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Finanças Públicas
  
Finanças Públicas tem sua importância reconhecida na Constituição Federal, que estabeleceu um novo sistema de planejamento e orçamento, o qual deveria ser aperfeiçoado através de leis complementares.
Assim, foi editada a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000) e foi recepcionada como Lei Complementar a Lei 4.320, de 1964.
Os instrumentos de planejamento e orçamento previstos na Constituição Federal são: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Estes instrumentos se materializam através de lei ordinária, de caráter temporário e projetos de iniciativa do Poder Executivo.
Piscitelli (2014) diz que complementam as normas de gestão do planejamento e orçamento público o Decreto nº 2829, de 1998, e a Portaria nº 42, de 1999. Estes normativos definem que toda ação finalística do governo será estruturada em programas orientados para a consecução de objetivos estratégicos e trazem conceitos e regras que dão sustentação ao sistema de planejamento orçamentário (ANDRADE, 2002). Entenda que é o orçamento que materializa a ação planejada do Estado para a manutenção das suas atividades e para a execução de seus projetos. Os principais princípios que os norteiam, segundo a Lei 4.320/64, são os da anualidade, da unidade e da universalidade.
1.1.1 Histórico das Finanças Públicas no Brasil
A principal lei para a elaboração do Orçamento Geral da União ainda é a Lei nº 4.320, de 1964. Foi esta lei que padronizou os orçamentos e balanços da União, Estados, Distrito Federal e Municípios e acabou com a classificação da despesa apenas segundo a natureza, passando a estabelecer a classificação denominada “funcional-programática”. A lei estabeleceu pela primeira vez os princípios da transparência orçamentária (art. 2º).
Também foi criado neste ano (1964) o cargo de Ministro Extraordinário do Planejamento e Coordenação Econômica, com atribuição de coordenar a elaboração e a execução do Orçamento Geral da União e dos órgãos e entidades subvencionadas pela União, de acordo com o Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico.
Para que o Orçamento Público possa ser feito, segundo a Constituição/88, é necessária a elaboração de três leis pelo Poder executivo.
 1.2 Orçamento Público e suas Características
vamos começar a falar de orçamento público e suas principais características. A expressão “finanças públicas” designa os métodos, princípios e processos financeiros por meio dos quais os governos federal, estadual, distrital e municipal desempenham suas funções:  alocativas, distributivas e estabilizadoras.
Função Alocativa: processo pelo qual o governo divide os recursos para utilização no setor público e privado, oferecendo bens públicos, semipúblicos ou meritórios, como rodovias, segurança, educação, saúde, dentre outros, aos cidadãos.
Função Distributiva: distribuição, por parte do governo, de rendas e riquezas, buscando assegurar uma adequação àquilo que a sociedade considera justo, tal como a destinação de parte dos recursos provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço – por essência – mais utilizado por indivíduos de menor renda (SILVA, 2009).
Função Estabilizadora: aplicação das diversas políticas econômicas, pelo governo, a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do mercado em assegurar o atingimento desses objetivos.
Podemos dizer que orçamento público é:
"O orçamento é, antes de tudo, um plano político. É o plano de ação governamental para um período porvindouro”. Gaston Jése
"O orçamento deve claramente apresentar os propósitos e objetivos para os quais se solicitam as dotações, os custos dos programas propostos para alcançar estes objetivos, e os dados quantitativos que permitam medir as realizações e o trabalho de cada programa". Jesse Burkhead
A Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas, por meio do § 1º do artigo 1º, diz textualmente:
“§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívida consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar”.
Então, alunos, sabemos que os governos devem utilizar a ação planejada e transparente na gestão fiscal, o que poderá ser obtido mediante a adoção do Sistema de Planejamento Integrado (NASCIMENTO, 2006).
Reforçando nosso estudo, podemos dizer que o Sistema de Planejamento Integrado, conhecido como Processo de Planejamento-Orçamento, necessita dos seguintes instrumentos:
a)    Plano Plurianual (PPA);
b)    Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
c)    Lei de Orçamentos Anuais (LOA).
Dessa forma, a organização político-administrativa do Estado determina quem são os entes públicos e suas responsabilidades e as finanças públicas indicam a maneira como estes entes deverão trabalhar para atingir seus fins, planejando, executando e prestando contas das receitas e dos gastos realizados pelo Estado (BIASOTO, 2010).
1.2.1 Características Do Orçamento
vamos estudar as características de um orçamento. Como você já sabe, o orçamento público tradicional tinha como finalidade principal o controle político das ações governamentais, que o Poder Legislativo exercia sobre as atividades financeiras do Poder Executivo, principalmente sob o aspecto contábil-financeiro. As informações e decisões várias sobre todos os assuntos concorrentes ao governo, contidas no orçamento, consubstanciavam-se, em resumo, especificando que o orçamento é um ato de previsão de receita e fixação de despesas para um determinado período de tempo (MATIAS-PEREIRA, 2006).
1.2.2 Princípios Orçamentários
O orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação. Isto decorre da própria natureza do orçamento, que é a expressão dos programas de cada um dos órgãos do setor público. Para Kohama (2014, p. 47), programar é selecionar objetivos que procuram alcançar, assim como determinar as ações que permitem atingir tais fins e calcular e consignar os recursos humanos, materiais e financeiros, para a efetivação dessas ações.
Unidade
Os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem se fundamentar em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se ajuste a um método único.
Segundo Kohama (2014, p. 47), a unidade refere-se, do ponto de vista global, para o setor público em seu conjunto; contudo, relaciona-se também com as propostas orçamentárias de cada instituição em particular.
É necessário que cada orçamento se ajuste ao princípio da unidade em seu conteúdo, metodologia e expressão, e com isto contribuirá para evitar a duplicação de funções ou superposição de entidades na realização de atividades correlatas, colaborando de maneira valiosa para a racionalização na utilização dos recursos.
Universalidade
Deverão ser incluídos no orçamento todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente aqueles que envolvam qualquer transação financeira ou econômica.
Para Kohama (2014, p. 48), verifica-se que a universalidade está intimamente ligada com a programação e que, se algo deve fazer parte do orçamento e nele não figura, os objetivos e os efeitos socioeconômicos que se procuram alcançar poderão ser afetados negativamente pela parte não incluída no orçamento, ou seja, não programada, assim como jamais será possível alcançar um elevado grau de racionalidade no emprego dos recursos se parte dele for manipulada sem a devida programação.
 
Anualidade
Utiliza-se, convencionalmente, o critério de um ano para o período orçamentário, por apresentar a vantagem de ser o adotado pela maioria das empresas particulares.
1.3 Orçamento E Os Programas Públicos
O orçamento públicodos governos federal, estadual, distrital e municipal compreende a previsão de todas as receitas que serão arrecadadas dentro de determinado exercício financeiro e a fixação de todos os gastos (despesas) que os governos estão autorizados a executar. Para Giacomoni (2000), a elaboração do orçamento público é obrigatória e tem periodicidade anual. Segundo a Lei n° 4.320/64, o orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo:
Art. 2º A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. (...)
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do governo e da administração centralizada, ou que por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º.
1.4 Leis Pertinentes Ao Setor Público
No Brasil, as finanças públicas são disciplinadas, dentre outros dispositivos legais, pela Constituição Federal, pela Lei nº 4.320/64 e pela Lei Complementar n° 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Essas leis definem as linhas de atuação dos governos federal, estadual, distrital e municipal, principalmente quanto ao planejamento das receitas e despesas públicas que constituem o orçamento público.
1.4.1 Constituição Federal
A Constituição Federal de 1988 mostra-se como o ponto de partida para análise do processo orçamentário brasileiro, pois definiu instrumentos de planejamento e orçamento com elevado grau de detalhe, que importa conhecer para melhor definir o escopo de um novo dispositivo legal.
Como já dito anteriormente, o foco deste estudo está na seção denominada “Dos Orçamentos”, da Constituição Federal. No § 9º está dito que cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
1.4.2 Lei Orgânica Dos Municípios E Os Aspectos Financeiros
O Orçamento Municipal, assim como os demais orçamentos, sempre foi visto como uma peça de previsão, e muitas vezes elaborado fora Complementar nº 101, chamada de Lei de Responsabilidade Fiscal, que passou a integrar o “sistema orçamentário municipal”, fixando limites para a despesa com pessoal, limites para a dívida pública, e ainda a apresentação de metas fiscais, bimestrais, trimestrais, quadrimestrais e semestrais, através de Relatórios da Execução Orçamentária (RREO) e Relatórios de Gestão Fiscal (RGF).
1.4.3 Lei Federal 4.3020/1964
Alunos, passamos agora ao estudo da Lei 4.320/64, promulgada sob a égide da Constituição de 1946, que determinava que “normas gerais” disporiam sobre direito financeiro. Como não havia no texto constitucional a figura da lei complementar, foi editada como lei ordinária.
Como lembra Conti (2008), passados mais de 40 anos, os dispositivos dessa lei permanecem no ordenamento jurídico brasileiro, vigorando sob a égide de três Constituições e de dezenas de emendas constitucionais. A Constituição Federal de 1988, também, determinou expressamente o sistema de “normas gerais” para tratar de matéria relativa a orçamentos públicos, na forma de lei complementar, no entanto, diante da ausência dessa regulamentação, restou recepcionar como lei complementar as matérias reguladas pela Lei 4.320/64.
Quando foi criada, a Lei nº 4.320/64 utilizou dos conhecimentos mais avançados de gestão pública existentes à época de sua edição, reconhecendo que o orçamento deve ter um viés mais gerencial e expressar o planejamento do governo.
1.4.4 Lei De Responsabilidade Fiscal (Lrf)
Nosso estudo começa no sentido de entendermos que a Lei Complementar n.º 101/00, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, representa a maior inovação dos últimos tempos em termos de finanças públicas. Delimita a ação dos gestores de recursos públicos de todas as esferas de governo, nas diversas ações, como as regras que buscam disciplinar os níveis de endividamento e os gastos com pessoal, na busca de combater os desmandos e o descrédito da sociedade na gestão pública.
Fonte: finanças públicas

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