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Manual_controle_pragas_urbanas_Dr_Willian

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Willian Marinho Dourado Coelho 
MÉTODOS 
ALTERNATIVOS 
PARA CONTROLE 
QUIMICO DE 
INVERTEBRADOS 
DE INTERESSE 
PARA SAÚDE 
PÚBLICA 
Manual técnico – 1 edição 
janeiro de 2015 
EDITORIAL 
 
 Prezados 
 Este manual foi elaborado com o objetivo 
de informar a população e os profissionais envolvidos com 
o controle de pragas urbanas sobre a ação de produtos 
químicos que são utilizados no dia a dia nas atividades 
domésticas e comerciais como uma alternativa eficaz na 
eliminação de moluscos, aracnídeos e insetos. 
 Estas substâncias são, em sua maioria, 
encontradas em lojas especializadas em vendas de 
produtos de limpeza, mercados e casas agropecuárias. Os 
animais aqui relacionados foram capturados na área 
urbana e rural do município de Andradina-SP e, a 
constatação da eficácia dos produtos, nas condições deste 
estudo, foi realizada com base no cálculo da DL50 em 
diluições seriadas, experimentando-se os animais em 
ambiente controlado e, na fase final, a campo. 
 O tema tratado neste manual é de 
relevância pois, nesta região e em outras áreas do país, a 
presença desses animais tem ocasionado vítimas 
humanas e animais corriqueiramente, inclusive, ceifando 
vidas. 
 Assim, após um árduo ano de pesquisas, 
fica o desejo de que essas informações sirvam para 
complementar os métodos de controle já existentes, 
beneficiando a comunidade com alguma melhoria na 
eliminação de pragas urbanas. 
 
 
Dados do autor: 
Willian Marinho Dourado Coelho 
Pós – Doutor pela Universidade Estadual Paulista – 
UNESP Campus de Araçatuba-SP. 
Doutor pela Universidade Estadual Paulista – UNESP 
Campus de Jaboticabal-SP. 
Mestre pela Universidade Estadual Paulista – UNESP 
Campus de Araçatuba-SP. 
Graduado pela Faculdade de Ciências Agrárias de 
Andradina-SP – FCAA Andradina-SP. 
Professor do ensino superior pela Faculdade de Ciências 
Agrárias de Andradina nos cursos de Medicina 
Veterinária, Agronomia e Biotecnologia. 
Membro do corpo clínico da clínica médico veterinária – 
CLINICÃO – Andradina-SP. 
 
PREFÁCIO 
 Grande quantidade de animais podem migrar para as 
áreas urbanas em busca de alimento e abrigo, terminando por coabitar com 
seres humanos e animais domésticos. 
 O ambiente criado nos conglomerados urbanos 
favorecem a manutenção e a proliferação de diferentes animais que são, 
em sua maioria peçonhentos ou vetores de doenças, como algumas 
importantes zoonoses. 
 Esses seres, considerados como pragas urbanas, se 
valem dos lixões, entulhos, terrenos baldios e sobras de alimentos para 
completarem seu ciclo biológico, encontrando ainda, diversificado e farto 
número de hospedeiros nas cidades e em suas cercanias. 
 Fica claro que esses animais são favorecidos pelo 
desmazelo humano, que degrada e polui o meio ambiente, transformando 
suas próprias residências, quintais e arredores, em verdadeiros depósitos de 
lixo. 
 Deve-se citar ainda que o meio rural, as áreas de matas e 
reservas florestais, cuja devastação ocorre escancaradamente dia após dia 
para exploração dos recursos naturais e a implantação de monoculturas 
favorece a urbanização do ciclo de grande número de animais 
sinantrópicos, que causam e disseminam uma série de doenças. 
 Assim, será oferecido neste manual algumas informações 
básicas sobre a biologia de alguns insetos, aracnídeos e molusco, de modo 
que o leitor compreenda o quão necessária é a adoção de medidas 
preventivas e de controle para que se possa combater e erradicar estas 
pragas de seu lar e de sua comunidade, beneficiando a todos. 
 
 
 
 
 
 
“ A ignorância de um povo é, das 
doenças, a mais perniciosa” 
Willian Marinho Dourado Coelho 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS 
 Os produtos químicos mencionados neste manual foram 
selecionados para compor este estudo porque: 
a) Podem ser encontrados facilmente; 
b) São utilizados corriqueiramente nas atividades diárias domésticas, 
empresariais e em ensino e pesquisa; 
c) São substâncias de baixo custo, possibilitando o acesso à maior parte da 
população; 
d) A apresentação comercial de alguns produtos é feita em recipientes com 
grandes volumes e que, após preparados, fornecem grandes 
quantidades de inseticidas e moluscicidas; 
e) Não requerem utilização de equipamentos especiais para seu preparo e 
aplicação, que não o uso de equipamento de proteção individual (EPI) 
mencionado pelo fabricante; 
f) Que não foram testados anteriormente ou cuja rotulagem não o indique 
para tal finalidade; 
 A constatação da eficácia foi estipulada com a aplicação 
dos produtos à campo sobre os invertebrados por meio do cálculo da DL50 
em diluições seriadas e, portanto, não seguem necessariamente as 
especificações do fabricante quanto ao seu modo de preparo. A diluição 
mencionada no texto refere-se a parte (volume) de produto por parte 
(volume) de água. Cabe ressaltar que durante a aplicação desses produtos 
foi possível observar a morte de diversos animais incluindo insetos, aranhas, 
moluscos, pequenos répteis, anfíbios e até mesmo de plantas. Esses 
compostos devem ser mantidos armazenados em locais seguros, conforme 
informações na rotulagem, devendo ficar sempre longe do alcance de 
crianças, incapazes e de animais. 
 É importante ressaltar que a pulverização desses produtos 
age diretamente sobre a maioria dos animais sinantrópicos, ou ocasionando 
sua morte, ou promovendo a criação um ambiente inóspito para estes 
animais. 
 
SUMÁRIO 
Controle químico do caramujo africano .......................................................................................................................... 
Breve revisão sobre a biologia do caramujo africano (Achatina fulica) e descrição dos produtos químicos alternativos 
que apresentaram , nas condições deste estudo, atividade moluscicida. 
 
6 
Controle químico do escorpião ........................................................................................................................................ 
Habitats e condições ideais para o estabelecimento dos escorpiões amarelo (Tityus serrulatus) e marrom (Tityus 
bahiensis), sua importância enquanto causador de escorpionismo, mencionando quais produtos químicos são 
potencialmente tóxicos para estes aracnídeos. 
 
7 
Controle químico do bicho barbeiro................................................................................................................................ 
Descrição sucinta das características desses insetos e de sua importância como vetores da doença de Chagas, 
demonstrando, ainda ,como eliminar e repelir quimicamente esses parasitos. 
 
8 
Controle químico de pernilongos..................................................................................................................................... 
Principais locais de proliferação e abrigos dos pernilongos. Atuação destes insetos hematófagos como vetores 
doenças e as formas de aplicação de diferentes compostos químicos com atividade inseticida e repelente. 
9 
Controle químico de flebótomos...................................................................................................................................... 
Abordagem sobre os aspectos morfológicos e reprodutivos básicos do Lutzomyia longipalpis. Locais de procriação, 
importância desses insetos como parasitos e vetores da leishmaniose, e quais foram os produtos químicos que, 
quando aplicados nos locais onde habitam os flebotomíneos, apresentaram atividade inseticida, promovendo ainda o 
controle ambiental desse inseto. 
 
10 
Controle químico de baratas ............................................................................................................................................ 
Principais locais que se constituem em abrigos desses artrópodes, seus inimigos naturais, importância como 
veiculadores de doenças e como eliminá-las a partir da aplicação de diferentes produtos químicos. 
 
11 
Controle químico de aranhas ...........................................................................................................................................Função ecológica das aranhas, coabitação com seres humanos e animais. Descrição das principais espécies de 
interesse médico no Brasil e quais produtos químicos foram eficazes em matar e repelir esses animais . 
 
12 
Barreira físico-química contra insetos............................................................................................................................. 
Método utilizado para impedir e repelir a entrada de insetos por frestas, fendas e buracos. 
13 
Fontes consultadas........................................................................................................................................................... 14 
Página 6 
 
Pulverize sobre os caramujos solução 
contendo: 
1. Desinfetante de uso geral numa 
concentração mínima de 30% ou sabão 
líquido em concentração de 40% ou mais. 
Obs: a eficácia dos produtos varia de acordo com a marca e 
o princípio ativo utilizado. 
2. Ativado ou solupan para limpeza de 
veículos numa diluição de 1:5 e 1:20, 
respectivamente; 
3. Água oxigenada em concentração mínima 
de 20%; 
4. Formalina em concentração de 10%. 
Obs: caso o molusco esteja recolhido em sua concha ou 
embaixo de objetos é preciso revolvê-los, expondo-os ao 
produto, sendo necessário, às vezes, uma segunda 
pulverização. 
Para morte imediata: 
5. Utilize qualquer um desses produtos 
isoladamente, pouco diluídos ou puros. 
 
 
Informações básicas 
Nome comum: caracol gigante africano. 
Molusco terrestre, originário da África, que 
foi introduzido no Brasil visando o cultivo e a 
comercialização. 
É um animal extremamente prolífero, 
resistente às intemperes, capaz de realizar 
quatro posturas anuais, gerando até 400 
ovos. 
Os ovos são de coloração branco a 
amarelados e são encontrados nas 
vegetações ou enterrados a poucos 
centímetros de profundidade. 
Apresenta grande voracidade, alimentando-
se de plantas ornamentais, nativas e de 
hortaliças. 
A cultura deste molusco é considerada como 
atividade ilegal pois, sua presença em locais 
não nativos pode desencadear a extinção de 
espécies pertencentes à flora local. 
Além de ser considerado como uma 
importante praga agrícola, este invertebrado 
participa no ciclo da angiostrongilíase 
abdominal e meningoencefálica humana, 
considerada como uma importante zoonose, 
além de causar a aelurostrongilose em 
gatos. 
 
CARAMUJO AFRICANO 
Achatina fulica 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
Página 7 
 
Pulverize sobre os escorpiões solução 
contendo: 
1. Piretróides e piretrinas; 
2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal); 
Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande 
variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de 
apresentação. 
3. Formalina em concentração de 10%. 
Dependendo do produto utilizado diretamente 
sobre o animal e da concentração, a morte 
dos escorpiões ocorre em até 2 minutos. 
A pulverização contínua também impede que 
os escorpiões retornem aos seus abrigos. 
Obs: a asperção deve ser realizada no interior das 
residências e em suas adjacências pois, os escorpiões que 
não foram atingidos pelo produto podem se deslocar das 
áreas onde foi executada a pulverização e adentrar os 
domicílios. 
 
Informações básicas 
Nome comum: escorpião. 
Artrópode terrestre capaz de habitar 
diferentes ambientes, principalmente as 
regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, o 
gênero Tityus é o de maior interesse 
toxicológico. 
São animais com elevada prolificidade, 
especialmente porque, uma única fêmea 
pode gerar populações sozinha. 
Os escorpiões, assim como outras pragas 
urbanas, encontram condições ideais de 
sobrevivência nas áreas urbanas, valendo-
se do acúmulo de lixo, terrenos baldios, 
construções inabitadas, entulhos, 
alimentação farta (insetos), e a ausência de 
predadores naturais. 
De hábito predominantemente noturno, os 
escorpiões causam inúmeros acidentes com 
animais e seres humanos, podendo 
ocasionar até mesmo o óbito em se tratando 
de indivíduos jovens e idosos. 
 
 
ESCORPIÃO 
Tityus spp. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fmoblog.whmsoft.net%2Frelated_search.php%3Fkeyword%3Descorpi%25C3%25A3o%2Bamarelo%26language%3Dportuguese%26depth%3D1&ei=kIb5VNXYK4u_ggTN5IHgCg&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNFRoEFGwvrry7xkdbAG-J7JRuMzLA&ust=1425725337564142
Página 8 
 
Pulverize diretamente sobre os bichos 
barbeiros solução contendo: 
1. Piretróides e piretrinas; 
2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal); 
3. Ativado para limpeza de carro (ácido 
sulfônico e associações) ou limpa pedras 
(ácido clorídrico com ácido acético glacial), 
numa diluição de 1:5 ou puro. 
Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande 
variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de 
apresentação. 
4. Formalina em concentração de 10%; 
5. Querosene ou óleo diesel. 
No ambiente, a aplicação regular destes 
produtos tornam os abrigos inóspitos aos 
barbeiros e a outros animais. 
Obs: quando possível, a pulverização deve ser realizada 
também no interior das residências e em suas adjacências 
pois, os bichos barbeiros que não foram atingidos pelo 
produtos podem se deslocar das áreas onde foi executada a 
asperção e adentrar os domicílios. 
 
Informações básicas 
Nome comum: bicho barbeiro ou chupança. 
São insetos hematófagos obrigatórios, 
extremamente adaptados aos ambientes 
urbanos e periurbanos. Também ocorrem 
nas áreas rurais, especialmente onde 
existem criações de animais, com precárias 
condições de higiene e de instalações. 
Possuem hábito noturno, alimentando-se de 
animais de sangue quente. Gostam de locais 
de temperaturas mais amena e ar seco, 
abrigando-se em frestas, ocos de madeiras, 
entulhos, casas de pau a pique e as áreas 
de matas. 
São insetos que apresentam longevidade e 
prolificidade podendo, uma única fêmea, 
gerar centenas de ovos. 
Estes parasitos são vetores de uma 
importante zoonose conhecida como doença 
de Chagas. 
BICHO BARBEIRO 
Triatoma spp., Panstrongylus 
spp. e Rhodinius spp. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FDoen%25C3%25A7a_de_Chagas&ei=YGb8VM7tK8G4ggTH1oCwAg&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNHBdH1bAJZvSEj4bzspE_jCLFDnew&ust=1425913773719729
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.saude.rs.gov.br%2Fconteudo%2F6320%2F%3FManejo_do_inseto_transmissor_da_Doen%25C3%25A7a_de_Chagas_%25C3%25A9_tema_de_campanha_da_SES&ei=PPf8VK_OF_HhsATq5wE&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNGdvEFPBGK--Ndx-j5klP-OSIW9rg&ust=1425950898823259
Página 9 
 
Pulverize diretamente sobre os pernilongos 
ou sobre suas larvas solução contendo: 
1. Ativado para limpeza de carro (ácido 
sulfônico e associações) ou limpa pedras 
(ácido clorídrico com ácido acético glacial), 
numa diluição de 1:10 ou 1:7; 
2. Piretróides e piretrinas; 
3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal); 
4. Formalina em concentração de 10%; 
5. Querosene ou óleo diesel. 
No ambiente, a aplicação contínua destes 
produtos elimina as formas evolutivas do 
parasito e desalojam os pernilongos de seus 
abrigos. 
Aplique os produtos nos locais onde existe 
risco de haver acúmulo de água ou onde já 
existem larvas dos mosquitos. O efeito 
larvicida é imediato, com alguma ação 
residual repelente. 
Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser 
realizada também no interior das residências e em suas 
adjacências pois, os pernilongos que não foram atingidos 
pelo produto podem se deslocar das áreas onde foi 
executada a pulverização e adentrar os domicílios.Informações básicas 
Nome comum: mosquito da dengue, 
pernilongo. 
Os pernilongos são insetos alados, 
hematófagos, presentes em todas as regiões 
do Brasil. São animais que proliferam nas 
áreas residenciais ou em suas proximidades. 
Na zona urbana, esses parasitos encontram 
uma ampla variedade de locais para 
habitarem como em terrenos baldios, lixões, 
casas abandonadas ou mal cuidadas, 
proliferando abundantemente em locais 
onde se acumula água. 
O mosquito comum tem como hábito se 
alimentar de sangue durante a noite. Já os 
do gênero Aedes, principal transmissor da 
dengue, realiza o repasto sanguíneo durante 
o dia, especialmente nas primeiras horas da 
manhã e nas últimas horas da tarde. Gostam 
de locais sombreados dentro e fora dos 
domicílios. 
O mosquito Aedes aegypti pode transmitir 
também a febre amarela. 
PERNILONGOS 
Culex spp., Aedes spp. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.marceloabdon.com.br%2Fdefault.asp%3Fview%3Dplink%26id%3D45421&ei=tvj8VPqBKOSOsQS1noLAAw&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNG4J56JnYlGRfqR7AvBCktEWgeyAQ&ust=1425951275002144
Página 10 
 
Pulverize no ambiente solução contendo 
1. Ativado para limpeza de carro (ácido 
sulfônico e associações) ou limpa pedras 
(ácido clorídrico com ácido acético glacial), 
numa diluição de 1:10 ou 1:7; 
2. Piretróides e piretrinas; 
3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal); 
4. Formalina em concentração de 10%; 
5. Querosene ou óleo diesel. 
A aplicação contínua destes produtos elimina 
as formas evolutivas do parasito e desalojam 
os flebótomos de seus abrigos. 
No ambiente: 
Prepare os produtos deixando-os mais 
concentrados e realize a asperção nos locais 
onde existe matéria orgânica acumulada. O 
efeito inseticida é imediato com ação 
residual repelente. 
Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser 
realizada também no interior das residências e em suas 
adjacências pois, os flebotomíneos que não foram atingidos 
pelo produto podem se deslocar das áreas onde foi 
executada a pulverização e adentrar os domicílios. 
 
Informações básicas 
Nome comum: birigui, tatuquira, cangalha. 
São pequenos insetos alados com 1 a 3 mm 
de comprimento, corcundas e com asas 
estreitas que permanecem levantadas 
quando estão pousados. 
As fêmeas são hematófagas e põe cerca de 
40 a 50 ovos em lugares escuros e úmidos, 
principalmente em matéria orgânica em 
decomposição. A população destes insetos 
é abundante onde existem terrenos baldios, 
galinheiros, chiqueiros, canis e lixões. 
As larvas se alimentam de restos orgânicos 
evoluindo para ninfas que são praticamente 
imóveis. Ao atingirem a fase adulta, os 
insetos se tornam bastante ativos, 
principalmente nos períodos crepusculares e 
noturnos. 
Durante o repasto sanguíneo, as fêmeas 
podem transmitir as leishmanioses para 
animais e humanos. 
FLEBÓTOMOS 
Lutzomyia spp. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fipetme.es%2Fentry.php%3F508-C%25F3mo-protegerte-de-la-leishmaniosis&ei=fFAAVey2Eu_LsASY4YGQBA&bvm=bv.87611401,d.cWc&psig=AFQjCNEmQarrPL49mrV4C_jK0knTCdhd_Q&ust=1426170324273778
Página 11 
 
Pulverize diretamente sobre as baratas 
solução contendo: 
1. Ativado para limpeza de carro (ácido 
sulfônico e associações) ou limpa pedras 
(ácido clorídrico com ácido acético glacial), 
numa diluição de 1:7 ou 1:5; 
2. Piretróides e piretrinas 
3. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal). 
4. Formalina em concentração de 10%; 
5. Querosene ou óleo diesel. 
Com exceção do querosene e óleo diesel, os 
demais produtos foram utilizados também em 
ralos, caixas de gordura e esgoto, sendo 
eficazes na morte deste e outros insetos, 
atuando ainda como repelentes ambientais. 
Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser 
realizada também no interior das residências e em suas 
adjacências pois, as baratas que não foram atingidas pelo 
produto podem se deslocar das áreas onde foi executada a 
pulverização e adentrar os domicílios. 
Informações básicas 
Nome comum: barata vermelha, barata de 
esgoto, barata de cozinha. 
São insetos com tamanho variado 
dependendo da espécie. O corpo é ovalado, 
achatado dorso-ventralmente e, em geral, 
possuem coloração escura. 
Gostam de habitar lugares ecuros e úmidos, 
principalmente onde haja pedras, árvores, 
ninhos e edificações humanas. Também 
estão presentes nos esgotos e onde existem 
matéria orgânica em decomposição. 
Baratas urbanas são capazes de viver por 
alguns dias sem água e até meses sem 
comida. 
Estes animais prosperam especialmente nos 
locais onde há escassez dos seus 
predadores naturais como lagartixas, 
formigas, aranhas, escorpiões, dentre 
outros. 
As baratas são animais sinantrópicos e 
atuam como vetores mecânicos e 
biológicos de grande número de agentes 
causadores de doenças. 
BARATA 
Periplaneta americana 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
Página 12 
 
Pulverize diretamente sobre aranhas solução 
contendo: 
1. Piretróides e piretrinas; 
2. Imiprotrim, permetrina, cipermetrina, 
clorpirifós (associados ou não ao citronelal); 
Obs: nestes casos, a eficácia dos produtos tem grande 
variação de acordo com a marca utilizada e a sua forma de 
apresentação. 
3. Ativado para limpeza de carro (ácido 
sulfônico e associações) ou limpa pedras 
(ácido clorídrico com ácido acético glacial), 
numa diluição de 1:5 ou 1:4; 
4. Formalina em concentração de 10%; 
5. Querosene. 
No ambiente, a aplicação contínua destes 
produtos elimina e desaloja as aranhas de 
seus abrigos. 
Obs: se o ambiente permitir, a pulverização deve ser 
realizada também no interior das residências e em suas 
adjacências pois, as aranhas que não foram atingidas pelo 
produto podem se deslocar das áreas onde foi executada a 
pulverização e adentrar os domicílios. 
 
Informações básicas 
Nome comum: aranha de jardim (A); aranha 
marrom (B); aranha armadeira (C); 
caranguejeira ou tarântula (D). 
As aranhas possuem diferentes tamanhos, 
formas, hábitos e, em sua maioria, são 
peçonhentas. Esses animais são parte 
fundamental no controle de insetos e outras 
pragas. Entretanto, acidentes podem ocorrer 
entre aranhas, seres humanos e outros 
animais. 
As principais aranhas de intersse médico no 
Brasil pertencem aos gêneros Phoneutria e 
Loxoceles. Esses animais apresentam 
hábito noturno, encontrando-se alocadas 
dentro dos domicílios e em seus arredores. 
Os terrenos baldios, entulhos, porões e 
sótãos favorecem a profileração das aranhas 
com abrigos e fontes de alimento. 
 
ARANHA 
Lycosa spp., Loxoceles spp., 
Phoneutria spp., Lasiodora spp. 
MÉTODOS ALTERNATIVOS DE CONTROLE QUÍMICO 
A B 
C D 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.altecdedetizadora.com.br%2Faranhas.html&ei=rbIAVdCTIJC1sASZ7IL4Dg&bvm=bv.87920726,d.cWc&psig=AFQjCNHnQQiff-MJrOC8xi4JCDI5Qpq_kA&ust=1426195493622922
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.klimanaturali.org%2F2011%2F05%2Flycosa-erythrognatha.html&ei=TikHVdecHbaCsQTig4C4Ag&bvm=bv.88198703,d.eXY&psig=AFQjCNFN648utaZ_0-WNxxh4G7zsoZUZYQ&ust=1426619068344338
Página 13 
Materiais requeridos: 
1) Corda, barbante ou cadarço; 
2) Fita adesiva; 
3) Produtos inseticidas, carrapaticidas, 
acaricidas ou repelentes 
Métodos 
1) Medir o espaço entre os batentes e a 
altura do vão da porta; 
2) Cortar um pedaço da corda, barbante ou 
cadarço que fique justo e perfeitamente 
acoplado ao vão da porta; 
3) Pregar sob o vão da porta pedaço da fita 
adesiva que se estenda de um batente 
ao outro; 
4) Embebera corda, barbante ou cadarço 
com o inseticida, carrapaticida, acaricida, 
ou repelente, deixando escorrer o 
excesso do produto; 
5) Colocar sobre a fita adesiva o pedaço de 
corda, barbante ou cadarço impregnado 
com o veneno; 
6) Fechar a porta com o material para o 
lado de fora. 
 
Obs: é importante lembrar que o efeito dos 
produtos químicos não é permanente. Deste 
modo, faz-se necessário que se realize nova 
impregnação com tais produtos pelo menos 
uma vez por dia. 
 
 
MÉTODO DE CONTROLE 
BARREIRA FÍSICO-QUÍMICA DE INSETOS 
Materiais: Pedaço de corda (A). Fita adesiva (B). Inseticidas, carrapaticidas, 
acaricidas ou repelentes (C). 
A B 
C 
Métodos: Corda impregnada com inseticida, carrapaticida, acaricida ou repelente 
(seta vermelha), colocada sobre fita adesiva no vão inferior da porta (seta amarela), 
bloqueando e repelindo a entrada de insetos em toda a sua extensão (seta roxa). 
Página 14 
FONTES CONSULTADAS 
Controle químico do caramujo africano ................................................................................................................... 
COELHO, Leila Morais. Informe técnico para o controle do caramujo africano (Achatina fulica, Bowdch 1822 em 
Goiás. Goiânia: AGENCIA RURAL, 2005.12p. Documento, 4 ). 
Instrução Normativa IBAMA nº 73 de 18 de agosto de 2005 (Brasil, 2005). 
Instrução Normativa IBAMA nº 109 de 03 de agosto de 2006 (Brasil, 2006). 
Ministério da Saúde. Vigilância e Controle de Moluscos de Importância Epidemiológica. 2 ed. 106-108p. 1995. 
5 
Controle químico do escorpião ................................................................................................................................. 
Ministério da Saúde. Manual de Controle de Escorpiões. 1 ed. 2009. 
Ministério da Saúde. Animais Peçonhentos e Venenosos. Série Prevenindo Intoxicações. FIOCRUZ. Disponível em 
http://www.fiocruz.br/sinitox/media/escorpioes.pdf 
6 
Controle químico do bicho barbeiro......................................................................................................................... 
Ministério da Saúde. Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. Doença de Chagas. Textos de Apoio. 
Brasília: Ministério da saúde, SUCAM, 1989. 
ARGOLO, Ana Maria., et al. Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. FIOCRUZ, 2008. 
7 
Controle químico de pernilongos..................................................................................................................................... 
Ministério da Saúde. Dengue Aspectos Epidemiológicos, Diagnóstico e Tratamento. Série A. Normas e Manuais 
Técnicos, nº 176, 2002. 
Ministério da Saúde. Dengue Diagnóstico e Manejo Clínico. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002. 
Ministério da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 
1999. 
8 
Controle químico de flebótomos...................................................................................................................................... 
Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2ed. 22p. 2007. 
Superintendência de Controle de Endemias. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana do 
Estado de São Paulo. 18p. 2006. 
9 
Controle químico de baratas ............................................................................................................................................ 
ZUBEN, Andréa Paulo Bruno von. Manual de Controle Integrado de Pragas. Secretaria Municipal de Saúde. 
Campinas-SP. 31p. 2006. 
RAFAEL, José Albertino., et al. Baratas (Insecta, Blattaria) sinantrópicas na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. 
v.38, 173-178p. 2008. 
10 
Controle químico de aranhas ..................................................................................................................................... 
Prefeitura de São Paulo. Animais Sinantrópicos. Manual do Educador. 12p. Disponível em 
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Sinantropicos_1253737170.pdf 
Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Zoonoses. 129-135p. 2009. 
11 
willianmarinho@hotmail.com 
Todo o esforço envidado, tempo 
desprendido e suor derramado 
para a elaboração deste manual é 
dedicado à vida de minha amada 
filha Mariana e também, às 
inúmeras pessoas que são 
vitimadas com doenças 
transmitidas por vetores 
invertebrados e animais 
peçonhentos.