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361SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO SOCIOLOGIA 1a Série – Ensino Médio O instinto de sociabilidade de cada um está na proporção inversa da sua idade. Arthur Schopenhauer O QUE PERMITE AO ALUNO VIVER EM SOCIEDADE? Inserção em grupos sociais • Família, escola, vizinhança, trabalho Relações e interações sociais Socialização e o processo de construção da identidade. HABILIDADES DO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA • Compreender o que permite ao homem viver em sociedade. • Produzir uma reflexão sobre o processo de so- cialização. • Compreender as dinâmicas de interação e rela- ções sociais. • Distinguir a inserção nos diversos grupos sociais de origem e convivência cotidiana. • Desenvolver a concepção de onde, quando e como vivemos: a noção de comportamento e sociabilidade. • Compreender, de maneira geral, como se dá o processo de construção identitária. • Reconhecer que a construção identitária é um processo contínuo e que vem da relação entre indivíduo e sociedade, ou seja, dos grupos so- ciais por meio dos quais ele interage e participa da vida em sociedade. • Desenvolver a sensibilidade sociológica para observar as relações sociais entre os indivíduos. 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente cons- truídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e co- laborar para a construção de uma sociedade justa, democrá- tica e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à aborda- gem própria das ciências, incluindo a investigação, a refle- xão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para in- vestigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e cultu- rais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversifica- das da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- -motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísti- ca, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife- rentes contextos e produzir sentidos que levem ao enten- dimento mútuo. 362 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR HABILIDADES DO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informa- ção e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e éti- ca nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conheci- mentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibi- litem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu pro- jeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confi- áveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos hu- manos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emo- cional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhe- cendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capaci- dade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respei- to ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e va- lorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabili- dade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando deci- sões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. MOMENTO 1 Página 102 no Caderno do Aluno Agora que iniciamos o 3º bimestre, os estudantes já estão familiarizados com a desnatura- lização do olhar. Entretanto, em que medida eles lançam mão do olhar sociológico no cotidiano? Eles estranham as coisas recorrentes de seu dia a dia, tanto quanto aquelas que surgem espar- samente? Eles acham a tendência que os seres humanos têm de voltar seu interesse para um denominador comum algo natural, por exemplo? Esse é o nosso ponto de partida nesse perío- do do ano letivo. A contextualização pode ser a partir da descrição da sala de aula. De uma maneira bem- -humorada, vamos organizando informações capazes de desenhar esse importante espaço de interação humana. Convidamos os estudantes a participarem da “pintura” desse cenário, 363SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO elencando os vários elementos que podemos encontrar em uma sala de aula. É importante conduzir a descrição para que ela desemboque nos principais elementos de uma sala de aula: o professor e os estudantes. Uma questão deve ser posta: o que faz com que as pessoas este- jam ligadas ali na classe, na escola, no bairro, na cidade... o que une as pessoas? Seria simples- mente o fato de vivermos em grupo? Essa não é a resposta porque ela faz parte da questão. Podemos chamar atenção a isso, comparando com os animais não humanos. A matilha, a colmeia, a manada, o cardume, a alcateia, entre outros também são grupos. O que faz com estejam sempre juntos? Seria segurança, ação em equipe, complementaridade, afinidade, ma- nutenção da espécie, sobrevivência. Os humanos também se preocupam com a manutenção desses fatores. Pois todos estão ligados às questões de instinto. Afinal, o homem também é um animal. Sp iri tz e, P ix ab ay h tt p s: // p ix ab ay .c o m / im ag es /i d -1 84 50 77 / (a ce ss o : 1 9/ 03 /2 01 9) Po lly D o t, P ix ab ay h tt p s: // p ix ab ay .c o m / im ag es /i d -3 45 62 8/ (a ce ss o : 1 9/ 03 /2 01 9) H er b er t2 51 2, P ix ab ay h tt p s: // p ix ab ay .c o m / im ag es /i d -4 06 26 80 / (a ce ss o : 1 9/ 03 /2 01 9) N ic kJ ac k, P ix ab ay h tt p s: // p ix ab ay .c om /i m ag es / id -7 56 46 0/ (a ce ss o : 1 9/ 03 /2 01 9) Jc 11 22 03 , P ix ab ay h tt p s: // p ix ab ay .c om /i m ag es / id -1 30 89 47 / (a ce ss o : 1 9/ 03 /2 01 9) https://pixabay.com/images/id-1845077/ https://pixabay.com/images/id-1845077/ https://pixabay.com/images/id-345628/ https://pixabay.com/images/id-345628/ https://pixabay.com/images/id-4062680/ https://pixabay.com/images/id-4062680/ https://pixabay.com/images/id-756460/ https://pixabay.com/images/id-756460/ https://pixabay.com/images/id-1308947/ https://pixabay.com/images/id-1308947/ 364 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR Contudo, viver em grupo não garante aos animais requintes e aprimoramento em sua for- ma de resolver problemas, de ensinar sua prole a obter alimentos, se defender etc. Os animais sempre caçam, acasalam e criam seus filhotes da mesma forma, as mudanças em seus compor- tamentos ocorrem em relação ao ambiente em que se encontram. Os fatores determinantes para alteração de seus hábitos são de ordem natural, diferentemente de os humanos. Os ani- mais se adaptam à natureza, o homem a transforma. Essa transformação é tão profunda, que atualmente as relações humanas se constituem em bases simbólicas. Os animais continuam vi- vendo em grupo, os seres humanos vivem em sociedade. Para que os estudantes compreendam melhor essa relação, peça que eles elejam um animal específico e pesquisem a forma comoes- tes se comportam na natureza ao longo do último século. Essa pesquisa deve compor um info- gráfico, em que os estudantes apresentarão também uma segunda pesquisa sobre como o ser humano se comportou no mesmo período. Podemos sugerir que alguns grupos pesquisem os animais, outros os seres humanos, e, depois, que eles comparem seus resultados e criem o info- gráfico. (habilidades 1.3, 1.4, 1.5, 1.7) O que todos nós temos em comum é a capacidade de nos diferenciar uns dos outros e de viver essa experiência, que é a de ser humano, da forma mais variada possível, por meio da imersão nas mais diferentes culturas. Logo, o que nos liga são as nossas diferenças; e elas são dadas pela cultura na qual somos socializados desde o momento de nosso nascimento. Toda cultura é uma construção histórica e social. Nossos hábitos, costumes, maneiras de agir, sentir, viver e até morrer são culturalmente estabelecidos. Dizer que se trata de uma construção não é alea- tório, pois construção remete à montagem, a algo que passa pelas mãos do ser humano, que não está pronto, ou seja, que não é dado pela natureza, mas que passa por algum processo de transformação, até se tornar o que é. A cultura é uma construção histórica, porque varia de uma época para outra, porque demorou muito para ser o que é. A cultura é uma construção social, porque é partilhada por um grupo. Grupos humanos diferentes, portanto, têm culturas diferentes. Isso significa dizer que quase nada no ser humano é natural. Um comportamento considerado natural para uma sociedade e não para outra mostra que ele não é natural e, sim, cultural. Não há ser humano que possa existir sem que esteja imerso em determinada cultura. Somos todos seres culturais. Pode-se dizer que não existe uma natureza humana igual para todos os seres humanos e todos temos a capacidade de sermos diferentes entre nós. Se apenas um grupo ou alguns grupos consideram uma forma de agir, pensar e sentir como natural, você pode ter certeza de que não se trata de algo natural, mas, sim, cultural. Tudo o que é natural para uns e não para outros não é natural. Pois natural seria o que faz parte da natureza humana, ou seja, o que é compartilhado por todos os seres humanos. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Precisamos observar atentamente se nesse estágio os estudantes já são capazes de iden- tificar a cultura como o elemento aglutinador dos humanos. Todavia, se eles não estabelecerem a relação, porque seu olhar ainda toma como natural as várias nuances do contexto social em que estão inseridos, devemos intervir sutilmente, contextualizando realidades, para que enxer- guem isso. CAPA PÁGINA DE ROSTO SUMÁRIO CIÊNCIAS HUMANAS ENSINO FUNDAMENTAL Geografia 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano História 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano ENSINO MÉDIO Geografia 1ª Série 2ª Série 3ª Série História 1ª Série 2ª Série 3ª Série Filosofia 1ª Série 2ª Série 3ª Série Sociologia 1ª Série 2ª Série 3ª Série
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