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contabilidade tributária - apostila

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WBA0438_v1.0
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
A Contabilidade é uma ciência social considerada a linguagem 
dos negócios, o objetivo da contabilidade é a elaboração de 
um conjunto de informações que possam ser úteis para que os 
usuários da informação contábil possam tomar decisões sobre a 
entidade (empresa) em questão. 
A contabilidade tributária é um ramo da Contabilidade focada na 
gestão dos tributos e entende-se por gestão dos tributos muito 
mais do que o registro correto, mas uma visão ampla que nos leva 
à crítica de como evitar o tributo ou como reduzir seu valor ou 
postergar seu pagamento de forma lícita.
Esta disciplina evidencia que a contabilidade tributária só pode 
ser praticada em sua plenitude no contexto de uma entidade se 
ocorrer o envolvimento multidisciplinar de todas as áreas que 
têm poder para alterar os fatos que alteram a gestão dos tributos. 
A disciplina também apresenta os conceitos de elisão e evasão 
fiscal, que são conceitos que definem o que é lícito e o que é ilícito 
em termos de procedimentos contábeis. Esta disciplina também 
apresenta os principais tributos inerentes às operações de compra 
e venda, patrimônio e resultado.
Por fim, também será apresentado um caso prático de 
planejamento tributário envolvendo a decisão de opção pelo 
regime de imposto de renda a adotar, considerando diversos 
cenários.
3
A disciplina é apresentada em quatro temas, e no que diz 
respeito a cada tema, você encontrará um texto designado como 
“Leitura digital”, que é uma apresentação do tema de forma 
mais detalhada e uma “Aprendizagem em foco”, que trata de um 
resumo da “Leitura digital” com um incremento de algo novo.
Conteúdo programático 1: “Contabilidade e tributação”.
Conteúdo programático 2: “A lógica dos tributos e sua 
contabilização”.
Conteúdo programático 3: “Fenômenos tributários e os impactos 
nas demonstrações contábeis”.
Conteúdo programático 4: “Planejamento tributário”.
Esperamos que a disciplina possa contribuir para ampliação da 
sua visão no que diz respeito ao universo tributário. 
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Contabilidade e tributação
______________________________________________________________
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
5
DIRETO AO PONTO
A contabilidade no Brasil 
A contabilidade no Brasil sofreu uma grande transformação a 
partir de 2008 até dezembro de 2017. A contabilidade, antes, 
era muito influenciada por normas fiscais e sequer o Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) tinha poderes formais para editar 
normas contábeis. Os profissionais do setor faziam refletir nas 
demonstrações contábeis todas as orientações oriundas de normas 
tributárias, distorcendo a real situação financeira, econômica e 
patrimonial das entidades.
Com a promulgação da Lei nº 11.638/07, a Lei nº 6.404/76 foi 
harmonizada em relação às normas internacionais IAS/IFRS. 
Já tinha sido criado, em 2005, um órgão designado Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – CPC, a partir de 2008, o CPC passou 
a ser o representante formal brasileiro na convergência do Brasil 
às normas IAS/IFRS, emitidas pelo IASB. O IASB é uma entidade 
internacional que possui adesão das principais nações do mundo 
e de onde surgem os padrões internacionais para elaboração de 
relatórios contábeis financeiros.
Figura 1 – Escopo de cada órgão
Fonte: desenvolvido pelo autor.
6
O CPC traduz e harmoniza as normas IAS/IFRS com as 
particularidades brasileiras, em seguida, o CFC oficializa sua 
aplicação geral e obrigatória.
As bases do sistema tributário no Brasil
Tributo é uma obrigação instituída por lei que, basicamente, tem 
seu fato gerador quando uma pessoa física ou jurídica obtém 
renda de qualquer natureza ou posse de propriedades. Não se 
pode confundir tributo com penalidade ou multa.
As espécies de tributos no Brasil arrecadados pela União, 
pelos estados, municípios e Distrito Federal são os impostos, 
taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e 
contribuições parafiscais ou especiais. 
O que diferencia as espécies tributárias entre si é a destinação dos 
recursos. 
Figura 2 – Taxonomia dos tributos
Fonte: desenvolvido pelo autor.
7
Os impostos não possuem vinculação de aplicação, isto é, os 
recursos podem ser aplicados livremente pelo ente arrecadador, 
é claro, respeitando as leis orçamentárias. As taxas são cobradas 
para que um serviço específico seja prestado. As contribuições 
de melhoria só podem ser cobradas se promovem a valorização 
imobiliária com relação direta em investimento e valorização. 
Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos para 
atender a despesas decorrentes de calamidade pública, guerra 
ou sua iminência ou investimento público de caráter urgente e 
de interesse nacional. As contribuições especiais ou parafiscais 
não possuem objetivo de financiar os gastos públicos, mas regular 
ou distribuir a riqueza nacional, citamos como exemplos as 
contribuições para o INSS, PIS, Pasep, FGTS e as contribuições das 
categorias profissionais. 
Referências bibliográficas
MARQUES, H. J. Direito tributário. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
PARA SABER MAIS
Tributos não cumulativos: os impostos, como regra geral têm 
a capacidade de serem não cumulativos, cito como exemplos o 
ICMS, o IPI, o PIS e o Cofins. Esses tributos possuem a capacidade 
de não se acumularem na cadeia produtiva, isto é, o valor pago 
em tributos na aquisição de mercadorias para revenda não faz 
parte do custo das mercadorias, ele pode ser recuperado na 
venda, o valor contábil para estoque das mercadorias é o preço 
deduzido dos tributos. Vamos exemplificar utilizando o ICMS.
8
Exemplo: uma empresa revendedora de alimentos adquiriu um 
lote de mercadorias no valor de R$ 100.000,00 com alíquota de 
ICMS de 18%. Vendeu 100% deste lote de mercadorias no mesmo 
mês pelo valor de R$ 150.000,00 e, como opera no mesmo estado 
do fornecedor, a alíquota do ICMS na venda foi a mesma. 
Tabela 1 – Registro na aquisição das mercadorias
Valor da Tabela aquisição R$ 100.000,00
ICMS de 18% (ICMS a recuperar – direito) R$ 18.000,00
Valor contábil do estoque R$ 82.000,00
Fonte: elaborada pelo autor.
Tabela 2 – Registro da venda das mercadorias
Receita bruta (DRE) R$ 150.000,00
(-) ICMS de 18% (ICMS sobre vendas) R$ 27.000,00
Receita líquida R$ 123.000,00
Fonte: elaborada pelo autor.
Tabela 3 – Tributo (ICMS) a recolher ao estado
ICMS sobre vendas R$ 27.000,00
ICMS a recuperar R$ 18.000,00
Valor a recolher no mês seguinte desta 
operação
R$ 9.000,00
Fonte: elaborada pelo autor.
9
O valor de ICMS pago na aquisição é um direito que é usado para 
diminuir o valor a ser recolhido.
Referências bibliográficas
MARQUES, H. J. Direito tributário. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada 
esquematizado. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
TEORIA EM PRÁTICA
Uma indústria fabricante de tintas adquiriu 500 latas de tinta 
de alta resistência, essa tinta será utilizada para a pintura dos 
pisos de sua fábrica por sua durabilidade e resistência, também 
será utilizada como matéria-prima no processo produtivo das 
tintas de marca própria e, por último, uma parte do lote será 
estocado, com o objetivo de atender clientes especiais que não 
possuem acesso ao fabricante original. 
Cada lata de tinta tem preço unitário no valor de R$ 200,00, 
o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) do fornecedor é 
de 20% (vinte por cento) e não está incluso no preço. O ICMS 
incluso no preço tem alíquota de 18% (dezoito porcento). O 
PIS (Programa de Integração Social) tem alíquota de 1,65% (um 
vírgula sessenta e cinco por cento) e o Cofins (Contribuição para 
Financiamento da Seguridade Social) tem alíquota de 7,6% (sete 
vírgula seis por cento).
10
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
Destino da aquisição (natureza das operações): 100 latas para 
consumo interno, 200 latas para revenda e 200 latas para 
utilizar no processo de manufatura.
a. Qual o valor do registro contábil da aquisição das latas de 
tinta?
b. Qual o valor correspondente aos tributos?
c. Qual o valor desembolsado na aquisição? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este é um artigo detalhado que apresenta todo o cenário, desde o 
início da criação das normas internacionais, assim como o ambiente 
brasileiro antes e após a adoção das normas IAS/IFRS pelo Brasil 
e destaca a adoção obrigatória a partir de 2010. Também aborda 
algumas das principais mudanças e deixa clara que a convergência 
se deu de uma forma não traumática. 
ANTUNES, M. T. P. et. al. A adoção no Brasil das normas 
internacionais de contabilidade IFRS: o processo e seus impactos 
na qualidade da informação contábil. Revista de Economia e 
Relações Internacionais, v. 10, n. 20, p. 5-19, jan. 2012.
Indicações de leitura
11
Indicação 2
Este é um artigo objetivo e completo sobre toda a conceituação 
de tributos, assim como suas espécies e competências tributárias. 
Você entenderá a discussão em torno das teorias de classificação, 
isto é, teoria tripartida e teoria pentapartida.
MEDEIROS, F. B. S. Conceito de tributo e as espécies tributárias. 
Portal Âmbito Jurídico, Publicado em: 1 dez. 2016.
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. O Brasil possui cerca de 7 milhões de empresas, deste total, 
cerca de 100.000 são sociedades anônimas. Por que a Lei 
nº 6.404/76, também designada como Lei das Sociedades 
Anônimas, sendo uma lei para uma parcela tão pequena 
em relação ao total de empresas, é considerada a base da 
contabilidade brasileira? 
12
a. Porque o Comitê de Pronunciamentos definiu tal orientação no 
CPC 00.
b. Porque as sociedades anônimas representam a maior parcela 
do PIB.
c. Porque é uma determinação do Conselho Federal de 
Contabilidade.
d. Porque é uma determinação da Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM).
e. Porque, desde 1977, o regulamento do imposto de renda 
passou a exigir que todas as empresas que fossem 
optantes pelo lucro real teriam que fazer as três principais 
demonstrações de acordo com a Lei nº 6.404/76. 
2. Assinalar dentre as assertivas a única que contém apenas 
tributos de competência da União. 
a. IPI, ISS, PIS e INSS.
b. IPTU, ITCMD e IR.
c. IPI, IE, II e IR.
d. ITBI, ISS e ICMS.
e. ICMS, ISS e CSL.
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: Desde o regulamento do IR de 1977, todas as 
empresas, independente da constituição jurídica, devem fazer 
contabilidade como se S.A 
13
Questão 2 - Resposta C
Resolução: IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializados, 
IE significa Imposto de Exportação, II significa Imposto de 
Importação, e IR, Imposto de Renda, todos de atribuição 
exclusiva da União.
TEMA 2
A lógica dos tributos 
e sua contabilização
______________________________________________________________
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
15
DIRETO AO PONTO
1. Tributos mais relevantes
Os tributos mais relevantes na vida das empresas são os tributos 
sobre as compras, vendas e os serviços, mas existem outros também 
relevantes, como os tributos relacionados com o pessoal, lucro, 
importações e exportações, patrimônio e operações financeiras. O 
cálculo dos tributos sobre as operações envolvendo as compras e 
as vendas também dependem da capacidade da empresa de ser 
contribuinte do tributo específico e da natureza das operações.
Figura 1 – Áreas de tributação
Fonte: elaborada pelo autor.
16
2. A lógica dos tributos 
2.1. Tributos sobre as compras e as vendas
A lógica do IPI, ICMS, PIS e Cofins possui similaridades, abaixo 
apresentamos as regras gerais e mais comuns:
Regra 1 – Regra do consumo: não existe direito a crédito de 
tributos na aquisição para consumo.
Regra 2 – Regra do IPI: (2.1) quando uma indústria adquire 
matéria-prima para industrialização, sempre existe o direito 
ao crédito do IPI, calculado sobre o preço; (2.2) quando 
o adquirente for utilizar o item para comercializar, o IPI 
deve integrar o valor do estoque; (2.3) não existe direito de 
crédito na aquisição para USO. 
Regra 3 – Regra do ICMS: em aquisição para revenda ou 
manufatura, sempre existe direito ao crédito tributário 
calculado sobre o preço.
Regra 4 – Regra do PIS/Cofins: em aquisição para revenda 
ou manufatura, sempre existe o crédito e deve ser calculado 
sobre o preço sem ICMS.
2.2. Tributos sobre operações com serviços
Na aquisição de serviços, o ISS não gera direito a crédito, o PIS e o 
Cofins geram direito a crédito da mesma forma que em operações 
com produtos e mercadorias. 
17
2.3. Tributos sobre a folha de pagamento
Os tributos incidentes sobre a folha de pagamento se subdividem 
entre os tributos descontados dos empregados, como a 
previdência e imposto de renda retido, e os gastos adicionais da 
empresa sobre a folha de pagamentos, como a previdência parte 
do empregador, FGTS.
Além desses tributos principais, existem outros gastos extras 
das empresas, como salário-educação, seguro de acidentes de 
trabalho e as contribuições para o sistema S. 
Referências bibliográficas
MARQUES, H. J. Direito tributário. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 
2017.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre 
os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
PARA SABER MAIS
A pessoa jurídica pode recolher imposto de renda em três 
modalidades, lucro real, lucro presumido e lucro arbitrado, de acordo 
com o art. 44 do CTN.
18
De acordo com o art. 257 RIR/2018, as empresas com receita bruta 
acima de 78 milhões estão obrigadas a adotar o lucro real, que será 
nosso objeto de estudo neste tópico. Para determinação da receita 
bruta, devemos excluir o IPI, as vendas canceladas e os descontos 
incondicionais. 
A base de cálculo para o imposto de renda no lucro real não é o lucro 
contábil, as despesas e as receitas registradas para apuração do lucro 
contábil devem estar em consonância com as normas contábeis 
e existem situações em que o regulamento do imposto de renda 
(RIR/2018) não reconhece algumas despesas e receitas contábeis.
É necessário fazer ajustes no lucro contábil para determinar o “lucro 
real”, esses ajustes são as chamadas exclusões ou inclusões para 
apuração do lucro tributável (lucro real sob a ótica fiscal). 
Por exemplo, despesas com brindes e despesas com multas. Essas 
despesas não são consideradas despesas sob a ótica fiscal e receitas 
oriundas de equivalência patrimonial, reversões de provisões não 
dedutíveis e outras não são receitas tributáveis sob a ótica fiscal.
Se o resultado operacional de uma empresa no primeiro trimestre 
de 2020 for R$ 100.000,00, e para obtenção deste lucro tiverem sido 
computadas despesas com brindes de R$ 5.000,00, despesas com 
multas de trânsitode R$ 2.000,00, receita de equivalência patrimonial 
de R$ 13.000,00 e reversão de provisão no valor de R$ 4.000,00, o 
lucro tributável será determinado da seguinte forma:
Tabela 1 – Livro de apuração do lucro real (Lalur)
LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real)
Ajuste Resultado operacional R$ 100.000,00
Adição (+) Despesa com brindes R$ 5.000,00
19
Adição
(+) Despesas com 
multas
R$ 2.000,00
Exclusão
(-) Receita de 
equivalência
(R$ 13.000,00)
Exclusão (-) Receita de reversão (R$ 4.000,00)
Base
Lucro tributável (LUCRO 
REAL)
R$ 90.000,00
Fonte: elaborada pelo autor.
O cálculo do imposto de renda pode ser trimestral ou anual. Na 
hipótese trimestral, devemos aplicar 15% sobre R$ 90.000,00 = 
R$ 13.500,00 e mais 10% sobre o excedente da média mensal de 
R$ 20.000,00. O excedente foi R$ 30.000,00, ou seja, o valor do 
tributo de R$ 90.000,00, deduzido de R$ 60.000,00 (R$ 20.000,00 
x 3 meses). O imposto excedente será 10% de R$ 30.000,00 = 
R$ 3.000,00. O imposto total a pagar no trimestre seria de R$ 
16.500,00.
Referências bibliográficas
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: 
Atlas, 2017.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos 
sobre os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
20
TEORIA EM PRÁTICA
Uma empresa situada no estado de São Paulo, optante pelo 
lucro real trimestral, apresentou no primeiro trimestre de 2020 
os seguintes dados:
Tabela 2 – Demonstração do resultado (DRE)
Demonstração do resultado
Receita bruta R$ 500.000,00
(-) Tributos sobre as 
vendas
ICMS ?
PIS ?
Cofins ?
Receita líquida ?
(-) CMV (R$ 172.075,00)
Resultado bruto ?
Despesas (R$ 100.000,00)
Pessoal (R$ 80.000,00)
Multas de trânsito (R$ 20.000,00)
Outras receitas R$ 80.000,00
Equivalência 
patrimonial
R$ 80.000,00
Resultado 
operacional
?
21
Imposto de renda ?
Resultado líquido
Fonte: elaborada pelo autor.
Determinar o imposto de renda (IR) a pagar.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Sugiro a leitura do item 4 da parte II do livro citado. Nele, 
você poderá estudar com mais detalhes os tributos sobre 
receita (IPI, ICMS, PIS e Cofins). Atenção nos quadros-resumos 
apresentados pelo autor, onde são descritos a espécie, 
competência, fato gerador, classificação e outras características 
dos tributos estudados.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos 
sobre os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
Indicação 2
Também sugiro a leitura do item 4 da parte II do livro citado 
a seguir. Nele, você encontrará outros aspectos relativos ao 
Indicações de leitura
22
ICMS, como o tratamento na transferência de mercadorias 
entre a matriz e filiais e entre filiais (item 4.4), não incidência 
(item 4.5), tratamento do ICMS na importação (item 4.14), 
vedação de crédito (item 4.16), prescrição do crédito (item 4.18), 
substituição tributária (item 4.22) e outros. 
SOUZA, E. P. de. Contabilidade tributária: aspectos práticos e 
conceituais. São Paulo: Gen/Atlas, 2018.
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Uma empresa comercial situada no estado de São Paulo 
adquiriu mercadorias R$ 10.000,00 para revenda de uma 
distribuidora de São Paulo. Realizou a venda de todo o lote 
no mesmo mês pelo valor de R$ 14.400,00, para um cliente 
situado no Rio de Janeiro. O vendedor é uma empresa 
optante do lucro real. Qual é o lucro bruto e o CMV? 
a. R$ 3.899,32.
b. R$ 4.058,34.
23
c. R$ 4.065,33.
d. R$ 4.225,34.
e. R$ 4.325,32.
2. Uma empresa comercial situada em São Paulo adquire 
pelo preço de R$ 10.000 itens para revenda, o vendedor é 
uma indústria de São Paulo. O IPI é de 20% e ambas são 
optantes do lucro real. Qual o valor de registro de estoque 
pela empresa compradora?
a. R$ 9.275,00.
b. R$ 9.256,50.
c. R$ 9.562,50.
d. R$ 9.156,50.
e. R$ 9.526,50.
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: O ICMS na aquisição de 18% - R$ 1.800,00. 
No cálculo do PIS e Cofins, é necessário abater o valor do 
ICMS, assim temos: PIS 1,65% - R$ 135,30 e Cofins 7,6% - 
R$ 623,20. O ICMS na venda é de 12% - R$ 1.728,00, o PIS 
1,65% no valor de R$ 209,09, e a Cofins, 7,6% no valor de 
R$ 963,07. A receita líquida de venda será de R$ 11.499,84 
que, deduzida do custo de R$ 7.441,50, resulta em R$ 
4.058,34 de lucro bruto.
Questão 2 - Resposta B
Resolução: O valor para estoque é R$10.000 + IPI (R$ 
2.000) - ICMS (R$1.800,00) - PIS e Cofins sobre [(Preço + IPI - 
24
ICMS) = R$ 10.200] = R$ 10.000 + R$ 2.000 - R$ 1.800,00 - R$ 
168,30 (PIS) - R$ 775,20 (Cofins) = R$ 9.256,50. 
TEMA 3
Introdução à gestão de riscos
______________________________________________________________
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
26
DIRETO AO PONTO
Os tributos que provocam os maiores impactos econômicos e 
financeiros nas empresas são os tributos sobre a receita, patrimônio 
e renda. Nosso foco nesta etapa do curso é estudar alguns tributos 
sobre o patrimônio (IPVA e IPTU) e sobre a renda (IRPJ e CSLL).
O IPVA é de competência dos estados e Distrito Federal, e incide 
sobre a propriedade de veículos automotores. A alíquota sobre 
veículos a gás ou álcool ou eletricidade é de 3%, e para veículos 
a gasolina é de 4%. O tributo deve ser lançado como despesa 
antecipada no início do ano e ser apropriado como despesa a cada 
mês do ano. 
O IPTU é de competência dos municípios e Distrito Federal e incide 
sobre o valor venal de propriedade, domínio ou posse de bem imóvel 
localizado em zona urbana. Os imóveis comerciais têm cobrança 
próxima a 1%, e os comerciais, em torno de 1,5%. Embora o tributo 
seja cobrado no início do ano, ele deve ser registrado como despesa 
antecipada e apropriado como despesa a cada mês.
O imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) possui três modalidades 
de cálculos:
27
Figura 1 – Modalidades de cálculo do IRPJ
Fonte: elaborada pelo autor.
Na modalidade lucro real, o contribuinte apura o tributo a pagar 
com base em seu efetivo lucro sob a ótica fiscal (lucro real). O 
lucro real é determinado a partir do lucro calculado, adotando-
se as normas contábeis e, sobre este, aplicam-se exclusões ou 
inclusões para obter o lucro fiscal (lucro real).
Esta diferença de enfoque existe porque o fisco não considera 
como despesa fiscal alguns itens que são considerados despesas 
contábeis, como multas, por exemplo.
Na modalidade lucro presumido, o contribuinte apura o lucro 
presumido a partir de percentuais sobre sua receita bruta e sobre 
este lucro presumido é aplicado 15% para determinar o imposto a 
pagar.
Na modalidade lucro arbitrado, o tributo a pagar é arbitrado pela 
autoridade fiscal, esse tributo a pagar, normalmente, é baseado 
nas regras do lucro presumido com um adicional de 20%.
28
A contribuição sobre o lucro líquido (CSLL) também possui a 
modalidade real ou presumida, sempre acompanhando a mesma 
opção da empresa pelo imposto de renda. É um tributo que é 
calculado aplicando-se 9% sobre o lucro tributável. 
No caso da CSLL real, também é necessário realizar inclusões e 
exclusões sobre o resultado contábil, a legislação do CSLL não é 
exatamente a mesma do IRPJ lucro real, mas é próxima.
Na CSLL presumido, deve ser determinado o lucro presumido 
(12% para atividades industriais, serviços hospitalares e transporte 
e 32% para serviços em geral), sobre estelucro presumido deve 
ser aplicado o percentual de 9%.
Tanto no IRPJ como na CSLL na modalidade real, é possível a 
utilização de estoques de prejuízos (prejuízos fiscais acumulados), 
essa utilização é limitada a 30% da base de cálculo do lucro real. 
As demonstrações contábeis que mais evidenciam tributos são o 
balanço patrimonial, demonstração do resultado e demonstração 
do valor adicionado.
No balanço patrimonial (BP), o impacto dos tributos deve ser 
observado nos direitos tributários estabelecidos com os tributos 
a recuperar e os tributos diferidos e as obrigações tributárias com 
os tributos a pagar no passivo circulante e não circulante.
Na demonstração do resultado (DRE), podemos observar tributos 
que são apenas deduções na receita (tributos sobre vendas), 
tributos como custos dos produtos (CPV), tributos como despesas 
e tributos sobre a renda (IRPJ e CSLL).
Na demonstração do valor adicionado (DVA), percebemos o peso 
ou a importância dos tributos no total da riqueza gerada pela 
entidade. 
29
Referências bibliográficas
MARQUES, H. J. Direito tributário. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 6. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2019.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 
2017.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre os 
resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
PARA SABER MAIS
Vamos nos aprofundar na DVA, ela é construída a partir da 
demonstração do resultado (DRE). A DVA possui duas partes bem 
distintas, o cálculo da geração do valor adicionado e o cálculo da 
distribuição do valor adicionado.
Tabela 1 – Determinação da geração do valor adicionado 
I. Receita na DVA (com tributos)
Faturamento com tributos + ganhos de capital (-) PCLD (+) reversão de 
PCLD (+) receita relativa a ativos gerados internamente (soma de custos)
II. Insumos (com tributos)
Valor do CMV ou CPV com tributos respectivos + materiais + serviços + 
perdas em ativos - reversões de perdas em ativos.
III. Valor adicionado bruto (I - II)
30
IV. Retenção de valor adicionado (depreciação, amortização e 
exaustão)
V. Valor adicionado líquido (III - IV)
VI. Valor adicionado recebido em transferência 
Aluguéis, dividendos de avaliadas pelo custo, ganhos ou perdas de 
equivalência, juros de empréstimos e aplicações, royalties, etc.
VII. Valor adicionado total = V + VI 
Fonte: elaborada pelo autor.
Tabela 2 – Determinação da distribuição do valor adicionado 
I. Valor distribuído ao pessoal próprio (empregados)
Salários, horas extras, décimo terceiro, férias, comissões, prêmios, 
gratificações, participações, salário-educação, benefícios e FGTS 
II. Valor distribuído aos governos
Tributos efetivamente pagos aos governos Federal, Estadual e Municipal
III. Valor distribuído aos terceiros
Aluguéis pagos, juros pagos...
IV. Valor distribuído aos sócios ou retidos
Lucro líquido do exercício ou dividendos distribuídos (JCP) e lucro retido
Fonte: elaborada pelo autor.
31
Referências bibliográficas
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre 
os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
TEORIA EM PRÁTICA
A seguir, apresentamos a demonstração de resultado da empresa 
Vigo S.A., relativa ao exercício findo em dezembro de 2018. 
Tabela 3 – DRE
DRE Valore em R$ milhares
Receita bruta 1.000,00
(-) ICMS sobre vendas *1 (120,00)
Receita líquida 880,00
(-) Custos das vendas (480,00)
Resultado bruto 400,00
(-) Despesas (300,00)
Comerciais*2 – R$ 180,00
Administrativas*3 – R$ 100,00
Financeiras – R$ 20,00
32
Outras receitas (ganho de 
equivalência)
20,00
Resultado operacional 120,00
(-) IRPJ (30,00)
(-) Participações dos empregados (12,00)
Resultado líquido 78,00
 Fonte: elaborada pelo autor.
Com base na DRE e nos dados apresentados, elabore a DVA da 
empresa Vigo referente ao ano de 2018.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Ler e estudar a parte dois do livro Contabilidade tributária, do 
professor Amaury José Rezende, da página 107 até a página 116. 
Nessas páginas, você poderá aprofundar seus conhecimentos a 
respeito de tributos sobre o patrimônio. Ler e estudar no mesmo 
livro da página 121 até a página 173 e você poderá aprofundar 
seus conhecimentos sobre IRPJ e CSLL.
Para acessar o título, procure na Biblioteca Virtual.
Indicações de leitura
33
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre 
os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
Indicação 2
Ler e estudar a parte três do livro Contabilidade tributária, do 
professor Amaury José Rezende, da página 235 até a página 242. 
Nessas páginas, você poderá aprofundar seus conhecimentos 
a respeito do impacto dos tributos no balanço patrimonial, na 
demonstração do resultado e demonstração do valor adicionado.
Para acessar o título, procure na Biblioteca Virtual.
REZENDE, A. J.; PEREIRA, C. A.; ALENCAR, R. de. Contabilidade 
tributária: entendendo a lógica dos tributos e seus reflexos sobre 
os resultados da empresa. São Paulo: Atlas, 2010.
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
34
1. Determinada empresa apresentou um lucro tributável já 
ajustado de R$ 400.000,00. Qual o valor do imposto de renda a 
pagar na modalidade de lucro real? 
 
Assinale a alternativa correta: 
a. R$ 60.000,00.
b. R$ 76.000,00.
c. R$ 160.000,00.
d. R$ 100.000,00.
e. R$ 36.000,00.
2. Qual a CSLL a pagar na modalidade lucro real em uma 
empresa com R$ 400.000,00 de lucro tributável ajustado e 
possui R$ 200.000,00 de prejuízos compensáveis? 
 
Assinale a alternativa correta:
a. R$ 36.000,00.
b. R$ 18.000,00.
c. R$ 27.000,00.
d. R$ 25.200,00.
e. R$ 40.000,00.
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Sobre R$ 400.000,00, devemos aplicar 15%, 
então teremos R$ 60.000,00. Devemos aplicar 10% sobre 
o excedente a R$ 240.000,00/ano, isto é, 10% sobre R$ 
35
160.000,00 = R$ 16.000,00, total a pagar: R$ 76.000,00 (R$ 
60.000,00 + R$ 16.000,00.
Questão 2 - Resposta D
Resolução: A base de cálculo para o CSLL é R$ 400.000,00, 
só poderá ser abatido o limite de 30% deste lucro, isto é, 
30% de R$ 400.000,00 = R$ 120.000,00. A base de cálculo, 
considerando a compensação dos prejuízos acumulados, é 
R$ 400.000,00 - R$ 120.000,00 = R$ 280.000,00. Então a CSLL a 
pagar será de 9% de R$ 280.000,00 = R$ 25.200,00.
TEMA 4
Planejamento tributário
______________________________________________________________
Autoria: Eugenio Montoto
Leitura crítica: Gisele Zanardi Polizel
37
DIRETO AO PONTO
Desde que começou a ser medida na década de 1950, a carga 
tributária vem sendo elevada em relação ao PIB na maioria dos 
países, passando, em média, de 15% em 1950 para 34,2% em 
2017, segundo a OCDE. A média no Brasil em 2017 foi de 32,5%; 
cabe destacar que foi menor que a média de outros países mais 
desenvolvidos, como, por exemplo, a Dinamarca, França, Itália e 
Alemanha. 
Como comparação, apresentamos também a evolução dos 
Estados Unidos no quadro abaixo:
Tabela 1 – Carga tributária versus PIB
Carga tributária versus PIB 2008 2017
Brasil 34,00% 32,50%
OCDE 32,90% 34,20%
Dinamarca 45,00% 46,50%
França 42,50% 46,00%
Itália 41,50% 42,00%Alemanha 36,00% 37,50%
Estados Unidos 26,00% 27,00%
Fonte: elaborada pelo autor.
A economia de tributos é fundamental neste cenário, pois há 
uma grande participação dos tributos em relação às receitas das 
38
empresas, e para que essa economia seja a maior possível, é 
imprescindível a elaboração do planejamento tributário, que tem 
como premissa reduzir os custos tributários e, para que aconteça 
de uma maneira mais assertiva, é necessário envolver as áreas 
que possam ter participação nas decisões referente aos tributos.
Decisões que podem levar a fatos que reduzam o peso dos 
tributos devem ser decisões lícitas e tomadas antes dos fatos 
geradores. Neste contexto, surgem os conceitos de elisão e evasão 
fiscal.
Designamos como elisão fiscal o conjunto de medidas lícitas que 
podem ser tomadas visando a economia de tributos, e de evasão 
fiscal, o conjunto de medidas que visam retardar, diminuir ou 
eliminar tributos de formas ilícitas, isto é, fraudulentas, e que se 
enquadram como crimes de sonegação fiscal. 
Foi introduzido em 2001 no Código Tributário Nacional (CTN) 
a chamada “norma antielisão”; esta norma explicitou que a 
autoridade administrativa pode desconsiderar atos ou negócios 
que tenham a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador, portanto, trata-se de desconsiderar fatos ilícitos e isso 
não pode ser considerado elisão, mas evasão. 
Como as autoridades tributárias estão sempre buscando reduzir 
o espaço de atuação para economia de tributos, em algumas 
situações, a linha que separa uma conduta lícita de uma conduta 
ilícita é tênue, portanto, os profissionais que atuam na gestão e no 
planejamento tributário devem estar sempre muito atualizados 
sobre os procedimentos legais, e quando a legislação não for clara, 
devem tomar decisões apoiadas em aspectos técnicos e que sejam 
embasados em fortes argumentos. 
39
As condutas no planejamento tributário podem ser 
classificadas em duas vertentes: planejamento sob o prisma 
estrutural e sob o prisma de objetivos. Do ponto de vista 
estrutural, o planejamento tributário pode ser operacional 
ou estratégico. Basicamente, a subclassificação estrutural 
operacional diz respeito ao envolvimento e à interação de áreas da 
empresa que podem influenciar nas decisões de ordem tributária. 
A subclassificação estrutural estratégica diz respeito a ações que 
influenciarão o impacto tributário, mesmo antes de a empresa 
existir. Do ponto de vista de objetivos, ele pode ter objetivos 
práticos mais comuns, o caráter anulatório, omissivo, induzido, 
optativo ou lacunar. 
Figura 1 – Planejamento por objetivos
Fonte: elaborada pelo autor.
40
O caráter anulatório visa identificar procedimentos que 
eliminem custos tributários; o caráter omissivo tem por 
objetivo eliminar um tipo de evento por ser dispendioso; o 
caráter induzido visa analisar e adotar um caminho possível 
disponibilizado pelo ente tributante, que permite um custo 
tributário menor; o caráter optativo é a possibilidade de 
adoção de uma forma de cálculo que tribute menos; e o 
caráter lacunar é adotar um caminho de menor custo 
sempre que existe uma lacuna na legislação. 
Referências bibliográficas
OLIVEIRA, G. O. Contabilidade tributária. 4 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017. 
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 6. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2019
PARA SABER MAIS
Um dos exemplos mais relevantes de planejamento tributário 
na prática é a opção pelo regime de tributação que todas as 
empresas devem fazer no início do ano. Vamos exemplificar o 
caso de uma empresa comercial, neste caso, o lucro presumido 
é calculado como 8% sobre a receita bruta. Para compreender 
na essência a diferença entre a opção lucro real e a opção lucro 
presumido, vamos considerar que não haja diferença entre o 
pagamento das contribuições sociais PIS e Cofins, dessa forma, 
ficarão evidenciadas apenas as diferenças referentes ao IRPJ e o 
CSLL.
41
O exemplo a seguir considera uma receita bruta de R$ 900.000,00. 
Na tabela a seguir apresentamos os cálculos dos tributos a serem 
pagos no lucro presumido. O lucro-base na opção lucro presumido 
será 8% sobre R$ 900.000,00 = R$ 72.000,00; o IR básico é de 15% 
sobre R$ 72.000,00 = R$ 10.800,00; como o lucro foi superior a 
R$ 60.000,00, é devido o IR excedente de 10% (R$ 72.000,00 - R$ 
60.000,00) = R$ 1.200,00. A CSLL será de 9%, ou seja, R$ 6.480,00.
Tabela 2 – Cálculos dos tributos
Tributo Alíquota
Base de 
cálculo
Valor do 
tributo
IR básico
15% da base 
de cálculo
R$ 72.000,00 R$ 10.800,00
IR excedente
10% do 
excedente a 
R$ 60.000,00
R$ 12.000,00 R$ 1.200,00
CSLL
9% da base de 
cálculo
R$ 72.000,00 R$ 6.480,00
 R$ 18.480,00
Fonte: elaborada pelo autor.
Agora vamos calcular os tributos (IRPJ e CSLL) a serem pagos na 
opção lucro real em duas hipóteses de lucratividade: hipótese 1, 
com 8%; e hipótese 2, 20% sobre o faturamento, respectivamente.
42
Tabela 3 – Cálculos dos tributos (IRPJ e CSLL)
Tributo Alíquota
Base de 
cálculo
Valor do 
tributo
IR básico
15% da base 
de cálculo
R$ 72.000,00 R$ 10.800,00
IR excedente
10% do 
excedente a 
R$ 60.000,00
R$ 12.000,00 R$ 1.200,00
CSLL
9% da base de 
cálculo
R$ 72.000,00 R$ 6.480,00
 R$ 18.480,00
Fonte: elaborada pelo autor.
Quando o lucro tributável é de 8% ou menor, a opção lucro real 
será a melhor opção para essa empresa.
Tabela 4 – Cálculos dos tributos (IRPJ e CSLL)
Tributo Alíquota
Base de 
cálculo
Valor do 
tributo
IR básico
15% da base 
de cálculo
R$ 180.000,00 R$ 27.000,00
IR excedente
10% do 
excedente a 
R$ 60.000,00
R$ 120.000,00 R$ 12.000,00
CSLL
9% da base de 
cálculo
R$ 180.000,00 R$ 16.200,00
43
 R$ 55.200,00
Fonte: elaborada pelo autor.
Quando o lucro tributável é superior a 8%, no caso 20%, a opção 
do lucro real acarretará tributos a pagar em volume muito maior.
Referências bibliográficas
OLIVEIRA, G. O. Contabilidade tributária. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017.
MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
TEORIA EM PRÁTICA
Determinar a melhor opção de imposto de renda entre lucro 
presumido e lucro real para uma empresa comercial que possui 
receita bruta trimestral em 2020 estimada em R$ 1.200.000,00. 
Para esse volume de receita, é estimada uma aquisição de 
mercadorias com direito a recuperação de PIS e Cofins da ordem 
de R$ 300.000,00 no trimestre. O lucro operacional previsto, 
segundo o regulamento do imposto de renda e da contribuição 
social após as inclusões e exclusões, é de 20% sobre a receita. 
Determinar também o valor dos tributos IRPJ, CSLL, PIS e Cofins a 
serem recolhidos em cada opção. 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
44
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O trabalho de conclusão de curso indicado a seguir trata da 
elisão fiscal como ferramenta para o planejamento tributário. 
Para tanto, são descritos tanto a finalidade do planejamento 
tributário em si como também conceitos como elisão fiscal e 
evasão fiscal.
ABRAHÃO, M. A. A elisão fiscal como ferramenta para o 
planejamento tributário. 2011. Trabalho de Conclusão de 
Curso – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio 
Econômico, Santa Catarina, 2011.
Indicação 2
Recomendo a leitura dos capítulos 6 e 7 do livro Contabilidade 
tributária, do professor Gustavo Pedro de Oliveira. O capítulo 
6 trata das definições, dos conceitos de elisão e evasão, assim 
como das classificações do planejamento tributário, e o capítulo 
7, de alternativas práticas mais comuns de planejamento 
tributário.
OLIVEIRA, G. O. Contabilidade tributária. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2013.
Indicações de leitura
45
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questõesserão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Quais são os tipos de atuação jurídica no planejamento 
tributário? 
 
Assinale a alternativa correta: 
a. Optativa, corretiva e garantidora.
b. Superveniente, infralegal e preventiva.
c. Preventiva, corretiva e especial.
d. Superlativa, prerrogativa e especial.
e. Preventiva, corretiva e infralegal.
2. A decisão sobre optar pelo lucro presumido ou lucro real 
deve ser feita no início de cada exercício fiscal. Se em 
determinada empresa os recolhimentos das contribuições 
sociais forem os mesmos em qualquer das opções e a 
empresa for uma empresa industrial, quando a empresa 
deverá adotar o lucro presumido? 
 
Assinale a alternativa correta: 
46
a. Quando o lucro tributável for superior a 32% da receita 
bruta.
b. Quando o lucro tributável for inferior a 32% da receita bruta.
c. Quando o lucro tributável for superior a 8% da receita bruta.
d. Quando o lucro tributável for inferior a 8% da receita bruta.
e. Quando o lucro tributável for superior a 16% da receita 
bruta.
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: O tipo preventivo refere-se às orientações que 
o setor jurídico realiza para que as obrigações principais 
e acessórias sejam cumpridas. O tipo corretivo refere-
se aos procedimentos de correção jurídica que precisam 
ser realizados para minorar o impacto de erros que não 
deveriam ter sido cometidos. O tipo especial ocorre 
em função do lançamento de um produto, processos de 
reestruturação empresarial e outros que envolvem pesquisa, 
articulação de fatos, estudos dos aspectos jurídicos -fiscais, 
conclusão e formulação do planejamento.
Questão 2 - Resposta C
Resolução: Como na opção lucro presumido uma empresa 
industrial calcula os tributos de IRPJ e CSLL sobre o lucro 
presumido como 8% da receita bruta, quando o lucro 
tributável pelo regulamento do lucro real for maior do 
que 8% da receita bruta, a opção deverá ser pelo lucro 
presumido.
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
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	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
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	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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