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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO Pêndulo Composto Roteiro de Física Experimental 2 Experimento 4 Maceió SUMÁRIO 1 Introdução.........................................................................................................................................2 2 Objetivo............................................................................................................................................5 3 Material.............................................................................................................................................5 4 Procedimento....................................................................................................................................6 Referência.............................................................................................................................................6 1 1 Introdução Pêndulo composto (ou físico) é qualquer corpo suspenso de tal maneira que possa oscilar num plano vertical ao redor de algum eixo que passa através dele. Onde: O – centro de suspensão (ou de oscilação); CM – centro de massa do pêndulo físico; l – distância do centro de massa do pêndulo até o eixo de oscilação O. θ(t) - ângulo entre a linha que passa por O e CM e a direção vertical. O torque restaurador relativo a uma rotação θ é: 2 Figura 1: Corpo rígido de massa M, suspenso de um ponto O, podendo girar livremente em torno de um eixo fixo que passa pelo ponto de suspensão. Fonte: Referência [3] Figura 2: Diagrama de forças atuantes sobre o corpo rígido da figura 1. τ=−mgd ⋅sen (θ) (1) Para que o sistema possa executar MHS, a condição é que θ seja muito pequeno, então: sen (θ)≃θ τ=−mgd ⋅θ (2) Fazendo, C = mgd, vem: τ=−C ⋅θ (3) Porém, a 2ª Lei de Newton para o movimento de um corpo rígido em torno de um eixo diz que: τ=I 0α=I 0(d 2 θ/dt 2) I0(d 2 θ/dt2)=−Cθ (d2θ/dt 2)+C /I 0 θ=0 (equação diferencial do MHS) Portanto, o período do pêndulo composto para uma pequena amplitude será: T= 2 π ω =2π( I 0C ) 1 /2 (4) Onde: ω=(CI 0) 1 /2 Substituindo C na equação (4), vem: T=2π( I 0m g d) 1 /2 (5) “Para amplitudes maiores, o pêndulo físico efetua movimento periódico, mas não harmônico.” Aplicação do Teorema dos Eixos Paralelos (teorema de Steiner): I0=IG+md 2 I 0 m = I G m +d2 (6) Onde: IG=m k 2 E k é o raio de giro em relação ao eixo que passa pelo centro de massa. k=( I Gm ) 1 /2 (7) Substituindo a equação (7) na equação (6): 3 I 0 m =k2+d2 (8) Levando a equação (8) na expressão do período (5), teremos: T=2π[(k 2 +d2) g ⋅d ] 1/2 T 2 4 π2 = k 2+d2 g ⋅d (9) Esta última equação nos diz que: Para cada valor do período (T), haverá dois valores de d, ou seja: T2 g d=4π2 k2+4π2d2 (10) d1,2= [g T 2±(g2T 4−64π2 k2)1/2 ] 8π2 (11) Onde d1 e d2 são dois comprimentos (comprimentos reduzidos do pêndulo físico), que causam sua oscilação no mesmo período. Substituindo d1 e d2, na equação (9), teremos: T2 gd1=4 π 2 k2+4 π2(d1) 2 (10-1) T2 g d2=4 π 2 k2+4π2(d2) 2 (10-2) Subtraindo, (10-2) – (10-1), e isolando o período T, teremos: T=2π[ (d1+d2)g ] 1/2 (12) Através dos gráficos (1.a) e (1.b), que representam os períodos em função das distâncias dos centros de oscilação ao centro de massa, para um lado e o outro da barra. Através dos gráficos vê-se, quando um pêndulo é uniforme, os dois ramos são simétricos e existem quatro pontos de suspensão os quais a barra terá o mesmo período de oscilação. 4 Se forem determinados dois pontos de um corpo não simétrico em relação ao centro de massa, mas de tal maneira que o período de oscilação, ao suspender o corpo por eles, seja o mesmo, a distância entre esses pontos será igual ao comprimento do pêndulo simples, que tem o mesmo período. Esses pontos serão denominados, respectivamente, centro de suspensão e centro de oscilação ou de percussão. Pode-se ver pelo gráfico que os segmentos B2A1 e A2B1 satisfazem a essas condições; portanto esses segmentos serão o comprimento do pêndulo simples correspondente ao período T em segundos. 2 Objetivo • Determinação da aceleração da gravidade local; • Verificação das leis do pêndulo composto. 3 Material Material Quantidade Barra com orifícios 1 Régua graduada 1 Cronômetro 1 Suportes - 5 Gráfico 1: a) Lado esquerdo da barra (aproximando do centro de massa). b) Lado direito da barra (afastando do centro de massa) 4 Procedimento 1. Meça o comprimento L da barra metálica que você usará como pêndulo físico e determine a localização do centro de massa da mesma. 2. Pendure a barra por um de seus furos e coloque-a para oscilar com uma amplitude pequena. Utilizando um cronômetro meça o período de 10 (dez) oscilações, 5 (cinco) vezes para a mesma distância; 3. Meça a distância entre o centro do furo e a posição do centro de massa da barra. 4. Repita os procedimentos 2 e 3 para outros furos da barra até que você obtenha um conjunto de dez (10) medidas. Comece com o furo mais afastado do centro de massa e não passe do furo imediatamente anterior ao centro de massa da mesma. 5. Elabore um gráfico do período T em função das distâncias dos centros de suspensão a uma das extremidades da barra (a mesma para todos os pontos). 6. Com os valores d1 e d2 obtidos do gráfico, calcule o valor aproximado da aceleração da gravidade local; 7. A partir deste gráfico, determine o centro de massa da barra. Referência [1] KELLER, F. J.; GETTYS, W. E.; SKOVE, M. J.; “Física”; 1ª Edição; São Paulo; Makron Books; 2004; [2] HALLIDAY, D.; RESNICK, R., WALKER, J.; “Fundamentos de Física”; 7ª Edição, Rio de Janeiro, LTC, 2006; [3] <http://omnis.if.ufrj.br/~vitoria/fisicaexperimental2/Roteiros/E4-Pendulo.pdf>, acessado em: 09/04/2012 6 1 Introdução 2 Objetivo 3 Material 4 Procedimento Referência
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