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) ~ ) ") ~ o EÇ- DE SIS '" :LÉTRlCOS DE OTE el ) VO{U»18 11 CONTEÚDO Transformador de Corrente Transformador de Potencial Relé de Sobrecorrente Relé Direcional Relé de Distância Nomenclatura ANSI/IEC era ( o E 1110er al1}1 P OTEÇ - O E S ST",EMAS ELÉTRlCOS DE OTENCI Volume B 2. ª Eõição Modificada e Ampliada UFSC o LabPlan EEL ) ) ) ) ) ) ) ) ) Geraldo Kindermann, natural de Arara nguá-SC, professor da Graduação e Pós-Graduação do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catar i na (UFSC). Coordenador e Ministrante de cursos promovidos pela Eletrobrás. Ministrou vários cursos e palestras no País e no Exterior. É autor dos • Aterramento Elétrico • Choque Elétrico. • Curto-Circuito. • proteção Contra Descargas Atmosféricas em Estruturas Edificadas. • Proteção de Sistemas Elétricos de Potência. Para adquirir o livro: geraldo@labplan.ufsc.br Fone: (048) 222-6118 Ol. 331-931 GERALDO KINDERMANN PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA - Volume 1 2a Edição Modificada e Ampliada Edição do Autor UFSC - EEL - LABPLAN Florian~1is - se 2005 © by Geraldo Kindennann 1ª edição: 1999 2ª edição: 2005 Capa: Fabío1a Sena Vieira Silveira e André Dalfovo Revisão: Renato Lucas Pacheco Editoração: Geraldo Kindermann e Alexandre Nunes Zucarato Direitos Autorais: Registro Nº 173.761 - Livro: 292 - Folha: 408 Ficha Catalográfica K51p Kindennann, Geraldo, 1949- 1999. Proteção de sistemas elétricos de potência / Geraldo Kindennann. - Florianópo1is - SC: Edição do autor, v. 1: iI. Bibliografia. ISBN: 85-900853-1-7 1. Sistemas de energia e1étrica - Proteção. 2. Energia elétrica - Transmissão. 3. Relés elétricos. 4. Relés de proteção. 1. Título. CDU: 621.316.9 É proibida a repmàução tp.tal ou parcial deste livro sem a ·autorização do autor. GERALDO KINDERMANN dedica este livro a sua família: • Maria Das Dores (esposa) • Katiuze (filha) • Krisley (filha) • Lucas (filho) --- ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) Agradecimentos o autor agradece em especial .:. Ao Professor Renato Lucas Pacheco, por ler cuidadosamente e dar importantíssimas contribuições ao texto. • :. Aos engenheiros Everton Pizolatti Medeiros e Giovanni Baptista Fabris da ELETROSUL e Ney Álvares Cabral da CELESC, pelas discussões e contribuições técnicas . .:. Fabíol~ Sena Vieira Silveira e André Dalfovo, pela elaboração da capa e pelo assessoramento de informática e Alexandre Nunes Zucarato pela editoração do livro. • :. Aos inúmeros alunos, da Graduação e Pós-graduação, que contribuíram com desenhos. Agradecimento em especial ao LABPLAN,principalmente aos professores, técnicos, analistas, mestrandos e doutorandos, que de um modo ·ou' de outro sempre estiveram presentes na motivação, contribuição e assessoramento na elaboração do livro. Apresentação o Laboratório de Planej amento de Sistemas de Energia Elétrica (LabPlan) do departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina, tem por objetivos realizar e promover o desenvolvImento de atividades de pesquisa, ens ino e ex tensão na área de Sistel:las de Energia Eléhica (SEE) com ênfase nos aspectos de planeJamento e análi se, nos segmentos de geração, transmissão e distribuição . , . Os professores do LabPlan têm oferecido diversas contribuiçõe~ ~ socIedade, entre elas a publicação de livros. Assim, é com satisfação que tazemos a apresentação de mais este livro do Professor Gerald() Kindermann . , Embora seja um assunto clássico para estudantes e engenheiros da m:ea de SEE, a proteção desses sistemas é um assunto complexo e o numero de referências no País é ainda restrito. O presente livro descreve os principais elementos utilizados na proteção de um SEE e como esses e lementos são aplicados na definição de esq uel~las de proteção coordenados. Aqueles que já tiveram a oportuD idade de assl stn uma au la ou palesh"a do Professor Geraldo Kindermann sabem ele .su.a preocupação na apresentação dos temas propostos de fonnas claras . obJetlvas e descontraídos . Neste livro não é diferente, na medida em que o autor expõe toda a sua competência na apresentação dos tópicos propostos. ConSIderando o sucesso das obras anteriores do Professor Geraldo Kindermann, temos a convicção que esta obra será de extrema valia para os eShldan.r~s de engenharia elétJica, como também para os profissionais com expellenCla. Professor: Edson Luiz da Silva Supervisor do LabPlan Prefácio Tendo recebido nos cursos e palestras vánas man ifestações de apoio e receptividade de alunos, professores, técnicos e engenheiros, ne que di z respeito a aceitação dos meus livros, e devido principalmente a carência de bibliografia, foi o que me motivou a escrever este livro de PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRlCOS DE POTÊNCIA. Creio ser este livro mais UlUa contribuição, principalmente para a [!raduacão da Engenhari a Elétrica e ele téc ni cos que queiram se aprofundar b , e conhecer a arte e a filosofia de proteção. O livro foi escrito numa seqUência lógica, em li.nguagem simples e técnica, de modo a ser uma fonte de consul ta acessível aos técnicos da área da Engenhalia Elétrica. Todos capí tulos têm abrangência que cobre e atende os requisi tos para proporcionar um bom conhecimento na área de proteção. Em especial, a filosofia das técnicas da coordenação da proteção é tratada nos capitulos lU, IV e V. . Devido à complex idade da proteçào de sistemas elétricos de potência, este livro cobre somente uma parte. Portanto, pretende-se dar continuidade do cooteúdo no livro de Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, 2º vo lume, nos assuntos referentes a Relés Diferenciais, Proteção de Transfonnadores e reatares, Proteção de Barras e de Capacitores. o Autol Índice Geral CAPÍTULO I - TRANSFORMADOR DE CORRENTE 1.1 lntrodução .... ... ..... .. ......... ..... .. ......... ..... ..... .... ..... ..... ...... ..... ...... ....... . ... . j 1.2 Transfo1111ador de Corrente (TC) ... ....... .... .. ........... .. .. ..... .... .. .... ...... .. .... 1 1.3 Ligação do Transformador de Corrente ..... ....... ..... ................... ........ .... 2 1.4 Símbolo e Marca de Polaridade do TC. .......... .... .......... ...... .. .. .......... ... . 3 1.5 Relação de Transfomlação do TC ..... .... .. .. ... ....... ...... ..... ..... .. ..... ... ..... .. 4 I .6 Transformador de Corrente de Alta Reatància ................ .......... ... .... ... 7 1.7 T ransformador de Corrente de Baixa Reatância ..... .. .... ... ... .................. 8 1.8 Circuito Equivalen te do Transformador de Corrente .. ..... ...... ... ..... ...... 9 1.9 Erro do Transfollllador de Corrente ... .......... .. ...... .. ...... .... ..... .... ......... 10 1.10 Fator de Sobrecorrente do TC. ... .............. .. ... ..... .. ..... .... ... ......... ..... ... .. I 1 1.11 Classe de Exatidão do TC pela ANSl.. ...... ......... ..... .... .. .... ... ...... ...... .. 12 1 .12 Carga no Secundário do TC. ...................... .. ........ .... .. .. .... .. ...... ........... 14 1.1 3 Classe de exatidão pela ABNT .. .. ............. .............. ....... ..... .. ... ... ...... . 16 1.14 Classe da Exatidão Equivalente ANSl e ABNT ..... ........ ..... ... .... .. ...... 17 1.15 Diferença entre TC de Medição e Proteção ........ ... ..... ................ .... .. .. 19 \ .16 Fator Télll1ico de um Transformador de Corrente ................. ............. 20 1.17 Limite Térmico do Transformador de Corrente ..... .... ....... .. .... ........... 2 \ i. 18 Impedância'da Fiação ................ ............................. .. .... ... .. .. ... ... ......... 23 1.1 9 Cargas Tipicas da Medição .......... .. ..... ...... .. ...... ... ................... ... .... ..... 25 1.20 Cargas dos Relés ........... .. ...... ........... .. .. .... ...... .... ............ .............. ....... 26 1.21 Exemplo Geral .................. ............ ..... ...... ........ : .... ...... ...... .... .. ... ...... ... 29 1.22 Limitações dos TCs ................ ...... .. .. ............................. ....... ...... ........ 34 1.23 Transfonnador de Corrente e de Potencial .. ........ .. ..... .. .... ........ .... . ... . 35 CAPÍTULO II - TRANSFORMADOR DE POTENCIAL 2. 1 Transformador de Potencial (TP) ... .................. ........... .. ............. ........ 4 1 2.2 Carga Nominal do TP ........ ........... ...... ............ .......................... ... .. .. .. . 43 2.3 Diferença Fundamental entre Transfoll11adores de Força e TP .... ... ... 44 2.4 Potência Térmica do TP .. .. .... ........ ........ ....... .. .. ... ........ .. .. .. ....... .. .... .. ... 45 2.5 Divis~r Capacitivo de Potencial ....... .... .... .................. ..... ... ..... ..... ... .. .45 2.6 Transmissor e Receptor Cacúer ... .. ... .............................. .. .. ....... ......... 50 2.7 Transdutores ........ .. ... ................ ... .. ............ ........ ..... .. .... .. ........... ......... 54 ) ) ) ) J ) ) 11 CAPÍTULO ln - RELÉ DE SOBRECORRENTE 3.1 [ntrodução ....... .... ........ .............. ........... ........ ...... ... ..... .... .. .... .... ..... .. )) 3.2 Re lé de Sobrecorrente .......... ............... ... .. ...... ... ...... ....... .. .............. ... .. 57 3.3 Princípio Básico do Funcionamento da Proteçào de Sobrecorrente ... 57 3A Esquema Funcional em C A de um S istema de Proteção .......... .. ........ 6 1 3.5 Esquema Funcional ou Esquemático em De ............. ..... ... ................ 62 3.6 Classificação dos Relés de Sobrecorrente ........ .. .. .. ..... .. ..... ..... ... .. .. .... 63 3.7 Relés Eleh·omecânícos ............... ... ..................................................... 64 3.8 Relés de Atração E letromagnétíca .. ...... .......... ........... ...... .......... .. ..... .. 65 3.9 Re lé de Indução E letromagnética ................... .... ................. .. ... .. ....... 76 3. 10 Relé de Disco de Indução por Bobina de Sombra .. ... ... ........... ........... 77 3.1 1 Relé Tipo Medidor de kWh ........ .. ........................... .. .. ..... .............. 83 3.12 Relé Tipo Ci lindro de Indução ......... .. ................. .. ............................. 85 3.13 Relé Tipo Duplo Laço de Indução ................ .. ... ...................... .... ....... 86 3. 14 Relés E letrônicos ou Estáticos .................................................. ... .. .. ... 87 3.15 Re lés Digitais .................. ...... ................ ...... ....................... .. ....... : ... 88 3.15.1 Re lés Numéricos .......... ...... .. ... .... ........ ......... .. .... .... ... ......................... 94 3. 16 Relé Primário .... ........ ................. .. ..... ... .. .............. . ............................ 96 3.l7 Re lé Secundário ............................ ...... ............ .................... ................ 97 3. 18 Class ificação do Relé Quanto a Atuação no Circuito a Proteger ....... 98 3. 19 Relé de Atuação Direta .......... ............ .. .. .......... .. ................................ . 98 3.20 Relé de Atuação Indireta ....... .............. .... .................... ... .... .... ............ 99 3.2 1 Ajuste de Tempo do Relé de Sobrecorrente ele Tempo Inverso ....... 103 3.22 Ajuste da Corrente de Atuação do Relé de Sobrecorrente de Tempo Inverso ..... ... ......... .... .... .. .. ...... ........ ........ .... ... .. ........ .. .. ... ........ .. ......... I 10 3.23 Relé de Sobrecorrente Instantâneo ............... ........ ......................... . 11 8 3.24 Relé de Sobrecorrente Temporizado ................................................ 1 l8 3.25 Relé de Sobrecorrente Temporizado co m Elemento Instantâneo ..... 119 3.26 Relé de SobrecOlTente de Neutro ........ .... ............. .. ........................... l 24 3.27 Exemplo Geral de Ajuste de Relés de SobrecolTente ....................... 128 3.28 Tempo de Restabelecimento do Relé ............................................... 135 3 .29 Re ligamento ........................... .. ..... .... ............. ... .. .... .... ........ .. ............ 138 3.30 Relé de Religamento ............................................................... ... ...... 140 3.3 1 Sistema Elétr ico Radial... ........................................ .. ....................... 143 3.32 Sistema Eléb'ico em Anel ......................................... ..... ... .. .............. 145 3.33 Coordenação de Relés de SobrecOlTente ........... ............................... ] 46 III 3.34 Tempo de Coordenação .... .............. .. ........ .. .... ... ...... .... .. .. ......... 148 3.35 Coordenação de Relé de Sobrecorrente de Tempo Definido ..... ....... 152 3.36 Coordenação de Relés de Sobrecorreme de Tempo Definido com Elemento Instantâneo ........ ........... ..... ................ ... .... .. ........... .... ... ..... 154 3.37 Coordenação de Relés de SobrecolTente de Tempo Inverso .... . 15 3.3 8 Coordenação de Relés de SobrecolTente de Tempo Inverso com Elemento Instantâneo .................. .. .. ............................. .... .... .. ... 161 3.39 Exemplo Geral de Coordenação de Relé de Sobrecorrente ... ... ........ 166 3 AO Considerações Finais ................ .............. .... .............. . .. .... ............ I 78 CAPÍTULO IV - RELÉ DIRECIONAL -+. 1 lntrodução .. .... ... .................... .. ........................... .. ... .... ........... 179 4.2 Relé de Sobreconente Direcional .. .. ....................... .. .... ............... . 179 4.3 Princípio de Funcionamento do Relé SobreC01Tente Dírecional ...... 180 4.4 Polarização do Relé Direcional ... ..... ... .... ................ ........ ............ .. 185 4 .5 Proteção com Relé de Sobrecorrente e Relé de Sobrecorrente Direcional .................... ..... ... .......... ......................... ....... .. .... ... .......... I 87 4 .6 Relé Oirecional de Potência ........................................... . .... ... ...... . 189 4.7 Relé Direcional ele Seqüência Zero ....................................... .. .. ... 191 4.8 Coordenação de Sistema em Anel com Relés de Sobrecorrentes e Direcionais .... .. ...... ......... . .. ............ .. .. ...................... ................. 196 CAPÍTULO V - RELÉ DE DISTÂNCIA s. 1 lnb'odução ...... ............................................................ .. ......... ..... 199 5.2 Relés de Distância .. ....... ... ... ......................... ............ .... · ..... .... ...... 200 5.3 Relés de lmpedância .. .............. .. .... .... .... ............................ ........ ....... 200 5 A Direcionalidade do Relé de [mpedância ........................................... 203 5.5 Relé de Impedância e Re lé Direcional ........... ................................. 205 5.6 lmpedância Secundália Vista Pelo Relé de lmpedância .................. 206 5.7 Zonas de Atuação do Relé de lmpedância ................................ .. ...... 208 5.8 Regulagem e Temporização das Zonas .... .. ...................................... 209 5.9 Diagrama Funcional em DC de Operação do Relé de Impedância .. 2 10 5.10 Coordenação de Sistema em Anel ............. .... ....... ............... .... ....... ·· 2 13 5. 11 Relé de Admitância ....... ......... ..... .. ..................... ... .......... · .... .... · ...... · 2 13 5. l2 Regulagem do Relé de Admitância .. ........ .. .. .... ... .... ............. ........... . 2 19 5.13 Esquema Funcional em DC do Relé de Admitânc ia ...... ... .. ............. 223 1\ 5. 14 Relé de Reatância .......... .. ...... ...... .. ........ ............ ..... .......... .. ...... ...... 226 5.15 Arco Elétrico ........ ....... ... .... .... ............ .. ... ... ..... ........ ...... ................... 227 5. 16 Relé de Reatância e o Arco elétrico ...... .... ............ .. ............... .... ...... 229 5.17 Curto-circuito e Oscilação de Potência .. .. ...... ....... .. ...... ....... .. ..... ...... 232 5.1 8 Relé de Oscilação de Potência ...... ...... .......... ..... ........ ... .... ........ ... ..... 234 5. 19 Des locamento de Curvas .. .... ...... ..... ............... .. .. .. .... ... ........ .. ...... ... .. 235 5.20 Caracte rísticas dos Relés de Distância ....... .. .. .... .. ....... .. .. ...... ....... .. .. 236 APÊNDICE A A.I Introdução ao Curto-Circuito entre Barras ................. .. .... ........ ....... 240 A.2 Curto-Circuito 3~ em Qua lquer Ponto Entre duas Barras de um Sistema Elétnco Radla l .... .. ........... .. .... ...... .................... .............. 24 1 A.3 Curto-Circuito 1 ~-tena em um Ponto Intennediário da Lin ha de Transm issão de um Sistema Radial .. .. .. ....... .... .. ........ .... ........ ...... ..... 244 AA Exemplo de Curto-Circuito em um Ponto Intermediário da Linha de Transmissào de um sistema Radial ................ .... ........... .. .. ............... 245 A.S Curto-Circuito 3~ em Qualquer Ponto Entre duas Ban as de um Sistema Elétrico em Anel ... .. .. .. ............. .. ..... ....... .... ........................ 247 A.6 Curto-Circuito I ~-tena em um Ponto Intermediário da Linha de Transmissão de um Sistema Elétrico em Anel ...... ....... .. .. .. .... .... .. .. .. 250 A.7 Exemplo de Curto-Circuito em um Ponto Intennediário da Linha de Transmissão ele um Sistema Elétrico em Ane l ................................. 252 APÊNn'ICE B B.I Nomenclatura da Proteçào ........ .... .. ...... .......... ....... .. .. ............... .. .. .... 256 BIBLIOGRAFIA ..................... .... .... ....... ......... ..... .. .. ..... ....... ...... ......... 279 TRANSFORMADOR DE CORRENTE 11.1 Introdução A proteção de Sistemas Elétricos de Potência é feita pelos relés. Os relés são sensores que, estrategicamente colocados no sistema, efetuam a proteção do mesmo. Quando há uma perturbação ou defeito no sistema que sensibilize o relé, o mesmo atua, isolando o defeito do resto do sistema. Como os níveis de tensões e de correntes em um sistema elétrico são grandes, os relés operam energizados por transformadores de tensão e de corrente. Os transformadores de potencial e de corrente são transformadores destinados apenas a alimentar os equipamentos de medição, controle e proteção. 11.2 Transformador de Corrente (TC) É um transformador destinado a reproduzir proporcionalmente em seu circuito secundário a corrente de seu circuito primário com sua posição ) ) ) ) ) ) ) ) 2 fasorial mantida, conhecida e adequada para uso em instrumentos de medição controle e proteção, Isto é, o transformador de corrente (TC) deve reproduzir, no seu secundário, uma corrente que é uma réplica em escala da corrente do primário do sistema elétrico. são: O transformador de corrente tem basicamente três fInalidades, que • Isolar os equipamentos de medição, controle e relés do circuito de Alta Tensão (AT). + Fornecer no seu secundário uma corrente proporcional à do primário. • Fornecer no secundário uma corrente de dimensões adequadas para serem usadas pelos medidores e pelos relés. Por exemplo, o TC fornece no seu secundário uma corrente nominal de 5A, com o objetivo de padronizar os equipamentos de medição e proteção (relés). Na Europa a corrente secundária é normalizada em IA. 11.3 Ligação do Transformador de Corrente A bobina primana do TC é ligada em série com a carga, exatamente como está apresentado na fIgura 1.3.1 . + • Eg TC ~ bobinas de corrente dos relés . Ip = Icarga . Zcarga Figura 1:3.1 - Ligação do Tran!;furmador de Corrente Capítulo 1- T,'ansformador de Corrente 3 A corrente de carga passa pe la bobina Plilllána do TC. Punantll para que o TC nào produza queda de tensão e seu consumo de energia ~eja insignificante , sua bobina primária deve ter: • fios grosso~. para que sua resistência elétrica seja bem pequena: • poucas espiras, para que sua reatância seja a menor possíveL Note que, como a bobina primária do TC está em série com a carga, sua corrente varia de acordo com a solicitação da mesma. Por ISSO, o TC deve ser dimensionado para ter bom desempenho para um grau bem vari ado no valor da co rrente. Es ta corrente varia desde zero até a má:\illl<l COITente de curto-circuito no local da instalaçào do TC Os instrumentos Ligados no secundário do TC estão todos em série, para garantir que a COlTente elétric a seja a mesma em todos os equipamentos. 11.4 Símbolo e Marca de Polaridade do TC Para simplificar e evitar desenhar o núcleo magnético e os enrolamentos primários e secundários do TC ado ta-se convencionalmente o símbolo da figura lA .1. TC C\í\ Figura lA .l - Símbolo do TC o modo como as bobinas primárias e secundárias estão emoladas no núcleo magnético, são simbolicamente expressas pelas marcas de polaridade como indicado na figura 1.4.2. O fabricante para identificar os enrolamentos dos TCs de mesma polaridade, pode utilizar: '7 Buchas de cor .diferentes; 4 7" Marcas permanentes em alto ou baixo relevo. . . Ip • í\(\ Ip • C\C\ ·r Is a ; r-----' I I ~ b is t Figura 1.4.2 - Marcas de Polaridade e Sentido das Correntes ip e is REGRA: A corrente primária i p entra pela marca de polaridade e a corrente secundária is sai pela marca de polaridade; assim i p e is estão em FASE. Nota: A norma NBR 6856, estabelece que os TCs para os serviços de medição e proteção, devam ser construídos com as polaridades iguais as da figura 1.4.2a. Normas de outros países utilizam as marcas de polaridades de acordo com o representado na figura 1.4.3. Ip f\Q . i s ANSI (Americana) IEC (Internacional) K L = VDE (Alemã) Figura 1.4.3 - Representação de TCs 11.5 Relação de Transformação do TC Dentro da precisão requerida, considera-se o TC um transformador operando dentro das características ideais. Deste modo, vale a lei similar à Lei de Ohm, aplicada a circuitos eletromagnéticos. Isto é: (1 .5.1) Capítulo I - Transformador de Corrente onde: Fp => Força magnetomotriz da bobina primária do TC Fs => Força magnetomotriz da bobina secundária do TC 9t => Relutância do circuito magnético do núcleo do TC <l> => Fluxo magnético no núcleo do TC Desenvolvendo a equação 1.5.1, tem-se: N pi p - Nsis = 9t.<D 5 (1.5.2) Supondo o transformador ideal, a sua relutância magnética vale zero. Npi p - Nsis = ° Npi p =Nsis . N p . Ip =-Is Ns . 1 · Ip =NIs s Np (1.5.3) Define-se a relação de transformação do TC, como sendo o termo designado pela expressão 1.5.4. RTC = N s (1.5.4) N p . i p 1=-- s RTC (1.5.5) Como os equipamentos de pr~teção são padronizados para 5A, as relações de transformação do TC são convencionalmente denotadas por Xi5, como mostra a figura 1.5.1 . Assim, pela NBR 6856 da ABNT, as correntes primárias do TC são de 5, N, 12, 20, 25, 30, 40, 50, 60, TI, 100, 150, 200, 250, 300, 400, 500, 600, 800, 1000, 1200, 1500, 2000, 2500, 3000, 4000, 5000, 6000 e 8000A. Os valores sublinhados são os usados segundo a norma ANSI. ) ) ) 6 :\ I ,. = X 5 I, = 5 Relé }---- - J --_ .... X Figura 1. 5. 1 - Relação de transformação - 5 Exemplo 1.5. 1: Cons iderando o TC apresentado na Figura 1 . .5 .2 , calcul ar: i" = 120 A 20 esp i r~ s TC 600 espiras "'-.... /' Figura 1.5 .2 - Esquema do TC do exemplo 1.5.1 a) A relação de Transformação do TC. RTC= N s = 600 =30=30 x ~~ ISO N r 5 5 5 Es ta relação indica que quando passa 30A no primário do TC, no secundário passa IA, ou seja, a cada 30A no primário cOlTesponde a IA no secundário . b) A corrente secundária que passa pelo relé. Capítulo I - Transformador de Corrente 7 . I ]/0 I . =_r_=~= 4A s RTC 150 5 11.6 Transformador de Corrente de Alta ReatânciaSão transformadores de COlTente que tem a bobina pnmária enro lada sobre o seu núcleo magnético . Ver fi gura 1.6 .1 . barra Carga Isolador de Porcelana Tem o primário enrolado no núcleo . bobina de corrente dos relés , Figura 1.6.1 - TC de Alta Reatância Estes TCs tem uma reatância de dispersão com valor razoáve l em relação a impedância total do seu circu ito secundário sob carga nominal. Para melhorar a sensibilidade e qualidade do TC, a sua bobina primária é enro lada, isto aumenta a sua força magnetomotriz. como: Pelas normas, o TC de alta reatância de dispersão é conhecido + Tipo A pela ABNT, norma NBR 6856. A letra A vem da palavra Alta do TC de alta reatância de dispersão. • Tipo H pela ANSI. A letra H vem da designação de Hi gb. 8 11.7 Transformador de Corrente de Baixa Reatância Devido à a lta corrente primária, a bitola do cabo (fio ) é g rande, fi cando impraticáve l construti vamente fazer esp iras no núcleo magnético do TC. Deste modo, o primário é apenas uma batTa que transpassa o núcleodoTC Ver figura 1.7.1. Figura 1.7.1 - TC tipo bucha Es te TC é também conhecido como tipo Bucha. Utiliza o mesmo princípio usado no TC de medição tipo alicate. Neste caso, a relação de transformação vale Ns/l. O secundário é emolado com muitas espiras para produzir o máximo acoplamento possível, diminuindo consideravelmente a reatância de dispersão. Pelas normas sua designação é feita por: • Tipo B: ABNT - n0l111a NBR 6856, a le tra B é a abreviatura de Baixa. • Tipo L: ANSI, a letra L vem de Low. r Capítulo 1 - Transformador de Corrente 9 Neste TC a reatânci a de dispersão é desprezível em relação à impedância do circuito secundário com carga nominal. 11.8 Circuito Equivalente do Transformador de Corrente Do ponto de vista ele tromagné tico, o TC é um transformador comum. Portanto, o seu circuito equivalente é o apresentado na figura 1.8.1. r - I ' I' II I L - -T~a:f:r:a~o~ - - - - -\ - - - - - - Ideal Transformador Real + \ . Ic.mwal fio 23riQ Figura 1.8. 1 - Circuito Equi valente do TC Onde: R/p e X/p ~ resistência e reatância do primário referida ao secundário i p ~ corrente no primário is ~ COITente no secundário do TC, isto é, a que passa pela carga (geralmente relés) i c ~ corrente de magnetização do núcleo do TC É a COlTente necessária para suprir as perdas e a magnetização do núcleo do TC Rf ~ resistência equivalente às perdas no ferro do núcleo do TC Estas perdas são devidas às correntes parasitas e as do laço de histerese no núcleo do TC. ) ) ) '\ ) ) ) 10 Xm ~ reatância equivalente à magnetização do núcleo do TC , Esta é a reatância equivalente que produz o mesmo fluxo magnético resultante no núcleo do TC R s e Xs => resistência e reatância do secundário do TC Pela figura 1,8,1 , o transformador de corrente real é em lermos de circuito equiva lente, composto por um transform ador ideal associado a um circuito, Portanto, o transformador real tem o seu ci rcuito elétrico equivalente representado pelo maior c ircuito tracejado mostrado na figura 1.8,1. 11.9 Erro do Transformador de Corrente As correntes verdade iras do primário e secundátio do TC são as apresentadas na figura 1,8, I, A corrente que passa pela carga (equipamentos e relé conectados no secundário do TC), é a corrente Is da figura 1,8, I , Portanto, aplicando a Lei de Kirchhoff do nó na figura 1, 8. 1, obtém-se a expressão 1,9.1 : I p . • --= I + [ RTC S < L =-[-p_ - Í S RTC " (1.9.1) (1.9 .2) Deste modo ( é a corrente responsável pelo erro causado pelo TC. Ou seja, ena de relação e ângulo ele fase. O TC para proteção deve mandar ao seu secundário uma COlTente is com bastante fidelidade, principalmente durante o curto-circuito. Os relés de sobrecOtTente devem atuar adequadamente para conentes de curtos-circuitos . Não há necessidade de obter exatidão absoluta na conente secundária Is do relé, mas apenas ter um valor aproximado de sua grandeza. Capítulo I - Transformador de Corrente 1 ] A proteção atua para correntes de curto-circuito elevadas e estas podem levar à sa turação o núcleo magnético elo TC. A cW'va de magnetização do TC é apresentada na figura 1.9.1. Ponto ANSI não li ear saturação le Figura 1.9, I - Curva de Magnetização do Núcleo do TC Na operação normal do sistema a corrente de carga é pequena, e o fluxo magnético do núcleo do Transformador de Conente opera com valor pequeno, dentro da região linear da curva de magnetização . Neste caso, o erro do TC é pequeno, podendo dentro da precisão ser compatível com os equipamentos de medição do sistema. Durante o defeito, isto é, durante o período onde a corrente de curto-circuito é alta, a prioridade não é fazer medições, mas sim, fazer a proteção atuar adequadamente o mais rápido possível dentro das limitações operativas e de coordenação. Portanto, neste caso, o impOltante é a rapidez e não a precisão. Usa-se na proteção durante os curtos-circuitos precisões de 2,5%, 5% ou 10% nas conentes secundários do TC. Admite-se uma conente máxima de cUlto-circuito, de modo que o fluxo magnético fique a 2,5%; 5% Oll 10% dentro da região não linear da cmva de magnetização do TC. Este limite é definido no item seguinte. O ponto de precisão de 10% é obtido no ponto ANSI, ou seja, no ponto onde a reta a 45° em relação ao eixo da abscissa, tangencia a curva de magnetização do TC. Ver figura 1.9.1. 11.10 Fator de Sobrecorrente do TC 12 O fator de sobrecorreme (FS) do TC é clefi n ido pe la re lação ela máxima corrente de curto-c ircuito que pode passar pel o primário do TC e a sua corrente primária nominal , para que a precisão de sua classe seja mantida. FS = I PlllóXllno curto-CTIl:UiIO I Pno min a i TC (1.1 0.1) As precisões do Transformador de COlTente para proteção são 2,5%, 5% ou de 10% . O valor mais comumente utilizado é o de 10%. Os valores máximos das conentes de curto-circuito que podem passar pelo primário do TC para que o seu erro seja mantido é padronizado de acordo com as normas do país ao qual o sis tema e létrico pertence . Os valores do tàtor de sobrecolTente (FS), padronizados são: • Pela ANSI => FS = 20 • Pela ABNT => FS = 5, 10, 15 e 20 A tendência no Brasil é só usar o FS = 20. 600 Por exemplo, um TC com relação de Transformação de -- e 5 FS = 20, só pode ser usado em um s istema elétrico, se a máxima corrente de curto-circuito no local da instalação do TC não ultrapassar o valor de: I Pmaximo cUlto - circuito = 20 x 600 = 12 kA -Isto significa que para corrente de cmto-circuito menor que 12 kA o erro que o TC envia ao seu 2ário é menor ou igual que 10% . Construtivamente, o FS produz uma limitação no TC quanto ao seu erro produzido pela não linearidade da curva de magnetização do núcleo. Esta limitação é dada pela expressão 1.l0.2. rcurto-circuito ~ FS . I Pno min uI do TC (1.10.2) . A limitação acima é a garantia do TC de não ultrapassar o seu elTO de sua classe de exatidão. Os erros do TC são expressos por classe de exatidão definida de várias maneiras de acordo com a norma empregada. 11.11 Classe de-Exatidão do TC pela ANSI Capítulo 1- Transformador de Corrente 13 Pela ANSl, define-se precisão do TC, pela limitação da máxima tensão que pode aparecer no 2ário do TC no instante da máxi ma corrente de cu rto-circu ito, de acordo com o seu fator de sobrecorrelJ te . Ou seja, é a máx ima tensão no 2ário do TC para uma corrente no primário de 20 Ip nominal para que o erro nào ultrapasse 2 ,5; 5 ou 10% . A figura 1. 11.1 mostra os termos desta classe de exatidão do TC. X 5 I-I __ ---,r--:>-'rf-~---t-------------~ alimentador I p máxima de Curto-Circuito = 20 X + Vmáx • Z c;arga Figura I . L 1.1 - Classe de Exatidão do TC pela ANSI Note pela figura 1.1 I. I que quando o curto-circuito no primário for 20X, no secundário do TC a corrente é de 20 x 5=100A. Portanto no 2áno do TC a correntenão pode ultrapassar 100 A, sob pena de exceder o erro de sua classe de exatidão. Pela ANSI, as possíveis combinações das classes de exatidão dos TC são dadas pela expressão 1.11 . 1. 10 20 r;:}{~} 50 100 (U!.I) 200 400 800 ) ) ) ) ) ) 14 Por exemplo, um TC-Classe IOH400 é um TC de alta rea tância , tal que quando ocorrer um cmto-circuito cuja co rrente 2ári a fo r 20x5A = I OOA, no máx imo poderá te r no 2ário 400 Volts, para que o erro devid o a saturação do núcleo do TC não ul trapasse 10% . Ver figura 1.1 1.2. X 5 t-III----i~.g-~--t------------~ aliment<ldor I P Curto-Circuito = 20 X + Vmáx = 400V • Z carga Figura 1.11.2 - TC classe 10H400 11.12 Carga no Secundário do TC É a máxima carga que se pode conectar DO 2ário do TC, de modo a não ultrapassar a máxima tensão dada pela sua c lasse de exatidão. A carga deve ser limitada pela expressão 1.10.2 e também pela máxima tensão de sua classe de exatidão. A carga no secundário do TC de acordo com a figura 1. 11.1 , é dada pela expressão 1.12.l. Y .. =2 i maxllno carg a S (1.12.1) Exemplo 1.12.1 : Qual a máxima carga que se pode conectar no secundário do TC classe 10H400. Solução: se: Examinando a figura 1.11 .2 e uti I izando a expressão 1.12.1, tem- 400 = Zcor~a · 100 Zcarg a = 4Q Capítulo I Transformador de Corrente 15 A carga máxima que se pode colocar no 2úrio do TC é de -+Q, para garantir a classe de exatl dão. Qualquer carga com Zcarga 5 40 está adequada. Exemplo 1.12.2: Em relação ao di agrama uniftlar da fi gura l . l 2.1. para um TC - 1 OH400. Calcular: 600 5 I-I"-~~-+--t--------T----~ alimentado r iN =480 A I P Curto =B400A + Vs • Z carga Figura 1.12.1 - Diagrama Unifilar do Ex emplo 1.12 .2 a) A corrente no secundário do TC, quando passa no primário uma corrente de 480A. l N = 480A 1 = _l_p_ = 480 = 4 A s RTC 600 5 b) Qual a corrente no secundário para o curto-circuito no terminal primário do TC. 1 = _I_p_ = 8400 = 70A s RTC 600 5 c) A máxima carga no secundário, para que o TC fique dentro da sua. classe de exatidão. V -y -Z ·1 S - máximo - cmga S 400 = Zc . rga ·70 16 z - -+00 - - 7 Q carga - 70 -), 1 Observação : No exemplo 1.1 2.2, a carga máxima no secundário é de 5,7 1 n. Es ta carga é maior que a carga máxima do exemplo 1. 12.1. Isto se deve porque o cmto-circuito do exemplo 1.12.2 está limitado em 8400A, que é menor que o valor limite do fator de sobrecorrente elo TC. /1. J 3 Classe de exatidão pela ABNT A ABNT define a classe de exatidão do TC, como sendo a máxima potência aparente (V A) consumida pela carga conectada no secundário, para uma corrente nominal no sec undário de 5A. Ver figura 1.1 3. 1. X 5 i--I __ --.~o+-~ _______ ~ alimentador + S~rga Figura 1.13.1 - Classe de Exatidão do TC pela ABNT Ou seja, é a máxima potência aparente (V A) que se pode conectar em regime permanente no secundário do TC, para que durante o máximo curto-circuito limitado pelo seu fator de sobrecarga, o seu ena não ultrapasse o da sua classe de exatidâo. As possíveis combinações da classe de exatidão TC pela ABNT, sâo dadas pela expressão 1.13.1. Por exemplo, a nomenclatura elo TC-Classe A I OF20C50, e explicitada como segue: Capítulo I Transformador de Corrente 2.5 \ 5 12,5 {~}rn{f} 5 22,5 10 {C} 25 IS 45 20 5<) 90 100 200 A ~ TC de alta' reatância I O ~ Erro admissível da sua classe de exatidão (L 0%) F --7 Fator de Sobrecorrente 20 ~ 20IN = 20x5A = 100A no secundário 17 ( 1.13. 1 ) C ~ carga no secundário do TC em V A definido para a corrente nominal lN = 5A do TC 50 ~ SOVA, carga do TC para uma corrente nominal lN = 5A do TC Examinando a figura l.l3 .1, podem-se combinações expressas por l.13.2. explicitar diversas S = Z [ 1 = Vs1s çarUil can!i.l S . . ~ . 11.14 Classe da Exatidão Equivalente ANSI e ABNT Podem-se ana lisar as equivalências pela figura j. 14. 1. Pela ANSI, tem-se a expressão 1.14.1: V .. = Z 100 maXllno carga ( 1.13.2) (l.13.3) (1.14.1) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) 18 + ANSI Vmáx + . Zcarga ~ X 5 Vs • Scarga Figura 1.14.1 - Equivalência entre ANSI e ABNT z = Vmáximo carga 100 Pela ABNT, tem-se a expressão 1.14.3: S - Z 52 carga - carg a Scarga = 25Zcarga Substituindo-se a expressão 1.14.2 em 1.14.4, tem-se: S = 25 V máximo carga 100 V . =4S maxuno carga (1.14.2) (1.14.3) (1.14.4) (1.14.5) Note-se que, V máximo foi definido para Is = 100A e Scarga para Is = 5A. A expressão 1.14.5 faz a equivalência de TC classe de exatidão ANSI para ABNT e vice-versa. A equivalência só é compatível se estiver dentro das combinações possíveis dadas pelas expressões (1.11.1) e (Ll3.1). Exemplo 1.14.1: Especificar o TC-classe AlOF20C50 segundo a ANSI. Solução: Capítulo I - Transformador de Corrente 19 Scarga =50VA V áx' = 4S = 4 x 50 == 200 Volts ~ lOH200 m LmO carg a rfrlll =A~1 0~F2::::0C~50~==1 0~H~20~0 ~III 11.15 Diferença entre TC de Medição e Proteção De um modo geral se classificam os TCs em 2 tipos: • TC para serviço de medição; • TC para serviço de proteção. Os T Cs para serviço de medição devem manter o seu erro de sua classe de exatidão para correntes de carga na faixa indicada pela expressão 1.15.1. O,lIno min ai do TC ::; Icarga ::; Ino min ai do TC (1.15.1) Suas classes mais usuais são de 0,3; 0,6 e 1,2%. Isto é, os TCs de medição devem manter sua precisão para correntes de carga normal. Já os TCs de proteção devem ser precisos até o seu erro aceitável para corrente de curto-circuito de 20IN . Portanto o núcleo magnético do TC de proteção deve ter seção transversal grande, para não saturar no instante do curto-circuito. Os núcleos magnéticos dos TCs de medição são de seção menor que os de proteção, para propositadamente saturarem durante os curtos- circuitos. Isto é benigno, porque a saturação limita o valor da sobretensão aplicada nos equipamentos de medição. Portanto, a sahlraç~o é uma proteção, evitando a perfuração por sobretensão da isolação dos TCs de medição. Então, para o TC poder contemplar estas duas características, o braço do núcleo magnético da bobina secundária de medição deve ser fino, e o braço da bobina secundária de proteção deve ser grosso. Para atender este propósito, pode-se: • usar dois TCs, um para medição e outro para a proteção, ou 20 • usar um TC com 3 enrolamentos. com braço de medição [mo e o braço do enrolamento de proteção grosso, exatamente como está na figura 1.15.1. enrolamento primario VEM DA LINHA enrolamento núcleo mais fino satura facilmente no curto-circuito VAI PARA 'u * -marcas de polaridade VAI PARA PROTEÇÃO Figura 1.15.1 - TC com 3 enrolamentos 11.16 Fator Térmico de um Transformador de Corrente Fator térmico (FT) de um TC é definido como sendo a relação entre a máxima corrente primária admissível em regime permanente e a sua corrente nominal. Capítulo I - Transformador de Corrente 21 FT = Ipmáxuna (Em regime permamente) I Poo min ai (1. 16.1) Os valores mais usuais do transformador de corrente são: 1,0; 1,2; 1,3; 1,5 e2,0. Um transformador de corrente pode operar carregado plenamente e permanentemente até o limite térmico sem prejuízo no desempenho, vida útil e nível de isolação. O fator térmico de um TC é importante, porque já contempla o crescimento de carga do alimentador e das possíveis folgas nas eventuais situações de emergências no sistema elétrico. Exemplo 1.16.1 : Qual a máxima corrente de regime permanente que pode passar pelo alimentador do diagrama unifilar da figura 1.16.1. ) FT = 1,3 '" a limentador Figura 1.16.1 - Diagrama Unifliar do Exemplo 1.16.1 Solução: utilizando a expressão 1.16.l, tem-se 1 3 = I Pmáxima , 600 Ipmáxima = 1,3 x 600 I pmáxima = 780 A 11.17 Limite Térmico do Transformador de Corrente Limite Térmico (L T) é a maXlma corrente de curto-circuito simétricaque o Transformador de Corrente pode suportar durante Is, com o 2ário em curto-circuito. Ver figura 1.17.1. ) ) ) ) ) ) 22 x 5 IC rt L" T' . u o = Imite ermlco ,,'---- Curto Figura 1.1 7.1 - Ensaio do Limite Térmico no TC Esta limitação é causada pela máxima limitação de temperatura dada pela sua Classe de Iso lação. Neste ensaio, durame o curto-circuito , os esforços eletromecânicos e de aquecimento não deverão de nenhum modo comprometer a integridade do TC. Se a proteção juntamente com o disjuntor demorar um tempo maior que 1 segundo para eliminar o curto-circuito, a sua corrente limi te fica determ i nada pela expressão 1.1 7. I . 1" t . . =8 l:urlll d~lcll0 (1.17. 1) Onde: tdefeito =:> tempo de abertura de d isjuntor lcnrto =:> corrente limite de curto-circuito que persiste durante o tempo tdefeito e =:> constante que depende das características constmtivas do TC Exemplo 1.17.1: Um TC tem o seu limite térmico de 40kA. Qual a conente permissível que pode passar pelo TC, sabendo que o disjuntor demora 2s para eliminar o defeito. Solução: L T 40 kA com t = Is Capítulo I - Transformador de Corrente II = ' .J com li = 2.' Usando a expressão 1.1 7. 1, tem-se: (LT )'· 1=8 Igualando-se, ,~ . [\ = e 1\'x 2=(40kf x l 1\ = 28,2 kA 23 Sempre a maxlma cou'ente de curto-circuito, no loca l da insta lação do TC eleve satisfazer a LI I nll1u :<;;----,,== 11.18 Impedância da Fiação o TCs es tão instalados no pátio da subestação e os equipamentos de medição, controle e relés estão na sala de con trole (operação), co mo mostra a figura I. 18.1 . TC alim entador f- terminal do TC barra Sa la de Operação i Fiação Figura 1.1 8,1 - lllstal~ções dos TCs e Relés Como a distância do Transfonnador de Conente aos equipamentos da sa la de operação é grande, deve-se considerar a carga adicional da fiação no carregamento do TC. 24 Portanto, a impedância dos tios de cobre é dada por: Z fiação = P e"lw f-- [Q ] t:obn~ onde: e -+ comprimento tota l da fiação de cobre (m) Scobre -+ Seção da fiação de cobre (mm2) I 111111"Q .. 'd d d b P I = -- - reslstl vl a e o co re cu 'r< 58,82 m ( 11 8. 1) A carga tota l conectada no secundário do TC é dada pela expressão 1. 18.2. ( 11 8.2) Exemplo 1.18.1: Um TC tem uma fiação de 10 111m2, cujo comprimento até a sala de operação é de 180m. Qual a carga vista pelo secundário do TC, supondo que todos os equipamentos de proteção estejam curto- circuitado? Solução: Z = _1' _=_1_. 2 x 180 =06 18Q çarga doTC Pcuhrc S 5882 lO ' <.:ubrc ' A fiação que interliga os TCs aos equipamentos na sala de operação percolTe um caminho longo, passando e compartilhando os mesmos dutos e cana1etas com fiações de outros circuitos. Deste modo, a fiação dos TCs sofre várias perturbações e efeitos assim discliminados: • resistência e reatância considerável devido ao seu comprimento: • aquecimento proveniente dos outros circuitos; • acoplamento magnético e elétrico com outros circuitos, canalizando transitórios, harmônicos, induções e qUaIsquer outras perturbações. Estes elementos acima podem interferir no desempenho do relé, comprometendo a qualidade da proteção. C apí tu lo I - T ransformador de Con"ente 25 Hoje, para atenuar o problema ac ima referido, utiliza-se de acordo com a tendência tecnológica mundial, o "Sistema de Proteção Distribuído". Ou seja, os relés e outros equipamen tos de medição e supervisão devem estar localizados fisicamente próximos aos TCs e TPs que os alimentam. Para a sa la de comando da subestação, vão através de um sistema de fib ras óticas, todas as infOlTIlaçÕeS dos relés . Esta situação é mais imperativa em subestações de EAT (Extra Alta Tensão), principalmente no que se refere às interferências eletromagnéticas. 11.19 Cargas Típicas da Medição Algumas cargas típicas dos aparelhos de medição sào apresentadas na tabela 1.1 9. 1. As potências estão de acordo com a ABNT, isto é, quando passam 5A no secundário do TC e nos apareUlos de medição . TIPO Impedânc ia Resistência Indutância VA W VAR cos e Z(ohms) R(ohms) L(mH) Amperímetros CD-3, CD-4, 0,515 0,140 1,310 12,8 3,5 12,3 0,27 CD-27, CD-28 A8- I O, A8- 12, 0,116 0,055 270 2,9 1,4 2,5 0,48 A8-13 t\H-11 0,090 0,085 92 2,3 2, 1 0,9 0,92 Wattimetros AE- IO, A8-12 , . 0,102 0,023 260 2,5 0,6 2,5 0,22 A8-13 AE- I S, A8- 16, 0,063 0,019 160 1,6 0,5 1,5 0,30 AE- I S ; P-3 0,160 0,145 150 4,0 3,6 1,5 0,92 Medidores de watt-hora l-3D 0,106 0,052 245 2,60 1,30 2,30 0,50 V-65 0,007 0,005 13 0,17 0,12 0,12 0,69 ) ) ) ) J ) ) 26 lB-IO 0,041 0,030 80 1,10 0,80 0,80 0,70 Fasímetros AS -l O. AB - 0,144 0,100 260 3,6 2,6 ') ~ -,) 0,72 12.A B-13 P-3 0, 100 0,090 110 2,5 2,2 1,0 0,90 Tabela 1.19.1 - Cargas Típicas dos Aparelhos de Medição da G.E . (General Electric) para 5A no Secundário do TC 11.20 Cargas dos Relés Os re lés sâo os pnnclpais e lementos da proteção. Eles rep resentam uma carga considerável no carregamento do TC. Eles estão assim distribuídos: • Relés de carga fixa: São os re lés em que o ajuste não é fei to através de derivações da sua bobina magnetizante. Sua impedância conectada no secundário do TC é fixa , isto é, não varia com a mudança no ajuste do relé. Estes são os relés e letromecânicos de embolo ou almadura atraída, na qual o aj uste pode ser feito do seguinte modo (ver item 3.8): • mudança no entreferro do seu circuito magnético • tracionamento na mola de braço móvel do l-elé Os relés digitais, também apresentam carga fixa em relação ao secundário do TC, isto porque os relés digitais são supridos por uma fonte de alimentação externa. Por este 1110tivo o relé digital representa uma c~rga mínima em relação ao secundário do TC. • Relés de carga variável: são os relés eletromecân icos em que o ajuste é feito pela mudança do ta]) na sua bobina de magnetização. O 'estudo e anáhse destes relés serão apresentados nos itens 3.8 e 3 .22. Como a impedância do relé depende do tap escolJlido e para faci I itar a obtenção deste valor, o fabricante publica sempre a maior impedânêía . do relé correspondente ao menor tapo Os valores da Capítulo I - Transformador de Corrente 27 lI1lpçdÚ I1 Cl~1 do relé cllrrespundell te!> ao rncnur tap sào apresentados na tabelJ 1.20.1. MODELO FAIXA DE T APs IMPED.'\.NCIA menor TAP DO RELÉ IA] IQ] IAC51AI0 1A 4 - 16 0.35 IAC51A2A I ,S - 6 2,40 IAC51A3A 0,5 - 2 22,0 IAC51 B IOIA 4 - 16 0,38 iAC51 B2A 1,5 - 6 2,43 IAC5183A 0,5 - 2 22,2 IAC51B22A 0,5 - 2 23,0 IAC5283A 0,5 - 2 22,2 IAC528 1 0 1 A 4 - 16 0,38 IAC53 10 IA 4 - 16 0,12 IAC53B33A 1,5 - 6 4,62 lAC5383A 0,5 - 2 4,19 IACS3835A 0,5 - 2 16,8 lAC53B32A ° 1 - 0,4 107,5 IAC5S8 18A 0 ,5 - 2 54,2 lAC55B3A 0,5 - 2 54,4 IAC77A3A 0,5 - 2 1,60 LAC77A2A 1,5 - 6 0,20 C02 0,5 - 2 19,2 C02 2 - 6 1,26 C02 4 - 12 0,30 C05 0,5 - 2 15,68 C05 2 - 6 0,97 C08 0,5 - 2 9,52 C08 2 - 6 0,60 C08 4 - 12 0, 15 C09 0,5 - 2 9,52 C09 2 - 6 0,60 C09 4 - 12 0,15 C0 11 0,5 - 2 2,88 28 CO \\ 2 - 6 0,\ 8 CO l\ 4 - \2 0,05 ICM2 0,5 - 2 16,4 ICM2 4 - 16 0,25 Tabela 1.20. \ - Cargas dos Relés o menor tap representa a maior impedância do relé. Em outro tap a impedância diminui , tendo o seu menor valor no tap máximo. Se for utilizado o menor tap do relé no cálcu lo do carregamento do TC, o mesmo está bem dimensionado em relação a sua classe de exatidão . Qualquer mudança de Tap do relé corresponde a um alívio de carga do TC. A potência aparente do relé relativa ao seu tap é sempre a mesma. Está afim1ativa será esclarec ida no item 3.22. Para achar a impedância do relé, conespondente a outro tap , bas ta usar a eq uação de equiva lência ela potência aparente. A equivalência é feita pela expressào 1.20 .1. Z Tap (1 Tap y~ = ZTar min,,"o ([Tap m;";,,,o )" ( I .20. I ) onde: ZTap Ill ínilllo • impedância do Tap de menor corrente lTap Illínilllo • COITente do menor TapZTar .. impedância do novo Tap lTap • corrente do novo Tap Na proteção por relés, é praxe utilizar o temlO Tap como corrente de Tap ou corrente de ajuste do relé. Deste modo à expressão (J .20.1) fica sendo a 1.20.2. ( Tap mín) 2 ZTap =ZTaPlIlin Tap ( 1.20.2) Exemplo 1.20.1: O relé fAC 5 1 da G.E. tem uma impedância de 2 \ ,20 e a fai xa ele Taps disponíveis é de: Capítulo I - Transformador de Corrente 0 .5-0,6-0.7-0.1)-\ ,0-1 .2-\ ,S-2,OA a) Qual a impedância do relé no Tap = IA ( ° " )~ - I ') ~ --ZT' 1 \ - ",,1,_ - ),30 -'I' . I b) Idem no Tap = 2A _ 2 1 7 (~)2 = I 33 r. ZT' ,, -,~ , ~ L .Ir -~ 2 Exemplo 1.20.2: Q ual a impedância do maior tap do relé IAC53\ ° \ A. Solucão: Pela tabela 1.20.1 , obtém-se ZT . ' = O 120 ap I11111Ull0 ' Tap mínimo = 4A Tap máximo = 16A Z,.. 1"\ = 0,12 (~):! = 0,0075 Q olp " , \6 29 Observação: Todas as considerações relativas a carregamento do TC sào referentes a relés e letromecânicos. Atualmente as novas aqui sições de relés pelas empresas são do tipo digital, onde o carregamento passa a ser mínimo. Isto, porque os relés digitais necessitam de uma fonte extema de alimentação, ali viando o carregamento do TC. Por este motivo, com a ap licação da tecnologia digital na proteção, os TCs podem ter núcleo magnético mais reduzido e inclusive, como alguns fabricantes já infonnam que os TCs podem manter sua classe de exatidão para corrente de curto- circuito de até 100iN . 1.21 Exemplo Gel'aI Dado o diagrama unifilar da figura 1.2 1.1. ) ) ) ) ) 30 ~ê-+ IOMVA A ZLT= 0,1 pu B )----t-I~----t--ªê-+ BASE 69k\' 100Jl,.'IVA Figura 1.21.1 - Diagrama Uoifilar IOMVA IOi\ I V!\ o TC deve alimentar simultaneamente, 1 Amperímelro Al-l- I l, um medidor de Watt-hoTa V-65, um medidor de Watt-hora lB- IO e um re lé de sobrecorrente lAC 5 I B 101 A, I igado no seu Tap de 8A. Considerar 10% o erro do TC e fator de sobrecorrente de 20 . a) Dimensionar o TC, qlÍanto a sua relação de transformação. Solucâo: O cálculo da re lação de transformação é feito utili zando dois cri térios. a.1 -Critério da carga nominal do alimentador Neste caso o a limentador pode suprir no máximo os três transformadores em plena carga. S Numll1 :d du A hm enl."J"r = 3 x I OMV A = 30rvlV A V N =69kV S No m in a i do A li.11 onlador = F3 V N 1 N 30M = F3 x 69kl N Capítulo I - T ransformado,· de COITcnte 31 LJ = 25 I A Co nsul tando o item 1.5. pode-se usar. dependend o da norma. os TCs referidos a segui r: 250 • Pe la ABNT. T C =-. 5 300 • Pela ANSl, TC =- 5 Esta escolha nào é definitiva, porque foi somente levaclo em conside ração o calTegamento em regime permane nte do a lim entaclor. a.2 - Critério do curto-ci rcuito: A m áx im a corrente ele cu rto-c ircu ito No loca l elo TC de ve esta r dentro da limitação ela classe de exat idão do TC, ele aco rdo com o seu FS. is[() é, deve ser usada a ex pressào 1.10. I . FS = I rlll".' LlllU CUn,,-CLlTlLl ILl I I'IllI 111111 a i Tt 8k 20=---- I Pnu 111111 ai T( 1 rno "'111 "1 .lu Tl · = 400 A Portanto, devido ao nível ele curto-c ircuito 110 local da in stalação elo TC, deve-se esco lher a re lação de transformação el e: • TC = 400 pela ABNT 5 • TC = 400 pe la ANSI 5 A esco lha definitiva recai no TC de maior re lação ele 400 transformação, Oll seja, no TC de - pela ABNT e pela ANSt. 5 b) Qual a impedância do relé LAC51BIOIA? Consultando a tabe la 1.20.1 , tem-se 32 Z L'I1 """""" = 0.38Q ZT"",.\ :=" Tap mínimo = 4A Tap = 8A Utilizando-se a ex pressão 1.20.2, tem-se ZT"PM == 0,38( ~ r == 0,095 Q 400 c) Qual a carga total conectada no secundário do TC 5 A figura 1.2 1.2 mostra como os instrumentos de med ição e proteção estão conectados no secundário do TC. 400 Alimentado. Amperímetro Wh Wh ., t Vs Re lé IAC51 8 1 DIA TAP=BA Figura 1.21.2 - Conexão dos Equipamentos no Secundário do TC Usando a tabela 1.19.1 e o valor obtido no item b , gera-se a tabe la I .2 I . I do carregamento do TC. Tipo Z(Q) Potência Aparente (V A) para Is = 5A AH-II 0,090 2,3 V-65 0,007 0, 17 \8-10 0,042 1,10 IAC51BI OIA 0,095 2,375 Total da Carga 0,234 5,945 Capítulo I - Transformador de Corrente 33 Tabela 1.21 . 1 Carregamento elo TC Na tabela \ .2 1. 1. a potência aparente do relé IAe5 \ B I O I.A. foi obt ida para uma corrente sec undári a Is = 5A . Is to é: S rd': =ZTul1~ A l ~ ==0,095x5 2 ==2,375VA d) Especificar a classe de exatidão do TC pela ANSl. Basta obter a máxima tensão no secundário do TC para a con ente máx ima de curto-c ircuito no local do TC. Ver figura J .2 1.3. + 400 5 Vmáx • Z ,= 0.2340 tota Alimentildor Ip Curto = 8kA Figma 1.21 .3 - Classe de Exatidão pela ANSI Vmaximn = Z'0l"11 00 == 0,234 x 100 = 23,4 V Consultando as combinações da expressão 1.1 1. 1, a classe de exatidão do TC é de tOHSO. e) Especificar a classe de exatidão do TC pela ABNT. Esta especificação é feita com base na potência aparente do carregamento do TC para uma corrente secundária de 5A . Ver fi gura L.2 1.4. ) ) ) ) ) J I 3-1 TCé: • 400 5 S carga =5,945 VA alimentador figura j .2 1A - C lasse de Exatidão pe la ABNT Pelas combinações da ex pressão 1. 13. 1, a classe de exatidão do A IOF20C12,5 Esta especificação também pode ri a ser obtida pela eq ui va lênc ia entre ANSl e ABNT, exatamente como incli ca a expressão 1.14.5. Observacão: No S istema de Potencia, o dime lls io namento do TC é feito pe la maior re lação de transformação obtida pelo critério de carga e de curto-circuito. Geralmente, nas proximidades das usinas de geração, o critér io de curto-c ircuito sobrepuja o da carga. Sendo a rede de distribui ção de ene rgia e lé trica o fina l do sistema elé trico , o dimensionamento do TC é caracterizado pelo critério de carga . Já nas redes de di stribuição próximas às us inas de geração, os curtos-circuitos são e levados, e a ponderação pe los dois critérios deve ser considerada. 11.22 Limitações dos TCs De um modo geral os TCs ficam limitados pelas relações a seguir: I ClII1o-l' in; ui lo ~ FS · l pnollli llat do TC Capítulo I - Transformador de Correntl' 35 1 ::; L T para t <lel<lI" ::; I S 1 <<lI1"-< ''''uIIO < L T para ti . > 1 s - l..:k l\l . t lkfclIlJ (e m Re gim e Permanente) 1.23 Transformador de Con-ente e de Potencial Para verificar o comportamento cio TC co m o secundári o aberto. fa z-se mi s te r a seguinte aná lise obt ida da operação e m regime permane nte do TC e Transformadores ele Potencial (TP), com o mostr;} a figura 1.23.1. A equação que rege o comportamento do TC e do TP é idêntica. Este comportamento é de acordo com a expressão 1.5 .1, que es tá novam ente reproduz ida abaixo: + onde: Figura 1.23. 1 - TC e TP em Operação Normal Z carga = 36 ~)l = relutáncia do material ferromagn ético do núcleo do TC ou TP o => tluxo magnétiço dentro do núc leo de TC ou TP F => força magn elomot riz ela respec ti va bobina . . Np1p - NsI s = ~n · cp ( 1.23.1 ) A força magnetomotr iz ele açào (FI' = N P iI') sofre reação da força magnetomotriz (fs = Ns Ís), cuja diferença, is to é, a resultante é conlra balanceada pe lo ~n(1). O dia ,grama fasorial que ex pressa a fó rmula 1.23. 1, está na figura 1.23. 2 . ....... ······ ······ ·········· .. ·········· ... ····· .. · ······· · l·~i~<iS ................... . . N, is N 1.1" Figura 1.23.2 - Diagrama Fasorial do TC ou TP O 'HcP do TC e TP é na verdade bem pequeno, apenas o necessário e sufi c iente para contrabalançar a força magnetomotriz res ultante dentro do núcleQ magnético. Utili zando a expressão gera l (1.23. 1) no circuito e letromagnético do TP, da figura 1.23.1 , tem-se: (1 .23.2) Abrindo o secundári o do TP da fi gura 1.23. 1, a corrente secundári a é zero (is = O). Levando es te va lor na expressão 1.23 .2, tem-se N r1PTI' - Ns ' O = ~HcP ( 1.23.3) Na ex pressão ( 1.23.3),o termo 9lcP permanece praticamente com o mesmo va lor Indicado na figura 1.23.2. Ou seja, a iPTI' diminui rapidamente, adaptando-se ao novo valor Npi pTp = 91(1), verdiagramafasoria l da figura 1.23 .3. Capítulo J - TransfoJ·mador de COITente 37 Decresce . ~H cp f2?:· ···· ··~···~···· ·· ........ ~.~.~:. ~ Figura 1.23.3 - Diagrama Fasorial do TP com Secundário Aberto Isto acontece porque o TP está conectado em parale lo com a carga. No TP com carga no seu secundário ou com o seu secundário aberto, a sua tensão primária peTmanece fixa (constante). Observacão: A exp licação é a mesma para o TP ou para o transfonnador de força. Abrindo o Secundário do TC No TC é a carga do c ircuito que impõe a Icarua que passa pe lo b primário do TC. Com o TC func ionando normalmente com carga, ou CO I11 o seu secundário em curto-circuito, vale a equação geral (1 .23 .1), cujo diagrama fasorial é o da figura l.23.2 . A equação geral ap li cada ao TC fica: onde: fica: ( l. 23.4) . . J P TC = l earg a Quando o secundário do TC abre, is TC = O. e a equação (1. 23.4) N p i c "rg a - N s . O = 91 1> N p i carga = 91 1> (1.23 .5) Note que neste caso o termo Npl clI~a tica fi xo (co nstante). porque a carga no circu ito nào mudou. Assim o va lor ~H'cp ' aumenta para ficar COI11 o mesmo valor N p i carga' Ver diagrama fasorial na tigura 1.23.4. Assim o fluxo magnético (<D') dentro do núcleo cresce, entrando na região da saturação do TC, provocando distorção na sua onda de fluxo. Ver figura 1.23 .5. ) ) ) ) J ) ) ) ) 38 ~n (I) Aumenta t>,;.; .. ~········--·... . .. ~; C]) = N i .~ • • ~._ . _ . .. _ .. _ •. •• . . __ . .. __ . __ ._~'._~"ll:;n . Figura 1.23.4 - Diagrama Fasorial do TC com Secundaria Aberto s3ruração ------ operação normal 2 ~ abeno Figura 1.23.5 - Saturação do núcleo do TC A relutância ~H tam bém muda, porque depende da permeabilidade do material do núc leo, C01110 indica a expressão 1.23.5- 1 -. ( ~ l =-- pA (1.23.5) onde: e => comprimento médio elo núcleo elo materia l ferromagnético elo TC A => área da secção h'ansversal do núcleo do TC ~l => permeabilidade elo materia l ferromagnético do núcleo no ponto ele operação do TC O fluxo magnético Ci)(t), a COITente primária Ip(t) e a tensão es(t) induz ida no secundário do TC, es tão apresentados na figura 1.23.6. Capítulo 1- T.-ansfonnador de Corrente 39 Figura 1.23.6 - Diagrama das ondas de Ci)(t), J p (t) e es (t) do TC o excess ivo aumento do íluxo magnético no núcleo do TC causa os seguintes efeitos: a) excess ivas perdas por bisterese e correntes parasitas no núcleo do TC, aq uecendo-o rapidamente, e queimando o TC: b) produção de e levadas tensões no terminal secu ndári o do TC pedurando sua isolação e produzindo elevados ri scos 110 s istema e na segurança humana. A tensão induzida no secundário do TC depende da taxa ele vari ação elo fluxo magnético concatenado. Seu va lor é obtido pela expressão 1.23.6 . ( ) _ N dCi)(t) e s t - s . dt (1. 23.6) Pela figura 1.23.6, verifica-se que o fluxo magnético devido a saturação não é senoidal, produzindo deste modo uma onda de tensão e s (t) distorcida. No ponto de alternância, a variação do flu xo magn ético Ci)(t) é grande, produzido tensões elevadas no secundário do TC Estas 40 tensões induz idas gera lmente são majores que o níve l de iso lamento do TC. perfu rando-o. TRANSFORMADOR DE POTENCIAL 12.1 Transformador de Potencial (TP) É um transformador destinado especialmente para a fornecer o sinal de tensão a instrumentos de medição, controle e proteção. O TP deve reproduzir no seu secundário uma tensão com o menor erro possível. A tensão no secundário do TP deverá ser uma réplica da tensão do sistema elétrico. Os TPs são unidades monofásicas. Seus agrupamentos podem produzir as mais diversas configurações. A norma NBR 6855 estabelece que os TPs tenham polaridade nos enrolamentos primários e secundários do mesmo tipo do indicado na figura 1.23.1. Uma configuração bastante utilizada é a Y -Y, como mostra a figura 2.1.1 . A Alta Tensão (AT) será a tensão nominal da linha de transmissão ou outro alimentador no qual o TP está conectado. Já a rede 30, formada pelas saídas secundárias do TP, são geralmente normalizadas na tensão de 115 Volts. ) ) ) ) ) ) 42 - - I 1 I I I 1 , __ :--~l-------- :}BTt115V) I • I I. 1 I I 1 1 1 1 : I 1 I I I 1 1 I I 1 I 1 I L __ TP Figura 2.1.1 - TPs ligados em Y -Y Exemplo 2.1.1: Supor que o TP da figura 2.1. 1 esteja conectado a mna linha de transmissão de 230 kV. Qual a relação de transfoilllação (RTP) do TP? Solução: RTP = N p = V P nominal de fase-neutro N s V S DO min ai de fase-neutro 230k RTP = -fi = 230k = 2000 115 115 -fi (2.1.1 ) Isto significa que cada 2000 V no primário corresponde a I V no secundário do TP. Construtivamente o TP deverá manter a relação de espiras indicada na expressão 2.1.2. N p 2000 1 (2.1 .2) Capítulo n - Transformador de Potencial 43 Ou seja, para cada conjunto de 2000 esprras no primário corresponde a 1 espira no secundário. 12.2 Carga Nominal do TP Carga nominal do TP é definida como sendo a máxima potência aparente em V A que se pode conectar no seu secundário, para que o TP não ultrapasse o erro de relação de sua classe de exatidão. A soma das potências aparentes em V A solicitadas pelos diversos insh'Umentos ligados em paralelo ao secundário do TP, não deve ultrapassar a carga nominal de placa do TP, sob pena de exceder o erro admissível de sua classe de exatidão. As classes de exatidão para os TPs são: 0,1; 0,3; 0,6; 1,2 e 3%. A tabela 2 .2.1 mostra classe de exatidão dos TPs e sua aplicações. I , I I Classe de exatidão 0,1% 0,3% I~ I 1,2% I I 3,0% Aplicações I Calibrações de equipamentos em laboratórios. i TP padrão. Medições de grandezas para fins de faturamento Medição de grandezas sem finalidade de faturamento, apenas para o acompanhamento das condições operativas do sistema I Relés de proteção 1 Em TPs com ligação em f). aberto para a I proteção residual de defeitos lcj>-terra Tabela 2.2.1- Classe de Exatidão de TPs e Aplicações A tabela 2.2.2 dá as cargas nominais (de placa) mais comuns de TPs, pela NBR 6855 e ANSI. 44 ABNT ANSI Carga Nominal em VA do TP P 12,5 W 12,5 P 25 X 25 P 35 M 35 P 75 Y 75 P 200 Z 200 P400 ZZ 400 - ZZZ 800 Tabela 2.2.1 - Carga Nominais de TPs Os instrumentos alimentados pelo TP são de altíssima impedância e baixa corrente. Portanto, é baixo o consumo em V A. O consumo do equipamento, conectado em paralelo no secundário do TP, é pequeno. Esta limitação de consumo se deve ao erro admissível de sua classe de exatidão e não a limitação de temperatura dada pela sua classe de isolação. Os TPs se classificam em 3 grupos de acordo com o tipo de ligação elétrica, que são: ~ Grupo 1: TPs com ligação entre fases. ~ Grupo 2: TPs com ligação entre fase e terra, em sistemas aterrados. ~ Grupo 3: TPs com ligação entre fase e terra, em sistemas onde não se garante o aterramento. 2.3 Diferença Fundamental entre Transformadores de Força e TP O que limita a rpáxima potência que se pode transferir por um transformador de força é o seu aquecimento, que é fixado pela classe de isolação do material empregado na sua fabricação. Colocando-se, por exemplo, ventiladores no radiador, pode-se aumentar a capacidade de transmissão de potência pelo transformador. Capítulo II - Transformador de Potencial 45 .lá no TP o qUe limila a sua máxim:1 potência é ü ~eu erro de transformaçào dado pela sua classe de exatidào. 12.4 Potência Té."mica do TP É a máx ima potência aparente que o TP pode fornecer em regjme permanente. sem que esta exceda seu limite de elevação de temperatura especificado pela sua isolação . Por exemplo, a Potênci a Térmica mais comum de TP é de 3000 V A. Este dado só é útil quandose utiliza o TP para serviços rápidos de emergência, tais como iluminação, furadeiras, esmerilhos, pequenos motores, caJTegadores de bateria, alimentação de rádios transmissores, etc. Ou então, quando o TP não está sendo utilizado na medição, proteção ou contro le e o mesmo está operando como um precário transformador de força com Limitação na sua potência, porque construtivamente objetivou-se a conversão fiel do sinal de tensão. 12.5 Divisor Capacitivo de Potencial No sistema Elétrico com tensões elevadas, a utilização do TP eletromagnético, conhecido por TransfOlmador de Potencial de Indução (TPI), tlca consh'Utivamente proibitivo devido à classe de isolação, que toma o TP muito grande e pesado. Em linhas de transmissão com tensão de até 69 kV, o TP comum eletromagnético é muito utilizado. Com o aumento do nível da tensão j á compensa usar um dispositivo auxiliar. Este dispositivo auxiliar é o Divisor Capacitivo de Potencial (DCPs), como mostra a figura 2.5.1 e a fotografia 2.5.2. O Divisor Capacitivo de Potencial (DCPs), figura 2.5.3, é um banco de capacitores em série usado com dupla finalidade: a) Divisor de tensão, para usar um TP eletromagnético com tensão primária menor que a tensão da L.T. em relação à terra. ) ) ) ) ) ) 46 b) Acoplamento do transmissor e receptor "CARRIER" , para a transmissão e recebimento de dados informativos do sistema elétrico, tanto de dados, voz e sinal para a teleproteção. ,,' . • .,.. t ••• • ; J o.i!.l '.' ~- terminal isolador de pnrr.elan.J Figura 2.5.1 - DCPs e TP eletromagnético + Relés ,·í'i;!.' É' \1tiUzado um DCP em cada fase da Linha de Transmissão da sub'eSfaçãd. 1 :', " Uma fase está representada na figura 2.5.3, onde o TP éh~tr6thàguêticÓ é' energizado com uma tensão E 2 bem menor que a tensão da Linha. . r • . - '-'1' ,, ( ,-. , ' 'para compreender com mais profundidade o acoplamento do TP com o DCPs, faz-se mister utilizar o circuito equivalente de Thévenin em retáçãü rios ;pontos~ A' '6 ,1;l do esquema da figura 2.5.3. Tensão de Thévenin (VTh) Capítulo II - Transformador de Potencial Fotografia 2.5.2 - Divisor Capacitivo de Potencial 1 .-L í} c1 L Unha de Transmissão TP 47 ELT ".-') ELT 1 A • E'll } C, B L--~_-+ _____ 'ãOõõ' __ L~ _____ -_ -_ -'-i'~'~ l lt] , z~~._ .• Figura 2.5.3 - Divisor Capacitivo de Potencial (DCPs) 48 A associação do TP e capacitores em sen e têm lima impedância ll1ui to el evada, consumindo uma pequeníss ima potência. Portanto, nes te caso, pode-se considerar o sistem a elétrico com o sendo um elemento de potência infinita em re lação ao consumo de potencia do DCPs e TP. Deste modo, a tàse de linh a de transmissão é considerada uma barra illfin im. sendo ex pressa pe la fonte de tensão idea l t L T ' A tensão de Thévenin (\lTh ) é a tensão existente nos terminais A e B, quando estes te1111inais es tão sem carga, isto é, a vazio . Deste modo, utilizando di v isor de tensão, tem-se: . . . - j X C2 VTI = V B = E 1 = E LT 1 .'\ - _ jX c l - j X C2 Xc VTh = VAB == E 2 == E LT X CI +X c . . . C . VTh =VA8 ==E 1 ==C IC E LT (2 .5.1 ) 1+ 2 Note-se que a tensão \lTh está em tàse com a tensão t LT . Impedância Equivalente de Thévenin (lTh ) A impedância equivalente de Thévenin ( lTh ) é a impedância v ista pelos terminais A e B com todas as fontes de tensão nulas . Neste caso, pela figura 2.5.3, o conjunto dos capacitares C l e C2 está em paralelo. A impedância lTh é dada por: Z = (- jX c l )(- jX ( 2 ) Th . ·x - JX CI - J C2 . 1 ZTh =-...,-----...,- jCD(C I + CJ (2.5.2) A impedância equivalente é formada pelo capacitor com capacitância (cl +c2)' Capítulo II - Transformador de potencial 49 o circuito equivalente de Thévenin é formado pela fonte de tensão V Th associada com a impedância de Thévenin ZTh . O circuito equivalente de Thévenin já acoplado com o TP eletromagnético está mostrado na figura 2.5.4. Figura 2.5.4 - Circuito Equivalente e TP eletromagnético A indutância L é colocada de modo a entrar em ressonância com o capacitar equivalente (c l+c2)' Isto garante que a tensão no primário do TP é igual à E 2 e que está em fase com a tensão E LT . Assim, no secundário do TP, tem-se: . . C . Ep = E 2 = ' ELT C 1 +C2 . C, 1· Es= x--ELT C1 +C2 RTP (2.5.3) Para mudar a escala de um voltímetro conectado no secundário do TP, deve-se usar o procedimento a seguir: ELL ELT = .J3 Substituindo na expressão 2.5.3, tem-se C, 1 Eu Es = x--x-- C1 + C2 RTP .J3 E =.J3RPT(C, +C2 )xE LL C s , (2.5.4) } ) ) ) ) ) ) 50 Es q é o valor lido no voltímetro com escala normal ELL q é a tensão verdadeira de linha a linha do sistema RTP c> é a relação de transformação do TP eletromagnético .fi RPT (C 1 + C2 ) ~ é o fatar de multiplicação da escala C1 O conjunto DCPs e TP é montado pelo fabricante. Geralmente o TP eletromagnético é fabricado com tensão primária normalizado em 23 kV. Exemplo 2.5.1: Um DCPs tem uma derivação de' l O%. Qual o valor de tensão na linha do sistema elébico, se o valor lido no voltímetro é de 108 volts. Solucão: C2 = O,lC total 23k J3 RTP = lli = 200 J3 Es =108V Substituindo na expressão 2.5.4, tem-se E LL =.fi x200 (0,9C total + O,lC total ) x l08 0,9C total E LL = 41.569 kV 12.6 Transmissor e Receptor Carrier É um aparelho transmissor e receptor que utiliza um pequeno sinal com freqüência na faixa de 10kHz à 20kHz. O sinal é transmitido pelo próprio condutor da linha de transmissão. A energia elétrica do sistema é transmitida na freqüência de 60Hz. O sinal de Carrier é transmitido num~ freqüência bem maior. O receptor, no outro lado da linha de transmissão, Capítulo 11 - Transformador de Potencial 51 sintonizado na freqüência adequada, recebe somente o sinal calTier. A figura 2.6.1 mostra o aparelho Carrier acoplado ao DCPs. Barra ~---------------- Bobina de Linha de Bloqueio 1} Transmissão de Carrier T C1 ..-L L TP ·Tr-----~WL.....---+:·_-~· -- - --- -- - ~---!-: ------, ti } C2 ! :< I II i ~ I i 'I! : J" 1 9 ,---iL_-__ u. __ ; ••• ~! Figura 2.6.1 - Transmissor e Receptor Carrier acoplado no DCPs. Para compreender com mais profundidade este fundamento, será analisado o acoplamento do TP, Transmissor e Receptor Carrier ao DCPs e ao sistema elétrico. A figura 2.6.2 mostra um circuito simples. + (\) V[t) = Vm sen wt Figura 2.6.2 - Circuito Elétrico L C A reatância de cada elemento é dada por: 1 1 X = -= - - c wC 2 n: fC 52 X L = roL = 2 n f L As variações das reatâncias em função da freqüência são mostradas na figura 2.6.3. x f Figura 2.6.3 - X versus freqüência Aumentando-se a freqüência da fonte de tensão, tem-se que: • Xc ~ diminui • XL ~ aumenta Diminuindo-se a freqüência da fonte de tensão as reatâncias ficam: • Xc ~ aumenta • XL ~ diminui Co~ base nesta análise e examinando o esquema da figura 2.6.1, conclUI-se que: • Para o "Carrier" o DCP é um curto-circuito, ou seja, o aparelho Carrier comporta-se como se estivesse acoplado diretamente na rede; • Para o TP o DCP é uma impedância grande e o acoplamento é feito via divisor de tensão. Capítulo II - Transformador de Potencial 53 Quando o sinal Carner chega na rede, ele tende a se propagar pelos dois lados. Para direcionar a propagação do sinal, utiliza-se uma bobina de bloqueio do Carner (Ver figura 2.6.1 e fotografia 2.6.4). Fotografia 2.6.4 - Bobina de Bloqueio A bobina de bloqueio tem o seguinte comportamento: • é uma alta impedância para o sinal Carrier. • é um curto-circuito para o sinal de frequência industrial. Finalmente, pode-se associar as vantagens do DCPs em relação ao TP de indução, que são: :; custo reduzido; :; possibilita o acoplamento do equipamento de onda portadora " Carrier"; , possibilita uso de TP de indução de menor porte; ) ) ) 54 3 menor possibilidade de ressonância com a rede. 12.7 Transdutores Transdutoré um dispositivo que transforma um determinado sinal de uma grandeza em outro sinal na mesma grandeza ou em grandeza diferente. O importante é manter uma determinada correspondência entre os dois sinais. Os transdutores mais utilizados nos sistemas elétricos de medição, controle e proteção, são: • TC eletromagnético transforma corrente elétrica em corrente elétrica; • TP eletromagnético transforma tensão em tensão elétrica; • Transdutores eletrônicos transformam sinal de corrente, tensão, potência em ouh'o sinal, por exemplo, na grandeza de corrente, tensão ou potência ou em grandezas não elétricas; • Transdutores digitais. Novos transdutores estão sendo atualmente utilizados, plincipalmente com o advento dos relés digitais, que praticamente não representam cargas para os transdutores. Estes novos transdutores são: ã> Divisor Resistivo de Tensão; ã> Transdutor Ótico de Tensão; ã> "Bobina de Rogowski; ã> Transdutor de Corrente Optomagnético. Capítulo III RELÉDESOBRECORRENTE 13.1 Introdução A proteção dos Sistemas Elétricos de Potência é feita por esquemas de proteção que, por sua vez, são basicamente comandados por relés . A função primordial desses relés é identificar os defeitos, localizá-los da maneira mais exata possível e alertar a quem opera o sistema, promovendo o disparo de alarmes, sinalizações e também, dependendo do caso, promovendo a abertura de disjuntores de modo a isolar o defeito, mantendo o restante do sistema em operação normal, sem que os efeitos desse defeito prejudiquem sua normalidade. Portanto, os relés são os elementos mais importantes do sistema de proteção. Eles são sensores que vigiam diuturnamente as condições de operação do Sistema Elétrico. Havendo alguma anomalia, por exemplo, um curto-circuito, a corrente de curto-circuito sensibiliza o relé, que opera enviando um sinal para a abertura do disjuntor. Com a abertura do disjuntor, o trecho defeituoso é desconectado do sistema. Neste caso o sistema continua a operar com a mesma configuração anterior, apenas desfalcado do trecho defeituoso. Note que com o bom desempenho da proteção no sistema elétrico, reduz e minimiza: 56 • a extensão do defeito no equipamento reduzindo o custo da reparação dos estragos; • a probabilidade de que o defeito possa a se propagar e envolver outros equipamentos; • o tempo que o equipamento fica indisponível; • a perda da produção; • descontentamento público. o desempenho da proteção pode ser quantificado pela atuação dos relés de modo que: ~ se não houver defeito no sistema ou equipamento a proteção não deve atuar, ou seja, não deve ter desligamento indevidos; ~ se houver anomalia de pequena monta, onde o desligamento não é urgente, a proteção deve promover sinalizações para alerta o operador da subestação; ~ se houver defeitos que coloquem em risco o sistema ou o equipamento, os relés devem agir de fOfila precisa de acordo com os seus ajustes. Existem vários ' tipos de relés, usando configurações e funcionamento distintos, que são assim divididos: • relés eletromecânicos • relés eletrônicos ou estáticos • relés digitais • relés digitais numéricos Os princípios de funcionamentos dos relés evoluem, mas a flloso:fia da proteção é sempre a mesma, ou seja, o objetivo do relé é proteger com ~arantia de: :, );> sensibilidade );> );> );> );> );> seletividade rapidez confiabilidade robustez vida útil Capítulo III - Relé de Sobrecorrellte r e tabilidade ,. opera cionalidade , fun cionalidade , etc .. . 57 Este capítulo será dedicado especialmente ao relé de sob recorrente. 13.2 Relé de Sobrecorrente Como o próprio nome indica são todos os re lés que atuam para uma corrente maior que a do seu ajuste . Relés são dispositivos que vigiam o sistema, comparando sempre os parâmetros do sistema com o seu pré-ajuste. Ocorrendo uma anomalia no sistema, de modo que o parâmetro sensíve l do relé ultrapasse o seu ajuste, o mesmo atua. Por exemplo, no caso de relé de sobrecorrente, quando a corrente de curto-circuito ultrapassa a con'ente de ajuste do sensor do relé, o mesmo atua instantaneamente ou temporizado, conforme a necessidade. 3.3 Princípio Básico do Funcionamento da Proteção de Sobrecorrente A seguir, na figura 3.3. 1 está apresentado de modo geral o princípio básico da configuração da proteção de sistemas elétricos. Dependendo do tamanho e importância do sistema, as configurações mudam, mas o esquema da figura 3~3.1 é referente a uma configuração geral, mostrando os diversos elementos . que compõem a proteção. Os elementos que compõem o esquema da :figura 3.3.1 têm cada um uma função bem específica. Os elementos são sucintamente, descritos a segurr: • Relé de Sobrecorrente: é o dispositivo que incorpora um sensor de corrente, para se for o caso,. prover a abertura do ) ) ) ) ) ) ) ) 58 disjuntor eliminando o defeito. O relé eletromecánico apresentado é o de armadura (êmbolo) atraído. O relé é provido de um ou mais contatos. Quando o relé opera, fecha o seu contato, energizando o circuito DC que irá comandar a operação de abertura do disjuntor. Note que no esquema apresentado o relé de sobrecorrente de armadura atraída poderá ser substituído por qualquer outro tipo de relé eletromecânico, eletrônico ou digital. BARRJI Disjuntor Mola de abertura '----_Ci_'cui_to DC------...;J~., "'-- Ma=~~:nte RELE DE ARMADURA ATRAI DA do Relé Figura 3.3 .1 - Princípio Básico da Configuração da Proteção • Banco de Baterias: Consiste de várias baterias formando uma associação até chegar à tensão nominal de operação do circuito de corrente contínua (DC). Esta tensão é geralmente de 115 a 125 Volts. O circuito de comando de abertura ou fechamento do disjuntor é feito em corrente contínua. Isto toma o controle independente das tensões e correntes do sistema elétrico que estão sofrendo constantemente variações e mudança no seu estado. Uma sala especial é dedicada ao Banco de Baterias, isto se deve, porque as reações efetroquímicas internas das baterias geram gases venenosos e Capítulo III - Relé de Sobrecorrente 59 explosivos. O banco de baterias é responsável pelo suprimento em corrente contínua dos serviços auxiliares da subestação. A fotografia 3.3.2 mostra lima sala de baterias de uma subestação. Fotografia 3.3.2 - Sala de Baterias • Carregador de Baterias: Consiste de uma ponte retificadora projetada especialmente para carregar o banco de baterias. Este carregador de baterias deve ficar em local separado da sala de baterias, para que seus circuitos elétricos não sejam contaminados pelos gases nocivos emanados das baterias. • Disjuntor: É o dispositivo projetado e especializado em providenciar o fechamento ou abertura do circuito em carga ou em curto-circuito. Na proteção, o comando do disjuntor é feito pelo relé. O relé supervisiona o circuito e o disjuntor comandado pelo relé opera abrindo ou fechando o circuito elétrico. O disjuntor, dependendo do local e da importância do sistema elétrico, pode ter a abertura ou fechamento dos seus contatos feito por ação: 60 * so!enóide por ação de co rrente De d0 banco de bate ri as , uti I izado apenas para o fechamento do disjuntor; * de mo18 ; * pneumáti co, através do ar comprimido ou outro gás; * hidráulico, através da ação do óleo complimido. A sua abertura é feita em uma câmara de extinção do arco el éh'ico que pode ser a: • ar • vácuo • óleo • gás SF6 • Bobina de disparo (abertura) do disjuntor: é a bobina projetada adequadamente para que quando energizada produza com garanti a o destravamento do dispositivo ele li beração da abertura do disjuntor. A liberação do destravamento pode ser de diversos lipos, tais como a produzida por um jogo de engrenagem e alava ncas que liberam o 'dispositivo de abertura do di sjuntor. Alguns disjuntares possuem 2 bobinas de aberturas, que são alimentadas por circuitos de proteção diferentes,
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