Buscar

Manejo Odontológico do Paciente com Síndrome de Down e Paralisia Cerebral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Síndrome de Down e Paralisia Cerebral
 Também conhecida como Trissomia do 
Cromossomo 21; 
 Antes chamado de “mongolismo”, foi 
descrita em 1866 por Langdon Down; 
 Síndrome que afeta todos os sistemas do 
corpo, relacionada com condições motoras, 
intelectual e emocional; 
 Síndrome de maior abrangência – 1:600 de 
nascimentos; 
 A idade materna é a etiologia mais bem 
reconhecida; 
 No Brasil – 100 mil indivíduos; 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS GERAIS 
 Dismorfia craniofacial; 
 Anomalia cardíaca: correção na infância, 
normalmente; prolapso de válvula. 
 Flacidez ligamentar; 
 Instabilidades nas vértebras C1 e C2; 
 Alergias, epilepsias, diabetes, doença de 
Alzheimer, apneia do sono; 
 Estatura baixa, braquicefalia; 
 Ponte nasal achatada e face arredondada; 
 Olhos amendoados – fendas palpebrais 
oblíquas. 
CARACTERÍSTICAS DENTO-MAXILO-
FACIAIS 
 Pseudo-macroglossia; 
 Macroglossia; 
 Língua fissurada; 
 Movimentos lingual lento e impreciso; 
 Fechamento labial incompleto; 
 Tonicidade labial diminuída; 
 Abóboda paliativa em V; 
 Prognatismo e Hipodontia. 
CUIDADOS E CONSIDERAÇÕES 
 Consultas rápidas, com estabilização da 
cabeça, abordagem positiva, atitude da 
equipe, organização, autenticidade, 
tolerância e flexibilidade; 
 Avaliação sistêmica criteriosa: 
└ Observar interações medicamentosas, 
alterações respiratórias e cardíacas. 
└ A necessidade de profilaxia antibiótica 
está presente em pacientes de alto risco, 
como em próteses valvares, endocardite 
bacteriana ou doenças cardíacas 
congênitas sem reparo; 
MANEJO 
 Modificação do comportamento pré-
consulta, modelagem do comportamento, 
recondicionamento e condicionamento 
aversivo; 
 Realizar contenção física, quando 
necessário; 
 O atendimento odontológico deve sempre 
ter condicionamento do paciente, podendo 
ser utilizada a sedação consciente, até, no 
últimos casos, a anestesia geral; 
 Estabelecer o objetivo geral e explicar a 
necessidade do procedimento, sempre com 
linguagem apropriada para a idade; 
 Utilizar técnicas de manejo: controle de voz, 
dizer-mostra-fazer e reforço positivo; 
 Desprezar o comportamento inadequado. 
 Distúrbio cerebral de caráter estável não 
progressiva, de quadro permanente; 
 Lesões ou anomalias de desenvolvimento 
cerebral ocorridas durante a vida fetal ou 
durante os primeiros meses de vida; 
 Dano cerebral, com disfunção 
neuromuscular: 
└ Distúrbios no tônus muscular, na postura 
e na movimentação voluntária; 
└ Com ou sem deficiência intelectual 
(distúrbios sensoriais, perceptivos, 
cognitivos, de comunicação e 
comportamental e por epilepsia). 
ETIOLOGIA 
 Pré-natal (23%): radiação, infecção, 
desnutrição, hipóxia, teratógenos, 
alterações cromossómicas; 
 Peri-natais (18%): hipóxia, prematuridade, 
hemorragias; 
 Pós-natal: traumatismo encefálico, 
infecções, transtornos cardiovasculares, 
crises convulsivas. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Alterações de tônus e presença de 
movimentos atípicos; 
 Distribuição topográfica do 
comprometimento; 
 Severidade: limitações das atividades e à 
presença de comorbidades. 
 Os distúrbios sensoriais, perceptivos e 
cognitivos podem envolver visão, audição, 
tato, e capacidade de interpretar as 
informações sensoriais e/ou cognitivas; 
 É comum a presença de diversos tipos de 
crises convulsivas. 
 Manifestações orais: cárie dentária, 
periodontites, hipoplasia de esmalte, mal 
oclusão, traumatismos, bruxismos, sialorréia. 
 Medicações em uso: fenitóina, fenobarbital, 
ácido valpróico, carbamazepina, 
clonazepam. 
CLASSIFICAÇÃO 
 Quanto ao tipo de comprometimento 
neuromuscular: 
└ Espástica (70-80%): forma mais comum; 
músculos apresentam-se tensos e 
contraídos; ocorre por danos no córtex 
motor; 
└ Atáxico (6%): caracterizado pela 
descoordenação dos movimentos, 
distonia e coreoatetose; afeta equilíbrio 
e a percepção do posicionamento do 
copo no espaço; ocorre devido a danos 
no cerebelo; 
└ Discinético (6%): presença de 
movimentos involuntários; ocorre devido 
à danos nos gânglios da base. 
 Quanto a topografia: 
└ Hemiplegia: envolvimento de um lado 
do corpo; 
└ Monoplegia: envolvimento de um 
seguimento, superior ou inferior; 
└ Diplegia: envolvimento de extremidades 
inferiores; 
└ Quadriplegia: envolvimento de um 
todas as quatro extremidades; 
 A paralisia cerebral espástica bilateral é 
mais frequente que a unilateral; 
REFLEXOS 
 Quando em posição dorsal ou ventral, em 
estímulo de rotação da cabeça, pode 
ocorrer a extensão de membros; 
 Quando em posição decúbito dorsal ou 
ventral, em estímulo de ventroflexão, ocorre 
a flexão de membros superiores e extensão 
de inferiores, enquanto em dorsoflexão, 
ocorre a extensão de superiores e flexão 
de inferiores; 
 Quando em posição decúbito dorsal ou 
ventral, em estímulo dorsal ou ventral, pode 
ocorrer a extensão ou flexão de membros 
superiores, inferiores ou coluna. 
CUIDADOS 
 Consultas rápidas, com estabilização da 
paciente; 
 Avaliação sistêmica criteriosa, observando 
interações medicamentosas, estado de 
deficiência intelectual e psicológico; 
 Uso constante do sugador.

Continue navegando