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Prótese Total AULA: ANAMNESE E EXAME CLÍNICO EM PT. · Relembrar as classificações - Sistema de fixação 1. Prótese removível 2. Prótese fixa - Tipo de suporte 1. Mucossuportada- mucosa 2. Dentossuportada- dente 3. Dentomucossuportada- dente e mucosa 4. Implanto suportada- fixada no implante - Número de dentes repostos 1. Prótese total 2. Prótese parcial · Anamnese Ao avaliar um paciente de prótese total, vamos ver que ele não possui dentes, logo temos que ter um olhar diferenciado para a mucosa, procurar estruturas alteradas nela. Protocolo da anamnese: - Identificação do paciente: Preencher a ficha adequadamente, contendo todas as informações do paciente. 1. Idade 2. Gênero 3. Ocupação 4. Situação social - Perfil do paciente: 1. Receptivo- colabora com o tratamento 2. Céptico- não dá muita credibilidade para o dentista e nem para tratamento, acha que é perda de tempo, temos que convencê-lo a utilizar a prótese. 3. Indiferente- bem good vaibes, pra ele tanto faz está lá ou não. 4. Histérico- da muito trabalho, não gosta de nada. - Queixa principal É de suma importância saber o que trouxe o paciente até o consultório e saber do que mais o incomoda. - História médica É importante saber se o paciente faz uso de medicação, alguns medicamentos eles vão ter alguma interferência no tratamento, por esse motivo é preciso ter esse conhecimento. Saber se o paciente possui alguma doença, como: 1. Problemas digestivos 2. Cardíacos 3. Discrasias sanguíneas (anemia) 4. Artrite 5. Diabetes 6. Menopausa 7. Osteoporose 8. Parkison 9. Desordens psiquiátricas OBS: Na maioria dos casos os pacientes para PT são idosos, então geralmente o idoso faz o uso de medicações ou é portador de alguma doença crônica, é importante investigar tudo isso durante a anamnese. - História buco dental O que perguntar? . Como o paciente chegou naquela situação? . Como foi que ele perdeu os dentes? . Qual foi é o motivo? . Se foi falta de higiene ou foi alguma doença, se foi um acidente? Existe vários motivos que levam as pessoas a perderem todos os dentes. então a gente tem que fazer esse detalhamento não somente para a gente entender o nosso paciente, mas também para poder reabilitar ele da melhor maneira. - História protética Ela vai ser observada em pacientes que utilizam prótese, vão procurar o especialista somente para trocar a prótese. Saber se paciente possui algum hábito para funcional, como o bruxismo. Observar o estado o tecido ósseo (na radiografia) É sempre bom perguntar, qual o motivo de troca da prótese. Se esta folgada; se está quebrada. Sempre investigar isso. · Exame clínico - EXTRA ORAL 1. Observar o formato do rosto O formato dos dentes vai estar influenciado pelo formato do rosto. 2. Observar rigorosamente o perfil facial do paciente. O perfil do paciente para pt geralmente tem a ponta do nariz para baixo e um perfil concavo ou perfil de bruxa( queixo avantajado, lábio retraído, pouca tonicidade muscular e sulcos com alta evidencia). Veja na imagem: Nas imagens dá para observar o paciente sem a prótese e com a prótese, observa-se que a estética melhorou, o lábio não está mais retraído, as linhas de expressão diminuíram. OBS: Sempre bom tirar uma foto do antes e depois do paciente, observando o músculo obcular do lábio, sulco naso labial, filtro labial e volume do lábio, rosto e assimetria facial. 3. Abertura bucal Se o paciente não consegue ter uma abertura de no mínimo 3 dedos, não é possível reabilitá-lo pois é necessário moldar o paciente. 4. Verificar a linha média É importante verificar a linha média pois ela vai dividir os incisivos centrais colocados na prótese, ela é referência para as posições dos dentes. Jamais se basear pelo nariz, o paciente pode ter nariz torto. Pegar referência na glabela. 5. Tonicidade muscular A meidida que se perde os dentes se perde a dimensão vertical, a musculatura não tem onde se suportar e ela fica hipotônica ou seja ela cai. 6. Alterações na fase O paciente pode conter lesões na fase por: HIV, quimioterapia, candidíase, deficiência nutricional, perda da dimensão vertical. - INTRA-ORAL É um exame investigativo, procura-se o que pode interferir na prótese, só se avalia mucosa e estruturas de rebordo. É considerado um exame diferencial pois não possui dentes. OBS: Em pacientes que já utilizam prótese a muito tempo, não faz uma boa higienização ou tem alergia ao produto que é feito a prótese, podem aparecer uns vermelhos que é denominado como estomatite protética 1. Mucosa É importante observar como é a mucosa do paciente em cima do rebordo. Pode ter 3 tipos: A- Muito resiliente B- Pouco resiliente C- Resiliência média- ideal para pt A resiliência (flacidez) é uma das propriedades da mucosa que, uma vez comprimida, permite sua recuperação após a anulação da força. Essa resiliência pode ser observada com um cabo de espelho, em cima do rebordo. 2. Patologias associadas a prótese mal adaptada Hiperplasia fibrosa inflamatória, causada por prótese mal adaptada, má higiene, uso noturno. Hiperplasia fibrosa causada por câmara de sucção, próteses antigas. 3. Formato dos arcos - Quadrado - Triangular - Oval Auxilia principalmente na montagem dos dentes. 4. Formato do rebordo - Rebordo normal Prognostico bom, rebordo em forma de triangulo equilátero (todos os lados iguais), mucosa igual em toda a sua extensão, melhor suporte e estabilização da prótese. - Rebordo estrangulado Prognostico não favorável, região estrangulada entre a base e o ápice do rebordo, cirurgia para remodelamento. - Rebordo alto Prognostico favorável- quando a relação osso mucosa constante, boas condições de suporte e estabilidade, a forma de rebordo é triangular isósceles (dois lados iguais), quando a relação osso-mucosa não for normal- gera instabilidade. OBS: Quando se fala de rebordo a altura é bastante importante pois é onde a prótese vai se encaixar. - Rebordo baixo Prognostico ruim- pois não tem altura, forma do rebordo é triangular isósceles (dois lados iguais), aqui pode se pensar em uma prótese sobre implante. - Rebordo em lâmina de faca Prognostico ruim, ápice bastante agudo (causa trauma), indicação cirúrgica de remodelamento. - Rebordo ideal Cortical óssea densa (rx), crista óssea plana e ampla, vertentes altas, tecido conjuntivo firme, denso e fibroso. 5. Superfície do rebordo - Liso - Ondulado - Irregular As irregularidades ósseas devem ser removidas. 6. Inclinação do rebordo - Horizontal Prognostico bom, as forças distribuídas são melhores e tem altura boa. - Rebordo ascendente Prognostico satisfatório, favorece movimentos de rotação mesial. 7. Inserções musculares Podem se chamar de bridas ou freios. Eles podem atrapalhar a retenção da prótese. Pode fazer espaços para esses freios na prótese ou fazer a cirurgia para a remoção deles. 8. Relação intermaxilar - Classe I – Classe II – Classe III Geralmente as próteses podem amenizar essa relação, por exemplo: na classe III onde o queixo está protuido- dá para fazer uma prótese total um pouquinho a frente para compensar essa diferença de espaço. 9. Espaço intermaxilar - Favorável- espaço ideal - Excessivo- compensa com dentes alongados e na altura da gengiva - Limitado- faz remoção cirúrgica 10. Forma do palato - Triangular (profundo)- dificuldade de moldagem - Oval- ideal - Raso É importante saber o formato do palato pois ele interfere diretamente na adaptação da prótese. Quando mais profundo o palato, mais difícil de ter uma adaptação. Em relação ao palato mole, o palato mole pode ter alguma diferença de profundidade, podendo ser mais reto, mais curvo ou horizontal, de acordo com essa profundidade vamos ter diferentes tipos de palato. PEGAR A IMAGEM NO SLIDE DA PROF - Tipo I horizontal - Tipo II curvo - Tipo III vertical, angulada (palato ogival) A linha vibratória (limite entre o palato duro e o palato mole, a prótese tem que ser encaixada até ela, não pode passar, pois ela se desloca) consegue ser verificar na moldagem. 11. Região de travamentoposterior É a união entre o palato duro e o palato mole, a linha vibratória como já foi falado. Dá para ser diferenciada justamente pelo tecido da mucosa, é um tecido com mais glândulas, mais adiposo, vascularizado, liso e rosado. 12. Tórus palatino e mandibular Eles têm que ser corrigidos para poder colocar a prótese. Remoção cirúrgica. 13. Exostoses Rebordo muito espessos a prótese não se adapta. 14. Fossa retroalveolar de neill Fica entre a lingual e o osso da mandíbula, tem que ser moldada. Pode ter uma profundidade rasa, media e profunda. 15. Saliva É uma das substancias principais na retenção da prótese, pode ser classificada quando a qualidade e quantidade. Quantidade- tem ter em uma quantidade normal, uma quantidade excessiva de saliva pode prejudicar a retenção e moldagem, quando é deficiente pode causar ulcerações. Qualidade- quando a saliva é mais liquida: fluida, serosa ou aquosa, quando a saliva está mais grossa: viscosa, espessa ou mucosa. A saliva ideal para pt é a fluida ou serosa. OBS: Medicamentos que podem causar xerostomia: Anti-depressivos, Diuréticos, Anti-hipertensivos, Anti-psicóticos, Anti-coagulante 16. Língua Observa-se: - Integridade - Tamanho - Mobilidade - Posição normal OBS: Pessoas que perderam os dentes a muito tempo e no utilizam prótese, a língua se expande e começa a cobrir o rebordo. 17. Tuberosidade É preciso que o tuber tenha um espaço de 2 a 4mm do ramo da mandíbula, que o espaço entre a parte superior e inferior Se não tem esse espaço o tuber encosta na mandíbula e não tem como reabilitar, logo tem que fazer uma cirurgia para diminuir o tuber. 18. ATM Fazer movimentos de abertura, lateralidade e protusão Observar se o paciente não consegue abrir a boca, se não conseguir não tem como reabilitar com prótese. · Exames complementares 1. Exames radiográficos (panorâmica ou periapical) Nele se observa: forma e qualidade de osso, anomalias (corpos estranhos, raízes, inclusos), avaliar altura do corpo da mandíbula (rebordos), localizar estruturas importantes (ATM, canal mandibular), presença de lesões (cistos e tumores). 2. Exame dos modelos de gessos Da uma visão das áreas: área chapeável, detalhes anatômicos, inserções de freios, avaliação cirúrgico-protético, áreas retentivas, relações intermaxilares. · Cirurgia pré-protética Em tecidos moles e tecidos duros
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