiares relevantes. Assinale a alternativa correta: A. Não há indicação de pesquisa de trombofilias hereditárias nesse caso, pois trata-se de trombose claramente provocada B. A pesquisa de trombofilias hereditária está indicada pois o paciente tem menos do que 60 anos de idade C. Não há indicação de pesquisa de trombofilias hereditárias nesse caso, pois o evento trombótico é recente D. A pesquisa de trombofilias hereditária está indicada pois trata-se de evento trombótico espontâneo (Gabarito: A)
Compartilhar