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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
 
JUSSARA LUCIANE FERRAZZO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE PRODUTOS QUÍMICOS COM O PRINCÍPIO 
ATIVO LAMBDACIALOTRINA EM DIFERENTES FORMULAÇÕES SOBRE 
OPERÁRIAS DE Monomorium floricola (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências de Rio Claro – UNESP, 
como requisito para obtenção do 
título de Especialista, no Curso de 
Entomologia Urbana: Teoria e Prática. 
 
 
 
 
 
 
 
RIO CLARO – SP 
2008 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
 
JUSSARA LUCIANE FERRAZZO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DE PRODUTOS QUÍMICOS COM O PRINCÍPIO 
ATIVO LAMBDACIALOTRINA EM DIFERENTES FORMULAÇÕES SOBRE 
OPERÁRIAS DE Monomorium floricola (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto 
de Biociências de Rio Claro – UNESP, 
como requisito para obtenção do 
título de Especialista, no Curso de 
Entomologia Urbana: Teoria e Prática. 
 
 
 
ORIENTADORA: DRA. ANA EUGÊNIA DE CARVALHO CAMPOS-FARINHA 
 
 
 
RIO CLARO – SP 
2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico aos meus pais, meus professores 
e amigos que muito me ajudaram nessa 
caminhada... 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
• A Dra. Ana Eugênia de C. Campos-Farinha, pela orientação e paciência; 
• Aos Professores Odair e Malaspina pela inestimável transferência de 
conhecimento no decorrer do curso 
• Ao grande amigo Rodrigo, pela ajuda inestimável em todo o processo desse 
trabalho, se não fosse sua ajuda com certeza esse trabalho não teria sido 
realizado, sua participação em tudo foi fundamental; 
• A Ecolyzer por fornecer o espaço e todos os materiais necessários para a 
realização da parte prática desse experimento; 
• A Syngenta por permitir os testes com seus produtos; 
• Ao Jéferson Eduardo – Núcleo Saúde Ambiental por me fornecer o produto 
Icon 10 PM 
• A Valdirene Maezuka e a Syngenta do Brasil por me fornecer o produto Icon 
10 CE; 
• Ao Roberto Sacramento – Sanerg Saneamento por me fornecer o produto 
Demand 2,5 CS e por permitir minha saída às Sextas-feiras para participar do 
curso; 
• Ao Paulo Santana, grande amigo presente em todos os momentos da minha 
vida, pela ajuda inestimável na etapa final desse trabalho; 
• A Maria Fernanda Zarzuela pela colaboração na conclusão do trabalho; 
• A todos os meus amigos do curso de Entomologia pelo companheirismo, 
dicas, sugestões e materiais fornecidos ao longo do curso; 
• Aos meus pais pela a ajuda e apoio em mais essa fase da minha vida; 
• Aos meus amigos pela paciência e compreensão diante da minha ausência 
durante todo esse processo; 
• Enfim, agradeço a Deus por permitir que mais uma etapa de minha vida seja 
concluída. 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1 Resumo .................................................................................................... 1 
2 Abstract ................................................................................................. 2 
2 Introdução ................................................................................................. 3 
3 Revisão da Literatura .............................................................................. 6 
3.1 As formigas .............................................................................................. 6 
3.2 Praguicidas .............................................................................................. 8 
4 Materiais e Métodos ................................................................................. 11 
4.1 Produtos Testados ................................................................................. 12 
5 Resultados e Discussão ......................................................................... 16 
5.1 Teste de Repelência .............................................................................. 16 
5.2 Teste de Mortalidade .............................................................................. 20 
6 Conclusão ................................................................................................ 23 
7 Bibliografia ................................................................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. RESUMO 
 
Algumas espécies de formigas encontram-se associadas ao homem 
causando incomodo e atuando como vetores de fungos e bactérias. Podem 
contaminar alimentos em residências e restaurantes, infestar equipamentos 
eletrônicos além de disseminar doenças e hospitais. 
Com a intensificação da urbanização, as condições para a sobrevivência de 
algumas espécies melhoram a cada dia, o que pode acarretar prejuízos 
consideráveis aos seres humanos. Daí a importância de estudos visando o seu 
controle. 
Monomorium floricola é uma espécie de formiga urbana com provável origem 
da Ásia, muito comum nas cidades brasileiras, principalmente em residências, 
indústrias alimentícias, comércios e hospitais no Estado de São Paulo. 
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de produtos químicos 
com o princípio ativo Labdacialotrina (Piretróide) apresentado em três diferentes 
formulações, na mortalidade de operárias de Monomorium floricola e verificar se 
esses produtos são repelentes para essas formigas. Os produtos testados foram o 
Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10 PM (Syngenta). 
Foram utilizadas 16 colônias de Monomorium floricola, sendo 4 para cada um 
dos produtos e 4 para o controle. Essas colônias foram dispostas em bandejas 
plásticas contendo dois azulejos, um em cada extremidade, sendo um deles 
pincelado somente com água e o outro com o produto inseticida. Para o grupo 
controle, um dos azulejos foi pincelado somente com água e o outro não recebeu 
qualquer tratamento. Em cada azulejo foram dispostos os alimentos e a água. As 
análises foram feitas semanalmente por um período de 92 dias. Para análise de 
repelência efetuou-se a contagem do número de formigas dentro dos azulejos no 
momento da leitura. Para análise de mortalidade foi realizada a contagem das 
formigas mortas dentro dos azulejos no momento da leitura durante o período 
proposto. Os três produtos testados não demonstraram ser repelentes e 
apresentaram eficiência na mortalidade de operárias de Monomorium floricola 
durante todo o experimento. 
 
 
2. ABSTRACT 
 
Some species of ants are found associated with the man causing trouble and 
acting as vectors of bacteria and fungi. They can contaminate food in homes and 
restaurants, electronics equipments in addition to haunt spread diseases and 
hospitals. 
With the intensification of urbanization, the conditions for the survival of some 
species to improve each day, it can cause considerable damage to humans. Studies 
aimed at it control is very important. 
Monomorium floricola is a kind of urban ant with probable origin in Asia, very 
common in Brazilian cities, mainly in homes, food industries, shops and hospitals in 
the state of Sao Paulo. 
This study aimed to evaluate the efficiency of chemicals products with the 
active Labdacialotrina (pyrethroid) presented in three different formulations, the 
mortality of workers of Monomorium floricola and verify that these products are 
repellent for these ants. The products tested were the Demand CS 2.5, 5 EC and 
Icon Icon 10 PM (Syngenta). 
Were used 16 colonies of Monomorium floricola, 4 colonies for each product 
and 4 colonies for the control. These colonies were arranged in plastic trays 
containing two tiles, one at each end, one of which was painted with only water and 
another with the insecticide product. For the control group, one of the tiles was 
painted only with water and the other received no treatment. In each tilewere 
prepared the food and water. The tests were performed weekly for a period of 92 
days. For analysis of repellency was made a count of the number of ants within the 
tiles at the time of reading. For analysis of mortality was held countdown of the dead 
ants within the tiles at the time of reading during the proposed period. The three 
products tested showed no repellents be presented and efficiency in the mortality of 
workers of Monomorium floricola throughout the experiment. 
 
 
 
 
3. INTRODUÇÃO 
 
As formigas pertencem à ordem Hymenoptera o mesmo grupo das vespas e 
abelhas, e a família Formicidae com espécies benéficas para o homem, exercendo 
ação de controle de populações de outros insetos, incorporação de nutrientes no 
solo, aeração do solo, entre outras (CAMPOS-FARINHA & BUENO, 2004). 
São insetos sociais e ocorrem praticamente em todos os ambientes, exceto 
nos pólos. Estima-se que existam entre 15.000 e 18.000 espécies de formigas no 
mundo todo. No Brasil, ocorrem cerca de 2.000 espécies descritas (BUENO & 
CAMPOS-FARINHA, 1999). 
Algumas dessas espécies encontram-se associadas ao homem e convivem 
em suas residências (BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999). Cerca de 50 espécies 
apresentam associações com alimentos e estruturas humanas (ROBINSON, 1996) e 
na medida em que a urbanização se intensifica, as condições para a sua 
sobrevivência aumentam de tal sorte, que podem acarretar danos em residências e 
em vários objetos de uso doméstico (SILVA & LOECK, 1999). 
O desequilíbrio ecológico que é causado pelo próprio homem é uma das 
grandes causas da aparição de insetos em seu meio. Acúmulo de alimentos e lixo, 
extermínio de predadores naturais, ausência de higiene, falta de educação básica 
relacionada à saúde e higiene faz com que a população favoreça o descontrole e a 
proliferação de insetos (LUZ, 1991). 
Existem casos onde, tanto as formigas exóticas quanto as nativas se 
tornaram pragas quando, de alguma maneira escaparam de seus inimigos naturais e 
começaram a interagir com o homem (MOONEY & DRAKE, 1986; PORTER & 
SAVIGNANO, 1990; HUMAN & GORDON, 1996). 
Já foram relatados casos de danos em roupas, tecidos, objetos de borracha, 
cabos telefônicos e fios elétricos (CAMPOS-FARINHA ET AL., 1997), além de 
atuarem como vetores de microrganismos patogênicos em cozinhas industriais e 
hospitais (CAMPOS-FARINHA, 2004; ZARZUELA et al. 2005; Zarzuela et al. 2007). 
Não é raro notar a presença de formigas atacando recém-nascidos em seus 
berços e pacientes de hospitais. As formigas circulam livremente pelas instalações 
 
de hospitais entrando em contato com material infectado (ferimentos, ataduras 
usadas, lixo, etc) e posteriormente infectando pacientes, alimentos, medicamentos, 
aparelhos e utensílios, salas de UTI, entre outros (CAMPOS-FARINHA ET AL., 
1997). 
As formigas urbanas possuem características que as tornam aptas a dominar 
o ambiente antrópico, que fornece locais para a construção de ninhos e é 
responsável pela sua dispersão para longas distâncias (CAMPOS-FARINHA, 2004). 
As formigas urbanas têm capacidade de formar colônias em diferentes locais 
com dimensões variáveis, desde ninho no solo até a ocupação de falhas nas 
estruturas e dentro de equipamentos eletrônicos. (KATO et al., 2002) 
Vale ressaltar que uma das características das formigas urbanas é a 
tendência a migrar, ou seja, mudar a colônia de lugar quando perturbada ou em alta 
densidade populacional. (PASSERA, 1994; BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999a) 
O controle de formigas em estabelecimentos urbanos se torna complexo, pois 
existe grande dificuldade para se localizar os ninhos. Além da ocorrência de várias 
colônias num mesmo local, ocorrem reinfestações constantes e adaptações das 
espécies nesses habitats (BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999A). 
O controle de formigas depende da espécie envolvida, da natureza da 
infestação e da localização do ninho. (CAMPOS-FARINHA, 2004). Segundo BUENO 
(2003) o primeiro passo para o controle de formigas urbanas é a realização de uma 
minuciosa inspeção e registros do número de espécies presentes e, quando 
possível, localizar todos os ninhos. 
Uma pesquisa realizada no mercado de controladores de pragas apontou as 
formigas como a praga mais difícil de ser controlada e a primeira nas ocorrências de 
reclamações. (CORRÊA, 2000) 
Vários esforços têm sido empregados contra as formigas consideradas 
pragas, mas os resultados, na maioria das vezes, têm sido apenas temporários. Em 
muitos casos o uso indiscriminado de inseticidas tem contribuído para o aumento e 
dispersão das populações de formigas, já que substâncias repelentes podem 
provocar a fragmentação da colônia (BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999), 
aumentando o nível de infestação. (BUENO, 2003). Sendo assim, o estudo de novas 
 
formulações de inseticidas, visando o controle de formigas se torna interessante. 
(ZARZUELA, 2005). 
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficácia de três inseticidas com o 
mesmo principio ativo (Lambdacialotrina), porém apresentado em três diferentes 
formulações, no controle de operárias de Monomorium floricola. Também foram 
avaliados a repelência e a mortalidade das operárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REVISÃO DA LITERATURA 
 
4.1 AS FORMIGAS 
 
A família Formicidae agrupa 16 subfamílias, com cerca de 296 gêneros nos 
quais de 9.000 a 10.000 já foram descritas. Acredita-se que o número de espécies 
pode ultrapassar 20.000, distribuídas em 350 gêneros (CAETANO et al., 2002). 
As formigas se caracterizam por apresentarem o corpo divido em cabeça, 
mesossoma (alitronco), cintura (pecíolo) e gáster. Não apresentam asas, exceto na 
forma reprodutora (BUENO & BUENO, 2007). 
As formigas de maneira geral apresentam-se em sociedades que podem ser 
consideradas uma das mais complexas do reino animal. Algumas espécies formam 
colônias que podem chegar até 300 milhões de indivíduos num único ninho, onde 
cada um dos indivíduos desempenha tarefas específicas em prol da colônia 
(CAETANO et al., 2002). 
As colônias apresentam tanto indivíduos adultos como pupas, larvas e ovos. 
Os adultos podem ser classificados em alados, que representam as formas sexuais, 
ou seja, as fêmeas, conhecidas como rainhas e os machos que aparecem somente 
uma vez por ano e morrem logo após a cópula; e a forma áptera que são as 
operárias (fêmeas estéreis). A determinação do sexo é haplodiplóide, os machos 
originam de ovos não fecundados e as fêmeas originam de ovos fecundados 
(BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999). 
A população adulta fixa de uma colônia é formada apenas por fêmeas: rainha 
e operárias. As rainhas são as responsáveis pela postura de ovos, são maiores que 
as operárias. As operárias são estéreis e constituem a maior parte dos indivíduos da 
colônia, elas constroem e reparam o ninho, coletam alimento e água, alimentam e 
limpam a rainha e cuidam da cria (BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999). 
Monomorium floricola, a espécie escolhida para a realização desse trabalho, 
tem provável origem da Ásia (BUENO & CAMPOS-FARINHA, 1999) e pertence à 
subfamília Myrmicinae. (CAMPOS-FARINHA & ZORZENON, 2006) 
 
De acordo com, CAMPOS-FARINHA & ZORZENON (2006) são monomórficas 
de coloração marrom-escura e com tegumento liso e brilhante, suas antenas 
possuem 12 segmentos, corpo sem espinhos e 2 segmentos na cintura. Seus ninhos 
são poligínicos, apresentando várias rainhas (CAMPOS-FARINHA ET AL., 1997) e 
polidômicos, ou seja, um único ninho subdividido em diversos locais, com trânsito de 
operárias e rainhas entre um e outro. No ambiente urbano seus ninhos geralmente 
são localizados em equipamentos eletrônicos, conduítes de eletricidade, azulejos, 
batentes de portas e janelas. 
Ocorre em ambientes residenciais, fábricas alimentícias e hospitais 
(ZARZUELA, 2005) podendo causar sérios problemas nestes estabelecimentos já 
que podem atuar como vetores de microrganismospatogênicos (SOLIS et al., 2005), 
contaminar alimentos em casas e restaurantes (Vasconcelos, 2007), além do 
incomodo de sua presença (CAMPOS-FARINHA & ZORZENON, 2006). 
Da mesma maneira que todas as outras espécies denominadas pragas 
urbanas (domésticas) (HÖLLDOBLER & WILSON, 1990; PASSERA, 1994), 
Monomorium floricola apresentam características que facilitam o aumento e a 
dispersão das populações. Segundo PASSERA (1994) e BUENO & CAMPOS-
FARINHA (1999) as espécies urbanas apresentam as seguintes características: 
a) Associação com o homem: tem preferência por áreas modificadas ou 
perturbadas pela atividade humana, com facilidade em encontrar locais para 
construir seus ninhos. 
b) Migração: tendência a mudar o ninho constantemente de lugar, isso se dá 
devido à forte atração por ambientes instáveis e perturbados ligado à atividade 
humana. Essa situação gera ninhos pouco estruturados e com pequena defesa. 
As colônias são extremamente móveis e reagem imediatamente a perturbações 
físicas, a mudanças nas condições climáticas, como o aumento ou diminuição 
na umidade e a modificações alimentares, ou seja, ausência ou descoberta de 
um novo recurso alimentar. 
c) Populações unicoloniais: ausência de agressividade entre indivíduos de ninhos 
da mesma espécie. 
d) Agressividade interespecífica: apresentam alta agressividade interespecífica, 
onde espécies exóticas deslocam espécies nativas. No entanto, entre elas 
 
formigas urbanas podem conviver, sendo uma dominante e a outra 
subdominante, podendo haver competição. 
e) Poliginia: são verdadeiramente poligínicas, não ocorre agressão entre as 
rainhas e nem a tentativa de dominância de uma delas. O número de rainhas 
residente é alto, sendo difícil quantifica-las devido a ausência de limites claros 
entre as colônias e, muitas vezes, devido à uma variação sazonal na produção 
de novas rainhas. 
f) Reprodução: a reprodução é uma característica muito importante, pois é 
responsável pela dispersão de espécies. Não ocorre o vôo nupcial e o 
acasalamento ocorre na entrada ou no interior do ninho. A reprodução ocorre 
com a fragmentação da colônia (sociotomia), com ou sem rainhas, 
estabelecendo assim novos ninhos alguns metros adiante. 
g) Tamanho e forma: operárias muito pequenas e monomórficas. Rainhas 
grandes, porém não excede 6 mm de comprimento. 
h) Longevidade da rainha: curta. Varia entre 20 semanas e 1 anos, porém esse 
curto período de vida e compensado pela grande capacidade de produzir novas 
rainhas. 
i) Operárias estéreis: as operárias não desenvolvem ovários. 
 
4.2 Praguicidas 
 
Praguicida é o termo empregado para o produto capaz de eliminar pragas. 
Esses podem ser classificados em inseticidas, acaricidas, herbicidas, fungicidas, 
moluscicidas, raticidas, pentaclorofenol e outros. O termo inseticida é utilizado para 
indicar todos os compostos que apresentam capacidade de destruir insetos (LARINI, 
1999). 
Atualmente, no mundo todo ocorre o desenvolvimento de inseticidas para o 
controle de pragas das áreas urbanas, animal e agrícola visando formulações menos 
tóxicas, equipamentos de aplicação e proteção eficientes e embalagens seguras, 
descartáveis e biodegradáveis. Além do desenvolvimento de ingredientes ativos que 
 
estão voltados para produtos cada vez mais específicos aos insetos (FERREIRA, 
1999). 
Existem diferentes tipos de formulações na produção de inseticidas, 
dependendo das propriedades de seus ingredientes ativos e de seus organismos 
alvos (PERRINI, 2000). 
Os piretróides são considerados inseticidas de segunda geração (organo 
sintéticos) desenvolvidos e lançados no mercado na década de 70. São substâncias 
com estrutura química semelhante às piretrinas (ANTUNES & LOPES, 2002) que 
são naturais nas flores de Chrysanthemum cinerariefolicum. (LARINI, 1999). 
Os compostos piretróides são utilizados na agricultura, em cultivo de algodão, 
arroz, café, soja, milho, trigo, tomate e fumo, e na medicina veterinária na eliminação 
de ectoparasitas de animais. São empregados em campanhas de saúde pública na 
erradicação de mosquitos, no armazenamento de grãos e em uso doméstico para a 
eliminação de insetos em geral (LARINI, 1999). 
Segundo ANTUNES & LOPES (2002) os piretróides agem no sistema nervoso 
com interferência na bomba de sódio e são extremamente tóxicos aos insetos e 
peixes, apresentando baixa toxicidade aos mamíferos. De acordo com LARINI 
(1999) são degradados no meio ambiente através de reações de hidrólise e 
oxidação. 
A lambdacialotrina é um piretróide sintetizado a partir da cialotrina em que 
foram isolados os isômeros mais ativos dessa molécula. É um inseticida de atividade 
adulticida, ovicida e larvicida de ação estomacal e de contato, que abrange um largo 
espectro de pragas (FERREIRA, 1999). 
A lambdacialotrina pode ser apresentada em diferentes formulações, 
conforme descrito abaixo: 
 
Pó molhável (PM): composto pela mistura do ingrediente ativo e pós finos. Nessa 
formulação a liberação do ingrediente ativo ocorre somente na presença de 
umidade, contém agentes umectantes e dispersantes, proporcionando sua diluição 
em água e constituindo uma suspensão. Essa formulação apresenta alta 
 
concentração do ingrediente ativo. Produto: Icon 10 pó molhável (PM) (ANTUNES & 
LOPES, 2002). 
 
Concentrado Emulsionável (CE): possui o ingrediente ativo associado em um ou 
mais compostos orgânicos insolúveis em água. Esse tipo de formulação pode ser 
diluído em água ou solvente orgânico. A aplicação pode ser feita através de 
pulverização, nebulização, infiltração ou pincelamento. Apresenta alta concentração 
do ingrediente ativo. Produto: Icon 5 concentrado emulsionavel (CE) (ANTUNES & 
LOPES, 2002). 
 
Microencapsulados CS: possui o ingrediente ativo encapsulado microscopicamente 
dentro de um polímero que se degrada vagarosamente após a aplicação, liberando o 
principio ativo. Produto: Demand 2,5 CS (ANTUNES & LOPES, 2002). 
 
Solução Ultrabaixo Volume (UVB ou ULV): Não é utilizado no uso doméstico, 
destina-se a aplicações agrícolas aéreas no controle profissional ou campanhas de 
saúde no controle de vetores de doenças. Nessas aplicações, normalmente o 
produto é empregado puro ou quase puro e exige o uso de equipamentos 
adequados a fim de espalhar uma pequena quantidade de produto dividido em 
gotículas numa grande superfície (FERREIRA, 1999). 
 
Pastilhas Inseticidas: formulações especiais em que o inseticida em forma de 
pastilha se dissolve na água, formando uma suspensão. Essas pastilhas se 
dissolvem rapidamente, sendo necessário apenas uma agitação no pulverizador 
(FERREIRA, 1999). 
 
 
 
 
 
 
5. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
As colônias utilizadas no experimento foram fornecidas pela empresa 
Ecolyser, em blocos constituídos por dois azulejos 15x15 (base e cobertura) e 
laterais de madeira de pinus, com pequena abertura lateral para o fluxo das 
formigas. 
As colônias constituíam-se de operárias adultas, rainhas, ovos, larvas e pupas 
e foram mantidas em uma sala climatizada com temperatura controlada diariamente 
entre 25º e 28ºC, foram alimentadas três vezes por semana com Blattella germânica 
(Dictyoptera: Blattellidae), mel diluído em água na proporção de 1:1 e água. 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Representação da montagem e disposição dos experimentos na bandeja – a: bandeja; b: 
colônia; c: azulejos; d: alimentos e água. 
Anteriormente à instalação, as colônias foram deixadas em inanição por um 
período de 48 horas, sendo oferecida somente água. 
As colônias foram dispostas, individualmente, centralizadas na lateral 
esquerda de bandejas plásticas medindo 41,5 x 29,5 x 7,5 cm. Na lateral direita, ou 
seja, em frente à unidade de criação, dois azulejos foram posicionados. Na parte 
superior havia um azulejo previamente pulverizados com água e na parte inferior um 
previamente pulverizado com produto inseticida, conforme representado na figura 1. 
Para evitara fuga das formigas, as bandejas foram revestidas lateralmente por uma 
camada de Teflon-30 (Dupont). 
Foram utilizadas 4 repetições para cada produto testado, sendo uma colônia 
em cada repetição, além do mesmo número para o teste controle. Vale ressaltar que 
durante o experimento não se procedeu reaplicação do produto. 
a 
 
inseticida 
 
c 
d 
água 
colônia 
b 
 
Nas bandejas do tratamento controle, os azulejos foram dispostos da mesma 
forma, sendo o da parte inferior não pulverizado com qualquer substância ou 
produto. 
O experimento foi instalado no dia 16 de fevereiro de 2008 às 11 horas e as 
avaliações iniciaram-se duas horas após a mesma. As demais avaliações ocorreram 
semanalmente no mesmo horário (13:00 horas) por um período de noventa e dois 
dias. Três vezes por semana (em dias alternados) o alimento das colônias era 
reposto. 
 As formigas tiveram acesso livre a qualquer um dos azulejos e puderam 
escolher entre eles para alcançar o alimento. 
As avaliações para o efeito de repelência foram realizadas através da 
contagem do número de formigas presentes nos azulejos tratados, estando estas 
vivas ou mortas, sendo também obtida a média em cada avaliação, as quais foram 
acumuladas. Posteriormente estes resultados foram comparados com os obtidos no 
tratamento controle para o azulejo pulverizado com água. 
Para o teste de mortalidade foram totalizadas as formigas mortas em cada 
repetição. Os resultados foram acumulados conforme as avaliações e 
posteriormente foi retirada a média para todas as repetições. Vale ressaltar que as 
formigas mortas eram retiradas com pincel conforme a contagem. 
 
5.1 Produtos Testados 
 
Os azulejos foram pulverizados com Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10 
PM, na concentração recomendada pelo fabricante para o controle de formigas. 
Todos os produtos são registrados no Ministério da Saúde para venda restrita às 
unidades especializadas . As concentrações utilizadas foram as seguintes: 
 
- Demand 2,5 CS : 5 ml diluídos em 500 ml de água; 
- Icon 5 CE: 2,5 ml diluídos em 500 ml de água; 
- Icon 10 PM: 2,5 ml diluídos em 1000 ml de água. 
 
 Durante o período do experimento, os produtos foram armazenados em local 
seco, com ventilação e submetidos à temperatura ambiente. Foram adotadas boas 
práticas de higiene e cuidados pessoais. Para manipulação e preparação da calda e 
sua aplicação foram utilizados todos os equipamentos de proteção individual 
necessários. 
Os três inseticidas que foram utilizados são de uso domissanitários e 
fabricados pela empresa Syngenta do Brasil. Pertencem ao grupo químico dos 
Piretróides tendo como princípio ativo a lambdacialotrina, entretanto, em três 
diferentes formulações, conforme especificado abaixo: 
 
DEMAND 2,5 CS 
Nome técnico: Lambda-cyhalothrin (Lambdacialotrina) 
Nome comercial: Demand 2,5 CS 
Grupo químico: Piretróide 
Nome Químico: Alfa-ciano-3-fenoxibenzil-3-(-2-cloro-3,3.3-trifluroprop-1 enil)-2,2- 
dimetil-ciclopropano carboxilato-1:1{(Z)-(-1R,3R),S-este e (Z)-(1S,3S)R-e 
Proporção: Lambdacialotrina 2,5%p/p / Ingredientes inertes 97,5% p/p 
Solubilidade: Solúvel em água formando uma suspensão 
Estado físico do produto puro: Fotoestável, não apresenta odor, não mancha e 
não é corrosivo 
Modo de ação: por contato e por ingestão 
Compatibilidade: compatível com a maioria dos inseticidas 
Registro no Ministério da Saúde: 3.0119.6626 
AUP: 2444/2003 
Toxicologia: DL50 oral aguda (ratos)...............> 5.000 mg/kg 
 DL50 dermal aguda (ratos)..........> 4.000 mg/kg 
 
 
 
ICON 5 CE 
Nome técnico: Lambda-cyhalothrin (Lambdacialotrina) 
Nome comercial: Icon 
Grupo químico: Piretróide 
Nome Químico: Alfa-ciano-3-fenoxibenzil-3-(-2-cloro-3,3.3-trifluroprop-1 enil)-2,2- 
dimetil-ciclopropano carboxilato) 
Proporção: Lambdacialotrina 5%p/p / Ingredientes inertes 95% p/p 
Solubilidade: Solúvel em água e óleo mineral 
Estado físico do produto puro: líquido límpido de coloração amarelada 
Modo de ação: por contato e por ingestão 
Compatibilidade: compatível com a maioria dos inseticidas 
Registro no Ministério da Saúde: 3.0119.0014 
AUP: 2448/2003 
Toxicologia: DL50 oral aguda (ratos)...............> 2.000 mg/kg 
 DL50 dermal aguda (ratos)..........> 4.000 mg/kg 
 
ICON 10 PM 
Nome técnico: Lambda-cyhalothrin (Lambdacialotrina) 
Nome comercial: Icon 
Grupo químico: Piretróide 
Nome Químico: [Alfa-ciano-3-fenoxibenzil-3-(-2-cloro-3,3.3-trifluroprop-1 enil)-2,2- 
dimetil-ciclopropano carboxilato) 
Proporção: Lambdacialotrina 10%p/p / Ingredientes inertes 90% p/p 
Solubilidade: Solúvel em água 
Estado físico do produto puro: Sólido fluído de coloração creme 
Modo de ação: por contato e por ingestão 
Compatibilidade: compatível com a maioria dos inseticidas 
 
Registro no Ministério da Saúde: 3.0119.6632 
AUP: 32449/2003 
Toxicologia: DL50 oral aguda (ratos)...............> 2.000 mg/kg 
 DL50 dermal aguda (ratos)..........> 2.000 mg/kg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
6.1 Teste – Repelência 
No início dos testes para a análise de repelência, observou-se que as 
formigas das bandejas do grupo controle começaram a forragear de maneira 
uniforme logo após a montagem dos testes nos dois azulejos, tanto os não tratados 
como os que estavam tratados apenas com a água. 
Foi notado que durante todo o experimento, para as bandejas do grupo 
controle, que as formigas distribuíam-se livremente nos dois azulejos, porém 
apresentando maior tendência a freqüentar o azulejo tratado com água. Essa 
situação se manteve constante durante todo o experimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Freqüência de formigas presentes nos azulejos tratados apenas com água e não tratados 
durante 14 semanas. 
 
 
 
 
 
Repelência no controle
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
Água Sem tratam ento
 
Repelência no Demand 2,5 CS
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
sem anas
Dem and 2,5 CS Controle
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Freqüência de formigas presentes nos azulejos tratados com Demand 2,5 Cs e nos tratados 
com água durante 14 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Freqüência de formigas presentes nos azulejos tratados com Icon 5 CE e nos tratados com 
água durante 14 semanas. 
Repelência no ICON 5 CE
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
ICON 5 CE Controle
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Freqüência de formigas presentes nos azulejos tratados com Icon 10 PM e nos tratados 
com água durante 14 semanas. 
 
A analise de repelência durante o teste com os produtos revelou que em 
menos de cinco minutos após a montagem dos testes, as formigas presentes nas 
bandejas tratadas com os produtos Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10 PM 
deixaram suas colônias e começaram a forragear nos dois azulejos de maneira 
uniforme, mostrando assim não haver repelência dos produtos. Porém poucos 
minutos após a entrada das mesmas nos azulejos tratados, as formigas morriam 
rapidamente, muitas delas, antes mesmo de alcançar o alimento. Essa observação 
corrobora com as levantadas por Zarzuela (2005) quando utilizando o produto 
Demand 2,5 CS em testes. 
A frequência das formigas nos azulejos tratados, indicou que os produtos não 
possuem efeito de repelência, uma vez que a presença de formigas nos azulejos 
tratados não era de forma alguma evitada pelas mesmas. Essa afirmação pode ser 
confirmada quando observada a figura 6, que mostra de forma comparativa os 
resultados gerais do teste de repelência. 
 
 
 
Repelência no ICON 10 PM
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
sem anas
ICON 10 PM Controle
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Freqüência de formigas presentes nos azulejos tratados Demand 2,5 CS,Icon 5 CE, Icon 10 
PM comparados com o tratamento controle por um período de 14 semanas. 
 
Em Zarzuela (2005), foi verificado que a presença de formigas mortas nos 
azulejos evitava a entrada de novas operárias e que essas só voltavam a freqüentar 
o azulejo quando as formigas mortas fossem retiradas. Tais observações se 
repetiram neste trabalho. 
A análise dos testes foi feita semanalmente. No momento da leitura, 
normalmente não havia nenhuma formiga viva nos azulejos tratados, sugerindo que 
a presença de formigas mortas pode inibir a entrada de novas operárias. Após a 
retirada das formigas, as outras voltavam a forragear os azulejos, morrendo 
posteriormente. Algumas vezes a entrada de operárias nos azulejos tratados se 
dava enquanto as formigas mortas ainda estavam sendo retiradas. Essa situação se 
manteve constante. Isso sugere que, se os produtos apresentassem repelência, as 
formigas não teriam nenhum contato com os azulejos e sim os rejeitariam. Esse fato 
ocorreu para os três produtos testados. 
Observou-se que, na 11ª semana ocorreu uma suposta fragmentação da 4ª 
colônia (repetição 4) tratada com o inseticida Icon 10 PM para baixo do azulejo não 
tratado. Essa situação se manteve até o término dos testes. 
 
Repelência
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
Dem and 2,5 CS ICON 5 CE ICON 10 PM controle
 
6.2 Teste – Mortalidade 
 
Na análise de mortalidade foi notado que os valores encontrados para o grupo 
controle foram inferiores, durante todo o experimento e que os valores encontrados 
para os tratamentos com os produtos Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10 PM, 
conforme observado nas figuras 7, 8, 9 e 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Mortalidade acumulada de formigas para o tratamento controle durante 14 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Mortalidade acumulada de formigas para o tratamento com Demand 2,5 CS e controle 
durante 14 semanas. 
 
 
Mortalidade - Dem and 2,5 CS
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
Demand 2,5 CS Controle
Mortalidade
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
água sem tratamento
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Mortalidade acumulada de formigas para o tratamento com Icon 5 CE e controle durante 14 
semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Mortalidade acumulada de formigas para o tratamento com Icon 10 PM e controle durante 
14 semanas. 
 
 
Quando comparados graficamente, os resultados revelam o mesmo padrão 
de mortalidade. 
 
 
Mortalidade ICON 5 CE
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
sem anas
ICON 5 CE Controle
Mortalidade ICON 10 PM
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
sem anas
ICON 10 PM Controle
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Mortalidade acumulada de formigas submetidas aos inseticidas Demand 2,5 CS, Icon 5 
CE, Icon 10 PM e controle durante 14 semanas. 
 
Foi observado que as formigas que entravam em contato com os azulejos 
tratados com Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10 PM morriam muito rapidamente, 
não conseguindo sair do azulejo. Essa situação se manteve constante durante todo 
o experimento. 
Isto revela que no decorrer do experimento, os produtos não perderam a sua 
eficácia, todas as formigas que entraram nos azulejos tratados com os inseticidas 
morreram antes de sair do mesmo. Zarzuela (2005), no teste de residual de 3 meses 
realizado com o produto Demand 2,5 CS, esse fato ocorreu da mesma maneira. 
 
Mortalidade 
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
semanas
Dem and 2,5 CS ICON 5 CE ICON 10 PM Controle
 
7. CONCLUSÃO 
 
• Os produtos Demand 2,5 CS, Icon 5 CE e Icon 10PM não mostraram ser 
repelentes para Monomorium floricola; 
• As operárias morrem rapidamente ao entrar em contato com o inseticida; 
• Os três produtos mantiveram-se ativos por todo o período do teste, 92 dias 
não reduzindo a eficiência.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Bibliografia 
 
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ROSSI, M.M; SALMERON, E;. Manejo de pragas urbanas. Piracicaba: CP 2, 208p., 
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Acesso em: 01 de agosto de 2007. 
ZARZUELA, M.F.M. Controle Químico de Monomorium floricola (Hymenoptera: 
Formicidae) por meio de produtos microencapsulados. Dissertação de Mestrado 
apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, Rio 
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ZARZUELA, M.F.M.; CAMPOS-FARINHA, A. E. C.; PECANHA, M. P. Evaluation of 
Urban Ants (Hymenoptera: Formicidae) as Carriers of Pathogens in Residential and 
Industrial Environments: I. Bacteria. Sociobiology, v. 45, n. 01, p. 09-14, 2005. 
ZARZUELA, M.F.M.; CAMPOS-FARINHA, A.E.C.; RUSSOMANO, O.M.R.; KRUPPA, 
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Vectors of Microorganisms in Residencial and Industrial Environments: II. Fungi. 
Sociobiology, v. 50, p. 653-658, 2007.

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