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Livro Digital - Fundamentos e Metodologia da Alfabetizacao e Letramento 10

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A BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR (BNCC), A
ALFABETIZAÇÃO E OS DESAFIOS
DA ERA DIGITAL
UNIDADE 3
CULTURA DIGITAL NA BNCC E OS DESAFIOSCULTURA DIGITAL NA BNCC E OS DESAFIOS
PARA A ALFABETIZAÇÃOPARA A ALFABETIZAÇÃO
T Ó P I C O 3T Ó P I C O 3
A cultura digital tem promovido mudanças sociais signiHcativas na sociedade
contemporânea. Em decorrência do avanço e da multiplicação das
tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela
maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e aHns.
Frente a este contexto a BNCC destaca também o letramento digitalletramento digital, pois
as novas práticas de linguagem contemporâneas abrem um leque de novas
possibilidades de acesso e produção.
Acadêmico(a)! Nossas crianças, adolescentes e jovens acessam a internet e
são, ao mesmo tempo, consumidores e produtores de conteúdo. Essa nova
geração tem facilidade de apreender outras línguas e interesse em estudá-
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
Tamanho da fonte
Fonte
Open Sans
Cor da Página
Altura da Linha
Largura do Texto
Alinhamento do Texto
Unidade 3 - Tópico 3 
07/03/2023 11:31
Página 1 de 30
las e é muito in^uenciada pela tecnologia. Essa geração denominada de
“nativos digitais” ou geração Z, ou seja, zarpam, zapeiam e navegam o tempo
todo na internet e estão constantemente conectados. Eles nasceram na era
digital, começaram a aprender na linguagem digital e não conheceram nada
além de uma vida conectada a outro e ao mundo dos bits.
Assim, além de discutirmos as questões éticas nesse novo campo, torna-se
necessário explorá-lo para alfabetizar nossos alunos.
Vamos lá?
Com o advento da internet, a partir de 1992, um novo paradigma começa a
surgir, potencializando a comunicação instantânea entre muitos e para
muitos. Essa comunicação gerada pela internet tem sobrepujado os outros
meios de comunicação de massa por seu poder interativo, de trocas de
experiências e de compartilhamento de resultados (MACHADO E KAMPFF,
2017).
  
Nativo digitalNativo digital
O termo foi criado pelo norte-americano Marc Prensky e faz referência aos
nascidos e crescidos com as tecnologias digitais presentes em sua vivência.
Segundo Castells (2002, p. 311), a internet “não é apenas uma tecnologia: é o
instrumento tecnológico e a forma organizativa que distribui o poder da
informação, a geração de conhecimentos e a capacidade de ligar-se em rede
em qualquer âmbito da atividade humana”.
De acordo Machado e Kampp (2017), a internet instaura uma nova
economia, novas formas de sociabilidade, participação social e intervenção
política. Sua importância é tamanha que deu início ao aparecimento de um
novo espaço, intitulado de ciberespaço, que possibilita que cada sujeito
possa adicionar, retirar, criar e modiHcar conteúdos dessa estrutura;
disparar informações e não somente receber, uma vez que o polo da
emissão está liberado para coletivização dos saberes, construção
2 CULTURA DIGITAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA2 CULTURA DIGITAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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colaborativa de conhecimento e de sociabilidade (LEVY, 2010).
Segundo Lemos (2002, p. 131), esse lugar denominado ciberespaço é
deHnido como um “hipertexto mundial interativo, onde cada um pode
adicionar, retirar e modiHcar partes dessa estrutura temática, como um
texto vivo, um organismo auto-organizante”. Nasce não só da digitalização,
da proliferação da informática e suas interfaces, mas da interconexão
mundial de computadores proporcionada pela internet. É um ambiente de
circulação de discussões plurais (MACHADO; KAMPFF, 2017).
As múltiplas possibilidades de linguagem e de interação oferecem uma
velocidade acelerada de informações, potencializam o ambiente digital com
uma efervescência cultural e proporciona um contexto de novidades, de
emergências. Imersos nesse ciberespaço, percebe-se que houve alteração
da nossa maneira de pensar, de sentir, de agir no mundo, de nos
relacionarmos, de nos comunicarmos e de construir conhecimentos, em um
processo tão intenso, que muitas vezes não se percebem as mudanças que
ocorrem a cada dia. A evolução tecnológica altera os comportamentos das
pessoas (MACHADO; KAMPFF, 2017).
Neste contexto as tecnologias de informação e comunicação (TIC) estão
profundamente articuladas com esses novos sentidos que atribuímos ao
mundo e acabam acelerando e produzindo intensas mudanças sociais, bem
como novas formas de conhecer. A Internet está diretamente imbricada com
as atuais transformações do mundo contemporâneo, por ter projetado esse
novo espaço de aprendizagens, pensamentos, gênero de saber e, portanto,
de uma nova cultura, denominada de cibercultura (LEVY, 2010).
A cibercultura apresenta como características básicas: a possibilidade de
hipertextualidade, de interatividade, bem como da virtualidade, da não
linearidade, multivocalidade, tempo real e simulação, provocando mudanças
intensas nos sentidos que as crianças e jovens brasileiros percebem, sentem
e agem em uma sociedade em que a informação e conhecimento
constituem fontes fundamentais de bem-estar e progresso, ampliando o
conceito de “cultura digital” (MACHADO; KAMPFF, 2017).
 Essa cultura digital, segundo Castells (2002), engloba habilidades para
comunicar coletivamente, em tempo real, no âmbito local até o global,
inclusive de forma descentralizada, gera uma grande expectativa no impacto
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signiHcativo dos resultados pedagógicos, contribuindo para melhorar a
qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, a partir de um novo
modo de interagir, de informar e de produzir conhecimentos (MACHADO;
KAMPFF, 2017).
Segundo Almeida e Valente (2015, p.59), nós enquanto professores devemos
preparar nossos alunos a viverem e desfrutarem da sociedade inserida na
cultura digital. Portanto, faz-se necessário auxiliá-lo no desenvolvimento de
três grandes dimensões: “cognitiva, envolvendo estratégias e processo de
aprendizado, criatividade e pensamento crítico; intrapessoal, relacionada
com a capacidade de lidar com as emoções e moldar comportamentos para
atingir objetivos; e interpessoal, envolvendo a habilidade de expressar
ideias, interpretar, dialogar e responder aos estímulos de outras pessoas”.
Nesse contexto, as escolas de Educação Básica, que participam e dialogam
com a cultura digital, assumem um papel decisivo na formação de
estudantes, pois podem oportunizar múltiplos espaços de aprendizagem,
não somente pela variedade de tecnologias e mídias disponíveis, mas
especialmente pelas possibilidades de encontros virtuais e de interação,
potencializando a cooperação e a produção colaborativa de conhecimento
(MACHADO; KAMPFF, 2017).
Nas escolas, as transformações signiHcativas precisam ocorrer pela
exigência de novas formas de ensinar e de aprender. A educação
demandada pela atual sociedade pressupõe sujeitos ativos,
empreendedores, que sejam protagonistas, interlocutores e participantes do
processo, estudantes que tenham sua visão própria sobre o mundo e que
utilizem os recursos a sua disposição para resolver problemas, tomar
decisões e gerar novos conhecimentos (MACHADO; KAMPFF, 2017).
É preciso deixar claro que não se trata de usar as tecnologias a qualquer
custo ou de qualquer jeito, “mas de acompanhar, consciente e
deliberadamente, uma mudança de civilização que questiona
profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos
sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo, os papéis de professor e do
aluno” (LEVY, 2010, p. 174).
Trata-se de reinventar a prática educativa por meio da cibercultura,
substituindo o velho padrão das hierarquias dogmáticas do saber por um
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princípio dialógico cooperativo, que parte de todos para todos e promove a
aprendizagem coletiva.
A tecnologia faz parte da vida cotidiana de forma cada vez mais intensa.
Permitem a ampliação do conceito de sala de aula, de espaço e tempo, de
acesso à informação e de comunicação (MACHADO; KAMPFF, 2017).
Entre os desaHos das instituições de ensino do mundo inteiro, segundo
Demo(2006), estão os de repensar seus modelos pedagógicos; como as
pessoas aprendem; como os recursos tecnológicos podem ampliHcar e
aperfeiçoar o processo de ensino e de aprendizagem; como motivar o aluno
para entrar no jogo da aprendizagem; como se tornar um professor
mediador distante Hsicamente e, como utilizar as tecnologias para aprender,
ascender social e culturalmente (MACHADO; KAMPFF, 2017).
No entanto, sabe-se que a mera inserção do uso de novas tecnologias na
educação não implica a adoção de práticas pedagógicas inovadoras. As
tecnologias potencializam a relação conversacional, mas não são sozinhas
conversacionais. A forma como as tecnologias são utilizadas será um fator
determinante para a qualiHcação dos processos de ensino e de
aprendizagem, que ocorrem em diferentes espaços e tempos, respeitando o
ritmo de cada estudante. Elas podem ser recursos articuladores do
desenvolvimento da colaboração e da autonomia dos sujeitos aprendentes
no processo de construção do conhecimento, já que não basta ter
habilidade para utilizar as tecnologias e acessar o volume de informações
disponíveis, é necessário desenvolver o senso crítico e a capacidade de
selecionar bem as informações, para que possam transformá-las em
conhecimento (MACHADO; KAMPFF, 2017).
A mediação docente por meio das tecnologias tem como o maior desaHo
ultrapassar as práticas instrucionistas, caracterizadas por práticas
historicamente consolidadas diante de conteúdos lineares e atividades
reativas. Tais atitudes subutilizam as potencialidades no processo
comunicacional da web, principalmente quando pensamos a rede como
elemento fortalecedor de culturas e conhecimentos, não como mero
3 NOVAS FORMAS DE ENSINAR E APRENDER3 NOVAS FORMAS DE ENSINAR E APRENDER
INTEGRADAS À CULTURA DIGITALINTEGRADAS À CULTURA DIGITAL
07/03/2023 11:31
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dispositivo de obtenção de informação (MACHADO; KAMPFF, 2017).
A falta de uma inclusão digital docente traz para o cenário da cibercultura
velhas práticas de mediação da aprendizagem, muitas vezes até obsoletas
para o presencial. É preciso formar professores para utilizar as tecnologias
digitais online como potencializadoras da docência e da aprendizagem na
educação, em que estudantes e professores interagem na mediação,
visando à construção cooperativa e colaborativa do conhecimento. Navegar
pelo ciberespaço não se limita à obtenção de dados, mas a estabelecer uma
rede de conversação, que provoque situações desaHadoras a partir de
contextos da docência da educação básica, que instiguem a apropriação, a
re^exão e a utilização com criticidade das tecnologias disponíveis e a
pertinente aliança da teoria proposta com a prática vivenciada (MACHADO;
KAMPFF, 2017).
Para potencializar aos estudantes as competências requeridas para viver a
cultura digital, a UNESCO (2008, p. 5) propõe que a formação de professores
seja baseada no desenvolvimento de competências em seis componentes do
sistema educacional – política e visão, currículo e avaliação, pedagogia, TIC,
organização e administração, desenvolvimento proHssional – em três
abordagens/níveis – alfabetização em tecnologia, aprofundamento do
conhecimento e criação de conhecimentos (MACHADO; KAMPFF, 2017).
Com enfoque no desenvolvimento de competências docentes em TIC, a
abordagem transita de ferramentas básica, no nível de alfabetização
tecnológica, às ferramentas complexas, no nível de criação de
conhecimento. No nível de alfabetização tecnológica, o professor deve ter
competências para pesquisar e comunicar-se por meio de ferramentas
virtuais, selecionando e produzindo materiais para apoio às aulas e
utilizando recursos digitais de gestão educacional, como registros
acadêmicos (MACHADO; KAMPFF, 2017).
No padrão de aprofundamento do conhecimento, o professor deve ter
competências para selecionar recursos digitais especíHcos para a sua
disciplina, tais como simuladores e visualizados de dados, além de
ferramentas abertas para trabalhos em grupos, com compartilhamento de
informações e resolução conjunta de problemas complexos. Na dimensão
da construção de conhecimentos, as competências docentes estão
relacionadas à criação de possibilidades de interação e produção de
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conhecimentos, com a utilização de ferramentas mais abrangentes para
dinamização de comunidades colaborativas e geradoras de novos
conhecimentos (MACHADO; KAMPFF, 2017).
Esses aspectos, no âmbito escolar, proporcionariam uma vivência digital
docente em diferentes níveis de conhecimento, visando in^uenciar os
modos de sentir, de pensar e de agir ao longo das práticas pedagógicas. É
preciso ressigniHcar as experiências no contexto educativo, pois as
tecnologias estão inseridas e integradas à vida e às práticas cotidianas
(MACHADO; KAMPFF, 2017).
A BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e
diferentes letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com baixo nível
de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia. Da mesma
maneira, imbricada à questão dos multiletramentos, essa proposta
considera, como uma de suas premissas, a diversidade cultural. Sem aderir a
um raciocínio classiHcatório reducionista, que desconsidera as hibridizações,
apropriações e mesclas, é importante contemplar o cânone, o marginal, o
culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, a cultura digital, as
culturas infantis e juvenis, de forma a garantir uma ampliação de repertório
e uma interação e trato com o diferente (BRASIL, 2018, p.70).
Produção coletiva do conhecimento, ele se fundamenta na participação de
diferentes autores e de equipes interdisciplinares que realizam uma
atividade cooperativa. Fóruns de discussão, páginas pessoais, blogs são
exemplos de hipertextualidadehipertextualidade.
Os MultiletramentosMultiletramentos são práticas de ensino compostas pelos diversos
aspectos dos Letramentos, seja no âmbito da apreensão e da utilização
social dos textos (orais, escritos, visuais) seja pela compreensão da execução
desses textos nas suas multimodalidades e diversidade cultural.
 Ainda em relação à diversidade cultural, cabe dizer que se estima que mais
de 250 línguas são faladas no país – indígenas, de imigração, de sinais,
crioulas e afro-brasileiras, além do português e de suas variedades. Esse
patrimônio cultural e linguístico é desconhecido por grande parte da
população brasileira. No Brasil com a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002,
3 .1 O QUE A BNCC MENCIONA SOBRE A CULTURA DIGITAL?3 .1 O QUE A BNCC MENCIONA SOBRE A CULTURA DIGITAL?
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Pensamento computacionalPensamento computacional: envolve as capacidades de
compreender, analisar, deHnir, modelar, resolver, comparar e
automatizar problemas e suas soluções, de forma metódica e
sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos.
Mundo digitalMundo digital: envolve as aprendizagens relativas às formas de
processar, transmitir e distribuir a informação de maneira segura e
oHcializou-se também a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando
possível, em âmbito nacional, realizar discussões relacionadas à necessidade
do respeito às particularidades linguísticas da comunidade surda e do uso
dessa língua nos ambientes escolares. Assim, é relevante no espaço escolar
conhecer e valorizar as realidades nacionais e internacionais da diversidade
linguística e analisar diferentes situações e atitudes humanas implicadas nos
usos linguísticos, como o preconceito linguístico. Por outro lado, existem
muitas línguas ameaçadas de extinção no país e no mundo, o que nos
chama a atenção para a correlação entre repertórios culturais e linguísticos,
pois o desaparecimento de uma língua impacta signiHcativamente a cultura
(BRASIL, 2018).
A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo surgir ou modiHcando
gêneros e práticas. Por essa razão, optou-se por um tratamento transversal
da cultura digital, bem como das TDIC, articulado a outras dimensões nas
práticas em que aparecem. De igual forma, procurou-se contemplar formas
de expressãodas culturas juvenis, que estão mais evidentes nos campos
artístico-literário e jornalístico-midiático, e menos evidentes nos campos de
atuação na vida pública e das práticas de estudo e pesquisa, ainda que
possam, nesse campo, ser objeto de pesquisa e ainda que seja possível
pensar em um vídeo-minuto para apresentar resultados de pesquisa, slides
de apresentação que simulem um game ou em formatos de apresentação
dados por um número mínimo de imagens que condensam muitas ideias e
relações, como acontece em muitas das formas de expressão das culturas
juvenis (BRASIL, 2018).
A preocupação com os impactos dessas transformações na sociedade está
expressa na BNCC e se explicita já nas competências gerais para a Educação
Básica. Diferentes dimensões que caracterizam a computação e as
tecnologias digitais são tematizadas, tanto no que diz respeito a
conhecimentos e habilidades quanto a atitudes e valores:
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conHável em diferentes artefatos digitais – tanto físicos (computadores,
celulares, tablets etc.) como virtuais (internet, redes sociais e nuvens de
dados, entre outros) –, compreendendo a importância contemporânea
de codiHcar, armazenar e proteger a informação.
Cultura digital:Cultura digital: envolve aprendizagens voltadas a uma participação
mais consciente e democrática por meio das tecnologias digitais, o que
supõe a compreensão dos impactos da revolução digital e dos avanços
do mundo digital na sociedade contemporânea, a construção de uma
atitude crítica, ética e responsável em relação à multiplicidade de
ofertas midiáticas e digitais, aos usos possíveis das diferentes
tecnologias e aos conteúdos por elas veiculados, e, também, à ^uência
no uso da tecnologia digital para expressão de soluções e
manifestações culturais de forma contextualizada e crítica (BRASIL,
2018, p. 473-474).
Mediante o anunciado podemos destacar que a BNCC contempla a cultura
digital, diferentes linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles
basicamente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que
envolvem a hipermídia.
O que a BNCC diz:O que a BNCC diz:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, signiHcativa, re^exiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. Essa
competência reconhece o papel fundamental da tecnologia e estabelece que
o estudante deve dominar o universo digital, sendo capaz, portanto, de fazer
um uso qualiHcado e ético das diversas ferramentas existentes e de
compreender o pensamento computacional e os impactos da tecnologia na
vida das pessoas e da sociedade (BRASIL, 2018, p. 9).
Em articulação com as competências gerais, essas dimensões também
foram contempladas nos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da
Educação Infantil e nas competências especíHcas e habilidades dos
diferentes componentes curriculares do Ensino Fundamental, respeitadas as
características dessas etapas. No Ensino Médio, por sua vez, dada a
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buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes mídias,
inclusive as sociais, analisando as vantagens do uso e da evolução da
tecnologia na sociedade atual, como também seus riscos potenciais;
apropriar-se das linguagens da cultura digital, dos novos letramentos e
dos multiletramentos para explorar e produzir conteúdos em diversas
mídias, ampliando as possibilidades de acesso à ciência, à tecnologia, à
cultura e ao trabalho;
usar diversas ferramentas de software e aplicativos para compreender
e produzir conteúdos em diversas mídias, simular fenômenos e
processos das diferentes áreas do conhecimento, e elaborar e explorar
diversos registros de representação matemática;
utilizar, propor e/ou implementar soluções (processos e produtos)
envolvendo diferentes tecnologias, para identiHcar, analisar, modelar e
solucionar problemas complexos em diversas áreas da vida cotidiana,
explorando de forma efetiva o raciocínio lógico, o pensamento
computacional, o espírito de investigação e a criatividade (BRASIL,
2018, p. 474-475).
intrínseca relação entre as culturas juvenis e a cultura digital, torna-se
imprescindível ampliar e aprofundar as aprendizagens construídas nas
etapas anteriores. AHnal, os jovens estão dinamicamente inseridos na
cultura digital, não somente como consumidores, mas se engajando cada
vez mais como protagonistas. Portanto, na BNCC dessa etapa, o foco passa a
estar no reconhecimento das potencialidades das tecnologias digitais para a
realização de uma série de atividades relacionadas a todas as áreas do
conhecimento, a diversas práticas sociais e ao mundo do trabalho. São
deHnidas competências e habilidades, nas diferentes áreas, que permitem
aos estudantes:
Ufa! Quanto conhecimento!Ufa! Quanto conhecimento!
  
Vamos conhecer algumas ferramentas que podemos utilizar em salaVamos conhecer algumas ferramentas que podemos utilizar em sala
de aula?de aula?
QUAIS FERRAMENTAS PODEM SER UTILIZADAS EM SALA DE AULA?QUAIS FERRAMENTAS PODEM SER UTILIZADAS EM SALA DE AULA?
07/03/2023 11:31
Página 10 de 30
  
A cultura digital é ampla e contempla diversidade advinda dos
multiletramentos que mescla diferentes mundos e culturas, que podem ser
originadas do impresso (mas com adaptações). É importante entender e
compreender as mudanças ocorridas com a web 2.0, que deram origens aos
novos gêneros do discurso e práticas de linguagens próprias da cultura
digital.
O que é a Web 2.0?O que é a Web 2.0?
O termo é utilizado para designar uma segunda geração de comunidades e
serviços oferecidos na internet, tendo como conceito a Web e através de
aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informação.
A Web 2.0 (anos 90) oportunizou um novo tipo de experiência para o usuário
da internet, dando poder para qualquer pessoa produzir, publicar e
compartilhar conteúdos via internet. Criou-se, assim, uma comunicação “de
mão dupla”, com um maior potencial de participação, colaboração e
interação através da ampliação de uso das TICs. A Web 2.0 também é
reconhecida pela criação das redes sociais, dos MOOCs e da aprendizagem
em rede.
Os gêneros textuais passaram por transmutação ou reelaboração devido às
novas mídias e hipertextual, novas de forma de interação e reconHguração
do papel do leitor, que também passa a ser produtor – o que amplia as
possibilidades de participação e interação com os multiletramentos.
Observe abaixo a mudança do gênero digital que é originada de um gênero
impresso:
Vivenciar esses gêneros na escola torna-se fundamental para desenvolver
uma compreensão ativa dos textos. A BNCC não contempla ferramenta
digital, mas, é possível utilizá-las (inclusive do celular). 
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Segue algumas sugestões que permitem gerar colaboração e interatividade
nas aulas:
BlogsBlogs: é um gênero textual digital veiculado na internet que serve
como meio de comunicação virtual. O termo é uma abreviação da
palavra inglesa “weblog” que surge da união dos vocábulos “web” (teia)
e “log” (diário de bordo). Para trabalhar com este gênero é possível
criar um especiHco que contenham a multimodalidade, ao integrar
foto, texto e vídeo. Entre os programas se destacam
o Wordpress, Tumblr, Blogger, todos gratuitos.
Meme/charge digitalMeme/charge digital: o gênero atrai muitos os jovens, pela forma
irreverente. O termo é bastante conhecido e utilizado no "mundo
da internet", referindo-se ao fenômeno de "viralização" de uma
informação. Ou seja: qualquer vídeo, imagem, frase,  ideia,  música,
que se espalhe entre vários usuários rapidamente, alcançando
muita popularidade e pode ser criado a partir de ferramentas gratuitas
e intuitivas como o Canvas e o meme mania.
Vídeo-minutoVídeo-minuto: os alunos se identiHcam muito com este gênero, pela
possibilidade de internalizar e oralizar acontecimentos. Além dos
programas disponíveis como aplicativode celular, também é possível
trabalhar no computador com o Windows moviemaker, que é bem
simples e intuitivo e possui ferramenta de edição.
FanHcFanHc: é um gênero voltado para leitura e escrita de histórias. Para
tornar mais prazeroso o trabalho com fanHcs, é possível usar o playHc,
que é um site com uma programação simples. Ele possibilita o
desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, em que o usuário
pode criar sua narrativa e possibilitar que os leitores escolham o Hnal
da história.
Disponível em: https://bit.ly/2Yt9sEe.
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Mediante as ferramentas apresentadas podemos mobilizar práticas de
cultura digital em diferentes linguagens, gêneros, mídias e ferramentas
digitais, tornando-se importante para expandir e produzir sentidos no
processo de compreensão e produção dos alunos. Ao re^etir sobre o mundo
e realizar diferentes projetos autorais, o aluno participa ativamente da
construção do conhecimento.
Acadêmico(a), você já ouviu falar no termo letramento digital? O letramento
digital na Educação está relacionado com o conhecimento necessário
para saber como usar os recursos tecnológicos e da escrita no meiosaber como usar os recursos tecnológicos e da escrita no meio
digital e participar de maneira crítica e ética das práticas sociaisdigital e participar de maneira crítica e ética das práticas sociais
da cultura digital.da cultura digital.
O conceito se trata da cultura nascida pela era digital, originária do
ciberespaço e da linguagem da internet que busca integrar a realidade com
o mundo virtual. No tema ganhou grande ênfase com a homologação da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), devido às mudanças advindas do
avanço tecnológico e do crescente acesso a elas pela facilidade de
dispositivos como computadores, telefones celulares, tablets e outros.
Neste contexto vale ressaltarmos que a partir da consolidação e do avanço
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), percebeu-se que
associado a elas também ocorreu uma mudança gradativa nas ideias e nas
práticas dos modos de vida até então vivenciados pelo homem. Nessa
mudança, modiHcaram-se também as relações entre as pessoas. Por ser
uma área ampla, focalizaremos nas mudanças relacionadas à área da
Educação. Emergindo assim, o letramento digital, que pressupõe o bom uso
de tecnologias e da internet não apenas para lazer e entretenimento, mas
principalmente para o aprendizado ativo.
Esse cenário impõe à escola desaHos ao cumprimento do seu papel em
relação à formação das novas gerações, tornando-se assim importante que a
instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a re^exão e a
análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento, no aluno, de uma
atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas
midiáticas e digitais (COSCARELLI; RIBEIRO, 2011).
4 LETRAMENTO DIGITAL4 LETRAMENTO DIGITAL
07/03/2023 11:31
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Desenvolver competências no contexto digital corresponde às habilidades
de uso estratégico daquilo que é aprendido, tornando-se capaz de gerar
in^uência no contexto cultural e social. Ou seja, é a capacidade de leitura e
escrita adaptada ao mundo moderno que vai além das palavras em si, pois
os sujeitos devem ser capazes de desenvolver habilidades funcionais que
proporcionam implicações práticas e relevantes utilizando os recursos
tecnológicos e digitais (COSCARELLI; RIBEIRO, 2011).
De acordo Pereira (2005, p. 17), “precisamos dominar a tecnologia para que,
além de buscarmos a informação, sejamos capazes de extrair
conhecimento”, tornando-se capaz de lidar com todas as ferramentas e
recursos que o universo da World Wide Web (www) nos possibilita, o que
demanda conhecimentos que vão além do domínio da língua enquanto
código. Nesse processo mais do que somente “digitar” textos, precisamos
saber “navegar” na rede, ou seja, entender e perceber como os textos estão
articulados e como eles “conversam” entre si e como podemos chegar de um
texto a outro sem perder os objetivos.
Neste contexto destacamos Xavier (2013) o qual relata que um sujeito é
letrado digitalmente está apto a desempenhar funções e executar ações que
envolvam artefatos eletrônicos e digitais. Entende-se, portanto, que o
letrado digital é a pessoa que lê, escreve e confronta criticamente o que
assimila para solidiHcar o que aprendeu. Não é uma capacidade passiva,
mas tipicamente ativa. O indivíduo não só aprende a usar a tecnologia e o
meio digital, mas a utilizar suas funções (COSCARELLI; RIBEIRO, 2011).
Ainda segundo o autor, o letrado digital além da leitura e da escrita de
palavras é capaz de ler códigos, sinais verbais e não verbais como imagens e
desenhos, pois é assim que as informações estão dispostas na internet e nas
telas. No entanto, para que os sujeitos desenvolvam tais habilidades, não
podemos esquecer a função primordial da escola que é de alfabetizar e
letrar (COSCARELLI; RIBEIRO, 2011).
Na mesma direção Xavier (2013, p. 2) ressalta que “a capacidade de enxergar
além dos limites do código, fazer relações com informações fora do texto
falado ou escrito e vinculá-las à sua realidade histórica, social e política são
características de um indivíduo letrado”.
Soares (2002) deHne letramento digital como certo estado ou condição que
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adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas
de leitura e de escrita na tela, diferentes do estado ou condição – do
letramento – dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel
(SOARES, 2002, p. 151).
Agora que compreendemos alguns conceitos que envolvem o letramento
digital vamos aprofundar nosso conhecimento realizando a leitura do texto
de Santos (2019), o qual apresenta como título:
LETRAMENTO DIGITAL NA BNCCLETRAMENTO DIGITAL NA BNCC
  
A CULTURA DIGITAL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DEA CULTURA DIGITAL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE
LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA
O texto nos fará compreender que o letramento permeia o contexto
educacional direcionando um novo olhar para o processo de aquisição da
leitura e da escrita em diversos campos, conHgurando-se como uma prática
socializante; um processo de inclusão digital. As tecnologias digitais
permeiam a maior parte das práticas de leitura e escrita que se desenvolvem
na atualidade e a escola deve e precisa garantir espaços para o
desenvolvimento dessas práticas. Em razão disso, é imprescindível
compreender o letramento a partir das mediações tecnológicas no processo
de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa.
VAMOS MERGULHAR NA LEITURA?VAMOS MERGULHAR NA LEITURA?
LETRAMENTO DIGITAL: UMA PRÁTICA SOCIALIZANTELETRAMENTO DIGITAL: UMA PRÁTICA SOCIALIZANTE
A deHnição de letramento, como se nota, em geral está associada a cultura
impressa. Designa uma prática que vai além do saber ler e escrever.
Segundo Soares (2003) apud (PEREIRA, 2007, p. 15), “letrar é mais que
alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto no qual a
escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida das pessoas.” No
caso do letramento digital não é diferente, o mesmo também busca efetivar
as práticas sociais que usam a leitura e escrita, no entanto, por meios e
LEITURA COMPLEMENTARLEITURA COMPLEMENTAR
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modos diferentes, já que os textos contam com os suportes digitais.
Com a emergência das novas tecnologias, especialmente com a vulgarização
da internet, a qual deixou de ser privilégio das grandes empresas e tornou-
se acessível para a maioria das pessoas, a leitura salta para a esfera digital.
Com o computador, tornou-se possível não apenas a leitura e pesquisa, mas
a comunicação síncrona entre duas pessoas distantes, a realização de cursos
on-line, momentos de lazer e muitas outras atividades (COSCARELLI;
RIBEIRO, 2007, p. 8).
Segundo Coscarelli; Ribeiro, (2007, p. 10), letramento digital “é o nome que
damos então, à ampliação do leque de possibilidades de contato com a
escrita também em ambiente digital (tanto para ler quanto para escrever).”
ParaFrade (2007, p. 60), o termo letramento digital, compreende tanto a
apropriação de uma tecnologia, quanto o exercício efetivo das práticas de
escrita que circulam no campo digital. Trata-se de uma prática socializante,
uma vez que possibilita o uso da tecnologia e absorção de conhecimentos
múltiplos. Por isso, o acesso à essas ferramentas e aos gêneros digitais não
deve ser negado a nenhum indivíduo.
Consoante João Thomas Pereira, o letramento digital precisa ir além do
aprender a acessar o computador e seus recursos. É preciso vivenciar a
inclusão digital, “processo em que uma pessoa ou grupo de pessoas passa a
participar dos usos e costumes de outro grupo, passando a ter os mesmos
deveres dos já participantes daquele grupo em que está se incluindo.
(PEREIRA, 2007, p.15)
Em outras palavras:
[...] precisamos dominar a tecnologia da informação, estou me referindo a
computadores, softwares, internet, correio eletrônico, serviços, etc., que vão muito
além de aprender a digitar, conhecer o signiHcado de cada tecla do teclado ou usar
um mouse. Precisamos dominar a tecnologia para que, além de buscarmos a
informação, sejamos capazes de extrair conhecimento (PEREIRA, 2007, p.17).
Nessa medida, Pereira explica que a exclusão digital, também denominada
de analfabetismo digital, conHgura-se o grande desaHo das escolas,
educadores e da sociedade civil (PEREIRA, 2007, p.13), visto que, para
vivenciar esse novo mundo letrado o aluno precisa aprender a manusear a
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tecnologia e, especialmente a tê-la como meio de se interagir/comunicar
com mundo, absolver e produzir conhecimento.
GÊNEROS DIGITAIS: VELHAS FUNÇÕES, NOVOS SUPORTESGÊNEROS DIGITAIS: VELHAS FUNÇÕES, NOVOS SUPORTES
Como mencionado, as novas tecnologias da informação e comunicação
possibilitarem tanto uma nova forma de interação entre o leitor e texto,
como também o aparecimento de novos gêneros e formatos textuais. Tal
como evidencia Marcuschi (2002, p. 1), esses gêneros não são inéditos, mas
já estão provocando polêmicas no que tange à natureza e proporção de seu
impacto na linguagem e na vida social, pois competem, em importância, nas
atividades comunicativas, ao lado da imagem e do som.
Embora se caracterizem pela versatilidade, já que englobam
simultaneamente variadas formas de linguagem (imagem, texto, som), os
gêneros textuais digitais têm sua gênese em gêneros tradicionais ligados à
escrita e oralidade. Prova disso, é o gênero e-mail, serviço eletrônico que,
essencialmente, tem a mesma função de uma carta, todavia, tem a internet
e não o papel como suporte.
Hoje, com a emergência da internet e das redes sociais, percebe-se que os
gêneros e os suportes seguem se reconHgurando, o que explica o uso
generalizado do facebook, WhatsApp e Instagram, os quais além de
possibilitarem a comunicação em tempo real com pessoas diferentes e de
diferentes lugares, promovem o armazenamento e compartilhamento de
dados e informações, bem como, de conhecimentos.
Outro aspecto característico dos gêneros digitais repousa sobre a escrita.
Segundo Marcuschi (2002, p. 5), os mesmos são centrados na escrita, uma
vez que, dependem totalmente dela. Diante dessas inovações, nota-se que
“as escolas não devem, não podem e não querem Hcar de fora desse novo
mundo de possibilidades” (COSCARELLI; RIBEIRO, 2007, p. 8), já que esses
gêneros nos propiciam uma “interação altamente participativa”
(MARCUSCHI, 2002, p. 4).
Nessa perspectiva, aHm de alcançar o letramento digital e para se tornar um
lugar “mais acessível e real” (COSCARELLI, 2007, p.40) três aspectos são
indispensáveis às escolas. Primeiro, o uso das tecnologias como instrumento
pedagógico; segundo, aprender sobre a leitura nas telas dos computadores;
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e, por último, saber produzir esses gêneros emergentes.
O LETRAMENTO DIGITAL NA BNCC: DOS GÊNEROS IMPRESSOS ÀO LETRAMENTO DIGITAL NA BNCC: DOS GÊNEROS IMPRESSOS À
CULTURA DIGITALCULTURA DIGITAL
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista na Constituição de 1988,
na LDB de 1996 e no Plano Nacional de Educação de 2014, trata-se de um
documento de cunho normativo que determina as competências essenciais
que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica.
Mendonça Filho, ministro da educação, no prefácio da obra supracitada, diz
que a mesma trata-se de “um documento plural, contemporâneo, que
estabelece com clareza o conjunto de aprendizagens essenciais e
indispensáveis a que todos os estudantes, crianças, jovens e adultos, têm
direito” (BRASIL, 2018, p. 5). Por isso, as escolas e instituições de ensino,
públicas e privadas, devem tomar o documento como referência durante a
elaboração dos seus currículos e ações pedagógicas.
Fugindo do caráter conteudista na BNCC, as aprendizagens devem assegurar
ao estudante o desenvolvimento de dez competências gerais, as quais, na
instância pedagógica, compreendem os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento que visa a construção de conhecimentos, o
desenvolvimento de habilidades e a formação de atitudes e valores ao longo
das três etapas da Educação Básica, a saber, Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio (BRASIL, 2018, p. 8).
Dentre as competências postuladas, a competência de número cinco
evidencia a atenção do documento para com as várias linguagens,
especialmente as relacionadas ao campo digital, como vemos a seguir:
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação
de forma crítica, signiHcativa, re^exiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2018, p. 9).
Nota-se que ao inserir o estudo da linguagem digital no currículo escolar, a
BNCC prevê não apenas o uso das novas tecnologias da comunicação e
informação, mas o letramento digital, uma vez que, entende tanto a
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necessidade de saber manusear as tecnologias quanto a importância de
fazer desse uso uma prática social, isto é, uma forma de interagir com o
outro e produzir conhecimentos signiHcativos no plano individual e coletivo.
Na BNCC, o Ensino Fundamental, está organizado em cinco áreas do
conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da natureza, Ciências
humanas e Ensino Religioso), as quais, dialogam com os conhecimentos e
saberes dos diferentes componentes curriculares (BRASIL, 2010 apud
BRASIL, 2018). Segundo o documento, “cada área de conhecimento
estabelece competências especíHcas de área, cujo desenvolvimento deve ser
promovido ao longo dos nove anos”. (BRASIL, 2018, p. 28). Assim, para
assegurar o desenvolvimento destas, cada componente curricular apresenta
um conjunto de habilidades. Estas estão relacionadas a diferentes objetos
de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos), os quais são
organizados em unidades temáticas.
A BNCC do ensino Fundamental além de transmitir uma ideia de
continuidade, uma vez que as experiências vivenciadas na Educação Infantil
devem ser valorizadas na primeira fase do Ensino Fundamental (1º ao 5º
ano) e, as aprendizagens construídas nesses anos iniciais devem ser
desenvolvidas e aprofundadas nos anos Hnais (6º ao 9º ano); reconhece que
os estudantes, especialmente os adolescentes, possuem singularidades e
estão inseridos numa cultura digital que se impõe como uma nova forma de
se relacionar com o mundo. Em razão disso, e, reconhecendo as
signiHcativas mudanças sociais provocadas pela cultura digital, a BNCC
comtempla o estudo dos gêneros digitais, aHm de assegurar o uso
democrático e consciente dessas tecnologias.
No currículo de Língua Portuguesa, o estudo dos variados textos deve
proporcionar aos alunos experiências que contribuam para a ampliação dos
letramentos, possibilitando a participação signiHcativa e crítica nas diversas
práticas sociais constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras
linguagens. (BRASIL, 2018, p. 65)
Conforme a BNCC:Não se trata de deixar de privilegiar o escrito/impresso nem de deixar de
considerar gêneros e práticas consagrados pela escola, tais como notícia,
reportagem, entrevista, artigo de opinião, charge, tirinha, crônica, conto, verbete
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de enciclopédia, artigo de divulgação cientíHca etc., próprios do letramento da
letra e do impresso, mas de contemplar também os novos letramentos,
essencialmente digitais (BRASIL, 2018, p. 67).
Nesse viés, em Língua Portuguesa, do 1º ano ao 9º do Ensino Fundamental, a
abordagem do letramento digital, permeia todas as práticas de linguagem
(oralidade, leitura/escuta, produção escrita/multissemiótica, análise
linguística/semiótica), desenvolvendo-se de forma contextualizada. Além de
se organizar em eixos, os quais estão intrinsicamente relacionados com as
práticas de linguagem ora mencionadas, a BNCC organiza o currículo de
Língua Portuguesa em campos de atuação, espaços onde se dão as práticas
de linguagem.
Segundo o documento, esse tipo de organização “aponta para importância
da contextualização do conhecimento escolar, para a ideia de que essas
práticas derivam de situações da vida social e, ao mesmo tempo, precisam
ser situadas em contextos signiHcativos para os estudantes” (BRASIL, 2018,
p. 82).
Esses campos de atuação se organizam em cinco categorias, são elas:
Campo da vida cotidiana, presente apenas nos anos iniciais do Ensino
Fundamental; Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e
pesquisa, Campo jornalístico/midiático e Campo de atuação na vida pública.
Se na BNCC as competências e habilidades de um componente curricular
dialogam com as outras áreas de conhecimento, com os gêneros digitais não
poderia ser diferente. “A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo
surgir ou modiHcando gêneros e práticas. Por essa razão, optou-se por um
tratamento transversal da cultura digital, bem como das TDIC, articulado a
outras dimensões nas práticas em que aparecem” (BRASIL, 2018, p. 83).
Assim, à guisa de conclusão, é importante salientar algumas habilidades do
currículo de Língua Portuguesa que concorrem para a promoção do
letramento digital no Ensino Fundamental.
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Ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental, espera-se que os
estudantes já conheçam e saibam usar os variados gêneros que circulam
nos campos de atuação, visto que, nos anos Hnais do Ensino Fundamental
contempla somente o estudo aprofundado dos mesmos. Nessa etapa,
privilegia-se os gêneros que fazem parte da esfera pública, principalmente
os do campo jornalístico-midiático.
Considerações FinaisConsiderações Finais
O letramento digital Hgura-se como prática socializante, uma vez que,
ultrapassa o simples ato de saber ler e digitar em um computador.
Evidenciou-se, que letramento digital compreende o ato de usar a leitura e a
escrita digital como formas de apreender e compartilhar conhecimentos
signiHcativos.
Como a escrita digital, vem se impondo na sociedade atual como uma nova
possibilidade de comunicação e produção, a escola não pôde se esquivar
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dessa realidade. Por isso, destacou-se tanto a importância das tecnologias
da comunicação e informação e dos gêneros digitais, quanto as formulações
da Base Nacional Comum Curricular para o trato com a linguagem digital.
Desse modo, Hca evidente que a BNCC além de privilegiar o estudo dessa
nova forma de linguagem, o qual organiza-se de forma híbrida, permeando
todas as áreas de conhecimento e anos escolares, prevê um estudo dos
gêneros digitais de forma contextualizada, já que as condições de produção
desses gêneros não se desvencilham das práticas que objetivam o
letramento no campo digital
Fonte: https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/12360
Após a leitura do texto emerge um questionamento:
COMO LEVAR O LETRAMENTO DIGITAL PARA AS AULAS?COMO LEVAR O LETRAMENTO DIGITAL PARA AS AULAS?
É importante trabalhar com o tema de maneira transversal e em várias
frentes, como a cidadania digital, mídias digitais, apropriação tecnológica,
especiHcidades das tecnologias digitais da informação, da comunicação e
das mídias. 
Os estudantes re^etem sobre diversos assuntos, ao mesmo tempo em que
se tornam produtores de conteúdo ao criar podcasts, blogs, e-books ou
mesmo realizar um curta-metragem.
A seguir, apresenta-se cinco pontos importantes que o professor deve
considerar ao organizar a aprendizagem com a turma.
  
Conheça as mídias digitais às quais os alunos têm acessoConheça as mídias digitais às quais os alunos têm acesso
Um passo importante é realizar um diagnóstico inicial para identiHcar e
conhecer os gostos dos estudantes e conferir quais mídias eles mais
acessam. Dessa forma, você poderá potencializar o trabalho em sala de aula
de maneira personalizada – considerando o conhecimento prévio dos
estudantes ao trazer interatividade e pertencimento às atividades
desenvolvidas.
  
07/03/2023 11:31
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RESUMO DO TÓPICORESUMO DO TÓPICO
Planeje suas atividades e objetivosPlaneje suas atividades e objetivos
O planejamento é essencial para qualquer atividade. DeHnir os objetivos e
qual ênfase você pretende dar a uma atividade para alcançar determinado
resultado deve ser pensado com cuidado. Você quer trabalhar respeito,
ética, apropriação tecnológica, mídias e linguagens digitais? O ponto de
partida é sempre a aprendizagem.   
Abra espaço para o processo de criaçãoAbra espaço para o processo de criação
O processo criativo pode ser surpreendente. Propicie que os estudantes
vivenciem a autoria com atividades de pertencimento. Umas das
possibilidades é desenvolver em sala o remix, que permite trabalhar com
algo existente, transformando- em um conteúdo diferente, derivado do
primeiro. Um exemplo é um pot-pourri de uma música ou um meme.
Envolva diversos gêneros digitais nas atividadesEnvolva diversos gêneros digitais nas atividades
Atualmente, o mundo digital oferece uma diversidade de gêneros que fazem
parte do universo dos estudantes e que circulam nas mídias – como fanHcs,
vlogs, charges, vídeos-minuto –, que podem ser transformados e adaptados
para os conteúdos que estão sendo trabalhados em sala de aula.
  
Compartilhe sempreCompartilhe sempre
Realize oHcinas e feiras culturais, para que os alunos tenham oportunidade
de oralizar suas produções e trocar opiniões com outros estudantes. Outra
maneira de levar esse conteúdo a mais pessoas é compartilhar as produções
em eventos, como festivais de vídeos, plataformas como a plataforma digital
do Museu da Pessoa e realizar intercâmbios entre escolas e ou salas/séries
diferentes. Experiências como essas aguçam a criatividade e a inventividade
e fazem com que os estudantes vivenciem na prática a cultura digital.
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A geração denominada de “nativos digitais” ou geração Z, ou seja,
zarpam, zapeiam e navegam o tempo todo na internet e estão
constantemente conectados. Eles nasceram na era digital, começaram
a aprender na linguagem digital e não conheceram nada além de uma
vida conectada.
A BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e
diferentes letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com
baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a
hipermídia.
A cultura digital A cultura digital envolve aprendizagens voltadas a uma participação
mais consciente e democrática por meio das tecnologias digitais, o que
supõe a compreensão dos impactos da revolução digital e dos avanços
do mundo digital na sociedade contemporânea, a construção de uma
atitude crítica, ética e responsável em relação à multiplicidade de
ofertas midiáticas e digitais, aos usos possíveis das diferentes
tecnologias e aos conteúdos por elas veiculados, e, também, à ^uência
no uso da tecnologia digital para expressão de soluções e
manifestações culturais de forma contextualizada e crítica.
O letramento digital na Educação está relacionado com o
conhecimento necessário para saber como usar os recursossaber como usar osrecursos
tecnológicos e da escrita no meio digital e participar detecnológicos e da escrita no meio digital e participar de
maneira crítica e ética das práticas sociais da cultura digital.maneira crítica e ética das práticas sociais da cultura digital.
AUTOATIVIDADESAUTOATIVIDADES
Neste tópico, você aprendeu queNeste tópico, você aprendeu que:
Unidade 3 - Tópico 3
1  A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo surgir ou modiHcando
gêneros e práticas. Por essa razão, optou-se por um tratamento transversal
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A) 
B) 
C) 
da cultura digital, bem como das TDIC, articulado a outras dimensões nas
práticas em que aparecem. A preocupação com os impactos dessas
transformações na sociedade está expressa na BNCC e se explicita já nas
competências gerais para a Educação Básica. As diferentes dimensões que
caracterizam a computação e as tecnologias digitais são tematizadas, tanto
no que diz respeito a conhecimentos e habilidades quanto a atitudes e
valores. Mediante o anunciado relacione:
I-    Pensamento computacional
II-   Mundo digital
III-  Cultura digital
(   ) envolve aprendizagens voltadas a uma participação mais consciente e
democrática por meio das tecnologias digitais, o que supõe a compreensão
dos impactos da revolução digital e dos avanços do mundo digital na
sociedade contemporânea, a construção de uma atitude crítica, ética e
responsável em relação à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais.
(   ) envolve as capacidades de compreender, analisar, deHnir, modelar,
resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções, de forma
metódica e sistemática, por meio do desenvolvimento de algoritmos.
(   ) envolve as aprendizagens relativas às formas de processar, transmitir e
distribuir a informação de maneira segura e conHável em diferentes
artefatos digitais – tanto físicos (computadores, celulares, tablets etc.) como
virtuais (internet, redes sociais e nuvens de dados, entre outros).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
II - I - III.
 I - II - III.
 III - I - II.
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Página 25 de 30
D) 
Responder
 II - III - I.
2    Por meio da imagem compreende-se que as tecnologias propiciam a
construção de saberes a partir da comunicabilidade com o mundo, no qual
não ocorrem limitações geográHcas e culturais, mas sim a constante troca de
conhecimentos e experiências. Nesse contexto, os professores, segundo
Mattar (2011, p. 8), “precisam re^etir sobre as metodologias adotadas”, pois
em sala de aula atualmente se identiHca uma nova geração de alunos, os
quais são denominados como “nativos digitais”.
Sobre as características dos “nativos digitais”, analise as sentenças a seguir:
I-    Nasceram e vivem com a tecnologia.
II-    São conectados 24 horas por dia, curtindo mais os aparelhos inovadores
07/03/2023 11:31
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A) 
B) 
C) 
D) 
Responder
A) 
B) 
do que as "velhas metodologias de ensino".
III-    Preferem lápis e papel, deixando de lado as tecnologias.
Assinale a alternativa CORRETA:
As sentenças I e III estão corretas.
As sentenças I e II  estão corretas.
As sentenças II e III estão corretas.
As sentenças I, II e III estão corretas.
3    Cabe à escola incorporar a tecnologia nas suas práticas educativas. Essa
ferramenta possibilita que o aluno se desenvolva de forma cientíHca. Quanto
aos processos de ensinar e aprender e o uso das tecnologias, assinale a
alternativa CORRETA:
As tecnologias devem ser incorporadas na educação como um
simples recurso didático.
Não há necessidade em inserir as tecnologias no contexto de
sala de aula, pois estas não melhoraram as questões
metodológicas e aprendizagem.
07/03/2023 11:31
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C) 
D) 
Responder
As tecnologias devem ser incorporadas como um novo
mecanismo para melhorar a qualidade do ensino.
Inserir a tecnologia na escola signiHca utilizar os
computadores nas salas de aula e deixar os alunos livres para
pesquisar.
4  Na BNCC, as aprendizagens devem assegurar ao estudante o
desenvolvimento de dez competências gerais, as quais, na instância
pedagógica, compreendem os direitos de aprendizagem e desenvolvimento
que visa a construção de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades
e a formação de atitudes e valores ao longo das três etapas da Educação
Básica, a saber, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio
(BRASIL, 2018, p. 8). Dentre as competências postuladas, a competência de
número cinco evidencia a atenção do documento para as várias linguagens,
especialmente as relacionadas ao campo digital. Disserte sobre a
competência da BNCC relacionada ao campo digital.
07/03/2023 11:31
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Responder
Responder
Tópico 2 
5 A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo surgir ou modiHcando
gêneros e práticas. Por essa razão, optou-se por um tratamento transversal
da cultura digital, bem como das TDIC, articulado a outras dimensões nas
práticas em que aparecem. Mediante o anunciado descreva o que a BNCC
aponta sobre a cultura digital.
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Valéria Becher Trentin
07/03/2023 11:31
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