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Noções de Economia - Manual ISCED 2019

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Prévia do material em texto

2019 
Noções De Economia 
 
Manual do Curso de Administração Pública 
ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto superior de Ciências e Educação a Distância (isced) 
Direcção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
 
http://www.isced.ac.mz/
 
 ii 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Autor Héuler da Graça Domingos Caetano 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica e 
Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
Direcção Académica 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
Héuler da Graça Domingos Caetano e Mauro Juvandes da Silva 
 
2019 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Noções de Economia .................................................. 1 
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 2 
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2 
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4 
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 6 
Avaliação ........................................................................................................................... 7 
TEMA – I: INTRODUÇÃO AOS PROBLEMAS ECONÓMICOS 9 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Introdução e conceitos de economia ...................................... 9 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 12 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 13 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Os problemas da organização económica ............................. 14 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 16 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 16 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A fronteira de possibilidade de produção ............................. 17 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 20 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 19 
Exercícios do TEMA ......................................................................................................... 19 
TEMA – II: MERCADOS: A OFERTA E A PROCURA. 23 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1. O mercado ............................................................................. 23 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 28 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 29 
UNIDADE TEMÁTICA 2.2. A procura ............................................................................... 30 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 33 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 34 
UNIDADE TEMÁTICA 2.3. A oferta .................................................................................. 35 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 38 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 40 
Exercícios do TEMA ......................................................................................................... 41 
TEMA – III: A FORMAÇÃO DE PREÇOS 43 
UNIDADE TEMÁTICA 3.1. A formação de preços ............................................................ 43 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 48 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 47 
TEMA – IV: MERCADO DE FACTORES 50 
 
 iv 
 
UNIDADE TEMÁTICA 4.1. Mercado de factores.............................................................. 50 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 58 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 58 
TEMA – V: AS IMPERFEIÇÕES DO MERCADO 61 
UNIDADE TEMÁTICA 5.1. As imperfeições do mercado ................................................. 61 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 62 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 62 
TEMA – VI: TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR 64 
UNIDADE TEMÁTICA 6.1. Teoria do comportamento do consumidor ........................... 64 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 73 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 73 
TEMA – VII: TEORIA DO EQUILBRIO GERAL 74 
UNIDADE TEMÁTICA 7.1. Teoria do equilíbrio geral ...................................................... 75 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 77 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 78 
TEMA – VIII: INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA 81 
UNIDADE TEMÁTICA 8.1. Introdução e conceitos básicos de macroeconomia ............. 81 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 84 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 84 
UNIDADE TEMÁTICA 8.2. Os agentes económicos ......................................................... 85 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO .....................................................................................87 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 86 
UNIDADE TEMÁTICA 8.3. Os objectivos da macroeconomia e os trade-offs entre ....... 87 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 92 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 92 
UNIDADE TEMÁTICA 8.4. Os instrumentos da política macroeconómica ...................... 93 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ..................................................................................... 95 
Exercícios para AVALIAÇÃO ............................................................................................ 96 
Exercícios do TEMA ......................................................................................................... 97 
TEMA – IX: A CONTABILIDADE NACIONAL. 99 
UNIDADE TEMÁTICA 9.1. Introdução à contabilidade nacional e conceitos básicos ..... 99 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 101 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 102 
UNIDADE TEMÁTICA 9.2. A contabilidade nacional: a medição do produto da economia
 ...................................................................................................................................... 103 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 108 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 108 
UNIDADE TEMÁTICA 9.3. PIB real vs PIB nominal: os índices de preços ...................... 109 
 
 v 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 107 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 110 
Exercícios do TEMA ....................................................................................................... 114 
TEMA – X: O RENDIMENTO E O GASTO 116 
UNIDADE TEMÁTICA 10.1. O rendimento e o gasto ..................................................... 117 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 119 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 119 
TEMA – XI: A MOEDA E AS TAXAS DE JUROS 119 
UNIDADE TEMÁTICA 11.1. Origens, tipo e funções da moeda ..................................... 122 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 125 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 126 
UNIDADE TEMÁTICA 11.2. A demanda e a oferta por moeda ..................................... 127 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 131 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 132 
UNIDADE TEMÁTICA 11.3. Taxas de juro ...................................................................... 133 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ................................................................................... 135 
Exercícios para AVALIAÇÃO .......................................................................................... 135 
Exercícios do TEMA ....................................................................................................... 136 
EXERCÍCIOS GERAIS PARA AVALIAÇÃO DO MÓDULO 119 
Exercícios gerais para AVALIAÇÃO do módulo ............................................................. 138 
 
 
 
 1 
 
Visão geral 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Noções de 
Economia 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Noções de Economia, o 
estudante deverá ser capaz de: saber explicar alguns aspectos 
básicos e fundamentais da microeconomia e da macroeconomia. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
▪ Identificar os problemas da organização económica; 
▪ Explicar como é que os mercados ajudam a solucionar os 
problemas da organização económica; 
▪ Diferenciar a oferta da procura bem como os seus 
determinantes; 
▪ Apresentar como é que os preços são formados; 
▪ Explicar as variáveis que determinam a procura e a oferta nos 
mercados de factores de produção; 
▪ Apresentar as falhas do mercado; 
▪ Mostrar como é que os consumidores realizam as suas opções 
de escolhas; 
▪ Explicar o equilíbrio geral; 
▪ Definir alguns conceitos básicos da macroeconomia; 
▪ Apresentar as várias ópticas de mensuração do Produto Interno 
Bruto (PIB); 
▪ Ilustrar o modelo Keynesiano; 
▪ Listar os tipos e funções da moeda; 
▪ Explicar o papel da taxa de juros na economia. 
 
 2 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de 
Administração Pública do ISCED e outros. Poderá ocorrer, contudo, 
que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus 
conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não 
sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o 
manual. 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Noções de Economia, para estudantes do 1º ano do 
curso de licenciatura em Administração Pública, à semelhança dos 
restantes do ISCED, está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
▪ Um índice completo. 
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção 
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente 
de habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas, incluído estudo de caso. 
 
 3 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos exercícios 
de auto-avaliação apresentam duas características: primeiro 
apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
aserem entregues aos tutores/docentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser 
melhorado. 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
 
 4 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará 
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons 
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e 
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando estudar. 
Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos que caro 
estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos estudos, 
procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as 
de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido 
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à 
noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? 
Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio 
barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em cada 
hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada 
ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando 
achar que já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é 
 
 5 
 
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos 
de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-
se descanso à mudança de actividades). Ou seja que durante o 
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos das 
actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento 
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume 
de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre os conhecimentos, perde sequência lógica, por 
fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em 
insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente 
incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo 
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: a colocação de notas nas margens pode ajudar 
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as 
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, 
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a 
margem para colocar comentários seus relacionados com o que 
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; 
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
não conhece ou não lhe é familiar. 
 
 6 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas 
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento 
e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, 
sms, e-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta participando 
a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante 
– CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do 
seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida 
em que lhe permite situar, em termos do grau de aprendizagem 
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se 
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver 
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos 
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade 
temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de 
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
 
 7 
 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade 
científica e o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a 
realização dos trabalhose seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: como é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor! Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com 
um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de 
avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
 
 9 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO AOS PROBLEMAS ECONÓMICOS 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução e conceitos da economia 
UNIDADE Temática 1.2. Os problemas da organização económica 
UNIDADE Temática 1.3. A Fronteira de possibilidades de Produção 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Introdução e conceitos da economia 
Introdução 
Muitas mudanças vêm acontecendo na sociedade. Avanços têm 
ocorrido em diversas áreas levando ao aumento dos níveis de consumo, 
aumento da quantidade de produtos disponíveis para os consumidores, 
maiores investimentos em tecnologia e comunicação, dentre outros, 
que implica a necessidade de raciocinar de forma correcta para dar 
resposta a esses assuntos. 
A Economia cobre todos os tipos de assuntos, mas no essencial está 
dedicada a compreensão de como a sociedade faz a afectação dos seus 
recursos escassos. 
Porque razão as pessoas se preocupam com o défice orçamental do 
estado? Porque se preocupam com a inflação? Com as taxas de juros? 
Com o desemprego? Com o dinheiro, ou simplesmente moeda? 
Estas e muitas outras perguntas fazem universo de muitas questões que 
nós iremos abordar nesta unidade temática 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
Específicos 
• Definir economia; 
• Identificar os problemas de natureza económica e relacioná-los com 
situações do dia-a-dia; 
• Entender os fundamentos da escassez e necessidades ilimitadas; 
• Compreender a fronteira de possibilidades de produção 
 
Conceito de economia 
Ao longo do último meio século, o estudo da economia expandiu-se e 
passou a englobar um vasto leque de temas. Eis alguns dos principais 
temas: 
• A economia explora o comportamento dos mercados financeiros; 
incluindo taxas de juros, taxas de câmbio e cotações de acções. 
• Examinam-se as razões porque algumas pessoas, ou países, tem 
rendimentos elevados, enquanto outros são pobres; está 
 
 10 
 
intimamente ligada na análise das formas para a redução da 
pobreza sem prejudicar a economia; 
• Estuda os ciclos económicos – as flutuações no crédito, 
desemprego e a inflação – bem como as políticas para os moderar; 
• Estuda o comércio e as finanças internacionais e os impactos da 
globalização, e analisa os temas ligados com as aberturas das 
fronteiras ao livre comércio; 
• Questiona como às políticas governamentais podem ser usadas 
para atingir objectivos importantes, tais como um rápido 
crescimento económico, o pleno emprego, a estabilidade do nível 
de preços e uma justa repartição de rendimentos. 
É uma longa lista de temas, mas em todas as definições acima 
identificamos um tema comum: 
“A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam 
recursos escassos para produzir bens e serviços com valor para os 
distribuir entre indivíduos diferentes” (Samuelson & Nordhaus, 2012, 
p.4). 
Em síntese ela se ocupa das questões relacionadas aa satisfação das 
necessidades dos indivíduos e da sociedade. Se pensarmos na 
definição acima encontramos duas ideias-chave que persistem em 
torno da ciência económica: que os recursos são escassos e que os 
mesmos devem ser utilizados de forma eficiente. 
Se pudéssemos pensar num mundo sem escassez e com recursos 
ilimitados, as pessoas não se preocupariam em ampliar os seus 
rendimentos porque teriam tudo o que quisessem; as empresas não 
necessitariam de se preocupar com o custo do trabalho; os governos 
não necessitariam de se preocupar com os impostos, despesas e ate 
mesmo com poluição. Além disso, cada um poderia ter tanto quanto 
lhe apetecesse. 
No entanto, nenhuma sociedade atingiu ao cenário descrito acima, 
pois o mundo é um mundo de escassez, numa situação em que o ser 
humano tem desejos ilimitados aos bens. 
Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma 
economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados. Isso leva-nos 
aa noção fundamental de eficiência. 
A eficiência económica exige que uma economia produza a mais 
elevada combinação de quantidade e qualidade de bens e serviços 
dada a sua tecnologia e recursos escassos. Uma economia produz 
eficientemente quando um bem-estar económico de nenhum 
indivíduo pode ser melhorado, a menos que o bem-estar económico 
de outro indivíduo tenha piorado. 
 
A lógica da economia 
 
 11 
 
Todas as ciências possuem uma forma de analisar os fenómenos a sua 
volta como forma de arranjar uma plausível explicação. Tal técnica é 
denominada de abordagem científica. A vida económica também é 
bastante complexa, sendo a economia uma ciência, os economistas, 
para explicar os diversos fenómenos económicos, usam uma 
abordagem cientifica baseada em: 
• Observação – observação dos registos históricos constitui uma 
das fontes mais ricas da economia; 
• Análise económica – uma abordagem que parte de 
pressupostos que permitem deduzir logicamente algumas 
previsões económicas; 
• Análise estatística – o entendimento perfeito da economia 
baseia-se no uso de dados económicos e da análise estatística 
e econométrica. 
• Experiências – os economistas fazem experiencias controladas 
com vista ao estudo dos fenómenos económicos. 
Dado que muitas relações económicas são complexas, importa 
alertar para algumas falácias ou armadilhas mais comuns 
encontradas no raciocínio económico: 
1. A falácia de post hoc - Um erro vulgar nos estudos de relações 
de causa e efeito é a falácia de post hoc. O facto do 
acontecimento A ocorrer antes do acontecimento B não prova 
que o acontecimento A seja a causa do B. Assumir este 
raciocínio como verdadeiro é cometer a falácia de post hoc. 
2. A Falácia da agregação - O conjunto nem sempre é a soma das 
partes. Este é um erro conceptual de que verdadeiro para uma 
parte é verdadeiro para o conjunto. 
3. Falha em (esquecimento de) manter o resto constante 
(Ceteris Paribus) - A maior parte dos problemas económicos 
envolve várias forças que interagem simultaneamente. 
Portanto, se quisermos analisar o efeito de uma variação numa 
variável sobre a outra, devemos manter os restantes factores 
constantes. 
4. A Subjectividade - Talvez o maior obstáculoao domínio da 
derive da Subjectividade que levamos para o mundo que nos 
rodeia. 
De acordo com Vasconcelos (2011), ao analisar as questões económicas 
devemos distinguir cuidadosamente as questões de facto das questões 
de juízo de valor. Assim podemos subdividir a economia em dois 
aspectos, a saber: 
1. Economia positiva que trata de questões que podem ser resolvidas 
com recurso a análise e a dados empíricos. Descreve os factos de 
uma economia. 
 
 12 
 
Exemplo: porque razão os médicos ganham mais que um 
trabalhador domestico? As taxas de juros elevadas 
reduzem a inflação? 
 
2. Economia normativa que envolve preceitos éticos, morais e normas 
de equidade. Enquanto a análise económica pode aprofundar tais 
questões, ao analisar as prováveis consequências, as respostas 
apenas podem ser resolvidas com debates e decisões acerca dos 
valores fundamentais da sociedade. 
Exemplo: deve o desemprego aumentar para assegurar 
que a inflação dos preços não seja demasiado rápida? 
Tornou-se a distribuição de rendimentos em 
Moçambique demasiado desigual? 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1.1. vimos que a economia se preocupa com a 
alocação eficiente dos recursos escassos que o mundo dispõe, num 
cenário de necessidades e desejos ilimitados das pessoas. Também, 
aprofundamos sobre a lógica da economia concretamente no que diz 
respeito aa sua abordagem científica, bem como para o alerta de 
armadilhas no raciocínio económico face a complexidade das relações 
e da vida económica. Distinguimos duas áreas específicas de questões 
ligadas a economia: a economia positiva e a economia normativa 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. O que estuda a economia? 
2. Porquê a escassez é um conceito fundamental em economia? 
3. Quais são as principais armadilhas do raciocínio económico? 
4. O que se entende por eficiência económica? 
5. Analise as características da abordagem científica utilizada pela 
economia. 
 
RESPOSTAS: Ver unidade temática 
 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipo V (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam 
recursos escassos para produzir bens e serviços com valor para os 
distribuir entre indivíduos diferentes 
 
 13 
 
2. Em síntese, a economia se ocupa das questões relacionadas à 
satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade 
3. A eficiência económica exige que uma economia produza a menor 
combinação de quantidade e qualidade de bens e serviços dada a 
sua tecnologia e recursos escassos. 
4. A Falácia da agregação afirma que o maior obstáculo ao domínio da 
derive da Subjectividade que levamos para o mundo que nos rodeia. 
5. Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma 
economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados. 
6. A Subjectividade afirma que se quisermos analisar o efeito de uma 
variação numa variável sobre a outra, devemos manter os restantes 
factores constantes. 
7. A vida económica é bastante simples, sendo a economia uma 
ciência, os economistas, para explicar os diversos fenómenos 
económicos, usam uma abordagem filosófica. 
 
RESPOSTAS: 1V; 2V; 3F; 4F; 5V; 6F; 7F 
 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. Ao analisar as questões económicas devemos distinguir 
cuidadosamente as questões de facto das questões de juízo de 
valor. Assim podemos subdividir a economia em dois aspectos, a 
saber: 
a) Economia Positiva e Economia Mista; 
b) Economia Normativa e Economia Positiva; 
c) Economia Normativa e Economia de Mercado; 
d) Economia de Mercado e Economia Dirigida; 
2. Se quisermos analisar o efeito de uma variação numa variável sobre 
a outra, devemos manter os restantes factores constantes, estamos 
diante de: 
a) Ceteris Paribus; 
b) Falácia da agregação; 
c) Falácia de post hoc; 
d) Subjectividade. 
3. O conjunto nem sempre é a soma das partes, diz respeito a: 
a) Ceteris Paribus; 
b) Falácia da agregação; 
c) Falácia de post hoc; 
d) Subjectividade. 
 
RESPOSTAS: 1B; 2A; 3B 
 
 
 14 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Os problemas da organização económica 
Introdução 
A essência da ciência económica consiste em compreender a realidade 
da escassez e, de seguida, conceber como organizar a sociedade de um 
modo a corresponder ao uso mais eficiente dos recursos. O facto dos 
recursos estarem disponíveis em quantidades limitadas e as 
necessidades serem praticamente ilimitadas, leva, inevitavelmente aa 
escolha. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
Específicos 
 
• Identificar os problemas de natureza económica e relacioná-los com 
situações do dia-a-dia; 
• Entender os fundamentos da escassez e necessidades ilimitadas; 
Os problemas da organização económica 
Qualquer sociedade humana, ou seja, um país tem que se defrontar 
com algumas questões ou problemas económicos fundamentais. 
Dada escassez dos recursos ou factores de produção, associada às 
necessidades ilimitadas do homem, a necessidade de escolher fica 
evidente, daí que se originam os chamados problemas económicos 
fundamentais a que todas as sociedades devem dar resposta: o que e 
quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? (Mochón, 
2007). 
 
Vejamos como se desmembram esses problemas: 
1. O quê e quanto produzir? 
Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, 
dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão 
produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas; 
2. Como produzir? 
A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão 
utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico 
existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba 
decidindo como serão produzidos os bens e serviços. Os produtores 
escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor 
custo de produção possível; 
3. Para quem produzir? 
 
 15 
 
A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão 
da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda 
dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços 
produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, 
dos juros e dos benefícios do capital, mas também da repartição inicial 
da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança. O 
modo como as sociedades resolvem os problemas económicos 
fundamentais depende da forma da organização económica do país, ou 
seja, do sistema económico de cada nação. 
Existem diferentes formas de uma sociedade responder as questões 
acima, visto que as mesmas se encontram organizadas em sistemas 
económicos e a própria ciência económica por sua vez estuda os vários 
mecanismos que uma sociedade pode usar para aplicar os seus recursos 
escassos. 
Em geral, podemos distinguir duas formas fundamentais de organizar 
uma economia. Num extremo, o governo toma a maioria das decisões 
económicas, sendo aqueles que estão no topo da hierarquia que 
dirigem toda economia (economia dirigida). No outro extremo, as 
decisões são tomadas nos mercados, onde os indivíduos ou empresas 
trocam bens e serviços, através de transacções que envolvem 
pagamentos em dinheiro (economia de mercado). 
Segundo Samuelson e Nordhaus (2012), nenhuma sociedade 
contemporânea se enquadra completamente numa destas formas 
extremas de organização económica. Em vez disso, tem sido adoptada 
uma forma mista com elementos de uma economia de mercado e 
elementos de uma economia dirigida (economia mista). 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1.2. abordamos que as sociedades ao 
enfrentarem o facto dos recursos serem escassos relativamente as 
necessidades, uma economia tem de decidir como funcionar, fazendo 
escolhas, do quê e quanto? como? para quem? produzir adoptando uma 
forma mista de organização e funcionamento dosistema económico. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Quais são os principais problemas da organização económica. 
2. Quais são as principais formas de organização do sistema 
económico? 
3. O que é uma economia mista 
4. Comente a seguinte afirmação: “O modo como as sociedades 
resolvem os problemas económicos 
 
 16 
 
fundamentais depende da forma da organização económica do país, 
ou seja, do sistema económico de cada nação”. 
5. É verdade que o problema económico reside no facto de os recursos 
serem escassos face as necessidades que são ilimitadas? Justifique 
a sua resposta. 
RESPOSTAS: Ver unidade temática 
 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipo V (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. Qualquer sociedade humana, ou seja, um país tem que se defrontar 
com algumas questões ou problemas económicos fundamentais. 
2. Dada a abundância de recursos, se originam os chamados 
problemas económicos. 
3. Os produtores escolherão, entre os métodos mais eficientes, aquele 
que tiver o maior custo de produção possível. 
4. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo 
como serão produzidos os bens e serviços. 
5. O modo como as sociedades resolvem os problemas económicos 
fundamentais não depende da forma de organização económica do 
país. 
6. A sociedade contemporânea tem adoptado uma forma mista de 
organização económica com elementos de uma economia de 
mercado e elementos de uma economia dirigida (economia mista). 
RESPOSTAS: 1V; 2F; 3F; 4V; 5F; 6V 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. Os problemas fundamentais da economia são? 
a) O quê e onde? como? para quem? produzir; 
b) O quê e quanto? como? para quem? produzir; 
c) O quê e quanto? onde? para quem? produzir; 
d) O quê e quanto? como? onde? produzir; 
2. Quando o governo toma a maioria das decisões económicas, sendo 
aqueles que estão no topo da hierarquia que dirigem toda 
economia, estamos diante de: 
a) Economia Positiva; 
b) Economia Normativa; 
c) Economia Dirigida; 
d) Economia de Mercado 
3. Quando a sociedade terá de escolher quais recursos de produção 
serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível 
tecnológico existente, estamos diante do problema: 
a) O quê produzir? 
b) Quanto produzir? 
c) Como produzir? 
 
 17 
 
d) Para quem produzir? 
4. Quando sociedade terá também de decidir como seus membros 
participarão da distribuição dos resultados de sua produção, 
estamos diante do problema: 
a) O quê produzir? 
b) Quanto produzir? 
c) Como produzir? 
d) Para quem produzir? 
RESPOSTAS: 1B; 2C; 3C; 4D 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3. A fronteira de possibilidades de produção 
Introdução 
As decisões que todos os dias todos nós tomamos têm um propósito, 
que é o de satisfazer necessidades ou contribuir para o bem-estar 
próprio ou daqueles que nos estão próximos. Na vida aprendemos 
desde cedo que não podemos ter tudo o que queremos. Da mesma 
forma, as possibilidades de consumo de cada país são limitadas pelos 
recursos e pela tecnologia que dispõem. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
Específicos 
 
• Entender os fundamentos da escassez e necessidades ilimitadas; 
• Compreender a fronteira de possibilidades de produção 
• Dominar a construção da FPP 
A fronteira de possibilidades de produção 
Para ilustrar a questão da escassez de recursos e as alternativas que as 
sociedades dispõem para resolver seus problemas económicos 
fundamentais é preciso escolher entre os diferentes tipos de bens e as 
quantidades a serem produzidas de cada um deles. Por exemplo, um 
agricultor precisa decidir quais quantidades de soja e milho serão 
plantadas, ou seja, ele precisa escolher uma alternativa produtiva entre 
as possíveis combinações. Na verdade, o que ocorre é que esse 
agricultor dispõe de um conjunto de factores produtivos (terra, capital, 
mão de obra, etc.) e deve decidir quais desses recursos serão utilizados 
para produzir soja e quais serão utilizados para produzir milho. 
Para as sociedades resolverem seus problemas económicos 
fundamentais, a teoria económica apresenta dois importantes 
conceitos: a Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) e o custo de 
oportunidade (Samuelson & Nordhaus, 2012). 
 
 18 
 
A Fronteira das Possibilidades de Produção (FPP) representa as 
quantidades máximas de produtos que podem ser eficientemente 
produzidos por uma economia, dado o seu conhecimento tecnológico e 
a quantidade de factores de produção disponíveis, isto é, admitindo que 
todos os recursos estão sendo plenamente utilizados. 
Trata-se de um conceito teórico, que permite ilustrar como a limitação 
de recursos leva a necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas 
entre as alternativas de produção. 
Exemplo: suponhamos que a economia produz apenas dois bens: 
alimentos e vestuários, nos quais são empregados todos os recursos 
produtivos, cujas alternativas de produção são as seguintes: 
Possibilidades Alimentos Vestuários 
A 100 0 
B 60 10 
C 0 40 
Tabela 1-3.1: Possibilidades de produção 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1-3.1: FPP 
A FPP é o limite máximo de produção, com recursos e tecnologia 
de que a sociedade dispõe, num dado momento. Dada a escassez, 
a sociedade deve decidir qual ponto ao longo da curva escolherá: 
A; B ou C. 
Evidentemente, o ponto além da fronteira (ponto E) não poderão 
ser atingidos com os recursos disponíveis. O ponto dentro da curva 
(ponto D) representa a situação em que a economia não esta 
empregando todos os recursos que dispõe. 
A FPP ilustra uma característica fundamental: a economia é uma 
ciência de escolha. Ou seja, é preciso optar entre diferentes 
alternativas, pois na vida real sempre nos deparamos com dilemas 
dos quais precisamos estabelecer prioridades (Mochón, 2007). 
 
Custo de oportunidade 
Se uma economia se encontra sobre a FPP, então todos os recursos 
estão sendo plenamente utilizados e 
• E 
 
 19 
 
ela está numa situação de um dilema: produzir uma quantidade 
maior de um bem exigirá necessariamente produzir menos do 
outro, o que equivale dizer de que tudo tem um custo, que 
denominamos de custo de oportunidade. 
O custo de oportunidade é o valor económico da melhor 
alternativa sacrificada ao se optar pela produção de um 
determinado bem ou serviço. 
É de se esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, 
uma vez que, quando aumentamos a produção de determinado 
bem, os factores de produção transferidos dos outros produtos se 
tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja, a 
transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa e o grau 
de sacrifício vai aumentando. Isto é, os factores de produção são 
especializados em determinadas linhas de produção e não são 
completamente adaptáveis a outros usos. 
Esse facto justifica o formato côncavo da curva de possibilidades 
de produção: acréscimos iguais na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez maiores na produção do outro bem. 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1.3. vimos que diante do facto dos recursos 
serem escassos e das necessidades serem ilimitadas, a característica 
fundamental da economia é que ela é a ciência da escolha, daí que essa 
escolha é representada pela FPP que ilustra o limite máximo de 
produção, com recursos e tecnologia de que a sociedade dispõe, num 
dado momento 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Defina a FPP. 
2. Defina o custo de oportunidade. 
3. Qual é a importância da FPP? 
4. O que justifica o formato côncavo da FPP? 
5. Comente a seguinte afirmação: “Se uma economia se encontra 
sobre a FPP, então todos os recursos estão sendo plenamente 
utilizados e ela está numa situação de um dilema” 
RESPOSTAS: Ver unidade temática 
 
 
 20 
 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipoV (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. A FPP ilustra uma característica fundamental: a economia é uma 
ciência de custos. 
2. Para as sociedades resolverem seus problemas económicos 
fundamentais, a teoria económica apresenta dois importantes 
conceitos: a Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) e a 
escassez. 
3. A FPP permite ilustrar como a ilimitação de recursos leva a 
necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas entre as 
alternativas de produção. 
4. Se uma economia se encontra sobre a FPP, então todos os recursos 
estão sendo plenamente utilizados. 
5. O custo de oportunidade é o valor económico da melhor alternativa 
sacrificada ao se optar pela produção de um determinado bem ou 
serviço. 
6. Esse facto justifica o formato côncavo da curva de possibilidades de 
produção: acréscimos iguais na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez maiores na produção do outro bem. 
7. Ao falar da FPP estamos diante de um conhecimento empírico. 
 
RESPOSTAS: 1F; 2F; 3F; 4V; 5V; 6V, 7F 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. O valor económico da melhor alternativa sacrificada ao se optar 
pela produção de um determinado bem ou serviço, denomina-se 
por: 
a) Eficiência económica; 
b) Fronteira de possibilidades de produção; 
c) Escassez; 
d) Custo de Oportunidade. 
2. Para as sociedades resolverem seus problemas económicos 
fundamentais, a teoria económica apresenta dois importantes 
conceitos: 
a) A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) e o custo 
de oportunidade. 
b) A escassez e o custo de oportunidade. 
c) A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) e a 
escassez. 
d) A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) e o custo 
de produção. 
3. Esse facto justifica o formato côncavo da FPP: 
a) Acréscimos maiores na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez maiores na produção do outro bem. 
b) Acréscimos menores na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez menores na produção do outro bem. 
 
 21 
 
c) Acréscimos iguais na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez maiores na produção do outro bem. 
d) Acréscimos maiores na produção de um bem implicam 
decréscimos cada vez menores na produção do outro bem. 
RESPOSTAS: 1D; 2A; 3C 
 
EXERCÍCIOS DO TEMA 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipo V (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. A economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam 
recursos abundantes para produzir bens e serviços com valor para 
os distribuir entre indivíduos diferentes 
2. A premissa Ceteris Paribus afirma que se quisermos analisar o efeito 
de uma variação numa variável sobre a outra, devemos manter os 
restantes factores constantes. 
3. Dada a escassez de recursos, se originam os chamados problemas 
económicos. 
4. A FPP permite ilustrar como a limitação de recursos leva a 
necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas entre as 
alternativas de produção. 
5. A eficiência económica corresponde ao valor económico da melhor 
alternativa sacrificada ao se optar pela produção de um 
determinado bem ou serviço. 
RESPOSTAS: 1F; 2V; 3V; 4V; 5F. 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma 
economia faça o melhor uso dos seus recursos limitados. Isso leva-
nos à noção fundamental de: 
a) Eficiência; 
b) Fronteira de possibilidades de produção; 
c) Escassez; 
d) Custo de Oportunidade. 
2. A eficiência económica exige: 
a) Que uma economia produza a menor combinação de 
quantidade e qualidade de bens e serviços dada a sua tecnologia 
e recursos escassos; 
b) Que uma economia produza a mais elevada combinação de 
quantidade e qualidade de bens e serviços dada a sua tecnologia 
e recursos escassos; 
c) Que uma economia produza a mais elevada combinação de 
quantidade e qualidade de bens e serviços dada a sua tecnologia 
e recursos abundantes; 
 
 22 
 
d) Que uma economia produza a menor combinação de 
quantidade e qualidade de bens e serviços dada a sua tecnologia 
e recursos abundantes. 
3. “Trata de questões que podem ser resolvidas com recurso a análise 
e a dados empíricos. Descreve os factos de uma economia”. 
Estamos diante de: 
a) Economia Mista; 
b) Economia Normativa; 
c) Economia Positiva; 
d) Economia de Mercado. 
4. A FPP é um conceito teórico que: 
a) Permite ilustrar como a limitação de recursos leva a 
necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas entre as 
alternativas de produção; 
b) Permite ilustrar como a ilimitação de recursos leva a 
necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas entre as 
alternativas de produção; 
c) Representa as quantidades mínimas de produtos que podem 
ser eficientemente produzidos por uma economia; 
d) Ilustra a questão da abundância dos recursos. 
5. Quando as decisões são tomadas nos mercados, onde os indivíduos 
ou empresas trocam bens e serviços, através de transacções que 
envolvem pagamentos em dinheiro, estamos diante de: 
a) Economia Positiva; 
b) Economia Normativa; 
c) Economia Dirigida; 
d) Economia de Mercado. 
 
RESPOSTAS: 1A; 2B; 3C; 4A; 5D 
Referências Bibliográficas 
1. Mochón, F. (2007). Princípios de economia. São Paulo; Brasil: 
Pearson Prentice Hall. 
2. Samuelson, P. & Nordhaus, W. (2012). Economia (19ª ed.). NY, EUA: 
McGraw-Hill. 
3. Vasconcelos, M.A.S. (2011). Economia: micro e macro (5ª ed.). São 
Paulo; Brasil: Atlas Editora. 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA – II: MERCADOS: A OFERTA E A PROCURA. 
UNIDADE Temática 2.1. O mercado 
UNIDADE Temática 2.2. A procura 
UNIDADE Temática 2.3. A oferta 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1. O mercado 
Introdução 
A necessidade de realização de trocas comerciais vem desde a formação 
da sociedade. Nos tempos mais antigos, as trocas eram feitas por 
produtos, isto é, trocava-se determinada quantidade de mercadoria X 
com uma certa quantidade de mercadoria Y. Nos dias de hoje, o 
processo é diferente, troca-se dinheiro por mercadoria. Neste sentido, 
as mercadorias passam a estar associadas a um determinado valor 
monetário, preço. 
O processo de troca dá-se num contexto definido em que, há uma 
interação entre aquele que detém o dinheiro (o comprador) e aquele 
que possui a mercadoria (o vendedor), 
 
 24 
 
no sentido de determinar-se o preço da mercadoria para que haja, 
efectivamente, espaço para a realização da troca. Esta interação entre 
o comprador e o vendedor dá origem ao termo mercado. 
Nesta unidade temática abordamos acerca do conceito de mercado e 
outros tópicos relacionados a este, tais como: o papel central dos 
mercados, o equilíbrio de mercado e como os mercados resolvem os 
três problemas da organização económica. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Definir o mercado; 
▪ Conhecer o papel central dos mercados; 
▪ Saber quando é que um mercado está em equilíbrio; 
▪ Explicar como os mercados resolvem os três problemas da organização 
económica. 
 
Mercado 
 
Existem várias definições de mercados. Contudo, em economia o 
mercado é visto de uma forma diferente daquela que é a forma mais 
comum (um lugar físico). 
“Na linguagem comum, a palavra mercado significa um local onde as 
pessoas compram e vendem bens, como peixes, carne, frutas e 
vegetais. Em economia, mercado tem um significado mais amplo. Um 
mercado é qualquer estrutura que permite que compradores e 
vendedores obtenham informações e façam negócios uns com os 
outros. Um exemplo é o mercado no qual o petróleo é comprado e 
vendido – o mercado internacional de petróleo. O mercado 
internacional de petróleo não é um local, mas a rede formada por 
produtores de petróleo, usuários de petróleo, atacadistas e corretores 
que compram e vendem petróleo. No mercado internacional de 
petróleo, aqueles que tomam as decisões nãose encontram 
fisicamente. Eles fazem negócio ao redor do mundo por telefone, fax e 
conexões via computador” (Parkin, 209, p.40). 
 
Segundo Samuelson e Nordhaus (2010), “um mercado é um mecanismo 
pelo qual compradores e vendedores interagem para determinar os 
preços e trocar bens, serviços e activos” (p.26). 
 
Ambos os autores aqui apresentados convergem para um único ponto 
onde deixa-se claro que mercado não é um local físico, mas sim um 
contexto onde há uma interação entre as forças do mercado, a procura 
e a oferta (aspectos que veremos nas próximas duas unidades 
temáticas), por forma a determinar-se um preço que permita a 
realização de troca dos produtos. 
 
 
 25 
 
Papel central dos mercados 
. 
Os mercados têm em vista a determinação de preços das mercadorias 
de modo que as trocas possam ser realizadas. Assim sendo, pode-se 
afirmar que o “papel central dos mercados é o de determinar o preço 
dos bens” (Samuelson & Nordhaus, 2010, p.26). Um preço representa o 
valor monetário pelo qual a mercadoria pode ser obtida ou trocada, isto 
é, quanto vale um bem em termos monetários. 
 
Os preços desempenham um papel importante na vida do produtor 
assim como na do consumidor. Os preços norteiam as decisões destas 
duas forças num mercado. Quando os preços de um produto estão 
altos, os consumidores tendem a diminuir a compra deste produto. Por 
outro lado, para os vendedores este fenómeno constitui um incentivo 
na medida em que preços mais altos fazem com que se estimule a 
produção com o intuito de se obter lucros mais elevados nas vendas. 
Preços mais baixos retraem a produção mas constituem um estímulo 
para o consumo. 
 
Equilíbrio de mercado 
 
“Um equilíbrio é uma situação em que forças opostas se 
contrabalançam. O equilíbrio em um mercado ocorre quando o preço 
equilibra os planos dos compradores e os dos vendedores” (Parkin, 
2009, p.63). Por outro lado, Samuelson e Nordhaus (2010) afirmam que, 
“um equilíbrio de mercado representa uma estabilidade entre todos os 
diferentes compradores e vendedores” (p.29). A figura 2-1.1 apresenta 
uma situação de equilíbrio de mercado. 
 
 
Figura 2-1.1: Equilíbrio de mercado 
 
Dizemos que o mercado está em equilíbrio quando as quantidades 
oferecidas são iguais as quantidades procuradas, isto é, quando 
exactamente aquilo que os compradores precisam constitui o mesmo 
que é produzido e oferecido pelo lado dos vendedores (nem mais nem 
menos). O preço constitui assim um 
 
 26 
 
instrumento que tem o poder de criar esta paridade entre as 
quantidades oferecidas e as procuradas. Preços elevados geraram uma 
situação de excesso do produto no mercado, uma vez que as 
quantidades produzidas tendem a ser maiores que as quantidades 
procuradas. Preços baixos geraram uma situação de escassez do 
produto no mercado, uma vez que as quantidades produzidas tendem 
a ser menores que as quantidades procuradas. Assim sendo, como os 
preços comandam as decisões dos compradores e dos vendedores, 
existe um preço que faz com que os vendedores, a esse preço, estejam 
dispostos a vender quantidade X de um determinado produto e os 
compradores também estejam dispostos a comprar somente essa 
quantidade, dando origem ao equilíbrio do mercado. 
 
Como os mercados resolvem os três problemas da organização 
económica 
 
Na unidade temática 1.2. falou-se acerca de três problemas da 
organização económica: (1) O quê e quanto produzir; (2) Como produzir 
e (3) Para quem produzir. Neste tópico vamos ver como é que os 
mercados resolvem estes problemas. 
 
 
(1) Quais produtos produzir vai depender dos votos monetários dos 
consumidores nas suas decisões do dia-a-dia. Exemplo: se as 
pessoas passarem a gastar mais em automóveis, então, muitos 
vendedores irão inclinar-se mais para esta área de comércio. Como 
os vendedores são movidos pela maximização do lucro, estes 
poderão abandonar mercados menos rentáveis e investir neste em 
que as pessoas estão a apostar o seu voto monetário. 
(2) Como os produtos são produzidos vai depender da concorrência 
entre os diferentes produtores. Para os produtores suportarem os 
preços dos seus concorrentes eles podem optar por usar métodos 
de produção mais eficientes por forma a ganhar uma vantagem nos 
custos. Eles podem decidir afinar as suas maquinarias ou ajustar a 
combinação dos seus factores de produção. 
(3) Para quem produzir vai depender da oferta e da procura nos 
mercados de factores de produção. 
 
A figura 2-1.2 resume como os três problemas da organização 
económica são resolvidos. Esta patente nesta figura que o sistema de 
mercado baseia-se na oferta e na procura para resolver os três 
problemas fundamentais económicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consumidores 
Proprietários 
dos factores 
produtivos 
Votos 
monetários dos 
consumidores 
Empresas 
Produtividade 
dos factores 
Custos de 
produção 
Preços nos 
mercados 
de produtos 
Preços nos 
mercados 
de factores 
(salários, 
rendas, 
juros) 
Mercado de Produtos 
Mercado de factores 
Procura Oferta 
Procura Oferta 
O quê 
 
Como 
 
Para quem 
 
 
Calçado 
Habitação 
Pizas Pizas 
Habitação 
Calçado 
Trabalho Trabalho 
Terra Terra 
Bens de capitais Bens de capitais 
 
 28 
 
 
Figura 2-1.2: Fluxo circular de economia de mercado 
 
Os votos monetários dos consumidores (famílias, governo e exterior) 
interagem com a oferta das empresas no mercado dos produtos, 
ajudando a determinar o que é produzido. A procura de factores de 
produção pelas empresas encontra a oferta de trabalho e de outros 
factores de produção nos mercados de factores determinando os 
salários, as rendas e os juros; os rendimentos influenciam portanto a 
quem serão os bens distribuídos. A concorrência das empresas para 
comprar os factores de produção e vender produtos a mais baixo preço 
determina como os bens são produzidos (Samuelson & Nordhaus, 2010, 
p.29). 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 2.1 definimos mercado como um contexto, e 
não um local físico, onde há uma interação entre a procura e a oferta 
por forma a determinar-se um preço que vai permitir a realização de 
troca dos produtos. Neste sentido, vimos que o papel central dos 
mercados é a determinação dos preços. 
Os mercados devem estar em equilíbrio. Caso isso não aconteça, haverá 
uma situação de escassez ou excesso da produção. Para que um 
mercado esteja em equilíbrio é necessário que a procura seja igual a 
oferta. 
Para resolver os três problemas fundamentais económicos, o sistema 
de mercado baseia-se na oferta e na procura. 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Defina o mercado sob o ponto de vista da economia. 
2. Explique o que é que acontece no mercado se os preços estiverem 
muito altos? 
3. Explique o que é que acontece no mercado se os preços estiverem 
muito baixos? 
4. Quando é que dizemos que um mercado está em equilíbrio? 
5. Como é que os mercados ajudam a solucionar os três problemas 
fundamentais da economia? 
 
RESPOSTAS: Ver unidade temática 
 
 
 29 
 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipo V (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. O mercado é um lugar onde são comercializados os produtos. 
2. O papel central dos mercados é o de determinar os preços dos 
produtos. 
3. Um mercado está em equilíbrio quando a oferta é maior que a 
procura. 
4. A decisão sobre o quê produzir vai depender dos votos monetários 
dos consumidores. 
5. A decisão sobre para quem produzir vai depender das empresas 
concorrentes. 
 
RESPOSTAS: 1F; 2V; 3F; 4V; 5F. 
 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. Mercado refere-se a 
a) Um lugar virtual onde são comercializadas mercadorias; 
b) Um lugar físico onde são vendidos bens; 
c) Um mecanismopelo qual compradores e vendedores 
interagem para determinar os preços e trocar bens, 
serviços e activos; 
d) Existência de vendedores de produtos. 
2. Se os preços estiverem muito altos, no mercado haverá: 
a) Escassez do produto; 
b) Excesso do produto; 
c) Excesso de procura; 
d) Nenhum dos fenómenos acima. 
3. Se os preços estiverem muito baixos, no mercado haverá: 
a) Escassez do produto; 
b) Excesso do produto; 
c) Excesso de procura; 
d) Nenhum dos fenómenos acima. 
4. Um mercado está em equilíbrio quando 
a) A oferta é maior que a procura; 
b) A oferta é menor que a procura; 
c) A oferta é igual a procura; 
d) Não há escassez do produto. 
5. A decisão sobre o quê produzir vai depender 
a) Dos votos monetários dos consumidores; 
b) Das empresas concorrentes; 
c) Dos rendimentos das empresas; 
d) Nenhuma das alternativas acima. 
 
RESPOSTAS: 1C; 2B; 3A; 4C; 5A 
 
 
 30 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.2. A procura 
Introdução 
A oferta e a procura são duas forças que compõem um determinado 
mercado. Para prever os preços e as quantidades de uma determinada 
mercadoria é necessário dominar a análise destas duas forças. Ademais, 
esta análise constitui uma importante ferramenta para explicar certas 
variações que ocorrem no ambiente económico. 
 
Nesta unidade temática começamos por abordar acerca da procura. 
Deste modo, é possível encontrar nela aspectos como o conceito de 
procura, a lei da procura, os determinantes da procura e a distinção 
entre as quantidades procuradas e a procura. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Saber definir a procura; 
▪ Conhecer a lei da procura; 
▪ Conhecer os factores que determinam a procura; 
▪ Saber distinguir a procura das quantidades procuradas. 
 
Procura 
 
Para Vaconcellos e Garcia (2008), “procura pode ser definida como a 
quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam 
adquirir em determinado período de tempo” (p.55). 
 
Rosseti (2009) refere que, “a procura de determinado produto é 
determinada pelas várias quantidades que os consumidores estão 
dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de 
preços, em dado período de tempo” (p.410). 
 
Na definição da procura, ou demanda como alguns autores chamam, 
devemos tomar em consideração duas variáveis: o preço (P) e a 
quantidade (Q) procurada. Neste sentido, para cada preço estipulado 
no mercado existirá sempre uma quantidade procurada. Assim sendo, 
sempre que os preços oscilarem, as quantidades procuradas também o 
farão. Desta forma, podemos dizer que a procura refere-se a 
quantidade que os consumidores desejarão adquirir a um determinado 
preço de mercado num dado período de tempo. 
 
Lei da procura 
 
 
 31 
 
P 
6 10 18 22 
Q 
6,00 
5,00 
3,00 
2,00 
D 
Z 
Y 
V 
U 
Como vimos na definição da procura, existe uma relação entre os preços 
e as quantidades procuradas. A lei da procura elucida esta relação e 
mostra que a mesma é negativa, isto é, mantendo o resto constante, a 
medida que os preços vão aumentando, as quantidades procuradas 
serão cada vez mais reduzidas (vão diminuindo). 
 
De acordo com Vaconcellos e Garcia (2008), “há uma relação 
inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do 
bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda” (p.55). 
Interpretando a lei da procura temos o seguinte: se todos os outros 
factores forem mantidos constantes, quanto mais alto for o preço de 
um bem, menor será a quantidade procurada deste bem, e, quanto 
mais baixo for o preço de um bem, maior será a quantidade procurada 
deste bem. 
 
A lei da procura pode ser representada numa escala de procura bem 
como através da curva de procura e/ ou por meio de uma função 
procura ou equação de procura. 
 
 
Tabela 2-2.1: Escala de procura 
 Figura 2-2.1: Curva de procura 
 
Qd = 30 – 4P => Função procura ou equação da procura. A expressão 
Qd= 30 – 4P mostra que a quantidade procurada é uma função do preço 
e, o sinal patente no coeficiente associado a variável preço representa 
a relação negativa existente entre estas duas variáveis. 
 
Tanto a escala de procura assim como a curva de procura e a equação 
da procura mostram uma relação negativa entre as quantidades 
procuradas e o preço. Pode-se observar nelas que, a medida que o 
preço vai aumentando, mantendo o resto constante, as quantidades 
procuradas vão diminuindo expressando a lei da procura. 
 
Determinantes da procura 
 
O preço do bem X determina a quantidade procurada que será obtida. 
E, como vimos anteriormente, preços mais elevados diminuem as 
quantidades procuradas, mantendo o resto constante. Para além do 
preço do bem, existem outras variáveis que afectam a procura do bem. 
Samuelson e Nordhaus (2010) apresentam como factores que afectam 
a procura os seguintes: o rendimento médio dos consumidores; o 
Preço do 
bem X (MT) 
Quantidades 
procuradas 
do bem X 
2,00 22 
3,00 18 
5,00 10 
6,00 6 
 
 32 
 
tamanho da população; o preço do bem substituto; o preço do bem 
complementar; os gostos ou preferências; influências especiais. 
Existem muitos outros factores que afectam a procura como é o caso 
da expectativa futura que os consumidores têm em relação ao preço de 
um dado bem. 
 
Se o rendimento médio dos consumidores aumentar isto fará com que 
aumente a procura por um bem normal, mantendo o resto constante. 
Caso o tamanho da população aumente, a procura também aumentará. 
Se o preço da Pepsi-Cola aumentar, bem substituto da Coca-Cola, a 
procura pela Coca-Cola também aumenta. Se o preço da gasolina 
aumentar, bem complementar de automóveis, a procura por 
automóveis irá diminuir. Caso as pessoas passem a gostar mais de um 
determinado bem, a procura por esse bem aumenta. Influências 
especiais – no tempo de frio a procura por sorvetes tende a diminuir. 
Todas as análises aqui feitas só fazem sentido se formos a manter os 
restantes factores contantes. A premissa do coeteris paribus deve-se 
fazer sentir sempre que analisamos o efeito de uma variável sobre a 
outra. 
 
Diferença entre procura e quantidade procurada 
 
Existe uma certa diferença entre a procura e a quantidade procurada. 
“Por procura entende-se toda a escala ou curva que relaciona os 
possíveis preços a determinadas quantidades” (Vaconcellos & Garcia, 
2008, pp.58-59). A figura 2-2.1 é um exemplo de procura – a recta 
indicada pela letra D representa a procura. “Por quantidade procurada 
devemos compreender um ponto específico da curva relacionando um 
preço a uma quantidade” (Vaconcellos & Garcia, 2008, p.59). Ainda na 
figura 2-2.1, veremos que a quantidade procurada com preço 3,00 MT 
é 18. Caso o preço aumentasse para 5,00 MT, haveria uma diminuição 
da quantidade procurada e não da procura. 
 
As alterações no preço do bem apenas causam movimentos ao longo 
da curva da procura e, em nenhum momento fazem deslocar esta curva. 
Enquanto uma alteração em qualquer um dos determinantes da 
procura, apresentados no tópico anterior, fazem deslocar a curva da 
procura para direita (aumentando-a) ou para a esquerda (diminuindo-
a). 
 
Na figura 2-2.1 vimos que se o preço for de 3,00 MT, então, a 
quantidade será de 18. Caso o preço aumente para 5,00 MT, a 
quantidade diminui para 10. Neste caso a procura continua a mesma, 
só nos movimentamos ao longo da curva de procura do ponto V para Y. 
 
A figura 2-2.2 mostra o efeito de um aumento no preço da Pepsi-Cola, 
bem substituto da Coca-Cola, mantendo os demais factores constantes. 
 
 33 
 
 
Figura 2-2.2: Efeito do aumento do preço da Pepsi-Cola 
Observando a figura 2-2.2, nota-se que, com o aumento do preço da 
Pepsi-Cola, a procura pela Coca-Cola aumentou ou deslocou-se para a 
direita, passando de Do para D1.E, como consequência do aumento da 
procura, as quantidades procuradas também aumentaram de 8 para 24. 
Sumário 
Nesta Unidade temática 2.2 estudamos acerca da procura. Definimos a 
procura como sendo uma curva que relaciona os preços com as 
quantidades procuradas. Vimos, também, que, a lei da procura 
evidencia o seguinte: mantendo o resto constante, existe uma relação 
negativa ou inversa entre o preço e a quantidade procurada, isto é, a 
medida que aumentamos o preço de um determinado bem, a sua 
quantidade procurada tende a diminuir, mantendo o resto constante, e 
vice-versa. 
 
O rendimento médio dos consumidores, o tamanho da população, o 
preço do bem substituto, o preço do bem complementar, os gostos ou 
preferências e as influências especiais são factores que determinam a 
procura por um determinado bem. 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Distinga a procura das quantidades procuradas. 
2. Represente graficamente a curva da procura e diga porquê é que ela 
tem uma inclinação negativa. 
3. Que impacto exerce, na curva da procura de um bem, uma redução do 
tamanho da população? Justifique com recurso a gráfico. 
4. Liste os determinantes da procura por um bem. 
5. Que impacto exerce, na curva da procura de um bem, um aumento do 
rendimento dos consumidores? Justifique com recurso a gráfico. 
 
RESPOSTAS: Ver unidade temática 
 
 34 
 
Exercícios para AVALIAÇÃO 
Perguntas fechadas do tipo V (Verdadeiro) ou F (Falso). 
1. O preço não exerce influência sobre a procura mas sim sobre as 
quantidades procuradas. 
2. Se a preferência por um bem diminuir, mantendo o resto constante, 
a procura por esse bem também vai diminuir. 
3. A existência de bens complementares constitui um determinante da 
procura. 
4. Não existe diferença entre a procura e as quantidades procuradas. 
5. A lei da procura nos indica uma relação directa ou positiva entre o 
preço e a quantidade procurada de um bem. 
 
RESPOSTAS: 1V; 2V; 3V; 4F; 5F. 
Perguntas fechadas do tipo Múltipla Escolha 
1. Qual das seguintes é uma equação da procura? 
a) Q = 2Q - 20; 
b) Q = 15 + 2Q; 
c) Q = -3Q + 40; 
d) Q = 40 + 2Q. 
2. Qual das seguintes não constitui um determinante da procura? 
a) O preço do bem substituto; 
b) A Tecnologia; 
c) Os gostos; 
d) O rendimento médio do consumidor. 
3. Mantendo os restantes factores constantes, se o preço do bem 
diminuir: 
a) A procura vai aumentar; 
b) A procura vai diminuir; 
c) A quantidade procurada vai diminuir; 
d) A quantidade procurada vai aumentar. 
4. Mantendo os restantes factores constantes, se o preço do bem 
complementar de X aumentar, a procura do bem X vai: 
a) Manter-se inalterada; 
b) Aumentar; 
c) Diminuir; 
d) Nenhuma das alternativas está correcta. 
5. A lei da procura nos mostra que 
a) Existe uma relação negativa entre o preço e a quantidade 
de um bem, mantendo o resto constante; 
b) Não existe qualquer relação entre preços e quantidades; 
c) A curva da procura é positivamente inclinada; 
d) Existe uma relação directa entre preços e quantidades. 
 
RESPOSTAS: 1C; 2B; 3D; 4C; 5A 
 
 
 35 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.3. A oferta 
Introdução 
Na unidade passada falamos da procura como uma das forças que 
compõe o mercado. Nesta unidade temática aborda-se acerca da 
oferta, a outra força do mercado. Deste modo, nesta unidade temática 
encontram-se aspectos como o conceito de oferta, a lei da oferta, os 
determinantes da oferta e a distinção entre as quantidades oferecidas 
e a oferta. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 
▪ Saber definir a oferta; 
▪ Conhecer a lei da oferta; 
▪ Conhecer os factores que determinam a oferta; 
▪ Saber distinguir a oferta das quantidades oferecidas. 
 
Oferta 
 
Para Vaconcellos e Garcia (2008), “pode-se conceituar a oferta como as 
várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em 
determinado período de tempo” (p.60). 
 
Rosseti (2009) refere que, “a oferta de determinado produto é 
determinada pelas várias quantidades que os produtores estão 
dispostos e aptos a oferecer, em função de vários níveis possíveis de 
preços, em dado período de tempo” (p.420). 
 
Na definição da oferta, devemos tomar em consideração duas variáveis: 
o preço (P) e a quantidade (Q) oferecida. Neste sentido, para cada preço 
estipulado no mercado existirá sempre uma quantidade que os 
produtores estarão dispostos a oferecer ao mercado. Assim sendo, 
sempre que os preços oscilarem, as quantidades oferecidas também o 
farão. Desta forma, podemos dizer que a oferta refere-se a quantidade 
que os produtores desejarão oferecer a um determinado preço de 
mercado num dado período de tempo. 
 
Lei da oferta 
 
Como vimos na definição da oferta, existe uma relação entre os preços 
e as quantidades oferecidas. A lei da oferta nos mostra que existe uma 
relação positiva entre o preço e a quantidade oferecida, isto é, 
mantendo o resto constante, a medida que os preços vão aumentando, 
 
 36 
 
P 
7 10 16 19 
Q 
6,00 
5,00 
3,00 
2,00 
S 
Z 
Y 
V 
U 
as quantidades oferecidas serão cada vez maiores e vice-versa. 
 
De acordo com Vaconcellos e Garcia (2008), “a função oferta mostra 
uma correlação directa entre quantidade oferecida e nível de preços, 
coeteris paribus. É a chamada lei geral da oferta” (p.60). Interpretando 
a lei da oferta temos o seguinte: se todos os outros factores forem 
mantidos constantes, quanto mais alto for o preço de um bem, maior 
será a quantidade oferecida deste bem, e, quanto mais baixo for o preço 
de um bem, menor será a sua quantidade oferecida. 
 
A lei da oferta, a semelhança da procura, pode ser representada numa 
escala de oferta bem como através da curva de oferta e/ ou por meio 
de uma função oferta ou equação de oferta. 
 
 
 
 
Tabela 2-3.1: Escala de oferta 
 Figura 2-3.1: Curva de oferta 
 
Qs = 1 + 3P => Função oferta ou equação da oferta. A expressão Qs=1+3P 
mostra que a quantidade oferecida é uma função do preço e, o sinal 
patente no coeficiente associado a variável preço representa a relação 
positiva existente entre estas duas variáveis. 
 
Tanto a escala de oferta assim como a curva de oferta e a equação da 
oferta mostram uma relação positiva entre as quantidades oferecidas e 
o preço. Pode-se observar nelas que, a medida que o preço vai 
aumentando, mantendo o resto constante, as quantidades oferecidas 
vão também aumentando expressando a lei da oferta. 
 
Determinantes da oferta 
 
O preço do bem X determina a quantidade oferecida que será fornecida 
no mercado. E, como vimos anteriormente, preços mais baixos 
aumentam as quantidades oferecidas, mantendo o resto constante. 
Para além do preço do bem, existem outras variáveis que afectam a 
oferta do bem. Samuelson e Nordhaus (2010) apresentam como 
factores que afectam a oferta os seguintes: a tecnologia; o preço dos 
factores de produção; preços de bens complementares na produção; 
preços de bens substitutos na produção; política do governo e 
Preço do 
bem X (MT) 
Quantidades 
oferecidas 
do bem X 
2,00 7 
3,00 10 
5,00 16 
6,00 19 
 
 37 
 
influências especiais. Existem muitos outros factores que afectam a 
oferta como é o caso do número de empresas no mercado. 
 
Se existir uma melhoria tecnológica na produção de automóveis, os 
custos de produção baixam e aumenta a oferta de automóveis. Uma 
redução dos salários dos trabalhadores de uma indústria de sapatos 
baixa os custos de produção e aumenta a oferta. 
 
A indústria pode decidir se opta por produzir caminhões ou automóveis. 
Se os preços dos caminhões baixarem, bem substituto de automóveis 
na produção, a oferta de automóveis aumenta. 
 
Se como política o governo decide anular as quotas e os impostos 
aduaneiros sobre a importação

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