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11 - Antiagregantes Plaquetários e Trombolíticos

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Carla Bertelli – 3° Período 
Antiagregantes Plaquetários e Trombolíticos 
Palestra 6
 
Trombose, a formação de um coágulo 
indesejado dentro dos vasos sanguíneos, é a 
anormalidade mais comum da hemostasia. Os 
distúrbios trombóticos incluem infarto agudo 
do miocárdio (IAM), trombose venosa 
profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e 
acidente vascular encefálico isquêmico 
agudo. Essas condições são tratadas com 
anticoagulantes e fibrinolíticos. 
Os distúrbios de sangramento envolvendo 
falhas da hemostasia são menos comuns do 
que as doenças tromboembólicas. Esses 
distúrbios incluem hemofilia, que é tratada 
com transfusão de fator VIII recombinante, e 
deficiência de vitamina K, que é tratada com 
suplementação dessa vitamina. 
A hemostasia pode ser definida simplesmente 
como o processo em que o sangue coagula 
em todos os locais de lesão vascular. Ela é 
essencial para a vida e está desregulada em 
uma ampla gama de distúrbios, que podem 
ser divididos em dois grupos. Nos distúrbios 
hemorrágicos, caracterizados pelo 
sangramento excessivo, os mecanismos 
hemostáticos ou estão embotados, ou são 
insuficientes para prevenir a perda anormal de 
sangue. Em contraste, nos distúrbios 
trombóticos, os coágulos de sangue 
(chamados comumente de trombos) formam-
se dentro dos vasos sanguíneos intactos ou 
dentro das câmaras cardíacas. 
 
Hemostasia 
A hemostasia é um processo precisamente 
orquestrado, envolvendo as plaquetas, os 
fatores da coagulação e o endotélio, que 
ocorre no local da lesão vascular e culmina na 
formação do tampão fibrinoplaquetário, que 
serve para prevenir ou limitar a extensão do 
sangramento. A sequência geral dos eventos 
que levam à hemostasia no local da lesão 
vascular. 
 
 
Hemostasia normal. A, Após lesão vascular, fatores neuro-
humorais locais induzem uma vasoconstrição transitória. B, 
As plaquetas se ligam através dos receptores de glicoproteína 
Ib (GpIb) com o fator de von Willebrand (vWF) na matriz 
extracelular exposta (MEC) e são ativadas, sofrendo uma 
alteração na sua forma e liberação do conteúdo dos seus 
grânulos. Aliberação de difosfato de adenosina (ADP) e 
tromboxano A2 (TxA2) induz uma agregação plaquetária 
adicional através do receptor plaquetário GpIIb-IIIa que se liga 
ao fibrinogênio, formando o tampão hemostático primário. C, 
A ativação local da cascata da coagulação (envolvendo o 
fator tecidual e fosfolipídios plaquetários) resulta na 
polimerização da fibrina, “cimentando” as plaquetas em um 
tampão hemostático secundário definitivo. D, Mecanismos 
contrarregulatórios, mediados pelo ativador do plasminogênio 
tecidual (t-PA, um produto fibrinolítico) e trombomodulina, 
restringem o processo hemostático ao sítio da lesão. 
Carla Bertelli – 3° Período 
Plaquetas 
São estruturas que são derivadas da medula. 
Elas são oriundas de um fragmento do 
citoplasma – megacariócitos 
As plaquetas desempenham um papel 
importante na hemostasia, formando o 
tampão primário que inicialmente sela as 
rupturas vasculares e fornece uma superfície 
que liga e concentra os fatores da coagulação 
ativados 
As plaquetas são fragmentos anucleados de 
células em forma de disco, que se originam 
dos megacariócitos, na medula óssea, para a 
corrente sanguínea. Sua função depende de 
vários receptores glicoproteicos, um 
citoesqueleto contrátil e dois tipos de grânulos 
citoplasmáticos. 
 
O processo de síntese de plaquetas pode 
demorar em torno de 7 a 10 dias 
aproximadamente. 
A síntese plaquetária ocorre de forma 
regulada pela Trombopoetina que é produzida 
no fígado. 
o Trombocitopenia: redução das plaquetas 
→ gera estímulo para a produção de 
trombopoetina 
 
o Trombocitose: aumento de plaquetas → 
gera estímulo para a redução de produção 
de trombopoetina 
 
Destruição das Plaquetas – sofre um processo de 
envelhecimento, ela perde o ácido ciálico da 
sua constituição, ficando exposta a galactose 
que se liga a um determinado receptor e faz 
com que a trombopoetina faça um estímulo no 
fígado que vai fazer com que aumente a 
produção de mais plaquetas → reposição das 
plaquetas no organismo 
 
Cascata de Coagulação 
A cascata de coagulação é uma série de 
reações enzimáticas amplificadoras que 
culminam com a deposição de um coágulo de 
fibrina insolúvel. Como será discutido adiante, 
a formação do coágulo, por diversos fatores, 
difere no tubo de ensaio laboratorial e nos 
vasos sanguíneos in vivo 
 
Cada etapa de reação envolve uma enzima 
(um fator da coagulação ativado), um 
substrato (uma forma pró-enzima inativa de 
um fator da coagulação), e um cofator (um 
acelerador de reação). 
A montagem dos complexos de reação 
também depende do cálcio, que se liga aos 
resíduos γ-carboxilados do ácido glutâmico 
que estão presentes nos fatores II, VII, IX, e X. 
As reações enzimáticas que produzem ácido 
glutâmico γ-carboxilado usam a vitamina K 
como cofator e são antagonizadas por 
fármacos como o warfarin (e agentes 
relacionados), anticoagulantes amplamente 
utilizados na clínica 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Função Plaquetária 
Elas estão envolvidas no processo de 
homeostasia para a formação de um tampão 
para fazer reações de adesão, agregação, 
liberação e amplificação. 
As plaquetas atuam como sentinelas 
vasculares, monitorando a integridade do 
endotélio. Na ausência de lesão, as plaquetas 
em repouso circulam livremente, pois a 
sinalização química indica que o sistema 
vascular não está lesado 
Formação de um tampão mecânico quando 
ocorre algum tipo de lesão em vasos 
posteriormente ativação das plaquetas, 
adesão plaquetária e depois a agregação → 
liberação e amplificação. 
Existem 2 tipos de Interação → Associados ao 
fator de Von Willbrand 
 
 
 
 
Adesão – Plaqueta + Parede 
Agregação – Plaqueta + Plaqueta 
 
Adesão plaquetária 
Quando o endotélio está lesado, as plaquetas 
aderem e praticamente cobrem o colágeno 
exposto do subendotélio (Fig. 22.2). Isso inicia 
uma série complexa de reações químicas, 
resultando na ativação plaquetária 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Ativação plaquetária 
Os receptores na superfície das plaquetas 
aderentes são ativados pelo colágeno do 
tecido conectivo subjacente. Isso causa 
alterações morfológicas nas plaquetas e a 
liberação de grânulos de plaquetas contendo 
mediadores químicos, como difosfato de 
adenosina (ADP), tromboxano A2, serotonina, 
fator de ativação plaquetária e trombina. 
Essas moléculas sinalizadoras se ligam aos 
receptores na membrana externa das 
plaquetas em repouso circulantes vizinhas. 
Esses receptores funcionam como sensores, 
que são ativados pelos sinais en viados das 
plaquetas aderentes. As plaquetas 
previamente dormentes se tornam ativadas e 
iniciam a aglutinação. Essas ações são 
mediadas por vários sistemas mensageiros 
que, no final, resultam na elevação dos níveis 
de cálcio e na diminuição da concentração de 
AMPc dentro da plaqueta 
 
Aglutinação das plaquetas 
O aumento do cálcio citosólico que 
acompanha a ativação decorre da liberação 
de estoques armazenados no interior da 
plaqueta 
Isso leva 1) à liberação de grânulos de 
plaquetas contendo mediadores, como ADP e 
serotonina, que ativam outras plaquetas; 2) à 
ativação da síntese de tromboxano A2; e 3) à 
ativação dos receptores de glicoproteínas 
(GPs) IIb/IIIa que ligam fibrinogênio e, 
finalmente, regulam as interações plaquetas-
plaquetas e a formação do trombo. O 
fibrinogênio, uma GP plasmática solúvel, liga-
se simultaneamente aos receptores de GP 
IIb/IIIa de duas plaquetas vizinhas, resultando 
na ligação cruzada entre plaquetas e na sua 
aglutinação. Isso leva a uma avalanche de 
aglutinação plaquetária, pois cada plaqueta 
ativada pode recrutar outras plaquetas 
 
 
 
Formação do coágulo 
A estimulação local da cascata de coagulação 
pelos fatores teciduais liberados dos tecidoslesados e pelos mediadores da superfície das 
plaquetas resulta na formação de trombina 
(fator IIA). A trombina, por sua vez, catalisa a 
hidrólise do fibrinogênio em fibrina, que é 
incorporada no coágulo. Ligações cruzadas 
subsequentes das tiras de fibrina estabilizam 
o coágulo e formam um tampão fibrina-
plaquetas hemostático 
 
Fibrinólise 
Durante a formação do tampão, a via 
fibrinolítica é ativada localmente. O 
plasminogênio é processado à plasmina 
(fibrinolisina) enzimaticamente pelos 
ativadores de plasminogênio nos tecidos. A 
plasmina limita o crescimento do coágulo e 
dissolve a rede de fibrina à medida que ocorre 
a cicatrização. 
 
Transporte do fator VIII → oriundo das células 
endoteliais 
Agregação Plaquetária 
 
É caracterizada pelo desenvolvimento de 
reações cruzadas entre a plaqueta que 
ocorrem a partir da ligação cruzada do 
GPIlb/IIIa + Pondes de fibrinogênio 
 
 
A união da plaqueta 1 e 2 acontece pelo 
receptor GPb e depois se liga ao 
fibrinogênio; quando tem a ligação de 
fibrinogênio + plaquetas tem → ligações 
cruzadas que permitem que o tampão seja 
realizado 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Homeostasia Primária 
As plaquetas circulantes funcionam como 
sentinelas, se encontram em repouso na 
ausência de dano vascular – devido a isso, 
existem mediadores químicos que vão inativar 
a agregação plaquetária na ausência de 
lesão. 
 
Prostaciclinas e Óxidos Nítricos – são 
inibidores da aglutinação enquanto as 
plaquetas estão em repouso. 
 
PG12 → Receptores de membrana 
plaquetárias → AMPcíclico → mensageiro 
intracelular que faz a regulação de cálcio 
 
AMPc aumentado – Nível de Ca+ reduzido 
no intracelular 
Trombina, TX e Colágeno → essas 
substancias vão se ligar ao um receptor de 
membrana quando há lesão no sistema 
vascular. 
Quando não existe lesão eles se encontram 
baixos no sangue. 
A Plaqueta vai ser ativada quando tiver a 
Trombina, TX e colágeno se ligado aos seus 
receptores influenciando a adesão e a 
agregação. 
 
Endotélio Lesado – O sistema endotelial vai ser 
lesionado, e a partir desse momento vai 
ocorrer a exposição do colágeno, vai ocorrer a 
adesão das plaquetas a esse colágeno 
exposto – gera uma série de alterações 
químicas que ativam as plaquetas 
Plaquetas ativadas se ligam no endotélio 
lesionado – a partir da sua ativação elas 
começam a cobrir o local da lesão, elas vão 
fazer o tampão inicial 
Nessa ativação plaquetária, vai ocorrer a 
liberação de substâncias químicas que vai 
sinalizar e fazer com que ocorra a agregação 
plaquetária. 
Moléculas Sinalizadoras --- vão ativar diversas 
substâncias, vão fazer com que mais 
plaquetas sejam ativadas, e o AMPc vai 
diminuir, os níveis de cálcio vão aumentar e 
isso vai fazer com que cada vez mais ocorra 
uma agregação plaquetária 
Devido a esse aumento na concentração de 
cálcio, vai ocorrer um amento na formação do 
fibrinogênio, aumento na intensidade das 
ligações cruzadas pois ocorre maior ativação 
plaquetária que vai gerar o tampão 
hemostático no local da lesão endotelial 
Carla Bertelli – 3° Período 
Dentro dessas ações, temos os 
resultados/consequências dos aumentos dos 
níveis de cálcio – aumento no número de 
plaquetas. 
Teve lesão aí as plaquetas se ativaram, vão cobrir e aderir 
o local lesado (ali tem exposição de colágeno); dessa 
forma as plaquetas ativadas vão promover a liberação dos 
mediadores químicos → moléculas sinalizadoras que dão 
início a adesão e agregação plaquetária - ADP,TXA2, 
serotonina e trombina.--> dão início ao processo de 
aglutinação ou agregação → formando o tampão 
 
 
 
 
 
Anticoagulantes/Inibidores Plaquetários 
Os inibidores da aglutinação plaquetária 
diminuem a formação de um coágulo rico em 
plaquetas ou diminuem a ação dos sinais 
químicos promotores da aglutinação. 
Os inibidores da aglutinação de plaquetas 
descritos a seguir inibem a cicloxigenase-1 
(COX-1) ou bloqueiam os receptores de GP 
IIb/IIIa ou ADP, interferindo, assim, no sinal 
que promove a aglutinação plaquetária. 
Como essas substâncias têm diferentes 
mecanismos de ação, efeitos sinérgicos ou 
aditivos podem ser obtidos quando fármacos 
de classes diferentes são associados. Esses 
fármacos são benéficos na prevenção e no 
tratamento de doenças cardiovasculares 
oclusivas, na manutenção de transplantes 
vasculares e na patência arterial e como 
auxiliares dos inibidores da trombina ou 
tratamento trombolítico no IAM. 
Anticoagulantes – inibem a coagulação – 
inibem o negócio secundário (varfarina e 
heparina) 
Antiplaquetários – Inibem a agregação 
plaquetária (AAS, clopidogrel) 
Trombolítico – Dissolve coágulos s 
(alteplase, estreptoquinase) 
Anti-hemorrágicos – Controle do 
sangramento (sulfato de protamina, vitamina 
K) 
 
 
Antiplaquetários 
São inibidores da agregação plaquetária, 
divididas em 3 classes 
Ela tem a função de diminuir os coágulos 
plaquetários e a diminuição dos sinais 
químicos. Objetivo principal: diminuir os 
coágulos formados pelas agregações 
plaquetárias e diminuir a ação dos sinais 
químicos; para isso vamos ter diferentes alvos 
de ação dos fármacos inibidores: COX 1, 
receptor GP IIb/IIIa, receptor ADP 
Carla Bertelli – 3° Período 
Medicamentos que atuam no COX-1, no 
Receptor GP IIb/IIIa e Receptor ADP. 
 
Medicamentos – imagem de uma tabela 
Classes 
 
Ácido Acetilsalicílico – AS/Aspirina 
Ele vai fazer com que ocorra a redução da 
formação de TXA2, Tromboxanos A2, são 
mediadores químicos importantes que 
garantem a agregação plaquetária. 
 
Mecanismo de ação: A estimulação das 
plaquetas por trombina, colágeno e ADP 
resulta na ativação das fosfolipases de 
membrana das plaquetas que liberam ácido 
araquidônico dos fosfolipídeos da membrana. 
O ácido araquidônico é convertido 
inicialmente em prostaglandina H2 pela COX-
1. 
A prostaglandina H2 é metabolizada a 
tromboxano A2, que é liberado no plasma. O 
tromboxano A2 promove o processo de 
aglutinação, que é essencial para a rápida 
formação do tampão hemostático. O ácido 
acetilsalicílico (AAS) inibe a síntese do 
tromboxano A2 por acetilação do resíduo 
serina no centro ativo da COX-1, inativando 
irreversivelmente a enzima prevenindo a 
aglutinação plaquetária. 
O efeito inibitório é rápido, e a supressão da 
tromboxano A2 e a consequente supressão da 
aglutinação das plaquetas induzida pelo AAS 
persistem por toda a vida da plaqueta, que é 7 
a 10 dias aproximadamente. A administração 
repetida do AAS tem efeito acumulativo na 
função das plaquetas. O AAS é o único 
fármaco antiplaquetário que inibe 
irreversivelmente a função das plaquetas. 
 
Usos terapêuticos: O AAS é usado no 
tratamento profilático da isquemia cerebral 
transitória, para reduzir a incidência de IAM 
recorrente e para diminuir a mortalidade nas 
situações de prevenção do IAM primário e 
secundário. Ocorre inativação completa das 
plaquetas com 75 mg diários de AAS. 
 
Farmacocinética: Por via oral, o AAS é 
absorvido por difusão passiva e rapidamente 
hidrolisado a ácido salicílico no fígado. O 
ácido salicílico é biotransformado no fígado, e 
parte é excretada inalterada com a urina. A 
meia-vida do AAS varia de 15 a 20 minutos, e 
a do ácido salicílico é de 3 a 12 horas 
 
Se não ocorrer a formação do indutor não 
ocorre a agregação. 
O AS vai fazer uma acetilação de um resíduo 
de serina. 
O uso de AS em doses altas produz efeitos 
tóxicos – efeitos adversos gerados em 
pacientes que fazem seu uso 
Por conta do uso prolongado, o muco 
estomacal diminui, pode desenvolver irritação 
e casos de gastrite 
A recomendação de Uso também pode ser 
indicada para profilaxia isquêmica cerebral, 
incidência de IAM 
AS é um anti-inflamatório também 
O Ácido Acetilsalicílico sofre hidrólise e se 
transforma em ácido salicílico → muda o 
tempo de meia vida de cada um 
A eliminação do AS é predominantementepor 
via urinária 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
Inibidores do receptor P2Y12 – Inibidor de 
APD 
TICLOPIDINA, CLOPIDOGREL, PRASUGREL, TICAGRELOR 
Inibem a agregação plaquetária que é 
mediada por ADP 
Ticlopidina, clopidogrel, prasugrel e ticagrelor 
são inibidores do receptor P2Y12 ADP, o que 
também bloqueia a aglutinação das 
plaquetas, mas por mecanismo distinto do 
AAS. 
 
Mecanismo de ação: Esses fármacos inibem 
a ligação do ADP aos seus receptores nas 
plaquetas e, assim, inibem a ativação dos 
receptores de GP IIb/IIIa necessários para que 
as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e umas 
às outras. 
O ticagrelor se liga reversivelmente ao 
receptor P2Y12 ADP. Os demais ligam-se 
irreversivelmente. A inibição máxima da 
aglutinação das plaquetas é obtida em 1 e 3 
horas com ticagrelor, 2 e 4 horas com 
prasugrel, 3 e 4 dias com ticlopidina e 3 e 5 
dias com clopidogrel. Quando o tratamento é 
suspenso, o sistema plaquetário necessita de 
tempo para recuperação. 
 
Usos terapêuticos: O clopidogrel é aprovado 
para a prevenção de eventos ateroscleróticos 
em pacientes com IAM ou acidente vascular 
encefálico (AVE) recentes e naqueles com 
doença arterial periférica estabelecida. 
Ele também está aprovado para a pro filaxia 
de eventos trombóticos na síndrome coronária 
aguda (angi na instável ou IAM sem elevação 
do segmento ST). Além disso, o clopidogrel é 
usado para prevenir eventos trombóticos 
associados com intervenção coronária 
percutânea (ICP) com ou sem stent coronário. 
A estrutura da ticlopidina é similar à do 
clopidogrel. A ticlopidina é indicada para a 
prevenção de ataques isquêmicos transitórios 
(AITs) e AVEs em pacientes com evento 
trombótico cerebral prévio. Contudo, devido a 
reações adversas hematológicas 
ameaçadoras à vida, a ticlopidina em geral é 
reservada para pacientes intolerantes a outros 
tratamentos. O prasugrel é aprovado para 
diminuir os eventos trombóticos 
cardiovasculares em pacientes com 
síndromes coronárias agudas (angina 
instável, IAM sem elevação ST e IAM com 
elevação ST tratado com ICP). O ticagre lor 
é aprovado para a prevenção do 
tromboembolismo arterial em pacientes com 
angina instável e IAM incluindo aqueles 
submetidos a ICP. 
 
Farmacocinética: Estes fármacos requerem 
doses de carga para efeito antiplaquetário 
mais rápido. Alimentos interferem com a 
absorção da ticlopidina, mas não com os 
demais. Após ingestão oral, os fármacos são 
extensamente ligados às proteínas 
plasmáticas. Eles sofrem biotransformação 
hepática pelo sistema CYP450 a metabólitos 
ativos. 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
Esses medicamentos se ligam ao receptor 
plaquetário do ADP, impedido q o ADP se 
ligue no seu receptor e desencadeia a 
ativação de GP IIb /IIIa e fazer ligação cruzada 
por fibrinogênio = sem agregação plaquetária 
Eles vão fazer com que ocorra a inibição do 
receptor do ADP – inibem a aglutinação 
plaquetária mediada por ADP 
ADP é uma molécula liberada que aumenta o 
influxo de cálcio, e aumentar ele, aumenta a 
ativação de sei lá oq 
Se ocorrer o bloqueio do receptor de ADP o 
efeito falado anteriormente não acontece e a 
aglutinação plaquetária não existe 
Ticagrelor – eles inibem de forma 
reversível o receptor do ADP 
O tempo de meia-vida varia de dias até horas 
a partir de cada medicamento 
Esses 4 representantes têm a mesma 
finalidade, mas tem indicações farmacêuticas 
variadas 
Ticlopidina e clopidogrel são pró fármacos 
 
 
Paciente com polimorfismo para o P2C19 
não devem usar clopidogrel -> não vai ter 
eficácia máxima e pode desencadear falha 
terapêutica, compromete a eficácia 
terapêutica 
Se ligam expressamente às proteínas 
plasmáticas – metabolização pelo Citocromo 
Interações Medicamentosas 
Eliminação por via renal e fezes 
 
Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa 
Abciximabe, eptifibatida e tirofibana 
É um receptor que vai ter a sua ação quando 
ocorre a ativação plaquetária → e por fim 
ligam as plaquetas e o fibrinogênio. 
Esses medicamentos inibem diretamente o 
GP IIb /IIIa = sem agregação plaquetária 
A glicoproteína está na superfície da plaqueta, 
que vai levar a transformação dessa 
glicoproteína a um receptor → ela se torna o 
receptor IIb/IIIa. 
É um receptor que vai ter a sua ação quando 
ocorre a ativação plaquetária → e por fim 
ligam as plaquetas e o fibrinogênio 
Existem medicamentos que inibem esse 
receptor, não forma as ligações cruzadas e 
não ocorre a agregação plaquetária 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
Aplicação - intravenosa → junção de 2 
fármacos (heparina + AAS) 
Profilaxia - complicações cardíacas 
isquêmicas - angina instável 
 
Mecanismo de ação: O receptor GP IIb/IIIa 
desempenha papel fundamental na 
estimulação da aglutinação das plaquetas. O 
anticorpo monoclonal quimérico abciximabe 
inibe o complexo receptor GP IIb/IIIa. Ligando-
se ao GP IIb/IIIa, o abciximabe bloqueia a 
ligação do fibrinogênio e do fator de von 
Willebrand e, consequente mente, não 
acontece a aglutinação 
Usos terapêuticos: Esses fármacos são 
administrados por via IV, junto com heparina e 
AAS, como um auxiliar da ICP para a 
prevenção de complicações cardíacas 
isquêmicas. O abciximabe também está 
aprovado para pacientes com angina instável 
que não respondem ao tratamento médico 
convencional quando a ICP é planejada para 
as próximas 24 horas. 
Farmacocinética: O abciximabe é 
administrado em bólus intravenoso (IV), 
seguido de infusão IV, alcançando o pico de 
inibição das plaquetas em 30 minutos. O 
mecanismo de ação do abciximabe é 
desconhecido. Após interromper a infusão do 
abciximabe, a função plaquetária 
gradualmente retorna ao normal, com o efeito 
antiplaquetário persistindo entre 24 e 48 
horas. Quando a infusão IV de eptifibatida ou 
tirofibana é interrompida, ambos são 
rapidamente depurados do plasma. A 
eptifibatida e seus metabólitos são excretados 
pelos rins. A tirofibana é excretada, 
principalmente inalterada, pelos rins e nas 
fezes. 
 
 
 
 
 
Trombolíticos 
Na final da cascata de coagulação existe a 
fibrinólise -> degradação da fibrina 
A doença tromboembólica aguda em 
determinados pacientes pode ser trata da 
com a administração de fármacos que ativam 
a conversão de plasminogênio em plasmina, 
uma serinoprotease que hidrolisa fibrina e, 
assim, dissolve coágulos. 
A estreptoquinase, um dos primeiros desses 
fármacos aprovados, causa um estado 
fibrinolítico sistêmico que pode levar a 
problemas de sangramento. A alteplase atua 
mais localizadamente na fibrina trombótica 
para produzir fibrinólise. A uroquinase é 
produzida natural mente nos rins humanos e 
converte diretamente plasminogênio em 
plasmina ativa. 
Essa fibrinólise não pode acontecer de forma 
descontrolada, é preciso ser controlada. 
Objetivo dos usos dos 
fibrinolíticos/trombolítico – serão usados para 
fazer a degradação ou lise de coágulos. 
Degradar o trombo já formado 
Se ocorrer uma maior produção de plasmina 
vai ocorrer uma maior degradação da fibrina 
 
Mecanismo de ação: Os trombolíticos 
apresentam algumas características comuns. 
Todos atuam direta ou indiretamente 
convertendo plasminogênio em plasmina, 
que, então, hidrolisa a fibrina, hidrolisando, 
assim, os trombos. A dissolução do coágulo e 
a reperfusão ocorrem com maior frequência 
quando o tratamento é iniciado logo após a 
formação do trombo, pois ele se torna mais 
resistente à lise à medida que envelhece. 
Infelizmente, um número maior de trombos 
pode ocorrer enquanto o trombo se dissolve, 
levando a uma maior agregação das 
plaquetas e trombose. Estratégias para evitar 
essa situação incluem a administração de 
antiplaquetários, como AAS, ou 
antitrombóticos, como heparina. 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Usos terapêuticos: Usados originalmente 
para o tratamento de TVP e EP grave, os 
trombolíticoshoje são usados menos 
frequentemente para essas condições. Sua 
tendência de causar hemorragias também 
comprometeu seu uso no tratamento da 
trombose arterial periférica aguda e do IAM. 
Para o IAM, a aplicação intracoronariana do 
fármaco é a forma mais confiável em termos 
de obter a recanalização. Contudo, a 
cateterização cardíaca pode não ser possível 
entre 2 e 6 horas de “janela terapêutica”, após 
as quais uma recuperação miocárdica 
significativa se torna menos provável. Assim, 
os trombolíticos são administrados em geral 
por via IV. Os trombolíticos são úteis em 
restabelecer a função de cateteres e 
anastomoses (shunts), hidrolisando os 
coágulos que causam a oclusão. Eles também 
são usados para dissolver coágulos que 
resultam em AVE 
Efeitos adversos: Os trombolíticos não 
diferenciam entre a fibrina de um trombo 
indesejado e a fibrina de um tampão 
hemostático benéfico. Assim, a hemorragia é 
o principal efeito adverso. Por exemplo, uma 
lesão prévia insuspeita, como a úlcera 
péptica, pode sangrar após a injeção de um 
trombolítico. Esses fármacos são 
contraindicados em gestantes e pacientes 
com ferimentos em cicatrização, histórico de 
AVE, tumor cerebral, traumatismo na cabeça, 
sangramento intracranial e câncer 
metastático. 
 
 
Fazer o uso deles assim que há a formação 
do trombo 
Trombolítico + Antiagregante = para 
compensar e não formar novos trombos 
Causa mais sangramento 
São medicamentos intravenosas 
Tempo de meia vida curta 
 
 
 
Alteplase (antes conhecida como ativador do 
plasminogênio tecidual ou APt) é uma 
serinoprotease originalmente derivada de 
cultura de células de melanoma humano. 
Atualmente, é obtida como produto de 
tecnologia de DNA recombinante. Reteplase é 
um derivado menor de APt recombinante, 
engenhado geneticamente. 
Tenecteplase é outro APt recombinante com 
meia-vida mais longa e maior afinidade pela 
fibrina do que a alteplase. A alteplase tem 
baixa afinidade pelo plasminogênio livre no 
plasma, mas ativa rapidamente o 
plasminogênio que está ligado à fibrina em um 
trombo ou um tampão hemostático. Assim, a 
alteplase em doses baixas é considerada 
seletiva para fibrina. 
Ela é aprovada para o tratamento de IAM, EP 
massiva e AVE isquêmico agudo. Reteplase e 
tenecteplase são aprovados somente para 
uso em IAM, embora reteplase possa ser 
usada extrabula na TVP e na EP massiva. A 
alteplase tem uma meia-vida muito curta (5-30 
minutos) e, por isso, 10% da dose total é 
injetada por via IV como um bólus, e o restante 
do fármaco é administrado durante 60 
minutos. Reteplase e tenecteplase têm meias 
vidas mais longas e, por isso, podem ser 
administradas como bólus IV. A alteplase 
Carla Bertelli – 3° Período 
pode causar angiedema orolingual, e o risco 
desse efeito aumenta quando há associação 
com inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (IECAs). 
 
 
Estreptoquinase 
É extraída de Streptococcus – ela forma um 
complexo com o plasmingênio 
A estreptoquinase é uma proteína extracelular 
purificada de caldos de cultura de 
estreptococos β-hemolíticos do grupo C. Ela 
forma um complexo ativo um-a-um com 
plasminogênio. Esse complexo é 
enzimaticamente ativo e converte o 
plasminogênio não complexado na enzima 
ativa plasmina. Além da hidrólise dos tampões 
de fibrina, o complexo também catalisa a 
degradação do fibrinogênio, bem como dos 
fatores V e VII de coagulação. Com o advento 
de novos fármacos, a estreptoquinase 
raramente é usada e, em vários mercados, 
não mais está disponível. 
 
Uroquinase 
Produzida pelos rins 
A uroquinase é produzida naturalmente no 
organismo, pelos rins. A uro quinase 
terapêutica é isolada de culturas de células 
renais humanas e tem baixa antigenicidade. A 
uroquinase hidrolisa diretamente a ligação 
arginina-valina do plasminogênio, formando 
plasmina. A uroquinase só está aprovada para 
a lise de êmbolos pulmonares. Usos extrabula 
incluem o tratamento de IAM, 
tromboembolismo arterial, trombose artéria 
coronária e TVP. Seu uso foi amplamente 
superado por outros fármacos com relação 
risco/benefício mais favorável.

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