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FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS Sandro Mabel Presidente DIRETORIA SENAI Paulo Vargas Diretor Regional do SENAI DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA SESI SENAI GO Claudemir José Bonatto Diretor de Educação e Tecnologia Weysller Matuzinhos de Moura Gerente de Educação Profissional Osvair Almeida Matos Gestor do Núcleo Integrado de Educação a Distância Paulo de Sá Filho Coordenador do Núcleo Integrado de Educação a Distância SÉRIE CONSITRUÇÃO CIVIL DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 2021.SENAI - Departamento Nacional 2021.SENAI - Departamento Regional de Goiás A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Goiás. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica - UNIEP SENAI Departamento Regional de Goiás Núcleo Integrado de Educação a Distância - NIEaD SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sumário 1.1 SUMÁRIO 1.1 DESENHO TÉCNICO ...................................................................................................................................................................9 1.2 DESENHO GEOMÉTRICO .........................................................................................................................................................10 2.1 INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS DE DESENHO ................................................................................................................13 3.1 NORMAS DE DESENHO TÉCNICO ........................................................................................................................................19 3.1.1 TIPOS DE LINHAS .................................................................................................................................................... 19 3.1.2 ESCALAS ..................................................................................................................................................................... 19 3.1.3 COTAGEM ................................................................................................................................................................... 20 3.2 REPRESENTAÇÃO DE VISTAS ..................................................................................................................................................20 3.2.1 MÉTODO EUROPEU ............................................................................................................................................... 20 3.3 PERSPECTIVAS .............................................................................................................................................................................21 3.3.1 ISOMÉTRICA .............................................................................................................................................................. 21 3.3.2 CAVALEIRA ................................................................................................................................................................. 21 3.4 PROJETO ARQUITETÔNICO ....................................................................................................................................................23 3.4.1 NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................................................................... 23 3.4.2 ESCALAS RECOMENDADAS ................................................................................................................................ 24 3.5 PROJETO DE ARQUITETURA:CONJUNTO DE PLANTAS ...............................................................................................24 3.5.1 PLANTA DE SITUAÇÃO .......................................................................................................................................... 25 3.5.2 PLANTA DE LOCAÇÃO OU LOCALIZAÇÃO.................................................................................................... 26 3.5.3 PLANTA BAIXA ......................................................................................................................................................... 26 3.5.4 COBERTURA .............................................................................................................................................................. 27 3.5.5 CORTES ....................................................................................................................................................................... 27 3.5.6 FACHADAS OU ELEVAÇÕES ................................................................................................................................ 28 4.1 PLANTA BAIXA ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ................................................................................................................29 4.1.1 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS .............................................................................. 30 4.1.1.1 PAREDES ....................................................................................................................................................30 4.1.1.2 PORTAS E PORTÕES .............................................................................................................................31 4.1.1.3 JANELAS ....................................................................................................................................................31 4.1.1.4 PISOS ..........................................................................................................................................................32 4.1.1.5 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS .............................................................................................32 4.1.1.6 ELEMENTOS NÃO VISÍVEIS .................................................................................................................33 5.1 PLANTA BAIXA REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ..............................................................................................35 5.1.1 NOME DOS AMBIENTES E ÁREAS ..................................................................................................................... 36 5.1.2 NÍVEIS .......................................................................................................................................................................... 36 5.1.3 DIMENSÕES DAS ABERTURAS ........................................................................................................................... 37 5.1.4 DIMENSÕES DAS ABERTURAS ........................................................................................................................... 38 5.1.5 NUMERAÇÃO E TÍTULOS DOS DESENHOS ................................................................................................... 38 5.1.6 INDICAÇÃO DE CORTE .......................................................................................................................................... 39 6.1 PROJETO ARQUITETONICO - FASES ....................................................................................................................................41 6.1.1 ESTUDO PRELIMINAR ............................................................................................................................................ 41 6.1.2 ANTEPROJETO ......................................................................................................................................................... 42 6.1.3 PROJETO LEGAL ......................................................................................................................................................42 6.1.4 PROJETO DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................................... 43 6.1.5 AS BUILT (PROJETO COMO CONSTRUÍDO)................................................................................................... 43 6.1.6 NORMAS TÉCNICAS ............................................................................................................................................... 44 6.1.7 ESCALAS RECOMENDADAS ................................................................................................................................ 44 6.1.8 PROJETO DE ARQUITETURA: CONJUNTO DE PLANTAS .......................................................................... 44 6.1.9 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS .............................................................................. 45 6.2 PLANTA BAIXA: ROTEIRO SEQUENCIAL DE DESENHO ................................................................................................49 6.3 CORTES ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ...............................................................................................................................51 6.3.1 CORTES ....................................................................................................................................................................... 51 6.3.2 CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL ...................................................................................................... 52 6.4 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS .................................................................................................53 6.4.1 FUNDAÇÕES ............................................................................................................................................................. 53 6.4.2 CORTES REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ......................................................................................... 56 6.4.3 NOME DOS AMBIENTES ....................................................................................................................................... 56 6.4.4 NÍVEIS .......................................................................................................................................................................... 57 6.4.5 HACHURAS ................................................................................................................................................................ 57 6.5 COTAGEM NO DESENHO TÉCNICO .....................................................................................................................................59 6.5.1 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O SISTEMA DE COTAGEM ........................................................................ 59 6.5.2 REGRAS GERAIS PARA COTAGEM ..................................................................................................................... 59 6.5.3 POSICIONAMENTO DOS VALORES NUMÉRICOS (NBR 10126): ............................................................. 61 6.6 ESCALAS ........................................................................................................................................................................................62 6.6.1 ESCALÍMETRO .......................................................................................................................................................... 62 6.6.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ESCALAS ......................................................................................................................... 63 6.6.3 TIPOS DE ESCALAS ................................................................................................................................................. 63 6.6.4 APLICAÇÕES ............................................................................................................................................................. 64 1.1 DESENHO TÉCNICO O que é desenho? O desenho é uma arte! É o processo de criação visual com objetivo fi nal. Um bom desenho mostra a melhor expressão visual possível da essência daquilo que está representando. Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunicação. E essa comunicação (representação gráfi ca) trouxe grandes contribuições para a compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até suas ideias. O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma forma intensa as suas vivências. Desenho Técnico 1 10 CONSTRUÇÃO CIVIL Entre os tipos de desenho temos: • Desenho artístico ou de expressão; • Desenho de resolução ou de precisão - a geometria descritiva; • Desenho de representação ou técnico; Desenho Técnico é uma forma de representação gráfica usada, entre outras finalidades, para ilustrar instrumentos de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas, por exemplo. É também a linguagem universal para identificar um produto segundo sua forma gráfica. Pois, represen- tam corpos, formas, dimensões e o material de que são constituídos. O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto a ser representado. 1.2 DESENHO GEOMÉTRICO Expressão gráfica da forma, considerando-se as propriedades relativas à sua extensão, ou seja, suas dimensões. Essas dimensões são as três medidas que compõem o nosso mundo tridimensional: o compri- mento, a largura e a altura (ou a espessura em alguns casos). Algumas formas apresentam apenas o comprimento, logo o ente geométrico que traduz essa forma é a linha. • Quando um objeto apresenta duas dimensões, isto é, um comprimento e uma largura, o ente geo- métrico que o representa é o plano. Temos aí a idéia de área, de superfície. 11DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as três dimensões, temos a idéia do volu- me. Considerando agora as três dimensões O Espaço Geométrico pode ser comparado à ideia tradicional do espaço cósmico infinito, ressaltando- -se aqui que é sabido que outras teorias contestam esse modelo. No entanto, para a geometria tradicional fica valendo a velha ideia. É no Espaço Geométrico que se localizam os Entes Geométricos, que, organiza- dos darão formato às figuras ou Corpos Geométricos. Entes geométricos: Ponto, Linha, O plano e a Reta 12 CONSTRUÇÃO CIVIL 2.1 INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS DE DESENHO Para uma melhor apresentação do desenho (desenho preciso e límpido), devem ser utili- zados instrumentos adequados. Com a difusão dos programas de CAD ( Computer Aided De- sign), alguns materiais de desenho se tornaram obsoletos. Mas, o conhecimento é importante no processo construção de conhecimentos. Alguns materiais são: Prancheta: Onde são fi xados os papéis para a execução dos desenhos. Retângulo de madeira apoiado sobre um cavalete onde os 4 lados devem estar no esquadro. A superfície deve ser lisa. Deve-se ter cuidados com a iluminação para não formar sombra sobre o desenho. Régua paralela: É uma régua composta de uma haste e fi os para fi xá-la na pran- cheta. Uma vez fi xa, desliza sobre ela e é possível traçar-se linhas paralelas horizontais ou ainda apoiar esquadros para traçar-se linhas verticais ou com determinada inclinação. São fabricadas em acrílico transparente e podem ser encontradas em vários tamanhos. Instrumentos e Utensílios de Desenho 2 14 CONSTRUÇÃO CIVIL Esquadros: São fabricados em material transparente para observar os pontos de contato. Tem forma de triângulo retângulo, formando ângulos de 45º, 30º e 60º. São utilizados para o traçado de retas paralelas, retas oblíquas e retas perpendiculares as retas dadas. Para usar o esquadro, fixe-o com a palma da mão, incline o lápis em relação ao papel aproximadamente 60º, de modo que a ponta fique ligeiramente afastada do esquadro. O esquadro é usadode modo que fique à direita do traço, isso não vale para desenhistas canhotos. Escalímetro ou escala: Desenvolvida no formato triangular com seis tipos de escala sendo 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. A escala adotada deve ser indicada na legenda do desenho e quando em uma mesma prancha se utili- zar vários tipos de escala, deve-se colocar abaixo do desenho cada uma. A escala é a razão existente entre as medidas no papel do desenho e as medidas reais do objeto. Vere- mos isto no capitulo referente ao estudo e uso das escalas. Não se deve usar a escala para traçar linhas, pois o lápis suja a régua, gasta a graduação e a linha não é regular por falta de apoio. Seu uso é exclusivamente para marcar e tomar medidas. Compasso: Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O compasso é usado para traçar circunferências, arcos de circunferências (partes de circunferência) e também para transportar medidas. Numa de suas hastes temos a ponta seca e na outra o grafite, que deve ser apontado obliquamente (em bisel). Ao abrirmos o compasso, estabelecemos uma distância entre a ponta seca e o grafite. Tal distância representa o raio da circunferência ou arco a ser traçado. 15DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Transferidor: Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material transparente (acrílico ou plástico) e podem ser de meia volta (180°) ou de volta completa (360°). Gabarito: São placas vazadas de acrílico transparente para serem utilizadas a fim de desenhar perfis especiais e peças padronizadas como círculos, tubulações, elipses, louças sanitárias, etc. Possuem diversas escalas Borracha: Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético. Para pequenos erros, usa-se também o lápis- -borracha. Régua: Em acrílico ou plástico transparente, graduada em cm (centímetros) e mm (milímetros) 16 CONSTRUÇÃO CIVIL Papel: Blocos, cadernos ou folhas avulsas (papel ofício) de cor branca e sem pautas. Formato do papel: Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados obedecendo as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O formato básico, designado por A0 é o do retângulo de lado medindo 841 e 1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste formato básico derivam os demais da série A, pela bipartição ou duplicação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os mais usados, porém existem ainda formatos menores que A4 e maiores que A0. 17DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Lápis ou lapiseira: Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem grau de dureza variável, classificado por letras, números ou a junção dos dois. As lapiseiras apresentam graduação quanto à espessura do grafite, sendo as mais comumente encon- tradas as de número 0,3 – 0,5 – 0,7 e 1,0. 18 CONSTRUÇÃO CIVIL Régua fexível: Permite qualquer tipo de curvatura. Fita adesiva: Para fi xar o papel de desenho na prancheta. Movimentos com os esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de linhas: 3.1 NORMAS DE DESENHO TÉCNICO 3.1.1 TIPOS DE LINHAS 3.1.2 ESCALAS Normas de Desenho Técnico 3 20 CONSTRUÇÃO CIVIL 3.1.3 COTAGEM 3.2 REPRESENTAÇÃO DE VISTAS 3.2.1 MÉTODO EUROPEU Objeto a desenhar dentro do cubo: Objeto a desenhar dentro do cubo: 21DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Às projeções camamos VISTAS: 3.3 PERSPECTIVAS 3.3.1 ISOMÉTRICA 3.3.2 CAVALEIRA 22 CONSTRUÇÃO CIVIL 3.4 PROJETO ARQUITETÔNICO Conjunto de passos normativos, voltados para o planejamento formal de um edifício qual- quer, regulamentado por um conjunto de normas técnicas e por um código de obras. Fases do projeto de arquitetura: Estudo preliminar Anteprojeto Projeto legal Projeto de execução Projeto como construído (as built) 3.4.1 NORMAS TÉCNICAS Norma técnica é o resultado de um processo de consenso estabelecido por um organismo reconhecido onde todas as partes interessadas podem participar e contribuir. As Normas se baseiam em estudos consolidados da ciência, tecnologia e experiência acu- mulada, visando a benefícios para a comunidade. NBR 6492/94 – Representação de projetos de arquitetura NBR 8196/99 – Emprego de escalas NBR 8403/84 – Aplicações de linhas – tipos e larguras NBR 10068/87 – Folha de desenho – leiaute e dimensões NBR 13142/99 – Dobramento e cópia Projeto Arquitetônico 4 24 CONSTRUÇÃO CIVIL 3.4.2 ESCALAS RECOMENDADAS Quando desenhamos peças ou objetos de dimensões muito grandes ou muito pequenas, os desenhos são feitos em tamanhos menores ou maiores. Esse processo de mudança das dimensões reais de medidas para outras medidas no desenho é feito pela utilização de escalas. • Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1/10 – Detalhamento em geral; • Escala 1:20, 1:25 – Ampliações de banheiros, cozinhas outros compartimentos e escadas; • Escala 1:50 – Mais utilizada na representação de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetôni- cos; • Escala 1:75 – Utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra; • Escala 1:100 – Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1/50; • Escala 1:200 e 1:250 – Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, loca- lização, topografia, paisagismo e desenho urbano; • Escala 1:500 e 1:1000 – Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia 3.5 PROJETO DE ARQUITETURA:CONJUNTO DE PLANTAS • Planta de Situação • Planta de Locação ou Localização • Planta Baixa • Cobertura • Cortes • Fachadas ou Elevações • Detalhes ou Ampliações 25DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 3.5.1 PLANTA DE SITUAÇÃO Vista ortográfica superior esquemática com abrangência de toda a zona que envolve o terreno onde será edificada a construção projetada, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões do lote e a amarração deste no quarteirão em que se localiza. 26 CONSTRUÇÃO CIVIL 3.5.2 PLANTA DE LOCAÇÃO OU LOCALIZAÇÃO Representação da vista ortográfica superior esquemática, abrangendo o terreno e o seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da construção dentro do terreno para o qual está projetada. 3.5.3 PLANTA BAIXA A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do tipo corte, obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano projetante secante horizontal, de altura a seccionar o máximo possível de aberturas (média de 1,20 a 1,50m em relação ao piso do pavimento em questão) e con- siderando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido de informações técnicas. 27DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 3.5.4 COBERTURA Representação gráfica da vista ortográfica principal superior de uma edificação ou vista aérea de seu telhado, acrescida de informações dos sistemas de escoamento pluvial. 3.5.5 CORTES Os CORTES são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas quando pas- samos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o complementam. 28 CONSTRUÇÃO CIVIL 3.5.6 FACHADAS OU ELEVAÇÕES São desenhos das projeções verticais e horizontais das arestas visíveis do volume projetado sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, ele- mentos de fachada, telhados, assim como todos os outros visíveis de fora da edifi cação. 4.1 PLANTA BAIXA ELEMENTOS CONSTRUTIVOS • Paredes e elementos estruturais; • Aberturas (portas, janelas, portões); • Pisos e seus componentes (degraus, rampas, escadas); • Equipamentos de construção (aparelhos sanitários, roupeiros, lareiras); • Aparelhos elétricos de porte (fogões, geladeiras, máquinas de lavar) e elementos de im- portância não visíveis. Planta Baixa Representação das Informações 4 30 CONSTRUÇÃO CIVIL 4.1.1 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 4.1.1.1 PAREDES São representadas de acordo com suasespessuras e com simbologia relacionada ao material que as constitui. Normalmente desenha-se a parede de 15cm, ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica. • Tipos de linha contínua • Espessura larga Ao utilizar a escala 1/200 ou outras similares que originem desenhos muito pequenos, torna-se imprati- cável desenhar as paredes utilizando dois traços, deve-se portanto desenhar as paredes “cheias”. 31DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 4.1.1.2 PORTAS E PORTÕES São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se necessá- rio, procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado. 4.1.1.3 JANELAS São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria. 32 CONSTRUÇÃO CIVIL 4.1.1.4 PISOS Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”, ou seja, áreas dotadas de equipa- mentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc... O tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos. 4.1.1.5 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria. 33DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 4.1.1.6 ELEMENTOS NÃO VISÍVEIS No desenho da Planta Baixa deve-se indicar elementos julgados de importância pelo projetista, mas situados acima do plano de corte, ou abaixo, mas escondidos por algum outro elemento arquitetônico. Neste caso, deve-se sempre representar o contorno do elemento considerado, através do emprego de linhas tracejadas curtas, de espessura fina, conforme exemplificações a seguir. Conforme norma, deve-se usar linhas traço-ponto-ponto para representar elementos que ficam acima do plano de corte, enquanto as linhas tracejadas são destinadas apenas à representação de elementos ocultos além do plano de corte. Porém, conforme mostrado na figura abaixo, aceita-se o uso de linhas tracejadas em ambos os casos. 34 CONSTRUÇÃO CIVIL 5.1 PLANTA BAIXA REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES • Nome das dependências; • áreas úteis; • tipos de pisos dos ambientes; • níveis; • posições dos planos de corte verticais; • cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de esquadrias; • cotas gerais; informações sobre elementos não visíveis; • outras informações. Planta Baixa Representação das Informações 5 36 CONSTRUÇÃO CIVIL 5.1.1 NOME DOS AMBIENTES E ÁREAS • Nomes em letras padronizadas, conforme norma brasileira; • Nomes de preferência na horizontal; • Utilização sempre de letras maiúsculas; • Alturas das letras entre 3 e 5 mm; • Letras de eixo vertical, não inclinadas; • Colocação convencional no centro das peças. • Título dos compartimentos • Área dos compartimentos • Níveis 5.1.2 NÍVEIS São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero. Regras: • Colocar dos dois lados de uma diferença de nível; • Indicar sempre em metros, na horizontal; • Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de desníveis iguais (escada); 37DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5.1.3 DIMENSÕES DAS ABERTURAS A forma mais recomendada, por ser mais completa, para a representação das informações relativas às esquadrias, é a utilização de códigos e quadro de esquadrias. Segundo essa metodologia, cada esquadria diferente entre si deverá ser acompanhada por um código sequencial dentro de uma circunferência. O mesmo código deve aparecer em um quadro, denominado QUADRO de ESQUADRIAS ou ABERTURAS, que descreverá as informações relevantes de tal esquadria. 38 CONSTRUÇÃO CIVIL 5.1.4 DIMENSÕES DAS ABERTURAS Comumente utiliza-se para janelas os códigos J1, J2, J3,... e para portas P1, P2, P3, P4... O quadro de esquadrias deverá conter pelo menos: código, dimensões, tipo de funcionamento e mate- riais da esquadria que está sendo descrita. 5.1.5 NUMERAÇÃO E TÍTULOS DOS DESENHOS 39DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5.1.6 INDICAÇÃO DE CORTE 40 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.1 PROJETO ARQUITETONICO - FASES 6.1.1 ESTUDO PRELIMINAR • Esboço inicial do projeto - CROQUI • Considera o programa de necessidades do cliente e as informações legais sobre o terre- no e o entorno • Baseada neste desenho, é feita a primeira avaliação pelo cliente • Estudo de materiais, volumetria e ocupação do terreno, relacionados a aspectos legais e de insolação Projeto Arquitetonico - Fases 6 42 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.1.2 ANTEPROJETO • Representação final da proposta arquitetônica que considera o estudo preliminar aprovado pelo cliente. • Apresenta plantas de situação, plantas baixas, de cobertura, cortes gerais, fachadas e especificações. • Ainda pode sofrer mudanças. 6.1.3 PROJETO LEGAL • Usado para a aprovação na prefeitura. • Contém as informações do estudo preliminar e os desenhos do anteprojeto na escala e nos padrões exigidos pelo órgão legal do município onde a obra será realizada. • É um compromisso de que a obra seguirá o mínimo especificado em lei: recuos, gabarito, tamanho de aberturas, área e pé-direito dos ambientes. 43DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.1.4 PROJETO DE EXECUÇÃO • Baseado no anteprojeto. • Ajusta-se aos projetos complementares, contendo pontos de hidráulica e elétrica, vistas das paredes das áreas molhadas com localização das peças e a paginação do revestimento, detalhamento de piso, paredes, caixilhos, forro e tudo o que for necessário para a execução da obra. • Oferece memorial descritivo com modo de fazer e quantitativo do material. 6.1.5 AS BUILT (PROJETO COMO CONSTRUÍDO) Após o término da construção, são anotadas todas as mudanças realizadas no projeto durante sua exe- cução. 44 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.1.6 NORMAS TÉCNICAS Norma técnica é o resultado de um processo de consenso estabelecido por um organismo reconhecido onde todas as partes interessadas podem participar e contribuir. As Normas se baseiam em estudos consolidados da ciência, tecnologia e experiência acumulada, visan- do a benefícios para a comunidade. • NBR 6492/94 – REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA • NBR 8196/99 – EMPREGO DE ESCALAS • NBR 8403/84 – APLICAÇÕES DE LINHAS – TIPOS E LARGURAS • NBR 10068/87 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES • NBR 13142/99 – DOBRAMENTO E CÓPIA 6.1.7 ESCALAS RECOMENDADAS Quando desenhamos peças ou objetos de dimensões muito grandes ou muito pequenas, os desenhos são feitos em tamanhos menores ou maiores. Esse processo de mudança das dimensões reais de medidas para outras medidas no desenho é feito pela utilização de escalas. • Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1/10 – Detalhamento em geral; • Escala 1:20, 1:25 – Ampliações de banheiros, cozinhas outros compartimentos e escadas; • Escala 1:50 – Mais utilizada na representação de plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetôni- cos; • Escala 1:75 – Utilizada apenas em desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra; • Escala 1:100 – Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de 1/50; • Escala 1:200 e 1:250 – Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, loca- lização, topografia, paisagismo e desenho urbano; • Escala 1:500 e 1:1000 – Planta de localização, paisagismo, urbanismo e topografia 6.1.8 PROJETO DE ARQUITETURA: CONJUNTO DE PLANTAS • PLANTA DE SITUAÇÃO • PLANTA DE LOCAÇÃO OU LOCALIZAÇÃO • PLANTA BAIXA • COBERTURA 45DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • CORTES • FACHADAS OU ELEVAÇÕES • DETALHES OU AMPLIAÇÕES 6.1.9 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ESCADAS “Escada é o elemento de composição arquitetônica cuja função é proporcionar a possibilidade de circu- lação vertical entredois ou mais pisos de diferentes níveis, por meio de uma sequência de degraus.” Num projeto de escada deve-se levar em consideração os seguintes elementos: • Degrau • Piso • Espelho • Bocel • Corrimão • Montante • Guarda-corpo • Lanço • Patamar • Largura 46 CONSTRUÇÃO CIVIL São representados os lances, os pisos, o patamar, corrimão, etc. Os pisos variam de 28 a 30cm. São nu- merados os degraus e o sentido do percurso. 47DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL RAMPAS “Rampa é o elemento de composição arquitetônica cuja função é proporcionar a possibilidade de circu- lação vertical entre dois ou mais pisos de diferentes níveis, por meio de um plano inclinado.” “São menos econômicas do que as escadas, por ocuparem muito espaço e quando bem projetadas e dimensionadas são mais confortáveis.” A largura mínima admissível para rampas é de 1,20m, sendo recomendável 1,50m (edifícios públicos e multifamiliar). 48 CONSTRUÇÃO CIVIL ELEVADORES Elevador é um conjunto de equipamentos com acionamento eletromecânico ou hidráulico, destinado a realizar transporte vertical de passageiros ou cargas entre os pavimentos de uma edificação. 49DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.2 PLANTA BAIXA: ROTEIRO SEQUENCIAL DE DESENHO 1ª ETAPA (com traço bem fino – traço de construção): • Marcar o contorno externo do projeto; • Desenhar a espessura das paredes externas; • Desenhar as principais divisões internas. 2ª ETAPA (com traços médios): • Desenhar as aberturas – portas e janelas; • Desenhar os equipamentos sanitários e equipamentos elétricos de porte; • Desenhar a projeção da cobertura em linha fina contínua; • Apagar o excesso dos traços. 50 CONSTRUÇÃO CIVIL 3ª ETAPA (com traços médios e fortes): • Desenhar as linhas tracejadas ou traço dois pontos – projeção da cobertura, reservatórios; • Denominar os ambientes; • Indicar a área de cada ambiente e a especificação do tipo de piso; • Cotar aberturas, códigos e quadro de esquadrias – portas, janelas, portões; • Colocar a indicação de níveis; • Cotar o projeto; • Desenhar hachura no piso das “áreas molhadas” – com equipamentos hidráulicos; • Indicar a posição dos cortes; a entrada principal; o norte; • Acentuar a espessura dos traços da parede; • Denominar o tipo de desenho (planta baixa, planta de cobertura, implantação...), bem como colocar a escala (1/50; 1/100...). 51DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.3 CORTES ELEMENTOS CONSTRUTIVOS Encontra-se o resultado da interseção do plano vertical com o volume. Recomenda-se sempre passá-los pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. Devem sempre estar in- dicados nas plantas para possibilitar sua visualização ou interpretação. Os cortes podem ser transversais (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão). 6.3.1 CORTES • Encontra-se o resultado da interseção do plano vertical com o volume. • Recomenda-se sempre passá-los pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. • Devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização ou interpretação. 52 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.3.2 CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL Os CORTES são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas quando pas- samos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o complementam. • A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado. • O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização. • Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpreta- ção – indicar a sua posição e o sentido de visualização. 53DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.4 REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 6.4.1 FUNDAÇÕES PISOS/CONTRA PISOS As fundações são desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com dimen- sões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural. Para pisos e contra pisos normalmente são identificados apenas a espessura do contra piso + piso com espessura aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas. A terra ou aterro são indicados através de hachura inclinada. • Tipos de linha contínua • Espessura larga 54 CONSTRUÇÃO CIVIL PAREDES Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar aos pisos em planta. ABERTURAS PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno; preferencialmente com linhas duplas (5cm), quando forem dotadas de marco. Em corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do fundo em vista. JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à plan- ta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas pa- ralelas em traço cheio e médio). 55DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS Os equipamentos de construção podem aparecer em corte ou em vista na representação dos cortes verticais. Tanto numa situação como em outra, basta representá-los com suas linhas básicas, que identifi- cam o aparelho ou equipamento. FORROS E LAJES Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto, representadas de maneira similar ao contra piso, com espessura de 10cm. Sobre as paredes, representa-se as vigas em concreto. Pode haver forro de madeira ou gesso, por exemplo, abaixo da laje ou sem a presença desta. Estes forros serão representados por duas linhas finas paralelas com a espessura do forro. COBERTURAS Representaremos a cobertura de forma simplificada – apenas com os traços básicos de seu contorno ou com laje impermeabilizada. 56 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.4.2 CORTES REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES • No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais, indicação de níveis e deno- minação dos ambientes cortados. • Outras informações julgadas importantes podem ser discriminadas (impermeabilizações, capacida- de de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços de eleva- dor...) • São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). 6.4.3 NOME DOS AMBIENTES • Nomes em letras padronizadas, conforme norma brasileira; • Nomes na horizontal; • Utilização sempre de letras maiúsculas; • Alturas das letras entre 3 e 5 mm; • Letras de eixo vertical, não inclinadas; • Colocação convencional próximo ao piso. 57DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.4.4 NÍVEIS São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição des- necessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). 6.4.5 HACHURAS • Nomes em letras padronizadas, conforme norma brasileira; • Nomes na horizontal; • Utilização sempre de letras maiúsculas; • Alturas das letras entre 3 e 5 mm; • Letras de eixo vertical, não inclinadas; • Colocação convencional próximo ao piso. 58 CONSTRUÇÃO CIVIL 59DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.5 COTAGEM NO DESENHO TÉCNICO Representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. (NBR 10126) • Cotas são elementos de Desenho Técnico que tem por objetivo fornecer informações sobre as di- mensões do objeto representado. • Os desenhos devem portanto, conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa execução da peça, sem quepara isso seja necessário recorrer à medição no desenho. • Deve-se proceder então à distribuição das cotas nas vistas ortogonais utilizadas para representar o objeto. 6.5.1 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O SISTEMA DE COTAGEM • Cota: Indicação da medida ou característica em letras técnicas, sem indicação de unidade. • Linha de cota: Linha fina, sempre paralela à dimensão cotada e todas à mesma distância do elemento cotado. • Linha de extensão ou de chamada ou linha auxiliar: finas, paralelas entre si, perpendicular (ou a 60º, se necessário) ao elemento cotado, não tocam o elemento cotado e estendem-se um pouco além da linha de cota. • Seta ou “tick”: As linhas podem ser terminadas em setas abertas ou fechadas desenhadas formando ângulos de 15º ou traços curtos a 45º(mais comum no desenho técnico) . 6.5.2 REGRAS GERAIS PARA COTAGEM • As cotas indicadas nos desenhos são sempre as cotas reais do objeto, independente da escala usada no desenho. • As cotas devem ser apresentadas em caracteres de dimensão adequada a sua legibilidade. 60 CONSTRUÇÃO CIVIL • Devem ser evitados, sempre que possível, cruzamentos de linhas de cota entre si ou com outro tipo de linhas (colocar preferencialmente cotas menores “dentro” das maiores). • As cotas devem ser localizadas preferencialmente fora do contorno da peça. Todavia, por questões de clareza e legibilidade, estas podem ser colocadas no interior das vistas. • Não pode ser omitida nenhuma cota necessária para a definição da peça. Porém cotas em duplicida- de caracterizam erro técnico. • Quando o espaço necessário para a cota não é suficiente ela deve ser posicionada próxima da linha de cota e ligada à linha de cota através de uma pequena linha de referência. • Os elementos cilíndricos sempre são dimensionados pelos seus diâmetros e localizados pelas suas linhas de centro. 61DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL • Sempre que possível, as cotas devem ser colocadas alinhadas. 6.5.3 POSICIONAMENTO DOS VALORES NUMÉRICOS (NBR 10126): Primeiro método, que é o mais utilizado, determina que: • Nas linhas de cota horizontais o número deverá estar acima da linha de cota; • Nas linhas de cota verticais o número deverá estar à esquerda da linha de cota; • Nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posição de leitura, conforme o esquema seguinte: Segundo método, determina que: • As linhas de cota sejam interrompidas e o número intercalado no meio da linha de cota e, em qual- quer posição da linha de cota, deve-se manter a posição de leitura com referência à base da folha de papel. 62 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.6 ESCALAS É a proporção existente entre uma medida real e a medida de sua representação no desenho. NECESSIDADE DAS ESCALAS: • Necessitamos da utilização das escalas para a representação de medidas reais em tamanhos de de- senhos maiores ou menores que os tamanhos reais. • De acordo com a definição da NBR 8196 • Norma Brasileira - Emprego de escalas em desenho técnico: procedimentos • Escala: relação da dimensão linear de um elemento e/ou um objeto apresentado no desenho origi- nal para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio objeto. 6.6.1 ESCALÍMETRO O escalímetro é o instrumento que utilizamos para aferir as medidas dadas em escalas. A unidade de medida dos valores registrados no escalímetro é o METRO. 63DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 6.6.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ESCALAS 1. Escala de redução: A representação do desenho é menor que a dimensão real. É utilizada na maior parte dos desenhos, em plantas, mapas, fotografias. 2. Escala de ampliação: A representação do desenho é maior que a dimensão real. É utilizada para a representação de detalhes de peças muito pequenas. 3. Escala natural: A representação do desenho é igual à dimensão real. As medidas são transportadas para o desenho sem alterações. É utilizada para a representação de pequenas peças e objetos. 6.6.3 TIPOS DE ESCALAS 1.ESCALAS NUMÉRICAS: A representação é informada pela proporção entre as dimensões reais e as dimensões do desenho, através da razão entre as medidas. 2.ESCALAS GRÁFICAS: A representação é informada por meio de uma figura que indica o tamanho que uma determinada me- dida do desenho corresponde à medida real. 64 CONSTRUÇÃO CIVIL 6.6.4 APLICAÇÕES 65DESENHISTA TÉCNICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 66 CONSTRUÇÃO CIVIL SENAI– DEPARTAMENTO REGIONAL DE GOIÁS Sandro Mabel Presidente da FIEG Paulo Vargas Diretor Regional do SENAI de Goiás Claudemir José Bonatto Diretor de Educação e Tecnologia SESI e SENAI (DET) Osvair Almeida Matos Gestor do Núcleo Integrado de Educação a Distância Paulo de Sá Filho Coordenador do NIEaD Alessandro Guimarães Andrade Waléria Corrêa de Oliveira Teixeira Diagramação e Projeto Gráfico 2021 SESI-GOIÁS Avenida Araguaia, nº1.544 - Edifício Albano Franco, Vila Nova. Goiânia - GO, CEP: 74.645-070. Telefone: (62) 3219-1040
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