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Gestão da Tecnologia Clique na imagem para visualizar o vídeo. Olá, estudante! A partir deste momento estaremos conectados e em sinergia neste ambiente de aula da disciplina Gestão de Tecnologia. Atualmente, o conhecimento de um profissional não pode se limitar apenas à sua formação acadêmica e tecnológica. É de fundamental importância que ele seja capaz de atuar com o propósito de transformar o conhecimento adquirido em ações redundantes junto às transformações de mercado. Isso envolve implementar o intraempreendedorismo, ou empreendedorismo corporativo, voltado para a inovação de produtos, serviços e processos que permeiam as empresas. Envolve também a construção de estratégias empresariais visando à implementação e ao gerenciamento da tecnologia e do capital intelectual da empresa. Será um grande prazer poder fazer a troca de experiências e conhecimentos com você e, desde já, o convidamos a aprender, em quatro unidades de estudos, os conceitos e os instrumentos dos conhecimentos necessários, desenvolvendo uma base teórica para a sua atuação junto ao mercado profissional. Aproveite para interagir com sua turma e tutor. https://player.vimeo.com/video/336417220?badge=0&autopause=0&player_id=0&app_id=58479 Objetivos Ao final desta disciplina, você deverá ser capaz de: • Produzir alternativas inovadoras para a solução de problemas no setor produtivo e em seus sistemas, a partir de contextos científicos já existentes. • Avaliar a aplicabilidade de projetos de pesquisa e de desenvolvimento de situações (ou exemplos) envolvendo produtos x mercado. • Caracterizar capital de conhecimento e sua gestão. • Construir estratégias empresariais visando o gerenciamento da tecnologia e o capital intelectual da empresa, incluindo a comercialização de tecnologias, tendo como base sua propriedade intelectual. Conteúdo Programático Esta disciplina está organizada de acordo com as seguintes unidades: • Unidade 1 – Conceitos básicos • Unidade 2 – Projetos de P&D • Unidade 3 – Inteligência tecnológica • Unidade 4 – Estratégia tecnológica Autoria Professor Thiago Alberto Ramos Gabriel Engenheiro de Controle e Automação, MSc em Engenharia Mecânica e doutorando em Engenharia Biomédica. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica e Mecatrônica, com ênfase em Cinemática, Dinâmica, Robótica, Computação Paralela, Gestão de Tecnologia. Tem interesse nas áreas de veículos autônomos, robótica móvel, automação indústria e predial/residencial, aprendizado de máquina e visão computacional. Revisão e atualização Professor Claudio Fico Fonseca Graduado em Informática, Especialização em Marketing, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gerenciamento de Projetos, Mestre em Administração, Comunicação e Tecnologia e Doutor em Gestão Educacional. Exerço na Universidade Veiga de Almeida os cargos de Coordenador do Curso de Sistemas da Informação - Presencial e EAD, Análise e Desenvolvimento de Sistemas - EAD, Gestão da Tecnologia da Informação - EAD e o MBA em LGPD e Segurança da Informação. Atuo como Conselheiro de Educação e Novas Tecnologias, Membro da Associação Brasileira de Educação, Membro Titular do Conselho Ibero Americano, Avaliador Institucional e de Cursos da área de Informática e Cursos Superiores de Tecnologia do Ministério da Educação/INEP, Avaliador de Cursos do Guia do Estudante e Perito de Tecnologia da Informação da Justiça do Trabalho. Conceitos básicos Nesta primeira unidade, iremos discutir a utilização da Gestão da Tecnologia na aprendizagem do aluno, apontar o crescimento e os impactos em virtude do uso das tecnologias, conhecer os importantes desafios na Gestão da Tecnologia, pois a nossa sociedade passa por momentos de transformações que ocorrem devido às novas tecnologias que, aos poucos, vão se interligando à atividade profissional e acadêmica. Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Produzir alternativas inovadoras para a solução de problemas no setor produtivo e em seus sistemas, a partir de contextos científicos já existentes. Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: • Tema 1 - Conhecimento, ciência e tecnologia • Tema 2 - Pesquisa e desenvolvimento • Tema 3 - Inovação e sistemas de Gestão da Tecnologia Já reparou quantas vezes isso ocorre dentro de uma organização? Muitos profissionais, na maioria das vezes, concentram-se em pessoas, em vez de se concentrarem em suas metas. Qual é a sua meta? É preciso materializar o desejo para que ele aconteça. Tudo é possível ao que crê, mesmo que pareça não haver chances. Na vida tudo pode mudar em segundos. Escreva sua própria história! Tema 1 Conhecimento, ciência e tecnologia O que é Gestão da Tecnologia? Nesta aula, contextualizaremos o papel da ciência da informação no processo de produção do conhecimento organizacional para a geração de inovações. O conhecimento é gerado por meio de um processo de investigação contínua. Diante de um cenário de imensa complexidade, tanto no mundo corporativo como na sociedade em geral, surgem fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial, a exemplo da globalização da economia e da generalização do uso da tecnologia, as quais se tornam responsáveis pela reestruturação do ambiente e do modo de vida. O simples “saber muito” sobre algo não proporciona, por si só, maior poder de competição para uma organização, mas, ao ser aliado a uma gestão, faz uma grande diferença. Para se obter resultados, faz-se necessário desenhar estratégias de implantação e compreender que o conhecimento não é simplesmente uma moda ou uma ferramenta de gestão, mas sim uma filosofia. Um excelente planejamento terá uma eficaz gestão na organização. Porém, não é nada fácil a execução, pois, se a mensagem não for bem transmitida, os envolvidos não compreenderão sua importância e vão acreditar https://player.vimeo.com/video/336419580?h=f037d5db4a&title=0&byline=0&portrait=0 que a partilha de seu conhecimento significa perder a propriedade intelectual de suas ideias, assim como dos métodos e dos processos. Importante entender que o conhecimento é um exercício de reflexão. É uma informação que mudou algo ou alguém, instigando uma ação que torna o indivíduo ou uma instituição mais eficiente. Conforme Sveiby (1998, p. 3): “Conhecimento não é mais uma moda de eficiência operacional, e sim faz parte da estratégia empresarial.” No conhecimento, temos dois elementos básicos: o sujeito e o objeto. O sujeito é o homem, o ser racional que quer conhecer. Já o objeto é a realidade com que coexistimos. O homem só se torna objeto do conhecimento perante um sujeito que queira conhecê-la. O próprio homem pode ser objeto do conhecimento humano. “ Não abandones a sabedoria, e ela te guardará; ama-a e ela te dará segurança. (Salomão) ” Segundo Paul (2005), o conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva, sendo assim acumulável para a mente humana. No entanto, é impossível falar em conhecimento sem saber diferenciar o “dado” da “informação”. Ambos são o alicerce para a construção do conhecimento. Sem dados e informações, isso seria impossível. A princípio, é de se imaginar que tudo tem o mesmo significado, pensar que os conceitos são os mesmos, mas, na verdade, existe uma diferença. Vejamos: Dado Informação Quando direcionamos o dado para as questões da informática, podemos entendê-lo como expressões gerais que descrevem características das entidades sobre as quais operam os algoritmos. As expressões devem ser demonstradas de maneira a que possam ser tratadas porum computador. Analisando sob uma outra ótica, podemos dizer que os dados podem ser obtidos através da percepção dos sentidos ou até com a execução de um processo de medição. É a forma em que uma ou mais pessoas podem tomar conhecimento, de inteirar-se ou instruir-se sobre algo. A informação será gerada através da consolidação de vários dados. Podemos entender também a informação como um fluxo de mensagens, um produto capaz também de gerar conhecimento. O conhecimento deriva da informação, assim como esta, dos dados. Não existe simplicidade, mas uma mistura de elementos, sendo assim difícil de ser colocado em palavras ou de ser plenamente entendido em termos lógicos. Na atualidade, o crescimento científico vem se tornando uma importante ferramenta para a aquisição de conhecimentos específicos bem-estruturados e de uma ampla visão dos processos relacionados à produção científica e tecnológica. Nesse sentido, a ciência refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistêmica, ou seja, ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento com base no método científico, bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido por meio de pesquisas. Ciência, do latim scientia, significa sabedoria, conhecimento. A ciência, segundo Virella (2007), é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como o universo funciona. Refere-se tanto à investigação como a estudos racionais do Universo, direcionados à descoberta de verdades compulsoriamente atreladas e restritas à Realidade Universal. Tal estudo ou investigação é metódico e compulsoriamente realizado em acordo com o método científico, que nada mais é que um processo de avaliar o conhecimento empírico; corpo organizado de conhecimentos adquiridos por tais estudos e pesquisas. A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca as leis mais gerais e abrangentes possíveis, bem como a aplicação das leis científicas derivadas; ambas especificamente obtidas e testadas por meio do método científico. Nesses termos, a ciência é bem distinta de cientista, podendo ser definida como o conjunto que encerra em si o corpo sistematizado e cronologicamente organizado de todas as teorias científicas. Saiba Mais As teorias científicas, com destaque normalmente dado para os paradigmas válidos, bem como o método científico e todos os recursos necessários a sua elaboração, são aferidos por meio de investigação. Da definição, segue que um cientista é um elemento essencial à ciência, e, como qualquer ser humano, dotado de um cérebro imaginativo que implica sentimentos e emoções. O cientista certamente também tem suas crenças — convicções que vão além da realidade tangível —, podendo esse até mesmo ser, não raramente ou obstante, um teísta ou religioso convicto. Ao definir ciência e cientista, é relevante ressaltar que a definição de ciência exige expressamente que o cientista saiba manter tais crenças longe de seus artigos científicos e das teorias científicas com as quais esteja trabalhando, portanto, constituindo esses dois elementos — ciência e cientista — por definições certamente muito distintas. A tecnologia é o nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura. Refere-se a “técnica, arte ou ofício” e estudo, ou seja, é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e a aplicação desse conhecimento por meio de sua transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser: • Técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução desses problemas. • Um método ou processo de construção e trabalho. • A aplicação de recursos para a resolução de problemas. O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura. Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido), os recursos e como utilizá-los, para se atingir um determinado objetivo, para se fazer algo, que pode ser a solução ou minimização de um problema ou a geração de uma oportunidade, por exemplo. A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e tecnologia. A tecnologia, atualmente, pode promover um possível conflito com algumas questões cotidianas de nossa sociedade, como: • desemprego; • poluição; • fim de algumas carreiras; • questões ecológicas. Podemos conceber que a tecnologia pode ser vista como uma tendência ou atividade que forma ou modifica a nossa cultura e forma de atuação. Uma das grandes vantagens é a atuação proporcionada na produção industrial: a tecnologia torna a produção mais ágil e mais eficaz, aumentando a produtividade. Assim, o resultado final é um produto ou serviço com um preço mais em conta e com mais qualidade. Já as desvantagens promovidas pela tecnologia trazem um cenário preocupante - e há de se pensar que até possa superar as vantagens! Vamos pensar na questão da contaminação e poluição oriundo dos resíduos sólidos da própria tecnologia, ou seja, o descarte desses materiais junto à natureza. Outra desvantagem é quanto ao desemprego gerado pela expansão de máquinas e serviços na indústria, na agricultura e no comércio. Saiba Mais Esse tipo de desemprego, no qual o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas, é denominado desemprego estrutural. Para que o desemprego estrutural ocorra de forma controlada e minimizada, é necessário que o recurso humano seja efetivamente treinado acerca da tecnologia que precisa ser empregada, naquele setor ou departamento, a fim de qualificar a mão de obra, tornando-a especializada. A indústria automobilística é um exemplo de onde podem ocorrer situações de desemprego oriundas de automatização de setores de produção. A definição clara de tecnologia que pode ser dada ou implementada é quanto à maneira como se faz determinado objeto ou produto, que muitas pessoas confundem com o progresso da técnica, com a mudança tecnológica. É importante ressaltar que progresso tecnológico significa melhoramento da técnica, pois a diferença da indústria antiga e defasada frente a uma indústria moderna é simplesmente o progresso tecnológico, que melhora a qualidade do produto e proporciona melhores condições de competição mercadológica. A tecnologia permeia todo um aspecto na estrutura econômica das empresas e das indústrias, que podem ser analisadas através de um ponto de vista estático ou dinâmico. O crescimento tecnológico está correlacionado a uma porcentagem muito alta com a necessidade de termos novos produtos e serviços com eficiência e eficácia. Da mesma forma, há a necessidade constante de melhorias nos processos e nas técnicas, seja qual for a área de atuação. Para aprofundar seus conhecimentos sobre conhecimento, ciência e tecnologia, leia as páginas 31–49 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, do autor Dálcio Roberto dos Reis. Esse livro está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Tema 2 Pesquisa e desenvolvimento Como se pode definir inovação? O termo Pesquisa e Desenvolvimento − P&D, ou Investigação e Desenvolvimento − I&D, tem um significado comercial importante que é independente da associação tradicional com pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Em geral, atividades de P&D são conduzidas por unidades especializadas ou centros de pesquisa de empresas, universidades ou agências do Estado. Com a globalização e, naturalmente, a abertura de mercado, é público e notório que o mercado fosseascender e, assim, trazer novidades em termos de produtos e serviços para abastecer as demandas. Com isso, de forma rápida se agigantou a questão da competitividade entre as empresas internas (dentro da própria cidade e até outros estados), bem como a competição com o mercado externo. É fato que as empresas precisam oferecer o melhor serviço e o melhor produto, com o menor preço possível e qualidade diferenciada. Diante disso, os setores de P&D se tornaram cada vez mais um divisor de águas para garantir a evolução de uma companhia. Vejamos o exemplo das indústrias farmacêuticas. https://player.vimeo.com/video/336420034?h=f037d5db4a&title=0&byline=0&portrait=0 Os profissionais envolvidos nessa área estão sempre trabalhando para o lançamento de novidades ou melhorando materiais já existentes. No âmbito comercial, “Pesquisa e Desenvolvimento” normalmente se refere a atividades de longo prazo e/ou orientadas ao futuro, usando técnicas similares ao método científico sem que haja resultados predeterminados, mas com previsões gerais de algum benefício comercial. Estatísticas de organizações voltadas para P&D podem expressar o estado de uma indústria, o grau de competitividade ou a taxa de progresso científico. Algumas medidas comuns incluem: • Valor do investimento em pesquisa. • Número de patentes. • Número de publicações dos funcionários. Valores financeiros são boas medidas, pois são continuamente atualizados, podendo ser públicos, e refletem riscos. Nos Estados Unidos, o valor médio destinado a P&D no setor industrial é de 3,5%das receitas. Empresas de alta tecnologia, como uma fabricante de computadores, em geral gastam 7%. Uma determinada empresa de biotecnologia está no topo da lista, investindo 43,4% das receitas em P&D. P&D é a base da inovação. Para que uma empresa tenha um indicador de um espírito industrial excitante e empreendedor, tem que haver um grande investimento em P&D. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, destacam-se os países que mais gastam nesse importante processo do crescimento econômico, que atinge três atividades: pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental. No mundo, vemos que Israel e Coreia são os maiores investidores em P&D, com 4,21% e 4,15% do PIB, respectivamente. Japão, Finlândia e Suécia completam os cinco maiores investidores mundiais de P&D. Empresas que investem em P&D conseguem alavancar suas vendas, pois o destaque no mercado é garantido perante o direito de exclusividade sobre o design, que asseguram que o inventor e o inovador tenham aproveitamento econômico sobre sua criação. Porém, a quais setores se aplica P&D? Ao pensar em P&D, uma das primeiras imagens que vêm a nossa mente é a de um cientista no laboratório, com tubos de ensaio borbulhando e fórmulas no quadro de giz. Não descartando o setor das ciências biológicas e químicas, que tem sido um carro-chefe para a inovação nos dias atuais, devemos destacar o setor da informática e do desenvolvimento da tecnologia da informação, que é um dos que mais rendem lucros a seus investidores, tendo como exemplo a Microsoft e a Apple. É obvio que existem mais setores que podem se beneficiar nos mais variados nichos. Até mesmo processos produtivos e de gestão podem passar por transformações inovadoras, tendo apenas que estudar e aprimorar esses processos no cotidiano de sua empresa. Entre projetos P&D propostos, a empresa precisa selecionar aqueles em que vai realizar investimentos. Existem “propostas de planos ou programas”, que visam analisar e selecionar projetos de P&D. Muitos gerentes de P&D não acreditam que os métodos disponíveis para a seleção de projetos melhorem a qualidade de suas decisões. Algumas das fraquezas identificadas em métodos de seleção de projetos são o tratamento inadequado de múltiplos critérios, às vezes independentes, o tratamento inadequado do risco e da incerteza, a dificuldade em reconhecer e tratar aspectos não monetários, e a percepção, por parte dos gerentes de P&D, de que os modelos são desnecessariamente difíceis de entender e utilizar. Um dos modelos de apoio à decisão mais utilizado é o Analytic Hierarchy Process – AHP, para o processo de seleção de projetos de P&D, independentemente do ramo de atividade da empresa. Algumas empresas que investem maciçamente em tecnologia investem alto para aplicação do método fuzzy para tomada de decisão acerca da seleção de projetos de P&D. A análise dos projetos à luz da estratégia da empresa facilita sua efetiva implantação, conduz a uma reflexão sobre a estratégia e possibilita que universidades e centros de pesquisa alinhem suas propostas a ela. Embora o método AHP seja um dos mais utilizados, ele apresenta a limitação de trabalhar muito bem com um número de variáveis/alternativas não superior a cinco. Caso haja a necessidade de um número muito grande de opções para escolha/seleção, empresas utilizam o método fuzzy, denominado “Coppe Cosenza”. Quando promovemos um olhar para aquilo que tange a parte de “produção”, é preciso que fique claro que os investimentos maciços precisam ocorrer quando a palavra é tecnologia da informação ou inovação tecnológica. Muitas vezes, a inovação da tecnologia não pode ser simplesmente comprada ou locada. Em alguns casos, aparece por meio de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. Grupos de estudos especializados são alocados para o setor de P&D com o intuito de produzir novas tecnologias, ou seja, inovação tecnológica acerca do setor produtivo industrial. Já a tecnologia da informação poderá ser adquirida de alguma empresa externa para ajudar o setor de P&D. A maior parte das empresas não possui um departamento de P&D. Contudo, aquelas que possuem ou que estão se estruturando para tal, precisam entender de forma clara que o departamento de P&D é de suma importância e possui muitas responsabilidades, de forma a garantir a competitividade de um fabricante, fornecendo serviços e produtos em constante evolução. É importante ter em mente que não dar o valor devido a sua relevância é permitir que os concorrentes se destaquem. As atividades necessitam ser estruturadas por meio de projetos valorosos, cujos resultados serão concebidos para atender às necessidades preconizadas. Diante do cenário, são encontradas informações importantes relacionadas à legislação e ao regulamento da área de P&D, bem como do programa e dos projetos de P&D. Para aprofundar seus conhecimentos sobre Pesquisa e Desenvolvimento, leia as páginas 121–127 do livro Marketing para mercados de alta tecnologia e de inovações. Esse livro está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. Tema 3 Inovação e sistemas de Gestão da Tecnologia O que é Inovação Tecnológica? A tecnologia, através do seu gigantismo e forma de se expandir, proporciona, dia após dia, que todos nós, de uma certa forma, tenhamos o devido acesso a ela. Diante disso, podemos observar que a inovação que tanto se busca é a arte de aplicar a tecnologia em condições inovadoras, em um contexto de objetividade. Quando direcionamos o olhar para as questões das ciências, podemos observar as técnicas e tudo de mais novo que existir no mercado. A inovação pode se dar: • pelo uso massivo de uma tecnologia totalmente nova para a empresa e para o mercado; • pela introdução de tecnologia utilizada em outro campo de atividade, porém, nova no campo de atuação da empresa. Ao longo da história humana, houve sempre transformações devido a grandes avanços tecnológicos. Algumas inovações orientaram pensamentos, direcionaram tecnologias, mudaram culturas e transformaram o mundo. De uma maneira bem https://player.vimeo.com/video/336420402?h=f037d5db4a&title=0&byline=0&portrait=0 simples, podemos definirque inovação significa fazer algo novo. É mudar a forma de pensar, agir e trabalhar, percebendo e identificando certas oportunidades de negócio ou de melhoria para algo que já esteja em andamento. A inovação envolve fatores como criação, processos de atividades, aperfeiçoamentos, desenvolvimento e gerenciamento relacionados a novos produtos ou serviços. A finalidade é gerar impactos diretos na empresa ou em seus procedimentos, ao ter ganhos de eficiência e produtividade. A palavra “inovação” deriva do latim innovare, que relaciona o ato de inovar ao ato de fazer algo novo. Pode- se perceber que a palavra inovação está relacionada com maior frequência à questão da produção de novos produtos ou processos intensivos em conhecimento. Essa dimensão guarda relação com os desenvolvimentos científicos e tecnológicos, fator principal do uso do termo Ciência, Tecnologia e Inovação − CT&I, tendo a descrição dos principais elementos que caracterizam o processo dinâmico que está impactando profundamente a economia, a sociedade e o meio ambiente. Um dos fatores associados como mais importantes ao termo inovação é a mudança no nome do Ministério da Ciência e Tecnologia − MCT, que foi fundado em 1985. A partir de agosto de 2011, passou a se chamar Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação − MCTI, sendo sugerido pelo próprio Presidente da República. A inovação tecnológica é tida como essencial nas estratégias de diferenciação, competitividade e crescimento em um número cada vez maior de negócios. As empresas têm buscado diferenciações que sejam capazes de produzir produtos e serviços para o mercado que gerem vantagens competitivas sustentáveis em relação a seus competidores. Na realidade empresarial, de forma enfática, há a extrema necessidade de se manter no mercado fazendo diferente. É preciso otimizar o processo, pois, assim, é possível encontrar uma solução para determinado problema que possa ser aplicada de maneira mais eficiente e com o melhor desempenho. Isso é inovar! Toda e qualquer empresa necessita de mudanças e de transformações. Contudo, não podemos descartar que para que isso aconteça haverá sim enfrentamentos difíceis que surgirão diante de uma determinada situação de mudança, principalmente no que diz respeito à resistência das pessoas nas transformações dos processos. Para que a inovação aconteça de forma eficaz e seja colocada em prática, proporcionando benefícios para a organização, é fundamental que o profissional seja persistente e não desista diante da primeira dificuldade que enfrentar. É comum que as empresas tenham colaboradores dos mais diversos níveis no que concerne ao contato com a tecnologia. Assim, é importante que haja uma /avaliação desse cenário para já saber o que será enfrentado e como isso deverá ser tratado. Inovar é um ponto crucial, onde iremos romper paradigmas, quebrar barreiras e resistências. A pessoa que quer romper barreiras precisa ser um verdadeiro questionador, pois terá como grande responsabilidade empreender possibilidades de melhorias para seu contexto profissional e pessoal. O espírito empreendedor e questionador que o colaborador de uma empresa deve possuir irá comprovar que barreiras serão encontradas, mas com sabedoria, persistência e inteligência, terá uma garantia maior de sucesso para o objetivo proposto. “ A inovação é movida pela habilidade de estabelecer relações, detectar oportunidades e tirar proveito das mesmas. (TIDD et al., 2008) ” De uma forma geral, a Gestão da Tecnologia irá complementar outras áreas técnicas, cujo foco é o conhecimento voltado à criação e à comercialização de novas tecnologias. O ponto chave para que haja o desenvolvimento de novas tecnologias é, justamente, o de poder sanar uma ou mais necessidades que a empresa ou o mercado possa vir a ter, substituindo assim a tecnologia tida como obsoleta. Esse é um ciclo constante devido à dinâmica das novas tendências e necessidades de mercado. Segundo Mattos (2005), a Gestão da Tecnologia e da Inovação implementada em uma empresa tem cinco papéis básicos a desempenhar: 1 Identificar as demandas tecnológicas internas e externas. 2 Identificar as ofertas tecnológicas internas e externas. 3 Fazer com que as ofertas existentes satisfaçam às demandas identificadas. 4 Fomentar interna ou externamente o desenvolvimento de ofertas para as demandas não atendidas. 5 Fomentar interna ou externamente demandas para ofertas que ainda não encontraram aplicações, mas que têm potencial de difusão. Em qualquer empresa, temos pessoas que estão inseridas em uma determinada função e exercendo um papel dentro da organização. Analisando cada situação, é necessário que se perceba identificar quais necessidades existem para que o capital humano tenha um perfil condizente com as responsabilidades que serão desempenhadas. É preciso entender que inovação não é algo que ocorre apenas em países desenvolvidos, classificados de primeiro mundo, e em indústrias de alta tecnologia. O processo inovativo ocorre a partir do momento em que a empresa domina e implementa o design e a produção de bens e serviços que sejam novos para ela, independentemente do fato de serem novos ou não para os seus concorrentes. A abstração com a inovação e o investimento em tecnologia pode traçar caminhos para a ruína tanto dos produtos como da organização. Isso pode ocorrer pelo fato de, enquanto uma empresa procura produzir aquilo que está dando certo, outras estão em constante desenvolvimento e pesquisas, superando com grande diferencial e custo de fabricação, incidindo no preço final. Transformar conhecimento em riqueza é o grande desafio contemporâneo para países em desenvolvimento ou, conforme a designação, emergentes, como o Brasil. Para aprofundar seus conhecimentos sobre Inovação e Sistemas de Gestão da Tecnologia, leia o texto Sistemas de Informação e Inovação: um estudo bibliométrico. http://www.scielo.br/pdf/jistm/v13n1/1807-1775-jistm-13-1-0081.pdf http://www.scielo.br/pdf/jistm/v13n1/1807-1775-jistm-13-1-0081.pdf Encerramento O que é Gestão da Tecnologia? A Gestão da Tecnologia vem a ser o conjunto de atividades, projetos e metodologias criados com recursos de computação ou não, com a finalidade de alinhar tecnologia às estratégias do negócio, com o foco na melhoria e otimização de processos e procedimentos, redução de custos e busca contínua de soluções para a empresa em que o profissional atua. Como se pode definir inovação? A inovação é a habilidade de transformar algo já existente em um recurso que gere riqueza. Consiste na busca deliberada e organizada de mudanças e na análise sistemática das oportunidades que tais mudanças podem oferecer para a inovação econômica ou social. O que é Inovação Tecnológica? A inovação tecnológica pode ser entendida como a introdução de produtos/serviços ou processos produtivos tecnologicamente novos e melhorias significativas em produtos e processos existentes. Resumo da Unidade Nesta unidade você estudou que a inovação se refere àquela mudança que introduz alguma novidade. Ao inovar, aplica-se novas ideias, produtos, conceitos, serviços e práticas a uma determinada questão, atividade ou negócio, com a intenção de serem úteis para o incremento da produtividade. Para que ocorra essa inovação, são necessárias novas ideias, que costumam ter origem em: investigação, conhecimento, desenvolvimento, concorrência, clientes, empregado, enfim, todas essas origens podem ser convertidas em algum momento em provedores de novas ideias, gerando as entradas para o processo de inovação. À medida que se tem a inovação na empresa, esta gera mais lucro, criando assim novas oportunidades. A organização cresce e os funcionáriosganham, pois os recursos são ampliados. A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia da grande maioria dos profissionais que interagem em ambientes organizacionais. Com isso, métodos e ferramentas são desenvolvidos para o processo de gestão da tecnologia, visando administrar de forma segura as informações, bem como planejar e organizar o uso de cada uma de maneira inteligente, garantindo a competitividade às organizações.
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