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Resumo Sistema Digestório Bases Morfofuncionais - Ciclo 3 NathyFantin Anatomia Sistema Digestório O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus. O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9 m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantém o tônus. Os órgãos digestório acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento. O trato gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus). FUNÇÕES: 1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais. 2- Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino. 3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os NathyFantin capilares sanguíneos da mucosa do intestino. 4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na luz do intestino. Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico. Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. Ingestão: Introdução do alimento no estômago. Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. Absorção: Processo realizado pelos intestinos. Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastro intestinal. O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto E Ânus. Órgãos Anexos: • Glândulas Parótidas • Glândulas Submandibulares • Glândulas Sublinguais • Fígado • Pâncreas BOCA A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede NathyFantin posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fa la ) . O pa lato mo le se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal. Limites da Cavidade Oral A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo a l imentar controlável. A deglutição é iniciada CAVIDADE BUCAL Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PALATO DURO E PALATO MOLE Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PALATO MOLE Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição. A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É limitada lateral e anteriormente pelos arcos a lveolares maxilares e mandibulares que alojam os dentes. O teto da cavidade da boca é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua. Dentes Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes. NathyFantin Língua A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. A raiz é a parte posterior, por onde se liga ao osso hioide pelos músculos hioglosso e genioglosso e pela membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa. O ápice é a extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apóia contra a face lingual dos dentes incisivos inferiores. DENTES PRIMÁRIOS E PERMANENTES Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. DENTES PERMANENTES Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da boca e a língua na linha mediana que forma uma prega vertical nítida, o frênulo da língua. No dorso da língua encontramos um sulco mediano que divide a língua em metades simétricas. Nos 2/3 anteriores do dorso da língua encontramos as papilas linguais. Já no 1/3 posterior encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos linfáticos (tonsila lingual). Papilas Linguais – são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papi las são: papi las circunva ladas, fungiformes, filiformes e foliadas. Músculos da Língua – a língua é dividida em metades por um septo fibroso mediano que se estende por todo o seu comprimento e se fixa inferiormente no osso hioide. Em cada metade há dois conjuntos de músculos, extrínsecos e intrínsecos. PAPILAS LINGUAIS Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PAPILAS LINGUAIS Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin O s M ú s c u l o s E xt r í n s e c o s s ã o : Genioglosso, Hioglosso, Condroglosso, Estiloglosso e Palatoglosso. Os Músculos Intrínsecos são: Longitudinal Superior, Longitudinal Inferior, Transverso e Vertical. FARINGE A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. O movimento do alimento, da boca para o estômago, é rea l izado pelo ato da deglutição. A deglutiçãoé facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. Três estágios: • Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe. • Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o esôfago. • Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para o estômago. Limites da Faringe: • Superior – corpo do esfenóide e porção basilar do osso occipital. • Inferior – esôfago. MÚSCULOS DA LÍNGUA Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin • Posterior – coluna vertebral e fáscia dos músculos longo do pescoço e longo da cabeça. • Anterior – processo pterigoideo, mandíbula, língua, osso hioide e cartilagens tireoide e cricóidea. • Lateral – processo estiloide e seus músculos. A faringe pode ainda ser dividida em três pa rtes : nasa l (Nasofa r inge ) , o ra l (Orofaringe) e laríngea (Laringofaringe). Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenoide em crianças). Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hioide. Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina. Parte Laríngea – estende-se do osso hioide à cartilagem cricoidea. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme. A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição normalmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Du rante a deg lut ição, o a l imento normalmente não pode entrar nas vias nasa l e resp iratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traqueia move- NathyFantin se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a entrada da via respiratória. O mov imento da la r inge ta mbém simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura entre a parte laríngea da faringe e o esôfago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no esôfago em 1-2 segundos. ESÔFAGO O esôfago é um tubo fibro-músculo- mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento. A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago. PARTES E ESTRUTURA DA FARINGE Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PARTES E ESTRUTURA DO ESÔFAGO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal. O refluxo gastroesofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago. O esôfago é formado por três porções: • Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia. • Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônqu io esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral). • Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, fo rma ndo n e l e a im p ressão esofágica. ESTÔMAGO O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a PARTES DO ESÔFAGO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço. O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como típica. O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro. O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago. O corpo representa cerca de 2/3 do volume total. Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração. Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa PARTES E ESTRUTURA DO ESTÔMAGO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin v á l v u l a m u s c u l a r , u m e sf í n cte r chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico). Pouco a ntes da vá l v u l a p i l ó r ica encontramos uma porção denominada antro-pilórica. O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Menor (margem d i r e i t a d o e s t ô m a g o ) . Funções Digestivas do Estômago: • Digestão do alimento • Secreção do suco gástrico, que inclui enz imas d igestór ias e ác ido hidroclorídrico como substâncias mais importantes. • Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco. • Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado. • Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. INTESTINO DELGADO PARTES DO ESTÔMAGO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Nãopossui mesentério. Apresenta 4 Partes: 1) Parte Superior ou 1ª porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar. 2) Parte Descendente ou 2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada de dois Ductos: • Ducto Colédoco – provêm da vesícula biliar e do fígado (bile) • Ducto Pancreático – provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática) NathyFantin 3) Parte Horizontal ou 3ª porção 4) Parte Ascendente ou 4ª porção Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se a p r e s e n ta va z i o . É m a i s l a r g o (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal. Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. DUCTO COLÉDOCO E ESTRUTURAS ADJACENTES DUCTO COLÉDOCO E ESTRUTURAS ADJACENTES Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin INTESTINO GROSSO O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesocolo. O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustos e os apêndices epiploicos. O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. A ca l ibre va i gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal. As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três fa ixas de aprox imadamente 1 centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon ascendente. Os haustos do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais. Os apêndices epiploicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem principa lmente no cólon sigmoide. INTESTINO DELGADO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin O intestino grosso é dividido em 4 partes p r i n c i p a i s : C e c o ( c e c u n ) , C o l o ( có l u n ) (Ascendente , Tra nsverso , Descendente e Sigmoide), Reto e Ânus. A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco – Válvula Ileocecal (ileocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme. A porção seguinte do intestino grosso é o Colo, segmento que se prolonga do ceco até o ânus. Colo Ascendente – Colo Transverso – Colo Descendente – Colo Sigmoide Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo PARTES E ESTRUTURA DO INTESTINO GROSSO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin até a flexura esquerda do colo, onde curva- se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo. C o l o D e s c e n d e n t e – p a s s a retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmoide. Colo Sigmoide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmoide une o colo descendente ao reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide. • Flexura Hepática – entre o cólon ascendente e o cólon transverso. • Flexura Esplênica – entre o cólon transverso e o cólon descendente. O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal. DIVISÕES DO INTESTINO GROSSO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar a lgumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfincteres anais. O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras muscu lares l isas circu lares, sendo conseqüentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer. Funções do Intestino Grosso: • Absorção de água e de certos eletrólitos; • Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; • Armazenagem temporária dos resíduos (fezes); • Eliminação de resíduos do corpo (defecação). Peristaltismo: Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do co lo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada CANAL ANAL E ESFINCTER ANAL Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarreia. PERITÔNIO O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é denominada Peritônio Parietal e a que se reflete sobre as vísceras constitui o Peritônio Visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritônio é denominada cavidade peritoneal. Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sanguíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério. Os Mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o mesocólon transverso e o mesocólon sigmoide. Em adição a estes, estão presentes, algumas vezes, um mesocólon ascendente e um descendente. O Mesentério Propriamente Dito – tem origem nas estruturas ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado. O Mesocólon Transverso – prende o cólon transverso à parede posterior do abdome. O Mesocólon Sigmoide – mantém o cólon sigmoide em conexão com a parede pélvica. O Mesocólon Ascendente e Descendente – ligam o cólon ascendente a descendente à parede posterior do abdome. O Peritônio apresenta dois omentos:o maior e o menor. O Omento Maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno. NathyFantin O Omento Menor estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado. Apêndices Epiploicos – são pequenas bolsas de peritônio cheias de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto. ÓRGÃOS ANEXOS O aparelho digestório é considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e intestinos. Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração. As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: Glândulas Salivares Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca. Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúscu los ou nódu los disseminados nas paredes da boca, como ESTRUTURAS DO PERITÔNIO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. OMENTO MAIOR Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. NathyFantin as glândulas labiais, palatinas linguais e molares. G lându las Sa l iva res Ma iores : são representadas por 3 pares que são as parótidas, submandibulares e sublinguais. Glândula Parótida – a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e facial. Glândula Submandibular – é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior. Glândula Sublingual – é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula submandibular. GLÂNDULAS SALIVARES MENORES Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ÓSTIO DO DUCTO PAROTÍDEO GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES NathyFantin FÍGADO O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500 g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto. O f í g a d o a p r e s e n t a d u a s faces: Diafragmática e Visceral. O fígado é dividido em lobos. A Face Diafragmática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado. FÍGADO – FACE DIAFRAGMÁTICA NathyFantin A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos antero- posteriores e um transversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo. Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos. Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco. O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas. A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a FÍGADO – FACE VISCERAL NathyFantin distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção. Outras Funções do Fígado são: • Metabolismo dos carboidratos; • Metabolismo dos lipídios; • Metabolismo das proteínas; • Processamento de fármacos e hormônios; • Excreção da bilirrubina; • Excreção de sais biliares; • Armazenagem; • Fagocitose; • Ativação da vitamina D. VESÍCULA BILIAR A Vesícula Bil iar (7 – 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de bile. O Ducto Cístico (4 cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal. PÂNCREAS VESÍCULA BILIAR NathyFantin O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500 ml de suco pancreático. O pâncreas é achatado no sentido antero- posterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago. O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (antero superior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a Face Visceral (póstero inferior) que é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais. O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g. O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda. Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva infer iormente e está int imamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno PARTES DO PÂNCREAS NathyFantin como um ducto comum chamado ampola hepatopancreática. O Pâncreas tem as seguintes Funções: • Dissolver carboidrato (amilase pancreática); • Disso lver prote ínas (tr ips ina , quimotripsina, carboxipeptidase e elastase); • Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática); • D i s s o l v e r á c i d o n u c l e i c o s (ribonuclease e desoxirribonuclease).FISIOLOGIA Trato Gastrintestinal – Introdução O trato gastrintestinal (trato GI) é um tubo longo que passa através do corpo. Está aberto para o mundo exterior, portanto seu lúmen é considerado parte do meio externo. Funções: • Transporta nutrientes, água e eletrólitos do meio externo para o meio interno do corpo; • Realiza o balanço de massa: equilibra a entrada com a saída de líquido do corpo; Significados de palavras que serão muito util izadas para explicar a fisiologia do Trato GI: • Digestão: quebra ou degradação química e mecânica de alimentos em unidades menores que podem ser levadas para a parte interna do corpo; DUCTO COLÉDOCO E PANCREÁTICO NathyFantin • Absorção: transferência ativa ou passiva de substâncias do lúmen para o líquido extracelular (LEC); • Motilidade: movimento do material do trato GI que resultam de contrações musculares; • Secreção: transferência transepitelial de água e íons do LEC para o lúmen e liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais do trato GI. Anatomia do Sistema Digestório A anatomia do sistema digestório pode ser divida em etapas: • Cavidade oral (boca e faringe): mastigação e secreção de saliva através de três glândulas salivares ( g l â n d u l a s s u b l i n g u a i s , submandibulares e parótidas); • Ao ser deglutido o alimento move pelo trato gastrointestinal (trato GI): o alimento se move pelo trato sendo propelido por ondas de contrações musculares. Existem enfincteres que separam o tubo em segmentos com funções distintas, e ao longo do caminho o epitélio s e c r e t ó r i o , o f í g a d o e o pâncreas adicionam secreções ao alimento formando uma massa que é chamada de quimo. • Esôfago: depois de passar pela boca e faringe, o alimento vai em direção ao esôfago. Este é um tubo estreito que percorre o tórax até o abdome. As pa redes são const itu ídas NathyFantin inicialmente de músculo esquelético, mas nos dois terços inferiores ocorre a transição para músculo liso. • Estômago: logo após passarmos pelo esôfago chegamos ao estômago. Este é divido em três partes (fundo, superior; corpo, central; antro, inferior). O estômago continua a digestão adicionando ácido e enzimas digestivas criando o quimo. • Intestino Delgado: existe uma valva que separa o piloro, localizado no estômago, e o intestino delgado. Esta valva é chamada de valva pilórica. Esta faixa espessa de músculo liso possui uma importante função pois perm ite que apenas pequenas quantidades de quimo passem do estômago para o intestino. Sinais integrados e alças retroalimentares entre o intestino e o estômago regulam a velocidade na qual o quimo entra no duodeno, afim de não sobrecarregar o intestino com mais do que ele pode digerir e absorver. O intestino delgado é dividido em três partes (duodeno, jejuno e íleo). A digestão que é realizada por enzimas intestinais, auxiliada por secreções exócrinas de dois órgãos glandulares acessórios (fígado e pâncreas). A digestão é essencialmente completada no intestino delgado. • Intestino Grosso: 1,5 L de quimo passam diariamente pelo intestino grosso. Sua porção proximal é chamada de colo . O quimo é convertido em fezes semissólidas quando a água e eletrólitos são absorvidos do quimo para o líquido extracelular. A porção terminal do intestino é chamada de reto, e quando as fezes chegam neste local a d i s t e n s ã o d a p a r e d e d o NathyFantin reto d is pa ra u m ref l exo d e defecação. As fezes deixam o trato GI pelo ânus. A parede do trato GI possui quatro camadas: • Mucosa: esta camada está em contato com o lúmen do trato GI. É constituída de uma camada única de células epiteliais, lâmina própria e a muscular da mucosa. A parede é pregueada, chamada de rugas no estômago e pregas circulares no intestino, sua função é facilitar a absorção. A mucosa se projeta para d e n t ro d o l ú m e n fo r m a n d o v i l os idades . Ex istem ta mbém invaginações para dentro do tecido de sustentação, estas são denominadas glândulas gástricas no estômago, e criptas no intestino. As células epiteliais possuem diferentes funções, podem ser transportadoras , secretoras e células-tronco. As junções célula-célula do epitélio variam dependendo da região, no estômago e no esôfago essas junções são impermeáveis, portanto pouco pode passar entre as células. No intestino existe a via paracelular, este é uma via permeável que fica entre as células epiteliais do intestino, isso significa que água e certos solutos como Na podem ser absorvidas por entre as células. As c é l u l a s - t ro n c o s ã o c é l u l a s i n d ife re nc ia das , e p rod u zem continuamente novo epitélio nas c r i p t a s e n a s g l â n d u l a s gástricas.A lâmina própria é um tec ido conect ivo que contém pequenos vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e células imunitárias. A Placa de Peyer é formada por placas maiores e nódulos NathyFantin linfáticos que ficam adjacentes ao epitélio, é uma importante forma de proteção imunitária que o TGI possui. E stes a g re ga d o s l i n f á t i c o s constituem a maior parte do tecido linfático associado ao intestino (GALT). A terceira região da mucosa, a muscular da mucosa, é uma camada fina de músculo liso e s u a s c o nt ra ç õ es c a u s a m o movimento das vilosidades para frente e para trás, facilitando a absorção. • Su bmucosa: Essa camada é adjacente à mucosa. É composta de tec i do conect ivo com vasos sanguíneos e linfáticos maiores. Ta m b é m c o n t é m o P l e x o submucoso, este é um das duas maiores redes nervosas do sistema nervoso entérico. • Muscular externa: Consiste em duas camadas de músculo liso (camada circular interna e camada longitudinal externa). A segunda maior rede nervosa é o Plexo mientérico, este fica localizado entre a camada circular e a longitudinal, suas funções são de controlar e coordenar a atividade motora da camada muscular externa. • Serosa: Esta é a cobertura externa de todo o trato GI. É composta de tec ido conect ivo que é u ma c o nt i n u a ç ã o da m e m b ra n a peritoneal (peritôneo). O peritôneo também forma o mesentério, que mantém o intestino no lugar. NathyFantin Motilidade – Trato Gastrintestinal A motil idade tem dois propósitos: transportar o alimento da boca até o ânus e misturá-lo mecanicamente para quebrá-lo em pequenas partículas. A motilidade é determinada por propriedades do músculo liso do trato e modificada por sinais químicos provenientes de das fibras nervosas, por hormôn ios e pe las substâncias parácrinas. Diferentes regiões do trato possuem diferentes tipos de contrações. Estas podem ser dividas em duas: • Contrações tônicas: mantidas por minutos ou horas, ocorrem em alguns enficteres e na porção proximal do estômago; • Contrações fáscias: ciclos de contração-relaxamento que duram alguns segundos. Presentes na porção distal do estômago e no intestino delgado. Os ciclos de contração e relaxamento são associados com ciclos de polarização e d e s p o l a r i z a ç ã o c o n h e c i d o s como potenciais de ondas lentas. Quando um potencial de onda lenta atinge um limiar, canais de cálcio presentes nas fibras de músculo liso são abertos, o cálcio entra e a célula dispara um ou mais potenciais de ação. Quanto maior a duração das ondas lentas, mais potenciais de ação são disparados, e maior é a força da contração muscular. NathyFantin As ondas lentas são originas em uma rede de cé lu las chamadas de célu las intersticiais de Cajal. Essas células musculares lisas estão localizadas entre as camadas de músculo liso e os plexos nervosos intrínsecos, e podem atuar como intermediáriasentre os neurônios e o músculo liso. As contrações musculares ocorrem em três padrões gerais: • Entre as refeições, quando o trato está em grande parte vazio, iniciando do estômago e indo lentamente de segmento em segmento. Este padrão conhecido como complexo motor migratório, é uma função “limpeza” que varre as sobras do bolo alimentar bactérias do trato GI superior para o intestino grosso; • As contrações durante e após uma refeição seguem um dos dois outros padrões, peristalse ou contração segmentar. A peristalse são ondas progressivas de contração que se movem de uma porção do trato GI para a próxima como “ondas”. O músculo circular se contrai atrás de uma massa, ou bolo, alimentar. Esta contração empurra o bolo para adiante para um segmento receptor, onde os músculos circulares estão relaxados. O segmento receptor então contrai levando o bolo adiante. Contribui para a mistura do bolo no estômago mas no intestino as ondas peristálticas são limitadas a curtas d ist ânc ias .Hormôn ios , s i na is parácrinos e o sistema nervoso autônomo influenciam na peristalse em todo o TGI; • Nas contrações segmentares, segmentos curtos (1 a 5 cm) de intest ino contraem e re laxam alternadamente. Nos segmentos NathyFantin contraídos o músculo circular contrai e o longitudinal relaxa. Podem ocorrer aleatoriamente ou em intervalos regulares. Tem as funções de agitar o conteúdo intestinal , misturando-o e mantendo-o em contato com o epitélio intestinal absortivo. Secreção – Trato GI Uma grande parte dos 7 L despejados pelo sistema digestório a cada dia é composta de água e íons, particularmente Na, K, Cl, HCO3 e H. Os íons são primeiramente secretados para o lúmen e depois são reabsorvidos. A água segue o gradiente osmót ico , e move-se at ravés de membranas da cé lu la ou pe la v ia paracelular. As células epiteliais possuem membranas apical e basolateral distintas. Cada superfície celular possui membranas para transporte ativo, difusão facilitada e canais abertos de (vazamento). O Na pode passar pela via paracelular além dos canais de membrana em algumas partes do trato digestório. A membrana basolateral contém Na-K- ATPase. Os cotransportadores incluem o s importador NKCC (Na, K, 2Cl ) , antiportador Na-H, Cl-HCO3 e K-H- ATPase. Canais iônicos incluem Na,K e Cl. O canal Cl pode ser chamado de regulador de condutância transmembrana de fibrose NathyFantin cística ou canal de cloreto CFTR. Defeitos nessa estrutura causam fibrose cística. • Secreção ácida: as cé lu las parietais, profundas nas glândulas gástricas, secretam ácido clorídrico no lúmen estomacal. O processo segue as seguintes etapas: 1. O H que está presente na água dentro das células parietais é liberada ao lúmen pelo H-K-ATPase; 2. O cloreto segue o H por um canal de vazamento; 3. Bicarbonato é formado dentro das células parietais (CO2 e OH da água) e é absorvido para o sangue. A ação de tamponamento do bicarbonato reduz a acidez do sangue que deixa o lúmen estomacal criando a maré alcalina. • Secreção de bicarbonato: A secreção de bicarbonato para o d u o d e n o n e u t ra l i za o á c i d o proveniente do estômago. Uma pequena quantidade de bicarbonato é secretada pelas células duodenais; entretanto, a ma ioria vêm do pâncreas, que secreta NaHCO3. As células acinares do pâncreas consiste na parte exócrina desta, que se abrem em ductos cujo lúmen é a parte externa do corpo. Essas células secretam enzimas digestórias, e as células ductais secretam NaHCO3. 4. O bicarbonato produzido na célula pela água é transportado ao lúmen em NathyFantin troca do Cl que entra na célula (Cl- HCO3 apical).O cloreto entra na célula via NKCC basolateral e sai via canal CFTR apical; 5. Os íons H que foram produzidos na célula junto ao HCO3 deixam a célula via Na-H basolateral. O H reabsorvido ajuda a equilibrar o HCO3 colocado no sangue quando as células parietais secretam H para dentro do estômago. O movimento de sódio e de água nesse processo é passivo, impulsionados por gradientes eletroquímicos e osmótico. O movimento de íons negativos do líquido extracelular (LEC) para o lúmen cria um ambiente muito eletronegativo, o que atrai o Na. A água vai juntamente com o Na por osmose, ambos seguem através de junções permeáveis (via paracelular). O resultado final é a secreção de bicarbonato de sódio. • Secreção de NaCl: As células das criptas do intestino delgado e colo secretam uma solução isotônica de NaCl que se mistura com o muco NathyFantin secretado pelas células caliciformes para ajudar a lubrificar o conteúdo intestinal. As secreções desses íons é semelhante ao que ocorre nas células pancreáticas e duodenais; • Enzimas digestórias: São liberadas ao lúmen por glândulas exócrinas (glândulas salivares ou pâncreas) ou pelas células epiteliais da mucosa do estômago e intestino delgado. Muitas enzimas não ficam livres dentro do lúmen; elas permanecem ligadas à membrana apical das células intestinais, ancoradas por proteínas ou âncoras l ip íd icas. Algumas enzimas digestórias são secretadas na forma inativa de pró-enzima (zimogênio). Os zimogênios devem ser ativados no lúmen antes que possam realizar a digestão. Esta ativação tardia permite que a enzima possa ser armazenada na membrana sem causar dano; • Secreção de muco: o muco é composto por glicoproteínas que co l et iva mente são cha madas de mucinas. As principais funções do muco são formar uma camada protetor sobre a mucosa do TGI e lubrificar o conteúdo intestinal.O muco é produzido por células mucosas no estômago e células caliciformes no intestino. Sinais para l iberação do muco: inervação parassimpática, neuropeptídeos encontrados no sistema nervoso entérico e citocinas; • Saliva: os componentes da saliva incluem água, íons, muco e proteínas, como enzimas e imunoglobulinas. As glândulas salivares são glândulas exócrinas, com um epitélio secretor (ácinos). O líquido secretado pelos NathyFantin ácinos se assemelha ao LEC na sua composição iônica. À medida que este líquido passa pelos ductos, as células ductais reabsorvem os Na e secretam K até que a proporção iônica do líquido do ducto seja semelhante ao do líquido extracelular (concentrado em K e pouco concentrado em Na). A secreção salivar é controlada pelo sistema nervoso autônomo. A inervação parassimpática é o estímulo primário para a secreção de saliva. Existe inervação simpática nas glândulas mas é pouca; • Secreção de bile: a bile é uma solução não enzimática secretada pelos hepatócitos. Os componentes principais da bile são: sais biliares, que facilitam a digestão enzimática das gorduras; pigmentos biliares, c o m o a b i l i r r u b i n a q u e s ão subprodutos da degradação da hemoglobina; colesterol. A bile é secretada dentro dos ductos hepáticos e é levada até a vesícula biliar, a qual armazena e concentra a solução biliar. Durante as refeições, as contrações da vesícula biliar enviam bile para o duodeno via ducto colédoco (ducto biliar comum), junto com uma so lução aquosa de bicarbonato e enzimas digestórias provenientes do pâncreas. Regulação da função Gastrintestinal Os vários mecanismos de controle da função gastrintestinal incluem: Localização dos Receptores Os receptores gustativos estão localizados na cavidade bucal, distribuídos no dorso da língua, na epiglote, parede posterior da orofaringe e no palato. Os órgãos específicos para a recepção dos estímulos são os botões gustativos ou NathyFantin corpúsculos gustativos e estão localizados nas paredes das papilas linguais. Estrutura e tipos de papilas As papilas são dobras da membrana mucosa da língua que formamsaliências, sendo de vários tipos: fungiformes em toda a superfície da língua, com um número médio de botões gustativos; circunvaladas, no dorso e parte posterior da língua, com muitos botões gustativos; foliadas em pregas, nos bordos posteriores da língua, com poucos botões gustativos; papilas filiformes, distribuídas na superfície da língua, não apresentando corpúsculos gustativos. E s t r u t u ra e l o c a l i z a ç ã o d o s corpúsculos gustativos. U m c o r p ú s c u l o g u s t a t i v o t e m aproximadamente 70 mM e de diâmetro 40 mM. O numero de corpúsculos é variável sendo maior na criança, diminuindo no adulto e começando um processo de degeneração após 45 anos de idade. O corpúsculo apresenta cerca de 40 células epiteliais modificadas, os receptores gustativos, que vivem por 10 dias aproximadamente. Na mucosa lingual existem glândulas serosas com canais que se abrem junto às papilas, sendo uma de suas funções dilu ir as substâncias estimulantes, que entrarão em contato com os receptores. Os corpúsculos estão localizados como vimos anteriormente nas papilas linguais e ainda na epiglote, pilares das amígdalas e parede posterior da orofaringe. Cada corpúsculo apresenta: célu las sensoriais; células de sustentação; células basais. As células gustativas, que são células sensoriais secundárias, estão localizadas centralmente, rodeadas pelas células de sustentação. As células basais estão em NathyFantin contato com as porções inferiores das células gustativas. As extremidades apicais das células gustativas com microvilosidades se dispõem sob o poro gustativo ficando entre elas e o poro um espaço cheio de líquido. As microvilosidades ou pêlos gustativos constituem a superfície receptora para o gosto. Nas bases das células sensoriais existem sinapses com fibras nervosas eferentes, existindo em cada botão gustativo cerca de 50 destas fibras. A renovação das células do corpúsculo é contínua, sendo substituída após sua morte pelas células basais. Mecanismo de estimulação - transdução no receptor As substâncias hidrossolúveis, portanto solúveis na saliva, entram em contato com as papilas gustativas daí penetrando pelos poros gustativos no espaço cheio de líquido onde estão mergu lhados os pêlos gustativos dos receptores. O contato da substância estimulante com a membrana do receptor provocar ia mudanças físicas na mesma, com alteração do seu potencial negativo de repouso (potencial de membrana), havendo assim uma despolarização no receptor. Esta alteração do potencial da célula gustativa é o potencial gerador. Existem evidências de que a molécula da substância estimulante entre em interação com moléculas receptoras localizadas em certos pontos da membrana sensorial. A molécula receptora protéica modificaria a sua estrutura, isto provocando modificação da permeabilidade da membrana com fluxo de íons, despolarização e formação do potencial gerador. O tipo de substância receptora em cada pêlo gustativo interage com os tipos de substâncias específicas que provocarão respostas naquele receptor NathyFantin particular. Esta interação entre a molécula estimulante e a molécula do receptor é a base da teoria estereoquímica do gosto. É importante lembrar que é apenas uma teoria, mas nos ajuda a compreender certos aspectos fisiológicos da estimulação gustativa. Não explica entretanto certos fatos como, por exemplo, porque as sensações gustativas variam quando a concentração de uma substância é mudada. Os potenciais geradores dos receptores geram impulsos nas fibras gustativas aferentes, cuja freqüência depende do potencial gerador e da intensidade do estimulo. Os neurônios que coletam informações dos botões gustativos respondem de maneira semelhante mas respondem mais a um tipo de estimulação do que outro. Cada neurônio coleta informações de vários botões gustativos (convergência) por isso os neurônios respondem a todos os tipos de estimulação enquanto que em certos corpúsculos isto não acontece. Os neurônios dos receptores gustativos produzem uma freqüência pequena de descarga de impulsos que seria uma freqüência espontânea de repouso na presença de saliva e ausência de outra estimulação. A introdução de um estímulo específico determina um aumento na freqüência de descarga por um período curto. O estimulo permanecendo, os neurônios reduzem a freqüência de descarga a um nível mais baixo; sendo o estímulo removido, os neurônios voltam à sua freqüência de descarga inicial. A adaptação Quando o estímulo gustativo é aplicado, a freqüência de descarga das fibras nervosas aumenta rapidamente por uma fração de segundo e se adapta em seguida havendo declínio da resposta para um nível inferior e constante. Deste modo uma informação intensa chega no sistema nervoso central NathyFantin de início, persistindo uma informação mais débil até terminar o estímulo. Este declínio na resposta ocorre devido aos receptores e neurônios dos botões gustativos. Como explicar o fato de que a redução da sensação gustativa leva mais tempo que o declínio da resposta neuronal, ou seja, de vários segundos a vários minutos? O declínio da resposta neuronal de fração de segundo não explica esta redução. Outro aspecto importante a ser lembrado é que os neurônios continuam a produzir impulsos enquanto o estimulo persistir, entretanto nossa sensação gustativa para aquela substância chega a desaparecer dentro de poucos minutos. Estes fatos seriam explicados se ocorresse uma adaptação adicional pelo tálamo e córtex. Isto deve ocorrer, porém a natureza do processo é desconhecida. Em termos de importância biológica da adaptação gustativa poderíamos partir da consideração que substâncias doces são importantes para a nutrição e não são tóxicas e que substâncias amargas tendem a toxicidade, como é o caso de venenos. Focalizando a sobrevivência é importante reconhecer os dois tipos de substâncias inicialmente, continuar tendo a sensação não é importante. Sendo uma fruta doce, ela é boa para a saúde, se está amarga não é boa para a saúde, basta a sensação inicial para esta informação. A mudança da sensação apenas quando ocorre variação na estimulação é um processo econômico de recolher informações importantes, a continuação daquela estimulação não deve ser percebida ficando liberado o sistema nervoso para outras informações. Uma observação interessante a respeito da adaptação é a necessidade de se variar a estimulação ou limpar as áreas estimuladas com água ou vinho para facilitar a remoção de substâncias facilitando a sensação de NathyFantin novos sabores. Existem certos sabores que se reforçam alternando-se, daí, o clássico uso de peixe com vinho branco e carne com vinho tinto. Um alimento adocicado parece mais doce após uma sensação amarga e uma bebida ácida como suco de limão parece mais ácida após alimentos doces. Sensações fundamentais do gosto São quatro: ácido, salgado, doce, amargo. Combinações destas quatro sensações permitem que um indivíduo perceba centenas de sabores. Entre as substâncias consideradas ácidas temos: ácido clorídrico, acético, cítrico etc. A sensação depende da concentração de íon hidrogênio. Substâncias salgadas são por exemplo: cloreto de sódio, cloreto de amônio, cloreto de magnésio etc. Os cátions são os principais responsáveis pelo sabor salgado. Substâncias doces são: glicose, sacarose que são hidratos de carbono. Outros grupos de substâncias também podem provocar esta sensação gustat iva como: á lcoo is , a lde ídos, aminoácidos etc. A sacarina é muito mais doce do que a sacarose daí ser empregada como agente adocicante. Temos entre as substâncias amargas, o quinino, a cafeína, nicotina, estricnina, cocaína, morfina,atropina. As sensações gustativas são uma combinação dos sabores básicos citados. Várias pessoas comendo um mesmo tipo de alimento como uma fruta , por exemp lo , sent i rão porcentagens diferentes de salgado, doce, amargo e ácido e ainda algumas terão sensações não incluídas nos quatro sabores básicos. Isto vem demonstrar a complexidade das sensações gustativas. As quat ro sensações gustat ivas fundamentais se originam com intensidades diferentes nas diferentes regiões da língua devido à presença de corpúscu los NathyFantin gustativos específicos para cada sensação. Assim receptores para o doce existem mais na ponta da língua, para o sabor ácido ao longo das bordas laterais, para o sabor amargo na parte posterior da língua, para o sabor salgado parte anterior e bordos posteriores. Estas variações regionais da sensibilidade gustativa aos sabores básicos explicam por que o café será sentido mais amargo na parte posterior da língua. O gráfico da figura sumariza estas variações regionais. Ex ist i ndo na l í ngua va r iação da sensitividade regional, podemos esperar que a sensibilidade dos botões gustativos varie com sua localização, isto podendo ser demonstrado por registros de potenciais dos neurônios que coletam informações destes botões. Os corpúsculos não têm diferenças estruturais; acredita-se então que a especificidade para diferentes sensibilidades seja devida a diferenças na estrutura química das moléculas dos receptores na membrana das células sensoriais gustativas. Limiar gustativo Existe enorme variação individual. O limiar gustativo é diferente para as diversas qualidades de estímulos químicos, exigindo concentrações diferentes para as diferentes substâncias. As substâncias amargas têm menor l imiar e se identificam com concentrações pequenas, isto é importante porque muitas toxinas mortais de plantas venenosas são amargas e em pequenas concentrações são percebidas e rejeitadas. Outra observação que podemos fazer é que os adoçantes sintéticos têm limiares menores, daí nossa maior sensibilidade a e sta s s u b st â n c i a s e m m e n o re s concentrações. Vias nervosas gustativas Os impulsos gustativos dos dois terços anteriores da língua (papilas fungiformes) NathyFantin são conduzidos pelo nervo facial através da corda do tímpano. Os impulsos do terço posterior da língua (papilas circunvaladas) e faringe são transmitidos pelo nervo glossofaringeu. Principalmente em crianças, do palato mole, parede posterior da faringe epiglote os impulsos são transmitidos pelo nervo vago. As fibras gustativas fazem sinapse nos núcleos do trato solitário do bulbo. Os neurônios secundários vão terminar no tálamo ventral contralateral e formação reticular através do lemnisco medial, Os neurônios de terceira ordem entram em conexão com o córtex cerebral na região lateral do giro pós- central, na físsura de Sylvius lobo parietal Reflexos A irrigação da língua pelas glândulas serosas e a secreção de saliva na cavidade bucal são reflexos desencadeados pela estimulação dos receptores gustativos. Também pode a sensibilidade gustativa influenciar a secreção gástrica e o vómito, bem como a secreção lacrimal e induzir modificações do ritmo respiratório. A verificação da secreção lacrimal é um teste efic iente e mu ito usado em otoneurologia para se localizar lesões que causam paralisias do nervo facial. • Reflexos longos integrados no sistema nervoso central (SNC): Um reflexo neural clássico é iniciado com um estímulo transmitido por um neurônio sensorial para o SNC, onde o estímulo é integrado e atua. No sistema digestório alguns reflexos clássicos se originam no trato GI, enquanto outros se originam fora. Os reflexos digestórios integrados no SNC são denominados reflexos longos. Reflexos longos que se originam completamente fora no trato GI incluem reflexos antecipatórios e NathyFantin r e f l ex o s e m o c i o n a i s . S ã o denominados reflexos cefálicos pois iniciam no encéfalo. Os reflexos antecipatórios iniciam com estímulos que preparam o sistema digestório para a refeição que o encéfalo está antecipando. Nos reflexos longos a musculatura lisa e as glândulas estão sob controle do sistema nervoso a u t ô n o m o . N e u r ô n i o s parassimpáticos são excitatórios e estimulam a função GI e os neurônios simpáticos inibem as funções GI. • Reflexos curtos integrados ao sistema nervoso entérico: O controle neural do GI não conta somente com o SNC. O plexo nervoso entérico permite que os estímulos sejam iniciados, integrados e concluídos inteiramente no trato GI. Os reflexos que iniciam no sistema nervoso entérico (SNE) e são integrados por ele sem estímulo externo é chamado de reflexo curto. Os processos c o nt ro l a d o s p e l o S N E s ã o relacionados com a motilidade, secreção e crescimento. O plexo submucoso contém neu rôn ios sensoriais que recebem sinais do lúmen. A rede do SNE integra a informação sensor ia l e in ic ia respostas por neurônios submucosos que controlam as secreções das células epiteliais GI e por neurônios NathyFantin mientéricos que que influenciam a motilidade. • Reflexos envolvendo peptídeos GI: os peptídeos secretados pelas células GI podem atuar como hormônios ou sinais parácrinos. Os hormônios são secretados no sangue e atuam no TGI, em órgãos acessórios, ou em locais mais distantes, como o encéfalo. Moléculas parácrinas são secretadas para dentro do lúmen do trato GI ou para o LEC. Sinais parácrinos luminais se ligam a receptores na membrana apical e produzem uma resposta. Moléculas parácrinas no LEC atuam localmente, em células próximas de onde foram secretadas. No sistema digestório, os peptídeos GI estimulam ou inibem a motilidade e a secreção. Os hormônios GI são geralmente divididos em três famílias. Todos os membros de uma família têm sequência de aminoácidos semelhantes: 1. fa m í l i a g a st r i n a : g a st r i n a e a colecistocinina (CCK), além de muitas variantes destas moléculas. Tanto a gastrina quanto a CCK podem ligar-se e ativar o receptor CCKb encontrado em células parietais; 2. família secretina: secretina; peptídeo intestinal vasoativo (VIP) e o GIP (peptídeo insulinotrópico dependente de glicose).Outro membro da família secretina é o peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). 3. A terceira família contém aqueles que não se encaixam nas outras duas famílias. O membro principal é o hormônio motilina. Hormônio Liberado No Estômago: • Gastrina: estimulada por peptídeos e aminoácidos; alvos primários são as células enterocromafinas e as células NathyFantin parietais; estimula a secreção de ácido gástrico e o crescimento da mucosa; somatostatina inibe sua liberação Hormônios Liberados No Intestino: • Colecistocinina (CCK): estimulada por ácidos graxos e alguns aminoácidos; alvos primários são a vesícula biliar, pâncreas e estômago; estimula a contração da vesícula biliar e a secreção de enzimas pancreáticas, inibe o esvaziamento gástrico e a secreção ácida; promove saciedade • Secretina: estimulada por ácido no intestino delgado; alvos primários são o pâncreas e o estômago; estimula a secreção de bicarbonato e inibe o esvaziamento gástrico e a secreção gástrica • Motilina: estimulada pelo jejum (liberação periódica a cada 1,5 a 2 horas); alvos primários são os músculos lisos gástrico e intestinal; est i m u l a o c o m p l exo m oto r migratório; é inibida pela ingestão de uma refeição • GIP: estimulada por glicose, ácidos graxos e aminoácidos no intestino delgado; alvo primário é a célula beta do pâncreas; inibe o esvaziamento gástrico e a secreção ácida, estimula a liberação de insulina (mecanismo antecipatório)• Peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1): estimulada por refeição mista que inclui carboidratos ou gorduras no lúmen; alvo primário é o pâncreas endócrino; estimula a liberação de insulina, inibe a liberação de glucagon e a função gástrica; promove saciedade Bibliografia: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010 NathyFantin HISTOLOGIA 4 camadas modo geral Túnica Mucosa: Epitélio Simples Lâmina Própria (acelular) Tec. conectivo frouxo – Vasos/Macrófago/ Células linfoides = Produção de anticorpos Muscular da Mucosa (M. ..Liso) Tela Submucosa Glândulas Túnica Muscular Muscular circular interna Plexo nervoso Muscular longitudinal Externa Túnica serosa ou adventícia Adventícia (tec conectivo) Serosa (conectivo + Mesotélio) Cavidade oral M u c osa – E p it é l i o pav i m e ntoso queratinizado (atrito) Ep ité l io estratificado queratin izado Glândulas Salivares: • Parótidas Ácinos serosos • Submandibulares Ácinos serosos Ácinos mucosas • Sublinguais +Ácinos mucosos - Ácinos serosos - Abdominal – M. liso Esôfago • Túnica Mucosa NathyFantin Epitélio escamoso estratificado não queratinizado Lâmina Própria Lâmina Muscular da mucosa • Tela Submucosa Tecido Conectivo moderadamente denso Plexo submucosa • Túnica Muscular Cervical – m. estriado esquelético Torácica – m. liso ou estriado esquelético • Túnica adventícia ou serosa Cervical - adventícia Torácica - Adventícia Abdominal - Serosa Estômago • Túnica Mucosa Epitélio Simples Colunar Lâmina Própria – Tec conectivo frouxo + glândulas gástricas (glândulas pilóricas de células G) Muscular – M. liso • Tela Submucosa Tecido conectivo moderadamente denso • Túnica Muscular Circular interna Circular Oblíqua Longitudinal Externa • Túnica Serosa Conectivo + Mesotélio Células Parietais - Rosa Células Principais – Azul NathyFantin Intestino delgado • Túnica Mucosa Epitélio Simples cilíndrico com microvilos + células caliciformes produtoras de muco Tecido Conectivo frouxo (com células de defesa) Muscular Obs = Glândula intestinal (na depressão entre as vilosidades) • Submucosa Plexo submucoso • Túnica Muscular Circular interna Longitudinal Externa • Túnica Serosa Tec. conectivo + Mésotélio Intestino Grosso Parecido com as camadas do delgado, mas não contém pregas, exceto em sua porção distal, nem vilosidades. As criptas intestinais são longas e caracterizadas por abundância de células caliciformes e um pequeno número de células enteroendócrinas. As células absortivas são colunares e contêm microvilosidades curtas e irregulares. • A lâmina própria é rica em células linfoides e em nódulos (GALT) que frequentemente se estendem até a submucosa. Esta riqueza em tecido linfoide está relacionada com a popu lação bacteriana abundante no intestino grosso. • A camada muscular é constituída pelas camadas circular e longitudinal, no entanto as fibras da camada longitudinal externa se unem para formar três bandas longitudinais espessas, denominadas tênias do cólon. • Nas porções livres do colo, a camada serosa é caracterizada por protuberâncias pequenas pedunculadas formadas por tecido adiposo – os apêndices epiploicos. NathyFantin • Na região anal, a camada mucosa forma uma série de dobras longitudinais, as colunas retais. Cerca de 2 cm acima da abertura anal, a mucosa intestinal é substituída por epitélio pavimentoso estratificado. Nessa região, a lâmina própria contém um plexo de veias grandes que, quando excessivamente d i latadas e var icosas, provocam hemorroidas. APÊNDICE É um divertículo do ceco, caracterizado por um lúmen relativamente irregular, pequeno e estreito devido a abundantes nódulos linfoides em sua parede. Tem estrutura similar à do intestino grosso, com menos glândulas intestinais, sendo estas menores e não contém tênias do cólon.. Fígado Triade Estômago C é l u l a s enteroendócrinas Células principais NathyFantin Citologia Cavidade oral O início da degradação do alimento ocorre na cavidade oral, onde os dentes o trituram, transformando-o em pedaços menores, e a saliva o umedece, lubrifica e inicia a digestão através das enzimas amilase (ou ptialina) e lipase, que atuam sobre os carboidratos e os lipídios, respectivamente. A língua mistura e amassa esses fragmentos, resultando no bolo alimentar. Por causa do atrito do alimento, a cavidade da boca é revest ida por ep ité l io estratificado pavimentoso. As regiões das bochechas mordidas devido à dentição mal- ajustada e o palato duro, submetido ao atrito da língua durante a deglutição e a fala, são queratinizados. O palato duro é uma estrutura rígida pela presença de uma placa óssea. A modificação do tamanho e da forma da cavidade oral ocorre graças ao músculo estriado esquelético. Dentes São estruturas duras e mineralizadas, inseridas na maxila e na mandíbula, de modo a aprisionarem o alimento. Os dentes incisivos e caninos são pontiagudos e cortam o alimento em pedaços de tamanho médio, enquanto os pré-molares e molares possuem superfícies ma is largas e achatadas, triturando os pedaços de tamanho médio em fragmentos menores. Glândulas salivares Há pequenas g l ându las sa l iva res espalhadas no tecido conjuntivo da cavidade oral, inclusive no palato e na língua, mas secretam somente 5% da saliva. A maior parte da saliva é produzida por três grandes pares de glândulas salivares: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. NathyFantin As glândulas parótidas possuem uma forma achatada e estão situadas abaixo e na frente da orelha, em cada lado da face, com os ductos desembocando em frente ao segundo molar superior. São responsáveis por 30% da sa l iva. As glândulas submandibulares são ovoides e estão logo abaixo da mandíbula, em ambos os lados do pescoço, com os ductos abrindo-se ao lado do frênulo da língua. Produzem 60% da saliva. As glândulas sublinguais possuem uma forma de amêndoa e estão no assoalho da boca, com os ductos abrindo- s e p r ó x i m o s a o s d u c t o s d a s submandibulares. Secretam cerca de 5% da saliva. As glândulas salivares maiores estão envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado que emite septos para o interior, dividindo- as em lóbulos. Apresentam uma porção secretora, que produz as substâncias que compõem a saliva, e uma porção condutora, que conduz estas substâncias até a cavidade oral. A porção secretora pode conter células serosas e/ou mucosas. As células serosas têm uma forma piramidal, núcleo esférico e basal e citoplasma basófilo, devido ao retículo endoplasmático rugoso desenvolvido para a síntese proteica. Os grânulos de secreção podem ser visualizados no citoplasma. Essas células secretam uma solução aquosa com enzimas (amilase, lipase e lisozima), IgA e lactoferrina. A amilase e a lipase iniciam a digestão dos carboidratos e dos lipídios na cavidade oral, continuando-a no estômago. A lisozima, a IgA e a lactoferrina agem contra a ação das bactérias. As célu las serosas arranjam-se em porções secretoras arredondadas (acinosas), cujo corte transversal é visualizado como ácinos serosos. NathyFantin As células mucosas têm núcleo alongado, comprimido contra a periferia da célula pe las ves ícu las de g l icoprote ínas produzidas. O citoplasma, por causa dessas vesículas, não se cora, tendo um aspecto reticulado. As glicoproteínas constituem o muco que lubrifica o bolo alimentar. As células mucosas formam porções secretoras tubulares, que podem se ramificar e geralmente são delimitadas na extremidade por células serosas, resultando em glândulas tubuloacinosas. Os cortes transversais dessas porçõessecretoras mostram células mucosas envoltas por uma meia-lua serosa: são os ácinos mistos. As glândulas parótidas são constituídas somente por células serosas e assim são glândulas acinosas compostas serosas. As glândulas submandibulares e sublinguais, com células mucosas e serosas, são tubuloacinosas, compostas, ramificadas e s e r o m u c o s a s . N a s g l â n d u l a s submandibulares, há ácinos serosos e mistos, portanto, predomínio de células serosas, enquanto, nas g lându las sublinguais, as células serosas se limitam a fa ze r pa rte d os á c i n os m istos , predominando as células mucosas. Em torno da porção secretora, há células mioepiteliais, cuja contração ajuda na expulsão da secreção. A porção condutora consiste nos ductos intercalares, intralobulares (ou estriados) e interlobulares (ou excretores). Os ductos intercalares são de epitélio simples pavimentoso ou cúbico, e os núcleos estão muito próximos uns dos outros. Esses ductos continuam como ductos intralobulares de epitélio simples colunar com microvilos. Os núcleos são esféricos e posicionados na metade da célula, porque a porção basal é preenchida com invaginações e mitocôndrias. As NathyFantin células realizam o transporte ativo de íons: removem Na+ da saliva e adicionam, em troca, uma quantidade menor de K+, tornando a saliva hipotônica. A presença das invaginações e das mitocôndrias confere um aspecto estriado à região basal das células, por isso esses ductos são também denominados estriados. Os ductos intercalares e intralobulares, como o próprio nome sugere, estão situados no interior dos lóbulos. Os ductos intra lobu lares confluem nos ductos interlobulares (ou excretores), que estão entre os lóbulos, nos septos de tecido conjuntivo. Esses ductos são constituídos por epitél io pseudoestratificado ou estratificado colunar, já que fazem a transição entre os ductos estriados de epitélio simples colunar e a cavidade oral com epitélio estratificado pavimentoso. Língua É revestida por epitélio estratificado pavimentoso, e a superfície dorsal, a qual está frequentemente em contato com o palato duro durante a deglutição, a fala e o repouso , pode ser querat in izada , especialmente nas pessoas idosas. A face superior da língua é irregular, devido a saliências do epitélio e do tecido conjuntivo subjacente: as papilas linguais. As papilas fi l iformes são as ma is numerosas e cobrem a superfície anterior da língua. São pontiagudas, em forma de fio ou onda. Podem ser queratinizadas nas pontas. Não contêm corpúsculos gustativos. Pelo seu formato raspam e retêm o alimento. As papilas fungiformes são menos frequentes e estão situadas entre as papilas filiformes, sendo visíveis a olho nu como pontos vermelhos. Têm a parte apical mais dilatada que a base, lembrando um cogumelo. Os poucos corpúscu los NathyFantin gustativos estão dispersos nas superfícies laterais e dorsal e nem sempre são observados nos cortes. Eles detectam os sabores doce e salgado. No V lingual, há seis a 12 papilas circunvaladas. São assim denominadas porque são circundadas por um sulco, resultante da invaginação do epitélio. Nele desembocam os ductos das glândulas salivares linguais serosas, cuja secreção aquosa remove as partículas alimentares, e a lipase impede a formação de uma película hidrofóbica sobre os corpúsculos gustativos situados nas paredes laterais das papilas. Esses corpúsculos gustativos percebem o sabor amargo. Em pequeno número na língua humana, há ainda as papilas foliadas. Estão situadas nas bordas laterais, posteriormente, uma ao lado da outra. Ductos de glândulas serosas desembocam entre elas. Há muitos corpúsculos gustativos nas paredes laterais. Eles detectam o sabor amargo, mas são funcionais somente até o segundo ou terceiro ano de vida. Os corpúsculos gustativos ocupam a espessura do epitélio e são constituídos por células fusiformes, de coloração clara. A superfície apical destas células apresenta microvilos e faz face a um pequeno orifício no epitélio, o poro gustativo. Algumas das células fusiformes estão associadas a fibras nervosas e são as células receptoras do paladar. Outras são as células de suporte. Há ainda células basais, pequenas e arredondadas, que originam as demais. A renovação das células ocorre entre 10 e 14 dias. Os corpúsculos gustativos da língua reconhecem os sabores básicos. A apreciação de sabores mais refinados depende do epitélio olfatório, por isso, a perda do paladar quando a pessoa está resfriada, com congestão nasal. NathyFantin Entre o tecido conjuntivo da língua, há feixes de músculo estriado esquelético, responsáveis pelo seu movimento, tecido adiposo, que preenche os espaços, e glândulas salivares serosas e mucosas. No terço posterior da língua, há as tonsilas linguais. Faringe É comum ao sistema digestório e ao sistema respiratório e é revestida por epitélio estratificado pavimentoso na porção oral e epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, com células caliciformes na porção nasal. O epitélio estratificado pavimentoso protege a faringe do atrito sofrido com a passagem do alimento durante a deglutição. Há ainda, no tecido conjuntivo subjacente, glândulas mucosas, que produzem muco lubrificante. A presença de tecido linfoide subjacente ao epitélio em determinadas regiões da faringe forma as tonsilas. Na nasofaringe, há a tonsila faríngea e, na junção entre a cavidade oral e a faringe, as tonsilas palatinas. Tubo digestório Estrutura geral do tubo digestório O tubo digestório tem quatro túnicas (camadas): a mucosa, a submucosa, a muscular e a serosa ou adventícia. A mucosa é constituída por epitélio, lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo e muscular da mucosa. Conforme a região do tubo digestório, o epitélio pode ser estratificado pavimentoso ou simples colunar, com diferentes tipos celulares para a absorção ou a secreção de substâncias. A lâmina própria, além de possuir vasos sanguíneos e linfáticos, pode conter glândulas e tecido linfoide. A muscular da mucosa geralmente consiste em uma subcamada interna circu lar e uma subcamada externa longitudinal de músculo liso. Ela promove a movimentação da NathyFantin mucosa independente do tubo, aumentando o contato com o bolo alimentar. A submucosa é de tecido conjuntivo denso não modelado. Contém vasos sanguíneos e linfáticos e o plexo nervoso submucoso (ou de Meissner), com gânglios intramurais que controlam o movimento da muscular da mucosa e a secreção das glândulas da mucosa. Pode ter glândulas ou tecido linfoide. A camada muscular pode ser de músculo estriado esquelético ou de músculo liso. Dev ido à organ ização das fibras musculares são observadas geralmente duas subcamadas: a circular (interna) e a long itud ina l (externa) . As cé lu las musculares arranjam-se em espiral, sendo que a hélice é mais compacta na circular e mais alongada na longitudinal. Entre as duas subcamadas, há pequenos vasos sanguíneos e linfáticos e o plexo nervoso mioentérico (ou de Auerbach), com gânglios que coordenam a contração das células musculares. A camada muscular promove a mistura e a progressão do alimento no tubo digestório através do peristaltismo, uma onda de contração que se move distalmente. O espessamento do músculo circular em algumas áreas resulta nos esfíncteres, que impedem a passagem do conteúdo luminal com a sua contração. A serosa e a adventícia são revestimentos externos. A serosa é o conjunto de tecido conjuntivo frouxo e mesotélio, que é epitélio simples pavimentoso, contínuo ao peritônio. A adventícia é tecido conjuntivo frouxo, comum a outro órgão. O tecido conjuntivo apresenta grande quantidade de células adiposas, vasos sanguíneos
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