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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 ORTOGRAFIA OFICIAL Por meio do decreto nº 100.000 de 1991, ficou autorizada a criação de uma comissão que tem como foco a uniformização das normas de redação dos atos oficiais que eram usadas desde o ano de 1937. Assim foi apresentada a primeira edição do Manual de Redação Oficial da Presidência da República. O manual havia sido dividido em duas partes: comunicações oficiais na primeira e procedimento legislativo e elaboração de atos normativos pelo Poder Executivo na segunda. No ano de 2002, houve a publicação da segunda edição do Manual . Em 28 de dezembro de 2018, foi divulgada a terceira edição do Manual. Foram poucas as mudanças. É importante que as memorizemos. Atributos da Redação Oficial são: – clareza e precisão; – objetividade; – concisão – coesão e coerência; – impessoalidade; – formalidade e padronização; – uso da norma padrão da língua portuguesa. Padrão Ofício: antes havia três tipos que se diferenciavam pela finalidade: ofício, aviso e memorando. Para uniformizá-los, o novo manual uma diagramação e nomenclatura única, denominada Padrão Ofício. Desta forma, não existe mais a distinção ,e o termo ofício deve ser utilizado. Fonte: no novo manual deve-se usar a fonte calibri ou carlito. Na edição anterior, usava-se Times New Roman. Saudação/vocativo: ao enviar um e-mail, pode-se uma saudação inicial no texto. Quando o documento se endereçar a outras instituições, particulares ou desconhecidos, podem-se usar vocativos os “Senhor “, “Senhora”, seguidos do cargo . É permitido também utilizar “Prezado Senhor” ou “ Prezada Senhora”. De acordo com o Manual ,o documento padrão ofício deve ter a seguinte formatação: a) tamanho do papel: A4 (29,7 cm x 21 cm); b) margem lateral esquerda: no mínimo, 3 cm de largura; c) margem lateral direita: 1,5 cm; d) margens superior e inferior: 2 cm; e) área de cabeçalho: na primeira página, 5 cm a partir da margem superior do papel; f) área de rodapé: nos 2 cm da margem inferior do documento; g) impressão: na correspondência oficial, a impressão pode ocorrer em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (margem espelho); h) cores: os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco, reservando-se, se necessário, a impressão colorida para gráficos e ilustrações; i) destaques: para destaques deve-se utilizar, sem abuso, o negrito. Deve-se evitar destaques com uso de itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a sobriedade e a padronização do documento; j) palavras estrangeiras: palavras estrangeiras devem ser grafadas em itálico; k) arquivamento: dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos. Deve ser utilizado, preferencialmente, formato de arquivo que possa ser lido e editado pela maioria dos editores de texto utilizados no serviço público, tais como DOCX, ODT ou RTF. l) nome do arquivo: para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + ano do documento (com 4 dígitos) + palavras-chaves do conteúdo. Vejamos, agora, as regras de uso do HÍFEN! Fazemos aqui nosso resumo de acordo com o exposto na nova edição do Manual da Presidência da República (dezembro / 2018). www.cers.com.br 3 O hífen é um sinal usado para: a) ligar os elementos de palavras compostas: vice-ministro, escola-modelo, chave-mestra; b) unir pronomes átonos a verbos: agradeceu-lhe, ofendeu-os, li-os; c) e, no final de uma linha, indicar a separação das sílabas de uma palavra em duas partes (a chamada translineação): com-/parar, gover-/no. O hífen de composição vocabular ou de ênclise e mesóclise é repetido quando coincide com translineação: Exemplo: decreto-/-lei, exigem-/-lhe, far-/-se-á. Hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares: Usa-se hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares, como: a) na composição de palavras em que os elementos constitutivos mantêm sua acentuação própria, compondo, porém, novo sentido: Exemplos: abaixo-assinado (abaixo assinado, sem hífen, tem o sentido de aquele que assina o documento em seu final: João Alves, abaixo assinado, requer...) , decreto-lei ,matéria-prima, papel-moeda, salário-família etc. ATENÇÃO! Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente. Veja: girassol, madressilva ,mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista b) nos adjetivos gentílicos (que indicam nacionalidade, pátria, país, lugar ou região de procedência) quando derivados de nomes de lugar (topônimos) compostos: Exemplos: belo-horizontino ,norte-americano, porto-riquenho, rio-grandense-do-norte c) nas palavras compostas em que os adjetivos “geral” e “executivo” são acoplados a substantivo que indica função, lugar de trabalho ou órgão: Exemplos: Advocacia-Geral da União, Diretor-Geral, Secretaria-Geral ,Procurador-Geral ,Secretaria-Executiva d) nos compostos com os advérbios “bem” e “mal”, quando estes formam com a palavra seguinte uma unidade semântica e tal elemento começa por vogal ou “h”: Exemplos: bem-estar, bem-alinhado, mal-estar, mal-alinhado. No entanto, o advérbio “bem”, ao contrário de “mal”, pode não se aglutinar com palavras iniciadas por consoantes: Exemplos: bem-criado, bem-visto, malcriado, malvisto e) nos compostos com os elementos “além”, “aquém”, “recém” e “sem”: Exemplos: além-Atlântico ,além-mar, além-fronteiras, aquém-mar, aquém-fronteiras, recém-casado, recém- nascido, recém-operado, sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha. Não se usa hífen nas demais locuções de qualquer tipo: Exemplos: fim de semana, capitão de mar e guerra ,cor de café com leite, cor de vinho, sala de jantar Hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação . É comum o uso do hífen em: • Formações com prefixos, como: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra- etc. www.cers.com.br 4 • Formações por recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina, tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele- etc. A junção dos termos se dá com o uso do hífen apenas nos seguintes casos: a) nas formações em que o segundo elemento começa por “h”: Exemplos: anti-higiênico, extra-humano, super-homem Atenção: Não se usa o hífen em formações que contêm os prefixos “des-” e “in-” nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial: Exemplos: desumano, desumidificar, inábil, inumano b) nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: Exemplos: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação Atenção! Nas formações com o prefixo “co-”, este se aglutina em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”: Exemplos: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperar, cooperação, corréu, coerdeiro c) nas formações com os prefixos “circum-” e “pan-”, quando o segundo elemento começa por vogal, “m” ou “n” (além de “h”, caso já considerado): Exemplos: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-mágico, pan-negritude d) nas formações com os prefixos “ex-” e “vice-”: Exemplos: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro,vice-diretora, vice- presidente, vice-reitor e) nas formações com os prefixos tônicos acentuados graficamente “pós-”, “pré-” e “pró-”, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): Exemplos: pós-graduação, pós-tônico, pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular, pró-africano, pró- ativo, pró-europeu O uso da Maiúsculas e Minúsculas Casos em que usamos letra minúscula: • Dias da semana, meses e estações do ano: dezembro, inverno, sexta-feira. • Pontos cardeais (coordenadas): norte, sul, leste, oeste. Obs.: quando os pontos cardeais representam uma região, deve ser escrita com letra maiúscula. Exemplo: Morava no Nordeste, mas mudou-se para o Sul. • Nomes comuns que acompanham termos geográficos: rio Amazonas, oceano Índico. • Palavras que indicam nacionalidade: brasileiro, norte-americano, indiano. • Palavras compostas, mesmo que formadas por nomes próprios: banho-maria, joão-de-barro. Casos em que usamos letra maiúscula: • Nomes próprios, reais ou fictícios: Capitu, Macunaíma, Ana Clara, José. • Nomes de países, cidades e estados: Brasil, Rio de Janeiro, Espírito Santo. • Nomes de instituições. Exemplos: Colégio Batista Mineiro, Instituto Paulo Freire. www.cers.com.br 5 • Nomes de datas comemorativas: Natal, Ano Novo, Páscoa. • Siglas, símbolos ou abreviaturas: ONU, OMS, SUS, Srta., V. Ex.ª. • Fatos ou eras históricas : Primavera Árabe, Primeira Guerra Mundial, Idade Média. • Na palavra Estado, como sinônimo de país. • No começo da citação de um autor. Vinícius de Moraes dizia: “Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental.” • Nomes de eventos: “…acontecerá na Feira de Artesanato ”. • Nomes de leis: Lei Maria da Penha. Casos optativos: • Nomes de ruas ou lugares importantes: rua ou Rua das Rosas, palácio ou Palácio da Alvorada. • Nomes de disciplinas: matemática, Português, biologia, Geografia.
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