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Resumão - Patologia Oral - Prova 1

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Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
RESUMO - PATOLOGIA ORAL -
PROVA 1
BIÓPSIA E PROCESSAMENTO
LABORATORIAL
Indicações:
Exame clínico não é suficiente
Lesões ósseas ou intraósseas
Lesões que interfiram na função local
Há suspeita de câncer
Contra indicações:
Exame clínico é suficiente
Pacientes com imunidade baixa
Lesões vasculares como hemangioma
INCISIONAL - fragmento da lesão
Lesões múltiplas, extensas ou com
suspeita de malignidade
Tecidos indesejáveis: superficiais
Tecidos desejáveis: mais profundos com
margem de tecido sadio para comparação
EXCISIONAL- remoção total da lesão
Lesões bem delimitadas e benignas
Tecidos indesejáveis: presença de
bordas comprometidas, deixando lesão
residual
Tecidos desejáveis: remoção total da
lesão, com bordas e profundidade
adequadas
Punção aspirativa por agulha fina
(PAAF) - lesões submucosas, subcutâneas
e profundas, em que a biópsia comum
seria uma cirurgia muito grande
Cuidados:
- Material deve ser identificado logo após
retirada com nome do paciente, do
profissional e data do procedimento
- Formol deve ter 20x o volume do
material
- Profissional deve preencher ficha de
solicitação do exame histopatológico e
enviar para laboratório
Motivos de inadequações:
Fixação inadequada
Ficha com dados incompletos
Falta de identificação do profissional
Etapas laboratoriais:
1 - Obtenção da amostra - incisional ou
excisional
2 - Fixação - formol 10% tamponado
3 - Macroscopia - descrição a olho nu -
número, forma, cor, consistência; clivagem
- reduzir a dimensão; descalcificação em
tecido duro
4 - Processo histotécnico - desidratação
(banhos crescentes de álcool 70% até
álcool absoluto) - diafanização (tirar álcool
e colocar xilol, deixando tecidos
translúcidos), 2 banhos; impregnação (tirar
xilol e coloca parafina, endurecendo
tecido), 3 banhos
5 - Inclusão - bloco histológico; parafina
aquecida em superfície refrigerada;
polimeriza a parafina.
6 - Microtomia - cortes em fita - banho
maria - pesca - fixação na estufa
7 - Coloração - Desparafinar em xilol por 9
min - Hidratar em álcool por 9 min -
imersão em álcool absoluto, 95 e 70; -
lavar em água por 3 min - hematoxilina por
5 min - lavar por 5 min - eosina por 2 min
Especiais:
PAS - glicogênio - fungos
Vermelho congo - amiloides
Tricômio Massom - fibras colágenas
Fontana- Massom - melanina
GROCOTT - prata - fungos - esporos, hifas
e micélios
BAAR - tuberculose
8 - Análise
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS
SALIVARES
São glândulas exócrinas que liberam
saliva. Divididas em: maiores - parótida,
submandibular e sublingual - e menores -
na submucosa jugal, lingual, dos lábios,
palato mole, 2 ⁄ 3 posteriores do palato
duro e assoalho de boca. Não estão
presentes na gengiva e palato duro
MUCOCELE - ruptura parcial ou total de um
ducto excretor, levando ao extravasamento
de muco pro tec. conj. adjacente
Não é um cisto verdadeiro porque não
possui tec. ep. circundante.
Ocorre principalmente no lábio inferior,
mas também na parte ventral da língua
A medida que a mucocele cresce, o tecido
epitelial fica mais fino, levando a um
aspecto translúcido azulado nas lesões
mais superficiais
Rompe facilmente
Mais comum em crianças e adolescentes
Presença de vasos telangiectásicos
Tempo de evolução: 1 ou 2 meses
- Normalmente é indolor. Se houver
algum trauma secundário pode haver
infiltrado inflamatório mais intenso e
gerar dor
- A medida que a saliva extravasa para o
tec. conj., ela é reconhecida como
material estranho. Desse modo,
macrófagos são recrutados e agem
fagocitando a saliva na periferia da
lesão. Assim, a área fica pronta para ser
reparada e gera tecido de granulação,
que vai formar um envoltório em torno
do muco. Esse processo leva a
formação de um aspecto bem
delimitado a lesão.
Tratamento: remoção de todas as
glândulas da região acometida.
Tem um excelente prognóstico, só havendo
recidiva se as glândulas subjacentes não
forem devidamente removidas
RÂNULA - mucocele no assoalho de boca
São maiores que as mucoceles, com
aspecto translúcido e com vasos
telengiactásicos, semelhante ao ventre de
uma rã
Normalmente vem da glândula sublingual,
mas também do ducto da submandibular e
das salivares menores
Nódulos abaulados e flutuantes
Tratamento: Avaliação da origem da lesão
- tentativa de esvaziamento (método
conservador) para que caso a ruptura do
ducto tenha sido parcial haja o reparo
naturalmente
Micromarsupialização - transfixar a lesão
com um fio de sutura (de algodão ou seda)
e dar um nó frouxo, para que a saliva
extravase gradualmente e o tecido se
reconstitua
CISTO DO DUCTO SALIVAR - cisto
verdadeiro delimitado por epitélio que
aprisiona saliva no ducto. Isso ocorre pelo
acúmulo de debris/restos celulares que
obstruem o ducto ou pela sua má
formação, levando a falta de comunicação
com a cavidade oral.
- ocorre mais em adultos
- parecem mucoceles, flutuantes,
amolecidos, podendo ser azulados
dependendo da profundidade
- quando no assoalho, podem ficar
adjacentes ao ducto da glând.
submandibular
- epitélio cúbico simples, sem
formação de tecido de granulação
porque a saliva ficou dentro do cisto
- epitélio pode sofrer metaplasia
Tratamento: excisão cirúrgica
conservadora. Nas glândulas salivares
maiores a remoção parcial ou total pode
ser necessária. Sem recidivas.
SIALOADENITE: são inflamações nas
glândulas salivares, oriunda de causas
infecciosas ou não
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Infecções bacterianas surgem pela
obstrução ductal ou diminuição do fluxo
salivar, levando a disseminação retrógada
das bactérias através do ducto. Pode ser
causado por sialolitíase, estreitamentos
congênitos ou por compressão por tumor
Sialolitíase bacteriana em glândulas saliv.
menores normalmente são causadas por
sialolitos
Siadonelite aguda - neutrófilos no sistema
ductal e acinar
Siadonelite crônica - linfócitos e
plasmócitos
Tratamento: antibioticoterapia, reidratação
do paciente, drenagem em caso de
abscesso. Na crônica varia de uma terapia
conservadora para uma intervenção
cirúrgica.
SIALOLITÍASE - são estruturas calcificadas
que se formam no ducto circundando
material orgânico (debris), como muco,
bactérias, células do epitélio e materiais
estranhos.
Pode ser causada pela siadonelite crônica
ou obstrução parcial
Ocorre mais em jovens e adultos
São duros, arredondados, ovais ou
cilíndricos
Amarelados, brancos, ou
marrons-amarelados; submandibulares são
maiores;
Normalmente são únicos
Praticamente indolor. O paciente relata dor
quando há a migração retrógada das
bactérias da boca para a glândula salivar
que causam infecção dentro da glândula.
Sintomas: aumento de volume na região
de assoalho e região submandibular,
secreção purulenta, mucosa eritematosa,
dor;
Evolui de 2 a 3 dias
Utiliza-se radiografias oclusais
Tratamento: os mais superficiais, podem
ser tratados de forma conservadora com
massagens na glândula para expelir a
pedra através de uma incisão no ducto sob
anestesia local. Os maiores necessitam de
remoção cirúrgica. Caso tenha dano
inflamatório, a glândul também deverá ser
removida.
Na sialodenite bacteriana também se
prescreve antibióticos: amoxilina 500mg 3
vezes ao dia por 10 dias
CISTOS DO DESENVOLVIMENTO
É uma cavidade patológica revestida por
epitélio e circundada por tecido conjuntivo
fibroso. Dentro da cápsula pode ter cristais
de colesterol
A hipótese para o surgimento é que
remanescentes epiteliais começam a se
proliferar e as células mais centrais ficam
sem nutrientes e se degeneram gerando o
cisto
- é a patologia mais frequente dos
maxilares: mandíbula > maxila
- é assintomático na fase inicial
- crescimento lento
- mais prevalente na 20 e 30 década
de vida
Classificação
Odontogênicos - fazem parte do
desenvolvimento dentário
Não odontogênicos - são oriundos de
remanescentes epiteliais nas linhas de
fusão ou nivelamento entre os processos
embrionários
CISTO NASO-LABIAL
Lábio superior, lateral a linha média
Teoria 1 - é um cisto fissural oriundo de
restos remanescentes epiteliaisdo
processo maxiliar, processo nasal mediano
e lateral
Teoria 2 - deposição ectópica do epitélio do
ducto nasolacrimal
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Aumento do lábio superior lateral a linha
média que pode levar a apagamento da
região do vestíbulo
Pode gerar obstrução nasal e dificultar uso
de próteses
Dor rara
Mais em adultos entre 30 e 40 e mulheres
Epitélio colunar pseudoestratificado com
células caliciformes e cílios
Tec, conj, fibroso adjacente contento tec,
muscular esquelético
Tratamento - remoção cirúrgica total. Às
vezes se tira um pouco do assoalho bucal
Marsupialização da lesão
CISTO DO DUCTO NASOPALATINO OU
DO CANAL INCISIVO
É o mais comum da cavidade oral. Ocorre
em 1% da população
Se origina de remanescentes do ducto
nasopalatino
Mais comum na 4ª e 6ª décadas de vida
Raramente observado na 1º década de
vida
< homens
Tumefação da região anterior do palato,
drenagem e dor
Algumas são assintomáticas
Nas radiografias, apresenta formato de
pêra invertida ou coração. É bem
circunscrito e fica na linha média, entre os
ápices dos incisivos centrais superiores.
Margem esclerótica
Varia de 6 mm a 6 cm
A maioria varia de 1 a 2,5 cm
Forame incisivo < 6 mm
Cisto da papila incisiva - nos tecidos moles
Epitélio pavimentoso estratificado (mais
próximos a cavidade oral) > epitélio
colunar pseudoestratificado (mais próximos
a cavidade nasal > ep. col. simples > ep.
col. cúb.
Pode ter células caliciformes e cílios junto
ao ep. colunar
Quando originado no canal incisivo pode
ter artérias, veias e nervos na parede do
cisto
Pode ter pequenas ilhas de cartilagem
hialina, glândulas mucosas e resposta
inflamatória com plasmócitos, linfócitos e
histiócitos
Tratamento - enucleação cirúrgica -
recidiva rara - é realizado um retalho
palatino rebatido após uma incisão ao
longo da margem gengival lingual dos
dentes anteriores superiores
Biópsia para diagnóstico
CISTO DERMÓIDE
Revestido por epitélio semelhante a
epiderme e apresenta anexos cutâneos
Forma cística benigna do teratoma e mais
simples
Linha média do assoalho bucal ou mais
lateralmente
Quando abaixo músculo gênio-hioideo,,
pode deslocar a língua superiormente e
causar dificuldades na alimentação, na
fonação ou respiração. Quando acima,
queixo duplo
Varia de poucos mm a 12 cm
Mais frequentes em crianças e jovens,
15% de origem congênita
Normalmente sem dor. Apresenta-se como
uma massa borrachoide ou pastosa que
retém marcas dos dedos
Epitélio escamoso estratificado
ortoceratinizado
Queratina na luz do cisto
Parede cística de tec. conj. fibroso com
anexos cutâneos, como gland. sebáceas,
sudoríparas e folículos pilosos
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Tratamento - remoção cirúrgica - acima do
gênio-hióideo, incisão intraoral - abaixo do
gênio-hióideo - extraoral
Recidivas raras
CISTO DA FENDA BRANQUIAL OU
LINFOEPITELIAL CERVICAL
Teorias - se desenvolve de remanescentes
das fendas branquiais (95% do segundo e
5% do primeiro, terceiro e quarto arco) ou
se origina de degenerações císticas do
epitélio da glândula parótida que ficou
aprisionado nos linfonodos cervicais
superiores
Região lateral superior de pescoço - ao
longo da margem do
esternocleidomastóideo
Mais comum entre 20 e 40 anos
Massa mole e flutuante que varia de 1 a 10
cm
Se houver lesão secundária pode haver
dor
Cistos linfoepiteliais – derivados do epitélio
da glândula parótida aprisionado dentro de
um linfonodo - são raros dentro da
glândula parótida. Contudo, um aumento
do número desses cistos foi relatado em
pacientes infectados pelo HIV,
provavelmente, relacionados com a
linfadenopatia.
Epitélio pavimentoso estratificado
ceratinizado ou não. Podendo ter ep.
respiratório tbm
Tecido linfóide com centros germinativos
Tratamento - remoção cirúrgica, quase
nunca recidiva
Biópsia por aspiração com agulha fina
pode ser útil para exclusão de malignidade
antes da cirurgia.
CISTO LINFOEPITELIAL ORAL
Dentro do tecido linfoide oral - amígdalas
linguais e palatinas e adenóides
faringianas. Também pode ocorrer na parte
ventral da língua, assoalho de boca e
tecidos moles
Microscopicamente igual ao cisto da fenda
branquial só que menor
Massa submucosa pequena e menor que 1
cm de diâmetro
- O cisto pode ser firme ou mole e a
mucosa de revestimento é macia e não
ulcerada
Lesão é branca ou amarela e muitas vezes
contém, em sua luz, queratina com
aspecto caseoso ou cremoso
Assintomático, embora, alguns pacientes
queixem-se de tumefação ou drenagem
Dor secundariamente a um traumatismo
Mais frequentes em adultos jovens
Mais comum no assoalho bucal, depois na
superfície ventral, margem lateral da
língua, amígdala palatina ou no palato
mole.
Cavidade cística revestida por epitélio
escamoso estratificado sem projeções para
o conjuntivo
Normalmente paraqueratinizado com
células epiteliais descamadas
preenchendo sua luz. Em raras ocasiões, o
revestimento epitelial pode conter células
mucosas
Presença de tecido linfóide na parede
cística
Cistos podem se comunicar com a mucosa
de revestimento
Tratamento - excisão cirúrgica e a recidiva
geralmente não ocorre
Biópsia nem sempre é necessária, desde
que a lesão seja característica o bastante
para o diagnóstico ser feito com base na
clínica
PATOLOGIA DA POLPA
Etiologia
Biológicos - cárie, toxinas
Físicos - trauma, abrasão, atrição,
iatrogênicos, calor
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Químicos - erosão, ácidos, materiais
restauradores e clareadores
Polpa normal - agente agressor - pulpite
reversível - persistência do agressor -
pulpite irreversível - persistência - necrose
pulpar
1 - Estímulo externo atinge um nível
nocivo
2 - Degranulação dos mastócitos,
diminuição do fluxo de nutrientes e dano
celular
3 - Liberação de mediadores inflamatórios
(p. ex., histamina, bradicinina, neurocinina,
neuropeptídeos e prostaglandinas)
4 - Vasodilatação, aumento do fluxo
sanguíneo e extravasamento vascular com
edema
PULPITE REVERSÍVEL
No teste térmico apresenta dor aguda, mas
que cessa logo depois da remoção do
estímulo
Sem evidência radiológica
Dente responde ao teste pulpar elétrico em
níveis mais baixos de corrente do que em
um dente de controle apropriado
Mobilidade e sensibilidade à percussão
estão ausentes
PULPITE IRREVERSÍVEL
Invasão bacteriana é o limite entre a
pulpite reversível e a irreversível
Dor espontânea, com maior prevalência ao
deitar e que não cessa com remoção do
estímulo (bebidas quentes agravam).
Analgésicos não funcionam
Sem evidência radiográfica
Terapia não conservadora
Quando bactérias atingem a dentina
terciária, a barreira de defesa foi
atravessada, causando um grau de pulpite
severa com chance mínima de
recuperação da polpa
PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA OU
PÓLIPO PULPAR
Apresenta tecido reacional (de granulação)
exacerbado, ultrapassando os limites da
câmara pulpar
Crescimento hiperplásico da polpa
Normalmente em dentes jovens decíduos
ou permanentes
Testes térmicos podem indicar estágio
reversível ou irreversível
NECROSE PULPAR
Sem resposta a estímulos, não há mais
sinais de vitalidade
Testes de palpação e percussão podem
ser positivos
Sem evidências radiográficas
Coagulativa (por trauma, isquemia, hipóxia,
mantém morfologia) x liquefativa
(bactérias, digestão enzimática, não
mantém morfologia)
CALCIFICAÇÃO PULPAR
Metastática (hipercalcemia por doenças
sistêmicas) x distrófica (áreas focais de
necrose)
Dentículos - interior da cavidade dente
Cálculos pulpares - circulares, bem
concentradas
Calcificações lineares
Características histopatológicas: Pulpite
reversível: hiperemia, edema e algumas
células inflamatórias subjacentes à região dos
túbulos dentinários afetados. Pode ser
observada dentina terciária na parede
dentinária adjacente e células inflamatórias
agudas dispersas.
Pulpite irreversível: congestão das vênulas,
que resulta em necrose focal. Zona necrótica
com leucócitos polimorfonucleares e
histiócitos. Tecido pulpar circundante
geralmente com fibrose e infiltrado misto de
plasmócitos, linfócitos e histiócitos.Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Pulpite crônica hiperplásica: Capuz de tecido
de granulação inflamado subagudo -
preenche completamente o espaço que a
câmara pulpar ocupava. Se assemelha ao
granuloma piogênico. O tecido pulpar
profundo do interior dos canais apresenta
fibrose e um infiltrado inflamatório crônico..
Tratamento - pulpite reversível - remoção do
irritante local. Às vezes, uso de analgésicos.
Teste de vitalidade após a diminuição dos
sintomas, para assegurar que não tenha
ocorrido um dano irreversível. Pulpites
irreversíveis e crônicas hiperplásicas -
extração do dente ou por tratamento
endodôntico.
PATOLOGIA DO PERIÁPICE
Processo de necrose da polpa - Invasão do
periápice - agentes nocivos + presença de
vascularização
Periacopatias
Agudas - + agressão e - defesa
Crônicas - agressão = defesa
PERIODONTITE APICAL AGUDA
ABSCESSO DENTO-ALVEOLAR
PERIAPICAL AGUDO
Trauma ou lesão cariosa - Necrose pulpar
- Produtos irritantes - Coleção purulenta na
região periapical
Não apresenta alterações visíveis na
radiografia por causa da rapidez de
evolução
Dor contínua
Necrose pulpar
Sensível à percussão
Patologia das cáries
Extrusão (o pus causa impacto nos dentes)
Aumento da mobilidade dentária
Aumento do calor local
Celulite facial (extravasamento de pus para
os tecidos e músculos faciais)
Linfadenopatia, palidez e febre (efeitos
sistêmicos)
Abscesso em evolução - mucosa
avermelhada - aumento de volume - firme
à palpação
Abscesso já evoluído - coloração
amarelada - massa flutuante e dolorosa
ABCESSO PERIAPICAL CRÔNICO
Infecção de baixa intensidade
Formação de fístula
Não provoca dor porque não há mais
acúmulo de pus
Tratamento - abertura coronária -
drenagem intra e extra bucal -
antibioticoterapia + antiinflamatório
(abscessos agudos) - quando o abscesso
se drena naturalmente, se forma uma
fístula (mais comum no crônico)
PERIODONTITE APICAL CRÔNICA
GRANULOMA PERIAPICAL
Inflamação no periápice em resposta a
irritantes oriundos do canal radicular
Necrose pulpar e difusão de irritantes para
a região periapical - Resposta bem
sucedida do organismo em limitar e
neutralizar os produtos tóxicos dos
irritantes
É um achado radiográfico e clínico
Esse granuloma não está relacionado ao
tecido de granulação da inflamação e sim
ao aspecto físico de grânulo que ele
apresenta
Assintomáticos
Hiperemia e edema
Mucosa normal na região, sem aumento de
volume - Sem aumento de mobilidade -
Sem sensibilidade à percussão
Produtos bacterianos saem da região
apical - Macrófagos recrutam células
inflamatórias e liberam de citocinas no
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
local - Citocinas induzem os osteoclastos
que reabsorvem o osso
Radiografia com área radiolúcida
circunscrita
CISTO PERIAPICAL CRÔNICO
É uma lesão inflamatória oriunda de
irritantes da necrose pulpar
Epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado
Persistência do granuloma leva a
proliferação dos restos de Malassez,
necrose das células centrais e crescimento
da lesão por aumento da pressão osmótica
Área radiolúcida circunscrita
Assintomático
Necrose pulpar
Crescimento lento
Sem aumento da mobilidade
Crepitação à palpação
Sem sensibilidade à percussão
Mucosa normal na região
Expansão óssea e deslocamento de
dentes adjacentes
Tratamento do granuloma ou cisto
periapical - Remover o agente etiológico/
causador - Endodontia + acompanhamento
- Remoção cirúrgica - Os cistos radiculares
não respondem bem ao tratamento
endodôntico (por causa da relação cística
com o periápice)
Cisto em bolsa ou baia - permite uma
comunicação do cisto com o canal, então
vão responder bem ao tratamento
endodôntico
Cisto verdadeiro - não permite
comunicação da cavidade cística com o
canal. Então, ele não sofre ação dos
agentes agressores do periápice, são
independentes. Não vão responder ao
tratamento endodôntico
CISTO RESIDUAL
Cisto radicular que permanece mesmo
após a exodontia - Não forma pus
Radiograficamente: imagem radiolúcida em
região edêntula.
Para existir cisto radicular, precisa ter
necrose pulpar
PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO
NEOPLÁSICOS
É um grupo de processos que, diante de
um estímulo nocivo , induz a proliferação
de células.
Essa proliferação é reacional à irritação/
trauma.
Lesão estímulo-dependente. Quando se
remove o agente causador, a lesão para de
se proliferar
Só regride se for pequena. Grande deve
ser removida cirurgicamente.
HIPERPLASIAS GENGIVAIS
HIPERPLASIA FIBROSA, HIPERPLASIA
FIBROSA INFLAMATÓRIA, EPÚLIDE
FISSURADA, TUMOR POR LESÃO DE
DENTADURA OU EPÚLIDE POR
DENTADURA
Prótese mal adaptada (apertada ou
folgada) vai causar a irritação da mucosa
fazendo ocorrer proliferação celular
Rebordo flácido, área fibrosa
Diagnóstico - remover a lesão e
encaminhar para a análise histopatológica
Tratamento - orientar o paciente a eliminar
a prótese e confeccionar uma nova
Características - prega única ou múltipla
de tecido conjuntivo hiperplásico no
vestíbulo alveolar associado à borda da
prótese
Tecido firme, fibroso, com coloração
semelhante à mucosa ou com áreas
eritematosas (avermelhadas) ou ulcerada
Caroline Delmondes - Odontologia - UFPE
Ocorre em homens e mulheres, porém há
uma predileção por mulheres
Outras possíveis causas – Colocar
aspirina em cima do dente doendo (como a
aspirina é ácida, pode causar úlceras) ;
Radiação
Características histopatológicas -
Proliferação de células - Crescimento do
tecido epitelial (Hiperplasia das células
epiteliais) - Crescimento do tecido
conjuntivo (Hiperplasia das células do
tecido conjuntivo) - Infiltrado inflamatório -
Recrutamento de células por quimiotaxia -
Presença de fibroblastos (estimulam a
formação de colágeno - formação de
tecido fibroso) - Hiperplasia do tecido
conjuntivo fibroso - Presença de úlceras -
Epitélio de revestimento hiperqueratótico
com hiperplasia irregular
PÓLIPO FIBROEPITELIAL OU FIBROMA
POR DENTADURA SEMELHANTE À
FOLHA
Ocorre no palato duro, abaixo da
dentadura superior - Massa rósea
aplainada presa no palato por pedículo
estreito - Bordas denteadas lembrando
uma folha
HIPERPLASIA PAPILAR INFLAMATÓRIA:
PAPILOMATOSE POR DENTADURA
Ocorre no palato duro
Presença de pequenas papilas
Assintomático - pode envolver o rebordo
alveolar da mandíbula - Aspecto eritematoso
- Superfície papilar pedregosa - Sensação
de queimação
Se o paciente chega com a queixa de
queimação, um diagnóstico diferencial pode
ser “boca ardida”(comum em mulheres na
menopausa).
Numerosos crescimentos papilares na
superfície - epitélio escamoso estratificado
hiperplásico - tecido conjuntivo varia de
frouxo ou edematoso à densamente
colagenizado - células inflamatórias crônicas
- hiperplasia pseudo-epiteliomatosa
Tratamento - remoção da prótese para
regressão do edema e do eritema
O tecido pode retomar ao aspecto normal -
lesões mais antigas exigem remoção
cirúrgica - remover o agente irritante
GRANULOMA PIOGÊNICO
É o crescimento tecidual não neoplásico
representando resposta tecidual exuberante
a uma irritação local ou trauma
Massa plana ou lobulada
Ulcerada, rósea, vermelha ou roxa
Fácil sangramento à manipulação
Indolor
Gengiva 75%, lábios, língua e mucosa jugal
Maxila (região anterior) é mais comum
Crescimento rápido
Predileção por crianças e adultos jovens
Mais comum no sexo feminino por causa
dos hormônios
Está associado ao irritante da placa
bacteriana
Hiperplasia da papila
Quando a lesão cronifica, não há
vermelhidão nem infiltrado inflamatório.
Há presença de mais fibras colágenas do
que células. Por isso, lesões antigas são
mais colagenizadas.
Proliferação vascular intensa - Tecido de
granulação - Superfície parcialmente
ulcerada
Membrana fibrino-purulenta espessa (por
causa da úlcera) - Vasos sanguíneos
congestos - Infiltrado inflamatório misto -
Áreas de hemorragias, numerosas hemácias
e intensa vascularização - Áreas sem
epitélio = úlcera
Tratamento - Excisão cirúrgica - Remoção
dos agentes irritantes (placa bacteriana,
cálculo) - Em grávidas: pode se resolver
espontaneamente após o parto (pois é umaCaroline Delmondes - Odontologia - UFPE
lesão hormônio-dependente) - Prognóstico
bom - Pode sofrer várias recidivas ( pois
está ligada diretamente à higiene do
paciente)
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS
GIGANTES
É uma lesão reativa causada por irritação
local ou por um trauma
Ocorre apenas na superfície do osso e não
a nível intra ósseo
Ocorre na gengiva ou rebordo alveolar -
Massa nodular vermelha ou
roxo-avermelhada - Séssil ou pedunculada -
Com ou sem ulceração - Provoca
reabsorção em forma de taça no osso
alveolar subjacente - Predileção pela
mandíbula - Mais comum no gênero
feminino, entre 5 e 6 décadas de idade
Presença de células gigantes (facilita o
diagnóstico)
Tratamento - Excisão cirúrgica local -
Remover focos da irritação
Excelente prognóstico
10% de recidiva
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO
Epúlide fibróide ossificante, granuloma
periférico com calcificação, granuloma
fibroblástico calcificante.
Crescimento gengival de natureza reativa
(maturação fibrosa e posterior calcificação) -
Proliferação fibrosa associada à formação
de material mineralizado
Lâmina própria com proliferação fibrosa
associada com formação de material
mineralizado semelhante a osso, cemento
ou calcificações distróficas
Superfície pode estar ulcerada (membrana
fibrinopurulenta) ou revestida por epitélio
pavimentoso estratificado
Tratamento - Excisão cirúrgica - Eliminação
do agente irritante - Ótimo prognóstico -
Recidiva de 16%

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