RESOLUÇÃO 516-2020

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Resolução 516/2020
ÉTICA NA FISIOTERAPIA
RESOLUÇÃO 516/2020
Havia a Portaria 424 de 2013, e em maio de 2020 houve uma outra portaria publicada 
revogando alguns artigos e incisos.
• Portaria 516/2020
Dispõe sobre a suspensão temporária do Artigo 15, inciso II e Artigo 39 da Resolução 
COFFITO n. 424/2013 e Artigo 15, inciso II e Artigo 39 da Resolução COFFITO n. 425/2013 e 
estabelece outras providências durante o enfrentamento da crise provocada pela Pandemia 
do COVID-19.
A Resolução COFFITO n. 425/2013 se refere ao trabalho do terapeuta ocupacional, e a 
Resolução COFFITO n. 424/2013 se refere ao trabalho do fisioterapeuta.
• RESOLUÇÃO N.424, DE 08 DE JULHO DE 2013
Estabelece o Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Art. 15 – É proibido ao fisioterapeuta:
II – dar consulta ou prescrever tratamento fisioterapêutico de forma não presencial, salvo em casos 
regulamentados pelo Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional;
Art. 39 – É proibido ao fisioterapeuta prestar assistência profissional gratuita ou a preço ínfimo, 
ressalvado o disposto no artigo 38, entendendo-se por preço ínfimo, valor inferior ao Referencial 
Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos.
Art. 38 – O fisioterapeuta pode deixar de cobrar honorários por assistência prestada a:
I – ascendente, descendente, colateral, afim ou pessoa que viva sob sua dependência econômica;
II – colega ou pessoa que viva sob a dependência econômica deste, ressalvado o recebimento do 
valor do material porventura despendido na prestação da assistência;
III – pessoa reconhecidamente hipossuficiente de recursos econômicos.
Com a pandemia, a economia ficou prejudicada, as pessoas desempregadas, e a ques-
tão da hipossuficiência financeira abrange mais pessoas hoje em dia.
• RESOLUÇÃO N. 516, DE 20 DE MARÇO DE 2020 
Art. 1º Suspender os efeitos do art. 15, inciso II da Resolução COFFITO n. 424, de 08 de julho de 
2013 e do art. 15, inciso II da Resolução COFFITO n. 425, de 08 de julho de 2013.
Art. 2º A permissão para atendimento não presencial se dará apenas nas modalidades, teleconsul-
ta, teleconsultoria e telemonitoramento.
Na Resolução n. 424/2013 isso não era permitido, salvo em casos específicos que fossem 
permitidos pelo Conselho. Com o advento da pandemia foi ampliado o escopo de atuação, 
que, até então, era restrito. Havia a dificuldade das pessoas irem até as clínicas e do próprio 
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fisioterapeuta domiciliar ir até o domicílio do paciente. Então, esse capítulo foi revogado, per-
mitindo que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pudessem realizar o telemonitora-
mento, a teleconsulta.
§ 1º A Teleconsulta consiste na consulta clínica registrada e realizada pelo Fisioterapeuta ou Tera-
peuta Ocupacional à distância.
§ 2º O Telemonitoramento consiste no acompanhamento à distância, de paciente atendido previa-
mente de forma presencial, por meio de aparelhos tecnológicos. Nesta modalidade o Fisioterapeu-
ta ou Terapeuta Ocupacional pode utilizar métodos síncronos e assíncronos, como também deve 
decidir sobre a necessidade de encontros presenciais para a reavaliação, sempre que necessário, 
podendo o mesmo também ser feito, de comum acordo, por outro Fisioterapeuta ou Terapeuta 
Ocupacional local.
§ 3º A Teleconsultoria consiste na comunicação registrada e realizada entre profissionais, gestores 
e outros interessados da área de saúde, fundamentada em evidências clínico-científicas e em pro-
tocolos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estaduais e Municipais de 
Saúde, com o fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões 
relativas ao processo de trabalho.
Se refere a realização de reuniões virtuais com outros profissionais da área para discutir 
protocolos, definir condutas, traçar planos de tratamento, para pensar em melhores soluções 
para os pacientes que estão sendo acompanhados nessa nova modalidade.
§ 4º O Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional tem autonomia e independência para determinar 
quais pacientes ou casos podem ser atendidos ou acompanhados a distância, tal decisão deve 
basear-se em evidências científicas no benefício e na segurança de seus pacientes.
Nem todo perfil de paciente pode ser acompanhado dessa forma, como, por exemplo, 
pacientes com limitação cognitiva, paciente idoso, pacientes da área de pediatria, visto que 
é necessária a presença do fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Com base em evidência 
científica serão determinados qual perfil de paciente será possível acompanhar nas modali-
dades de teleconsulta e telemonitoramento.
Art. 3º A prestação dos serviços na forma do art. 2º desta Resolução poderá ser de forma síncrona 
ou assíncrona:
a. síncrona: qualquer forma de comunicação a distância realizada em tempo real;
b. assíncrona: qualquer forma de comunicação a distância não realizada em tempo real.
Na comunicação síncrona, a comunicação é feita com o paciente em tempo real. A comu-
nicação assíncrona se refere a gravar um vídeo explicando um exercício, dando uma orien-
tação, por exemplo. 
Art. 4º Na prestação dos serviços não presenciais o profissional está obrigado a observar todos 
os demais dispositivos contidos nos Códigos de Ética e Deontologia da Fisioterapia e da Terapia 
Ocupacional, além de observar as demais normas do COFFITO.
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Como é uma modalidade nova, é necessário consultar o Código de Ética para reforçar 
quais são os deveres do fisioterapeuta. É fundamental conhecer o Código de Ética para aten-
der com mais segurança, e alertar os profissionais àquilo que não deve ser feito.
Art. 5º Os serviços prestados à distância em Fisioterapia e Terapia Ocupacional deverão respeitar 
a infraestrutura tecnológica física, recursos humanos e materiais adequados, assim como obede-
cer às normas técnicas de guarda, manuseio e transmissão de dados, garantindo confidencialida-
de, privacidade e sigilo profissional semelhantes ao atendimento presencial.
Deve-se ter cuidado em relação ao prontuário, em relação à conduta que se tem com o 
paciente, o paciente tem o direito de saber e decidir se o que está sendo proposto será posi-
tivo. O paciente tem o direito à privacidade, à confidencialidade, ao sigilo.
Art. 6º Suspender os efeitos do art. 39 da Resolução COFFITO n. 424, de 08 de julho de 2013 e 
do art. 39 da Resolução COFFITO n. 425, de 08 de julho de 2013. Parágrafo único: O profissional 
fica autorizado a realizar serviços de forma gratuita, sem a cobrança de honorários, cabendo a 
decisão quanto a graciosidade do atendimento a cada profissional.
Com a revogação, cada profissional decide se irá prestar o serviço de forma gratuita, e 
decide em relação a valores. 
Art. 7º A presente Resolução será submetida ao referendo do Plenário do COFFITO na primeira 
oportunidade que seja possível a realização de reunião plenária.
Art. 8º A presente Resolução poderá ser alterada a qualquer momento, podendo ser editados no-
vos atos normativos para regulação da matéria aqui prevista.
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
A data de sua publicação foi em março de 2020.
DIRETO DO CONCURSO
1. (VUNESP/2020/EBSERH/FISIOTERAPEUTA) Uma senhora realiza fisioterapia há 
muitos anos, devido a artrite reumatoide. No final de semana, sofreu um entorse do tor-
nozelo e ligou para seu fisioterapeuta para que este indicasse o que deveria fazer para 
aliviar a dor. De acordo com o código de ética, no que se refere ao “relacionamento com 
o cliente/paciente/usuário”,é proibido ao fisioterapeuta:
a. dar consulta ou prescrever tratamento fisioterapêutico de forma não presencial, salvo em 
casos regulamentados pelo Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.
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b. responsabilizar-se pela elaboração do diagnóstico fisioterapêutico, instituir e aplicar 
o plano de tratamento e conceder alta para o cliente/paciente/usuário, ou, quando 
julgar necessário, encaminhá-lo a outro profissional.
c. zelar para que o prontuário do cliente/paciente/usuário permaneça fora do alcance de 
estranhos à equipe de saúde da instituição, salvo quando outra conduta seja expres-
samente recomendada pela direção da instituição e que tenha amparo legal.
d. zelar pela provisão e manutenção de adequada assistência ao seu cliente/paciente/
usuário, amparado em métodos e técnicas reconhecidos ou regulamentados pelo 
Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.
e. prestar assistência ao ser humano, respeitados a sua dignidade e os direitos huma-
nos, de modo a que a prioridade no atendimento obedeça a razões de urgência, inde-
pendentemente de qualquer consideração relativa à raça, etnia, nacionalidade, credo 
sociopolítico, gênero, religião, cultura, condições socioeconômicas, orientação sexual 
e qualquer outra forma de preconceito, sempre em defesa da vida.
COMENTÁRIO
a. Segundo a Resolução 424/2013, não era permitido dar consultas nessa modalidade. 
Essa questão foi feita antes da Resolução 516/2020. 
b. Segundo o Código de Ética, isso é permitido. Cabe ao fisioterapeuta elaborar o diagnós-
tico, instituir a conduta, aplicar o plano de tratamento e dar alta quando o problema estiver 
resolvido ou quando o paciente pode seguir as orientações em casa.
c. O paciente tem direito à confidencialidade, ao sigilo, à privacidade. Muitas informações 
no prontuário do paciente dizem respeito à equipe de saúde. A direção da instituição, com 
amparo legal, pode permitir que outras pessoas possam ter acesso a documentação.
d. Está de acordo com o Código de Ética. Tudo o que é feito deve ter embasamento, deve 
ter a regulamentação do Conselho Federal.
e. Está de acordo com o Código de Ética. Quando um paciente está com mais problemas, 
com mais urgência para ser atendido, há a prerrogativa de cuidar, dar atenção, avaliar e 
tratar esse paciente primeiro. 
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2. (FAUEL/2020/PREFEITURA DE JAGUAPITÃ/PR/FISIOTERAPEUTA) De acordo com o 
código de ética e deontologia da fisioterapia é INCORRETO afirmar que:
a. O fisioterapeuta deve consultar ou prescrever tratamento fisioterapêutico de forma 
não presencial, caso cliente/paciente/usuário prefira.
b. O fisioterapeuta deve tratar os colegas, membros e não membros da equipe de saúde 
e outros profissionais, com respeito e urbanidade, sejam verbalmente, por escrito ou 
por via eletrônica, não prescindindo de igual tratamento de suas prerrogativas.
c. O fisioterapeuta deve ser pontual no cumprimento das obrigações pecuniárias ineren-
tes ao exercício da Fisioterapia.
d. É permitido ao fisioterapeuta que atua em serviço multiprofissional divulgar sua ati-
vidade profissional em anúncio coletivo, observando os preceitos deste código e a 
dignidade da profissão.
COMENTÁRIO
a. Não se trata de uma questão de preferência, Há pacientes idosos, cardiopatas, diabé-
ticos que precisam ser acompanhados, e o ideal é que o acompanhamento seja feito por 
meio de teleconsulta. Porém, se o paciente não quiser é um direito seu também.
b. É necessário o respeito mútuo entre os profissionais.
c. Se refere a pagar as anuidades do Conselho.
d. É permitido anunciar de forma coletiva em serviço multiprofissional, contanto que os 
preceitos do Código sejam observados e a dignidade da profissão. 
GABARITO
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Karinne Fernandes Figueiredo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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