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Artigo Valdeni - Alienação parental

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ALIENAÇÃO PARENTAL
Valdeni Brito
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo trata sobre a SAP, Síndrome da Alienação Parental, que é aquela situação onde o pai ou a mãe treina a criança para se distancia e romper o laço afetivo com o seu outro genitor. Segundo Oliveira e Barreto (2011, p. 3): “a intenção do alienante é provocar o rompimento do laço afetivo da criança e adolescente com o outro genitor”. O genitor alienante utiliza o filho como um instrumento adequado de vingança para atingir o genitor alienado. 
2. DESENVOLVIMENTO
	Em 1985, Richard Gardner, foi responsável por delimitar o termo Síndrome de Alienação Parental, que segundo ele é um distúrbio onde a criança é manipulada por um dos genitores para romper o vínculo afetivo com o outro. 
	Normalmente, isto ocorre quando acaba o vínculo conjugal, pois um dos genitores usa o filho para atingir o outro. As causas que levam o genitor a praticar isso vão desde a inveja, vingança, ciúme. Pinho se posiciona sobre este assunto (2011, p. 1): “O objetivo da Alienação Parental seja sempre o de afastar e excluir o pai do convívio com os filhos, as causas são diversas indo da possessividade até a inveja, passando pelo ciúme e a vingança em relação ao ex-parceiro e mesmo incentivo de familiares, sendo a criança, uma espécie de moeda de trocagem”.
	Muitas vezes a criança é utilizada como chantagem para que o genitor alienado retorne ao lar. Na maioria dos casos como é a mãe que fica com guarda do menor, e é esta que geralmente pratica este ato tentando influenciar a criança, que o pai é perigoso, irresponsável, desequilibrado e ainda chega a controlar os horários de visitas ou mesmo os passeios. 
	As mães em contrapartida se defendem alegando que somente visam proteger o filho com esta atitude. Geralmente o genitor alienante faz campanha para desqualificar o genitor alienado induzindo e manipulando o filho para que não confie nele, para que não lhe obedeça, proíbe ligações e formas de contatos. Estes atritos podem gerar sequelas irreparáveis para as crianças. Oliven e Fuks apontam (2011, p. 65): “A briga dos pais desestabiliza a criança.”
	Ao causar danos irreparáveis para os menores foi necessário que o Poder Judiciário intervisse nesta situação e foi editada a lei 12. 318/2010, que regulamenta a Alienação Parental. Esta lei dispõe que a prática de tal ato fere direito fundamental da criança. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A Lei 12.318/2010 veio como forma de proteger a integridade física e moral do menor da alienação parental. Veio como um instrumento para coibir estes comportamentos, que é tão prejudicial à formação psicológica da criança e do adolescente. Desta forma Andrade, Nunes asseveram (2012, p. 14): “O valor maior da lei de alienação parental é a proteção da dignidade da pessoa humana do menor, que não pode ser manipulado e ser prejudicado diante das dificuldades e dos impedimentos criados para o exercício do seu direito de conviver com seus pais, a vós e familiares.” 
	Conclui-se que esta lei é uma proteção jurídica para o menor que vive em um fogo cruzado após o rompimento dos pais. A lei visa punir o pai ou a mãe que pratica tal ato de tentar colocar o filho contra o outro genitor. Esta lei visa ainda erradicar a incidência deste fenômeno perante a sociedade brasileira. Como aponta Santos e Júnior (2011, p. 21): “ O cuidado especial com a família tem papel de destaque para a avaliação da síndrome de Alienação Parental, pois, em regra, é no decorrer de processos judiciais, como na ação de divórcio, que os atos da alienação estão presentes. 
4. REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Mariana Dourado. BARRETO, Leila. Proteção Jurídica Existente em Face da Prática de Alienação Parental. Revista do Curso de Direito. nº 128, p. 3, 2011.
PINHO, Marco Antônio Garcia. Lei 12. 318/2010 Alienação Parental “Órfãos de Pais Vivos”. Revista do Curso de Direito. nº 136, p. 1, 2011.
JÚNIOR, Roberto. SANTOS, Renata. Síndrome da Alienação Parental e Mediação Familiar – do Conflito ao Diálogo. Revista do Curso de Direito. nº 128, p. 21, 2011. 
OLIVEN, Leonora Roizen. FUKS, Betty. Alienação Parental: A Família em Conflito. Polêmica Revista Eletrônica. Vol. 10, p. 65, 2011.
ANDRADE, Celany. NUNES, Márcia. Efetividade da Lei de Alienação Parental. Revista Eletrônica Faculdade Montes, Vol. 5, nº 3, p. 14, 2012.

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