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t5-registro-de-danos-causados-por-cupins-insecta-isoptera-presentes-nas-edificacoes-do-municipio-de-ubatuba-litoral-norte-de-sao-paulo-entre-2000-a-2009

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
Registro de danos causados por cupins (Insecta: Isoptera) presentes nas 
edificações do município de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo entre 2000 a 
2009. 
 
 
 
 
NADEGE RIECHELMANN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências do Campus de Rio 
Claro, Universidade Estadual 
Paulista, como parte dos requisitos 
para obtenção do título de 
Especialista em Entomologia 
Urbana. 
12/2010 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: 
TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
 
 
Registro de danos causados por cupins (Insecta: Isoptera) presentes nas 
edificações do município de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo entre 2000 a 
2009. 
 
 
 
 
 
NADEGE RIECHELMANN 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Dr. Antônio Tadeu de Lelis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências do Campus de Rio 
Claro, Universidade Estadual 
Paulista, como parte dos requisitos 
para obtenção do título de 
Especialista em Entomologia 
Urbana. 
12/2010 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 
Registro de danos causados por cupins (Insecta: Isoptera) presentes nas 
edificações do município de Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo entre 2000 a 
2009. 
 
 Nadege Riechelmann 
 
RESUMO 
 
 Este trabalho foi conduzido com o objetivo de realizar o levantamento de inspeções, 
ocorrências e intervenções no controle de cupins subterrâneo e cupins de madeira seca 
nas edificações dos bairros mais comprometidos no município de Ubatuba, litoral norte de 
São Paulo. São apresentados dados de ocorrências destes cupins no município, a partir 
dos atendimentos realizados pela Empresa Controladora de Pragas ENTOMON de 2000 
a 2009, com o mapeamento dos pontos em mapa-base georreferenciado e tabelas. Nas 
análises foi levada em consideração a distribuição espacial das ocorrências. Foram 
determinados os cupins mais freqüentes e estabelecidas às relações entre ocorrência de 
cupins, distribuição espacial, tipo e idade das edificações, e pontos mais atacados. Os 
cupins infestantes identificados nas edificações foram da família Termitidae (cupim 
subterrâneo) encontrada na maior parte das edificações, sendo o maior número de focos 
localizados nas estruturas do telhado; e da família Kalotermitidae (cupim de madeira 
seca) apresentou a maior incidência foi nos móveis. Existe uma relação entre ocorrências 
de infestações de cupins em árvores e edificações. Os riscos de infestações, e no número 
de focos de cupins são mais elevados em edificações com 15 a 30 anos de idade. 
 
 
 
 
 
Palavra chave: Cupins, edificações, infestações, inspeções, controle. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp 
Recod of damages caused by termites (Insecta: Isoptera) in constructions in the 
county of Ubatuba, state of São Paulo, Brazil, between 2000 and 2009. 
 
This work was conducted with the aim at recording surveys, occurrences and control 
interventions on subterranean and dry Wood termites in constructions and trees in the 
county of Ubatuba, in the Northern coast of São Paulo. Occurrences are presented 
through calls received by ENTOMON, a Brazilian Pest Control Company, from 2000 to 
2009. Sites with termite infestation were geo-referenced in a map and recorded in tables. 
Analysis took into consideration the spatial distribution of occurrences. The most frequent 
termite species were recorded and related to kind of construction, spatial distribution and 
age of the construction, the most attacked sites. Termites frequently identified belonged to 
the family Termitidae (subterranean termites), the largest number of infestations were in 
the structures of the roof. The family Kalotermitidae (dry-wood termite) showed the highest 
incidence in the furniture’s. There is a relationship among occurrences of termite 
infestations in trees and the buildings. The risk of infestation and the number of outbreaks 
of termites are higher in buildings with 15 to 30 years old. 
 
Key-words: termites, buildings, infestations, inspections, control. 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
Mais uma vez, aos meus filhos por estarmos sempre unidos nesta grande arte que é a 
vida. 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
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Ao Vicente meu companheiro, pela pessoa especial que ele é, e por ter me amparado e 
incentivado, compreendendo a importância dessa conquista e aceitando a minha 
ausência quando necessário. Sem ele nada seria possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
Ao prof. Dr. Lelis, por quem tenho estima e admiração. Sob sua orientação, tive a 
oportunidade de desenvolver as ideias preliminares desta monografia. 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
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A todos os professores desta conceituada Instituição que nos instruíram e apoiaram em 
todos os momentos, fornecendo todas as informações necessárias ao desenvolvimento 
profissional. 
A todas as pessoas que de alguma maneira contribuíram para a elaboração deste 
trabalho. 
AOS COLEGAS 
As dificuldades não foram poucas... Os desafios foram muitos... Os obstáculos, muitas 
vezes, pareciam intransponíveis. 
O desânimo quis contagiar, porém, a garra e a tenacidade foram mais fortes, sobrepondo 
esse sentimento, fazendo-nos seguir a caminhada, apesar da sinuosidade do caminho. 
Agora, ao olharmos para trás, a sensação do dever cumprido se faz presente e podemos 
constatar que as noites de sono perdido, as viagens e visitas técnicas realizadas; o 
cansaço dos encontros, os longos tempos de leitura, digitação, discussão; a ansiedade 
em querer fazer e a angústia de muitas vezes não o conseguir por problemas estruturais; 
não foram em vão. 
Aqui estamos, como sobreviventes de uma longa batalha, porém, muito mais fortes e 
hábeis, com coragem suficiente para mudar a nossa postura, apesar de todos os 
percalços... 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 8 
2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 8 
2.1 IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS CUPINS ............................................ 8 
 
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2.1.1 Castas ................................................................................................... 11 
2.1.2 Dispersão e fundação de novas colônias ............................................. 12 
2.1.3 Ninhos ................................................................................................... 12 
2.1.4 Cupins urbanos ..................................................................................... 13 
2.2 O MUNICÍPIO DE UBATUBA .................................................................. 17 
3. OBJETIVOS .............................................................................................. 18 
4. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 18 
4.1. CARACTERÍSTICAS DOS LOCAIS DE ESTUDOS ............................... 18 
4.2 CRITÉRIO DAS INSPEÇÔES NAS EDIFICAÇÕES ................................ 19 
4.3 CRITÉRIOSDE IDENTIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS XILÓFAGOS ... 20 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 20 
5.1 NÚMEROS DE EDIFICAÇÕES COM CUPINS E LOCAIS ATACADOS . 20 
5.2 PRESENÇA DE CUPINS E IDADE DA EDIFICAÇÃO............................. 23 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 26 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Os meios urbanos, de acordo com as características de seus processos de 
formação e desenvolvimento, apresentam peculiaridades próprias, nas ocorrências de 
infestações por insetos xilófagos e demais pragas nas edificações no município de 
Ubatuba, localizado no litoral norte de São Paulo. 
 
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 Com a expansão urbana na retirada da cobertura vegetal das áreas, houve um 
aumento da superfície impermeabilizada no município, devido ao crescimento 
populacional, especulação imobiliária, turismo entre outros diversos fatores, contribuindo 
assim para o desequilíbrio ambiental. A partir destas problemáticas de alteração 
ambiental por ação antrópica, tem-se observado um aumento de infestações de cupins na 
área urbana do Município nos últimos anos, observação realizada mediante ocorrências e 
dados coletados pela Empresa Controladora de Pragas ENTOMON de 2000 a 2009, e 
registrados em um mapeamento dos pontos em mapa-base georreferenciado e tabelas, 
levando-se em consideração a distribuição espacial das ocorrências. 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 2.1 IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS CUPINS 
 
 Os cupins ou termitas são insetos eussociais da ordem Isoptera e constituem um dos 
grupos de invertebrados dominantes em ambientes terrestres tropicais. Portanto, climas 
quentes e úmidos como os do Brasil lhes são favoráveis. Compreende sete famílias: 
Mastotermitidae, Kalotermitidae, Termopsidae, Hodotermitidae, Rhinotermitidae, 
Serritermitidae e Termitidae (Grassé, 1986). 
 São conhecidas atualmente 2.900 espécies descritas, sendo que a região neotropical 
engloba 537 espécies (Constantino, 2007). Aproximadamente 300 espécies ocorrem no 
Brasil e pertencem às famílias Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e 
Termitidae (Constantino 2002) A fauna da nossa região ainda é pouco conhecida e 
levantamentos faunísticos mais recentes registram um grande número de novas taxas 
(Zorzenon & Potenza, 1998). 
 Quanto à distribuição geográfica, os cupins têm distribuição mundial restrita, entre 
latitude de 40° norte e 40° sul, pois preferem as regiões mais quentes e se concentram 
nas regiões tropicais e subtropicais do globo terrestre (Costa-Leonardo, 2002). 
 Os cupins adaptam-se aos mais diversos nichos para obtenção de matéria vegetal 
(celulose). Uma grande variedade de material orgânico pode servir de alimento para os 
cupins, incluindo madeira (morta e viva), gramíneas, plantas herbáceas, serapilheira, 
fungos, ninhos construídos por outras espécies de cupins, raízes, sementes, húmus, 
liquens, folhedo, excrementos e carcaças de animais (Lee& Wood, 1971, La Fage & 
 
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Nutting 1978, Wood 1978, Noirot 1992, Sleaford et al.1996, Miura & Matsumoto 1997, 
Donovan et al. 2001). 
 Neste habitat, os cupins ocupam a posição de consumidores primários (herbívoros e 
detritívoros), atuando na trituração, decomposição, humificação, e mineralização de uma 
variedade de materiais celulósicos. Contribuem na disseminação de bactérias e fungos 
que também atuam na quebra de celulose (Tayasu et al. 1997, Costa-Leonardo 2002). 
 São mais conhecidos pelo seu potencial como praga, apesar dos cupins-pragas serem 
a minoria (cerca de 10%). O papel ecológico dos térmitas no ambiente é primoroso, 
participam ativamente da decomposição e reciclagem de nutrientes nos ecossistemas 
naturais. Exercem, portanto, uma influência sobre o solo, contribuindo para a sua 
aeração, porosidade devido à construção de túneis e galerias, umidade, bem como a 
ciclagem de partículas minerais e orgânicas. Devido ao fato de modificarem o perfil do 
solo, pode provocar mudanças na vegetação, o que consequentemente causa 
modificações na distribuição de animais (Lee & Wood, 1971; Wood & Sands, 1978). 
 São, portanto consumidos por uma grande variedade de animais, tais como formigas, 
aranhas, pássaros e mamíferos, contribuindo para a formação da base de uma grande 
cadeia alimentar. Dessa forma, os cupins desempenham um papel primordial na maioria 
dos ecossistemas tropicais, tanto as suas atividades de consumidores primários como de 
decompositores de matérias vegetais (Costa - Leonardo, 2002). 
 A fauna nativa de cupins é constituída de muitas espécies, mas poucas estão 
adaptadas para infestar edificações e se alimentar de madeiras e materiais celulósicos em 
áreas urbanas. Só um pequeno número de espécie de cupins, em todo o mundo, tem tido 
sucesso em fazer a transição do ambiente natural para o ambiente urbano. (Robinson, 
1996). No Brasil há mais de 300 espécies de cupins, mas somente 19 espécies são 
responsáveis por consideráveis perdas econômicas em áreas urbanas (Mill, 1991). 
 Esses cupins, por apresentarem características morfológicas, fisiológicas e 
comportamentais especiais, são capazes de utilizar a madeira como substrato, abrigo e 
alimento. Neste contexto, destaque especial é dado aos cupins, que devido a capacidade 
de digerir celulose proporcionada por fauna microbiológica simbionte presente em seu 
intestino, são atraídos por todo o material de origem celulósica, como a madeira em seu 
estado bruto, seus derivados papel, papelão, tecidos e outros (Grassé, 1982; Oliveira et 
al., 1986). 
 Segundo Oliveira et al. (1986) e Krishna (1970) considerando-se o aspecto evolutivo, 
os cupins podem ser divididos em dois grupos: cupins superiores e inferiores. Os cupins 
 
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superiores são os pertencentes à família Termitidae, as demais famílias pertencem ao 
grupo dos cupins inferiores. Os cupins pertencentes às seis primeiras famílias são 
denominados “cupins inferiores” e os pertencentes à sétima família (termitidae) são 
denominados “cupins superiores”. Tais designações não significam que os insetos 
apresentam similaridades filogenéticas nem diferentes origens, referem-se apenas à 
dependência de protozoários flagelados simbiônticos, no caso dos “térmitas inferiores”, 
para auxiliar na degradação da celulose (Costa-Leonardo 2002). 
 Segundo Grassé (1982), os cupins são fototrópicos negativos, vivem confinados no 
interior dos ninhos e de maneira geral, não possuem olhos sendo que os 
quimiorreceptores, localizados nas extremidades das antenas em conjunto com pêlos 
sensoriais distribuídos pelo corpo, são responsáveis pela percepção dos estímulos olfato 
e tato. De acordo com o autor, os cupins também possuem sensilas nos palpos maxilares 
e labiais, a olfação é evidenciada pela detecção de alimentos ou de outras substâncias 
pelas quais são repelidos quando nocivas. 
 Para Edwards & Mill (1986) e Nutting (1970), uma colônia de cupins só pode ser 
considerada madura quando forem capazes de produzir todas as castas características 
da espécie (soldados, operários, reprodutores imaginais e neotênicos), inclusive os 
alados. O tempo levado por uma colônia para atingir a maturidade varia de acordo com a 
espécie e com fatores ambientais, podendo ser de 3 a 6 anos. 
 
2.1.1 Castas 
 Todos os cupins são eusociais, possuindo castas estéreis (soldados e operários). Uma 
colônia contém um casalreprodutor, rei e rainha, que se ocupa apenas de produzir ovos; 
de inúmeros operários o qual se convencionou usar no masculino, apesar desses 
indivíduos serem fêmeas ou machos. A maioria dos operários possui coloração 
esbranquiçada e são desprovidos de visão, realiza todas as atividades de forrageamento, 
construção e reparo do ninho, alimentação das castas dependentes (jovens, soldados e 
reprodutores) e cuidado com os ovos. Os operários também são ativos na defesa da 
colônia e possuem especializações voltadas para essa função nas espécies desprovidas 
de soldados. Os operários das famílias Kalotermitidae, Termopsidae, e alguns 
Rhinotermitidae são conhecidos como “pseudergates”, pseudo-operários ou falsos 
operários, porque esses indivíduos desempenham o papel dos operários, mas podem se 
diferenciar em soldados ou reprodutores. (Costa- Leonardo2002) 
 
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 Os soldados são indivíduos que apresentam desenvolvimento especializado da 
cabeça. Geralmente possuem mandíbulas poderosas e atuam na defesa da colônia. 
 Em um cupinzeiro, geralmente são constituídos pelo rei e a rainha, são indivíduos 
sexuados denominados reprodutores primários. Eles são alados, mas depois do vôo 
nupcial perdem as asas, que se destacam de uma sutura existente perto da base das 
mesmas, deixando-os apenas com tocos de asas presos no tórax. Possuem o corpo todo 
esclerotizados e pigmentado, olhos compostos e um par de ocelos (Costa-Leonardo 
2002). 
 
2.1.2 Dispersão e fundação de novas colônias. 
 A dispersão dos térmitas depende das condições meteorológicas e sociais favoráveis 
para o vôo (temperatura, luminosidade, umidade do ar, entre outras), número de alados 
produzidos e taxa de predação. (Nutting, 1970) 
 A fundação de novas colônias ocorre a partir da produção de imagos por colônias 
maduras, que após a revoada de alados (aleluias ou siriris) adultos emergem do 
cupinzeiro e vão fundar novos ninhos. 
 Geralmente ocorre num determinado período do ano, coincidindo com o início da 
estação chuvosa, no período de setembro a dezembro (primavera), quase sempre depois 
da ocorrência de chuvas sendo uma adaptação evolutiva, por ser mais fácil a instalação 
dos casais em solos úmidos. A revoada ocorre na maioria dos cupins tropicais e apenas 
em colônias maduras. È comum a observação, no crepúsculo ou à noite, de alados 
voando ao redor das lâmpadas. (Costa-Leonardo 2002) 
 A revoada é possível por que ao longo de seu desenvolvimento, adquirem fototropismo 
positivo possibilitando sua saída da colônia de origem. O fototropismo positivo é mais 
acentuado no momento da revoada sendo que após a perda das asas os cupins tornam-
se fototrópicos negativos, como as demais castas que compõem a colônia (Grassé, 1984 
e Oliveira et al., 1986). 
 Após a formação do par real, eles pousam, perdem as asas e formam os pares reais, 
dos quais alguns poucos conseguem se acasalar e fundar uma nova colônia. (Oliveira et 
al., 1986). 
 
2.1.3 Ninhos 
 Os ninhos de cupins, também denominados termiteiros ou cupinzeiros, variam quanto 
à forma, localização, tamanho, coloração, estrutura e material de construção. Geralmente 
 
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são sistemas constituídos por câmeras sendo: câmara real, câmara de cria, câmara de 
armazenamento de alimento (podendo estar ausentes) e galerias de forrageamento. Na 
periferia, seus limites ambientais sofrem mudanças periódicas que são alteradas de 
acordo com a área de forrageamento explorada. (Costa-Leonardo, 2002) 
 Os cupins normalmente constroem ninhos que apresentam formas e características 
diferenciadas de acordo com a espécie, oferecendo-lhes proteção, além de manter a 
coesão da sociedade. O ninho é um sistema de cavidades e galerias interligadas entre si, 
constituindo um ambiente fechado que possui microclima mais ou menos distinto do meio 
circundante (com temperatura, umidade e atmosfera interna controlada). Ele pode ser 
construído em diferentes ambientes, com métodos variados, por meio de escavação no 
solo e/ou madeira. Algumas espécies constroem seus ninhos sobre a superfície do solo 
(epígeos), enquanto outras preferem a subsuperfície (hipógeos), troncos e galhos de 
árvores como suporte (arborícolas) ou madeira para construção das galerias, utilizando 
diferentes combinações de materiais (solo, matéria orgânica vegetal e até a própria saliva 
e fezes) como matéria prima (Noirot 1970, Fontes 1979). 
 Ninhos construídos no interior da madeiras ocorrem em várias espécies, como os de 
madeira seca (Família Kalotermitidae). Espécies que habitam mobiliários instalam-se em 
pequenas peças de madeira, onde escavam cavidades irregulares ligadas por passagens 
estreitas. A superfície da madeira é sempre mantida intacta, mas fina quebra com 
extrema facilidade. Na superfície da madeira infestada, há orifícios circulares que ligam as 
cavidades com o exterior. Estes orifícios são utilizados para a expulsão dos grânulos 
fecais e para a largada dos alados na revoada. (Costa-Leonardo, 2002) 
 Os ninhos subterrâneos podem consistir de um conjunto de galerias difusas ou ser 
individualizados, com uma estrutura definida. Podem ser constituídos por uma única 
unidade individualizada denominada cálie ou de várias unidades independentes, 
conectadas por galerias (ninhos policálicos) (Costa-Leonardo, 2002). 
 Os ninhos epígeos iniciam sempre o seu desenvolvimento subterrâneo podendo 
alcançar grandes dimensões. São construídos por alguns cupins da família 
Rhinotermitidae e vários cupins da família Termitidae. (Cancello, 1991). 
 Os ninhos arborícolas fixam-se em galhos ou trocos de árvores, mas quase sempre 
estão conectados ao solo por galerias. 
 
2.1.4 Cupins urbanos 
 
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 Dados da literatura indicam que é pequena a proporção das espécies consideradas 
como pragas em relação ao número de espécies de cupins de uma determinada região 
(Zorzenon & Potenza, 1998). No entanto, em diversas regiões do mundo, os cupins 
xilófagos estão entre os insetos responsáveis por grande parte dos prejuízos advindos da 
deterioração biológica da madeira. Esse problema refere-se, em muitos casos, as áreas 
urbanas, uma vez que nelas concentra-se grande quantidade de madeira utilizada pelo 
homem, muitas vezes susceptível e sem nenhum tratamento preventivo. 
 Em áreas urbanas, os dados causados em construções são atribuídos a cupins 
pertencentes a três grupos: cupins de solo ou subterrâneos, cupins de madeira úmida e 
cupins de madeira seca. No Brasil, os ataques mais freqüentes têm sido ocasionados por 
cupins de apenas dois grupos: cupins subterrâneos e de madeira seca (Lelis, 1976). 
 
• Cupins subterrâneos 
 Os cupins subterrâneos, cuja ação afeta profundamente a economia do país, são bem 
adaptados ao convívio humano e tendem a apresentar ampla distribuição geográfica ou a 
serem cosmopolitas. São cupins de grande poder daninho e que podem ser introduzidos 
de maneira relativamente fácil em novas localidades e, assim, expandir suas fronteiras 
(Lelis, 1986; Oliveira et al., 1986; Nogueira, 1981). 
Dentre as espécies de cupins mais encontradas em áreas urbanas no Brasil estão as 
dos gêneros Coptotermes e Heterotermes, pertencentes à família Rhinotermítida, e as do 
gênero Nasutitermes, pertencentes à família Termitidae, sendo as espécies Coptotermes 
havilandi Holmgren, 1911 (Rhinotermitidae), Heterotermes tenuis, H. longiceps, 
Nasutitermes aquilinus e N. ehrhardti as principais de importância econômica (Fontes, 
1995a; Alves & Berti Filho, 1995). 
 
• Cupins de madeira seca 
Os cupins de madeira seca pertencentes à famíliaKalotermitidae têm sido 
assinalado como grande causador de danos em madeiras da estruturas de edificações, 
móveis, livros, tecidos e outros materiais de origem celulósica em áreas urbanas em todo 
o mundo (Harris, 1971). 
O gênero Cryptotermes tem distribuição mundial e reúne 47 espécies. È a mais 
importante praga entre os ditos cupins de madeira seca. 
Segundo Marer (1991), as colônias de cupins de madeira seca, infestam madeira, 
não apodrecidas, estrutural, móveis, bem como galhos mortos de árvores nativas em 
 
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locais sombreados, arvores em pomares, postes e madeiras armazenadas. A partir 
dessas áreas os reprodutores alados sazonalmente migram para edificações vizinhas e 
de outras estruturas normalmente em dias ensolarados durante os meses chuvosos. Os 
cupins pertencentes a esse grupo têm uma exigência de baixa umidade e pode tolerar 
condições secas por períodos prolongados. A água pode ser obtida diretamente da 
própria madeira sendo que pequena quantidade é suficiente devido aos mecanismos 
especiais desenvolvidos para reduzir a perda de água. Dentre esses mecanismos o de 
recuperação de grande parte da água do material fecal (antes de evacuar) é um dos mais 
importantes (Edwards& Mill, 1086; Rudolph et al., 1990 e Waller & La Fage, 1986). Os 
autores afirmam que a umidade relativa do ar, fornece umidade à madeira, sendo 
indiretamente uma fonte de água para os cupins. 
 Steward (1983) comparou Cryptotermes brevis (Waker) com outras espécies, quanto 
à adaptação ás diferentes condições climáticas e constatou que C. brevis sobrevive 
melhor tanto em condições quentes - secas como em frias - úmidas. Segundo o autor, a 
ampla distribuição da espécie parece estar relacionada á habilidade de se submeter à 
aclimatação e de alimentar-se eficientemente em umidades relativas tanto médias (cerca 
de 60%) como altas (cerca de 90%). As colônias de C. brevis que forem eventualmente 
transportadas pelo homem, dependerão do vôo de dispersão de imagos para 
estabelecerem novas infestações. Esta espécie tem atingido grande sucesso nos 
ambientes urbanos devido à capacidade de reproduzir-se em condições de umidade 
moderadas baixas (60-70% UR) e de temperatura elevadas (29-31°C). 
 Segundo Marer (1991) as colônias desses cupins geralmente, são relativamente 
menos populosas, em torno de 1000 indivíduos. Porem, em edifício bastante infestado 
pode ser encontrado até milhares de indivíduos, proveniente de várias colônias 
estabelecidas num mesmo local. 
 Nas colônias não há operários verdadeiros, sendo as tarefas gerais realizados pelos 
“pseudo-operários”. Os soldados desta espécie têm a cabeça bem escura e fragmótica, 
há uma modificação da região anterior, formando uma região mais achatada ou escavada 
com a qual o inseto pode obstruir um orifício (Zorzenon & Potenza, 1998). 
 Os sinais mais característicos de infestações por cupins de madeira seca é a 
presença de grânulos fecais, que são colocados para fora da peça atacada. Quando as 
colônias são pequenas, a quantidade de grânulos fecais eliminado para fora é mínima 
dificultando sua detecção. Esses grânulos são secos e apresentam a coloração da 
 
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madeira da quais os cupins se alimentaram (Edwards & Mill; Oliveira et al. 1986; Su & 
Scheffrahn, 1990 e Van Den Meiracker, 1998). 
 
• Cupins arborícolas 
 
 São cupins que constroem termiteiros arborícolas ou semi - arborícolas. São 
principalmente as espécie de Nasutitermes, que fazem ninhos deste tipo. Todavia há 
espécies de Microcerotermes, Amistermes e Mirotermes que também os constroem. 
Causam transtornos similares aos dos cupins subterrâneos, porem habitualmente 
constroem ninhos em suportes elevados, tantos em locais visíveis como ocultos, transitam 
mais supercialmente pelo substrato, em túneis bem expostos. 
. 
 (Padrão exógeno) 
 
 Este é o padrão comum de infestação, característico pela presença de ninhos 
visíveis em postes, cercas, paredes, vigas de telhado, árvores, suportes de madeira ou de 
alvenaria. Em edificações, túneis e ninhos são comumente encontrados em telhados, 
paredes perimetrais e muros. Também podem ser construídos sob pisos e dentro de 
outros vãos estruturais ocultos, mas isso pode aparecer principalmente em casos de 
infestações severas. 
O padrão exógeno está associado à infestação de árvores urbanas, cujos troncos e ramos 
albergam ninhos arborícolas típicos do gênero Nasutitermes. (FONTE& MILANO, 2002: 
60) 
 
(Padrão endógeno) 
 
Este padrão caracteriza-se pela presença de túneis típicos de Nasutitermes, mas 
ninhos não são visíveis em locais expostos. Embora similares aos descritos no padrão 
exógeno (arborícolas e visíveis em suportes expostos), são construídos em locais ocultos 
no interior de edificações. São encontrados em paredes e colunas internas, corredores, 
porões, dentro de diversos vãos estruturais e em cavidades sob o piso. (Fontes & Milano, 
2002: 125). 
 
2.2 O MUNICÍPIO DE UBATUBA 
 
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 O município de Ubatuba está localizado no Litoral Norte do Estado de São Paulo (na 
região Sudeste do Brasil), distante 250 km da capital. Limita-se ao Norte com Paraty (RJ), 
ao Sul com Caraguatatuba (SP), a Oeste com Cunha, São Luiz do Paraitinga e Natividade 
da Serra (todas de SP) e a Leste com o Oceano Atlântico, achando-se na latitude 
23'26'21,45. 
 O município possui a maior orla marítima do Litoral Norte, encontrando-se mais 
adensado na sua parte sul, da divisa com Caraquatatuba até à sede do município. Ao 
norte, a ocupação é rarefeita, existindo as comunidades tradicionais e os condomínios de 
alto padrão. Parte do seu patrimônio ambiental e cultural encontra-se protegido pelo 
Parque Estadual da Serra do Mar, pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina, pelo P. E. 
da Ilha Anchieta e pelos tombamentos feitos pelo Condephaat. 
 Ubatuba é o município que possui o maior número de praias (78) do litoral paulista, 
correspondentes à 53 quilômetros de extensão. Os bairros considerados foram ao norte : 
Itamambuca, Promirim, Ubatumirim e Picinguaba; centro: Praia Grande, Itaguá, Perequê-
Açú, Toninhas, Vermelha do Centro, Ponta Grossa, Centro, Silop, Tenório, Estufa I, 
Estufa II, Ressaca, Parque Viva Mar, Horto; e ao sul : Enseada, Maranduba, Praia Dura, 
Praia Brava, Fortaleza, Lázaro, Lagoinha, Saco da Ribeira, Perequê-Mirim. (Fig.1) 
O tipo de vegetação predominante é a Mata Atlântica, marcada pela predominância 
da floresta Ombrófila, densa de encosta e de planície, pelos manguezais e restingas. O 
clima apresenta-se como tropical quente e muito úmido, com média anual de precipitação 
acima dos 2.000m/m. 
 Associados todos esses fatores, estão criadas as condições para o atual nível de 
ocorrência de pragas, dentre elas, os cupins com maior preocupação da população. 
 
 
 
 
3. OBJETIVOS 
 
A análise dos registros deste município tem a finalidade de fornecer subsídios para 
o manejo integrado de cupins de solo e de madeira seca em edificações, com vistas a 
minimizar o impacto da sua ação, desse modo, a maneira mais eficaz de controle desta 
praga em específico é investigar, analisar e procurar compreender o porquê deste 
aumento para então traçar procedimentos mais adequados em relação ao meio ambiente. 
 
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4. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
4.1. CARACTERÍSTICAS DOS LOCAIS DE ESTUDOS 
Nas realizações das amostragens foram selecionados os bairros com maior índice 
de infestações. Onde a expansão de residências, casasde veraneio e condomínios 
apresentam-se marcada com conseqüências visíveis na alteração do ambiente. 
Os fatores que determinaram a escolha desses bairros foram: histórico da 
presença de cupins; edificações com idades bastante variadas, tanto antigas quanto 
novas, de estilos e técnicas construtivas distintas e por se tratar de uma cidade histórica 
(372 anos) situada na Mata Atlântica. 
Foi confeccionada uma tabela com os seguintes dados: mês; ano; tipo de imóvel (1) casa 
de veraneio; (2) residência; (3) apartamento individual; (4) condomínio de apartamento; 
(5) condomínio de casas; bairro; endereço; tipo de cupins; locais atacados; controle; 
produtos utilizados. Os anos avaliados foram de 2000 a 2009. 
Desse levantamento foram definidos os estratos a serem estudados para facilitar 
na Tabulação de dados dos resultados: condomínios horizontais e verticais, casas de 
veraneio e residências. 
 
 
 
 
 
4.2 CRITÉRIO DAS INSPEÇÔES NAS EDIFICAÇÕES 
As edificações foram inspecionadas quanto a: Presença de cupins nos diversos 
componentes da edificação, tipo de construção (alvenaria ou pré – fabricada), tipos de 
materiais atacados; vistoria nas residências, casas de veraneio, condomínios e 
apartamentos (porões, subsolo, poço de elevador, casa de bombas, salas dos quadros de 
medição, juntas de dilatação, área comum interna e externa); arborização, jardins. 
• Os pontos de ocorrência de cupins em edificações nos bairros mais 
comprometidos. 
• Os locais de preferências para o estabelecimento de focos de infestação nas 
edificações; 
 
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• Distribuição das freqüências absolutas e relativas das ocorrências de cupins de 
solo, cupins de madeira seca nas edificações (residências, casas de veraneio, 
condomínios, prédios e apartamentos) com peças de madeira atacadas e não 
atacadas e de outros materiais, classificados por componentes analisados 
(aberturas externas, aberturas internas, piso, rodapés, forro, beiral, estruturas do 
telhado, móveis, conduítes elétricos, caixas padrão de luz, área de jardim, 
arborização, área da piscina, saunas, edículas, churrasqueiras); 
• Cupim subterrâneo: Padrões de infestação conforme a localização do ninho: 
infestação no solo, infestação aérea, e infestação mista (solo, aérea,). Presença de 
galerias, câmara e sulcos na madeira; escavações contendo massa de partículas 
de solo; tubos de terra na parte externa da madeira ou das fundações. 
• Infestações por cupins subterrâneos conforme a localização do ninho: infestação 
no solo, infestação arborícola, infestação interna (edificação) e infestação mista 
(arborícola + interna); 
• Cupins de madeira seca: presença de galerias, câmaras e túneis na madeira; com 
resíduos fecais; com sulcos longitudinais. 
 
 
 
 
 
4.3 CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS XILÓFAGOS. 
 Durante as inspeções os insetos foram coletados manualmente, separados das 
partículas de solo e fragmentos de madeira com pinças ou pincel molhado e preservado 
em álcool 80%. As amostras contêm cerca de 10 indivíduos de cada casta presente 
(soldados, operários, alados) e quando possíveis casais reais, todos de uma mesma 
colônia. O material foi devidamente etiquetado e acondicionado intencionalmente para 
trabalhos futuros. 
 O reconhecimento das famílias Kalotermitidae (cupim de madeira seca), foi baseado 
na observação das características do ataque: orifícios, resíduos produzidos pelos insetos. 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Os dados foram analisados quanto à ocorrência de cupins subterrâneos e de madeira 
seca e simultaneamente. 
 
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 Nas edificações as madeiras utilizadas preferencialmente são em peças de 
acabamento, tais como: aberturas externas (portas, batentes, janelas e suas guarnições), 
aberturas internas (portas, batentes e suas guarnições) rodapés, pisos. 
 Nas estruturas do telhado (ripados, vigas, tabeiras e beirais). Outros materiais além 
da madeira também foram encontrados principalmente em forros e beirais (alvenaria), 
pisos de madeira ou cerâmica e mobília. Todas as edificações apresentaram algum 
componente de madeira. 
 
5.1 NÚMEROS DE EDIFICAÇÕES COM CUPINS E LOCAIS ATACADOS 
Registrou-se (Tabela 1) a incidência de cupins nas diferentes partes da edificação. 
Das 222 edificações analisadas, as aberturas externas de madeira (portas e janelas) 
estavam presentes: 74 (33,33%) com cupim subterrâneo, 17 (7,66%) cupim de madeira 
seca e 2 (0,90%) simultaneamente com cupim subterrâneo e cupim de madeira seca . 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1 Distribuição das freqüências absolutas e relativas das ocorrências de cupins subterrâneo e cupins de 
madeira e simultaneamente em edificações com peças de madeira atacadas e de outros materiais, classificadas 
por componentes analisados. 
 
 Peças Madeira e Material não celulósico 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
 C/cupim subterrâneo % C/cupim mad.Seca % C/ cupim subterrâneo e cupim de mad. Seca % 
Aberturas externas 74 7,85 17 5,48 2 2,78 
 
Aberturas internas 30 3,18 99 31,94 22 30,56 
 
Piso 44 4,67 1 0,32 1 1,39 
 
Rodapés 32 3,40 14 4,52 12 16,67 
 
Forro 97 10,30 33 10,65 13 18,06 
 
Beiral 115 12,21 12 3, 87 0 0,00 
 
Estrutura do telhado 119 12,63 15 4,84 1 1,39 
 
Móveis 15 1,59 110 35,48 15 20,83 
 
 
 
 As edificações apresentadas com aberturas internas de madeira (portas, batentes e 
guarnições), foram 30 (13,51%) atacadas por cupins subterrâneos; 99 (44,59%) por 
cupins de madeira seca e 22 (9,91%) simultaneamente. 
 
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 Dos rodapés de madeira foi verificado o ataque de cupins subterrâneo 32 (14,41%) 
contra 14 (6,31%) de madeira seca e simultaneamente 12 (5,41%). Observou-se que nas 
edificações mais novas não tem rodapés ou a colocação é de outro material. 
 Dentre as edificações cujos forros são de madeira, a freqüência de ataque de cupins é 
alta. Foi observado nas edificações amostradas, que 97 (43,69%) o ataque foi de cupim 
subterrâneo. 
 A maioria das edificações possuía beirais de madeira. Foi constatado ataque, por 
cupim subterrâneo 115 (51,80%) sendo que cupim de madeira seca 12 (5,41%). 
 Nas estruturas do madeiramento do telhado (caibros, vigas, ripas) os cupins 
subterrâneos ocorreramem 119 (53,60%), cupins de madeira seca em 15 (6,76%) e 
simultaneamente somente um caso 1(0,45%). 
 Dentre as 222 edificações que foram realizados controles químicos, 15 (6,76%) 
móveis estavam infestados por cupins subterrâneos; 110 (49,55%) por cupins de madeira 
seca; e 15 (6,76%) simultaneamente. 
 
 
 
TABELA 2 Distribuição das freqüências absolutas e relativas das ocorrências de cupins subterrâneo e cupins de 
madeira e simultaneamente em edificações com peças de madeira atacadas e de outros materiais, classificadas 
por outros componentes analisados. 
 
 Peças Madeira e Material não celulósico 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
 C/cupim subterrâneo % C/cupim mad.Seca % C/ cupim subterrâneo e cupim de mad. Seca % 
 
Caixa padrão 34 3,61 1 0,32 0 0,00 
 
Conduítes 42 4, 46 0 0, 00 0 0,00 
 
Porão 17 1, 80 0 0,00 0 0,00 
 
Edículas 68 7, 22 1 0,32 4 5, 56 
 
Churrasqueiras 46 4, 88 2 0,65 1 1, 39 
( alvenaria) 
 
Churrasqueira 12 1,27 2 0,65 1 1,39 
(cobertura) 
 
Piscina 5 0,53 0 0,00 0 0,00 
 
Muro 91 9, 66 0 0,00 0 0,00 
 
Arvores 95 10,08 0 0,00 0 0,00 
 
Total 942 100,00 310 100,00 72 100,00 
 
 
 
 Na maioria das caixas padrão houve infestações por cupins subterrâneo 34 
(15,32%) e somente 1 (0,45%) caso de cupim de madeira seca. 
 
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Nos conduítes de instalações elétricas constataram-se 42 (18,92%) edificações 
infestadas por cupins subterrâneos. Não foi observado cupim de madeira seca nas 
mesmas. 
 Nos porões contatou-se presença de cupim subterrâneo em 17 (7,66%) das 222 
edificações analisadas. 
Geralmente, as edículas das edificações são compostas por uma área de serviço, 
depósito, banheiro, quarto de empregada. Por ser uma área mais isolada e de pouco 
acesso passa despercebido o ataque. Das edificações inspecionadas e efetuado o 
controle 68 (30,63%) apresentavam cupim subterrâneo, somente 1 (0,45%) com cupim de 
madeira seca e simultaneamente 4 (1,80%). 
 Nas churrasqueiras e coberturas das mesmas, das 222 edificações inspecionadas 
verificou-se cupim subterrâneo em 46 (20,72%) churrasqueiras e 12 (5,41%) nas 
estruturas dos seus telhados. Apenas 02 (0,90%) churrasqueiras apresentaram cupim de 
madeira seca localizados no madeiramento do telhado e adornos de madeira aplicados 
nas mesmas. Apenas 01 (0,45%) churrasqueira apresentou os dois tipos de cupins. 
 Das 222 edificações inspecionadas 41 tinham piscinas, destas 5 (2,25%) 
constataram alta infestação por cupim subterrâneo. 
 Dentre os 942 locais onde foram constatados focos de cupins, 95 (10,08%) estavam 
localizados em árvores. Todas apresentaram cupins ativos, galerias e algumas com 
presença de ninhos. Foi observada a extensão de uma correlação entre indicadores da 
analise das árvores em relação à infestação da edificação. 
 
5.2 PRESENÇA DE CUPINS E IDADE DA EDIFICAÇÃO 
 
PRESENÇA DE CUPINS E IDADE DAS EDIFICAÇÕES 
 
TABELA Distribuição das freqüências absolutas e relativas das ocorrências de cupins subterrâneo; cupim de mad. Seca e simultaneamente em 
edificações agrupadas em classes de idades e a porcentagem sobre o total de edificações amostradas. 
 
Classe C/cupim subterrâneo % C/cupim mad.Seca % Simultaneamente % Total % (idade) 
 
 0 -15 15 12,60 
 
 15- 30 168 75,68 
 
 30 – 45 25 11,26 
 
 45 – 60 2 0,90 
 ________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
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 As idades das edificações vistoriadas variaram entre 0 e 60 anos, sendo que 
27(12,16%) estavam entre 0 a 15 anos, apresentou ataque por cupins. As edificações 
com idade de 15 a 30 anos 168 (75,68%). Em edificações de 30 a 45 anos apresentaram 
25 (11,26%). Já as mais antigas de 45 a 60 anos apenas 2 (0,90%) e completamente 
infestadas por cupins tanto subterrâneos como de madeira seca. 
• O ataque do madeiramento do forro pode ser influenciado pelo modo de 
dispersão do cupim. Quando em revoada este inseto é atraído pela luz, localizada no forro 
que, sendo de madeira suscetível, facilita o ataque. 
 
 
• Os fatores que podem influenciar a alta infestação de cupins na estrutura de 
telhados são madeiras menos resistentes de baixa qualidade apesar de que se tem 
constatado presença de cupim subterrâneo até mesmo em madeiras duras e resistentes 
como a peroba. Outro fator é de já existir alguma peça infestada no interior do imóvel, e 
que os alados, ao partirem desse foco, pode ter acesso direto ao madeiramento interno 
da edificação. È importante salientar, que no município de Ubatuba, não há tradição em 
se utilizar qualquer tipo de tratamento preventivo contra ataque de cupins em madeiras 
suscetíveis ao empregá-las nas edificações. A prática de utilizar madeira não resistente 
sem tratamento ou tratamento preventivo na pré-construção não é exclusividade dos 
construtores de Ubatuba. 
• A maior parte dos rodapés das edificações amostradas é de madeira, por serem 
utilizados como acabamento, sem função estrutural, são feitos de madeiras menos 
resistentes e por isso são mais suscetíveis aos ataques de cupins do que os pisos. 
• Com relação aomaterial do que eram feitos os móveis, constatou-se que o 
atacado com maior freqüência foi à madeira maciça, seguidos do compensado, vime, 
junco, bambu, cana da índia e com menor freqüência, móvel de aglomerado. Os móveis 
de madeira reconstituído, quando considerados juntos, compensado e aglomerado foram 
menos atacados por cupins do que os de madeira maciça. A freqüência de ataque de 
cupins aos compensados depende muito da qualidade dos mesmos. Devido ao grande 
número de amostras de móveis de diferentes materiais, não foi possível estabelecer uma 
relação entre a idade das peças e ocorrência de cupins. 
• Verificou-se que a infestação por cupins nas caixas padrão é facilitada pela 
presença de peças de madeira de baixa qualidade nos quadros, bem como pela falta de 
tratamento dos mesmos. As maiorias dos quadros são feitos com madeira compensada 
 
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laminada, com falhas que permitem o acesso de cupins ao interior das placas, ou mesmo 
com madeiras compensada contraplacadas de pino ou pinho. O uso de tacos de madeira 
para a fixação dos quadros constitui-se também, num meio de propagação, por estarem 
em contato com a alvenaria e geralmente montados em ambiente úmidos. Pode-se 
constatar que uma vez instalada uma colônia, ela pode se propagar pela rede de 
eletrodutos atingindo pontos distantes do local de origem. Ocorrendo também o processo 
inverso, em que os cupins penetraram pela rede de dutos do ramal de entrada os quadros 
elétricos e se propagando para outras partes internas das edificações. Esses mesmos 
mecanismos observaram-se para as instalações telefônicas e de TV a cabo. 
• Observa-se que as infestações das instalações elétricas e telefônicas, podem 
passar despercebidas por longo tempo, pois os quadros, (padrão) painéis e outros 
componentes não são de manuseio freqüente e somente acessado por pessoas 
habilitadas. 
• Nos porões observam-se com freqüência restos de obras, madeiras estocadas, 
caixas de madeira ou papelão até mesmo raízes de árvores não retiradas durante a 
construção. A maior parte dos porões em edificações (condomínio verticais) encontra-se 
com excesso de umidade concentrada, por falta do bombeamento das águas oriundas do 
lençol freático, da falta de manutenção e monitoramento das mesmas. A maior parte dos 
condomínios, os responsáveis pela manutenção desconhecem a problemática deste 
agente infestante quando percebem o cupim já se propagou sem nenhuma evidência 
externa nos estágios iniciais de infestação. 
• A maior parte das edificações aqui no litoral tem churrasqueira com cobertura 
sendo que muito delas, encontra-se em precárias condições de uso, com trincas, 
rachaduras e infiltrações nas paredes de sustentação da grelha e da coifa, o mesmo 
acontecendo com as áreas e pisos do seu entorno. É comum deixarem estoque de 
lenhas, papeis com isso favorecendo um ambiente favorável á infestações de cupins. 
• Outro fator de agravo para o problema termitico urbano esta na arborização. Sendo 
que a árvore é um componente fundamental da paisagem urbana, cujo valor extrapola em 
muito o da simples ornamentação. Os cupins e outros organismos xilófagos são 
onipresentes nas árvores adultas da região. O problema de cupim observado nas árvores 
tanto das edificações com de entorno, é pelo fato deles apresentarem grande capacidade 
de dispersão podendo comprometer a sanidade biológica de outras árvores e também das 
edificações. Foram analisadas as árvores das edificações e de entorno por meio de 
análise externa com o cuidado de verificar a presença de vestígios e túneis de cupim nas 
 
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cascas e entre cascas, no solo junto à base das árvores e das condições gerais do local 
em que as árvores encontram-se plantadas. 
 
• Estes resultados demonstram a variabilidade de idade dos bairros, apesar de ser 
uma cidade Histórica muitas das edificações são demolidas e substituídas por novas. 
Comparando estes resultados encontrou-se que as diferenças são significativas. De 
qualquer maneira, construções novas em áreas infestadas devem, necessariamente, 
abordar a questão dos cupins subterrâneos como uma realidade no planejamento da 
obra, pois independentemente das variáveis do estudo, esses locais apresentam 
requisitos favoráveis ao sucesso dos cupins, podendo causar prejuízos significativos 
mesmo após poucos anos de concluída uma obra. 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A finalidade de tal estudo foi fornecer subsídios para o Manejo integrado desta 
importante praga em edificações, com vistas a minimizar o impacto da sua ação. 
Combater tecnicamente os cupins que ameaçam sua integridade. A eliminação de cupins 
implica serviços especializados de controle e monitoramento, cuja responsabilidade 
técnica não pode ser atribuída aos proprietários, os quais nem sempre poderão assumir 
seus ônus. Essa situação pode ser agravada devido à capacidade que os insetos 
xilófagos têm de se espalharem rapidamente a partir de focos isolados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Caraguatatuba
SP
Natividade da Serra 
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São Luiz do Paraitinga
SP
Cunha
SP
Paraty
RJ
Oceano Atlântico
Ubatuba
Projeção: Universal Transversa de Mercator (UTM)
Zona: 23S (23K)
Datum Horizontal: South America Datum 1969 (SAD69)
Intervalo da Grade: 5.000 metros
Origem da Grade: Equador e Meridiano 45º W.GR.
Elaborado por Josef Karyj Martins
Contato: j.karyj@gmail.com
0 5 102,5
Km
Ubatuba
Estado de São Paulo
Brasil
São Paulo
Legenda
Viário
Hidrografia
Ubatuba
Regiões
Norte
Centro
Sul
MAPA 01
Localização das Regiões no Município de Ubatuba

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