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saúde mental de pessoas em situação de Rua

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE PSICOLOGIA SOCIAL 
 
SAÚDE MENTAL DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANDRÉ 
2022 
 
 
DADOS DOS INTEGRANTES DO GRUPOS 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA 
Curso: Psicologia - 1° semestre 
Professor: Filipe Margarido 
Nome: Yasmin Silva Carvalho 
Nome: Jéssica Sampaio 
Nome: Vilma Campassi de Arruda 
Nome: Jéssica Gasparini Braguiroli 
Nome: Andréia Antunes Oliveira 
Nome: Hadassa Rebeca Amaral 
Nome: Sandra Baima Pereira 
Nome: Maria Luiza Basílio Feitosa 
Nome: Fabiana de Jesus Carvalho 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA 
 
 
 
 
SAÚDE MENTAL DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTO ANDRÉ 
2022 
Trabalho apresentado na 
disciplina de Psicologia Social 
na Universidade Anhanguera. 
Orientador: Filipe Margarido 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a nossa 
família que sempre nos apoia e 
incentiva em nosso crescimento 
pessoal e escolar. 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado energia para concluir este 
trabalho a todos que nos apoiaram, em especial nossa família. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Pessoas em situação de Rua ........................................................................................... 2 
Figura 2-Pessoas em situação de Rua ............................................................................................ 3 
Figura 3-assistência do Consultório de Rua ................................................................................... 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA .......................................................................................... 1 
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: como são vistos e a suas vulnerabilidades 
psicossociais ....................................................................................................................................... 1 
PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL VOLTADA PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE 
RUA ........................................................................................................................................................ 3 
ESTUDO DE CASO ............................................................................................................................. 5 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 7 
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POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
Grupo populacional diversificado que possui em comum a pobreza extrema, os 
vínculos familiares e de amigos próximos interrompidos e fragilizados e a não 
existência de uma moradia convencional, fazendo o uso de lugares públicos e as 
áreas degradadas como um espaço de moradia e de sustento de forma temporária ou 
permanente, bem como as unidades de acolhimento para a pernoite temporária ou 
como moradia provisória” BRASIL 2009, art. 1 
 PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA: como são vistos e a suas 
vulnerabilidades psicossociais 
 
Permeados por um descaso e principalmente pela extrema miséria em suas vidas, as 
pessoas passam a viver na rua não por opção e sim por falta dela, como ocorre com 
a exclusão social, morar não rua não acontece do dia para noite e sim por meio de um 
conjunto de fatores diferentes que acaba contribuindo para que chegue nessa 
situação, uma vez que cada indivíduo tem sua, história, traumas, modo de observar e 
enfrentar os problemas na qual são expostos diariamente, mesmo antes da rua. A 
fragilidade nas relações familiares, o uso abusivo de substâncias, o desemprego, a 
fome, a falta de vínculos sociais são exemplos comuns que contribuem para que uma 
pessoa passe morar na rua. A união desses fatores acaba tendo um grande impacto 
no psicológico desses indivíduos, visto que a falta de apoio, o sentimento de não 
pertencimento, de exclusão corrobora para o desenvolvimento de transtornos mentais 
como depressão, ansiedade e outros diversos. 
 As pessoas em situação de rua são estereotipadas e vistas na sociedade como 
“vagabundos”, “loucos”, “sujeitos que não querem trabalhar” entre outras 
qualificações. Essas pessoas são compreendidas dentro no âmbito social como uma 
parte do cenário das grandes cidades e por não serem reconhecidos como “cidadãos”, 
mas como “sujeitos” são vítimas diariamente de violências. A não assistência perante 
esse grupo populacional que vivem em situação de extrema vulnerabilidade é um dos 
problemas que necessita ser solucionado, pois questões relacionadas ao cuidado em 
saúde mental são diretamente associadas à população de rua nos serviços de saúde 
com destaque o uso de drogas, de modo que os transtornos mentais – esquizofrenia, 
transtorno afetivo bipolar, depressão – ficam à margem e ocasionam um desafio de 
gerar um cuidado psicossocial para esse grupo específico. 
 
 
 
 
 “Mas a maioria dos homens não procede assim, refugiam-se na teoria e pensam 
que estão sendo filósofos e se tornarão bons dessa maneira. Nisto se portam como 
enfermos que escutam atentamente seus médicos, mas não fazem nada do que 
estes lhe prescrevem”. ARISTÓTELES 
 
 
2 
 
A partir dessa citação do filósofo Aristóteles, é possível que boa parte da sociedade, 
tem a tendência de tirar o “eu” da história, nenhum de nós assume que faz parte, é 
fácil falarmos que existem pessoas que vivem em situações de extrema 
vulnerabilidades psicológica e física, mas é difícil irmos compreender e ajudar o que 
precisa. Dessa maneira, a omissão não é só das autoridades, porém também de todos 
os indivíduos que além de olharem para essas pessoas com sentimento de desprezo, 
nojo e fingir que esse grupo não existe, acreditam em um discurso que foram escolhas 
delas estarem no lugar que estão sendo que muitos ou estão na rua por sofrerem de 
algum transtorno ou por enfrentarem problemas com familiares. 
Ademais, grande parte do corpo social acredita que as pessoas que vivem em 
situação de rua, trazem uma série de embaraços à população, partindo da conjuntura 
de que grande parte dos números de moradores em situação de rua possui algum tipo 
de transtorno mental e fazem uso de algum tipo de droga. Dessa forma, devido ao uso 
dessas substâncias e pelas condições que vivem na rua, não conseguem empregos 
e com isso precisam de outros meios para sobreviverem como roubar, o que faz com 
que a população, fique inquieta e com medo de chegar perto de lugares onde se 
encontram essas pessoas, pois associam elas a imagem de ladrões ou alguma 
qualificação ruim. Contudo, é necessário ter um olhar mais empático, uma vez que 
devido as dificuldades encontras nas ruas a utilização de substâncias são um meio de 
sobrevivência para lidar com a fome, o frio e refugio para lidar com a dor de se sentir 
invisível perante a sociedade. 
Todavia, em outro extremo, tem-se uma atitude muito desfavorável, onde a violência 
nas pessoas que moram na rua é acompanhada em um processo de desqualificação 
e distinção entre os seres humanos, onde a imagem do cidadão de rua está vinculada 
a alguém destruído, o que acaba se tornando uma violência não física mais 
psicológica para esse grupo populacional, uma vez que colocar uma identidade como 
um “sujeito sem futuro” ou “alguém se valor” é uma forma de atacar alguém que não 
escolheu estar nessa situação. 
Nesse contexto, cada indivíduo possui sua história, seus traumas, seus problemas, 
ninguém está protegido das diversidades que a vida impõe sobre as pessoas, o que 
hoje ignoramos e consideramos frescura amanhã poderá
ser um de nós. Portanto, é 
necessário um olhar mais humanizado sobre esses indivíduos que não escolhem 
estar onde estão não, não escolhem não ter o que comer ou passar frio, não escolhem 
ter transtornos mentais, é necessário um olhar mais empático, mais amoroso, cada 
um luta uma batalha interna dentro de si e essas pessoas que vão morar nas ruas já 
entram nessa situação com a saúde mental fragilidade, visto que todos os seus 
vínculos familiares são interrompidos, e passar por preconceitos e serem 
estigmatizados pela a sociedade trazem mais problemas em seu psicológicos. 
 
 
Figura 1- Pessoas em situação de Rua 
 
3 
 
 
Fonte: https://fatorrrh.com.br/2020/11/10/rn-reestrutura-comite-para-assistencia-a-
populacao-em-situacao-de-rua/ 
 
 
Figura 2-Pessoas em situação de Rua 
 
 
Fonte: http://daviesmael.com.br/pesquisa-inedita-em-vitoria-revela-dados-sobre-
pessoas-em-situacao-de-rua/ 
 
PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL VOLTADA PARA A POPULAÇÃO 
EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
4 
 
Quando pensamos em promoção de saúde mental em pessoas em situação de rua, 
nos deparamos com alguns desafios relacionais as condições de vulnerabilidade que 
estes indivíduos vivem visto que devido as essas dificuldades é muito complicado de 
o indivíduo conseguir ter hábitos que são consideráveis saudáveis 
 Alimentação de qualidade 
 Higiene de qualidade 
 Ter momentos de tranquilidade 
 Um boa noite de sono 
 Desenvolver laços afetivos 
Outro ponto super relevante é o fato de que essas pessoas que vivem na rua 
encontram-se constantemente sob uma insegurança e incerteza, uma vez que esses 
indivíduos vivem expostos a um número maior de fatores estressantes de alguém que 
não está na mesma situação e viver sob grande estresse diariamente traz um grande 
impacto para a saúde mental. 
É importante ressaltar que em alguns estudos mostraram que pessoas que vivem em 
situação de rua possui uma um jeito próprio de lidar com os problemas que é se 
afastando, evitando-os. Essas pessoas apresentam dificuldades em desenvolver 
formas para solucionar os problemas e essas adversidades contribuem para o 
aumento do consumo de drogas como uma forma de sobrevivência para lidar com a 
fome, o frio. 
A questão da baixa autoestima é outro fator relevante para a discursão, pois é uma 
questão presente em pessoas que vivem na rua, estando associada a sentimentos de 
desesperança, ligados a uma taxa aumentada de pensamentos suicidas. E são 
nesses pontos que a promoção de saúde mental deve atuar. 
 Melhoras nos serviços de Assistência Social e de saúde e principalmente a 
facilidade ao acesso a eles: como exemplos temos a criação dos Consultórios 
de Rua, por meio dessas políticas de saúde, muitas pessoas em situação de 
rua passaram a ter acesso e cuidados não só na sua saúde física como também 
na mental, por meio da parceria com demais equipes como por exemplo o 
Caps. Atualmente existem 144 equipes em atividades dos serviços de 
Consultório de Ruas, vale ressaltar que existem outros serviços vinculados 
para a assistência dessa população, porém o mesmo não se sente seguro em 
buscar esses serviços É necessário que essas políticas se expandem para 
mais lugares, além de melhoras significativas no número de funcionários, visto 
que por possuir um número pequeno de profissionais habilitados para atender 
esse grupo populacional muitas pessoas que moram na rua acabam não tendo 
a oportunidade de ter ajuda. 
Obs: Na região de santo André existe apenas uma equipe de Consultório de Rua. 
 
 
Figura 3-assistência do Consultório de Rua 
5 
 
 
 Fonte: https://blog.cenatcursos.com.br/o-consultorio-na-rua-uma-estrategia-da-
atencao-basica-em-beneficio-da-vida/ 
 
ESTUDO DE CASO 
 
Realizado estudo de caso do S.r. José Arlindo Alves de Souza, 49 anos de idade 
refere durante a entrevista ter aberto quadro de esquizofrenia aos 20 anos de idade, 
com sintomas de alucinações auditivas e visuais e discurso místico religioso. Casado 
e pai de quatro filho S.r José após a primeira crise foi internado no hospital Lacan na 
região de São Bernardo do Campo em 2007 aonde esteve internado por um mês. 
Tendo pouco vínculo familiar, após alta no hospital s.r José diz que iniciou uso de 
drogas, o que resultou com que sua esposa fosse embora com seus filhos, desde 
então não teve mais contato. Após ficar sozinho, passou a ser morador de rua, 
segundo ele por mais de 10 anos, neste período fazia uso de drogas e diz que não 
tinha acesso a tratamento de saúde mental ou qualquer assistência de saúde pública. 
Em 2020 passou por uma internação no CAPS AD, dando início ao seu 
acompanhamento, após dois anos de abstinência foi encaminhado para dar sequência 
no acompanhamento no CAPS jardim, neste período era acompanhado pela Casa 
Amarelo de Santo André. Então em julho de 2021 foi acolhido na Casa Moradia aonde 
vive atualmente, refere ter contato com dois irmãos que as vezes vem visitá-lo. Mesmo 
em acompanhamento tem delírios persistentes, que não remitem com uso da 
medicação. 
Pode-se observar que S.r José como muitos outros pacientes que sofrem de 
transtorno mental que acabam por ficar em situação de rua pela dificuldade de manter 
o vínculo familiar após abrir quadro de transtorno mental, a desorganização do 
paciente e sua realidade paralela é de difícil manejo e até mesmo de falta de 
informação e acesso da família, S.r José refere que no período que esteve na rua não 
teve contato com consultório de rua, apenas em 2020 que teve contato com CAPS 
álcool e drogas. 
Uma das dificuldades de atender tal demanda é também a adaptação a rotina de 
algum serviço como por exemplo na Casa Amarela, é preciso chegar as 18:00 sóbrio, 
ou seja, sem estar sobre efeito de substância psicoativa, além da falta de informação 
dos serviços, outro ponto importante é também o número de profissionais destinados 
6 
 
a atender este público, por exemplo no município de Santo André há apenas uma 
sede de consultório de rua para todo o município. 
Seria necessário o investimento em Políticas Públicas para melhor atender esta 
população, que normalmente é esquecida por ser um público que não gera renda ou 
não tem a articulação de trazer algum retorno de visibilidade pelas melhorias investida 
nesta área, por ser uma população muitas vezes invisível. Nesse contexto, S.r José é 
a prova de que pessoas com transtornos mentais e que vivem em situação de rua são 
invisíveis perante a sociedade, o que afirma que é necessário um olhar mais empático 
não só da população como também das autoridades no que tange investimento e 
políticas públicas e assistência psicossocial para esse grupo que vive em extrema 
vulnerabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS 
 
LIVRO PDF- Saúde Mental das Pessoas em Situação de Rua, conceitos e práticas 
para profissionais da Assistência Social. Prefeitura de São Paulo, 
ORGANIZADORES- Carmen Lúcia Albuquerque de Santana e Anderson da Silva 
Rosa.

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