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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação Presencial Especial (APx1) – 2021.1 PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 17/04 – 10h Disciplina: Educação e Trabalho Coordenador: Prof. Dr. Carlos Soares Barbosa Aluno(a): Raissa de Souza Rodrigues Matr.: 19212080146 Polo: Paracambi 1ª Questão (2pontos) O texto do sociólogo Ricardo Antunes (2002) mostra que com a crise estrutural do capital, o mode- lo padrão produtivo taylorista-fordista foi sendo crescentemente substituído ou alterado pelas formas produtivas flexibilizadas e desregulamentadas (chamada de modelo acumulação flexível ou toyotismo). Esta mudança no mundo da produção (reestruturação produtiva) tem provocado mu- danças significativas no mundo do trabalho. Com base em Antunes (2002), cite algumas mudanças ocorridas no mundo do trabalho provocada pela reestruturação produtiva. R: Após a reestruturação produtiva, o mundo do trabalho passou por diversas transformações que vieram acarretadas de muitas consequências negativas para a sociedade contemporânea. No que se refere ao trabalho, aponta a desregulamentação, a flexibilização e a terceirização, resultante de um sentido geral onde o capital vale da força de trabalho humano enquanto parte importante para a re- produção como forma de alterações atuais no mundo do trabalho. Sobre as mudanças ocorridas no mundo do trabalho com o desenvolvimento tecnológico temos os períodos das Revoluções Industriais, por exemplo, onde surgiram os primeiros motores, que passa- ram a ser usados nos meios de transporte (trens e navios), bem como para criação de maquinário industrial. Essas mudanças ocorridas no mundo do trabalho são basicamente a automação da produção, inclu- são de maquinário e também o uso de sistemas automáticos, como atualmente, de modo que a tec- nologia tem potencial de substituição da mão de obra humana, a exemplo das máquinas no campo. 2ª Questão De a cordo com Abilio (2019), com a uberização estão em jogo novas formas de gerenciamento, controle e vigilância do trabalho, configurando a passagem do empreendedorismo para o autoge- renciamento subordinado. Trata-se de uma característica da flexibilização do trabalho (típica do modelo de acumulação flexível), que dá ao trabalhador a sensação de que ele possui o controle total sobre o seu trabalho. Sendo assim: a) Explique como se dá essa nova forma de controle e gerenciamento do trabalho, apontada por Abilio (2019). (2pontos) R: A reforma trabalhista de 2017 auxiliou no avanço desse modelo gerencial, assim desconsidera que 50% do mercado de trabalho está na informalidade e promove uma informalização dentro do mercado formal. Eu acredito que vários elementos dessa legislação eliminam mediações e proteções ao trabalho e viabilizam cada vez mais a ideia do trabalhador just-in-time, ou seja, o motorista pode ficar dez horas esperando uma corrida, mas esse tempo não é compreendido como de trabalho. “Você trata esse trabalhador como se ele fosse um fator de produção, utilizado no momento em que precisa ser acionado. Depois é desligado”, complementa. Constantemente avaliados, para esses trabalhadores a antiga figura do patrão se esvaiu; agora eles respondem a uma massa invisível que os qualifica e julga, opinando sobre cada ponto desempenha- do. O aplicativo se coloca como um mediador, como uma presença distante que apenas propicia o encontro entre motoristas e passageiros de fato, o Uber já elucidou tal postura com a seguinte afir- mação: “É importante esclarecer que não é a Uber que contrata os motoristas, e sim eles que nos contratam”. A ausência de um dirigente único a quem eram direcionadas as reivindicações e com quem se dava o diálogo dificulta a organização e a estruturação de movimentos sindicais. Pode observar, no momento, ainda há muito encantamento com a autonomia que, a seu ver, é, na verdade, uma autonomia instrumental. “Quem controla os preços é o aplicativo; o motorista não exerce nenhum controle. É uma ilusão achar que é um empreendedor como um capitalista tradicio- nal. O que existe é uma relação de subordinação ao aplicativo. b) Além dos trabalhos mediados por plataformas digitais, como uber, motoboys e entregado- res de delivery, dê outro exemplo de “trabalho flexível” e precarizado. (1 ponto) R: Outro exemplo que podemos dá é o trabalho doméstico “faxina”. Em um país em que as tra- balhadoras domésticas são vistas como "quase da família", mas que, ao mesmo tempo, precisam limpar a casa dos clientes em troca de comida, falar sobre as relações de trabalho entre faxinei- ras e patrões é sempre incômodo. Mais existe em muitos lugares ainda que a faxina e vista co- mo nada, as maiorias das pessoas que trabalha nessa área não tem carteira assinada e ainda por cima só trabalha quando os patrões chamam, não dá valor ao trabalho dos outros. c) Com a reestruturação produtiva e a afirmação do modelo de acumulação flexível faz-se ne- cessário a formação de um “trabalhador de novo tipo”. Que apti- dões/talentos/competências são solicitadas dos trabalhadores nessa nova configuração do mundo do trabalho? (1ponto) R: Hoje em dia, para concepção do profissional é necessário ter algumas competências bási- cas, como: conhecimentos, habilidades, atitudes, interesses, valores e outras características pessoais, que são importantes o desempenho das atividades. Estas competências, muitas ve- zes, são reconhecidas quando aplicadas no contexto empresarial, caracterizando o perfil pro- fissional do indivíduo e favorecendo no seu desenvolvimento profissional. O objetivo geral desse trabalho é conhecer quais as competências necessárias para ingressar no mercado de trabalho, e os específicos são: Estudar as exigências do mercado de trabalho, conhecer as definições e os aspectos que possibilitam o desenvolvimento de competências e apresentar instrumentos que possibilitem o ingresso no mercado de trabalho. 3ª Questão (2pontos) Com base nos princípios da “Escola Unitária”, que se fundamenta no trabalho como princípio edu- cativo, é possível afirmar que a “Escola Unitária” está comprometida com a formação do “traba- lhador de novo tipo” demandado pelo modelo de acumulação flexível? Justifique sua resposta com base nos autores estudados na disciplina. R: Não. Pois eu entendi que a escola unitária pode não estar comprometida (aliada) com esse mode- lo capitalista, porque naquela época eles trabalhavam diferente como hoje em dia, lá trás na década de 1970 o modelo industrial, as limitações territoriais eram extremamente dependente do dono, e fazia com que os trabalhadores trabalhavam mais produziam mais e mais. Agora a escola unitária defende o socialismo e o trabalhador de novo tipo de acumulação flexível é capitalista, assim a es- cola unitária foca em produzir uma educação que dialogue com a classe proletária para produzir oportunidades iguais para todos. 4ª Questão (2pontos) O estudo realizado por Abílio (2019, p.6) demonstra que, dos motoboys pesquisados, “90% traba- lhavam mais do que oito horas por dia, 50% ultrapassam as dez horas e 20 % trabalhavam usual- mente entre 13 e 16 horas por dia como motoboys”. Desse grupo,70% não recebiam mais do que R$2,00,00, assim distribuídos: “30% tinham remuneração entre R$ 500 e R$ 1.500; 40% tinham remuneração entre R$1300 e 2000”. Com base nos autores estudados, é possível afirmar que o alto índice de desemprego, o aumento do trabalho informal e a baixa remuneração dos trabalha- dores vigentes no Brasil são produzidos (exclusivamente) pela baixa escolaridade e a falta de em- penho dos trabalhadores? A escola é capaz de corrigir esses problemas? Justifique sua resposta. R: Não, trata-se do desenvolvimento dequalquer atividade autônoma, ou seja, na qual o indivíduo o desenvolve por sua conta, assim Decorre das mudanças tecnológicas, que requerem constantes atua- lizações da mão-de-obra. Aumento do desemprego, falta de oportunidade e de expectativa além do crescimento da criminali- dade, o motivo do desemprego vem ocorrendo pelo fato de que o cenário econômico e modelo de trabalho mudou consideravelmente. Assim sendo, o mercado de trabalho não exige mais que o pro- fissional exerça uma atividade em específico, mas sim atividades multidisciplinares. Nesse sentido, os profissionais que não buscam a capacitação pessoal acabam sendo descartados e esquecidos pelo mercado de trabalho atual, com um jogo dinâmico infinito entre empregador e em- pregados, no qual a Justiça Trabalhista é representada parametricamente. Podemos vê duas classes de equilíbrios. Na primeira classe, a relação informal prevalece durante um determinado tempo, com posterior formalização do trabalhador, sendo que, quanto mais efetiva for a Justiça, mais rapi- damente serão registrados os empregados. Na segunda classe, a informalidade se pereniza, associa- da a uma alta rotatividade no mercado de trabalho. Novamente, quanto mais efetivo o Judiciário, menor a probabilidade de esse último equilíbrio existir.
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