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Certificação orgânica - tipos

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CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS - TIPOS
A legislação para ser um produtor de orgânicos compreende o Decreto nº 6.323/2007, que regulamenta a Lei 10.831/2003, a lei que dispõe sobre a agricultura orgânica, e a Instrução Normativa nº 19/2009 do MAPA, que aprova os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica, além de outras Instruções Normativas do mesmo Ministério. O produtor orgânico deve fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, o que é possível somente se estiver certificado por um dos três mecanismos descritos abaixo.
Segundo o decreto (art. 25), as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que produzam, transportem, comercializem ou armazenem produtos orgânicos ficam obrigadas a promover a regularização de suas atividades juntos aos órgãos competentes.
Há três maneiras de se certificar:
1) O produtor ou grupo de produtores – que são pessoa jurídica - busca diretamente sua certificação junto a uma Certificadora por Auditoria, que, por sua vez, já possui acreditação junto ao INMETRO e posterior credenciamento junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A Certificadora tem por obrigação avaliar e garantir a conformidade da produção orgânica sob sua responsabilidade, instruir seus credenciados sobre toda mudança na legislação, os produtos recebem o selo próprio da certificadora e podem ser vendidos em mercados, supermercados, lojas especializadas, etc. Exemplos de certificadoras: Associação de Agricultores Biológicos – ABIO, Associação de Agricultura Natural de Campinas e região – ANC, Ecocert Brasil, IBD – Associação de Certificação Instituto Biodinâmico, Rede Ecovida, etc... Em geral são propriedades maiores, mais sofisticadas, com mais tecnologia aplicada, e os produtos podem ser comercializados em qualquer lugar. 
2) Os produtores, pessoas físicas ou jurídicas, se reúnem em um Sistema Participativo de Garantia – SPG, composto pelos mesmos e pelo OPAC – Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade, órgão responsável pela certificação de conformidade orgânica, disponibilizando aos produtores o selo do SisOrg. O Decreto nº 6.232/2007 cria o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg), que tem como integrantes órgãos e entidades da administração pública e os organismos de avaliação da conformidade orgânica (OAC) credenciados pelo MAPA. O SisOrg possui seu selo próprio, que permitirá aos produtores a venda direta aos consumidores, às indústrias, processadores, mercados, supermercados, lanchonetes, restaurantes, etc. e, mesmo, exportação; com exceção dos produtores autônomos, que só podem vender seus produtos em feiras. O Sistema Participativo de Garantia (SPG) é formado pela reunião de produtores, outros interessados, e pelo OPAC – Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade, que é pessoa jurídica e corresponde às certificadoras por auditoria, tendo, portanto, que solicitar credenciamento junto ao MAPA para exercer suas funções de avaliação. É mais barato conseguir a certificação pelo OPAC, e, no caso de grupos de produtores autônomos, esses só podem comercializar seus produtos em feiras.
3) OCS ou Organismo de Controle Social são organizações de agricultores familiares que têm o objetivo de vender seus produtos diretamente aos consumidores, sem Avaliação de Conformidade e sem necessidade de cadastro no CNPJ (pode ter ou não). Não obstante, o próprio OCS deve estar cadastrado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária ou Abastecimento ou outro órgão fiscalizador federal, estadual (como as Superintendências Federais da Agricultura - SFA das unidades federativas ou as Unidades Técnicas Regionais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – UTRA), ou órgão distrital conveniado. Adicionalmente, o OCS deverá possuir processo próprio de controle, estar ativo, instruir sempre que necessário seus membros sobre novas regulamentações, e garantir a rastreabilidade dos produtos de seus afiliados, bem como o livre acesso dos órgãos fiscalizadores citados acima e dos consumidores aos locais de produção e processamento. Cada associado deverá assinar um Termo de Compromisso para ter sua Declaração de Cadastro de Produtor Vinculado ao OCS, declaração esta emitida pelo órgão fiscalizador. Neste tipo de associação todos são responsáveis por manter a reputação do OCS de modo a garantir credibilidade e fidelidade de seus compradores – é um tipo de fiscalização horizontal. Os produtores podem vender em feiras, em domicílio, bem como ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e ao PAA – Programa de Aquisição de Alimentos.
Os órgãos fiscalizadores são responsáveis por alimentar e manter atualizado o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. 
As reclamações dos consumidores ou outros produtores associados deverão ser enviadas aos órgãos fiscalizadores, que adotarão as medidas legais em caso de irregularidades e encaminharão a documentação correspondente para a Superintendência Federal de Agricultura da sua unidade da federação, para aplicação das penalidades pertinentes.
Para a exportação, os produtos devem seguir as normas do IFOAM – Organics International, organização mundial que tem mais de 100 países e territórios associados em seis continentes. 
Referências: 
https://mst.org.br/2021/07/02/7-pontos-sobre-a-agricultura-familiar-e-o-mst/
https://ojoioeotrigo.com.br/2019/11/no-censo-agropecuario-o-latifundio-sobe-e-a-producao-familiar-desce/

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