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ANÁLISE E LEITURA FÍLMICA E seu nome é Jonas 1979

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB 
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – UNEAD 
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
LIBRAS 
 
 
AGNA ALZIRA OLIVEIRA 
ANA CAROLINA SANTANA CONCEIÇÃO 
FRANCIELE SANTOS DA SILVA 
 
 
 
 
ANÁLISE E LEITURA FÍLMICA: E seu nome é Jonas (1979) 
 
 
 
 
 
 
 
Sítio do Quinto - BA 
2021
1 
 
 
 
 
AGNA ALZIRA OLIVEIRA 
ANA CAROLINA SANTANA CONCEIÇÃO 
FRANCIELE SANTOS DA SILVA 
 
 
 
 
ANÁLISE E LEITURA FÍLMICA: E seu nome é Jonas (1979) 
 
 
 
 
 
Resumo solicitado como requisito de avaliação do 
componente curricular de Libras, do curso de 
Licenciatura em História, pela Unidade 
Acadêmica de Educação a Distância (UNEAD), 
Universidade do Estado da Bahia (UNEB). 
Tutora Online: Marcela Souza Macedo Smigura 
Tutora Presencial: Maria das Dores R. Moura do 
Nascimento. 
Profa. Formadora: Jusceli Maria Oliveira Carvalho 
Cardoso. 
 
 
 
Sítio do Quinto- BA 
2021 
2 
 
 
 
 Um menino incompreensível. Interpretado por Jeffrey Bravin, um ator surdo, assim foi 
considerado o pequeno Jonas Corelli, desde que nasceu sendo diagnosticado 
erroneamente pelos médicos como um deficiente mental. Relegado pelos pais, passa 
os primeiros anos de sua infância numa espécie de internato para crianças com tal 
particularidade. Estreou no Brasil em 28 de janeiro de 1979, tendo como diretor 
Richard Michaels, roteirista Michael Bortan e produtor Norman Felton. Essa narrativa 
se passa nos EUA, no final da década de setenta, uma época que ainda com bastante 
relutância, a Língua de Sinais começa a ganhar espaço como metodologia de estudo 
em centros alternativos de ensino e aprendizagem, contrariando o método do 
Oralismo que tratava a surdez como uma deficiência que poderia ser minimizada pela 
forte ênfase no papel da linguagem verbal no funcionamento cognitivo humano. 
Além desse cenário inicial, é valido ressaltar que mesmo após quatro décadas desde 
o seu lançamento, nota-se ainda muitas dificuldades representadas no filme que 
podem ser visualizadas no momento contemporâneo, principalmente no que tange os 
preconceitos e dificuldades enfrentadas por indivíduos com surdez e não com 
deficiência mental, que para a cultura da época e, infelizmente para alguns nos dias de 
hoje, parece ser apenas termos sinônimos. Acerca dessa situação, a família de Jonas 
que é ouvinte, ao descobrir o engano, retira-o do internato e o traz de volta para o 
convívio familiar. A primeira tentativa de inserção social do menino pelos pais já 
evidencia o começo das dificuldades a serem confrontadas devido as suas 
dessemelhanças, como, por exemplo, na cena em que Jonas começa a dançar 
animadamente ao ver os outros dançarem e, mesmo quando a música é pausada, 
prossegue dançando o que chama a atenção e provoca certo constrangimento nas 
pessoas presentes. 
Continuando nessa tentativa de reparar o tempo perdido, a senhora Corelli, mãe de 
Jonas, o matricula em uma escola (oralista) para surdos, todavia, ele não consegue 
acompanhar seus colegas de sala, vale lembrar que nessa escola o uso de sinais 
era proibido, a diretora e demais membros do corpo docente acreditavam que o uso 
dos gestos seria capaz de deixar o aluno preguiçoso, desta forma, o surdo não seria 
oralizado, o que faria com que ele se comunicasse somente com quem também 
fosse surdo. Aliado a estes fatores, vem à tona o problema de compreensão nas 
situações cotidianas enfrentadas por Jonas, como por exemplo, o pedido de um hot 
3 
 
 
 
dog em um simples passeio no parque, o medo do boneco do personagem Spider-
Man (Homem Aranha), a falta de apetite para legumes do tipo ervilha, os olhares 
maldosos pelos colegas do pai e pela vizinhança e, a pior delas: a morte fulminante 
de seu avô, abalando-o profundamente. 
Ademais, a falta de uma língua e de conhecimento sobre a surdez, fomentam novos 
desafios para o menino e seus pais, que passam a encarar uma vida muito diferente 
da que estavam acostumados com apenas o filho mais novo. A senhora Corelli por 
vezes sente-se culpada e procura auxílio de todos os modos possíveis, principalmente 
ao lado dos demais membros de sua família e de alguns conhecidos que trabalham na 
feira semanal, já o seu esposo não suporta a pressão social de ter um filho com 
deficiência e abandona seu lar, com a desculpa de todas as limitações comunicativas 
impostas pela surdez. 
Em dado momento, já bastante frustrada com a falta de avanço na aprendizagem do 
filho e com todos os percalços pós separação, a mãe de Jonas conhece um casal de 
surdos e, a convite desse casal, visita um clube de surdos ao lado de outra mãe 
ouvinte que também fora adepta da metodologia do Oralismo, dessa nova 
convivência, uma outra ótica começa a aparecer para Jonas e seus familiares. 
Posteriormente, alguns surdos começam a instruir a linguagem de sinais para Jonas, 
que ao lado de seus familiares passam a aprender o que é e como funciona a 
denominada Cultura Surda, tornando-o uma criança mais feliz, pois agora além de 
sentir-se compreendido, também compreende o mundo que o cerca. 
Agora, o Homem Aranha das revistas em quadrinhos torna-se um novo amigo, os 
sentimentos de tristeza pela partida abrupta do avô agora são expressados com 
gestos de amor, o pedido do tão saboroso hot dog não mais é um martírio... Por 
essas temáticas, tal produção cinematográfica nos permitiu ampliar o olhar não só 
comovente, mas também de respeito, para o universo da criança surda e de todo o 
seu sentimento de pertencimento ao longo do desenvolvimento de formação 
identitária da pessoa surda que se torna um sujeito ativo na sociedade. 
 
 
 
4 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CROMACK, E. M. P. da C. Identidade, cultura surda e produção de subjetividades 
e educação: atravessamentos e implicações sociais. Psicologia, Ciência e 
Profissão, 2004, 24 (4), 68-77. 
FILMOW. Ficha técnica “E seu nome é Jonas (1979)”. Portal Terra. Disponível em: 
< https://filmow.com/e-seu-nome-e-jonas-t16383/ficha-tecnica/>. Acesso: 23 de junho 
de 2021. 
LIBRAS, Rogério Santos. E seu nome é Jonas (1979). Youtube. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=UriXl_hKQ2Y>. Acesso: 21 de junho de 2021. 
SOUZA, Wellington Ribeiro de. Língua, discurso, ideologia: O sujeito surdo no 
simbólico – Onde estão os sentidos?. Licenciatura em Letras. UFRB-CFP. 
Amargosa, 2018.

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