Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carla Bertelli – 3° Período Antiagregantes Plaquetários e Trombolíticos Palestra 6 Trombose, a formação de um coágulo indesejado dentro dos vasos sanguíneos, é a anormalidade mais comum da hemostasia. Os distúrbios trombóticos incluem infarto agudo do miocárdio (IAM), trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e acidente vascular encefálico isquêmico agudo. Essas condições são tratadas com anticoagulantes e fibrinolíticos. Os distúrbios de sangramento envolvendo falhas da hemostasia são menos comuns do que as doenças tromboembólicas. Esses distúrbios incluem hemofilia, que é tratada com transfusão de fator VIII recombinante, e deficiência de vitamina K, que é tratada com suplementação dessa vitamina. A hemostasia pode ser definida simplesmente como o processo em que o sangue coagula em todos os locais de lesão vascular. Ela é essencial para a vida e está desregulada em uma ampla gama de distúrbios, que podem ser divididos em dois grupos. Nos distúrbios hemorrágicos, caracterizados pelo sangramento excessivo, os mecanismos hemostáticos ou estão embotados, ou são insuficientes para prevenir a perda anormal de sangue. Em contraste, nos distúrbios trombóticos, os coágulos de sangue (chamados comumente de trombos) formam- se dentro dos vasos sanguíneos intactos ou dentro das câmaras cardíacas. Hemostasia A hemostasia é um processo precisamente orquestrado, envolvendo as plaquetas, os fatores da coagulação e o endotélio, que ocorre no local da lesão vascular e culmina na formação do tampão fibrinoplaquetário, que serve para prevenir ou limitar a extensão do sangramento. A sequência geral dos eventos que levam à hemostasia no local da lesão vascular. Hemostasia normal. A, Após lesão vascular, fatores neuro- humorais locais induzem uma vasoconstrição transitória. B, As plaquetas se ligam através dos receptores de glicoproteína Ib (GpIb) com o fator de von Willebrand (vWF) na matriz extracelular exposta (MEC) e são ativadas, sofrendo uma alteração na sua forma e liberação do conteúdo dos seus grânulos. Aliberação de difosfato de adenosina (ADP) e tromboxano A2 (TxA2) induz uma agregação plaquetária adicional através do receptor plaquetário GpIIb-IIIa que se liga ao fibrinogênio, formando o tampão hemostático primário. C, A ativação local da cascata da coagulação (envolvendo o fator tecidual e fosfolipídios plaquetários) resulta na polimerização da fibrina, “cimentando” as plaquetas em um tampão hemostático secundário definitivo. D, Mecanismos contrarregulatórios, mediados pelo ativador do plasminogênio tecidual (t-PA, um produto fibrinolítico) e trombomodulina, restringem o processo hemostático ao sítio da lesão. Carla Bertelli – 3° Período Plaquetas São estruturas que são derivadas da medula. Elas são oriundas de um fragmento do citoplasma – megacariócitos As plaquetas desempenham um papel importante na hemostasia, formando o tampão primário que inicialmente sela as rupturas vasculares e fornece uma superfície que liga e concentra os fatores da coagulação ativados As plaquetas são fragmentos anucleados de células em forma de disco, que se originam dos megacariócitos, na medula óssea, para a corrente sanguínea. Sua função depende de vários receptores glicoproteicos, um citoesqueleto contrátil e dois tipos de grânulos citoplasmáticos. O processo de síntese de plaquetas pode demorar em torno de 7 a 10 dias aproximadamente. A síntese plaquetária ocorre de forma regulada pela Trombopoetina que é produzida no fígado. o Trombocitopenia: redução das plaquetas → gera estímulo para a produção de trombopoetina o Trombocitose: aumento de plaquetas → gera estímulo para a redução de produção de trombopoetina Destruição das Plaquetas – sofre um processo de envelhecimento, ela perde o ácido ciálico da sua constituição, ficando exposta a galactose que se liga a um determinado receptor e faz com que a trombopoetina faça um estímulo no fígado que vai fazer com que aumente a produção de mais plaquetas → reposição das plaquetas no organismo Cascata de Coagulação A cascata de coagulação é uma série de reações enzimáticas amplificadoras que culminam com a deposição de um coágulo de fibrina insolúvel. Como será discutido adiante, a formação do coágulo, por diversos fatores, difere no tubo de ensaio laboratorial e nos vasos sanguíneos in vivo Cada etapa de reação envolve uma enzima (um fator da coagulação ativado), um substrato (uma forma pró-enzima inativa de um fator da coagulação), e um cofator (um acelerador de reação). A montagem dos complexos de reação também depende do cálcio, que se liga aos resíduos γ-carboxilados do ácido glutâmico que estão presentes nos fatores II, VII, IX, e X. As reações enzimáticas que produzem ácido glutâmico γ-carboxilado usam a vitamina K como cofator e são antagonizadas por fármacos como o warfarin (e agentes relacionados), anticoagulantes amplamente utilizados na clínica Carla Bertelli – 3° Período Função Plaquetária Elas estão envolvidas no processo de homeostasia para a formação de um tampão para fazer reações de adesão, agregação, liberação e amplificação. As plaquetas atuam como sentinelas vasculares, monitorando a integridade do endotélio. Na ausência de lesão, as plaquetas em repouso circulam livremente, pois a sinalização química indica que o sistema vascular não está lesado Formação de um tampão mecânico quando ocorre algum tipo de lesão em vasos posteriormente ativação das plaquetas, adesão plaquetária e depois a agregação → liberação e amplificação. Existem 2 tipos de Interação → Associados ao fator de Von Willbrand Adesão – Plaqueta + Parede Agregação – Plaqueta + Plaqueta Adesão plaquetária Quando o endotélio está lesado, as plaquetas aderem e praticamente cobrem o colágeno exposto do subendotélio (Fig. 22.2). Isso inicia uma série complexa de reações químicas, resultando na ativação plaquetária Carla Bertelli – 3° Período Ativação plaquetária Os receptores na superfície das plaquetas aderentes são ativados pelo colágeno do tecido conectivo subjacente. Isso causa alterações morfológicas nas plaquetas e a liberação de grânulos de plaquetas contendo mediadores químicos, como difosfato de adenosina (ADP), tromboxano A2, serotonina, fator de ativação plaquetária e trombina. Essas moléculas sinalizadoras se ligam aos receptores na membrana externa das plaquetas em repouso circulantes vizinhas. Esses receptores funcionam como sensores, que são ativados pelos sinais en viados das plaquetas aderentes. As plaquetas previamente dormentes se tornam ativadas e iniciam a aglutinação. Essas ações são mediadas por vários sistemas mensageiros que, no final, resultam na elevação dos níveis de cálcio e na diminuição da concentração de AMPc dentro da plaqueta Aglutinação das plaquetas O aumento do cálcio citosólico que acompanha a ativação decorre da liberação de estoques armazenados no interior da plaqueta Isso leva 1) à liberação de grânulos de plaquetas contendo mediadores, como ADP e serotonina, que ativam outras plaquetas; 2) à ativação da síntese de tromboxano A2; e 3) à ativação dos receptores de glicoproteínas (GPs) IIb/IIIa que ligam fibrinogênio e, finalmente, regulam as interações plaquetas- plaquetas e a formação do trombo. O fibrinogênio, uma GP plasmática solúvel, liga- se simultaneamente aos receptores de GP IIb/IIIa de duas plaquetas vizinhas, resultando na ligação cruzada entre plaquetas e na sua aglutinação. Isso leva a uma avalanche de aglutinação plaquetária, pois cada plaqueta ativada pode recrutar outras plaquetas Formação do coágulo A estimulação local da cascata de coagulação pelos fatores teciduais liberados dos tecidoslesados e pelos mediadores da superfície das plaquetas resulta na formação de trombina (fator IIA). A trombina, por sua vez, catalisa a hidrólise do fibrinogênio em fibrina, que é incorporada no coágulo. Ligações cruzadas subsequentes das tiras de fibrina estabilizam o coágulo e formam um tampão fibrina- plaquetas hemostático Fibrinólise Durante a formação do tampão, a via fibrinolítica é ativada localmente. O plasminogênio é processado à plasmina (fibrinolisina) enzimaticamente pelos ativadores de plasminogênio nos tecidos. A plasmina limita o crescimento do coágulo e dissolve a rede de fibrina à medida que ocorre a cicatrização. Transporte do fator VIII → oriundo das células endoteliais Agregação Plaquetária É caracterizada pelo desenvolvimento de reações cruzadas entre a plaqueta que ocorrem a partir da ligação cruzada do GPIlb/IIIa + Pondes de fibrinogênio A união da plaqueta 1 e 2 acontece pelo receptor GPb e depois se liga ao fibrinogênio; quando tem a ligação de fibrinogênio + plaquetas tem → ligações cruzadas que permitem que o tampão seja realizado Carla Bertelli – 3° Período Homeostasia Primária As plaquetas circulantes funcionam como sentinelas, se encontram em repouso na ausência de dano vascular – devido a isso, existem mediadores químicos que vão inativar a agregação plaquetária na ausência de lesão. Prostaciclinas e Óxidos Nítricos – são inibidores da aglutinação enquanto as plaquetas estão em repouso. PG12 → Receptores de membrana plaquetárias → AMPcíclico → mensageiro intracelular que faz a regulação de cálcio AMPc aumentado – Nível de Ca+ reduzido no intracelular Trombina, TX e Colágeno → essas substancias vão se ligar ao um receptor de membrana quando há lesão no sistema vascular. Quando não existe lesão eles se encontram baixos no sangue. A Plaqueta vai ser ativada quando tiver a Trombina, TX e colágeno se ligado aos seus receptores influenciando a adesão e a agregação. Endotélio Lesado – O sistema endotelial vai ser lesionado, e a partir desse momento vai ocorrer a exposição do colágeno, vai ocorrer a adesão das plaquetas a esse colágeno exposto – gera uma série de alterações químicas que ativam as plaquetas Plaquetas ativadas se ligam no endotélio lesionado – a partir da sua ativação elas começam a cobrir o local da lesão, elas vão fazer o tampão inicial Nessa ativação plaquetária, vai ocorrer a liberação de substâncias químicas que vai sinalizar e fazer com que ocorra a agregação plaquetária. Moléculas Sinalizadoras --- vão ativar diversas substâncias, vão fazer com que mais plaquetas sejam ativadas, e o AMPc vai diminuir, os níveis de cálcio vão aumentar e isso vai fazer com que cada vez mais ocorra uma agregação plaquetária Devido a esse aumento na concentração de cálcio, vai ocorrer um amento na formação do fibrinogênio, aumento na intensidade das ligações cruzadas pois ocorre maior ativação plaquetária que vai gerar o tampão hemostático no local da lesão endotelial Carla Bertelli – 3° Período Dentro dessas ações, temos os resultados/consequências dos aumentos dos níveis de cálcio – aumento no número de plaquetas. Teve lesão aí as plaquetas se ativaram, vão cobrir e aderir o local lesado (ali tem exposição de colágeno); dessa forma as plaquetas ativadas vão promover a liberação dos mediadores químicos → moléculas sinalizadoras que dão início a adesão e agregação plaquetária - ADP,TXA2, serotonina e trombina.--> dão início ao processo de aglutinação ou agregação → formando o tampão Anticoagulantes/Inibidores Plaquetários Os inibidores da aglutinação plaquetária diminuem a formação de um coágulo rico em plaquetas ou diminuem a ação dos sinais químicos promotores da aglutinação. Os inibidores da aglutinação de plaquetas descritos a seguir inibem a cicloxigenase-1 (COX-1) ou bloqueiam os receptores de GP IIb/IIIa ou ADP, interferindo, assim, no sinal que promove a aglutinação plaquetária. Como essas substâncias têm diferentes mecanismos de ação, efeitos sinérgicos ou aditivos podem ser obtidos quando fármacos de classes diferentes são associados. Esses fármacos são benéficos na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares oclusivas, na manutenção de transplantes vasculares e na patência arterial e como auxiliares dos inibidores da trombina ou tratamento trombolítico no IAM. Anticoagulantes – inibem a coagulação – inibem o negócio secundário (varfarina e heparina) Antiplaquetários – Inibem a agregação plaquetária (AAS, clopidogrel) Trombolítico – Dissolve coágulos s (alteplase, estreptoquinase) Anti-hemorrágicos – Controle do sangramento (sulfato de protamina, vitamina K) Antiplaquetários São inibidores da agregação plaquetária, divididas em 3 classes Ela tem a função de diminuir os coágulos plaquetários e a diminuição dos sinais químicos. Objetivo principal: diminuir os coágulos formados pelas agregações plaquetárias e diminuir a ação dos sinais químicos; para isso vamos ter diferentes alvos de ação dos fármacos inibidores: COX 1, receptor GP IIb/IIIa, receptor ADP Carla Bertelli – 3° Período Medicamentos que atuam no COX-1, no Receptor GP IIb/IIIa e Receptor ADP. Medicamentos – imagem de uma tabela Classes Ácido Acetilsalicílico – AS/Aspirina Ele vai fazer com que ocorra a redução da formação de TXA2, Tromboxanos A2, são mediadores químicos importantes que garantem a agregação plaquetária. Mecanismo de ação: A estimulação das plaquetas por trombina, colágeno e ADP resulta na ativação das fosfolipases de membrana das plaquetas que liberam ácido araquidônico dos fosfolipídeos da membrana. O ácido araquidônico é convertido inicialmente em prostaglandina H2 pela COX- 1. A prostaglandina H2 é metabolizada a tromboxano A2, que é liberado no plasma. O tromboxano A2 promove o processo de aglutinação, que é essencial para a rápida formação do tampão hemostático. O ácido acetilsalicílico (AAS) inibe a síntese do tromboxano A2 por acetilação do resíduo serina no centro ativo da COX-1, inativando irreversivelmente a enzima prevenindo a aglutinação plaquetária. O efeito inibitório é rápido, e a supressão da tromboxano A2 e a consequente supressão da aglutinação das plaquetas induzida pelo AAS persistem por toda a vida da plaqueta, que é 7 a 10 dias aproximadamente. A administração repetida do AAS tem efeito acumulativo na função das plaquetas. O AAS é o único fármaco antiplaquetário que inibe irreversivelmente a função das plaquetas. Usos terapêuticos: O AAS é usado no tratamento profilático da isquemia cerebral transitória, para reduzir a incidência de IAM recorrente e para diminuir a mortalidade nas situações de prevenção do IAM primário e secundário. Ocorre inativação completa das plaquetas com 75 mg diários de AAS. Farmacocinética: Por via oral, o AAS é absorvido por difusão passiva e rapidamente hidrolisado a ácido salicílico no fígado. O ácido salicílico é biotransformado no fígado, e parte é excretada inalterada com a urina. A meia-vida do AAS varia de 15 a 20 minutos, e a do ácido salicílico é de 3 a 12 horas Se não ocorrer a formação do indutor não ocorre a agregação. O AS vai fazer uma acetilação de um resíduo de serina. O uso de AS em doses altas produz efeitos tóxicos – efeitos adversos gerados em pacientes que fazem seu uso Por conta do uso prolongado, o muco estomacal diminui, pode desenvolver irritação e casos de gastrite A recomendação de Uso também pode ser indicada para profilaxia isquêmica cerebral, incidência de IAM AS é um anti-inflamatório também O Ácido Acetilsalicílico sofre hidrólise e se transforma em ácido salicílico → muda o tempo de meia vida de cada um A eliminação do AS é predominantementepor via urinária Carla Bertelli – 3° Período Inibidores do receptor P2Y12 – Inibidor de APD TICLOPIDINA, CLOPIDOGREL, PRASUGREL, TICAGRELOR Inibem a agregação plaquetária que é mediada por ADP Ticlopidina, clopidogrel, prasugrel e ticagrelor são inibidores do receptor P2Y12 ADP, o que também bloqueia a aglutinação das plaquetas, mas por mecanismo distinto do AAS. Mecanismo de ação: Esses fármacos inibem a ligação do ADP aos seus receptores nas plaquetas e, assim, inibem a ativação dos receptores de GP IIb/IIIa necessários para que as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e umas às outras. O ticagrelor se liga reversivelmente ao receptor P2Y12 ADP. Os demais ligam-se irreversivelmente. A inibição máxima da aglutinação das plaquetas é obtida em 1 e 3 horas com ticagrelor, 2 e 4 horas com prasugrel, 3 e 4 dias com ticlopidina e 3 e 5 dias com clopidogrel. Quando o tratamento é suspenso, o sistema plaquetário necessita de tempo para recuperação. Usos terapêuticos: O clopidogrel é aprovado para a prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou acidente vascular encefálico (AVE) recentes e naqueles com doença arterial periférica estabelecida. Ele também está aprovado para a pro filaxia de eventos trombóticos na síndrome coronária aguda (angi na instável ou IAM sem elevação do segmento ST). Além disso, o clopidogrel é usado para prevenir eventos trombóticos associados com intervenção coronária percutânea (ICP) com ou sem stent coronário. A estrutura da ticlopidina é similar à do clopidogrel. A ticlopidina é indicada para a prevenção de ataques isquêmicos transitórios (AITs) e AVEs em pacientes com evento trombótico cerebral prévio. Contudo, devido a reações adversas hematológicas ameaçadoras à vida, a ticlopidina em geral é reservada para pacientes intolerantes a outros tratamentos. O prasugrel é aprovado para diminuir os eventos trombóticos cardiovasculares em pacientes com síndromes coronárias agudas (angina instável, IAM sem elevação ST e IAM com elevação ST tratado com ICP). O ticagre lor é aprovado para a prevenção do tromboembolismo arterial em pacientes com angina instável e IAM incluindo aqueles submetidos a ICP. Farmacocinética: Estes fármacos requerem doses de carga para efeito antiplaquetário mais rápido. Alimentos interferem com a absorção da ticlopidina, mas não com os demais. Após ingestão oral, os fármacos são extensamente ligados às proteínas plasmáticas. Eles sofrem biotransformação hepática pelo sistema CYP450 a metabólitos ativos. Carla Bertelli – 3° Período Esses medicamentos se ligam ao receptor plaquetário do ADP, impedido q o ADP se ligue no seu receptor e desencadeia a ativação de GP IIb /IIIa e fazer ligação cruzada por fibrinogênio = sem agregação plaquetária Eles vão fazer com que ocorra a inibição do receptor do ADP – inibem a aglutinação plaquetária mediada por ADP ADP é uma molécula liberada que aumenta o influxo de cálcio, e aumentar ele, aumenta a ativação de sei lá oq Se ocorrer o bloqueio do receptor de ADP o efeito falado anteriormente não acontece e a aglutinação plaquetária não existe Ticagrelor – eles inibem de forma reversível o receptor do ADP O tempo de meia-vida varia de dias até horas a partir de cada medicamento Esses 4 representantes têm a mesma finalidade, mas tem indicações farmacêuticas variadas Ticlopidina e clopidogrel são pró fármacos Paciente com polimorfismo para o P2C19 não devem usar clopidogrel -> não vai ter eficácia máxima e pode desencadear falha terapêutica, compromete a eficácia terapêutica Se ligam expressamente às proteínas plasmáticas – metabolização pelo Citocromo Interações Medicamentosas Eliminação por via renal e fezes Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa Abciximabe, eptifibatida e tirofibana É um receptor que vai ter a sua ação quando ocorre a ativação plaquetária → e por fim ligam as plaquetas e o fibrinogênio. Esses medicamentos inibem diretamente o GP IIb /IIIa = sem agregação plaquetária A glicoproteína está na superfície da plaqueta, que vai levar a transformação dessa glicoproteína a um receptor → ela se torna o receptor IIb/IIIa. É um receptor que vai ter a sua ação quando ocorre a ativação plaquetária → e por fim ligam as plaquetas e o fibrinogênio Existem medicamentos que inibem esse receptor, não forma as ligações cruzadas e não ocorre a agregação plaquetária Carla Bertelli – 3° Período Aplicação - intravenosa → junção de 2 fármacos (heparina + AAS) Profilaxia - complicações cardíacas isquêmicas - angina instável Mecanismo de ação: O receptor GP IIb/IIIa desempenha papel fundamental na estimulação da aglutinação das plaquetas. O anticorpo monoclonal quimérico abciximabe inibe o complexo receptor GP IIb/IIIa. Ligando- se ao GP IIb/IIIa, o abciximabe bloqueia a ligação do fibrinogênio e do fator de von Willebrand e, consequente mente, não acontece a aglutinação Usos terapêuticos: Esses fármacos são administrados por via IV, junto com heparina e AAS, como um auxiliar da ICP para a prevenção de complicações cardíacas isquêmicas. O abciximabe também está aprovado para pacientes com angina instável que não respondem ao tratamento médico convencional quando a ICP é planejada para as próximas 24 horas. Farmacocinética: O abciximabe é administrado em bólus intravenoso (IV), seguido de infusão IV, alcançando o pico de inibição das plaquetas em 30 minutos. O mecanismo de ação do abciximabe é desconhecido. Após interromper a infusão do abciximabe, a função plaquetária gradualmente retorna ao normal, com o efeito antiplaquetário persistindo entre 24 e 48 horas. Quando a infusão IV de eptifibatida ou tirofibana é interrompida, ambos são rapidamente depurados do plasma. A eptifibatida e seus metabólitos são excretados pelos rins. A tirofibana é excretada, principalmente inalterada, pelos rins e nas fezes. Trombolíticos Na final da cascata de coagulação existe a fibrinólise -> degradação da fibrina A doença tromboembólica aguda em determinados pacientes pode ser trata da com a administração de fármacos que ativam a conversão de plasminogênio em plasmina, uma serinoprotease que hidrolisa fibrina e, assim, dissolve coágulos. A estreptoquinase, um dos primeiros desses fármacos aprovados, causa um estado fibrinolítico sistêmico que pode levar a problemas de sangramento. A alteplase atua mais localizadamente na fibrina trombótica para produzir fibrinólise. A uroquinase é produzida natural mente nos rins humanos e converte diretamente plasminogênio em plasmina ativa. Essa fibrinólise não pode acontecer de forma descontrolada, é preciso ser controlada. Objetivo dos usos dos fibrinolíticos/trombolítico – serão usados para fazer a degradação ou lise de coágulos. Degradar o trombo já formado Se ocorrer uma maior produção de plasmina vai ocorrer uma maior degradação da fibrina Mecanismo de ação: Os trombolíticos apresentam algumas características comuns. Todos atuam direta ou indiretamente convertendo plasminogênio em plasmina, que, então, hidrolisa a fibrina, hidrolisando, assim, os trombos. A dissolução do coágulo e a reperfusão ocorrem com maior frequência quando o tratamento é iniciado logo após a formação do trombo, pois ele se torna mais resistente à lise à medida que envelhece. Infelizmente, um número maior de trombos pode ocorrer enquanto o trombo se dissolve, levando a uma maior agregação das plaquetas e trombose. Estratégias para evitar essa situação incluem a administração de antiplaquetários, como AAS, ou antitrombóticos, como heparina. Carla Bertelli – 3° Período Usos terapêuticos: Usados originalmente para o tratamento de TVP e EP grave, os trombolíticoshoje são usados menos frequentemente para essas condições. Sua tendência de causar hemorragias também comprometeu seu uso no tratamento da trombose arterial periférica aguda e do IAM. Para o IAM, a aplicação intracoronariana do fármaco é a forma mais confiável em termos de obter a recanalização. Contudo, a cateterização cardíaca pode não ser possível entre 2 e 6 horas de “janela terapêutica”, após as quais uma recuperação miocárdica significativa se torna menos provável. Assim, os trombolíticos são administrados em geral por via IV. Os trombolíticos são úteis em restabelecer a função de cateteres e anastomoses (shunts), hidrolisando os coágulos que causam a oclusão. Eles também são usados para dissolver coágulos que resultam em AVE Efeitos adversos: Os trombolíticos não diferenciam entre a fibrina de um trombo indesejado e a fibrina de um tampão hemostático benéfico. Assim, a hemorragia é o principal efeito adverso. Por exemplo, uma lesão prévia insuspeita, como a úlcera péptica, pode sangrar após a injeção de um trombolítico. Esses fármacos são contraindicados em gestantes e pacientes com ferimentos em cicatrização, histórico de AVE, tumor cerebral, traumatismo na cabeça, sangramento intracranial e câncer metastático. Fazer o uso deles assim que há a formação do trombo Trombolítico + Antiagregante = para compensar e não formar novos trombos Causa mais sangramento São medicamentos intravenosas Tempo de meia vida curta Alteplase (antes conhecida como ativador do plasminogênio tecidual ou APt) é uma serinoprotease originalmente derivada de cultura de células de melanoma humano. Atualmente, é obtida como produto de tecnologia de DNA recombinante. Reteplase é um derivado menor de APt recombinante, engenhado geneticamente. Tenecteplase é outro APt recombinante com meia-vida mais longa e maior afinidade pela fibrina do que a alteplase. A alteplase tem baixa afinidade pelo plasminogênio livre no plasma, mas ativa rapidamente o plasminogênio que está ligado à fibrina em um trombo ou um tampão hemostático. Assim, a alteplase em doses baixas é considerada seletiva para fibrina. Ela é aprovada para o tratamento de IAM, EP massiva e AVE isquêmico agudo. Reteplase e tenecteplase são aprovados somente para uso em IAM, embora reteplase possa ser usada extrabula na TVP e na EP massiva. A alteplase tem uma meia-vida muito curta (5-30 minutos) e, por isso, 10% da dose total é injetada por via IV como um bólus, e o restante do fármaco é administrado durante 60 minutos. Reteplase e tenecteplase têm meias vidas mais longas e, por isso, podem ser administradas como bólus IV. A alteplase Carla Bertelli – 3° Período pode causar angiedema orolingual, e o risco desse efeito aumenta quando há associação com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs). Estreptoquinase É extraída de Streptococcus – ela forma um complexo com o plasmingênio A estreptoquinase é uma proteína extracelular purificada de caldos de cultura de estreptococos β-hemolíticos do grupo C. Ela forma um complexo ativo um-a-um com plasminogênio. Esse complexo é enzimaticamente ativo e converte o plasminogênio não complexado na enzima ativa plasmina. Além da hidrólise dos tampões de fibrina, o complexo também catalisa a degradação do fibrinogênio, bem como dos fatores V e VII de coagulação. Com o advento de novos fármacos, a estreptoquinase raramente é usada e, em vários mercados, não mais está disponível. Uroquinase Produzida pelos rins A uroquinase é produzida naturalmente no organismo, pelos rins. A uro quinase terapêutica é isolada de culturas de células renais humanas e tem baixa antigenicidade. A uroquinase hidrolisa diretamente a ligação arginina-valina do plasminogênio, formando plasmina. A uroquinase só está aprovada para a lise de êmbolos pulmonares. Usos extrabula incluem o tratamento de IAM, tromboembolismo arterial, trombose artéria coronária e TVP. Seu uso foi amplamente superado por outros fármacos com relação risco/benefício mais favorável.
Compartilhar