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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Perguntas orais de sucessões
direito 2002 (Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo)
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Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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1. Se doação por vida pode revogar doação por morte?
Não. Tal não é permitido nos termos do art.1700º/1. 
2. Casos em que pacto sucessório designativo não pode ser revogado, nem mesmo estando 
ambos de acordo, quais?
No caso dos pactos entre casados nos termos do art.1758º e 1701º/1.
3. E em que casos pode ser revogado por acordo das partes?
No caso de pactos sucessórios feitos a favor de terceiro, em que apenas é revogável com 
consentimento de ambas as partes-art.1705º/1 e 1701º/1.
4. Pode haver simulação relativa no testamento?
Sim. É possível uma simulação relativa subjetiva (por interposição fictícia de pessoas), em que 
aparentemente a deixa testamentária é a favor de determinada pessoa, quando a vontade real 
é a de que beneficie outra que pode ou não conhecer o pacto de simulação. Nos termos do 
art.2200º será anulável. 
5. O que é a cautela sociniana?
Permite ao testador, mesmo tendo sucessíveis legitimários, deixar a outrem um usufruto ou 
constituir a favor de alguém uma pensão vitalícia, que atinge a legitima. A cautela sociniana é 
um instituto que funciona como meio de reação dos sucessíveis do de cujus, sendo que os 
herdeiros legitimários podem aceitar a disposição e cumpri-la ou, em vez de cumprir o legado, 
entregar ao legatário a quota disponível. Não funciona como uma tutela da intangibilidade da 
legítima, pois não permite que herdeiros se oponham a disposição testamentária.
6. O que é a intangibilidade da legítima?
A intangibilidade da legítima baseia-se na posição do sucessível legitimário que é alvo de uma 
proteção especial, por conta da imperatividade da sua vocação, sendo que esta intangibilidade 
tem uma vertente qualitativa (de cujus contra vontade do legitimário, não pode substituir 
legítima por deixa testamentária, preencher quota legitimária do mesmo com bens 
determinados ou onerá-la com encargos de qualquer natureza-arts.2163º, 2164º e 2165º) e 
quantitativa (impedido de privar injustificadamente o legitimário do valor, total ou parcial, que 
lhe assiste a título de legítima, assegurado pela redução das inoficiosidades)
7. Qual o lugar dos pactos sucessórios na ordem de redução?
Art.2171º fala expressamente das disposições testamentárias e “liberalidades que hajam sido 
feitas em vida do autor da sucessão” (liberalidades entre vivos), não menciona os negócios 
próprios da sucessão contratual, mas tão não significa que subsistam contra a sucessão 
legitimária. Art.1705º/3 determina que pactos sucessórios a favor de terceiros não estão 
isentos da redução por inoficiosidade e art.1759º estabelece que doações para casamento 
estão sujeitas a redução por inoficiosidade, não distinguindo as doações mortis causa das 
doações inter vivos. 
JDP- sobre a ordem de redução- integra doações por morte ao lado das doações por vida, 
sendo reduzidas por ordem cronológica, da mais recente para a mais antiga.
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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8. Quando há nascituro, como se procede no momento da partilha, tem que se esperar?
Pereira Coelho- pode ser feita logo após abertura da sucessão-sob condição resolutiva do 
nascimento completo e com vida dos sujeitos designados.
Pamplona Corte Real- só é admissível depois de se ter a certeza que não nascem mais filhos. 
JPD- pode ser feita logo após abertura da sucessão. Sobrevindo um sucessível, aplicar-se-á 
analogicamente o 2029º/2-quota do herdeiro superveniente será composta em dinheiro.
9. Legatário pode ter funções na administração da herança jacente?
Não. A administração dos bens da herança jacente apenas pode ser providenciada pelos 
herdeiros, não englobando os legatários.
10. Resposta era não. E mesmo que a herança seja só de legatários?
Sim, se for repartido só em legados.
11. Quais as fórmulas de cálculo do VTH?
No ambito do art.2162º/1 surgem duas orientações.
Escola de Lisboa- soma do valor do relictum (R) e do donatum (D) e abater-se o valor do 
passivo (P). 1º atende-se ao valor dos bens do património existente no momento da morte. 2º 
De seguida, soma-se o valor do donatum. 3º Em último lugar, deduz-se as dívidas. Formula de 
Lisboa protege melhor os credores- que os bens da herança respondem primeiro as dividas
Escola de Coimbra- valor do relictum (R) menos o valor do passivo (P) e soma-se o valor do 
donatum (D). Apenas a partir do 2º passo é que muda, onde se procede a dedução das dívidas 
da herança. Sendo que esta orientação defende que o 2162º não teve o objetivo de enunciar a 
ordem dos elementos que formam o cálculo, mas apenas os elementos que o compõem. Além 
disso, os credores da herança apenas podem obter o seu pagamento a custa do património do 
devedor (601º e 817º), ou seja, da herança. Sucede que bens doados já não se encontram no 
património do de cujus no momento da sua morte, pelo que a inclusão do donatum no cálculo 
do valor da herança tem em vista apenas a proteção dos herdeiros legitimários. Escola de 
Coimbra protege melhor os herdeiros- faz com que herdeiros sejam pagos só com património 
deixado
12. Quais os casos de exceção ao princípio da divisão por cabeça?
Concurso de cônjuge com descendentes-art.2139º/1/2º parte
Concurso de cônjuge com ascendenstes-art.2142º/1
Estando perante irmãos germanos e unilaterais, a partilha não se faz por cabeça-art.2146º
Quando realizada no âmbito do direito de representação
13. Em que consistem as vocações indiretas e as vocações anómalas?
Nas vocações indiretas é tida em consideração a ligação entre sucessível e de cujus, assim 
como da posição do sucessível chamado e um 3º, que não entra na sucessão, mas serve de 
ponto de referencia da vocação. Sendo que o sucessível é chamado a ocupar a posição de 
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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outro sucessível, por força da ligação entre ambos, que pode resultar de laço familiar ou de 
disposição voluntária mortis causa.
Nas vocações anómalas, estas desviam-se do padrão de normalidade, abrangendo as indiretas 
(direito de representação, substituição direta e direito de acrescer) e a substituição 
fideicomissária como vocaçãosucessiva. 
14. Qual a hierarquia das vocações indiretas?
Sucessão legal- - 1º lugar está o direito de representação que prevalece sobre o direito de 
acrescer- 2137º/2, 2138º e 2157º → em 2º lugar está o direito de acrescer-2137º/2
Na Sucessão Testamentária e Contratual- (por analogia)- Substituição direta ocupa 1º lugar- 
2041º/2/a e 2304º, implicitamente quanto ao direito de acrescer → Direito de representação 
no 2º lugar- 2304º e 1703º/2 → Direito de acrescer no 3º lugar.
15. Que vocações indiretas podem ocorrer na sucessão legal e testamentária?
Na sucessão legitimária a substituição direta não pode ocorrer, sob pena de ser nula- 2156º e 
2163º. 
Na sucessão legal as 4 vocações indiretas podem ocorrer.
Na sucessão testamentária e contratual também as 4 vocações indiretas podem ocorrer. 
16. Quais os casos de não querer aceitar?
“Não querer aceitar” - identifica-se com o repúdio.
17. Quais os casos de não poder aceitar?
“Não poder aceitar” - traduz impossibilidade jurídica de aceitar.
- Não sobrevivência ao de cujus.
- Não aquisição de PJ- obsta eficácia da designação do nascituro, mas não impede 
substituição direta ou do direito de acrescer.
- Indignidade.
- Deserdação.
- Divórcio/separação de pessoas e bens do sucessível que estava casado com o de cujus 
e obrigado ao dever de coabitação no momento da designação.
- Caducidade do direito de suceder.
18. As doações feitas na partilha em vida estão sujeitas a colação?
Não. Porque a igualação é uma presunção da vontade do de cujus e só ocorre no seu silencio, 
sendo que a partilha em vida ilide a presunção, deixando de haver necessidade de igualação. 
Designação sucessória- modalidades e regime de herdeiro e legatário
19. O que é a designação sucessória segundo o critério dos factos designativos?
Nesta modalidade de designação sucessória identifica-se a sucessão legitima que tem por base 
a lei supletiva, a sucessão legitimária que tem por base a lei imperativa, sendo que os factos 
designativos correspondem a relações familiares e de cidadania, a sucessão testamentária que 
tem por base o testamento e a sucessão contratual que tem por base o contrato sucessório. 
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20. O que é a designação sucessória em razão do objeto?
Tem em conta estar-se perante a atribuição de herança ou legado, identificando-se duas 
espécies de sucessores, o herdeiro e o legatário.
21. Qual a noção de legatário?
Legatário é aquele que sucede num bem concreto e determinado, incluindo-se também o 
usufruto de bem definido ou da totalidade do património. Sendo que não se exige que o bem 
esteja especificado, mas apenas que seja determinável.
22. Qual a noção de herdeiro?
Herdeiro é quem sucede numa parte ou totalidade da herança.
23. É necessário que a quota esteja expressamente estabelecida?
Não. Basta que da interpretação do testamento se consiga apurar que a atribuição é feita a 
titulo de uma quota.
24. É possível um legado legítimo?
Sim. 
Herança ex re certa
25. O que é a herança ex re certa?
Corresponde a casos em que alguém sucede em valores/bem determinados e é tido como 
herdeiro. Verifica-se na situação de legado por conta da quota, e que de cujus atribui bens que
preenchem a quota do sucessível, sucedendo simultaneamente numa quota e em bens 
determinados, prevalecendo a qualidade de herdeiro. Verifica-se também na situação de 
deixas categoriais dicotómicas que esgotam a totalidade do património, sendo repartida a 
herança em duas quotas apuradas por referencia a categoria abstrata de bens, sendo que 
cada deixa funciona como remanescente em relação a outra, retirando-se do 2030º/3. 
26. Qual a diferença entre legado por conta da quota e legado em substituição da legítima?
No legado por conta, a sua aceitação não implica a perda da quota hereditária, enquanto a 
aceitação do legado em substituição da quota a sua aceitação implica a não aquisição de uma 
quota hereditária a que ele teria direito.
27. Qual o critério de distinção entre herdeiro e legatário?
Segundo Oliveira Ascensão- herdeiro é o sucessor pessoal do de cujus, ficando numa posição 
idêntica a do de cujus, já o legatário é tido como transmissário de situações jurídicas 
patrimoniais ativas, explicando o porquê de só o herdeiro responder externamente pelos 
encargos da herança, há que sucede na totalidade das situações jurídicas. Com base neste 
entendimento, o 1255º é apenas referente a herdeiros e assim só estes recebem 
automaticamente a posse sobre a herança no momento da abertura da sucessão. 
Segundo JDP- são ambos sucessores e a posição do herdeiro depende de objeto da designação 
e não de uma qualidade pessoal do sucessível.
28. Quem responde externamente pelos encargos da herança?
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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Herdeiro é quem responde perante encargos da herança. Legatários apenas respondem 
quando herança está repartida em legados, nos termos do art.2277º
29. Em que medida os sucessores respondem pelas dívidas da herança?
Respondem sempre na proporção das suas quotas, no limite do ativo, não pagando mais do 
que aquilo que recebem. 
Factos designativos
30. O que são factos designativos? 
São circunstancias que atribuem a alguém a qualidade de sucessível. 
31. Que tipos de factos designativos existem?
Podem ser factos designativos negocias- correspondem ao testamento e pacto sucessório. Ou 
factos designativos não negociais- correspondem a relações familiares, parafamiliares de UF, de
convivência em economia comum e vinculo de cidadania.
Lei não é um facto designativo.
Hierarquia das modalidades 
32. Qual a hierarquia das modalidades de sucessão?
1º sucessão legitimária- é imperativa, sendo a posição assegurada pela redução por 
inoficiosidade, que afeta a sucessão voluntária para garantir a legitima dos herdeiros.
2º pacto sucessório- cede perante a sucessão legitimária, mas prevalece sempre sobre a 
legitima e, em regra, sobre a testamentári ba por conta do regime de revogação, já que o pacto
sucessório nunca é unilateralmente revogável se o disponente não reservar tal faculdade, pelo 
que em conflito entre pacto sucessório e testamento, este ultimo fica sem eficácia, por conta 
de também no pacto sucessório estar presente um acordo de duas vontades.
3º testamento- cede perante pacto sucessório pelo regime da revogação.
4º sucessão legitima- cede perante todas por ser supletiva.
Sucessão Legítima
33. O que é a quota disponível?
É a parcela da herança que o de cujus pode dispor livremente.
34. Qual o fundamento geral da sucessão legítima?
Entendimento tradicional era de que sucessão legitima assenta na vontade presumida do de 
cujus no caso de este ter feito testamento.
Mas fundamento é o de evitar abandono das situações jurídicas de que era titular o de cujus.
35. O que é a sucessão legal comum e a sucessão legítima anómala?
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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Sucessão legitima comum- aquela que está submetida ao regime legal nominado da sucessão 
legítima-arts.2131º a 2155º- em que sucessível legítimo comum é designado para suceder 
como herdeiro.
Sucessão legítima anómala- objeto da sucessão corresponde a um legado e não a uma herança,
distinguindo-se entre sucessão anómala transmissiva (direito a indemnização pelos danos não 
patrimoniais sofridos pela vitima- art.496º/4- demarcando-se do regime comum quanto ao 
objeto e aos benificiários, elenco e ordem não corresponde ao comum) e sucessão anómala 
constitutiva (atribuição de direitos reais sobre casa de morada comum ao convivente em 
economiacomum por morte do proprietário e atribuições preferenciais ao cônjuge sobrevivo 
do direito de habitação a casa de família)
36. Qual o modo de cálculo no ambito da sucessão legítima?
Não é contabilizado o donatum. Havendo legitimária- valor total da herança legítima é igual ao 
valor da quota disponível menos o valor das liberalidades válidas e eficazes. Não havendo 
legitimária- é abatido passivo e valor das liberalidades mortis causa, quantificado com base no 
montante do todo em que se integra.
37. Quais as regras gerais da sucessão legítima?
Princípio da preferência de classes- herdeiros de uma classe preferem aos das classes imediatas
Principio da preferência de graus de parentesco- dentro de cada classe os parentes de grau 
mais próximo preferem ao de grau mais afastado, apenas posto em causa pelo direito de 
representação.
Divisão por cabeça- parentes de cada classe sucedem por cabeça ou em partes iguais
38. Qual a situação jurídica dos sucessíveis legítimos em vida do de cujus?
Sucessível legítimo é apenas titular de um interesse reflexamente protegido- em vida do de 
cujus, ele não beneficia de um direito de suceder nem de uma expectativa jurídica. 
Testamento
39. Definição de testamento
Negócio jurídico unilateral pelo qual alguém procede a disposições de última vontade.
40. Quais as características do testamento?
Mortis causa- morte é a causa que desencadeia os efeitos jurídicos do testamento
Unilateral- tem apenas uma parte, o autor da sucessão
Não recetício- vontade do sucessor é irrelevante para válida conclusão do testamento, ficando 
concluído sem conhecimento do destinatário.
Gratuito- atribuição patrimonial do autor, sem contrapartida do beneficiário. Encargo não é 
uma verdadeira contrapartida da atribuição do testador- se houvesse nexo de correlatividade, 
a não satisfação dos encargos determinaria a perda da liberalidade, o que, em regra, não 
acontece
Solene- necessária a observância da forma especifica prevista na lei.
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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Livremente revogável- revogável a todo o tempo até a morte do testador.
Negócio singular- ato em que é permitido somente a uma pessoa manifestar a sua vontade 
para que esta produza efeitos post mortem, não podem testar no mesmo ato duas ou mais 
pessoas- decorre da proibição do testamento em mão comum. 
Negócio normalmente pessoal- 2812º/1- sua conclusão não é permitida a intervenção de um 
terceiro que represente o autor- contudo, há exceções, nomeadamente sobre elementos não 
essenciais. 
41. De que modo se afere a licitude do objeto do testamento?
Na falta de norma especial- aplica-se 280º- nulo o testamento cujo objeto seja física ou 
legalmente impossível, contrário à lei, indeterminável, contrário à ordem pública ou ofensivo 
dos bons costumes. 
42. O que é a capacidade para testar?
Corresponde a capacidade testamentária ativa, que se distingue em: capacidade de gozo- todas
as pessoas singulares, ainda que incapazes; capacidade de exercício- todas as que não sejam 
incapazes por menoridade e por sentença de acompanhamento que o determine 
43. O que é a capacidade testamentária passiva?
Equivale a capacidade geral de suceder- 2033º
44. O que são as indisponibilidades relativas e que categorias existem?
Não são verdadeiras incapacidades- mas meras ilegitimidades, significa que o autor da 
sucessão não pode em testamento designar certas pessoas. Existem duas categorias: 
nominadas-arts.2192º - 2198º; as que se destinam a sancionar violação de regras sobre 
impedimentos matrimoniais impedientes-art.1650º/2-artigo alude à doação e ao testamento.
45. Qual o objetivo do legislador nos arts.2194º e 2197º?
Nos arts.2194º e 2197º- legislador procura proteger a liberdade de testar- supondo que o autor
da liberdade se encontra numa situação de inferioridade suscetível de aproveitamento em 
favor do beneficiário.
46. Qual o fundamento do regime do art.2196º?
Proteção da ordem matrimonial- sendo manifestação da oponibilidade erga omnes dos 
deveres conjugais- de que terceiros são obrigados a não contribuírem para o incumprimento 
nem para a impossibilidade de cumprimento dos deveres a que os cônjuges estão 
reciprocamente vinculados.
47. Qual o prazo do art.2196º?
Art.2196º prevê prazo de 3 anos. Mas JDP, por conta da incongruência com prazo do 
art.1781º/1, propõe encurtamento do referido prazo para um ano, em conformidade com nova
redação do 1781º- mediante interpretação sistemática e teleológica do art.2196º/2/a.
48. Legitimidades testamentárias são ativas ou passivas?
Letra dos artigos que regulam as indisponibilidades relativas nominadas acentua a vertente 
ativa (diz-se que a disposição é nula)
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
lOMoARcPSD|21849448
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Mas letra do 1650º/2 acentua vertente passiva (fala-se de incapacidade de certas pessoas para 
receberem).
49. Em que momento têm de estar verificadas as indisponibilidades relativas?
Circunstâncias de indisponibilidade têm de existir à data do testamento, por acarretarem 
invalidade das disposições testamentarias- desvalor que pressupõe normalmente vicio 
originário do NJ.
50. Simulação absoluta e relativa objetiva são atendíveis no testamento?
Sim, aplicando-se regras gerais, mas o desvalor será a anulabilidade e não a nulidade como 
manda a regra geral, de modo a garantir unidade de consequências associadas a simulação 
testamentária.
51. Quais as formas comuns e especiais do testamento?
Há três formas comuns do testamento: testamento publico, testamento cerrado e testamento 
internacional. Existindo ainda outra formas especiais consagradas no Código e formas 
especialíssimas consagradas no art.946º/2 e 1704º.
52. O que é o testamento internacional?
Escrito pelo testador ou terceiro, em qualquer língua, à mão ou por outros meios, e elaborado 
nos moldes da Lei Uniforme sobre a Forma de um Testamento Internacional, sendo por pessoa 
habilitada para tratar das matérias relativas ao testamento internacional.
53. O testamento internacional pode ser associado ao testamento cerrado?
Os dois são figuras afins, uma vez que, certificado do testamento internacional equivale à 
aprovação do testamento cerrado, sendo que ambos também são escritos pessoalmente pelo 
testador ou outra pessoa a seu pedido, intervindo o notário (ou agente consular) em momento 
posterior para o aprovar. 
54. É possível o testamento per relationem?
Testamento completado por outro para o qual remete, sendo considerado.
Interpretação declarativa e a contrário do art.2184º- disposição testamentária remissiva seria 
válida, se esta fosse um documento escrito e assinado pelo testador com a mesma data ou 
anterior a do testamento, independentemente de ser disposição testamentária essencial, 
sendo admitido mesmo quanto a estes.
JDP- introduz limitação a este artigo- relativamente a disposições testamentária essenciais, a 
remissão só é válida se documento observar formas legais do testamento, a escritura pública 
ou documento particular autenticado (estes dois não são forma comum, mas sua 
admissibilidade excecional não colide com razão de ser das exigências formais no testamento). 
Relativamente a outra disposições, são válidas se remissão for para documentos escritos e 
assinados pelo testador com a mesma data ou anterior a do testamento. 
55. A interpretação do testamento segue primariamente uma orientação objetiva ou 
subjetiva?
Sim, o art.2871º/1 consagra orientação subjetiva, mandando que interpretação vise deteção da
vontade real do testador. Mas limitada pelo contexto do testamento, relevando a vontade 
Baixado por Bárbara Andrade (barbarandraddee@hotmail.com)
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manifestada pela forma legalmente estabelecida- “contexto” - interpretação sobre o conjunto 
detodas as disposições testamentárias e não cada uma delas isoladamente.
56. É possível aplicar o art.236º na interpretação do testamento?
Tem orientação objetiva, da teoria da impressão do destinatário, não sendo adequado para 
testamento, que não é negócio recetício. Mas se não for possível alcançar vontade real dentro 
do contexto do testamento, por conta do aproveitamento dos NJ, poderá atribuir-se sentido 
que pessoa normal possa deduzir do que foi declarado.
57. É possível aplicar o art.237º na interpretação do testamento?
Sim, quando da aplicação do art.2187º resultar dúvida entre dois sentidos.
58. É possível aplicar o art.238º/2 na interpretação do testamento?
Tem cabimento para disposições testamentárias não essenciais (que não estão abrangidas pelo 
2182º/1)- subtraídas que estão ao fundamento da exigência legal de uma forma especial para o
testamento.
59. É possível a integração de lacunas no testamento?
Não existe norma legal específica e por conta do cariz formal do testamento e do art.2187º, 
não é possível integração quanto a aspetos essências. Já em aspetos secundários, é possível ser
integrado em harmonia com vontade presumida do de cujus se tivesse previsto o aspeto 
omisso. 
60. O conteúdo do testamento é estritamente patrimonial ou também pessoal?
Não é estritamente patrimonial, apesar de noção legal se centra no conteúdo patrimonial por 
ser este que liga o testamento ao fenómeno sucessório. A lei permite várias disposições de 
caráter não patrimonial, não se devendo concluir que do art.2179º/2 resulta que só podem 
incluir disposições cuja integração seja legalmente permitida, já que vigora principio da 
liberdade negocial.
Legados
61. Qual a classificação romanista dos legados?
Divide em legados per vindicationem (atribuição da propriedade ou de outro direito real) e per 
domnationem (atribui ao legatário um direito de crédito contra o herdeiro).
62. O que são os legados dispositivos e obrigacionais?
Nos legados dispositivos existe uma diminuição do ativo da herança. Já nos legados 
obrigacionais, existe um aumento do passivo hereditário.
Condições, termos e encargos no testamento
63. É possível a aposição de disposições condicionais no testamento?
Sim, nos termos do art.2229º. 
64. É possível a aposição de termo no testamento?
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Sim, mas não é possível aposição de termo inicial quanto a instituição de herdeiro, nem a 
instituição de termo final quanto a instituição de herdeiro e nomeação de legatário.
65. Podem ser apostas disposições modais no testamento?
Sim, nos termos do art.2244º, sendo obrigações a cargo do beneficiário da liberalidade.
Invalidades e revogação no testamento
66. Porque é que o regime de invalidades do testamento é considerado atípico face ao 
regime geral das invalidades?
O regime de invalidade do testamento abarca a nulidade e anulabilidade, sendo que a sua 
atipicidade resulta: da ação de nulidade ter prazo e não poder ser declarada oficiosamente 
pelo tribunal; no regime da confirmação (art.2309º), este é possível também para as situações 
de nulidade e distingue-se do regime geral (art.288º) porque não sana completamente a 
invalidade, apenas impedindo quem confirmou de invocar a invalidade, continuando os 
restantes interessados com o direito de arguir a invalidade. 
67. Nulidade típica do art.286º é aplicada ao testamento?
Sim, para disposições principais ilícitas (280º/1), impossíveis (280º/2), essencialmente 
determinadas por fim ilícito (2186º) ou que não observem forma legal (220º e 2206º/5).
68. Na falta de estatuição específica qual a consequência jurídica da sua infração?
Normalmente, a nulidade-294º- mais precisamente a nulidade atípica, criada especialmente 
para negócio testamentário. Situações menos graves em que se afigure excessivo o prazo de 
arguição da nulidade atípica-terá sentido a anulabilidade atípica. Situações em que se afigure 
incompatível entrega da relevância da invalidade à iniciativa/omissão dos interessados- só 
poderá haver nulidade típica. 
69. Qual o desvalor jurídico do testamento de mão comum?
O desvalor ajustado é a nulidade atípica.
70. Quais os meios de revogação do testamento?
A revogação é o ato jurídico pelo qual o de cujus manifesta a vontade de extinguir o NJ que 
realizou, estando a revogabilidade do testamento consagrada no art.2179º/1. Opera mediante 
três modalidades: revogação expressa, tácita e real, podendo ainda ser uma revogação total ou
parcial. 
71. O regime da revogação real por inutilização aplica-se a todas as formas de testamento?
Não, é possível relativamente ao testamento público, sendo admissível no testamento cerrado 
(art.2315º) e por maioria de razão é admitido no testamento internacional e nos testamentos 
com forma especial.
Já a revogação real por alienação/transformação da coisa legada é possível em qualquer 
testamento.
72. Se alienação mortis causa a titulo gratuito da coisa que fora legada num testamento for 
feita por outro testamento, que revogação opera?
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Opera a revogação tácita e não a revogação real.
73. A alienação por pacto sucessório de coisa que fora legada num testamento corresponde a
que tipo de revogação?
Enquadra-se melhor na modalidade de revogação real, não é logo transmitia a propriedade da 
coisa, mas com o pacto sucessório a faculdade de disposição do alienante sobre o bem sofre 
uma limitação imediata.
74. Qual a situação jurídica dos sucessíveis testamentários em vida do de cujus?
É titular de um interesse reflexamente protegido.
Sucessão contratual
75. O que é um contrato sucessório?
NJ bilateral gratuito e mortis causa, pela qual se regula a sucessão de um dos contraentes, seja 
a favor do outro, seja a favor de terceiros. 
76. Que modalidades de pactos sucessórios existem e quais são permitidas?
Existem 3 modalidades: pactos renunciativos, em que renuncia à sucessão de pessoa ainda 
viva; pactos designativos, em que regula a sua própria sucessão, designando o seu 
herdeiro/legatário; pactos dispositivos, em que dispõe de sucessão de terceiro ainda não 
aberta. Apenas são permitidos os pactos designativos e o pacto renunciativos- sendo uma 
exceção a regra geral de proibição de pactos sucessórios. 
77. Qual o fundamento da proibição dos pactos sucessórios?
Fundamento é o de garantir a faculdade individual de decisão, com base no principio da 
liberdade de disposição por morte do de cujus na disposição dos seus bens e do sucessível no 
exercício do direito de suceder, sendo que a natureza bilateral diminui a vontade do de cujus 
quanto a revogação, e, por conseguinte, a livre disponibilidade dos seus bens por morte.
78. Para que opere a conversão legal do art.946º/2, que forma legal é necessária?
Conversão das doações por morte nulas em disposições testamentárias, bastando que tenha 
sido feito por escritura pública, já que é uma forma próxima do testamento público.
79. É possível a aposição de cláusulas de substituição direta nos pactos sucessórios?
É possível a aposição de cláusulas de reversão e fideicomissárias, por maioria de razão, nada 
impede a aposição de cláusulas de substituição direta, subordinadas a uma disciplina de 
revogação idêntica à das cláusulas de reversão ou fideicomissárias e ao disposto nos arts.2281º
a 2285º.
80. Qual a fórmula de cálculo da herança a título de deixa contratual?
Deve atender-se ao valor dos bens que doador haja disposto gratuitamente depois da doação- 
R+D posterior-P.
81. Bem legado por doação mortis causa pode ser alienado pelo doador?
Regra geral não pode ser alienado pelo doador, a titulo gratuito ou oneroso. Contudo, se 
alienação se fundar em grave necessidade própria ou dos membros da famíliaa seu cargo, é 
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possível a alienação com autorização do donatário ou o respetivo suprimento judicial, sendo 
um caso de alienação lícita, as restantes serão nulas. 
82. No caso de ser possível a alienação lícita do bem legado, o que se sucede?
Converte o legado contratual de bem determinado num legado de valor ou dinheiro.
83. Qual a situação do sucessível contratual em vida do de cujus?
Sucessível contratual é titular de expectativa jurídica antes da abertura da sucessão. 
Expectativa é mais forte no caso do legatário-porque pode arguir nulidade de negócios 
subsequentes ao pacto, que tenham carácter gratuito ou oneroso. Já o herdeiro apenas pode 
impugnar os negócios gratuitos posteriores.
Sucessão legitimária 
84. O que é legítima objetiva e a legitima subjetiva?
Legítima objetiva/global corresponde à quota indisponível (QI) ou “herança legitimaria”.
Legítima subjetiva é a quota da herança que cabe a um sucessível enquanto legitimário
85. No cálculo do VTH da sucessão legitimária, a que corresponde o relictum, o donatum e o 
passivo?
Relictum-bens existentes no património à data da morte, valor aferido à data da abertura da 
sucessão e integra bens deixados por testamento ou doados por morte.
Donatum-bens doados em vida e despesas sujeitas a colação, com o valor que tiverem na 
abertura da sucessão.
Passivo-todos os encargos da herança, à exceção dos legados-2068º
86. O que é a imputação das liberalidades negociais e a vontade do de cujus é relevante?
É a operação de enquadramento contabilístico de liberalidades numa quota- saber se 
liberalidade enquadrada na QD ou QI. E a vontade do de cujus é sempre relevante, em 
principio são imputadas onde de cujus indicar, desde que quota escolhida não esteja 
preenchida.
87. Que tutela os sucessíveis legitimários têm em vida do de cujus?
Legitimários podem arguir nulidade dos NJ simulados feitos pelo autor com o intuito de os 
prejudicar, antes ou depois da abertura da sucessão-242º/2. 
Venda a filhos ou netos que sejam legitimários prioritários carece do consentimento dos 
descendentes que também sejam legitimários prioritário-877º/1- sob pena de ser nula.
Partilha não pode ser feita em vida sem consentimento de todos os legitimários conhecidos e 
existentes na altura-2029º/1 e 2.
Medidas de proteção do sucessível legitimário- limitam liberdade de disposição a título 
gratuito deste do de cujus por atos entre vivos.
88. Qual a situação jurídica do sucessível legitimário em vida do de cujus?
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Em vida do de cujus não tem direito subjetivo à legítima em vida do autor da sucessão, direito 
de suceder só surge no momento em que morre o de cujus.
É apenas titular de expectativa jurídica, de uma situação jurídica que se virá a transformar no 
direito de suceder como herdeiro legitimário, após a morte do de cujus. 
89. Qual o fundamento do regime da sucessão legitimária?
O fundamento é a proteção da família próxima do de cujus, justificada à luz dos arts.36º e 67º 
da CRP.
Dinâmica sucessória 
90. A que corresponde a dinâmica sucessória?
Diz respeito ao trajeto das situações jurídicas desde o momento em que deixam de ser detidas 
pelo de cujus, até momento em que integram património do sucessor
91. O que é a vocação sucessória?
Corresponde ao chamamento dos sucessíveis a herança de uma pessoa falecida com a 
consequente atribuição ao sucessível do direito de suceder (ius delationis)- direito de 
aceitar/repudiar a herança/legado, sendo um direito potestativo.
É uma situação jurídica sucessória, originária (não preexistia na esfera jurídica do de cujus) e 
com caráter instrumental (porque se destinar a permitir aquisição dos bens deixados, é um 
direito que se esgota com o seu exercício e não é suscetível de ser transmitido). 
92. O que sucede se declarar que dispõe do direito de suceder em benefício de outrem?
Significa aceitar tacitamente a sucessão e transmitir herança/legado que lhe cabia.
93. Quais os pressupostos gerais da vocação sucessória?
Art.2032º/1- indica os três pressupostos- a existência do chamado (tem de sobreviver ao de 
cujus e possuir PJ no momento da abertura da sucessão), a capacidade sucessória e a 
titularidade da designação prevalente (chamados à sucessão aqueles que gozam de prioridade
na hierarquia dos sucessíveis).
Indignidade e deserdação 
94. As causas de indignidade no art.2034º são taxativas?
Sim. Podendo constituir uma sanção punitiva, está sujeita ao principio da legalidade, não é 
possível a indignidade operar por outras causas que as presente no art.2034º.
95. A indignidade opera automaticamente?
Doutrina diverge.
Oliveira Ascensão- só tem de ser requerida quando pessoa que incorreu na causa de 
indignidade esteja na posse de bens da herança
CF e AV- não contestam exigência de declaração judicial, mas entendem que prazos 
estabelecidos no 2036º referem-se somente às situações em que sucessível que incorreu em 
causa de indignidade esteja na posse dos bens, no caso de não estar, declaração poderia ser 
requerida a qualquer tempo- não contesta exigência de declaração judicial.
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JDP- razões de segurança e certeza jurídica- deve sempre existir declaração judicial, devendo 
ser sempre proferida dentro de certo prazo. Sendo que art.2036º não estabelece nenhuma 
distinção entre estar na posse dos bens ou não.
96. A indignidade afasta que sucessão?
Afasta a sucessão testamentária e a sucessão legal, sendo que inclui a legitimária, atualmente a
doutrina converge neste sentido, porque causas de indignidade não são menos censuráveis se 
indignos tiverem ligação familiar mais estreita.
97. É possivel reabilitação? Se sim, que efeitos tem?
É possível, incumbindo ao autor da sucessão, podendo ser expressa ou tácita. 
Reabilitação expressa- permite concretização de vocação na sucessão legal e testamentária. 
Reabilitação tácita- apenas permite na sucessão testamentária.
98. O que é a deserdação em sentido amplo?
Abrange ato em que afasta alguém que foi designado para suceder como herdeiro legitimário, 
legítimo (faz testamento em que declara deserdar irmão, que é sucessível legítimo prioritário, 
válido sem apresentação de razão que o justifique), testamentário (se revogar testamento 
invocando que quer deserdar aquela pessoa) ou contratual (se tiver reservado cláusula de 
revogação-1705º/2).
99. O que é a deserdação em sentido restrito?
É ato em que pretende expressamente privar sucessível da posição que lhe caberia enquanto 
herdeiro legitimário, sendo a deserdação prevista no art.2166º/1.
100. É possível deserdação parcial?
Não é possível, sob pena de nulidade, por conta do principio da indivisibilidade da vocação.
101. Qual o efeito da deserdação?
Art.2166º/1 apenas expressa a indicação da privação da legítima. Mas impede também acesso 
a sucessão legitima e testamentária, por força do 2166º/2 que equipara ao regime da 
indignação e por um argumento de maioria de razão.
102. É possível reabilitação? Se sim, que efeitos tem?
Pode ser expressa ou tácita, sendo que a revogação tácita tem apenas o efeito de poder 
suceder na sucessão testamentária.
Vocações 
103. Distinga entre vocação imediata e subsequente
Vocação imediata- verifica-se na data da morte do de cuiús-2032º/1- é a vocação regra.
Vocação subsequente- quando vocação se concretiza em momento posterior ao da abertura da
sucessão- no caso do sucessível subsequente, nascituro ou o sob condição suspensiva.
104. Distinga entre vocaçãouna e múltipla
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Na vocação una sucede num único título de vocação e numa única qualidade sucessória- é 
absolutamente indivisível. Na vocação múltipla sucede em mais do que um título de vocação 
ou na dupla qualidade de herdeiro e legatário- só excecionalmente é divisível.
105. Qual o princípio da indivisibilidade da vocação? Existem exceções a este princípio?
Ideia de que sucessível não pode aceitar ou repudiar em parte a herança ou legado que foi 
chamado a suceder- arts.2054º/2, 2064º/2, 2055º/1/1º parte e 2250º/1/1º parte. Sim, são 
permitidas várias exceções a este princípio.
106. Distinga vocação direta de vocação indireta
Na vocação direta é chamado a sucessão unicamente pela relação que existe entre este e o de 
cujus. Enquanto na vocação indireta existe uma ligação entre o de cujus e o sucessível, e entre 
este e um terceiro, que não entra na vocação, mas serve como ponto de referencia da vocação,
sendo que o sucessível é chamado a ocupar o lugar deste, por conta da ligação entre os dois.
107. Distinga vocação imediata de derivada e esta última da vocação indireta
A vocação imediata é aquela que é adquirida originariamente pelo sucessível, enquanto a 
derivada é adquirida na sequencia do chamamento de outro de cujus a sucessão, ocorrendo a 
abertura de duas sucessões. Esta distingue-se da vocação indireta, porque esta é adquirida 
originariamente, não há qualquer tipo de transmissão.
108. É possível vocação derivada no domínio da sucessão contratual? 
Não, porque exige que sucessor morra antes de aceitar, o que não acontece, já que a aceitação 
acontece na convenção antenupcial. 
108. Identifique as vocações anómalas em especial
Correspondem as que não são comuns, por não serem originárias, puras, diretas e imediatas, 
abrangendo assim as vocações indiretas e a substituição fideicomissária.
Transmissão do direito de suceder
109. O que é o transmissão do direito de acrescer e em que vocações ocorre?
Transmissao do direito de suceder acrescer é a vocação de suceder, porque o sucessível 
sobreviveu ao auto da sucessão, sem poder aceitar ou repudiar, transmitindo-se para o 
transmissário, que é o herdeiro do transmitente chamado a herança sem ter aceite ou 
repudiado. Pode ocorrer na sucessão legal, testamentária ou contratual, daquele que não 
pode aceitar ou repudiar.
110. A capacidade do transmissário é aferida perante quem?
Adquire direito de suceder do 2º de cujus, exigindo-se que tenha capacidade perante este. Mas
direito a suceder é relativo a sucessão do 1º de cujus, pelo que também se exige capacidade 
perante este.
111. Existe autonomia entre as duas vocações?
Sim, pode recusar a do 1º de cujus e aceitar a herança do transmitente- 2058º/2. Mas não se 
trata de uma exceção ao princípio da indivisibilidade da vocação, quando repudia a sucessão 
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do 1º de cujus, não repudia parcialmente a herança do transmitente, apenas exerce um direito 
que lhe foi transmitido.
Substituição direta 
112. O que é a substituição direta e em que vocações ocorre?
Nomeação feita pelo de cujus, mediante testamento/pacto sucessório, de alguém que 
substituta um sucessível prioritário no caso deste não querer aceitar herança/legado se for 
testamentária, ou não poder aceitar se for contratual, podendo ser expressa ou tácita. Opera 
na sucessão voluntária. Relativamente a sucessão legitimária, OA entende ser possível, 
enquanto JDP discorda.
113. Quais os pressupostos gerais da substituição direta?
Não poder/querer aceitar por parte do substituído. Substituto deve sobreviver até afastamento
do substituído, sob pena de caducidade nos termos do art.2317º/b. 
114. O substituto sucede em todos os direito e obrigações do substituído?
Sim, exceto nas situações jurídicas constituídas intuito personae.
Direito de representação 
115. O que é o direito de representação e em que vocações ocorre? 
É uma vocação indireta em que descendentes do herdeiro/legatário são chamados para ocupar
posição que ele não pode/quis aceitar, não se exigindo que aceitem a sucessão do seu 
ascendente (o representado), porque sucedem é ao autor da sucessão de que o representado 
era sucessível, tendo que ser capazes perante este. Opera na sucessão legal, testamentária e 
contratual-2040º e 1703º/2. 
116. Direito de representação pode ser afastado?
Sim, mas só na sucessão testamentária, legítima e sucessão contratual. Na sucessão legitimária
é imperativa, não podendo ser afastado.
117. Quais os pressupostos do direito de representação na sucessão testamentária?
São a pré-morte e o repúdio. Indignidade e deserdação não são pressupostos- confirmado pelo
2037º/2/a contrario e 2166º/2
188. Há direito de representação na substituição fideicomissária?
Não. Relativamente ao fideicomissário ocorre a transferência definitiva para o fiduciário. 
Relativamente ao fiduciário existe conversão legal para substituição direta.
189. Na sucessão legal opera na comum e anómala?
Não. Apenas na sucessão legal comum, legados legais não têm direito de representação porque
foram conferidos intuito personae.
199. Na sucessão legal os pressupostos são mais amplos do que na sucessão testamentária?
Sim, compreende qualquer caso de impossibilidade jurídica de aceitação.
200. Quais os efeitos do direito de representação?
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Representante ocupa posição do representado- chamado aos direitos e obrigações em que 
sucederia o representado, sucedendo nos mesmos bens e estando obrigado a suportar o 
resultado da aplicação das regras de imputação e colação das liberalidades feitas ao 
representados. 
201. Representantes têm de ser capazes face ao representado?
Não. Não sucedem ao representado, mas ao de cujus, é a este que têm de ser capazes, 
podendo repudiar a sucessão do seu ascendente.
Direito de acrescer
202. O que é o direito de acrescer e em que vocações ocorre?
Designação de vários sucessíveis que sucedem em conjunto num mesmo objeto, sendo que um
não pode/quis aceitar, e a sua parte é atribuída aos restantes, como reflexo do aproveitamento
das designações prioritárias. Ocorre na sucessão legal hereditária, na sucessão testamentária 
e excecionalmente na sucessão contratual.
203. Distinga direito de não decrescer de direito de acrescer em sentido estrito
O direito de não decrescer ocorre quanto porção acrescida não está onerada com encargo 
especial, sendo adquirida por força da lei, sem necessidade de aceitação do beneficiário-
2306º/1º parte. Já o direito de acrescer em sentido restrito ocorre quando porção está 
onerada com encargo especial, depende de aceitação, que a pode repudiar e aceitar aquela a 
que foi chamado diretamente- 2306º/2º parte.
204. Na sucessão legal a não sobrevivência é um pressuposto do direito de acrescer?
Não, não inclui os casos de impossibilidade jurídica de aceitar. Em caso de não sobrevivência 
ocorre o chamamento direto dos sucessíveis sobrevivos a totalidade da herança legal- 2139º/2 
e 2159º/2.
205. Na sucessão legal o direito de acrescer opera nos casos de incapacidade por indignidade
e deserdação?
Direito de acrescer opera nos casos de incapacidade sucessória por indignidade/deserdação 
por razões de segurança jurídica e certeza.
206. Existe direito de acrescer na sucessão legal pelo que sobra quando legado em 
substituição é inferior a quota na sucessão legal?
Sim, ocorre acrescer em beneficio dos outros sucessíveis legitimários prioritários.
207. Direito de acrescer é excluído na sucessão testamentária em que situações?
Quando haja disposição contrária do testador, direito de representação ou legado com 
natureza puramente pessoal- 2304º
208.Direito de acrescer ocorre na sucessão contratual?
Sim. Existe referencia no art.944º que é aplicável igualmente as doações mortis causa. É 
essencial que tenha estipulado possibilidade de direito de acrescer se não houver disposição 
contratual de usufruto.
209. O acrescer funciona com diferentes títulos de vocação?
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Não. Apenas funciona dentro de cada titulo, 
210. Há acrescer de herdeiros sobre legatários?
Não. Art.2303º não admite tal possibilidade, existindo caducidade de disposição a título de 
legado em benefício do herdeiro/legatário que estava especificamente onerado com o legado.
211. Há acrescer de legatários sobre herdeiros?
Só numa situação, a descrita no art.2306º.
Substituição fideicomissária 
212. O que é a substituição fideicomissária e em que vocações ocorre?
É uma disposição testamentária/pactícia que impõe ao sucessível designado (fiduciário) o 
encargo de conservar herança/legado, para que objeto da deixa reverta, por sua morte, a favor 
de outrem (fideicomissário). Ocorre na sucessão testamentária e contratual (1700º/3), assim 
como nas doações em vida (962º).
213. Porque é que não é possível na sucessão legitimária e na sucessão legítima?
Na sucessão legitimária obsta no art.2163º que não permite imposição de encargos sobre a 
legitima. Na sucessão legitima não é conceptualmente viável.
214. Distinga substituição fideicomissária regular e irregular
Na regular está previsto o encargo de conservação e o beneficio de reversão. No irregular não 
estão estipulados os dois elementos, falta referencia a reversão (fideicomissário) ou a 
obrigação de conservar o património-2295º/1 (aplicável com adaptações aos legados e pactos 
sucessórios).
215. Se fiduciário testamentário for chamado a suceder, falecendo sem aceitar sucessão, que 
ocorre?
Fideicomissário chamado a suceder, sendo a sua vocação eficaz a partir da morte do fiduciário-
2293º/1. Mas herdeiros do fiduciário beneficiam da transmissão do direito de suceder (2058º)-
podendo adquirir frutos abrangidos, produzidos entre morte do autor e do fiduciário-2290º/1.
216. Se fiduciário e fideicomissário falecerem ao mesmo tempo, sem ter aceitado ou 
repudiado, que ocorre?
Herdeiros do fiduciário adquirem o direito de suceder (2058º) como titulares definitivos dos 
bens abrangidos pela substituição fideicomissária (2293º/2).
217. Se fideicomissário testamentário falecer sem aceitar ou repudiar, que ocorre?
Ocorre transmissão do direito de suceder na titularidade definitiva dos bens, aos herdeiros do 
sucessível subsequente, assim, direito de suceder na qualidade de fideicomissário transmite-se
aos herdeiros deste-2058º/1.
218. Sucessível legitimário que não sobreviva é considerado para apuramento da legítima 
objetiva?
Não. Exceto se existir direito de representação.
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219. Sucessível deserdado ou indigno é tido em consideração para apuramento da legítima 
objetiva, ainda que não haja direito de representação?
Sim, mesmo que não exista direito de representação, por motivos de certeza e segurança 
jurídica.
Colação 
220. O que é a colação?
Instituto que visa igualação dos descendentes na partilha, mediante restituição a herança dos 
bens que foram doados em vida por este a um deles, tendo fundamento numa presunção legal 
iuris tantum de que quando faz doação a um dos filhos não pretende avantajá-lo relativamente
aos demais e que doação se limita a preencher antecipadamente a quota que caberá ao 
donatário na herança do de cujus. Sendo uma presunção, regime supletivo, já que de cujus 
pode sempre afirmar que imputa na QD.
221. Quem está sujeito a colação?
Os descendentes, os representantes dos descendentes, os transmissários do direito de suceder
do descendente que era à data da doação presuntivo herdeiro legitimário do doador. 
222. Cônjuge está sujeito a colação?
PCR, AV e PL, JDP- Seguindo a letra da lei, cônjuge não está sujeito, mas beneficia do regime da 
colação dos filhos
Fernando Nogueira- Cônjuge não está sujeito a colação, mas também não beneficia dela, 
funcionando a igualação apenas quanto aos descendentes
Oliveira Ascensão- Cônjuge sujeito a colação, tal como os descendentes, quando com estes 
concorra a sucessão. Sustenta este entendimento com base na existência de uma lacuna, já 
que nada permite detetar uma intenção de excluir o cônjuge da colação- que é necessário 
colmatar com recurso a analogia, verificando-se as mesmas razões da aplicação do instituto aos
descendentes
- JDP- esta omissão não constitui lacuna suscetível de integração (9º/3)
223. Qual o âmbito objetivo da colação?
Abrange os bens doados em vida, sendo que são tidos como doação as atribuições 
patrimoniais gratuitas realizadas pelo falecido em proveito dos descendentes. Não estão 
abrangidos os bens deixados por testamento (2104º/1 apenas alude a doados) e os bens 
objeto de doação mortis causa (não tem sentido falar de restituição relativamente e doações 
que não transmitem propriedade antes da abertura).
224. De que modo opera a colação?
Opera pela restituição material da coisa doada, existindo acordo, ou o conferimento do seu 
valor, através da contabilização no cálculo do VTH, fazendo-se imputação do valor da doação 
ou da importância das despesas na quota hereditária (restituição fictícia). Bens/valores doados 
são imputados primeiro na legitima subjetiva do beneficiário, o excedente é imputado na QD.
225. Quando é que é possível igualação absoluta?
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Quando bens doados não excedem quota hereditária do beneficiário.
226. Quando é que ocorre redução?
Doação é afetada se for inoficiosa, o que ocorre se não for possível o preenchimento igualitário
da quota legitimária- verifica-se a redução por inoficiosidade. 
227. Cônjuge é beneficiário da colação?
Não está obrigado a colação, nem beneficia- mas pode obter vantagem reflexa na sequência 
do funcionamento do instituto entre beneficiários. Tendo posição idêntica (2139º/1) ou 
privilegiada (2157º) na sucessão legal- este não pode receber do relictum livre menos do que 
aquilo que recebe um descendente. 
228. Se quota legitimária ou até mesmo a hereditária ficarem totalmente preenchidas com 
bens que o sucessível recebeu por liberalidade em vida, o legitimário ainda é herdeiro?
Sua posição hereditária está já realizada por atribuições recebidas em vida do autor da 
sucessão, é na qualidade de herdeiro e não de donatário que elas se lhe consideram feitas. 
Contudo, modo como posição sucessória do legitimário foi preenchida não deixa de ter efeitos 
no regime da sucessão. Nesta situação o legitimário não responde por dívidas, porque bens 
que integram a sua herança não integram a herança para efeitos de satisfação do passivo, 
porque as dívidas acompanham os bens, que do relictum vão ser atribuídos aos demais 
herdeiros- tais bens entram na partilha pelo seu valor líquido, isto é, dando neles como 
abatidas as dívidas.
229. É possível dispensa da colação?
Sim, expressa ou tacitamente, o que demonstra o caráter supletivo da colação. Também se 
presume sempre dispensada no caso das doações remuneratórias e manuais. 
230. De que modo pode ser feita a dispensa da colação?
Pode ser efetuada no ato de doação (com cláusula acessória) ou posteriormente pela mesma 
forma pela qual fez doação/testamento-2133º/1 e 2
231. Qual o efeito da dispensa da colação?
Obsta a imputação da doação na quota hereditária do donatário, sendo prioritariamente 
imputada na QD-2114º/1, valendocomo vantagem do donatário perante os demais 
legitimários. Não sendo ficticiamente restituída a herança, doação dispensada de colação não é
incluída na massa de cálculo que serve para fixar a quota hereditária (referida no 2108º/1) dos 
vários legitimários.
232. Dispensa de colação pode ser revogada?
Sim. Feita no testamento é livremente revogável. Feita no ato de doação, tem natureza bilateral
e revogação só por mútuo consentimento.
233. Há colação se donatário não quiser/puder aceitar, sem ter descendentes que o 
representem? E doação é imputada onde?
Não há colação, mas doação é imputada na QI, de modo a evitar que o repúdio afete o cálculo 
da legítima e que atinja outros donatários que podiam ver a sua doação reduzida por 
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inoficiosidade. É assim imputada numa legitima subjetiva fictícia, destinada apenas a suportar 
o valor da liberalidade. Se for inferior a respetiva quota hereditária legal- opera o acrescer na 
sucessão legal em favor dos seus co-herdeiros, relativamente a diferença, nos termos gerais. 
234. Doação sujeita a colação feita a legitimário que não pode aceitar por 
indignidade/deserdação, que ocorre?
Se não tiver descendentes que o representem, são imputadas na QI- aplicação analógica do 
2114º/2
235. Doação sujeita a colação feita a legitimário que não pode aceitar por não sobrevivência, 
que ocorre?
Se não tiver descendentes que o representem, será imputada na QI.
236. Doação feita a cônjuge que renunciou condição de herdeiro legitimário, é imputada 
onde?
Imputam-se na legítima que lhe caberia caso a renúncia não tivesse existido- art.2168º/2.
237. Onde se imputa doações feitas ao cônjuge?
Pereira Coelho- cônjuge está dispensado da colação e bens doados deverão ser imputados na 
QD.
PCR e JDP- cônjuge não se encontra sujeito a colação, mas as doações deverão ser imputadas 
na QI. Porque presunção aplicável aos descendentes de que o doador apenas quer antecipar a 
sucessão, também é aplicável ao cônjuge- conforme os arts.2104º e 2108º. Assim, evita-se o 
favorecimento excessivo do cônjuge, respeitando-se uma posição paritária entre cônjuge e 
descendentes, mas também se consegue preservar a liberdade de disposição do de cujus, ao 
imputar-se as doações na QI. No entanto, se eventualmente excederem a legitima do 
donatário, não haverá lugar a igualação
Oliveira Ascensão- está sujeita a colação.
Partilha em vida
238. O que é a partilha em vida?
Contrato baseado numa ou mais doações em vida, com objetivo de repartir os bens do doador 
pelos seus presuntivos legitimários- normalmente com intuito de evitar desavenças que 
poderiam surgir no momento da partilha sucessória. Atendendo a definitividade, visando a 
igualação, a partilha em vida traduz a renuncia em vida a colação por parte daqueles que com 
ela beneficiaram, relativamente aos bens doados nesta partilha.
239. Pode ocorrer redução das doações da partilha em vida?
Sim, se partilha desrespeitar valor das legitimas subjetivas- legitimário lesado pode requerer 
redução das liberalidades, ainda que tenha dado o consentimento na partilha. 
Liberalidades mortis causa de bens determinados
240. Quais são as liberalidades mortis causa de bens determinados?
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São o legado por conta da legitima (apenas permitido no testamento e PS, sendo imputado 
numa quota hereditária legal fictícia), o legado em substituição da legitima (apenas em 
testamento, sendo imputado prioritariamente na QI, sendo inferior a esta, existe perda da 
diferença) e o pré-legado (apenas em pacto sucessório e testamento, sendo imputado na QD).
Pré-legado
241. O que é o pré-legado?
É uma liberalidade mortis causa de bens determinados, sendo um legado que existe para 
avantajar o seu beneficiário, sendo efeito ao legitimário. Sendo imputado na QD. Podendo ser 
adquirido em simultâneo com quota de herança.
241. Pode repudiar o pré-legado?
Sim, podendo manter a legitima subjetiva-2249º e 2055º/1. Podendo também repudiar toda a 
sucessão. Pode aceitar legado e repudiar legitima, já que está em causa um chamamento como
herdeiro e outro como legatário, sendo aplicável o art.2250º/1.
Legado por conta da legítima
242. O que é o legado por conta da legítima?
Deixa por conta da quota hereditária, presente no art.2163º/a contrario, ocorrendo a 
designação dos bens que devem preencher quota, se legitimário aceitar, sendo uma herança ex
re certa e não um legado. Podendo escolher entre repudiar toda a sucessão, aceitar o legado 
por conta da legitima ou aceitar a legitima por preencher.
243. Quais os efeitos da aceitação do legado por conta da legítima?
Não o priva da qualidade de legitimário, mas não pode reclamar outros bens que não os que 
faltem pare preencher a sua quota. Se QD não estiver esgotada, pode concorrer a sucessão 
legitima. 
244. Existe direito de acrescer?
Sim, por conta de ser uma herança ex re certa e não um legado, assim aceitante do legado 
beneficia de direito de acrescer sobre co-herdeiros legais e testamentários.
245. Como opera a sua imputação?
É imputado prioritariamente na QI e subsidariamente na QD se exceder valor da legitima. Parte
que exceder valor da quota hereditária legal fictícia e não totalidade do legado que excede 
legitima subjetiva, valerá como pré-legado e avantaja beneficiário perante os outros.
246. Ocorre direito de representação no legado por conta da legítima?
Sim. Se o sucessível não puder/quiser aceitar, não havendo indignidade, o descendente pode 
suceder por direito de representação ao legado por conta da legitima e a quota hereditária 
legal do sucessível. Se houver indignidade/deserdação, só pode representar quanto a quota 
hereditária legal e não pelo legado por conta da legítima.
Legado em substituição da legítima
247. O que é o legado em substituição da le gítima?
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É uma disposição mortis causa de bens determinados em benefício de legitimário, ficando este 
obrigado a optar entre legitima e legado, sendo que se aceitar legado não pode reclamar 
diferença entre valor do legado e da legitima. Não é possível a sua inclusão num PS, sendo 
nula, porque aceitação contratual do legado tem efeito equivalente à renúncia à 
intangibilidade quantitativa da legítima, em vida do autor -renúncia que 2170º não permite.
248. Quais os efeitos da aceitação do legado em substituição?
Se aceitar, não pode reclamar diferença e perde legítima. 
249. Ocorre direito de representação no legado em substituição?
Sim, no caso de legitimário não querer/puder aceitar sucessão, descendentes são chamados ao
legado em substituição, desde que se preencham pressupostos da representação na sucessão 
testamentária, já que legado é atribuído por via testamentaria.
249. Aceitando, sendo legatário em substituição, é ainda assim considerado herdeiro 
legitimário?
Não, já que não chega a adquirir legitima. Aceitação do legado leva a resolução da vocação 
legitimária- sucessível é tido como nunca chamado à sucessão legitimária.
Tutela quantitativa da legitima 
250. O que é a tutela quantitativa da legitima?
É a proteção assegurada pelo regime da deserdação, da redução das liberalidades e 
acessoriamente pelo regime do legado em substituição da legitima, assegura a proteção 
quantitativa porque o legado em substituição inferior a legitima implica perda da diferença, 
mas só produz efeitos se houver aceitação do legitimário. 
Redução das liberalidades inoficiosas 
251. O que é a redução das liberalidades inoficiosas?
É o meio por excelência de proteção dos legitimários, sendo que faculdade de redução deve 
ser exercida judicialmente quando não haja acordo entre osinteressados- os legitimários e os 
beneficiários das liberalidades inoficiosas. Não se permitindo a renuncia a mesma, sob pena de
nulidade.
252. Como opera a redução?
Abrange em primeiro lugar as disposições testamentárias e depois as doações mortis 
causa/inter vivos- justificada pela revogabilidade unilateral daquelas liberalidades. Ocorrendo 
preferência na redução pelas deixas a titulo de herança e pacto sucessório de esposado a 
terceiro com reserva de livre revogação, também integra primeiro lugar na ordem de redução.
253. Ordem de redução é imperativa?
Não. Testador pode determinar que disposição testamentária seja reduzida totalmente antes 
de outra, ainda que aquela seja legado e esta uma deixa a título de herança. Partes de um 
contrato de doação podem estipular que doação seja reduzida antes de qualquer outra 
liberalidade contratual/ testamentária 
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Principio da tutela qualitativa da legítima
254. O que é o principio da tutela qualitativa da legitima?
É um principio que assenta nos arts.2163º (proíbe ao testador a imposição de encargos sobre a
legitima), 2164º (proíbe ao testador a designação de bens que devem preencher a legitima, 
contra a vontade do herdeiro) e 2165º (faculdade de aceitar legítima por preencher em vez de 
abdicar dela, adquirindo legado que a substitui)
Cautela sociniana 
255. O que é a cautela sociniana? 
Permite ao testador, mesmo tendo sucessíveis legitimários, deixar a outrem um usufruto ou 
constituir a favor de alguém uma pensão vitalícia, que atinge a legitima. A cautela sociniana é 
um instituto que funciona como meio de reação dos sucessíveis do de cujus, sendo que os 
herdeiros legitimários podem aceitar a disposição e cumpri-la ou, em vez de cumprir o legado, 
entregar ao legatário a quota disponível. Não funciona como uma tutela da intangibilidade da 
legítima, pois não permite que herdeiros se oponham a disposição testamentária. Art.294º- 
encargos sobre a legitima que se não enquadrem na lógica da cautela sociniana são nulos- 
violam art.2163º/5 
Dar um exemplo em que se aplique- quando encargo é um legado de usufruto ou pensão 
vitalícia.
Principio da intangibilidade qualitativa da legitima 
256. O que é o principio da intangibilidade qualitativa da legitima?
Numa das suas vertentes, este principio confere aos legitimários a faculdade de reclamarem 
preenchimento dos seus direitos com bens hereditários à sua escolha.
257. Qual a natureza da legitima subjetiva?
JDP- entende que legitima é uma quota da herança e somente uma quota da herança. Legítima
é uma pars hereditatis- resulta dos arts.2158º- ("2/3, metade ou 1/3 da herança") e da vigência
do principio da intangibilidade qualitativa da legitima. Art.2162º/1- não resulta que legítima 
seja simultaneamente, ainda que temporariamente, uma pars bonorum e uma pars hereditatis.
Lei concebe a legítima estritamente como uma quota da herança- embora pretenda que 
legitimário seja mais do que um herdeiro simbólico. Art.2162º/1- não consagra teoria da pars 
bonorum ao exigir que se pondere valor do donatum para efeitos de cálculo da legítima.
Herança jacente
258. O que é a pendencia da sucessão?
Momento entre a morte do de cujus e a aquisição por outrem das situações de que ele era 
titular, na sequência de declaração de aceitação ou de herança vaga (caso do Estado-2154º e 
2155º). Termo "herança jacente" não impede que se aplique aos legados- 2050º/1 e 2249º
259. Qual a natureza da herança jacente?
É óbvia a personalidade judiciária da herança jacente e a sua caracterização como património 
autónomo- mas discute-se relativamente a uma fase em que subsistem situações jurídicas sem 
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titular. JDP- herança jacente como fenómeno de situações jurídicas sem sujeito- em que ocorre
a falta temporária de um sujeito.
260. Quais os meios de administração de herança jacente?
Art.2047º e 2048º soa dois instrumentos adicionais ao regime da gestão de negócios, 
específicos da administração de bens na pendencia da sucessão.
261. Todos os sucessíveis podem providenciar administração dos bens na herança jacente?
Não, apenas os herdeiros. Havendo vários herdeiros- qualquer um pode isoladamente 
providenciar acerca da administração dos bens-2047º/3/1º parte. Sendo que conteúdo e modo
de exercício das providências deve traduzir-se em atos de administração ordinária que sejam 
necessários para impedir destruição/danificação dos bens.
262. O que é a actio interrogatoria?
Mecanismo que limita período de pendência da sucessão- 2049º- constitui um processo 
cominatório de aceitação/repúdio. É também aplicável ao sucessível chamado para um legado-
2249º
Aquisição sucessória 
263. O que é a aquisição sucessória e quais as suas modalidades?
É a ultima fase do fenómeno sucessório, existindo três sistemas: Aquisição automática- 
qualidade de sucessor é um efeito que decorre exclusivamente da morte do de cujus; aquisição
por saisine/investidura- aquisição exige um ato de autoridade; aquisição por aditio/aceitação- 
condição de sucessor pressupõe manifestação de vontade do sucessível, um ato que se some 
ao facto da morte- constitui a regra na OJ nacional- a luz do 2050/1 a herança e legado 
adquirem-se por aceitação.
Há exceções ao princípio da aquisição por aditio/aceitação:
Sucessão contratual- sistema coincide com o da aceitação automática, adquire bens doados 
com a morte do de cujus, sem que seja necessário um facto adicional. Repúdio é uma figura- 
onde opera apenas as figuras gerais da rejeição da proposta, renúncia aos direitos e abandono 
dos bens (estas duas já ocorrem num momento posterior quando donatário não pode revogar 
unilateralmente)
Transmissão por morte do direito do arrendatário habitacional- outro exemplo de aquisição 
automática, neste caso não há repúdio, mas apenas possibilidade de renúncia.
Aquisição da herança pelo Estado concretiza-se por saisine/investidura- pendência da sucessão 
cessa com declaração de herança vaga e não mediante aceitação- sendo uma declaração feita 
por sentença que é o que determina a aquisição.
Aceitação e repúdio 
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264. Que tipo de negócio são a aceitação e repúdio?
São negócios unilaterais, não receticios, cuja divisibilidade em princípios não é permitida, 
sendo irrevogáveis, embora seja sempre possível a renúncia quanto a direitos adquiridos por 
via sucessória ou ao abandono de bens incluídos na herança/legado após aceitação.
265. Aceitação e repúdio estão sujeitos ao principio da pessoalidade?
Não estão sujeitos ao princípio da pessoalidade aplicável ao testamento- não há disposição 
similar ao 2182º para aceitação/repúdio e 2058º admite transmissão do direito de 
aceitar/repudiar. Assim, é possível exercício do direito de suceder por representante 
legal/voluntário.
266. Quais os tipos de aceitação e qual a sua relevância no regime do ónus de prova?
Aceitação a beneficio de inventário faz-se requerendo inventário ou intervindo em inventário 
pendente-2053º.
Aceitação pura e simples abarca todos os restantes casos de aceitação.
Meios de tutela do sucessor 
267. Quais os meios de tutela do sucessor?
Propriedade e posse dos bens é adquirida após abertura da sucessão com ato de aceitação 
(2050º/1 e 2249º) cabendo ao herdeiro proceder à entrega da coisa que tenha sido legada. 
Pode acontecer que bens sejam possuídos (materialmente) por terceiro que se arrogue 
indevidamente do titulo de sucessor ou que os possua sem título. Como proteçãoo herdeiro 
tem ao seu dispor a ação de petição da herança e o legatário tem a faculdade de reivindicação 
da coisa legada.
268. O que é a petição de herança?
Permite pedir judicialmente que seja reconhecida a sua qualidade sucessória e a restituição 
dos bens- 2975º/1- podendo valer como uma aceitação tácita. Devendo intentada antes da 
partilha- após a partilha, o meio adequado para herdeiro pedir restituição dos bens que 
ficaram a preencher a sua quota é a ação de reivindicação. Só pode ser efetuada pelo herdeiro-
2075º- sendo vários, qualquer um tem legitimidade- 2078º/1 
269. O que é o cumprimento do legado?
Ação de cumprimento é o meio-padrão de tutela do legatário- instaurada contra quem deva 
cumprir o legado, que normalmente são os herdeiros.
270. O que é a reivindicação da coisa legada?
Art.2279º- legatário com faculdade de reivindicar de terceiro (daquele que não estiver onerado
com cumprimento do legado) a coisa legada- mas se for certa e determinada. No silêncio da lei 
aplica-se regime geral da ação de reivindicação à reivindicação da coisa legada- 1311º 
Administração da herança após aquisição sucessória
271. Como opera a administração da herança após a aquisição sucessória?
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Aquisição sucessória não atribui automaticamente ao adquirente poderes de administração. 
Art.2079º- até à liquidação e partilha a administração da herança pertence ao cabeça de casal- 
que é o órgão normal de administração da herança adquirida
272. De cujus pode interferir na atribuição do cargo de cabeça de casal?
Regras legais destinadas à atribuição do cargo de cabeça-de-casal, na falta de acordo dos 
interessados, não podem ser afastadas pelo de cujus. Este apenas intervém na designação do 
cabeça-de-casal, ao abrigo do 2080º/1/b- mediante nomeação de testamenteiro, na falta de 
cônjuge sobrevivo que seja herdeiro. 
273. Exercício das funções de cabeça de casal é obrigatório?
Sim, dada a inexistência de normas que prevejam aceitação/ recusa do cargo (similares às 
consagradas para a testamentaria-2322º
276. O que é escusa e a remoção?
Escusa- ato em que pessoa designada para ser cabeça-de-casal manifesta intenção de não 
exercer o cargo. Releva somente quando essa pessoa se encontre numa das três situações 
previstas no 2085º/1
Remoção- implica afastamento de uma pessoa do cargo de cabeça-de-casal e pode ser pedida 
por qualquer interessado (2086º/2) quando essa pessoa se encontre numa das circunstâncias 
indicadas no 2086º/1 
Testamenteiro 
277. O que é o testamenteiro?
Testamenteiro exerce funções de cabeça-de-casal- 2080º/1/b). Art.2320- há testamentaria 
quando testador nomeia uma/mais pessoas que fiquem encarregadas de vigiar cumprimento 
do seu testamento ou de o executar
278. Que atribuições tem o testamenteiro?
Testamenteiro tem atribuições que testador lhe conferir, dentro dos limites da lei- 2335º.Por 
conseguinte- não lhe podem ser conferidas atribuições que colidam com carácter pessoal do 
testamento-2182º e 2183º. Na falta de estipulação do testador- as funções do testamenteiro 
são as presentes no 2326º
279. É possível a prática de atos de administração extraordinária da herança adquirida?
Sim, mas só pelos herdeiros. Direitos relativos à herança só podem ser exercidos 
conjuntamente por todos os herdeiros ou contra todos os herdeiros. Significa que é ao 
conjunto dos herdeiros que incumbe a prática de atos de administração extraordinária da 
herança adquirida- como a disposição de bens, pagamento do passivo e cobrança de créditos.
280. O que é a sonegação dos bens da herança?
Ato doloso de ocultação da existência de bens compreendidos no património hereditário. 
281. A tem dois filhos, um declarado indigno, previamente contemplado com doação em 
vida, é imputado onde?
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É imputado na QI nos termos do art.2114º/2 por analogia, porque é afastado por um facto 
voluntário, uma vez que, praticou facto que levou a indignidade.
282. Os legatários podem responder pelos encargos da herança?
Legatários apenas respondem quando herança está repartida em herdeiros, nos termos do 
art.2277º
283. Tem dois filhos, um declarado indigno, qual o valor da QI?
JDP e CPR entendem que é 2/3, porque sucessível deserdado ou indigno é tido em 
consideração para o apuramento da legitima objetiva, ainda que não haja direito de 
representação, por motivos de certeza e segurança jurídica 
284. A contrai casamento com B, faz CA em que C participa, lega uma casa a B, qual a 
natureza jurídica desta disposição?
É um pacto designativo. Qual a natureza, contratual ou testamentária- IR VER ISTO
285. E o C pode vender esta casa?
Não-art.1701º/1.
287. Uma hipótese de legatário acrescer sobre herdeiro, por repúdio deste?
Só uma única hipótese de acrescer de legatários sobre herdeiros-2306º- tendo pressupostos 
específicos.
- Título de herança onerada com encargo especial imposto pelo testador, que é 
o legado.
- Repúdio do herdeiro instituído originariamente
- Chamamento, por acrescer, de co-herdeiro testamentário a porção onerada, 
que repudia
- Duplo repúdio é imprescindível, apesar de 2036º só aludir a um- mas não 
seria suficiente
- Após duplo repúdio é chamado a suceder na quota inicialmente onerada- 
com a aceitação o encargo extingue-se por confusão, pois onerado e 
beneficiário da oneração é a mesma pessoa.
- Acrescer de legatários sobre herdeiros é extensível quando todos os 
sucessíveis tenham sido contratualmente designados
- Este acrescer não se aplica se não houver mesma identidade da fonte- um ser 
testamentário e o outro legitimo. 
288. Pode haver acrescer entre legatários?
Sim, na sucessão testamentária, exigindo-se que tenha ocorrido nomeação de vários legatários 
quanto ao mesmo objeto determinado e que legado não tenha natureza puramente pessoal.
289. Faz pacto renunciativo reciproco, faz doação ao outro cônjuge, onde é imputada a 
doação em vida?
Imputa-se na legitima que lhe caberia caso a renúncia não tivesse existido- art.2168º/2.
1. Se doação por vida pode revogar doação por morte?
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Não. Tal não é permitido nos termos do art.1700º/1. 
2. Casos em que pacto sucessório designativo não pode ser revogado, nem mesmo estando 
ambos de acordo, quais?
No caso dos pactos entre casados nos termos do art.1758º e 1701º/1.
3. E em que casos pode ser revogado por acordo das partes?
No caso de pactos sucessórios feitos a favor de terceiro, em que apenas é revogável com 
consentimento de ambas as partes-art.1705º/1 e 1701º/1.
4. Pode haver simulação relativa no testamento?
Sim. É possível uma simulação relativa subjetiva (por interposição fictícia de pessoas), em que 
aparentemente a deixa testamentária é a favor de determinada pessoa, quando a vontade real 
é a de que beneficie outra que pode ou não conhecer o pacto de simulação. Nos termos do 
art.2200º será anulável. 
5. O que é a cautela sociniana?
Permite ao testador, mesmo tendo sucessíveis legitimários, deixar a outrem um usufruto ou 
constituir a favor de alguém uma pensão vitalícia, que atinge a legitima. A cautela sociniana é 
um instituto que funciona como meio de reação dos sucessíveis do de cujus, sendo que os 
herdeiros legitimários podem aceitar a disposição e cumpri-la ou, em vez de cumprir o legado, 
entregar ao legatário a quota disponível. Não funciona como uma tutela da intangibilidade da 
legítima, pois não permite que herdeiros se oponham a disposição testamentária.
6. O que é a intangibilidade da legítima?
A intangibilidade da legítima baseia-se na posição do sucessível legitimário que é alvo de 
uma proteção especial, por conta da imperatividade

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