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- O processo gerencial middle-up-down para a criação do conhecimento - A organização Hipertexto Profa. Dra. Olga Maria Formigoni Carvalho Walter Engenheira de Produção CREA/SC 151004-3 olgaformigoni@gmail.com GESTÃO DO CONHECIMENTO mailto:olgaformigoni@gmail.com 2 O AMBIENTE PARA A CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO MIDDLE-UP-DOWN ORGANIZAÇÃO HIPERTEXTO PROCESSO GERENCIAL TOP-DOWN 3 ❑ Modelo hieraráquico clássico da adminsitração que molda a organização como uma pirâmide. ❑ Os planos e ordens são criados pela alta gerência. ❑ Mais importância ao conhecimento criado na alta cúpula e transmitido na forma de ordens. ❑ Gerência cria conceitos básicos para níveis inferiores implementar - linha de frente (LF) ❑ Conceitos gerenciais são condições operacio- nais para os gerentes de nível médio. ❑ Decisões dos gerentes são condições operacionais para a LF. ❑ Conversão conhec: combinação (E→ E) e internalização (E → T). 3 ÊNFASE: CONHECIMENTO EXPLÍCITO PROCESSO GERENCIAL BOTTOM-UP 4 ❑ Basicamente o reflexo da gerência top-down refletida no espelho. ❑ A hierarquia e a divisão do trabalho dão mais espaço para a autonomia. ❑ Os funcionários têm mais liberdade no processo de criação do conhecimento (de forma coordenada com os objetivos da organização). ❑ Os altos gerentes e instrutores dão menos ordens e instruções – são patrocinadores do empreenderoismo da linha de frente. ❑ A criação do conhecimenhecimento tende a focar mais no conhecimento tácito. ÊNFASE: CONHECIMENTO TÁCITO ❑ Sua ênfase autonomia torna extremamente difícil compartilhar o esse conhecimento tácito na organização. TOP-DOWN BOTTOM-UP 5 Nenhum é adequado para gerenciar a criação do conhecimento. • Top-down é adequado para lidar com o conhecimento explícito e negligencia o desenvolvimento do conhecimento tácito que pode ocorrer na linha de frente de uma organização. • Bottom-up é adequado para lidar com o conhecimento tácito. Mas sua ênfase na autonomia dificulta compartilhar conhecimento dentro da organização. 5 PROCESSO GERENCIAL MIDDLE-UP-DOWN 6 O processo middle-up-down consiste em entender que o conhecimento é criado de cima para baixo e de baixo para cima, conforme as interações conhecimento tácito e explícito. Os funcionários da linha de frente estão diariamente imersos nos detalhes de determinada tecnologia, produtos ou mercados específicos. [...] Faz sentido dar-lhes liberdade, pois não há maior especialista na realidade dos negócios de uma empresa do que eles. [...] Os gerentes seniores proporcionam senso de direção criando conceitos gerais para identificar as características comuns, que associam atividades ou negócios aparentemente dispares, em um todo coerente. Nonaka e Takeuchi (1997) p. 15 PROCESSO GERENCIAL MIDDLE-UP-DOWN 7 No modelo middle-up-down, a alta gerência cria uma visão de sonho enquanto a gerência de nível médio desenvolve os conceitos que os funcionários da linha de execução possam compreender e executar. 8 “SONHO” “MUNDO REAL” Alta gerência cria uma visão ou sonho, enquanto a gerência de nível médio desenvolve conceitos mais concretos que os funcionários da linha de frente possam compreender e implementar. Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997) p. 147 Criação do conhecimento middle-up-down Os gerentes de nível médio tentam resolver a contradição entre o que a alta gerência espera criar e o que realmente existe no mundo real. PROCESSO GERENCIAL MIDDLE-UP-DOWN 9 Gerente de Nível Médio 1989: Empresas no futuro praticamente não terão gerentes de nível médio e que a era da carreira linear havia acabado. 1991: Papel tradicional dos gerentes de nível médio está desaparecendo como resultado de novas filosofias e noções gerenciais (envolvimento total dos funcionários, sistemas sócio técnicos e as equipes de trabalho autônomas). 9 PROCESSO GERENCIAL MIDDLE-UP-DOWN 10 Gerente de Nível Médio – Principal tarefa Alguns pesquisadores vislumbraram o destino da gerência de nível médio com mais otimismo: “investidos de empowerment”. São os principais protagonistas, desempenham papel-chave na facilitação do processo de criação do conhecimento organizacional. ❑ Servem como “nó” estratégico que liga a alta gerência aos gerentes da linha de frente. ❑ É orientar em direção à criação proveitosa do conhecimento. ❑ Fornecem aos seus subordinados a estrutura conceitual que os ajuda a conferir sentido à sua própria experiência. 10 11 11 Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997) p. 149 e Carvalho (2012) COMPARAÇÃO PROCESSOS GERENCIAIS COMPARAÇÃO PROCESSOS GERENCIAIS 12 12 Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi (1997) p. 149 e Carvalho (2012) 13 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO 14 O QUE É HIPERTEXTO? Um hipertexto compreende vários níveis de texto, enquanto um texto convencional tem basicamente um nível - o próprio texto. Hipertexto é um conceito associado às tecnologias da informação e que faz referência à escrita eletrônica. Criado na década de 60 pelo filósofo e sociólogo Theodor Holm Nelson para determinar a nova leitura não-linear e interativa que surgiu com o advento da internet. 15 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TRADICIONAL Burocracia e Força tarefa • A criação do conhecimento não tem implicações somente na forma gerencial, mas também na estrutura da organização. • A estrutura organizacional tradicional oscila entre Burocracia e Força tarefa, mas nenhuma dessas estruturas é adequada. • É preciso uma combinação ou uma síntese de ambas. A burocracia pode gerar características disfuncionais: como resistência intra-organizacional, papelada, tensão, falta de responsabilidade, meios que se transformam em fins e departamentalismo. →MOTIVAÇÃO 16 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TRADICIONAL Burocracia • Funciona bem quando as condições são estáveis, pois enfatiza o controle e a previsibilidade de funções específicas. • A estrutura burocrática, que é altamente formalizada, especializada, centralizada e é adequada à realização eficiente do trabalho de rotina em larga escala. • Atua geralmente com trabalho predominantemente racionalizado e repetitivo. 17 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TRADICIONAL Força-tarefa • Ataca o ponto fraco da burocracia. • É flexível, adaptável, dinâmica e participativa. • Equipes ou grupos de várias partes da organização que reúnem para lidar com um problema temporário. • Trabalham por prazo determinado e concentram energia e esforço na concretização de uma meta específica. • Quase sempre bem-sucedida ao dar saltos quânticos em áreas como o desenvolvimento de novos produtos. Ex: inventário. 18 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TRADICIONAL Força-tarefa → Ponto fraco • Conhecimento criado não é transferido com facilidade a outros membros da organização após conclusão do projeto. • Não adequada à exploração e transferência do conhecimento de uma forma ampla em toda a organização. • Muitas forças-tarefa diferentes, a organização torna-se incapaz de estabelecer e alcançar suas metas ou visão no nível da empresa. 19 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TRADICIONAL • Burocracia → é eficaz, precipitando a combinação e a internalização. • Força-tarefa → adequada à socialização e externalização. Uma organização deve ter a capacidade estratégica para explorar, acumular, compartilhar e criar novo conhecimento de forma contínua e dinâmica e em espiral. Devemos considerar a burocracia tradicional e a força-tarefa como abordagens complementares, e não mutuamente excludentes às organizações. 20 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO A organização em hipertexto surge como um design organizacional “mais adequado para servir como base estrutural para a criação do conhecimento.” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997). A organização hipertexto compreende três níveis: Nível de sistema de negócio Nível de equipe de projeto Nível de base de conhecimento 21 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO Nível de equipe de projeto Base de conhecimento Nível de sistema de negócio 22 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTONível de sistema de negócio Localizado do centro, representa a estrutura hierárquica (burocrática) e é moldado como uma pirâmide. Fundamental para desempenhar as operações normais de rotina da organização. 23 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO Nível de equipe de projeto Encontramos a força-tarefa, equipes de projeto são formadas por diversas áreas do nível de sistema de negócio para trabalharem exclusivamente no DP e soluções → na criação de novo conhecimento. 24 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO Base de conhecimento Não é uma entidade física ou concreta. Está incorporado à visão, à cultura, aos processos e à tecnologia da organização. Perpassa os outros dois e cada uma das pessoas da organização, concentra tanto o conhecimento criado na hierarquia quanto aquele criado na força-tarefa. 25 A ORGANIZAÇÃO EM HIPERTEXTO ❑ Nível de sistema de negócio: Este nível está localizado no centro e representa a estrutura hierárquica/burocrática. É fundamental para desempenhar as operações normais de rotina da organização. ❑ Nível de equipe de projeto: Neste nível, é encontrada a força-tarefa. A equipe é formada por pessoas de diversas áreas do nível de sistema de negócio com o objetivo de trabalharem exclusivamente no desenvolvimento de produtos e soluções, ou seja, na criação de conhecimento. ❑ Nível de base de conhecimento: Apesar de não poder ser identificado como uma entidade física ou concreta, esse nível existe incorporado à visão, à cultura, aos processos e à tecnologia da organização. Concentra tanto o conhecimento criado na hierarquia quanto aquele criado na força- tarefa. Assim, é possível que o conhecimento seja recontextualizado em um nível, em outro ou em ambos. ATIVIDADE (EM SALA) – Cases modelos gerenciais 26 Estudos de Caso dos Três Modelos Gerenciais Três textos e três grupos: 1. GE top-down → Jack Welch desenvolve conceitos que se transformam em condições operacionais para a organização. 2. 3M bottom-up → Alta gerência mentora para “indivíduos com iniciativa” que são obcecados por desenvolver novas ideias. 3. Mini copiadora Canon middle-up-down → mostra o importante papel desempenhado pelos gerentes de nível médio dentro da força-tarefa de desenvolvimento de produtos na criação de um conceito inovador. ATIVIDADE 4 (EM SALA) – Cases modelos gerenciais 27 ❖ Cada grupo escolher um case/texto, fazer leitura e elaborar quatro questões com resposta sobre o texto. ❖ Entregar via Moodle até dia 20/09/2022. ❖ As quatro questões com respostas serão disponibilizadas para os demais alunos no Moodle. ❖ Fazer leitura dos demais textos escolhidos pelos outros grupos de alunos, bem como perguntas e respostas. ❖ O QUE? Atividade 4 ❖ QUANDO? 13/09/2022 durante a aula ❖ ONDE? Sala de aula Referências NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação do conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 20 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 28