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Abrangências das ações de saúde - tutoriais PBL

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–
Tutoriais 
Início de Carreira 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 O SUS é o modelo público de ações e 
serviços de saúde no Brasil que é orientado por um 
conjunto de e . Em sua estrutura, 
incorpora instrumentos para democratização e 
compartilhamento da gestão do sistema de saúde e a 
sua implantação tem início na década de 1990, com a 
promulgação da Lei Orgânica da Saúde. 
É fruto de uma luta social pela redemocratização do 
Estado brasileiro, de uma concepção de sociedade que 
efetive, por meio de políticas de desenvolvimento 
(emprego, renda, moradia e saneamento), de 
seguridade social e de e saúde os direitos de todos os 
cidadãos terem boa qualidade de vida. A saúde passa a 
ser vista como um direito humano. O SUS é público, 
comum, de todos. 
 é constituída por três documentos que 
expressam os elementos básicos que estruturam e 
organizam o SUS. São eles: 
❖ saúde é um dos 
setores que estruturam a seguridade social.
❖ de 19 de 
setembro de 1990, fala sobre a organização e 
regulação das ações e serviços de saúde no 
território nacional.
❖ de 28 de dezembro de 1990, 
estabelece o formato da participação popular 
no SUS e fala sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na 
área da saúde. 
Além disso, há diversas normatizações, decretos, 
portarias e medidas provisórias que atualizam, alteram 
ou revisam aspectos organizacionais e operacionais do 
sistema. Mas a estrutura formal do SUS está disposta 
nesses três documentos. 
 é difícil definir e descrever. A 
primeira dificuldade é definir a diferença entre princípio 
e diretriz. O texto constitucional afirma que o SUS é 
organizado a partir de diretrizes, sem mencionar 
“princípios”. Já a lei 8.080, afirma que o SUS é 
organizado com as diretrizes da constituição e, 
também, por princípios. A segunda dificuldade é que 
alguns dos mesmos elementos que constam como 
diretrizes no texto constitucional, constam como 
princípios na lei orgânica da saúde (descentralização, 
integralidade e participação da comunidade). Assim, 
vários atributos do SUS podem ser apresentados como 
estruturantes e organizativos. 
A denominação é tomada para a base 
filosófica, cognitiva e ideológica do SUS, enquanto 
 é para a forma, estratégia e meios de 
organização do sistema para sua concretização. 
alguns autores propõem a organização do SUS em 
 e , 
onde os doutrinários seriam o núcleo comum de 
valores e concepções que servem de base para o SUS 
e os organizativos representariam a forma de 
organização e operacionalização do sistema. 
PRINCÍPIOS 
Podemos identificar três elementos que compõem a 
base cognitiva, ideativa e filosófica do sistema brasileiro 
e que foi inscrita na Constituição Federal de 1988: 
universalidade, integralidade e equidade. 
 o artigo 196 da Constituição de 1988 
afirma que “a saúde é direito de todos e dever do 
Estado”. 
 antes do artigo constitucional, 
precisava-se contribuir com a Previdência Social para 
ter acesso à saúde pública e, a partir desse artigo, todos 
(independentemente de sexo, idade, condição 
financeira, crença religiosa e partido político) têm direito. 
A saúde deixa de ser um serviço e passa a ser um 
direito. E, entendida enquanto isso, a saúde deve ser 
gratuita. 
A , de 28/05/2012, considera crime 
exigir cheque-caução, nota promissória ou 
qualquer garantia, bem como o preenchimento 
prévio de formulários administrativos, como 
condição para o atendimento médico-hospitalar 
emergencial. 
 (municípios, estados e União) se a 
saúde é um direito fundamental, o Estado deve ter a 
responsabilidade de construir as condições concretas 
–
para a sua efetivação. O financiamento da saúde se dá 
por meio da arrecadação de impostos e outras formas 
de obtenção de recursos que devem ser administrados 
para atender aos princípios do SUS e às demandas de 
saúde da população brasileira 
 o SUS compreende o ser humano como 
“um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser entendido 
com essa visão integral por um sistema de saúde 
integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua 
saúde”. 
❖ 
❖ integralidade do 
sistema. Se o ser humano é visto como um 
todo, precisa de um sistema que dê conta 
desse todo. Direto às diversas ações em 
saúde (promoção, prevenção, recuperação, 
assistência, reabilitação e alívio, que precisam 
estar articuladas). 
A integralidade compreende o ser humano e o SUS 
como um todo, entendendo as ações em saúde em 
todos os níveis. 
 é fruto das históricas iniquidades sociais e 
econômicas da nação, uma vez que essas levam a 
desigualdades no acesso, gestão e produção de 
serviços de saúde. 
Não implica noção de igualdade, mas de 
, procurando investir onde a 
inequidade é maior. É um espaço regulador das 
diferenças, no sentido de reduzir ou atentar para as 
iniquidades ou diferenças. Isto é reconhecer a pluralidade 
e a diversidade da condição humana nas suas 
necessidades e suas potencialidades. 
Busca oferecer ações em saúde conforme a 
peculiaridade e necessidade das pessoas. Leva em 
conta traços biológicos particulares e realidades 
geográficas, culturais e sociais diversas 
Também se refere à garantia do acesso a todos, 
independentemente de sua localização geográfica, 
como as comunidades ribeirinhas e extrativistas, os 
quilombolas, as comunidades do campo e as da floresta. 
 
 
DIRETRIZES 
 o artigo 198 da Constituição de 1988 
afirma que “as ações e serviços públicos de saúde 
integram uma rede regionalizada”. 
É prevista pelo (regulamenta a Lei 
Orgânica da Saúde) as ações e serviços de saúde 
devem ser organizados de forma integrada entre 
municípios vizinhos, que se identificam cultural e 
geograficamente, por meio de uma rede de atenção à 
saúde. 
Consultas, exames e procedimentos devem 
ser organizados em uma rede de saúde de 
forma hierarquizada, começando pela atenção 
básica e, se necessário, encaminhando para 
hospitais, laboratórios e institutos especializados 
no munícipio ou região, de forma organizada. 
As ações e serviços em saúde devem estar 
organizadas a partir de regiões, delimitadas do 
âmbito municipal ao federal, passando pelo 
estadual, numa rede que garanta ao cidadão 
fácil acesso a serviços qualificados. Quanto mais 
perto da população os serviços e as ações 
forem executadas, maior a capacidade de agir 
sobre as causas dos problemas de saúde de 
determinada região. 
 o art. 198 prevê que as ações e os 
serviços públicos, além de regionalizados, “integram 
uma rede hierarquizada (...), constituindo, assim, um 
sistema único”. As ações e serviços em saúde devem 
estar articuladas entre si de forma hierarquizada, da 
atenção básica à alta complexidade. Os problemas de 
mais fácil solução devem ser resolvidos perto da 
população (atenção primária), pois não exigem 
procedimentos mais especializados e são mais baratos, 
mas não menos importantes. Os problemas que exigem 
procedimentos mais complexos, de média e alta 
complexidade, devem ser tratados em hospitais e 
centros especializados integrantes das redes de saúde.
A hierarquização refere-se à organização e gestão 
administrativa dos serviços prestados pelo SUS, que 
devem ser organizados em níveis crescentes de 
complexidade. 
–
O prevê como portas de 
entrada a atenção básica, a atenção de 
urgência e emergência e a atenção 
psicossocial. Todo e qualquer procedimento no 
SUS deve ser iniciado pelas portas de entrada, 
passando, a partir daí, se necessário, para os 
demais níveis de complexidade. 
 é o meio de resolver a concentração 
dos recursos e centralização do poder de decisão (que 
era no Ministério da Saúde). A capacidade gerencial das 
políticas e recursos pelo ministério era muito limitada, 
porque o Brasil é muito grande. Gerava desperdícios 
de recursos em determinados locais e faltava em 
outros. 
Fundamentada na teoria que
. 
Garantida constitucionalmente pelo art. 198, que afirma 
a “descentralização, com direção única em cada esfera 
de governo”. Com isso, os estados e, principalmente, 
os municípios, ganhampoder para organizar a saúde 
de acordo com a sua realidade específica. A 
municipalização da saúde dá poder de decisão a quem 
realmente executa. 
 as ações e serviços devem 
ser definidos e organizados de modo a solucionar os 
problemas da sua região de saúde. Para isso precisam 
de planejamento com base nos indicadores 
epidemiológicos. Prevê que não haja oferta de 
procedimentos desnecessários e, portanto, desperdício 
de recursos. 
O sistema deve ser resolutivo, ou seja, procurar 
resolver o problema do cidadão, empregando o tempo, 
o custo e o sofrimento mínimos. 
 todos os sujeitos 
envolvidos no SUS têm papel na sua implementação 
(profissionais, prestadores, gestores e usuários que 
estão na ponta do sistema e que acompanham o 
cotidiano da política pública). 
Fundamentada na teoria que
. 
O art. 198 da Constituição contempla “a participação da 
comunidade”. E a traduziu o texto 
constitucional em duas formas de participação: os 
 e as , nas 
três esferas do governo (união, estados e municípios). 
Os conselhos de saúde não possuem caráter 
meramente consultivo, mas, também, 
deliberativo: o povo tem poder de decisão (“o 
poder emana do povo”). 
 o SUS prevê 
que ações e serviços sejam garantidos pelo setor 
público, mas quando essa estrutura for insuficiente, o 
gestor poderá recorrer ao setor privado, que atuará de 
forma complementar ao sistema. Pode ser acordado 
por meio de contrato ou convênio. Terá preferência o 
setor filantrópico (não lucrativo) do SUS. 
Prerrogativa está na , art. 22: “na 
prestação de serviços privados de assistência à saúde, 
serão observados os princípios éticos e as normas 
expedidas pelo órgão de direção do SUS quanto às 
condições para seu funcionamento”. 
O prestador privado deverá estar de acordo com os 
princípios e normas técnicas do SUS e deve se integrar 
ao processo de regionalização e hierarquização dos 
serviços de saúde da região à qual pertence. 
FONTE: CARTILHA “O SUS E A EFETIVAÇÃO DO D IRE ITO 
HUMANO À SAÚDE” E “PR INCÍP IOS E D IRETR IZES DO S ISTEMA 
ÚN ICO DE SAÚDE ” (GUSTAVO CORRE IA MATTA) 
PNAB 
 
 (21/10/2011) aprova a PNAB, estabelecendo 
revisão de diretrizes e normas para a organização da 
Atenção Básica, para a Estratégia de Saúde da Família 
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de 
Saúde (PACS). (21/09/2017) revoga a 
portaria nº 2.488 de 2011 e Aprova a Política Nacional de 
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes 
para a organização da Atenção Básica, no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
 conjunto de ações 
em saúde desempenhadas pela Saúde da Família. 
Articula conhecimentos e técnicas provindos da 
epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais 
em saúde, redefinindo as práticas em saúde, articulando 
as bases de promoção, proteção e assistência, a fim de 
garantir a integralidade do cuidado. 
Deve se utilizar saberes de variadas origens para que 
a APS possa ser mais eficaz e resolutiva (cultura, 
assistência social, gestão, esporte, lazer etc.), tornando-
–
se um exercício de interdisciplinaridade e 
intersetorialidade. 
Primeiro contato na rede assistencial dentro do 
sistema de saúde caracteriza-se pela continuidade e 
integralidade da atenção e representa a coordenação 
da assistência dentro do próprio sistema, da atenção 
centrada na família, da orientação e participação 
comunitária e da competência cultural. 
 acesso (primeiro contato do 
indivíduo com o sistema de saúde), continuidade do 
cuidado, integralidade da ação e coordenação do 
cuidado dentro do sistema. 
atenção à saúde centrada na família, orientação 
comunitária e competência cultural. 
PSF | ESF 
tem como ponto 
principal o estabelecimento de vínculos e criação de 
laços de compromisso e responsabilidade entre 
profissionais de saúde e a população. A estratégia 
utilizada pelo PSF só é compreendida através da 
mudança do objeto de atenção, forma de atuação e 
organização geral dos serviços, reorganizando a prática 
assistencial em novas bases e critérios. Essa perspectiva 
faz com que a família passe a ser o objeto principal da 
atenção, entendida a partir do ambiente onde vive. 
 contribuir para a reorientação do 
modelo assistencial a partir da atenção básica, em 
conformidade com os princípios do Sistema Único de 
Saúde, imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas 
unidades básicas de saúde, com definição de 
responsabilidades entre os serviços de saúde e a 
população. 
(justamente por que programa possui tempo 
determinado e estratégia é permanente e contínua)
Desse modo, o PSF passou a ser denominado de 
Estratégia Saúde da Família (ESF). 
 é um modelo 
que procura reorganizar a prática da atenção à saúde 
em novas bases e substituir o modelo tradicional, 
privilegiando a construção de redes de atenção e 
cuidado, constituindo-se em apoio às equipes de saúde 
da família e ampliando sua resolutividade e sua 
capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do 
cuidado. Leva a saúde para mais perto das famílias e, 
assim, melhorar a qualidade de vida da população. 
PNAB é lançada pela necessidade de adequar as 
normas nacionais adaptados à realidade mais atual vivida 
pelo SUS. As normas e resoluções das portarias 
anteriores permanecem em vigor desde que não 
conflitem com a atual. Além disso, a ESF e outras 
estratégias organizativas da Atenção Básica devem 
seguir as diretrizes do SUS, considerando e incluindo as 
especificidades loco regionais. 
 a equipe de Saúde da Família (eSF) é 
uma equipe multiprofissional que deve ser composta 
por, no mínimo: generalista, ou especialista em 
Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; 
 generalista ou especialista em Saúde da 
Família; ; e 
 (ACS). Podem, ainda, ser 
acrescentados a essa composição os profissionais de 
Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou 
especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico 
em Saúde Bucal. Outros profissionais de saúde poderão 
ser incorporados a estas unidades básicas, de acordo 
com as demandas e características da organização dos 
serviços de saúde locais, devendo estar identificados 
com uma proposta de trabalho que exige criatividade e 
iniciativa para trabalhos comunitários e em grupo. 
Cada eSF deve ser responsável por, no 
máximo, 4.000 pessoas, sendo a média 
recomendada de 3.000 pessoas, respeitando 
critérios de equidade para essa definição. 
Recomenda-se que o número de pessoas por 
equipe considere o grau de vulnerabilidade das 
famílias daquele território, sendo que, quanto 
maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá 
ser a quantidade de pessoas por equipe. 
FONTE: PNAB (PORTARIA Nº2 .436/20 17 ) E CARTILHA “PSF ” 
MIN ISTÉR IO DA SAÚDE 
NASF 
 o 
Ministério da Saúde criou os NASF, mediante a 
 (24/01/2008). Além de doenças 
definidas pelo perfil epidemiológico e a pluralidade de 
agravos à saúde, ainda existem na população os 
problemas de violência, saúde mental, pobreza, uso 
abusivo de drogas e acidentes. Essa realidade faz 
necessário um olhar multifacetado, criando-se, então, os 
Núcleos de Apoio à Saúde da Família, composto por 
profissionais de diferentes áreas de conhecimento que 
–
atuam de maneira integrada com a ESF e com as 
equipes de atenção básica para populações específicas. 
apoiar a inserção da ESF na rede de serviços, 
garantindo a continuidade e integralidade da atenção, 
ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção 
básica e aumentar a resolutividade da atenção básica, 
reforçando os processos de territorialização e 
regionalização em saúde. 
é dividido em duas modalidades (NASF 1 
e NASF 2). A composição de cada uma delas é definida 
pelos gestores municipais, a partir dos dados 
epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes 
de saúde que serão apoiadas. 
 vinculada a, no mínimo, 5 e a, no 
máximo, 9 equipes de Saúde da Família (eSF) 
ou equipes de Atenção Básica para populações 
específicas (Consultórios na Rua, equipes 
ribeirinhas e fluviais). Os profissionais tem que 
ter algumas condiçõesespecíficas (como a 
carga horária semanal máxima e mínima). 
 vinculada a, no mínimo, 3 e a, no 
máximo, 4 eSF e/ou equipes de Atenção 
Básica para populações específicas 
(Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e 
fluviais). Os profissionais tem que ter algumas 
condições específicas (como carga horária 
semanal máxima e mínima). 
 equipe com profissionais de diferentes 
áreas de conhecimento que atuam em conjunto com 
os profissionais das eSF, compartilhando e apoiando as 
práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade 
da eSF. Os gestores municipais e eSF que definem a 
composição, mediante critérios de prioridades (uma vez 
que não é porta de entrada, sim apoio às equipes de 
Saúde Familias). médico 
acupunturista; assistente social; profissional/professor de 
educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; 
fonoaudiólogo; ginecologista/obstetra; médico 
homeopata; nutricionista; pediatra; psicólogo; psiquiatra; 
terapeuta ocupacional; geriatra; médico internista 
(clínica médica); médico do trabalho; veterinário; arte-
educador; profissional de saúde sanitarista (profissional 
graduado na área de saúde com pós-graduação em 
saúde pública ou coletiva). 
Não há diferença entre o NASF 1 e o 2 quanto 
aos profissionais que os compõem, diferindo 
apenas na carga horária semanal e no número 
de equipes da Saúde da Família e/ou equipes 
de Atenção Básica para populações 
específicas. 
 ocorre dentro de diretrizes. São elas: ação 
interdisciplinar e intersetorial; educação permanente em 
saúde dos profissionais e da população; 
desenvolvimento da noção de território; integralidade, 
participação social, educação popular; promoção da 
saúde e humanização. 
O trabalho deve ser estruturado priorizando o 
atendimento compartilhado e interdisciplinar, 
com troca de saberes, capacitação e 
responsabilidades mútuas, gerando experiência 
para todos os profissionais envolvidos, mediante 
amplas metodologias, tais como estudo e 
discussão de casos e situações, projetos 
terapêuticos, orientações e atendimento 
conjunto. 
 utilizadas pelo NASF em sua 
organização. 
❖ tecnologia de gestão, modo 
de realizar a atenção em saúde de forma 
compartilhada com vistas à integralidade e à 
resolubilidade da atenção, por meio do trabalho 
interdisciplinar. 
❖ direcionada a todos os 
profissionais que fazem clínica. Ampliar a 
clínica significa ajustar os recortes teóricos de 
cada profissão às necessidades dos usuários 
(toda profissão faz um recorte, um destaque 
de sintomas e informações, de acordo seu 
núcleo profissional.). Discussão em equipe de 
casos clínicos, principalmente os mais 
complexos. 
❖ conjunto 
de propostas de condutas terapêuticas 
articuladas, para um sujeito individual ou 
coletivo, resultado da discussão coletiva de uma 
equipe interdisciplinar, com apoio matricial. 
Momento em que toda a equipe compartilha 
opiniões para ajudar a entender o sujeito com 
alguma demanda de cuidado em saúde e para 
definição de propostas de ações. Pode ser 
elaborado para grupos ou famílias, e não só 
para indivíduos. 
❖ 
estratégia das eSF e do NASF para 
desenvolver ações efetivas na produção da 
saúde em um território que tenham foco na 
articulação dos serviços de saúde com outros 
–
serviços e políticas sociais de forma a investir 
na qualidade de vida e na autonomia de sujeitos 
e comunidades. Inicia-se pela identificação de 
uma área e/ou população vulnerável ou em 
risco. O PST deve ser baseado na promoção 
da saúde, na participação social e na 
intersetorialidade e na existência de demanda e 
na criação de espaços coletivos de discussão 
onde sejam analisados a priorização das 
necessidades de saúde, os seus determinantes 
sociais, as estratégias e os objetivos propostos 
para a sua abordagem. 
❖ tem por 
objetivo a atenção integral à saúde das 
crianças, adolescentes e jovens do ensino 
público, no âmbito das escolas e das UBS. 
Realizado pelas equipes de saúde da atenção 
básica e educação de forma integrada. 
FONTE: CADERNO DE ATENÇÃO BÁS ICA - NASF 
PSF | ESF 
 
❖ 
, identificando 
grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos 
e vulnerabilidades 
❖ 
, utilizando as 
informações sistematicamente para a análise da 
situação de saúde, considerando as 
características sociais, econômicas, culturais, 
demográficas e epidemiológicas do território 
❖ 
, com atenção especial às 
populações que apresentem necessidades 
específicas (em situação de rua, em medida 
socioeducativa, privada de liberdade, ribeirinha, 
fluvial) 
❖ Realizar ações de atenção à saúde conforme a 
necessidade de saúde da população local 
❖ 
, buscando por meio 
da realização de ações de promoção, proteção 
e recuperação da saúde, prevenção de 
doenças e agravos e da garantia de 
atendimento da demanda espontânea, da 
realização das ações programáticas, coletivas e 
de vigilância em saúde 
❖ Participar do dos usuários, 
proporcionando atendimento humanizado, 
realizando classificação de risco, identificando as 
necessidades de intervenções de cuidado, 
responsabilizando-se pela continuidade da 
atenção e viabilizando o estabelecimento do 
vínculo 
❖ Responsabilizar-se pelo da 
população adscrita, permitindo a 
 
❖ Praticar 
, visando propor intervenções que 
possam influenciar os processos saúde-doença 
individual, das coletividades e da própria 
comunidade 
❖ Utilizar o Sistema de Informação da AB vigente 
para registro das ações de saúde, visando 
subsidiar a gestão, planejamento, investigação 
clínica e epidemiológica, e à avaliação dos 
serviços de saúde 
❖ Realizar a gestão das filas de espera, evitando 
a prática do encaminhamento desnecessário, 
com base nos processos de regulação locais 
(referência e contrarreferência), ampliando-a 
para um processo de compartilhamento de 
casos e acompanhamento longitudinal de 
responsabilidade das equipes que atuam na 
atenção básica 
❖ Instituir ações para segurança do paciente e 
propor medidas para reduzir os riscos e 
diminuir os eventos adversos 
❖ Realizar busca ativa e notificar doenças e 
agravos de notificação compulsória, bem como 
agravos, surtos, acidentes, violências, situações 
sanitárias e ambientais de importância local 
❖ Realizar visitas domiciliares e atendimentos em 
domicílio às famílias e pessoas em residências, 
Instituições de Longa Permanência (ILP), 
abrigos, entre outros 
❖ Participar de reuniões de equipes a fim de 
acompanhar e discutir em conjunto o 
planejamento e avaliação sistemática das ações 
da equipe, a partir da utilização dos dados 
disponíveis, visando a readequação constante 
do processo de trabalho 
❖ Articular e participar das 
 permanente e educação continuada. 
–
Realizar ações de educação em saúde à 
população adstrita, conforme planejamento da 
equipe e utilizando abordagens adequadas às 
necessidades deste público 
❖ Promover a , 
estimulando conselhos/colegiados, constituídos 
de gestores locais, profissionais de saúde e 
usuários, viabilizando o controle social na 
gestão da UBS
, mantendo os dados atualizados no sistema 
de informação da AB, utilizando-os de forma 
sistemática, com apoio da equipe, para a análise da 
situação de saúde, considerando as características 
sociais, econômicas, culturais, demográficas e 
epidemiológicas do território, e priorizando as situações 
a serem acompanhadas no planejamento local; utilizar 
instrumentos para a que apoiem 
no diagnóstico demográfico e sociocultural da 
comunidade; 
, os dados de 
nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, 
garantido o sigilo ético; 
, considerando as 
características e as finalidades do trabalho de 
acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou 
coletividades; sobre as datas e 
horários de consultas e exames agendados. 
 realizar a às pessoas e 
famílias sob sua responsabilidade; realizar 
, , 
atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos espaços comunitários 
(escolas, associações); realizar estratificação de risco e 
elaborar plano de cuidadospara as pessoas que 
possuem condições crônicas no território; encaminhar 
usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos 
locais (sua responsabilidade o acompanhamento do 
plano terapêutico prescrito); indicar a necessidade de 
internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a 
responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; 
planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas 
pelos ACS e ACE em conjunto com os outros 
membros da equipe. 
 realizar consulta de enfermagem, 
procedimentos, atividades em grupo em indivíduos e 
famílias cadastradas; solicitar exames complementares; 
prescrever medicações e gerenciar insumos e 
encaminhar usuários a outros serviços. Atividades de 
educação permanente da equipe de enfermagem, 
bem como o gerenciamento e a avaliação das 
atividades da equipe. 
 sob a supervisão 
do enfermeiro, realizar procedimentos regulamentados 
no exercício de sua profissão tanto na Unidade de 
Saúde quanto em domicílio e outros espaços da 
comunidade. 
 em ação conjunta com o TSB, 
definir o papel epidemiológico da população para o 
planejamento e a programação em saúde, voltadas à 
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais, 
de forma integral e resolutiva. Deve realizar os 
procedimentos clínicos, incluindo atendimento das 
emergências, pequenas cirurgias ambulatoriais e 
próteses dentárias elementares, além de atividades 
programadas e de atenção à demanda espontânea e 
ao controle de insumos. Responsável por supervisionar 
o TSB e o ASB. 
 acolhimento do paciente 
nos serviços de saúde bucal, a manutenção e a 
conservação dos equipamentos odontológicos, a 
remoção do biofilme e as fotografias e tomadas de uso 
odontológicos, a limpeza e a antissepsia do campo 
operatório, antes e após atos cirúrgicos, e as medidas 
de biossegurança de produtos e resíduos 
odontológicos. 
 limpeza, assepsia, 
desinfecção e esterilização do instrumental, dos 
equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho, 
processar filme radiográfico, seleciona moldeiras, 
prepara modelos em gesso além das demais atividades 
atribuídas ao TSB. 
NASF 
 a integralidade se materializa 
pelo aumento da capacidade de análise e de 
intervenção sobre problemas e necessidades de saúde 
– tanto clínicos quanto sanitários – por meio da 
responsabilização compartilhada entre a equipe do 
NASF e as ESF e de populações específicas, 
garantindo-lhes encaminhamento, com base nos 
processos de referência e contra referência. 
–
Discussão de caos, atendimento conjunto, 
interconsulta, construção conjunta de projetos 
terapêuticos, educação permanente, podendo todas as 
ações serem desenvolvidas nas UBS, academias da 
saúde ou em outros pontos do território. 
 definição de indicadores 
e metas que avaliem as suas ações; definição de uma 
agenda de trabalho que privilegie as atividades 
pedagógicas e assistenciais; ações diretas e conjuntas 
com a ESF no território. 
FONTE: PNAB (PORTARIA Nº2 .4 36/20 17 ) E CARTILHA “PSF ” 
GENERALISTA X ESPECIALISTA 
 as últimas décadas foram marcadas 
pela preocupação com a 
, culminando com a formulação das Diretrizes 
Curriculares Nacionais. Estas orientam as instituições de 
ensino superior a transformarem o processo de ensino, 
objetivando a . 
Ao investigar a atribuída ao 
, comparada ao especialista, a maioria dos 
entrevistados acredita que o primeiro é mais mal 
remunerado, tem 
. 
A prática médica, desde sua origem, se caracterizava 
por uma avaliação geral do paciente; contudo 
apresentava baixa resolutividade e pouco prestígio 
social. No início do século XX essa realidade se 
modificou, advinda das teorias de Flexner, que 
enfatizavam o conhecimento extraído da pesquisa 
experimental de base individual. A partir desse 
momento, iniciou a superespecialização médica e a 
busca por avanço tecnológico, com consequente 
aumento da efetividade e do status profissional. 
Ainda hoje essa lógica permanece por meio da prática 
profissional individualista e baseada no modelo hospitalar, 
de elevado custo, atendimento curativo e 
descontextualizado. 
Em 1978, com a Conferência de Alma-Ata, promovida 
pela OMS e pela UNICEF, foi estabelecido o conceito 
de Atenção Primária à Saúde (APS), na tentativa de 
. O Brasil norteou a reforma dos 
sistemas de saúde baseado nesse modelo. Surgem, 
assim, ações como o PSF, que se pauta nos princípios 
da APS, integralizando os níveis de atenção à saúde e 
fortalecendo o SUS. 
Esse fato evocou a discussão sobre a relevância da 
formação de recursos humanos como forma de 
complementar essa idealização, algo que influenciou 
diretamente a graduação médica. 
Em 2001, foram homologadas as Diretrizes Curriculares 
Nacionais que orientam as instituições de ensino 
superior a transformarem o processo de ensino-
aprendizagem-avaliação, devendo contemplar os 
princípios adotados pelo SUS. Assim objetiva-se a 
 dos profissionais egressos, 
atentando para uma visão mais humanista do exercer 
da medicina. 
A partir de então, inicia-se a adaptação do currículo 
médico acadêmico, tentando torná-lo mais apropriado 
à verdadeira realidade da saúde das pessoas, 
contribuindo para o conhecimento do aluno frente ao 
trabalho desenvolvido pelo médico generalista, além de 
romper o aprendizado focado nos hospitais e transferi-
lo ao atendimento em unidades básicas de saúde. 
 percebem-se os generalistas como 
profissionais que contemplam 
, 
considerando o indivíduo como um ser biopsicossocial, 
personalizando a relação médico-paciente. 
Devem fazer a utilização racional das tecnologias, 
levando em consideração o custo-benefício e ter a 
capacidade de liderança e interdisciplinaridade. 
 por sua vez, possui um 
. 
São qualificados para realizar diagnósticos e 
procedimentos terapêuticos que não estão no 
repertório do generalista, com considerável acesso 
tecnológico. 
 a especialização começou a ser 
observada como uma imposição para inserção no 
mercado de trabalho, como forma de gerar uma maior 
qualificação do serviço que promova melhores vínculos 
empregatícios e melhor remuneração. Assim, 
. 
–
Dessa forma, a medicina adquiriu um 
, com o passar dos anos e da 
valorização da superespecialização. Sendo assim, as 
atividades de saúde coletiva não são tão sedutoras para 
o profissional, já que não trazem o status social e 
Científico. Além disso, a maioria dos profissionais de 
saúde e acadêmicos em medicina 
. 
FONTE: ARTIGO “FOMRAÇÃO MÉDICA GENERALISTA: 
PERCEPÇÃO DO PROF ISS IONAL E DO ESTUDANTE ” 
DEMOGRAFIA MÉDICA 
O Brasil contava, em outubro de 2015, com 399.692 
médicos e uma população de 204.411.281 habitantes – 
razão de 1,95 médico por 1.000 habitantes. Na mesma 
data, o número de registros de médicos nos Conselhos 
Regionais de Medicina chegava a 432.870, o que 
significa . 
Apesar de o Brasil ter razão nacional de 2,11 médicos 
por 1.000 habitantes, as 
: entre as unidades da 
federação, entre as capitais e os interiores, e 
comparando agrupamentos de municípios por estratos 
populacionais. 
A diferença de 33.178 entre o número de médicos e o 
de registros de médicos refere-se às inscrições 
secundárias de profissionais registrados em mais de um 
estado da federação. O estudo trabalha tanto com o 
número de médicos, quanto com o número de 
registros, no caso de dados regionais ou estaduais. 
O no 
país já se estende por mais de 50 anos. De 1970, 
quando havia 58.994 registros, até 2015, o aumento foi 
de 633%. No mesmo período, a população brasileira 
cresceu 116%. Ou seja, o total de médicos nesses anos 
aumentou em maior velocidade do que o crescimento 
populacional. 
A diferença nas taxas de crescimento explica o 
aumento constante na razão médico/habitante. Cabe 
observar que entre 1980 e 2010 houve diminuição no 
ritmo de crescimento da população em função da 
fertilidade declinante e da expectativa de vida crescente. 
 principalmente da abertura de novas 
escolas médicas e da expansão de vagas de graduação 
em medicina, de fatores relacionados à evolução da 
demandae de necessidades crescentes de saúde, além 
da oferta de mais postos de trabalho médico devido à 
expansão do sistema de saúde. 
FONTE: DEMOGRAF IA MÉDICA NO BRAS IL (20 15 ) “MÉDICOS NO 
BRAS IL : NÚMEROS E EVOLUÇÃO” 
Check - up 
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
O SUS ordena o cuidado com a saúde em níveis de 
atenção, que são de , e . 
Essa estruturação visa à melhor e 
 das ações e dos serviços do sistema de 
saúde. Não se deve desconsiderar algum desses níveis 
de atenção, porque a atenção à saúde deve ser 
integral. 
A atenção primária em saúde resolve mais de 80% 
dos problemas de saúde da população, o nível 
secundário cerca de 15% e o nível terciário 
aproximadamente 5% dos problemas de saúde. 
constitui o 
à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de ações 
que engloba , , , 
 e . Desenvolve-se por meio de 
práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e 
participativas, sob a forma de trabalho em equipe, 
dirigidas a populações de territórios delimitados, pelos 
quais assumem responsabilidade. Utiliza tecnologias de 
elevada complexidade e baixa densidade, objetivando 
solucionar os problemas de saúde de maior frequência 
e relevância das populações. É o 
dos usuários com o sistema de saúde. Deve considerar 
o sujeito em sua singularidade, complexidade, inteireza 
e inserção sociocultural, além de buscar a promoção 
de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e 
a redução de danos ou de sofrimentos que possam 
comprometer suas possibilidades de viver de modo 
saudável. 
A APS deve cumprir 
(MENDES, 2002): 
• visa resolver a grande maioria 
dos problemas de saúde da população; 
• visa organizar os fluxos e 
contrafluxos dos usuários pelos diversos 
–
pontos de atenção à saúde, no sistema de 
serviços à saúde; 
• visa responsabilizar-se 
pela saúde dos usuários em quaisquer 
pontos de atenção à saúde em que 
estejam. 
Orienta-se pelos da universalidade, 
da acessibilidade e da coordenação do cuidado, 
do vínculo e da continuidade, da integralidade, 
da responsabilização, da humanização, da 
equidade e da participação social. 
Tem a Saúde da Família como estratégia 
prioritária para sua organização de acordo com 
os preceitos do SUS. É constituída pelas 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelos 
Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pela 
Equipe de Saúde da Família (ESF) e pelo 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). 
Estando bem estruturada, a APS reduzirá as filas nos 
prontos socorros e hospitais, o consumo abusivo de 
medicamentos e o uso indiscriminado de equipamentos 
de alta tecnologia. 
constitui o 
 à saúde adotada pelo SUS, é a 
 ambulatorial. É composta por ações e 
serviços que 
, cuja complexidade 
da assistência na prática clínica demande a 
disponibilidade de e a 
utilização de recursos tecnológicos (intermediários), 
para o apoio e e 
 e 
Desenvolve atividades assistenciais nas 
: clínica médica, 
gineco-obstetrícia, pediatria e clínica cirúrgica + 
especialidades estratégicas, nas modalidades de 
atenção ambulatorial, internação, urgência e 
reabilitação (unidades mistas, ambulatórios 
gerais, hospitais locais e hospitais regionais). 
Procedimentos especializados realizados por 
profissionais médicos, outros profissionais de 
nível superior e nível médio, cirurgias 
ambulatoriais especializadas, procedimentos 
tráumato-ortopédico, ações especializadas em 
odontologia, patologia clínica, anatomopatologia 
e citopatologia, radiodiagnóstico, exames 
ultrassonográficos, fisioterapia, terapias 
especializadas, próteses e órteses, anestesia. 
constitui o 
à saúde adotada pelo SUS, é a . 
Responsável por designar o conjunto de terapias e 
procedimentos de elevada especialização, que 
empregam tecnologias duras e que são realizados no 
ambiente hospitalar. Possui 
 do sistema, nas modalidades 
de atendimento ambulatorial, internação e urgência (ex.: 
ambulatórios de especialidades, hospitais especializados 
e hospitais de especialidades). 
Procedimentos que envolvem 
, objetivando propiciar à população 
acesso a serviços qualificados, integrando-os 
demais níveis de atenção à Saúde. 
FONTE: ASSISTÊNCIA DE MÉDIA E ALTA COMPLEX IDADE NO 
SUS (CONASS + MIN ISTÉR IO DA SAÚDE) 
RESOLUTIVIDADE 
As definições de níveis não tem o objetivo de fixar 
uma “relação definitiva” de média e alta complexidade 
de atenção à saúde, mas 
: sua visão foi, desde sempre, 
fragmentária, um conjunto de procedimentos 
relacionados nas tradicionais “tabelas de procedimentos 
do sistema”, ambulatorial ou hospitalar, selecionados por 
exclusão (procedimentos que “não cabem” nas UBS e 
na APS, pelos custos ou densidade tecnológica 
envolvida) 
 envolve aspectos inerentes à demanda, 
às tecnologias dos serviços de saúde, à existência de 
um sistema de referência preestabelecido. 
 sistemas fragmentados tendem a se voltar 
para a atenção principal às condições e aos eventos 
agudos, enquanto os sistemas integrados tendem a 
atuar, equilibradamente, sobre as condições agudas e 
crônicas. 
Sistemas fragmentados: se organizam através 
de um conjunto de pontos de atenção à saúde, 
isolados e incomunicados uns dos outros, e que, 
por consequência, são incapazes de prestar 
uma atenção contínua à população. Aumenta 
custo, reduz resolutividade. 
–
Articulados: Aumenta resolutividade, reduz 
custo 
 apresentam missão 
e objetivos comuns; operam de forma cooperativa e 
interdependente; intercambiam constantemente seus 
recursos; são estabelecidas sem hierarquia entre os 
pontos de atenção à saúde, organizando-se de forma 
poliárquica; convocam uma atenção integral; funcionam 
sob coordenação da APS; prestam atenção oportuna, 
em tempos e lugares certos; focam-se no ciclo 
completo de atenção 
 Prontuário 
eletrônico, CNS (Cartão Nacional de Saúde), bancos de 
dado do SUS, sistema logístico e de apoio. 
REFERÊNCIA E CONTRA REFERÊNCIA 
Visa a concretização dos princípios e diretrizes do SUS 
(integralidade, regionalização e hierarquização). 
Constitui-se na , sendo que 
por referência compreende-se o trânsito do nível 
menor para o de maior complexidade. Inversamente, a 
contra referência compreende o trânsito do nível de 
maior para o de menor complexidade. 
“Os profissionais de saúde só deverão encaminhar os 
casos que realmente estejam fora da possibilidade 
técnica e de recursos humanos de serem tratados no 
próprio município da residência dos pacientes. Os casos 
mal encaminhados e detectados pela Coordenação do 
Sistema de referência e pelas auditorias serão 
procurados para esclarecimentos e posteriores 
providências.” (DIAS, 2012)
. Usuário é 
encaminhado para um atendimento com níveis de 
 mais complexos (hospitais, clínicas 
especializadas). 
menor grau de complexidade. 
Quando a necessidade do usuário, em relação aos 
serviços de saúde, é . Cidadão pode ser 
contra referenciado, ou seja, conduzido para um 
atendimento em nível mais primário (exemplo: UBS 
mais próxima de seu domicílio). 
 
❖ Criar/normatizar órgão municipal que 
regule o fluxo de encaminhamento para o 
Sistema Regional; 
❖ Definir/normatizar a Unidade de Referência 
Regional como papel regulador para 
referência Estadual; 
❖ Criar um documento unificado de 
encaminhamento no SER / SUS; 
❖ Definir a responsabilidade quanto ao 
translado e estadia do paciente fora do 
domicílio, nas Regionais e na Estadual; 
❖ Hierarquizar o sistema em nível de 
complexidade; 
❖ Definir o fluxo da Referência e 
Contrarreferência. 
❖ Conhecer as condições das unidades de cada 
Microrregião (municípios); 
❖ Identificar os serviços disponíveis em nível 
regional e municipal; 
❖ Articular politicamente a garantia da 
consolidação do Sistema de Referência 
Estadual nos três níveis; 
❖ Identificar os recursos humanos especializados 
disponíveis; 
❖ Garantir recursos materiais e insumos 
(equipamentos e medicamentos 
principalmente) para cobertura e resolutividade 
dos serviços; 
❖ Garantir a referência e contrarreferência nos 
três espaços: municipal, regional e estadual;❖ Capacitar profissionais; 
❖ Garantir recursos orçamentários e financeiros 
para consolidação e manutenção dos serviços 
de referência; 
❖ Incentivar a interiorização de profissionais 
especializados através de capacitação e 
incentivos financeiros; 
❖ Garantir a divulgação e informações sobre os 
serviços. 
FONTE: DEMOGRAF IA MÉDICA NO BRAS IL (20 15 ) “MÉDICOS NO 
BRAS IL : NÚMEROS E EVOLUÇÃO” 
(Responsabilidade dos exames de prevenção dentro 
das políticas de saúde)
INTRODUÇÃO 
O sistema de saúde brasileiro é , onde convive um 
sistema público e um privado. O arranjo produtivo se 
constitui em um emaranhado de interrelações entre 
setor público e privado. 
–
A maioria dos estabelecimentos de saúde brasileiros 
são públicos (58,7%). 
o SUS é o sistema público de 
assistência à saúde, definido pela constituição de 1988 e 
instituído pela Lei Orgânica da Saúde (lei 8.080 de 1990). 
É baseado em 3 princípios (universalidade, integralidade 
e equidade). Porém, o SUS possui uma 
, com indicadores inferiores aos 
recomendados pela OMS. Essa oferta insuficiente 
impõe um tempo de espera pelos tratamentos, 
principalmente por aqueles que não são considerados 
como emergenciais, do 
sistema e, consequentemente, . 
 
❖ 
os planos são definidos como 
 porque entende-se que pagar 
por um seguro privado é uma opção, uma vez 
que todos os brasileiros já contribuem para o 
sistema público de saúde por meio dos 
impostos e têm direito a utilizá-lo. Porém, eles 
acabam sendo , já que muitas 
pessoas recorrem aos planos por conta de 
limitações na saúde pública. 
❖ representado 
pelos “serviços de saúde adquiridos em 
prestadores privados mediante gastos diretos 
dos bolsos das pessoas ou das famílias”. 
INTERAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA 
O SUS nasceu como um sistema universal e unificado 
na Constituição de 1988. No entanto, na própria 
constituição há espaço para o setor privado, na forma 
de um . 
o segmento privado possui grande 
magnitude (foi responsável por quase 60% dos gastos 
com saúde no país em 2000), operando principalmente 
na forma de seguro/plano de saúde (por 35% dos 
gastos totais privados com saúde). 
Diversos subsídios se dão entre o Estado e o setor 
privado, no âmbito da saúde, como os "gastos 
tributários", que são recursos tributários que o Estado 
deixa de arrecadar, mediante as desonerações fiscais. 
Eles atuam como aos prestadores e 
operadoras de planos de saúde filantrópicos e como 
, 
uma vez que o gasto deles proveniente é deduzido da 
base sobre a qual é calculado o imposto de renda 
devido por pessoas físicas e jurídicas. 
 foi criado pelo artigo 32 da Lei 
nº 9.656/1998 e regulamentado pelas normas da ANS. 
É a obrigação legal das operadoras de planos privados 
de assistência à saúde de restituir as despesas do SUS 
no eventual atendimento de seus beneficiários que 
estejam cobertos pelos respectivos planos. Seu 
processo de normatização e cobrança é de 
responsabilidade da ANS. 
Sua principal função é a 
, evitando que operadoras 
descumpram seus contratos ao zelar para que 
mantenham uma rede adequada de prestadores de 
serviços. 
 a possível 
utilização do SUS pelo setor privado sem ressarcimento 
tinha implicações de bem estar sobre os agentes em 
todo o sistema de saúde brasileiro. No caso dos 
ofertantes privados, ao venderem planos de saúde com 
serviços que, em parte, eram cobertos pelo SUS, mas 
sem o devido ressarcimento, acabavam não incorrendo 
no custo social de sua produção, pois parte de seus 
custos eram repassados para o sistema público. Isso 
fazia com que tendessem a ofertar uma quantidade de 
seguro privado além do socialmente desejado. Para o 
SUS não havia alívio da quantidade de pacientes 
tratados na magnitude do número de segurados, uma 
vez que mesmo aqueles com preço de reserva alto o 
suficiente para comprar planos privados de saúde, ao 
final, eram em parte atendidos pelo próprio SUS 
 No que tange 
às operadoras de planos de saúde, os dados da 
PNAD/IBGE-2003 mostram que 15,4% das pessoas que 
têm plano de saúde privado e foram internadas o foram 
pelo SUS. No caso dos atendimentos, é de 11,8%. Este 
percentual se eleva quando se trata de procedimentos 
de alto custo/complexidade, tais como hemodiálise, 
quimio, rádio e hemoterapia, dos quais 11,6% foram 
realizados para pacientes com plano de saúde. Da 
mesma forma, entre alguns serviços em que o SUS se 
destaca, como pronto atendimento, 11,0% das pessoas 
que usaram são pacientes possuidores de planos 
privados. 
População com cobertura duplicada: importante 
segmento populacional que conta com cobertura 
duplicada de serviços de saúde (SUS + privado). 
é um instrumento 
que possibilita a vinculação dos procedimentos 
–
executados no âmbito do SUS ou da Saúde 
Suplementar ao usuário, ao profissional que os realizou 
e também à unidade de saúde onde foram realizados. 
A atribuição do número do CNS ao beneficiário de 
plano é uma obrigação das operadoras de planos de 
saúde que atende aos anseios da política nacional de 
saúde. Essa identificação unívoca para os indivíduos, 
tanto os que utilizam o SUS como os que utilizam planos 
de saúde, contribui para a implantação de prontuários 
unificados, o que tende a reduzir custos e racionalizar 
o processo de atenção/cuidado com a saúde dos 
cidadãos. 
CONCLUSÃO 
Sistema de saúde que, embora constitucionalmente 
definido como universal e integral, tem o setor privado 
prestador sustentado pela compra estatal de serviços e 
um segmento de seguradoras e operadoras de planos 
de saúde fortemente subsidiado pelo Estado, pelos 
distintos instrumentos de renúncia fiscal. 
FONTE: ARTIGOS 
Entender a legislação dos planos de 
saúde 
PLANOS DE SAÚDE 
O mercado de planos de saúde começou a crescer no 
país na década de 50, quando empresas públicas 
começaram a usar recursos próprios e dos 
empregados para financiar a assistência à saúde. Em 88, 
a nova Constituição Federal, além de garantir o direito 
dos cidadãos à saúde como uma atribuição do estado, 
também assegurou a oferta de serviços de assistência 
à saúde pela iniciativa privada, sob o controle do Estado.
(junho 1998) estabeleceu as regras dos planos 
privados de assistência à saúde e implementou as 
garantias básicas para os beneficiários. Passou a vigorar 
em janeiro de 1999. 
(agência nacional de saúde suplementar) criada 
em 2000, se empenhou para organizar e sistematizar 
dados e informações do setor, elaborar normas 
complementares à Lei 9.656, promover o controle e a 
fiscalização do mercado e consolidar garantias para os 
consumidores, sempre promovendo a defesa do 
interesse público. , 
normatiza, controla e fiscaliza os planos de saúde. 
 
FONTE: S ITE DA ANS 
(sensibilidade, 
especificidade e valor preditivo e correlacioná-los com 
indicadores da aplicabilidade dos testes diagnósticos) 
SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE E 
VALOR PREDITIVO 
 a que o teste 
diagnóstico/triagem apresenta 
–
 (diagnosticar corretamente 
os doentes). 
Quando um teste é sensível raramente deixa de 
encontrar pessoas com a doença. Se escolhe um teste 
sensível quando: 
❖ a doença é grave e não pode passar 
desapercebida; 
❖ a doença é tratável; 
❖ os resultados errados (falsos) não determinam 
nenhum traumatismo psicológico, económico 
ou social para o indivíduo. 
 a que o teste 
diagnóstico/triagem tem de 
 (diagnosticar corretamente os indivíduos 
sadios). 
Quando um teste é específico raramente cometerá o 
erro de dizer que pessoas sadias são doentes. Utiliza-se 
um teste mais específico possível quando: 
❖ a doença é importante, mas difícil de tratar ou 
incurável; 
❖ o fato de saber que não se tem a doença tem 
importância sanitária e psicológica; 
❖ os resultados errados (falsos) positivos podem 
provocar traumas psicológicos, económicos ou 
sociais. 
 no contexto epidemiológico e clínico, a 
validade de um marcador sorológico diz respeito à 
extensão com que ele pode 
. Na prática clínica, deve-se responder 
à questão: “dado que o testeapresentou resultado 
positivo (ou negativo), qual a probabilidade do indivíduo 
ser realmente doente (ou sadio)?” 
É determinado pela interação de três variáveis: a 
sensibilidade e a especificidade do teste e a prevalência 
da doença no grupo de estudo 
 proporção de indivíduos 
verdadeiramente negativos em relação aos 
diagnósticos negativos realizados pelo teste. 
 é a proporção de doentes 
entre os positivos pelo teste. 
 é um que serve de 
comparação por parte de outros testes, com a 
finalidade de , em 
resultados que nos assegurem o máximo de acertos 
de forma a estabelecer o diagnóstico real. exemplo: RT-
PCR para COVID-19.
 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
 exame de indivíduos 
assintomáticos para a identificação presuntiva de 
doença. Por meio de exames clínicos ou laboratoriais, 
em geral de realização rápida, os indivíduos são 
classificados em suspeitos ou não de ter determinada 
doença. Aqueles classificados como suspeitos devem se 
submeter a outros exames para um diagnóstico final. 
Os casos confirmados seriam então tratados. 
Screening é uma extensão lógica do princípio de que 
o prognóstico de uma doença é quase sempre melhor 
quando o paciente procura assistência logo após o 
surgimento dos primeiros sintomas. 
A detecção de doença, antes mesmo do 
indivíduo apresentar sintomas, permitiria instituir o 
tratamento em fases ainda mais iniciais, diminuindo a 
morbidade e a mortalidade devidas à doença. 
 rastreamento é um processo que utiliza 
testes em larga escala para identificar a presença de 
doenças em pessoas aparentemente saudáveis. Os 
testes de rastreamento não são utilizados para 
estabelecer um diagnóstico, mas para determinar a 
presença ou ausência de um fator de risco, o que 
requer acompanhamento individual e tratamento. 
Como os participantes do teste de rastreamento são 
pessoas usualmente não doentes, é importante que o 
teste de rastreamento não tenha a menor possibilidade 
de causar dano. O rastreamento também pode ser 
utilizado para identificar alta exposição a determinados 
fatores de risco. Por exemplo, amostras de sangue de 
crianças, caso vivam em áreas em que as tintas 
apresentam alto teor de chumbo, podem ser rastreadas 
para verificar a presença de chumbo. 
• Doença bem definida 
• Prevalência conhecida 
• longo período entre os 
primeiros sinais e a evidência da doença; 
doença grave para a qual há um tratamento 
efetivo 
• Escolha do teste: simples e seguro 
• Desempenho do teste: distribuição conhecida 
dos valores dos testes em indivíduos afetados 
e não afetados 
–
• Custo-benefício 
• Facilidades: disponível e de fácil acesso 
• Aceitabilidade: os procedimentos após um 
teste com resultado positivo são geralmente 
aceitos pelos que realizaram o rastreamento e 
por aqueles que foram rastreados 
• Equidade para acesso aos serviços de 
rastreamento; tratamento disponível efetivo, 
aceitável e seguro. 
• estratégias para prevenir 
a exposição ao fator de risco (ex: tabagismo; 
ingestão de gorduras) ou para promover sua 
cessação (tratamento para deixar de fumar). 
• diagnóstico precoce 
por rastreamento (screening) para identificar a 
doença num estágio inicial e então melhorar o 
seu prognóstico (aumentar a probabilidade de 
cura ou prolongar o tempo de sobrevida). ex: 
papanicolau para detecção precoce de câncer 
de cérvix uterino. 
• prevenção de 
incapacidade através de medidas destinadas à 
reabilitação. ex: o processo de reeducação e 
readaptação de pessoas com defeitos após 
acidentes ou devido sequelas de doenças. 
• Rastreamento : envolve toda 
população. 
• Rastreamento ou em multifase: 
envolve o uso de vários testes na mesma 
ocasião. 
• Rastreamento : rastreamento de 
grupos que sofrem exposições específicas, 
como pessoas que trabalham em fundições 
(saúde ocupacional e ambiental). 
• 
 restrito a pacientes que 
consultam um médico por algum motivo. 
Acidente de trabalho 
 
MEDICINA DO TRABALHO 
É a especialidade que lida com as relações 
entre trabalhadores e seu trabalho, visando a 
, e a 
. 
O objeto da saúde do trabalhador pode ser definido 
como o dos grupos 
humanos, em sua relação com o trabalho. Representa 
um esforço de compreensão deste processo - como 
e porque ocorre - e do desenvolvimento de alternativas 
de intervenção que levem à transformação em direção 
à apropriação pelos trabalhadores, da dimensão 
humana do trabalho, numa perspectiva teleológica. 
Nessa trajetória, a saúde do trabalhador rompe com a 
concepção hegemônica que estabelece um vínculo 
causal entre a doença e um agente específico, ou a 
um grupo de fatores de risco presentes no ambiente 
de trabalho e tenta superar o enfoque que situa sua 
determinação no social, reduzido ao processo 
produtivo, desconsiderando a subjetividade. No âmbito 
das relações saúde x trabalho, os trabalhadores buscam 
o controle sobre as condições e os ambientes de 
trabalho, para torná-los mais "saudáveis". É um processo 
lento, contraditório, desigual no conjunto da classe 
trabalhadora, dependente de sua inserção no processo 
produtivo e do contexto sócio-político de uma 
determinada sociedade 
A medicina do trabalho é o 
. A especialidade 
figura como uma vertente do Direito do 
Trabalho, cuja preocupação é oferecer 
condições laborativas mais dignas para os 
trabalhadores e, com isso, garantir a saúde e 
integridade física e psicológica deles. 
é, em primeiro lugar, prevenir acidentes e 
doenças ocupacionais. Por outro lado, ela também deve 
assegurar aos indivíduos e ao coletivo de trabalhadores 
a 
(dimensões física e mental) 
. (qualidade 
de vida e manutenção da saúde dos trabalhadores) 
Sua ação está orientada também para assistência do 
trabalhador vítima de acidente, doença ou de 
incapacidade relacionados ao trabalho. 
É descrito na constituição como um direito do 
trabalhador a prevenção de doenças ocupacionais. 
 (OMS e OIT) 
❖ A manutenção e promoção da saúde dos 
trabalhadores e de sua capacidade de trabalho; 
–
❖ O melhoramento das condições de trabalho, 
para que elas sejam compatíveis com a saúde 
e a segurança; 
❖ O desenvolvimento de culturas empresariais e 
de organizações de trabalho que contribuam 
com a saúde e segurança e promovam um 
clima social positivo, favorecendo a melhoria da 
produtividade das empresas. 
 o médico que deseja atuar na 
medicina do trabalho deve ter um 
 (ou denominação equivalente) que 
demonstre que ele atuou na área, e que seja 
reconhecido pela Comissão Nacional da Residência 
Médica do Ministério da Educação. Sua função mais 
básica é realizar uma integração entre a exigência das 
atividades profissionais da sociedade e o impacto na 
saúde dos trabalhadores. E seu conhecimento, portanto, 
abrange a administração das demandas das empresas 
e os limites que os colaboradores delas possuem, tanto 
físicos quanto mentais. 
É interessante notar que o médico que realiza essa 
tarefa deve conhecer também, de maneira 
aprofundada, as atividades dos funcionários. Dessa 
forma ele será capaz de criar medidas preventivas e 
panoramas sobre futuros problemas. Afinal, ele tem a 
responsabilidade de alertar sobre quadros de 
adoecimento físico ou mental. 
Seu trabalho também envolve a transmissão de 
conhecimento ao trabalhador. Ele precisa estar 
conscientizado a respeito das suas atividades 
profissionais. 
 eletrocardiograma em repouso, 
espirometria ocupacional, eletroencefalograma 
ocupacional, rx de tórax OIT, audiometria, acuidade 
visual, laboratório (de acordo com a avaliação do médico 
do trabalho). 
Exames admissionais e demissionais: são os 
exames feitos na contratação de um 
empregado e no seu desligamento da 
empresa. Servem para demonstrar a qualidade 
de saúde na entrada e saída, de forma que 
evidencie se o trabalhador sofreu algum dano 
no tempo em que esteve empregado. 
 na , tanto no 
desenvolvimento de ações para o trabalhador como na 
prática em serviços de saúde.; em pesquisas 
investigativas no campo, com o objetivo de 
compreender as atuais relações entresaúde e trabalho; 
em , como empregado de Serviços 
Especializados de Engenharia de Segurança e de 
Medicina do Trabalho; em órgãos de e 
 (normalmente o profissional é ligado ao 
Ministério do Trabalho e Emprego, fazendo uma 
função de avaliação das condições de Saúde e 
Segurança no Trabalho (SST)); em 
 por meio da atividade de seguradora 
do Acidente do Trabalho (SAT); em assessoria a 
sindicatos e organizações de trabalhadores e 
empregadores diversas; privada para o 
campo; na formação e capacitação de profissionais, 
dentro de um corpo docente; como em 
processos trabalhistas, ações cíveis e ações da 
promotoria pública junto ao Sistema Judiciário. 
DEVERES E DIREITOS 
as responsabilidades da 
atenção à saúde dos trabalhadores são compartilhadas 
por todos os profissionais de saúde que atendem aos 
trabalhadores, que demandam os serviços de saúde, 
nos diversos níveis de organização e complexidade. 
estabelece diretrizes para 
os procedimentos profissionais e éticos a serem 
cumpridas por todos os médicos que atendem 
trabalhadores, independentemente de sua especialidade. 
Deverão ter adquirido no seu processo de formação 
competências mínimas que permitam entender as 
relações entre o trabalho e a saúde dos trabalhadores: 
❖ obter uma história da exposição 
ambiental/ocupacional de seu paciente; 
❖ reconhecer sinais, sintomas das doenças do 
trabalho, epidemiologia e as fontes de 
exposição aos agentes ambientais e 
ocupacionais mais comuns; 
❖ conhecer as fontes de informação, recursos 
clínicos e laboratoriais necessários para o 
diagnóstico e condutas médicas adequadas, 
procedimentos legais e previdenciários 
pertinentes. 
versa sobre normas 
específicas para o exercício da medicina do trabalho. 
❖ Conhecer os processos produtivos e 
ambientes de trabalho da empresa atuando 
com vistas essencialmente à promoção da 
saúde e prevenção de doença, identificando os 
riscos existentes (físicos, químicos, biológicos), 
atuando junto à empresa para eliminar/atenuar 
–
a nocividade dos processos de produção e 
organização do trabalho. 
❖ Avaliar o trabalhador e a sua condição de saúde 
para determinadas funções e/ou ambientes, 
procurando ajustar o trabalho ao trabalhador; 
indicando sua alocação para trabalhos 
compatíveis com sua situação de saúde, 
orientando-o no processo de adaptação. 
❖ Reconhecer que existem necessidades 
especiais determinadas por fatores como sexo, 
idade, condição fisiológica, aspectos sociais, 
barreiras de comunicação e outros que 
condicionam o potencial de trabalho. 
❖ Comunicar, de forma objetiva, a comunidade 
científica, e as autoridades de Saúde e do 
Trabalho, sobre achados de riscos ocupacionais. 
❖ Dar conhecimento aos empresários, comissões 
de saúde e CIPAs dos riscos existentes no 
ambiente de trabalho, e dos outros informes 
técnicos no interesse da saúde do trabalhador, 
considerando-se que a eliminação ou 
atenuação de agentes agressivos é da 
responsabilidade da empresa. 
❖ Providenciar junto à empresa a emissão de 
Comunicação de Acidente do Trabalho, de 
acordo com os preceitos legais, independente 
da necessidade de afastamento do trabalho. 
❖ Notificar o órgão público competente quando 
houver suspeita ou comprovação de 
transtornos da saúde atribuíveis ao risco do 
trabalho, e recomendar ao empregador os 
procedimentos cabíveis. 
❖ Motivar enfermeiros do trabalho, engenheiros 
e técnicos de Segurança, higienistas 
ocupacionais, psicólogos ocupacionais, 
especialistas em Ergonomia, Reabilitação 
Profissional e Prevenção de Acidentes e outros 
profissionais dedicados à pesquisa em Saúde e 
Segurança no Trabalho em busca do contínuo 
melhoramento das condições e ambientes de 
trabalho. 
❖ Impedir qualquer ato discriminatório e 
promover o acesso ao trabalho de portadores 
de afecções e deficiências, desde que estes 
não se agravem ou ponham em risco a própria 
vida ou a de terceiros. 
❖ Considerar a gestação um evento fisiológico, 
impedindo qualquer ato discriminatório contra a 
gestante, seja na admissão ou permanência da 
gestante no trabalho, protegendo-a de 
possíveis agravos ou riscos decorrentes de 
suas atividades, tarefas ou condições 
ambientais. 
❖ Nas avaliações de saúde ocupacional, o médico 
do trabalho deverá proceder ao exame clínico 
e complementares necessários, para avaliar a 
saúde do trabalhador e sua aptidão ao seu 
trabalho. 
❖ Conceder os afastamentos do trabalho, 
considerando que o repouso e o acesso a 
terapias, quando necessários, são partes 
integrantes do tratamento. 
❖ Informar ao trabalhador os riscos ocupacionais 
a que ele estiver exposto, as medidas de 
proteção adequadas e seus possíveis impactos 
à saúde, bem como informá-lo sobre os 
resultados dos exames realizados. 
❖ Quando requerido pelo trabalhador, ou 
representante legal, deve o médico 
disponibilizar cópias dos registros de saúde sob 
sua guarda (cópia dos exames e prontuário 
médico). 
❖ Ao atender o trabalhador, sempre elaborar 
prontuário em arquivos médicos confidenciais 
e fazer todos os encaminhamentos devidos. 
❖ Manter sigilo das informações confidenciais da 
empresa, técnicas e administrativas, 
conhecimento no exercício de suas funções, 
exceto nos casos em que este sigilo cause 
danos à saúde do trabalhador ou da 
comunidade. 
Capítulo V da CLT (Art. 154 até Art. 200) – 
 (Redação 
deste Capítulo dada pela Lei nº 6.514/77). 
❖ - Compete especialmente às 
Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de 
sua jurisdição: 
• promover a fiscalização do 
cumprimento das normas de 
segurança e medicina do trabalho; 
• adotar as medidas que se tornem 
exigíveis, em virtude das disposições 
deste Capítulo, determinando as obras 
e reparos que, em qualquer local de 
trabalho, se façam necessárias; 
❖ - Cabe às empresas: 
• cumprir e fazer cumprir as normas de 
segurança e medicina do trabalho; 
–
• instruir os empregados, através de 
ordens de serviço, quanto às 
precauções a tomar no sentido de 
evitar acidentes do trabalho ou 
doenças ocupacionais; 
• adotar as medidas que lhes sejam 
determinadas pelo órgão regional 
competente; 
 
❖ Art. 162 - As empresas, de acordo com normas 
a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, 
estarão obrigadas a manter serviços 
especializados em segurança e em medicina do 
trabalho. 
❖ Art. 163 - Será obrigatória a constituição de 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA), de conformidade com instruções 
expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos 
estabelecimentos ou locais de obra nelas 
especificadas. 
 Seu objetivo é "observar e relatar as 
condições de risco nos ambientes de trabalho e 
solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos 
existentes e/ou neutralizar os mesmos; investigar 
os acidentes e promover e divulgar o zelo pela 
observância das normas de segurança.” 
❖ Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em 
perfeito estado de conservação e 
funcionamento, sempre que as medidas de 
ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidentes e danos à saúde 
dos empregados. 
❖ - Será obrigatório o exame médico do 
empregado, por conta do empregador. 
• § 1º - Por ocasião da admissão, o 
exame médico obrigatório 
compreenderá investigação clínica e, 
nas localidades em que houver, 
abreugrafia. 
• § 2º - Em decorrência da investigação 
clínica ou da abreugrafia, outros 
exames complementares poderão ser 
exigidos, a critério médico, para 
apuração da capacidade ou aptidão 
física e mental do empregado para a 
função que deva exercer. 
• § 3º - O exame médico será 
renovado, de seis em seis meses, nas 
atividades e operações insalubres e, 
anualmente, nos demais casos. A 
abreugrafia será repetida a cada dois 
anos. 
• § 4º - O mesmo exame médico de 
que trata o § 1º será obrigatório por 
ocasião da cessação do contrato de 
trabalho, nas atividades, a serem 
discriminadas pelo Ministério do 
Trabalho, desde que o últimoexame 
tenha sido realizado há mais de 90 
(noventa) dias. 
• § 5o - Todo estabelecimento deve 
estar equipado com material 
necessário à prestação de primeiros 
socorros médicos. 
❖ Art. 169 - Será obrigatória a notificação das 
doenças profissionais e das produzidas em 
virtude de condições especiais de trabalho, 
comprovadas ou objeto de suspeita, de 
conformidade com as instruções expedidas 
pelo Ministério do Trabalho. 
: Institui a 
: 
 Tem como finalidade definir os princípios, as 
diretrizes e as estratégias a serem observados pelas 3 
esferas de gestão do (SUS), para o desenvolvimento 
da atenção integral à saúde do trabalhador, com ênfase 
na vigilância, visando a promoção e a proteção da 
saúde dos trabalhadores e a redução da 
morbimortalidade dos processos produtivos. 
 Todos os trabalhadores, homens e mulheres, 
independentemente de sua localização, urbana ou rural, 
de sua forma de inserção no mercado de trabalho, 
formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público 
ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, 
cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, 
aposentado ou desempregado são sujeitos desta 
política. 
 Alinha-se com o conjunto de 
políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a 
transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o 
–
trabalho como um dos determinantes do processo 
saúde-doença. 
 Dispõe sobre a 
 
(RENAST) e dá outras providências: 
 Dispor sobre a RENAST, que deverá ser 
implementada de forma articulada entre o Ministério da 
Saúde, as Secretarias de Saúde com o envolvimento 
de órgãos de outros setores dessas esferas, 
executores de ações relacionadas com a Saúde do 
Trabalhador, além de instituições colaboradoras nessa 
área. 
❖ § 1º As ações em Saúde do Trabalhador 
deverão ser desenvolvidas, de forma 
descentralizada e hierarquizada, em todos os 
níveis de atenção do SUS, incluindo as de 
promoção, preventivas, curativas e de 
reabilitação. 
❖ § 2º A RENAST integra a rede de serviços do 
SUS, voltados à promoção, à assistência e à 
vigilância, para o desenvolvimento das ações de 
Saúde do Trabalhador. 
❖ § 3º A implementação da RENAST dar-se-á do 
seguinte modo: 
• estruturação da rede de Centros de 
Referência em Saúde do Trabalhador 
(CEREST); 
• inclusão das ações de saúde do 
trabalhador na atenção básica, por 
meio da definição de protocolos, 
estabelecimento de linhas de cuidado 
e outros instrumentos que favoreçam 
a integralidade; 
• implementação das ações de 
promoção e vigilância em saúde do 
trabalhador; 
• instituição e indicação de serviços de 
Saúde do Trabalhador de retaguarda, 
de média e alta complexidade já 
instalados, aqui chamados de Rede de 
Serviços Sentinela em Saúde do 
Trabalhador; e 
• caracterização de Municípios Sentinela 
em Saúde do Trabalhador. 
 O CEREST tem por função dar subsídio 
técnico para o SUS, nas ações de promoção, 
prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e 
reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e 
rurais. 
 
AUTONOMIA DO MÉDICO DO TRAB 
 
❖ O livre acesso aos locais, ambientes e postos 
de trabalho, colher e avaliar amostras, participar 
na implementação de padrões de saúde e 
segurança no trabalho. 
❖ Realizar exames e procedimentos não 
relacionados ao PCMSO, desde que 
contemplados com medidas efetivas de 
programas de promoção à saúde e prevenção 
de doenças específicas, como imunizações. 
❖ Não ficar adstrito aos atestados e relatórios 
médicos de terceiros quanto aos afastamentos 
do trabalho, ou função, podendo decidir, nos 
limites éticos e legais, sobre a necessidade do 
afastamento do risco do trabalho e do próprio 
trabalho. 
❖ Decidir sobre a necessidade de mudanças nas 
tarefas, atividades ou função, considerando a 
condição de saúde do trabalhador e os riscos 
inerentes ao ambiente e posto do trabalho da 
empresa. 
❖ Buscar informação médica adicional ou 
informações registradas em outras fontes, 
inclusive em prontuários de outras empresas, 
desde que haja o consentimento informado do 
trabalhador, e desde que o único propósito seja 
o de proteger a saúde deste trabalhador. 
❖ Não aceitar condições de prática profissional 
que estejam em desacordo com o 
cumprimento dos padrões profissionais e 
princípios éticos. 
 os Médicos do Trabalho 
devem atuar com independência e autonomia no 
exercício de suas funções, nos estabelecimentos de 
trabalho, de acordo com o seu conhecimento técnico 
e consciência. 
 é direito do médico do 
trabalho da empresa contestar nexos e 
recomendações estabelecidos por médicos que, 
embora tenham atendido o trabalhador, não conheçam 
o ambiente, o posto e o modo como o trabalho é 
executado, não devendo, os dados epidemiológicos, 
serem os únicos elementos considerados. 
–
o médico do trabalho (como 
qualquer outro médico) se submete às regras 
constantes no código de ética médica, que assim coloca 
entre seus : “VII – O médico 
exercerá sua profissão , não sendo 
obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames 
de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas 
as situações de ausência de outro médico, em caso de 
urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa 
trazer danos à saúde do paciente.” 
 
RESPONSABILIDADES DO MT 
O normatiza a responsabilidade 
ético-disciplinar, zelando pelo cumprimento irrestrito da 
boa prática médica, e os Conselhos Regionais de 
Medicina têm a responsabilidade pela fiscalização do 
exercício da profissão. 
O médico deve agir sempre para não produzir ou 
produzir o menor dano possível ao seu paciente, e 
tomar as condutas possíveis e notoriamente indicadas 
que possam . 
O médico deve, a seu paciente, completa lealdade, e 
empregar ao seu favor todos os recursos da ciência. 
Na formatura do médico, bem como no recebimento 
da Carteira Profissional de Médico, o Juramento de 
Apolo, por ele também jurado, diz que: "Aplicarei os 
regimes para o bem do doente, segundo o meu poder 
e entendimento, nunca para causar dano ou mal a 
alguém. A ninguém darei, por comprazer, nem remédio 
mortal nem um conselho que o induza a perda". 
Ao médico cabe, obrigatoriamente, obedecer ao 
, ou seja, de não causar 
mal ou dano ao seu paciente, de não lesar ou danificar 
as pessoas, podendo-se dizer que "não causar prejuízo 
ou dano foi a primeira grande norma da conduta 
eticamente correta para os profissionais da Medicina e 
do cuidado da saúde". 
❖ O médico exercerá sua profissão com 
autonomia, não sendo obrigado a prestar 
serviços que contrariem os ditames de sua 
consciência ou a quem não deseje, excetuadas 
as situações de ausência de outro médico, em 
caso de urgência ou emergência, ou quando 
sua recusa possa trazer danos à saúde do 
paciente. 
❖ O médico não pode, em nenhuma 
circunstância ou sob nenhum pretexto, 
renunciar à sua liberdade profissional, nem 
permitir quaisquer restrições ou imposições 
que possam prejudicar a eficiência e a 
correção de seu trabalho. 
❖ Decidir, em qualquer circunstância, levando em 
consideração sua experiência e capacidade 
profissional, o tempo a ser dedicado ao 
paciente, evitando que o acúmulo de encargos 
ou de consultas venha a prejudicá-lo. 
❖ Recusar-se a realizar atos médicos que, 
embora permitidos por lei, sejam contrários 
aos ditames de sua consciência. 
❖ Atribuir seus insucessos a terceiros e 
a circunstâncias ocasionais, exceto nos casos 
em que isso possa ser devidamente 
comprovado. 
 
É vedado ao médico: 
❖ Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de 
seu representante legal de decidir livremente 
sobre a execução de práticas diagnósticas ou 
terapêuticas, salvo em caso de iminente risco 
de morte. 
❖ Art. 34. Deixar de informar ao paciente o 
diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os 
objetivos do tratamento, salvo quando a 
comunicação direta possa lhe provocar dano, 
devendo, nesse caso, fazer a comunicação a 
seu representante legal. 
❖ Art. 39 Opor-se à realização de junta médica 
ou segunda opinião solicitada pelo paciente ou 
por seu representante legal. 
❖ Art.41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a 
pedido deste ou de seu representante legal. 
❖ Parágrafo único. Nos casos de doença incurável 
e terminal, deve o médico oferecer todos os 
cuidados paliativos disponíveis sem 
empreender ações diagnósticas ou 
terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando 
sempre em consideração a vontade expressa 
do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu 
representante legal. 
–
 O ato culposo é aquele praticado por 
negligência, imprudência ou imperícia. 
❖ é a omissão voluntária de diligência 
ou cuidado; falta, ou demora no prevenir ou 
obstar um dano. 
❖ é a forma de culpa que consiste 
na falta involuntária de observância de medidas 
de precaução e segurança, de consequência 
previsíveis, que se faziam necessárias no 
momento para evitar um mal ou a infração da 
lei. - Fazer o que não deveria ser feito; 
❖ é a falta de aptidão especial, 
habilidade, ou experiência, ou de previsão, no 
exercício de determinada função, profissão, 
arte ou ofício. 
 “é vetado ao médico praticar atos profissionais 
danosos ao paciente, que possam ser caracterizados 
como imperícia, 
imprudência ou negligencia” 
 “o médico deve guardar absoluto respeito pela 
vida humana, atuando sempre em beneficio a vida 
humana”; 
 “é imprudência deixar de esclarecer o 
trabalhador sobre as condições de trabalho que ponham 
em risco sua saúde, devendo comunicar o fato aos 
empregadores responsáveis”. 
Ao depender do caso, dos agravamentos do prejuízo 
para o paciente: advertência, suspensão ou cassação 
do registro. 
DIREITOS DO TRABALHADOR 
Art. 7º- São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
❖ relação de emprego protegida contra 
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá 
indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
❖ seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
❖ fundo de garantia do tempo de serviço; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante 
a salário e critérios de admissão do trabalhador portador 
de deficiência; 
 dispensa 
sem justa causa; pedido de demissão; aposentadoria; 
falecimento; dispensa por justa causa. 
 em 
caso de acidente do trabalho, o acidentado e os seus 
dependentes têm direito, independentemente de 
carência, às seguintes prestações: 
auxílio-doença acidentário 
(decorrente de acidente de trabalho); aposentadoria por 
invalidez; e a auxílio-acidente. 
pensão por morte.
 são devidas aos segurados 
empregado urbano ou rural (exceto o doméstico), 
trabalhador temporário, trabalhador avulso, e segurado 
especial as prestações relativas a acidente do trabalho. 
Desse modo, o benefício de auxílio-doença acidentário 
(decorrente acidente do trabalho), por exemplo, será 
devido ao segurado empregado (exceto o doméstico), 
trabalhador avulso e segurado especial. O presidiário 
somente fará jus ao benefício de auxílio-doença 
decorrente de acidente do trabalho, bem como a 
auxílio-acidente, quando exercer atividade remunerada 
na condição de empregado, trabalhador avulso ou 
segurado especial. Os segurados facultativos, 
contribuinte individual (empresários e autônomos) e 
empregado doméstico não fazem jus à percepção do 
auxílio-doença acidentário. Não obstante, em caso de 
doença ou acidente terão direito ao auxílio-doença 
previdenciário, desde observadas as regras definidas 
nos artigos 25 a 27 e 59 a 63 da Lei no 8.213/1991. Nota-
se ainda, que aposentado empregado que sofrer 
acidente de trabalho, não fará jus ao auxílio-doença 
acidentário após os 15 dias de afastamento, no entanto, 
a empresa fica responsável por emitir a CAT 
(Comunicação de Acidente de Trabalho) dentro do 
prazo de até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da 
ocorrência. 
Esta vedação ao recebimento do auxílio-doença 
acidentário, por parte do segurado aposentado, é 
fundamentada na Lei 8.213/1991, a saber: "Art. 124. Salvo 
no caso de direito adquirido, não é permitido o 
recebimento conjunto dos seguintes benefícios da 
Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença..." 
–
 o 
acidente do trabalho é considerado como interrupção 
do contrato de trabalho. 
Assim sendo, o período de afastamento é computado 
no tempo de serviço do empregado, sendo devidos, 
também, os depósitos do FGTS e o pagamento do 
salário-família quando for o caso. 
Anteriormente com advento da Lei no 9.032/1995, o 
empregado acidentado que, por meio de reabilitação 
profissional, se tornava apto a exercer função diversa 
da que exercia antes do acidente poderia ser 
aproveitado em função de nível salarial inferior, desde 
que a remuneração, somada ao auxílio-acidente 
percebido, resultasse em valor igual ou superior àquele 
que percebia antes do acidente, conforme art. 118, 
parágrafo único, da Lei no 8.213/1991. Contudo, com a 
revogação do parágrafo único do artigo 118 da Lei no 
8.213/1995 pela Lei no 9.032/1995, entende-se que não 
é mais permitido o pagamento a empregado reabilitado 
de remuneração inferior àquela percebida por ocasião 
do acidente. 
 o segurado que sofreu acidente do 
trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de 12 (doze 
meses), a manutenção do seu contrato de trabalho na 
empresa, após a cessação do auxílio doença 
acidentário, independentemente de percepção de 
auxílio-acidente. 
O entendimento predominante versa no sentido que 
só terá direito à estabilidade, o empregado que 
permanecer afastado em face de acidente do trabalho 
por mais de 15 dias consecutivos, situação em que fará 
jus ao auxílio-doença acidentário. 
Caso haja a reabertura do auxílio-doença acidentário, 
de acordo com o entendimento predominante, a 
contagem do período de estabilidade provisória será 
contada a partir da última alta médica. 
 o acidente do trabalho é considerado 
como causa de interrupção do contrato de trabalho e, 
portanto, este vigorará plenamente em relação ao 
tempo de serviço. Assim sendo, o período de 
afastamento será contado normalmente para efeito de 
aviso prévio. Conforme alude o art. 118 da Lei no 
8.213/1991, o segurado que sofreu acidente do trabalho 
tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, 
a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, 
após a cessação do auxílio-doença acidentário. 
Desse modo, constata-se que só há estabilidade 
quando o afastamento for superior a 15 dias, situação 
está em que o empregado entra em gozo de auxílio-
doença acidentário. 
, caso o 
empregado sofra, no curso do aviso prévio trabalhado, 
acidente do trabalho e permaneça afastamento de suas 
funções por período superior a 15 dias, estará 
caracterizado o direito à estabilidade provisória, razão 
pela qual o aviso prévio trabalhado deverá ser 
desconsiderado pela empresa. 
Por outro lado, se o trabalhador ficar afastado por 
período de até 15 dias, em face de acidente do trabalho, 
não há que se falar em qualquer estabilidade. Assim, a 
empresa deverá rescindir o contrato de trabalho na 
data avençada.

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