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Farmacologia da Hipertensão Arterial Sistêmica Visão geral • Ao iniciar um tratamento para controle da HAS, deve-se levar em conta alguns fatores como: ✓ Perfil previsto de tolerabilidade ✓ Custo e viabilidade para mantê-lo ✓ Posologia mais efetiva e segura ✓ Interação medicamentosa ✓ Efeito desejado para outras condições clínicas do paciente • Além disso, ao se iniciar um tratamento, leva-se em conta a utilização de uma dose baixa, porém efetiva, somada a uma reavaliação a cada 4 semanas, para que caso seja necessário, realize a associação de mais de uma classe de fármacos. • É importante lembrar que quanto maior a dose da medicação, maior a probabilidade de efeitos adversos, sendo assim, é importante haver certa vigilância sobre o paciente e eventuais queixas ao se utilizar um fármaco • Os mecanismos de ação dos fármacos para controle da HAS são diversos, assim, há várias farmacodinâmicas existentes que agem em diversas partes do corpo • A terapia de controle inicia-se normalmente em monoterapia de algumas das classes (DIU, BCC, ECA, BRA e BB) • Em pacientes com PA 130-139 e/ou 85-89 mmHg de risco alto, HÁ de estágio 1 de risco alto ou pacientes muito idosos e/ou frágeis, inicia-se com monoterapia farmacológica. • A combinação de dois fármacos ocorre se a monoterapia não for suficiente para alcançar a meta ou se for iniciar uma terapia em pacientes com HÁ estágio 1 de risco moderado e alto, ou pacientes com HA estágios 2 e 3. Nesse tipo de terapia, associa-se IECA ou BRA com BCC ou DIU. • Caso a meta não seja alcançada, a combinação de novos fármacos é feita, associando quando três IECA/BRA + BCC +DIU • Quando se mostra necessário um quarto fármaco é comum o uso de espironolactona, um tipo específico de diurético. • Ao ser finalizado essas classes medicamentosas, inicia-se a terapia adjunta de betabloqueadores, os quais são simpatolíticos centrais, alfa bloqueadores e vaso dilatadores • Dentre as combinações possíveis, algumas são preferenciais, outras são possíveis, mas não testadas. Há também uma combinação não recomendada de IECA mais BRA. • Para otimizar doses, é interessante que em um único comprimido estejam dois ou mais princípios ativos Fármacos anti-hipertensivos Diuréticos Tiazídicos (DIU) • O principal representante dos tiazídicos é aa Hidroclorotiazida (HCTZ), a primeira linha no tratamento do idoso que não apresenta comorbidades, sendo utilizado como monoterapia • É comumente também utilizado em associação com outros quando necessário • Dentre os possíveis efeitos adversos temos a hiperuricemia, aumento da glicemia e associação recente com câncer de pele não-melanoma • Seu mecanismo de ação consiste em impedir a saída de sódio dos túbulos renais, assim, o sódio permanece na luz e promove a entrada de água, diminuindo a quantidade de líquido na circulação sanguínea, consequentemente diminuindo a PA. Vale lembrar que a natriurese promove a diurese. Diurético poupadores de K+ (DIU) • Representado pela Espironolactona, age no túbulo distal, de modo antagonista à aldosterona, fazendo com que o sódio permaneça na luz e promova a diurese • É um diurético limitado como monoterapia, sendo a quarta opção farmacológica como modo de controlar a PA. Também é preferencialmente utilizado em pacientes com hiperaldosteronismo primário, uma vez que bloqueia o efeito da aldosterona • Como efeitos adversos temos a hiperpotassemia, uma vez que muito potássio permanece no corpo devido ao mecanismo de ação. Diurético de Alça (DIU) • Representado pela Furosemida, é muito utilizado em pacientes com insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixo de 30mL/min, insuficiência cardíaca devido ao caráter hipovolêmico • Em casos de hipervolemia severa pode ser associado com tiazídicos • Seu mecanismo de ação consiste em manter o sódio na luz, para que assim bloqueie o mecanismo de contracorrente. Bloqueadores do Canal de Cálcio (BCC) • São divididos em dois grupos os Di-hidropiridínicos como anlodipino e nifedipino e os Não Di- hidropiridínicos como verapamil e diltiazem • Os Di-hidropiridínciso possuem efeitos vasodilatador potente, associam-se bem para doença coronariana sintomática, são a primeira linha para tratamento em afrodescendentes. Todavia, possuem problemas como edema, cefaleia e rubor facial • Já os Não Di-hidropiridínicos possuem pouco efeito vasodilatador, agem no controle inotrópico negativo reduzindo a frequência. O verapamil especificamente promove constipação intestinal Inibidores da ECA (IECA) • Representados pelo captopril e enalapril, possuem boa eficácia em todas as faixas etárias, previnem LOA, atuam no pós- IAM, promovem redução da resistência insulínica. Dentre seus efeitos adversos temos a alteração do paladar, a tosse reca e piora da função renal • É fortemente contraindicado no caso de estenose da artéria renal bilateral ou unilateral associada a rim único funcional e na gravidez • Seu mecanismo de ação consiste em impedir que Enzima Conversora de Angiotensina transforme angiotensina I em angiotensina II, assim o SRAA não se completa, impedindo o aumento de pressão Inibidores do receptor de angiotensina II (BRA) • Representado pelo losartana, inibe a ação da angiotensina II, não interferindo no metabolismo de carboidratos ou de lípides • Sua vantagem frente ao IECA é o não acúmulo de bradicinina • Não se deve associar BRA com IECA, pois o alvo de ação é o mesmo, logo haveria um excesso medicamentoso sem utilidade Beta-Bloqueadores (BB) • Representado pelo atenolol, reduz parcialmente o débito cardíaco, diminuindo também a liberação da renina pelo aparelho justaglomerular. Eles agem no barorreceptores, diminuindo as catecolaminas nas sinapses dos neurônios. Anti-hipertensivos endovenosos de ação rápida • Em emergências hipertensivas, comumente se usa vasodilatadores, tal qual nitroprussiato e nitroglicerina, devido à elevada complexidade do quando
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