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MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
PESQUISA EM SAÚDE 
N1 
ANÁLISE DE SITUAÇÃO DE SAÚDE: 
- É um processo analítico sintético, que 
analisa e sintetiza o banco de dados, a 
fim de explicar o perfil de saúde-doença 
de uma população, incluindo os danos 
ou problemas de saúde, assim como os 
seus determinantes, que facilitam a 
ident ificação de necessidades e 
prioridades em saúde, a identificação de 
i n t e r v e n ç õ e s e d e p r o g r a m a s 
apropriados e a avaliação de impacto. 
- Informação → tomada de decisão → 
ação em saúde coletiva. 
- A ASIS pode ser entendida como um 
dos instrumentos de saude coletiva 
baseada em ev idenc ias em um 
movimento espiralar de ação, produção 
de dados, informações, conhecimento e 
sua interferência para a modificação da 
ação.
I. Fases e tipos de ASIS: 
- Eixo estratégico: facilitar o processo 
participativo, o empoderamento dos 
atores envolvidos e a institucionalização 
da prática. 
- Eixo metodológico: procedimentos 
científicos especialmente dotados. 
II. Quais as características desejáveis 
dos indicadores utilizados para a 
ASIS? 
- Relevância dos indicadores.
- Validade: desejável que se disponha de 
medidas tão “próximas” quanto possível 
do conceito abstrato ou da demanda 
pol í t ica que lhes deram or igem. 
Corresponde ao grau de proximidade 
entre o conceito e a medida, isto é, a sua 
capacidade de refletir, de fato, o 
conceito abstrato a que o indicador se 
p r o p õ e a “ s u b s t i t u i r ” o u 
“ o p e r a c i o n a l i z a r ” . ↝ E x e m p l o : 
mortalidade infantil. O quanto eu interferi 
naquele problema, ele terá reflexo no 
indicador. Eu consigo impactar na 
mortalidade infantil fazendo o que? Isso 
tem uma validade e um reflexo. ↝ o 
quanto ele tem de valor para aferir o 
impacto que foi feito. ↝ o quanto o 
indicador reflete uma política pública que 
eu estou realizando.
- Confiabilidade: importante para legitimar 
o uso do indicador. É uma propriedade 
r e l a c i o n a d a à q u a n t i d a d e d o 
levantamento dos dados usados no 
cômputo. Tem mais haver com o quanto 
o indicador realmente reflete naquele 
problema. ↝ Ex: em caso de sífilis, é 
mais confiável pegar o número de casos 
em gestantes infectadas e em neonatais 
contaminados com a bactéria do que na 
base de dados de adultos infectados, 
porque, apesar da doença ser de 
notificação obrigatória, a maioria dos 
adultos e dos médicos não avisam; já 
em bebes, os médicos notificam. ↝ 
Exemplo: os dados de dengue possuem 
pouca confiabilidade, porque não são 
todos os dados de dengue que são 
notificados e tem muita sub-notificação 
também. ↝ Exemplo: violência doméstica 
também possuí pouca confiabilidade 
pois é pouco reportado. 
- Cobertura populacional: sempre que 
possível deve-se procurar empregar 
indicadores de boa cobertura territorial 
o u p o p u l a c i o n a l , q u e s e j a m 
representativos da realidade empírica em 
análise. Essa é uma das características 
interessantes dos indicadores sociais 
produz idos a par t i r dos censos 
PAULA R. C. PENTEADO 1
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
demográficos, o que os tornam tão 
importantes para o planejamento público 
no país.
- Sensibilidade e especificidade: o quanto 
que as variações ocorridas na saude da 
população conseguem refletir nos 
indicadores. É muito importante dispor 
de medidas sensíveis e específicas às 
ações previstas nos programas, que 
possibilitem avaliar rapidamente os 
efeitos (ou não efeitos) de determinada 
intervenção. A sensibilidade diz respeito 
a capacidade do indicador refletir 
mudanças importantes se as condições 
que afetam a dimensão social referida se 
alteram. ↝ Exemplo: a nova incidência de 
sarampo está relacionada com a queda 
da cobertura vacinal? Não, pois a queda 
da cobertura vacinal já está ocorrendo 
há dois anos. A especificidade é a 
capacidade do indicador em refletir 
alterações estritamente relacionadas às 
mudanças ocorridas na dimensão social 
analisada. ↝ Exemplo: a nova incidência 
de sarampo tem especificidade para 
identificar o novo surto de sarampo. Ou 
seja, só ocorre surto de sarampo se tem 
queda da cobertura vacinal. 
- Transparência metodológica: saber 
como é construída a informação. É 
certamente um atributo fundamental 
p a r a q u e o i n d i c a d o r g o z e d e 
legitimidade nos meios técnicos e 
científicos, ingrediente indispensável 
para sua legitimidade política e social. 
Os procedimentos de construção dos 
ind icadores devem ser c laros e 
t r a n s p a r e n t e s , a s d e c i s õ e s 
metodológicas just ificadas, e as 
escolhas subjetivas - invariavelmente 
frequentes - explicitadas de forma 
objetiva. ↝ Exemplo: qual base de dados 
é mais confiável, a da sífilis ou a da 
AIDS? Para saber qual é mais confiável, 
é necessário saber como esses dados 
são gerados, e o processo por trás de 
tudo; porque para a AIDS é muito mais 
notificado pois para ser tratadas é 
necessário o boletim de notificação 
compulsória, diferentemente da sífilis 
que para ser tratada não é necessário a 
notificação e pode-se encontrar em 
q u a l q u e r f a r m á c i a m e d i a n t e 
apresentação de receita o tratamento 
para a doença. 
- Periodicidade e factibilidade: com qual 
periodicidade é possível fazer o SENSO? 
Com qual periodicidade é possível de 
fazer o relatório da dengue? Para que se 
possa acompanhar a mudança social, 
avaliar o efeito de programas sociais 
implementados, corrigir eventuais 
d istorções de implementação, é 
necessár io que se d isponha de 
indicadores levantados com certa 
regularidade. 
- Desagregação: o quanto se consegue 
chegar em níveis menores de agregados 
populacionais. Também é preciso que os 
indicadores se refiram, tanto quanto 
possível, aos grupos sociais de interesse 
ou à população alvo dos programas, isto 
é , d e v e s e r p o s s í v e l c o n s t r u i r 
indicadores sociais referentes a espaços 
g e o g r á fi c o s r e d u z i d o s , g r u p o s 
s o c i o d e m o g r á fi c o s , o u g r u p o s 
vulneráveis específicos. 
- Comparabilidade: é uma característica 
desejável, de modo a permitir a 
inferência de tendências e a avaliar 
efeitos de eventuais programas sociais 
implementados. Se tiver uma mesma 
metodologia, mesma definição de caso e 
mesmo processo de coleta, são dados 
comparáveis e pode-se utilizar em dados 
de analise. É definida entre frágil e alta. ↝ 
Exemplo: se quiser comparar o número 
de nascimento em campinas com o de 
outra cidade pelo SIH, é incomparável, 
pois se quiser pegar o dado de nascidos 
PAULA R. C. PENTEADO 2
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
deve-se pegar o SINASC, se quiser 
pegar o custo das internações por 
nascimento, pode-se pegar o SIH. 
- Os dados secundários, como SIM, 
SINASC, SINAN e SIH favorecem 
atributos relevantes da análise de 
situação de saúde (ASIS), como: 
oportunidade e continuidade das 
análises, precisão e validade externas, 
entre outros. A vantagem de se usar 
dados secundários é a de já estarem 
disponíveis, as coberturas são amplas, 
m u i t o s d e l e s s ã o u n i v e r s a i s e 
populacionais, possui continuidade na 
coleta, alguns pode-se conseguir os 
d a d o s n o m i n a i s , c u s t o z e r o e 
confiabilidade bem alta. 
- SIM - sistemas de informação sobre 
mortalidade. Para a obtenção regular de 
dados sobre mortalidade no país.
- SINASC - sistema de informações sobre 
nascidos vivos. Visa reunir informações 
ep idem io lóg i cas re f e ren tes aos 
nascimentos informados em todo 
território nacional.
- SINAN - sistema de informação de 
agravos de notificação. O Sinan é 
a l imentado, pr incipalmente, pela 
notificação e investigação de casos de 
doenças e agravos que constam da lista 
nacional de doenças de notificação 
compulsória. 
- S IH - s i s temas de in fo rmações 
hospitalares do SUS. Com a finalidade 
de registrar todos os atendimentos 
provenientes de internações hospitalares 
que foram financiadas  pelo SUS, e a 
partir desteprocessamento, gerar 
relatórios para que os gestores possam 
f a z e r o s p a g a m e n t o s d o s 
estabelecimentos de saúde.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM 
SAÚDE: 
- Conceito do SIS: pode ser entendido 
como um instrumento para adquirir, 
organizar e analisar dados necessários à 
definição de problemas e riscos para a 
saúde, avaliar a eficácia, eficiência e 
influência que os serviços prestados 
possam ter no estado de saúde da 
população, além de contribuir para a 
produção de conhecimento acerca da 
saúde e dos assuntos a ela ligados. 
- Os SIS deve fornecer indicadores em 3 
grandes áreas principais:
• Determinantes de saude: dados 
socioeconômicos aos genéticos.
• Indicadores sobre sistema e serviços 
de saúdeL infra e cifrão.
• Indicadores sobre situação de saúde: 
mortalidade/qualidade de vida.
- Etapas: 1ª etapa é a coleta de dados, 
depois 2ª etapa, o processamento e 
nesse processamento entramos com a 
análise dos dados, 3ª etapa é a decisão 
e controle sobre as informações 
organizadas.
- Principais sistemas de informações em 
saúde: SIM, Sinasc, Sinan, SIH SUS, SIA 
SUS, Siab.
I. SIM: sistema de informação sobre 
mortalidade: 
- O SIM na análise de situação de saúde: 
apesar de serem medidas negativas, as 
medidas de mortalidade são ainda muito 
utilizadas como indicadores de saúde, 
pois podem refletir a situação atual e as 
mudanças de saúde dos grupos 
populacionais.
- Tipos de medidas: relativas aos níveis de 
mortalidade (magnitude); relativas as 
causas de mortalidade (perfil).
- Taxa geral (bruta) de mortalidade: 
como medida do risco de morte por 
PAULA R. C. PENTEADO 3
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
todas as causas, a TGM ou TBM é um 
indicador pouco sensível para análise da 
situação de saude das populações.
• Obs: para controlar a influência da 
estrutura etária na interpretação das 
taxas gerais, ut i l izam-se taxas 
padronizadas por idade. 
- Taxa específica de mortalidade por 
idade (mx): obs. as taxas podem ser 
c a l c u l a d a s p a r a c a d a s e x o 
separadamente.
- Taxa de mortalidade em menores de 5 
anos - temos 2 medidas principais:
• TMM5= óbitos em menores de 5 anos 
de idade no ano x 1000 / nascidos 
vivos no ano.
• TMI= óbitos em menores de 1 ano de 
idade/local/ano x 1000 / nascidos 
vivos/local/ano.
• OBS: a TMI indica o risco de um 
nascido vivo vir a falecer antes de 
completar 1 ano de idade.
- Como os óbitos infantis não se 
distr ibuem de maneira uniforme, 
convencionou-se analisá-los segundo 2 
componentes principais:
• Taxa de mortalidade neonatal = óbitos 
de menores de 28 dias x 1000/ 
número de nascidos vivos.
• OBS: subdivide-se em taxa de 
mortalidade neonatal precoce (óbitos 
de crianças menores de 7 dias de 
vida) e taxa de mortalidade neonatal 
tardia (óbitos infantis de crianças de 7 
dias a 27 dias de vida).
- Taxa de mortalidade perinatal:
• Mortes perinatais são definidas na 
CID-10 como o conjunto dos óbitos 
de crianças com menos de 7 dias de 
vida e das perdas fetais após a 22 
semana de gestação ou com peso ao 
nascer >500g. Ou seja, perdas fetais 
classificadas como intermediárias ou 
tardias.
• Mortes perinatais x 1000 / nascidos 
vivos + perdas fetais intermediárias e 
tardias.
- Razão de mortalidade materna (RMM):
• Considera-se como óbito ou morte 
materna a morte de uma mulher 
enquanto está grávida ou nos 42 dias 
seguintes ao término da gravidez, 
independente da sua duração ou 
local, devido a qualquer causa 
relacionada ou agravada pela gravidez 
ou pela atenção a ela, mas não por 
causas acidentais ou incidentais.
• RMM= óbitos por causas maternas no 
ano e local x 100000/ nascidos vivos 
no ano e local.
- Mortalidade por causa: temos 2 
medidas.
• Mortalidade proporcional por causa: 
representa a proporção de mortes 
ocorridas por uma causa em relação 
ao total de mortes.
• É útil indicar a importância relativa de 
determinada causa em relação ao 
quadro total de mortalidade.
• Mortalidade proporcional por causa = 
óbitos por determinada causa no ano 
x100/ total de óbitos no ano.
PAULA R. C. PENTEADO 4
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
- A declaração de óbito como fonte do 
SIM:
• Ocorrência do óbi to - médico 
preenche o DO (3 vias).
• São causas de morte a serem 
registradas no atestado médico: 
“ todas as doenças , a fecçoes 
mórbidas ou lesos que produziram a 
morte ou contribuíram para esta e as 
c i rcunstancias do acidente ou 
violência que produziram quaisquer de 
tais lesões”.
• A definição não inclui sintomas e 
modos de morrer, tais como para 
cardíaca ou parada respiratória.
DADOS DEMOGRÁFICOS: 
- As informações sociodemográficas são 
de suma importância no processo de 
planejamento e tomada de decisão. O 
conhecimento da interação entre as 
tendências de crescimento, migração e 
e s t r u t u r a e t á r i a d a p o p u l a ç ã o . 
Planejamento da distribuição de bens e 
serviços e para o atendimento das 
demandas sociais.
- É importante que saibamos o tamanho 
da população. 
- A população do brasil é de 190 milhões 
de habitantes e há uma tendência de 
que chega a 213 milhões de habitantes e 
quando chegar nesse número, que ela 
estagne. A maioria da população 
residente está na área urbana. 
- A distr ibuição por sexo é muito 
importante, temos uma prevalência de 
mulheres, que é reflexo da historia, 
desempenho da mulher da sociedade. 
Isso influi na taxa de fecundidade. 
 Razão de sexos: nº de homens x100
	 	 nº de mulheres
↳Quando o número é menor de 100 é que 
a predominância é do sexo feminino. 
- Uma forma bastante ilustrativa de 
representar a estrutura da população por 
idade e sexo é por meio da pirâmide 
etária. 
- Depende de cada país e de cada 
população existe uma conformação nas 
pirâmides. Em uma grande concentração 
de indivíduos de 0-19 anos significa que 
tem uma alta natalidade. Se tem uma 
diminuição na concentração de idosos 
significa uma baixa expectativa de vida. 
Se o meio da pirâmide é afinalado, mais 
ou menos entre os 19-64 anos significa 
que há alta mortalidade. Estas são 
c a r a c t e r í s t i c a s d e p a í s e s 
subdesenvolvidos como a África. 
• Na pirâmide dos países europeus a 
base da pirâmide é pequena, o meio é 
grande e o ápice também é maior. 
- No brasil está diminuindo a taxa de 
fecundidade (quantidade de filhos das 
mulheres), diminuindo a mortalidade, e 
as mulheres estão envelhecendo mais. 
- Brasil 1980 x 2010 x 2050: o país está 
ficando mais velho, com predominância 
de mais meninas, mulheres viverão mais.
PAULA R. C. PENTEADO 5
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
- Estes índices funcionam para saber se o 
país é mais desenvolvido ou menos. A 
taxa de natalidade na África é muito 
maior, na América latina já decresceu, 
mas nos estados unidos é 4x menor. 
- Fecundidade: o estado conjugal, a idade 
do inicio da vida sexual, a frequência 
estão relacionados com a fecundidade, 
assim como o número de abortos. 
• Em 2000 x 2010 vemos que as 
mulheres em idade fértil existe um 
aumento na faixa de idade de que 
estão tendo filhos. 
- Em relação ao senso demográfico, 
temos o IBGE que cuida. A contagem da 
população também é o IBGE e ocorre 
entre sensos. 
- O envelhecimento populacional: existe 
uma tendência das pessoas a viverem 
mais com mais idades, e também de 
idosas de viverem mais nesse período 
idoso, ou seja, de morrerem mais tarde, 
mais velhas ainda. 
- Daqui 20 anos os velhos estarão muito 
mais velhos, terá menos taxa de 
natalidade. 
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA: 
- Procura responder as perguntas: quem? 
pessoa. Quando? tempo. Onde? lugar. 
- A epidemiologia analítica, por outro lado, 
busca os determinantes do processo em 
questão, ou seja: por quê? Qual a 
distribuição de tal doença? Como ela 
ocorre? Ela mais levanta hipóteses.
- A epidemiologia descritiva é o estudo da 
distribuição de frequência das doenças e 
dos agravos à saúde coletiva em função 
de variáveisligadas ao tempo, ao 
espaço - ambientes e populacionais - à 
pessoas, possibilitando o detalhamento 
do perfil, com vistas para a saúde. 
- Podem descrever semelhanças ou 
diferenças nas medidas de frequência de 
um evento ou condições em saúde 
segundo variações nas características 
das pessoas estudadas, do lugar 
avaliado ou do tempo ou período 
considerado. 
- Usos: medir risco, medir tendências de 
indicadores de saúde, gerar hipóteses, 
monitorar políticas públicas de saúde. 
- Delineamentos mais comuns: série de 
casos, ecológicos, transversais, estudos 
de prognóstico. 
- Pessoa - em quem ocorre: idade, sexo, 
grupo étnico, rel igião, condições 
socioeconômicas, estado civil. 
• Características de pessoas - idade: 
como o desfecho se distribui nos 
vários estratos etários? Semelhanças 
e diferenças. 
• Características de pessoas - religião: a 
interpretação é semelhante aa grupos 
étnicos (comportamento de aspectos 
culturais). 
• Carac te r í s t i cas de pessoas - 
ocupação: pode indicar a um fator 
específico (exemplo: asbesto, sílica). 
Pode indicar status sócioeconômico 
(trabalho manual X trabalho não 
manual; nível de qualificação). 
PAULA R. C. PENTEADO 6
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
• Características de pessoa - condição 
socioeconômica: renda, ocupação, 
escolaridade.
• Característica de pessoas - estado 
civil: solteiro/ casado/ divorciado/ 
viúvo. Com parceiro (a)/sem parceiro 
(a).
- Lugar: qual é a freqüência do desfecho 
de uma ou mais localidades?
• Objetivos: conhecer os riscos a que a 
população está exposta, por viver em 
certas regiões ou por visitá-las. 
Fornecer subsídios para explicações 
causais - que podem sugerir hipóteses 
etiológicas. Definir as prioridades de 
i n t e r v e n ç ã o - a c o m p a r a ç ã o 
geográfica permite o ordenamento das 
regiões segundo a magnitude dos 
respectivos indicadores de saude. 
Avaliar o impacto das intervenções - 
interpretar a relação causal entre 
determinadas ações e nível de 
morbimortalidade.
- Tempo - quando ocorre? epidemia, 
tendência secular, variações cíclicas, 
variações sazonais, aval iação de 
internação.
• Epidemia: representa a ocorrência de 
um agravo acima do esperado para o 
período.
• Tendencia secular: refere-se a analise 
das mudanças na freqüência de uma 
doença por longo período de tempo, 
em geral, décadas.
• Variações cíclicas: variações no 
comportamento das doenças em 
ciclos.
• Var iações sazona is : fenômeno 
considerado é periódico e reprete-se 
sempre na mesma estação do ano.
• Avaliação de intervenção.
DESIGUALDADES EM SAÚDE E 
MEDIDAS DE RISCO: 
- Distribuição de renda: os índices tem 
sido utilizados também nos estudos de 
desigualdades em saúde. 
- Existe uma curda chamada de Lorenz, e 
dentro da curva indica a diagonal da 
igualdade e a curva de Lorenz (é a que 
dá o índice de Gini). É um gráfico de 
frequência acumulada que compara a 
distribuição uniforme esperada no caso 
de completa. Quanto mais a curva de 
Lorenz se distanciar da diagonal, mais 
ela será desigual, e quanto mais se 
aproximar, mais igualdade terá o pais. 
- O índice de Gini é o cálculo entre a 
diagonal da igualdade e a curva de 
Lorenz. Teoricamente ele varia de 0 a 1; 
se está próximo de 0, está em maior 
igualdade, e mais próximo de 1, maior a 
desigualdade. Índice de Gini na 
Dinamarca é de 0,25 e do Reino Unido é 
de 0,31; isso indica que a Dinamarca é 
menos desigual do que o Reino Unido. 
• O brasil está com um índice de Gini de 
cerca de 0,5-0,55. Atém a época de 
2015, tínhamos os melhores índices 
em relação a igualdade, mas depois 
de 2015, o índice de Gini começa a se 
aproximar de 1, o que indica que 
aumentou a desigualdade no Brasil, 
ou seja, há acúmulo de dinheiro na 
mão de poucas pessoas. 
- Inequ idades: são des igua ldades 
desnecessárias ou evitáveis. São 
diferenças nos níveis de saúde de 
g r u p o s p o p u l a c i o n a i s d i s t i n t o s 
socialmente, consideradas injustas ou 
emanadas de alguma forma de injustiça, 
e que são desnecessárias e evitáveis.
- Medindo as desigualdades: indicadores 
de estrutura (referem-se às condições 
físicas, humanas e organizacionais me 
PAULA R. C. PENTEADO 7
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
que o cuidado se dá, avalia a quantidade 
de hospitais, quantidade d faculdades 
da saúde, entre outros), indicadores de 
resultado (avalia o produto final de 
atenção que modifica a situação de 
saúde de uma população, como a taxa 
de mortalidade infanti l , taxas de 
letalidade por doenças, taxas de 
incidência de sífilis congênita, e são os 
TABNET, SIM, SINASC, SIH, e SINAN), 
indicadores de processo (referem-se ao 
como fazer, dizem respeito à inter-
relação entre prestador e receptor dos 
cuidados. 
- Principais medidas: 
• Risco relativo ou razão de taxas: é a 
razão ent re os coefic iente de 
inc idência entre os indiv íduos 
expostos e não expostos (expostos 
são os indivíduos em uma pior 
condição, e os não expostos são os 
que estão em uma melhor condição). 
Quando se quer comparar um exposto 
com um não exposto é necessário 
fazer a divisão dos expostos sobre os 
não expostos: . Exemplo: 
para comparar o coeficiente de 
mortalidade entre o nordeste e o 
centro-oeste, daria: 15,69/13,79 = 
1,13 ↝ ou seja, o nordeste tem uma 
probabilidade de mortes infantis 13% 
maior do que na região centro-oeste. 
• Variáveis sugeridas para identificação 
de diferença de risco: idade, sexo, 
escolaridade, estado civil, raça/cor, 
ocupação, moradia.
- EXERCÍCIOS: 
1. A taxa de suicídio entre os homens 
estão aumentados, principalmente 
em homens maiores de 75 anos, 
quando comparados com o de 
mulheres. 
2. Taxa de suicídio por ano no Brasil 
no período de 2000 a 2016: ao 
passar dos anos, quem comete 
mais suicídio são os de 40 a 59 
anos. No ano de 2013 a 2016, a 
taxa de suicídio aumentou nas 
idades de 20 a 39 anos. 
3. Taxa de risco relativo: taxa de 
mortal idade por acidente de 
trânsito. 0-19 anos: 2,41 ↝ nos diz 
que os homens tem um risco 
relativo de 2,41 vezes maior de ter 
acidentes de transito em relação as 
mulheres. 20-29 anos: 5,78 ↝ nos 
diz que os homens tem um risco 
relativo de 5,78 vezes maior de ter 
acidentes de transito em relação as 
mulheres. 30-39 anos: 7,68 ↝ nos 
diz que os homens tem um risco 
relativo de 7,68 vezes maior de ter 
acidentes de transito em relação as 
mulheres. 40-49 anos: 5,41 ↝ nos 
diz que os homens tem um risco 
relativo de 5,41 vezes maior de ter 
acidentes de transito em relação as 
mulheres. 50-59 anos: 4,69 ↝ nos 
diz que os homens tem um risco 
relativo de 4,69 vezes maior de ter 
acidentes de transito em relação as 
mulheres. 60+: 3,11 ↝ nos diz que 
os homens tem um risco relativo de 
3,11 vezes maior de ter acidentes 
de transito em relação as mulheres.
Para chegar nesses resultados: 
exposto	 	 	 
ñ exposto
A faixa etária que tem um risco 
maior de ter um acidente de 
transito é entre 30 e 39 anos.
4. Nascidos vivos entre as regiões do 
brasil: avaliar o acesso que a mãe 
tem ao pré-natal. Para este cálculo, 
neste caso, avaliaremos de 7 a mais 
consultas. Realizar a comparação 
e x p o s t o
Na o . e x p o s t o
PAULA R. C. PENTEADO 8
MEDICINA - 4º SEMESTRE 14 de setembro de 2019
percentual entre regiões e número 
de consultas. 
Exemplo: região norte ↝ 149091 / 
306127 = 48,7%, em comparação 
com o sul ↝ 305528 / 390628 = 
78.2%; então, podemos dizer que 
as mães da região sul tiveram mais 
acesso ao pré natal quando 
comparado com as mães da região 
norte. 
PAULA R. C. PENTEADO 9
	PESQUISA EM SAÚDE
	N1

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