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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Desenvolvimento das Competências Socioemocionais Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dr.ª Rutinéia Cristina Martins Revisão Textual: Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais. Fonte: Getty Im ages Objetivo • Conhecer as principais habilidades para o desenvolvimento de competências socioemo- cionais: Autoestima; Paciência; Autoconhecimento; Confiança; Responsabilidade; Auto- nomia; Empatia; Tolerância – investigando maneiras de desenvolvê-las. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Contextualização Fios de Cabelo Inspiram Projeto Sobre Resgate da Autoestima Valorizar as características físicas individuais e melhorar a autoestima dos estudantes a partir do conhecimento e reconhecimento das raízes culturais africanas é a proposta contida em projeto da professora Márcia Maria da Cunha. O trabalho, desenvolvido com turmas de educação infantil da Escola Municipal Santa Maria, em Camaragibe, muni- cípio da região metropolitana de Recife, foi inspirado na observação de que o cabelo de sua sobrinha era visto e tratado como um cabelo “rebelde”, que deveria permanecer preso. Isso acontecia também com outras crianças de cabelos crespos ou cacheados. O projeto Construindo Caminhos: Identidade e Autoestima nos Fios do Cabelo foi um dos vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, na Categoria Temas Livres, subcategoria Educação Infantil. “A premiação representa o reconhecimento e a valorização do trabalho como professora”, diz Márcia. “Um dos benefícios é o de mostrar que o professor da escola pública é competente e tem um olhar sensível, mais próximo das questões sociais do Brasil.” (SCHENINI, 2018). Figura 1 – Os cabelos de Lelê Fonte: Divulgação Neste exemplo, tivemos a oportunidade de conhecer um projeto que visa desenvolver a autoestima de crianças de Educação Infantil. É inegável como os atos de gostar-se e valorizar-se auxiliam na formação humana. Assim, que outras habilidades são importantes para o desenvolvimento de competên- cias socioemocionais? Como colaboram com essa formação? 6 7 Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais O objetivo desta unidade é conhecer as principais habilidades para o desenvolvimento de competências socioemocionais, investigando maneiras de desenvolvê-las. Para isso, vamos considerar habilidade como uma espécie de unidade da competência (PERRENOUD apud HAMZE, 2013), o que envolve o “saber fazer” (habilidade), associado ao “conhecer” (conhe- cimentos) e ao “saber ser” (habilidades). Devido à complexidade, são várias as habilidades que colaboram para o desenvol- vimento de competências socioemocionais. Dentre elas, foram selecionadas oito, con- sideradas fundamentais e que serão estudadas aqui: Autoconhecimento; Autoestima; Autonomia; Confiança; Empatia; Paciência; Responsabilidade e Tolerância. Autoconhecimento “Conhece-se te a ti mesmo” (Sócrates). Essa frase de Sócrates, filósofo grego que viveu entre 469 e 399 antes de Cristo (a.C.), revela o significado de autoconhecimento. É conhecer a própria essência e ter pleno do- mínio de si mesmo, em pensamentos, desejos, esperanças, frustrações e crenças (DIÁRIO ESCOLA, 2019). Pessoas e Lugares: Sócrates e o Autoconhecimento Sócrates (470-399 a.C.) foi um filósofo da Grécia antiga, o primeiro pensador do trio de antigos filósofos gregos, que incluía Platão e Aristóteles, a estabelecer os fundamentos filosóficos da cultura ocidental. “Conhece-te a ti mesmo”, frase escrita no templo de Apolo em Delfos, é a essência de todo seu ensinamento. Para Sócrates, antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem precisa se autoanalisar e reconhecer sua própria ig- norância. Por isso, inicia uma discussão e conduz seu interlocutor a tal reconhecimento, através do diálogo. Esta é a primeira fase de seu método, chamada de ironia ou refutação. Na segunda fase do método, chamada maiêutica, Sócrates solicita vários exemplos particu- lares do que está sendo discutido. Por exemplo, se está procurando definir a coragem, pede descrições de atos corajosos. A maiêutica (técnica de trazer à luz, cujo nome é inspirado na profissão de sua mãe: parteira) pressupõe uma crença de Sócrates, segundo a qual: “A verdade já está no próprio homem, mas ele não pode atingi-la, porque não só está en- volto em falsas ideias, em preconceitos, como está desprovido de métodos adequados” (FRAZÃO, 2020). Ter autoconhecimento significa possibilitar que o indivíduo compreenda melhor quem é, identificando virtudes, potencialidades, fraquezas, estado de humor, limitações, dentre outros atributos e sentimentos. Assim, o indivíduo pode interpretar melhor quem é, seus limites e potencialidades, e traçar os objetivos para sua existência na sociedade e em suas relações interpessoais. Golemman (2011, p.77) afirma que autoconhecer-se é a pedra de toque da inteligência emocional porque é quando se tem consciência dos 7 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais sentimentos no momento em que ocorrem. Isso também inclui o entendimento de que as ações praticadas têm consequências. Ter o autocontrole emocional nesse momento é saber dominar os sentimentos e tomar decisões de forma assertiva frente à uma situação desafiadora ou situação-problema que se tenha que resolver. Desenvolver a habilidade do autoconhecimento parte do processo da auto-observa- ção das próprias ações e reações frente às emoções que se tem diante dos acontecimen- tos corriqueiros, alegres, tristes, que mexem com os sentimentos. Esse processo começa por perguntas que se faz para si próprio (CUSCHNIR, 2018), questionamentos sobre as escolhas feitas sobre situações vividas, como relacionamentos, profissão e outras instâncias da vida. Quando se refere à educação infantil, tanto dirigida por pais ou em instituições como creches e pré-escolas, pode-se estimular as crianças a desenvolver o autoconhecimento proporcionando atividades ocasionais ou sistematizadas em que elas expressem seus sentimentos e suas razões. Por exemplo: Márcia está em uma reunião de família na casa de sua prima Jéssica, onde várias crianças brincam enquanto adultos conversam. De repente, sua filha Lara, de 4 anos, vem correndo desesperada porque o cachorro da prima correu atrás dela. Márcia acalma a pequena, pergunta o que ela sentiu quando o cachorro correu e porque ela ficou com medo se sabia que o cachorro era bonzinho. Para finalizar a conversa, explica que o animal só queria brincar e por isso correu. Além de solicitar a expressão da criança, é possível contar histórias infantis, verificar com quaispersonagens a criança se identifica e questionar as razões, de modo que ela mesma reflita sobre suas preferências, receios ou indiferenças, visualizando suas quali- dades e defeitos. Figura 2 – Contando histórias para crianças em escola multiétnica Fonte: Getty Images 8 9 Um exemplo de atividade didática recomendada para crianças de Educação Infantil é a dinâmica Manual do Coração (SOUMAMÃE, 2018) cujo objetivo é descobrir emo- ções e identificar aquelas que a criança não conhece. Manual do Coração No que consiste a atividade? Desenhar ou colar em uma folha diferentes situações com as quais a criança se iden- tifique: pode ser num parque, com a família, brincando, na escola, na praia ou na montanha. E, em cada folha, colocar um rosto sem expressão, para que a criança possa desenhar o sentimento que cada situação lhe desperta. Desenvolvimento Permitir que a criança comece a visualizar cada situação. Você pode ir narrando o que acontece nesse cenário, envolvendo a criança. Em seguida, peça para que ela desenhe no rosto “vazio” que está em cada folha. O que se espera alcançar? Que a criança identifique as diferentes emoções que diversas situações podem lhe causar, promovendo o autoconhecimento. Além disso, visualizar como ela reage quando está com outras pessoas. Fonte: Sou mamãe, 2018 Autoestima Autoestima é a qualidade que pertence ao indivíduo satisfeito com a sua identidade, ou seja, uma pessoa dotada de confiança e que valoriza a si mesmo (SIGNIFICADOS, 2016). Resume-se a uma apreciação positiva que se faz de si, isto é, o amor da pessoa por ela mesma. Essa habilidade relaciona-se muito ao autoconhecimento e confiança. Um contraponto é a baixa autoestima, quando a pessoa se desvaloriza e não con- segue enxergar os pontos positivos da sua personalidade. Esse conceito pode ser ori- ginado de experiências traumáticas originadas de eventos em que a pessoa se viu de maneira negativa, como o sofrimento advindo de abusos emocionais, físicos e sexuais, relacionamentos mal sucedidos, discriminação por cultura, raça, orientação sexual e outras experiências negativas que impossibilitaram a construção de um conceito positivo da pessoa sobre si mesma. Desenvolver a própria autoestima parte da valorização das conquistas e qualidades do indivíduo, contestando as ideias negativas acerca de si (LUCAS, 2016), ou mesmo questionando-as ao invés de potencializá-las. Inclui também tomar cuidados para com a própria saúde e aparência, como praticar exercícios físicos, ter uma alimentação sau- dável e cuidar da mente, mantendo a espiritualidade e experiências culturais como a música, literatura ou a arte que lhe der prazer. 9 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Figura 3 – Empresário veste-se em frente do espelho Fonte: Getty Images Segundo Medina (2018), conseguir uma boa autoestima é fruto de um processo de assimilação e interiorização desde o nascimento, mas que se pode modificar ao longo de toda a vida. Durante a infância, os pais ou outros adultos responsáveis têm a tarefa de fazer com a criança se sinta querida e tratada como um ser único, promovendo situações em que as suas conquistas sejam paulatinamente valorizadas. Contudo, essa valorização não pode transformar-se em dependência. Construir a autonomia também impulsiona a autoestima, pois faz com que crianças e jovens se sintam mais capazes e, portanto, mais importantes. Desta forma, dar pequenas responsabilidades ajuda a criança a ampliar seus limites e ter um papel ativo nas relações de convivência. O tratamento dado aos seus erros ou travessuras também interfere: cha- mar a atenção com humilhações somente reforça ressentimentos e autoimagem negativa. O educando se torna forte quando é auxiliado pelos adultos a fazer uma autocrítica, com argumentos e sanções condizentes com a idade, a verificar que os seus equívocos podem ser contornados e, se não puderem, poder buscar uma solução para o problema. Autonomia Autonomia é a qualidade de ter independência, de ter liberdade para tomar decisões, de ter responsabilidade sobre seus próprios atos, de ter autossuficiência (SIGNIFICADOSBR, 2019). Não se trata de ser uma pessoa isolada, que não depende de outras, mas de ser alguém emancipado, que estabelece relações de troca com outras pessoas, com quem co- labora e recebe colaboração. É estar empoderado da capacidade de decidir de forma livre e espontânea, dentro das regras de uma situação. Desenvolver a autonomia é permitir que cada pessoa faça aquilo que tem condições de fazer sozinha em cada etapa da vida. Para isso, é preciso compreender o desenvolvimento humano, para se ter noção do que é possível, do ponto de vista físico e emocional, na infância, adolescência, vida adulta e terceira idade. 10 11 No que se refere à criança, segundo Linhares (2019), os pais devem ensinar e deixar que ela tente resolver questões, situações e conflitos com os quais ela demonstra aptidão cognitiva e emocional. Não se trata de deixar que as crianças tomem decisões e façam escolhas por conta própria, mas de estabelecer uma sequência de ações em que a crian- ça deixe, aos poucos, de depender do adulto para determinadas situações. Um exemplo cotidiano é o ensino do uso do banheiro. Paiva (2018) mostra em uma sequência de atividades como ensinar crianças de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses, frequentes na creche, a terem autonomia para a higiene na hora das necessidades fisiológicas. Nessa sequência, presume-se que antes dessa fai- xa etária, a higiene era feita por cuidadores em casa e creche e no momento em que as crianças tiveram condições físicas e emocionais, foram ensinadas a fa- zerem com autonomia. Para isso, foram levantados os conhecimentos prévios das crianças sobre o assunto, preparados e estabelecidos passos, sobre o que fazer antes, durante e depois do uso do banheiro em cada necessidade: fezes ou urina. No decorrer do trabalho, houve o engajamento das famílias, transcendendo o ambiente da instituição. Em resumo, as crianças que no momento inicial eram totalmente dependentes, fo- ram ensinadas, passaram a usar o banheiro com auto- nomia sob a supervisão de adultos e no final já podiam fazê-lo sozinhas. Quando se trata do idoso, o processo se dá de maneira inversa, posto que é necessário ensiná-lo a ter autonomia dentro das limitações, o que implica no aprendizado de fazer tarefas com menos desenvoltura que tempos atrás. Esse trabalho mexe com as emoções e precisa de outras habilidades, como autoconhecimento, autoestima, confiança e até mes- mo a competência da resiliência, uma vez que a perda de determinadas aptidões físicas ou mentais pode ser resultante de processos dolorosos, além do envelhecimento natural. Confiança Firmeza, segurança, certeza, convicção, força, fé, crença, esperança: palavras que podem ser consideradas sinônimos de confiança. Essa habilidade envolve a segurança de si e do próximo, pois significa que a crença de certos resultados ou consequências são alcançadas em determinadas situações (DIÁRIO ESCOLA, 2019). Quando se refere às pessoas, relaciona-se ao conhecimento, empatia e à certeza em relação aos seus valores e aptidões. Pode-se usar como exemplos a confiança na realização de um trabalho por parte de um profissional ou confiar em pais e professores como adultos protetores. Mas afinal, por que é preciso confiar? Não se pode viver só? O homem é um animal social. Nem todos os homens possuem todas as habilidades. Por isso, a convivência precisa ser colaborativa, já que os momentos de satisfação também Figura 4 – Criança no banheiro Fonte: Getty Images 11 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais são momentos coletivos. Essa satisfação, com sentimentos de amor, prazer e felicidade, deriva da construção de relações positivas, em que seres humanos se beneficiam mutua- mente, estando aí a razão de terem que confiar uns nos outros, ainda que nas sociedadescontemporâneas as relações estejam cada vez mais frias e distantes. Assim, segundo Soa- res (2020), a confiança é uma construção gradativa e que requer paciência. Um exemplo disso é que familiares demonstram os seus sentimentos e valores o tempo todo, e isso justifica a confiança que se deposita neles. Figura 5 – Mãe empurra filha na bicicleta Fonte: Getty Images A autoconfiança, ou a confiança em si próprio, também é uma habilidade que se desenvolve. Na infância, cabe ao adulto responsável propiciar situações para esse de- senvolvimento. Os adultos precisam demonstrar interesse pelas atividades das crianças, valorizando suas conquistas, respeitando o seu tempo para amadurecer e acreditando na sua capacidade. As crianças precisam ser desafiadas a mostrarem suas novas conquistas e aprendizagens, indo além do que já sabiam ou faziam. Segundo Carnielli (2020), o adulto precisa ser um bom modelo, tendo em vista que a criança aprende muito quando está observando. A forma com que pais, professores e responsáveis lidam com suas frustrações, tristezas e raiva influenciam diretamente a maneira como a criança desenvolverá essas características e então moldará sua própria persistência e autoconfiança. Sendo assim, quando houver comportamentos inadequa- dos, as críticas não devem ser dirigidas à criança, mas ao comportamento, evitando que sejam rotuladas. Empatia O que é a empatia? Analisemos o exemplo dado por Goleman (2011, p. 135): [...] Assim que Hope, de apenas nove meses, viu outro bebê levar um tombo, ficou com os olhos cheios d’água e engatinhou até sua mãe, procurando consolo, embora não fosse ela que tivesse levado o tombo. E Michael, com um ano e três meses, foi buscar seu ursinho 12 13 de pelúcia para entregá-lo ao amigo Paul, que chorava; como Paul continuasse chorando, Michael se agarrou no cobertorzinho “de segu- rança” do amigo [...]. (COLEMAN, 2011) Hope e Michael nada mais fizeram do que demonstrar o princípio da empatia, habili- dade que consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando expe- rimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro indivíduo (DIÁRIO ESCOLA, 2019). É um processo de reconhecimento das emoções nos outros, sendo, por conta disso, a habilidade fundamental para a construção do altruísmo enquanto competência socioemocional. Se Hope e Michael não tivessem se sensibilizado com o sofrimento de Paul, não teriam buscado meios de consolá-lo, mesmo estando em uma fase do desen- volvimento cognitivo em que é difícil colocar-se no lugar de outra pessoa (egocentrismo). Verifica-se que as pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou querem (GOLEMAN, 2011, p. 133). Desenvolver a empatia exige autoconhecimento dos próprios pontos fortes, fra- quezas, sentimentos e emoções para poder reconhecê-los nos outros, identificando-se ou não com eles, mas compreendendo que podem ocorrer de maneiras diferentes em outras pessoas. Em uma conversa empática, segundo Wajntraub (2016), o caminho é demonstrar interesse pelo que a outra pessoa tem a dizer, diminuindo toda espécie de julgamentos. Proporcionar situações para o desenvolvimento da empatia em educandos, família e escola pode proporcionar momentos em que se converse sobre sentimentos. A escola pode incluir estratégias que utilizem atividades coletivas, socialização e diálogo, visto que para crianças e jovens, colocar-se no lugar do outro pode não ser um processo/sentimento imediato, mas alcançado após questionamentos e sensibilizações. A literatura infantil e infanto-juvenil pode ser uma grande aliada: personagens como O patinho feio, podem emocionar e fazer com que se transportem para um outro universo de sentimentos, con- seguindo se identificar com os dramas e descobertas do personagem. Figura 6 – Patos Fonte: Getty Images 13 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Paciência Música: Paciência Composição: Falcão e Lenine Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não para Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso, faço hora Vou na valsa A vida é tão rara Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência [...] Ao ouvir e refletir sobre a música de Falcão e Lenine, pergunta-se: E o que é a paci- ência? Calma? Disfarçar sentimentos? Buscar alternativas? A paciência é uma virtude do ser humano baseada no autocontrole emocional. Ou seja, quando o indivíduo suporta situações desagradáveis, injúrias e o incômodo de terceiros sem perder a calma e o equilíbrio (SIGNIFICADOS, 2016). Relaciona-se à tolerância e à perseverança porque se trata de um saber esperar que a situação melhore, ou ter calma para buscar alternativas para resolver um problema. Pode-se afirmar que é uma habilidade que fundamenta a construção da resiliência. Qual a Origem da Expressão “Paciência de Jó”? A pessoa que aguenta imposições como as que foram feitas a “Jó”, por Deus, naturalmente será única. Ele é uma personagem bíblica, protagonista do “Livro de Jó” (ou Job), livro do Antigo Testamento. Esta obra é, pelo seu valor literário, equiparada à “Odisseia” ou “Ilíada”, a qual narra a história de Jó, um homem crente e fiel aos seus princípios. Deus, aceitando um desafio de Satanás, submeteu esse seu fiel seguidor a todo tipo de provações: perda da família, dos bens, doenças, segregação social etc. Jó sofreu com paciência, manteve-se perseverante e fiel a Deus, aceitando todos os seus desígnios e sendo finalmente recom- pensado. Recuperou seus bens e constituiu uma nova família com numerosos filhos. Dessa narrative, surgiu a expressão “paciência de Jó” (ROCHA, 2012). Ser paciente “exige o controle total dos nossos pensamentos, ações e palavras, e isso não pode ser confundido com ser passivo, que é não tomar as devidas atitudes diante de um fato. Desenvolver essa habilidade exige buscar controlar pensamentos e diferenciar 14 15 aquilo que está ou não sob sua vontade resolver. Se a resolução está ao alcance, faz- -se necessário se acalmar para buscar a melhor estratégia. Caso não esteja, busca-se a aceitação.” (Universia, 2019). Três verbos são muito úteis quando se apresenta uma situação desafiadora em que é preciso ter paciência: refletir, escutar e sorrir. O sorriso não significa estar alheio à situação, mas, não perder o bom ânimo diante de um problema, trazendo esperança e otimismo como elementos de motivação. Escutar é não apenas ouvir o que as pessoas têm a dizer, também implica na análise do problema e o que ele traz de informação. Nesse sentido, a reflexão torna-se inevitável: calma para olhar o problema por todos os ângulos. A paciência deve ser desenvolvida desde tenra idade. O primeiro exercício é a espera durante o intervalo entre uma mamada e outra, ainda no berço. Em casa, escola ou outra instituição, o primeiro exemplo é o adulto, que deve mostrar a sua paciência e compreensão com as limitações de todos (LIMA, 2016). Crianças devem ser esclarecidas de que esperar é necessário e, em muitos casos, inevitável. Podem ser treinadas com pequenas esperas e a possibilidade de inventar passatempos para tolerar a demora e tornar o tempo útil. Ensinar bons modos é oportuno, visto que assim há condições de disfarçar a irritação e a ansiedade, ou pelo menos não distratar outras pessoas. Pequenas ações favorecem o treinamento: em casa ou instituições como creche ou escola, pode-se solicitar à criança que não interrompa o adulto enquanto esse fala e, caso interrompa, a orientação é solicitar que espere um pouco e será atendida (GOMIERO, 2020). Em algumas circunstâncias, é interessante demorar um pouco para responder, no intuito de que a criança não se acostume ao atendimento imediato, compreendendo que pode ser a vez de outra pessoa ser atendida por pais, professores ou outros adultos responsáveis. Isso fortalece o desenvolvimentoda empatia. Figura 7 – Criança-relógio Fonte: Getty Images 15 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Sobre datas e horários, é importante não mentir, afirmando que o tempo vai passar ou chegar rápido quando o caminho longo. Isso aumenta a ansiedade e irritação. Falar a verdade sobre tempo ou distância ajuda a se preparar adequadamente para o que está por vir. O mesmo ocorre com datas especiais, como Natal e aniversário. Aprender a lidar com essas situações cotidianas é uma preparação natural para ter paciência e para administrar situações mais complexas como, por exemplo, o tempo de cura de uma do- ença e outras circunstâncias que atingem crianças e adultos, e cuja duração não se pode controlar. O mesmo se dá na superação de eventos desagradáveis, como um embate pessoal ou um xingamento: se a pessoa está acostumada a parar e esperar o momento oportuno de se expressar, terá menos dificuldade para evitar confrontos ou revidar ofen- sas agressivamente, sendo mais assertiva em seus posicionamentos. Responsabilidade Responsabilidade significa ter a obrigação ou o compromisso de responder por atos próprios ou alheios, ou por uma coisa confiada (SIGNIFICADOS, 2013). É arcar com as consequências dos próprios comportamentos, sentimentos e atitudes. Acrescenta-se aí a responsabilidade que se tem por pessoas ou situações, que se relacionam a vínculos afetivos ou papeis desempenhados na sociedade, como a maternidade ou a chefia em uma empresa ou outro tipo de organização. O responsável, de alguma forma, tem que cuidar. Tais concep- ções podem ser exemplificadas no plano de aula “Cada um na família tem a sua respon- sabilidade”, elaborado por Freitas (2019) e indicado para o 1º ano do Ensino Fundamental. O objetivo da aula, vinculada à área de História, é desenvolver a habilidade de co- nhecer as histórias das famílias e da escola e identificar o papel desempenhado por dife- rentes sujeitos em diferentes espaços. A motivação para a aula é a exibição do vídeo da Turma da Mônica “Brincando de casinha” (SOUZA, 2014), cujo enredo trata da divisão de responsabilidades entre os personagens Mônica e Cebolinha enquanto brincavam de casinha, envolvendo questões de gênero e papeis familiares na distribuição de tarefas. Após a exibição do filme e debate sobre as questões apresentadas nele, o professor irá propor que a turma crie um novo final para a história, de modo que as responsabilidades sejam divididas. Brincando de casinha. Disponível em: https://bit.ly/33LsdBe Desenvolver a responsabilidade requer o cumprimento das obrigações, o que implica em reconhecer as consequências das ações, fazer aquilo que lhe cabe sem ninguém pedir e resolver os problemas sem colocar a culpa em ninguém. Isso demonstra ama- durecimento diante das atribuições (SBCOACHING, 2019). Essa habilidade também se associa à paciência, à medida em que esse processo exige que se controle as emoções e se reflita antes de agir. Para isso, a gestão do tempo é de grande importância, tendo em vista que nossa sociedade é regida pelo relógio e grande parte das atividades, re- muneradas ou não, vinculam-se ao cumprimento de tarefas dentro de um determinado prazo e local. Por exemplo: crianças precisam estar na escola às 7h e isso é uma regra inegociável. No trabalho, a produção de uma fábrica tem prazo para ser entregue e os funcionários têm horários a seguir. 16 17 No campo educativo, construir essa habilidade em crianças começa por envolvê-las em ações que desenvolvam o compromisso e respeito por obrigações (GARCEZ, 2019), o que pode começar com atividades simples, como arrumar a própria cama ou cuidar do animal de estimação, até a realização de tarefas mais complexas. A organização e a participação nas tarefas devem ser incentivadas para que seja criado um adulto autôno- mo, ciente dos seus deveres. Nesse contexto, a educação financeira também se insere, dando ao indivíduo a crescente consciência de seus limites e como administrá-lo sem prejudicar outras pessoas ou prejudicar-se. Tolerância Tolerância é um termo que vem do latim tolerare, que significa “suportar” ou “aceitar”. A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir (SIGNIFICADOS, 2017). Para compreender o significado, será usado um exemplo de intolerância relatado em revista de grande circulação, para que se possa compreender o que pode acontecer quando falta a tolerância. Véu Islâmico Volta a Gerar Polêmica na França O uso do véu e de outras roupas com simbolismo religioso costuma gerar polêmica na França, um país visceralmente ligado ao laicismo – doutrina que condena a participação da religião em assuntos do Estado. Uma mãe com véu (hijab) acompanha um grupo de estudantes em uma visita a um prédio público e é repreendida por um vereador. Esse inci- dente alimenta debates na França, onde a maioria dos cidadãos se opõe ao uso de símbolos religiosos ostensivos. Disponível em: https://bit.ly/3bywaMq O fato ocorreu em um outro país em que preceitos religiosos tornam-se motivo de emba- te, já que tradicionalmente é estabelecida uma tradição laica e na atualidade há um grande número de imigrantes e seus filhos praticantes do Islamismo, de modo que entre os jovens de 18 a 29 anos, equipara-se aos praticantes do catolicismo (CONEXÃO POLÍTICA, 2019). Estabelece-se um clima de intolerância entre pessoas que ocupam o mesmo espaço. Em um mundo globalizado, a intolerância toma proporções assustadoras. Vê-se dia- riamente ataques verbais e físicos nos jornais, televisão e redes sociais por razões ligadas principalmente à cor e raça, orientação sexual e religiosa, entretanto, os intolerantes se baseiam em diversos motivos para repudiar atitudes contrárias às suas crenças e costumes, como o simples fato de torcer para um time de futebol diferente. Por isso, a habilidade da tolerância é tão fundamental. Caso contrário, além das guerras entre os países, em um futuro próximo pode haver um aumento das pequenas guerras urbanas devido às diferenças que podem ser toleradas. Construir a tolerância implica em desenvolver simultaneamente a paciência, a autocrí- tica e a empatia, além de ter a disponibilidade para conhecer novos modos de ser e agir. A paciência é colocada em prática quando se ouve outra pessoa ou se analisa uma situa- ção sem a emissão de um juízo de valor. Uma religião diferente, por exemplo, em muitas situações é repudiada porque não se conhece seus preceitos e os pontos em comum com a própria religião, ou com outra conhecida. Tolerar começa por ouvir, ver e analisar antes 17 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais de julgar sobre certo ou errado e principalmente antes atacar. A autocrítica precisa ser feita pelo indivíduo antes de um posicionamento, seja ele público ou particular. Nenhum ser humano é capaz de concordar e admirar a todas as pessoas, compor- tamentos e instituições, todavia, todos têm legalmente o direito de serem respeitados e quem não faz isso pode sofrer as penalidades legais e sociais. A empatia deve ser utilizada para se colocar no lugar do outro e, aliada à autocrítica, pode levar a questio- namentos: será que eu gostaria de ser atacado por ser negro, gordo ou homossexual? Existem pessoas com menos valor na sociedade? Se só existir o meu time, com quem ele vai jogar? Será que o outro partido político não pode ajudar a sociedade, ainda que suas obras sejam diferentes do meu partido? São questões que, se respondidas, ajudam a olhar os outros com menos ressalvas e mais tolerância. Figura 8 – Torcedoras de nações diferentes juntas Fonte: Getty Images A figura anterior mostra um grupo de torcedoras torcendo juntas por times diferentes. Mas, como promover situações que desenvolvam a tolerância? Educar para a tolerância exige bons exemplos, visto que atitudes, falas e alguns com- portamentos dos pais, mesmo sem intenção, induzem à discriminação,pois eles, muitas vezes, interiorizaram o preconceito (PEDROSA, 2020). A criança precisa ser apresentada a várias formas de ser e estar no mundo. Em algumas circunstâncias, a possibilidade de convivência é reduzida: vamos supor que uma família seja católica, participe das atividades de sua igreja, dividindo com amigos de paróquia os momentos de lazer e que a renda ve- nha de uma microempresa sediada em casa. São poucos vínculos fora do lar e do universo religioso, mas na sociedade globalizada é preciso ampliar. Para desenvolver a tolerância, as crianças precisam ser expostas a jogos e atividades coletivas em que haja a possibilidade de conhecer pessoas e realidades diferentes, inte- ragindo, para que se conheça características uns dos outros, aprendendo a respeitá-las. Dentre as particularidades, está a diferença geracional: ensinar valores envolve a interação e a valorização do convívio entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Todos precisam compreender seu valor na sociedade e como a convivência pode ser benéfica para cada uma das gerações, aprendendo-se a respeitar as limitações de cada um, ou seja, tolerar. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros O cabelo de Lelê BELÉM, V. O cabelo de Lelê. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. O poder da empatia: a arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo KRZNARIC, R. O poder da empatia: a arte de se colocar no lugar do outro para trans- formar o mundo. Trad. Maria Luíza X. A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. Vídeos Brincando de casinha: Turma da Mônica SOUZA, M. Brincando de casinha: Turma da Mônica, 2014. https://youtu.be/deIRZNVC3X8 Leitura Como desenvolver a autonomia em crianças? Escola da inteligência, 2020. https://bit.ly/2QNCaso Fios de cabelo inspiram projeto sobre resgate da autoestima SCHENINI, F. Fios de cabelo inspiram projeto sobre resgate da autoestima. Brasília: MEC, 2018. https://bit.ly/2WP593c 19 UNIDADE Principais Habilidades no Desenvolvimento de Competências Socioemocionais Referências AUTONOMIA. Significadosbr, 2019. Disponível em: <https://www.significadosbr. com.br/autonomia>. Acesso em: 24 jan. 2020. A escola e o seu papel no desenvolvimento de competências socioemocionais. Diário Escola, 2019. Disponível em: <https://diarioescola.com.br/competencias-socioemocio- nais/>. Acesso em: 23 jan. 2020. AUTOESTIMA. Significados, 07 novembro 2016. Disponível em: <https://www.signi- ficados.com.br/autoestima/>. Acesso em: 23 jan. 2020. CARNIELLI, F. Dez formas de estimular a autoconfiança do seu filho. Aprender é divertido: blog da leiturinha, 08 maio 2018. 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