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• Pergunta 1 0,25 em 0,25 pontos Quanto à abertura da sucessão, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: b. A propriedade e a posse transmitem-se aos herdeiros no momento do falecimento do autor da herança. Respostas: a. A propriedade se transmite no momento do falecimento do autor da herança, mas a posse se transmite no momento da partilha de bens. b. A propriedade e a posse transmitem-se aos herdeiros no momento do falecimento do autor da herança. c. Somente a posse, e nunca a propriedade, se transmite no momento do falecimento do autor da herança. d. No momento da partilha, a posse e a propriedade transmitem-se aos herdeiros. e. No momento da distribuição da ação de inventário são transmitidas aos herdeiros a posse e a propriedade. Comentário da resposta: Resposta: B Comentário: No que se refere à abertura da sucessão, conforme o art. 1.784 do CC, a sucessão causa mortis se abre com a morte do autor da herança. O instante do falecimento é o exato momento da transmissão da herança aos herdeiros legítimos e testamentários do de cujus. Quer os sucessores tenham ou não ciência da morte do autor da herança, a personalidade civil (capacidade da pessoa de ser titular de direitos e obrigações na órbita do direito) se extingue com sua morte. Saisine é o direito de os herdeiros se tornarem possuidores dos bens que constituem a herança, a partir do falecimento do autor da herança. Essa posse não depende da apreensão material da coisa. Ainda que a herança se encontre na detenção de terceiros, o herdeiro adquire a qualidade de possuidor. Ele obtém a posse indireta, a posse de direito. • Pergunta 2 0,25 em 0,25 pontos Assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: d. O legatário assume somente obrigações propter rem. Respostas: a. O herdeiro não assume dívida do de cujus. b. O herdeiro é sucessor a título particular. c. O legatário é sucessor a título universal. d. O legatário assume somente obrigações propter rem. e. O herdeiro é sucessor somente por força de lei (sucessor legítimo), nunca por força de testamento, pois, neste caso, o sucessor é chamado de legatário. Comentário da resposta: Resposta: D Comentário: A sucessão a título universal se dá quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade dos bens do de cujus, ou em uma parte alíquota deles (abstrata e ideal), ou seja: o sucessor se sub-roga na posição do finado, como titular da totalidade ou de parte da universitas iuris, que é o seu patrimônio, de modo que, da mesma maneira que se investe na titularidade de seu ativo, assume a responsabilidade por seu passivo. O herdeiro pode ser legítimo ou testamentário. Já a sucessão a título singular ocorre quando o testador se dispõe a transferir ao beneficiário bens individuados, determinados. O sucessor a título singular é chamado de legatário, e não de herdeiro. E o legatário não assume obrigações do de cujus, salvo as obrigações propter rem, que acompanham o dono. • Pergunta 3 0,25 em 0,25 pontos Nas alternativas a seguir, assinale a que não trata de herdeiros necessários. Resposta Selecionada: d. Irmãos. Respostas: a. Filhos. b. Netos. c. Cônjuge. d. Irmãos. e. Pais e avós. Comentário da resposta: Resposta: D Comentário: São herdeiros necessários, consoante art. 1.845 do Código Civil, descendentes, ascendentes e cônjuge. Mas o convivente é equiparado ao cônjuge, podendo ser considerado herdeiro necessário também. • Pergunta 4 0,25 em 0,25 pontos Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I) Os direitos de herdeiro à sucessão aberta podem ser transmitidos gratuita ou onerosamente. II) A cessão de direitos hereditários pode ser feita antes do falecimento do autor da herança. III) Aberta a sucessão, é lícita a cessão, mas somente após realizada a abertura do inventário. Resposta Selecionada: c. II e III são incorretas. Respostas: a. I e II são incorretas. b. I e III são incorretas. c. II e III são incorretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Comentário da resposta: Resposta: C Comentário: Os direitos de herdeiro à sucessão aberta podem ser transmitidos gratuita ou onerosamente. A cessão é negócio jurídico inter vivos. Pode ocorrer com a morte do autor da herança e abertura da sucessão. Antes, a cessão seria pacto sucessório, contrato que tem por objeto a herança de pessoa viva, que a lei proíbe (art. 426 do CC) e é negócio nulo de pleno direito (art. 166, II e VII do CC). Aberta a sucessão, é lícita a cessão, mesmo feita antes da abertura do inventário. • Pergunta 5 0,25 em 0,25 pontos Nas alternativas a seguir, assinale a que trata de não legitimado(s) a suceder por testamento: Resposta Selecionada: c. Embriões excedentários. Respostas: a. Nascituro. b. Pessoas jurídicas devidamente registradas. c. Embriões excedentários. d. Filhos ainda não concebidos de pessoas indicadas no testamento, vivas ao tempo da abertura da sucessão. e. Fundação cuja organização esteja determinada no testamento. Comentário da resposta: Resposta: C Comentário: O nascituro (conforme art. 1.798 do CC), que não tem personalidade, tem legitimação para suceder, quer se trate de sucessão legítima, quer de testamentária. Embriões excedentários não têm direito à sucessão. Consoante art. 1.799 do CC, na sucessão testamentária ainda podem ser chamados a suceder: os filhos ainda não concebidos de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; as pessoas jurídicas com personalidade jurídica (podem ser nomeadas herdeiras ou legatárias); as pessoas jurídicas cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação. • Pergunta 6 0,25 em 0,25 pontos Nas alternativas a seguir, assinale a que trata de pessoa que tem legitimação para suceder por testamento: Resposta Selecionada: c. Filho da concubina que também o é do testador. Respostas: a. Pessoa que escreveu o testamento a rogo do testador. b. Cônjuge de quem escreveu o testamento a rogo do testador. c. Filho da concubina que também o é do testador. d. Tabelião civil ou militar perante quem se fizer o testamento. e. Testemunha testamentária. Comentário da resposta: Resposta: C Comentário: São pessoas sem legitimação na sucessão testamentária, conforme art. 1.801 do CC, a pessoa que a rogo do testador escreveu o testamento, seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos. Não podem ser herdeiros ou legatários pessoas ligadas a quem escreve o testamento, para se evitar que se indique, por fraude, beneficiários de liberalidades. No art. 1.801, I do CC faltou proibir o descendente da pessoa que escreve o testamento. O art. 1.802 dessa Lei corrige o erro: são nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso ou feitas mediante interposta pessoa. E o parágrafo único presume pessoas interpostas, dentre outros, os descendentes do não legitimado a suceder. As testemunhas do testamento não têm legitimação, para não haver influência na vontade do testador. Já o art. 1.803 do CC: é lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador (antes, a Súmula 447 do STF já estabelecia dessa forma). Não são legitimados o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento. Isso para se evitar de se beneficiar quem poderia atuar sobre a vontade do testador. Não se permite conduzir o testador a testar de modo diferente. A proibição de ser nomeado herdeiro ou legatário é para o tabelião, nos testamentos ordinários, ou para o quefaz as vezes de tabelião, assumindo função notarial, nos testamentos especiais. • Pergunta 7 0,25 em 0,25 pontos Assinale a alternativa correta quanto à renúncia à herança. Resposta Selecionada: c. Os herdeiros do renunciante não podem representá-lo na sucessão do ascendente. Respostas: a. Pode conter condição, mas não pode estabelecer termo. b. É negócio jurídico solene que depende de instrumento particular e vênia conjugal. c. Os herdeiros do renunciante não podem representá-lo na sucessão do ascendente. d. A renúncia à herança não depende de vênia conjugal. e. A renúncia à herança é irrevogável e, por isso, não pode ser anulada por vício de consentimento. Comentário da resposta: Resposta: C Comentário: Renúncia à herança é negócio jurídico unilateral, solene e de interpretação restritiva, pelo qual abre-se mão do direito à sucessão aberta. Não pode conter condição ou termo. Se o filho renuncia à herança do pai, a lei o considera como se nunca tivesse sido herdeiro (ele não paga imposto). Seus filhos, netos do morto, são chamados à sucessão e herdam diretamente do avô. A renúncia é feita por instrumento público (escritura pública) ou por termo nos autos, conforme art. 1.806 do CC. A solenidade assegura a liberdade do renunciante e a autenticidade de sua declaração e também ressalta a relevância do ato. Quanto à vênia conjugal, o direito à sucessão aberta é bem imóvel (art. 80, II), portanto a renúncia depende de vênia conjugal (art. 1.647, I), salvo no regime de separação absoluta de bens (art. 1.647, caput, parte final e art. 1.687). A renúncia retroage ao momento da abertura da sucessão: o herdeiro renunciante é considerado como se nunca houvesse sido herdeiro, então seus descendentes não podem representá-lo na sucessão do ascendente. Os descendentes do renunciante podem vir a herdar por direito próprio e por cabeça se o renunciante for o único de sua classe, ou se todos os da mesma classe renunciarem, de acordo com o art. 1.811, 2ª parte da referida Lei. Na sucessão legítima a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único dessa classe, a sucessão devolve- se aos herdeiros da classe subsequente (art. 1.810). Na sucessão testamentária a renúncia do herdeiro torna caduca a disposição que o beneficia, a menos que o testador tenha indicado substituto (art. 1.947) ou haja direito de acrescer entre os herdeiros (art. 1.943). A renúncia, como todo negócio jurídico, é anulável se a vontade foi viciada por erro, dolo, estado de perigo ou coação. Não é retratação da renúncia, mas sua anulação por vício do consentimento. O CC no art. 1.812, dispõe: são irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. • Pergunta 8 0,25 em 0,25 pontos Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I) Indignidade é a perda do direito à sucessão legítima ou testamentária por causa da prática de algum dos atos previstos em rol taxativo na lei. II) Indignidade é diferente de deserdação. Esta é instituto exclusivo da sucessão testamentária para afastar da legítima os herdeiros necessários. Já a indignidade atinge tanto a sucessão legítima como a derivada de testamento. III) A indignidade só será declarada após o trânsito em julgado da decisão judicial que a reconhecer. Extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão, o direito de propor a exclusão do herdeiro ou legatário. Resposta Selecionada: d. Todas são corretas. Respostas: a. Apenas I e II são corretas. b. Apenas I e III são corretas. c. Apenas II e III são corretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Comentário da resposta: Resposta: D Comentário: Indignidade é a perda do direito à sucessão legítima ou testamentária por causa da prática de algum dos atos previstos em rol taxativo na lei. do art. 1.814 do CC. Afasta da sucessão o ingrato. Indignidade é diferente de deserdação. Esta é instituto exclusivo da sucessão testamentária, para afastar da legítima os herdeiros necessários. Já a indignidade atinge tanto a sucessão legítima como a derivada de testamento. Por isso, a matéria é disciplinada pela referida Lei no Título I do Livro V, título que trata da sucessão em geral, e não dentro da sucessão testamentária. A indignidade só será declarada após o trânsito em julgado da decisão judicial que a reconhecer. Extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão, o direito de propor a exclusão do herdeiro ou legatário, conforme art. 1.815, parágrafo 1º do CC. • Pergunta 9 0,25 em 0,25 pontos O Cônjuge não concorre com os descendentes, na sucessão legítima, em caso de: Resposta Selecionada: e. Regime de comunhão universal de bens no casamento. Respostas: a. Separação de fato por prazo superior a um ano. b. Regime de separação de bens no casamento. c. Regime de comunhão parcial de bens no casamento. d. Regime de bens de divisão final de aquestos. e. Regime de comunhão universal de bens no casamento. Comentário da resposta: Resposta: E Comentário: De acordo com o art. 1.829, I do CC, a sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único, CC); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares. O direito sucessório do cônjuge só existe se ao tempo da morte não estavam separados judicialmente e nem separados de fato há mais de dois anos. No caso da separação de fato, o cônjuge sobrevivente será chamado à sucessão só se provar que a convivência se tornara impossível sem culpa sua (art. 1.830). • Pergunta 10 0,25 em 0,25 pontos Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I) Na sucessão dos ascendentes não há o direito de representação. Assim, o ascendente de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, sem distinção de linhas. II) Na falta de descendentes, concorrem ascendentes e cônjuge independentemente do regime de bens. III) Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios. Então, se o morto deixa parentes do mesmo grau, tios e sobrinhos (3º grau), os sobrinhos (por lei) têm preferência. A lei presume que a afeição é maior em relação aos sobrinhos que em relação aos tios. Resposta Selecionada: d. Todas são corretas. Respostas: a. Apenas I e II são corretas. b. Apenas I e III são corretas. c. Apenas II e III são corretas. d. Todas são corretas. e. Todas são incorretas. Comentário da resposta: Resposta: D Comentário: Na sucessão dos ascendentes não há o direito de representação. Assim, o ascendente de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto, sem distinção de linhas. Na falta de descendentes é que são chamados à sucessão, mas em concorrência com o cônjuge, conforme art. 1.836, caput da mesma Lei. Enquanto a concorrência do cônjuge com os descendentes depende do regime de bens do casamento, conforme art. 1.829, I dessa Lei, na concorrência com os ascendentes a lei não traz limitação. Qualquer que tenha sido o regime de bens, o cônjuge concorre com os ascendentes do falecido. O art. 1.843, caput da mesma Lei define que na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios. Então, se o morto deixa parentes do mesmo grau, tios e sobrinhos (3º grau), os sobrinhos (por lei) têm preferência. A lei presume que a afeição é maior em relação aos sobrinhos que em relação aos tios.
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