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DIREITO DE POSSE E SUCESSÕES - QUESTIONÁRIO II - 10 de 10 - 2,5

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• Pergunta 1 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Quanto à aquisição de propriedade móvel, é correto afirmar que: 
Resposta Selecionada: d. 
O constituto possessorio é modo de aquisição por tradição ficta. 
Respostas: a. 
A venda e a compra transferem de pronto a propriedade. 
 b. 
A tradição não é modo de aquisição da propriedade. 
 c. 
Somente com a tradição real se adquire a propriedade. 
 d. 
O constituto possessorio é modo de aquisição por tradição ficta. 
 e. 
A tradição chamada traditio brevi manu não é aceita no Direito brasileiro. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: a venda e a compra não transferem a propriedade. Deve ocorrer a tradição, modo 
mais frequente para essa aquisição. Tradição é a entrega da coisa do alienante ao adquirente, 
com ânimo de lhe transferir o domínio. Segue-se a manifestação de vontade em negócio jurídico 
(compra e venda, permuta, doação etc.). O contrato só gera entre as partes direito pessoal, não 
transfere domínio. É necessário que o ato de vontade externado no contrato se complete com 
outra solenidade, a tradição (se for bem móvel). A tradição pode ser efetiva (ou real), simbólica 
ou ficta. A real: envolve a entrega material da coisa. Simbólica: por ato que representa a entrega 
da coisa, como a entrega das chaves do veículo. Ficta: quando se dá pelo constituto possessorio – 
o alienante retém a coisa vendida em suas mãos, por outro título, como o de locatário ou 
comodatário. Outra tradição fictícia vem do Direito romano e se opera pela mudança do animus 
das partes, a traditio brevi manu, em que o possuidor (ex.: arrendatário), pela aquisição, torna-
se dono. 
 
 
• Pergunta 2 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Assinale a alternativa correta quanto à ocupação: 
Resposta Selecionada: a. 
Trata-se de modo de aquisição de propriedade móvel. 
Respostas: a. 
Trata-se de modo de aquisição de propriedade móvel. 
 b. 
É modo de aquisição de propriedade móvel ou imóvel. 
 c. 
Não é modo de aquisição de propriedade no Direito brasileiro. 
 d. 
É um dos elementos da usucapião sobre bem imóvel. 
 e. 
É modo de aquisição de propriedade imóvel. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: ocupação é a tomada de posse de coisa sem dono, com a intenção de lhe adquirir o 
domínio. Art. 1.263, CC/02. A ocupação só serve para coisa móvel e sem dono, por isso é muito 
rara. No Direito romano também era possível para bens imóveis, mas, agora, a aquisição de 
imóveis pela posse deve ser complementada pelos requisitos tempus, fides, titulus etc. (e se 
aperfeiçoa, como vimos, pela usucapião). 
 
 
• Pergunta 3 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Assinale, quanto à usucapião, a alternativa correta: 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A usucapião de móveis é possível, no prazo de três anos ou de cinco 
anos, conforme a espécie. 
Respostas: a. 
Não ocorre usucapião de coisa móvel. 
 
b. 
É possível a usucapião de bem móvel somente se ocorrer a posse por 
cinco anos. 
 c. 
A usucapião de bem móvel sempre ocorre no prazo de três anos. 
 d. 
Usucapião de bem móvel nunca dependerá de justo título e boa-fé. 
 
e. 
A usucapião de móveis é possível, no prazo de três anos ou de cinco 
anos, conforme a espécie. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: a usucapião dos móveis ocorre para dar juridicidade a 
situações de fato que se prolongam no tempo (como ocorre para os 
imóveis). Somente pode ser judicial. Há duas espécies: usucapião 
ordinária – com posse mansa e pacífica por três anos, boa-fé e justo 
título; e usucapião extraordinária – prazo de cinco anos, bastando a 
prova da posse mansa e pacífica por tal período de tempo (a lei presume 
irrefragavelmente o justo título e a boa-fé). 
 
 
• Pergunta 4 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Analise as proposições e assinale a alternativa correta: 
I. O condomínio geral ocorre quando em uma relação de direito de propriedade há vários sujeitos ativos. 
II. No condomínio geral, em face de terceiro, cada condômino atua como proprietário exclusivo; mas, em face dos 
demais condôminos, seu direito esbarra em igual direito dos demais. Assim, cada um só pode usar da coisa 
comum sem invadir a área de interesse dos demais. 
III. O condomínio geral é visto como foco de disputas, de litígios. 
IV. Qualquer condômino pode pôr fim ao condomínio, exigindo a divisão da coisa comum. 
É correto afirmar que: 
 
Resposta Selecionada: d. 
Todas são verdadeiras. 
Respostas: a. 
I e II são verdadeiras. 
 b. 
II e III são verdadeiras. 
 c. 
III e IV são verdadeiras. 
 d. 
Todas são verdadeiras. 
 e. 
 
Nenhuma é verdadeira. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: o condomínio geral ocorre quando, em uma relação de direito de propriedade, há 
vários sujeitos ativos. No condomínio, cada condômino tem uma parte ideal da coisa, na qual o 
direito de cada um é exclusivo, absoluto e perpétuo. A copropriedade ocorre quando a coisa é 
indivisível. Em face de terceiro, cada condômino (comunheiro) atua como proprietário 
exclusivo e ordinário; mas, em face dos demais condôminos, seu direito esbarra em igual 
direito dos demais. Assim, cada um só pode usar da coisa comum sem invadir a área de 
interesse dos demais. O condomínio é visto como foco de disputas, de litígios; e se houver 
possibilidade, a copropriedade deve acabar. É por isso que a todo momento qualquer 
condômino pode pôr fim ao condomínio, exigindo a divisão da coisa comum (art. 1.320, CC/02). 
 
• Pergunta 5 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Não pode ser considerado um direito do condômino, no condomínio geral: 
Resposta Selecionada: d. 
Modificar a coisa ou alterar a sua substância. 
Respostas: a. 
Promover a divisão a qualquer tempo. 
 b. 
Direito de preferência na venda da coisa. 
 c. 
Direito de preferência em caso de locação da coisa. 
 d. 
Modificar a coisa ou alterar a sua substância. 
 e. 
Direito aos frutos na proporção de seu quinhão. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: pode o condômino promover a qualquer tempo a divisão. Tem direito de 
preferência (na venda de quinhão de condômino ou na locação da coisa comum). O direito ao 
uso livre da coisa (por qualquer condômino), conforme o destino da coisa, não abarca a 
prerrogativa de fazer modificações que alterem a substância da coisa ou mudem a maneira 
tradicional de explorá-la, consoante art. 1.314, parágrafo único, CC. No condomínio tradicional, 
cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa comum e pelo dano 
que lhe causou (art. 1.319, CC). Ex.: se o prédio comum é habitado por um só dos condôminos, 
este deve alugueres correspondentes aos demais quinhões. 
 
 
• Pergunta 6 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Considerando-se o condomínio edilício, analise as afirmativas e assinale a alternativa 
correta: 
I.O terreno e as partes de uso comum são inalienáveis e indivisíveis, de domínio 
comum de todos os proprietários do prédio. 
II.Os direitos condominiais sobre as partes comuns são acessórios que acompanham 
o domínio sobre as partes privativas. 
III.O condomínio edilício, pela lei atualmente em vigor, ocorre necessariamente em 
prédio com dois ou mais andares. 
 
Resposta Selecionada: a. 
I e II são corretas. 
Respostas: a. 
I e II são corretas. 
 
 b. 
I e III são corretas. 
 c. 
II e III são corretas. 
 d. 
Todas são corretas. 
 e. 
Todas são incorretas. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: em condomínio edilício, o terreno e as partes de uso 
comum são inalienáveis e indivisíveis, de domínio comum de todos os 
proprietários do prédio. Os direitos condominiais sobre as partes 
comuns são acessórios que acompanham o domínio sobre as partes 
privativas (art. 1331, CC/02). É permitido, atualmente, o condomínio em 
edificações em prédios de somente um pavimento (a lei de 1928 e as 
modificações posteriores falavam em prédios com dois ou mais 
andares). Assim, houve ampliação do sistema, com a possibilidade desse 
condomínio em prédiotérreo. 
 
• Pergunta 7 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Quando os condôminos, em um condomínio geral, pactuam a indivisibilidade da coisa, para a permanência em 
regime de condomínio, esse pacto caduca no prazo: 
Resposta Selecionada: a. 
De cinco anos. 
Respostas: a. 
De cinco anos. 
 b. 
De dez anos. 
 c. 
De quinze anos. 
 d. 
Avençado em contrato, sem limite previsto em lei quanto ao lapso temporal. 
 e. 
De dois anos. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: não pode haver ajuste de indivisão por mais de 5 anos e se presume juris et de 
jure que, se a indivisão for condição estabelecida pelo doador ou testador, ela o é somente 
por um quinquênio. 
 
 
• Pergunta 8 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. O ato de instituição do condomínio edilício é sempre ato de vontade. 
II. O condomínio edilício deve ser registrado no Registro de Imóveis da situação do imóvel. 
III. A vida do condomínio é regulada pela convenção, documento escrito em que estão os direitos e os deveres de 
cada condômino. 
 
Resposta Selecionada: d. 
Todas são corretas. 
Respostas: a. 
I e II são corretas. 
 b. 
I e III são corretas. 
 c. 
II e III são corretas. 
 d. 
Todas são corretas. 
 
e. 
Todas são incorretas. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: o ato de instituição do condomínio em edificações é sempre ato de vontade. Deve 
ser registrado no Registro de Imóveis da situação do imóvel. É ato do incorporador ou do 
proprietário. Difere da convenção e do regulamento que são atos dos condôminos e supõe o 
condomínio já instalado. A vida do condomínio é regulada pela convenção. Trata-se de 
documento escrito em que estão os direitos e os deveres de cada condômino (art. 9º). 
 
 
• Pergunta 9 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Venda e aluguel de vagas exclusivas a terceiros, no condomínio edilício: 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Só podem ser feitos com autorização expressa na convenção 
condominial. 
Respostas: a. 
Podem ocorrer se não houver proibição expressa em convenção 
condominial. 
 
b. 
Dependem da vontade do condômino, sendo nula a sua proibição 
em convenção condominial. 
 
c. 
São proibidos por força de lei, em virtude do regime jurídico do 
condomínio edilício. 
 d. 
Dependem de aprovação do síndico e do conselho consultivo. 
 
e. 
Só podem ser feitos com autorização expressa na convenção 
condominial. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: venda e aluguel de vagas (exclusivas) a terceiros só podem 
ser feitos com autorização expressa na convenção do condomínio. A Lei 
no 12.607, de 4 de abril de 2012, altera o § 1o, do art. 1.331, do Código Civil, no 
que tange ao critério de fixação da fração ideal e às disposições sobre 
alienação e locação de abrigos para veículos em condomínios edilícios. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.607-2012?OpenDocument
Conforme art. 1331, §1º, do CC, as partes suscetíveis de utilização 
independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e 
sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes 
comuns, sujeitam-se à propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e 
gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para 
veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas 
estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de 
condomínio. 
 
• Pergunta 10 
0,25 em 0,25 pontos 
 
Quanto à convenção condominial, no condomínio edilício, pode-se afirmar que: 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Vincula condôminos, ocupantes de unidades autônomas e adquirentes dessas unidades, 
desde que realizado o registro. 
Respostas: a. 
Suas cláusulas não obrigam em qualquer hipótese herdeiros de condôminos. 
 
b. 
Não pode obrigar adquirentes que compraram unidade autônoma depois de elaborada a 
convenção, ainda que se prove o seu registro. 
 c. 
Não depende de registro. 
 
d. 
Vincula condôminos, ocupantes de unidades autônomas e adquirentes dessas unidades, 
desde que realizado o registro. 
 
e. 
Somente vincula os condôminos que participaram de sua elaboração, como um contrato de 
sociedade. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: D 
Comentário: art. 1.333 e 1.334, do CC – com o registro, há presunção absoluta de 
conhecimento do conteúdo da convenção condominial, vinculando a todos: condôminos, 
ocupantes de unidades autônomas, sucessores a título singular etc.

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