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9788579000720 www.segmentofarma.com.br Falta cód igo C o o r d e n a d o r e s M i l t o n C a l d e i r a F i l h o G l a u c o A d r i e n o W e s t p h a l Medicina Intensiva Manual Prático de 12a edição Revisada Apoio: Referências Bibliográficas: 1. Lu LS, et al. A real world report on intravenous high-dose and non-high-dose proton-pump inhibitors therapy in patients with endoscopically treated high-risk peptic ulcer bleeding. Gastroenterol Res Pract. 2012;2012:858612. 2. van Rensburg CJ, et al. Pantoprazole for treatment of peptic ulcer bleeding and prevention for rebleeding. Clinical Medicine Insights: Gastroenterology 2012:5 51-60. 3. Wedemeyer RS, et al. Pharmacokinetic drug interaction profiles of proton pump inhibitors: an update. Drug Saf. 2014 Apr;37(4):201-11. 4. Steinijans VW, et al. Lack of pantoprazole drug interactions in man. Inter J Clin Pharmacol Ther. 1994;32(8): 385-99. 5. Meyer UA. Metabolic interactions of the protonpump inhibitors lansoprazole, omeprazole and pantoprazole with other drugs. Eur J Gastroenterol Hepatol. 1996;8(suppl1):S21-S25. 6. Maton PN, et al. Clinician’s manual on drug interactions in gastroenterology. London: Life Science, 2000. 78 p. 7. Pantozol® EV [Bula]. São Paulo: Takeda Pharma Ltda. AÇÃO RÁPIDA E PROLONGADA.2 • Pantozol® EV proporciona efeito rápido e sustentado 1 hora após uma dose em bolus.2 • O pantoprazol tem um baixo potencial de interação com outros medicamentos.3-6 • Pantozol® EV é indicado para profilaxia de sangramento agudo por úlcera de estresse e tratamento da hemorragia digestiva alta.7 * A eficácia do Pantoprazol EV no tratamento de sangramento de úlceras pépticas e na prevenção do ressangramento tem sido demonstrada em vários estudos comparativos.1 Mais informações sobre o produto disponíveis no verso desta página. Agosto/2016. Contraindicações: Pantozol® EV não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula ou a benzimidazóis substituídos. Interações medicamentosas: em caso de administração concomitante, pantoprazol pode alterar a absorção de medicamentos cuja biodisponibilidade seja dependente do pH intragástrico como, por exemplo, o cetoconazol. AF_TAK-0106_16-Pantozol EV-Anuncio_16x12cm.indd 1 12/09/16 16:54 Pantozol® EV - pantoprazol sódico sesqui-hidratado - USO ADULTO. Apresentação e composição: embalagens com 1 frasco-ampola contendo 40 mg de pantoprazol (na forma de pantoprazol sódico sesquiidratado), acompanhado de 1 ampola com 10 ml de diluente. Indicações: Tratamento da úlcera péptica gástrica ou duodenal (úlcera causada pelo ácido do estômago em contato com o revestimento do estômago ou do início do intestino), das esofagites por refluxo moderadas ou graves (doença causada pela volta do conteúdo do estômago para o esôfago) e para o tratamento da Síndrome de Zollinger- Ellison e outras de outras doenças causadoras de produção exagerada de ácido pelo estômago quando a via oral não for recomendada, a critério médico. Tratamento hemorragia digestiva alta (em complemento à terapia endoscópica) e na prevenção do ressangramento. Profilaxia de sangramento agudo por úlcera de estresse. Contraindicações: Pantozol® não deve ser usado por indivíduos que apresentem alergia (hipersensibilidade) conhecida ao pantoprazol ou aos demais componentes da fórmula ou a benzimidazois substituídos. Precauções e advertências: Pantozol® EV deve ser administrado exclusivamente por via endovenosa. Indica-se a administração de Pantozol® EV a critério médico quando a via oral não for recomendada. Pantozol® EV 40 mg não está indicado em distúrbios gastrintestinais leves, como por exemplo na dispepsia não-ulcerosa. A resposta sintomática ao pantoprazol não exclui a presença de malignidade gástrica. Na presença de qualquer sintoma de alarme, como perda de peso significativa não intencional, vômitos recorrentes, dificuldade para engolir, vômitos com sangue, anemia ou fezes sanguinolentas e quando houver suspeita ou presença de úlcera gástrica, deve-se excluir a possibilidade de malignidade (câncer). Informe seu médico, já que o tratamento com pantoprazol pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico. Em pacientes com disfunção hepática grave (insuficiência hepática), a dose diária deve ser reduzida para 20 mg e as enzimas hepáticas devem ser regularmente monitoradas durante o tratamento com Pantozol® EV, particularmente no uso a longo prazo. Se houver aumento dos valores enzimáticos, o tratamento deve ser descontinuado. Em pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison e outras condições patológicas hipersecretórias, para as quais o tempo de tratamento é longo, pantoprazol, assim como todos os medicamentos bloqueadores de ácidos, pode reduzir a absorção de vitamina B12 (cianocobalamina) devido à hipo ou acloridria. Este fato deve ser considerado em terapia por tempo prolongado em pacientes com reserva baixa de vitamina B12 ou com fatores de risco de absorção reduzida de vitamina B12 ou caso se observem sintomas clínicos de deficiência de vitamina B12. Como todos os inibidores de bomba de próton, o pantoprazol pode aumentar a contagem de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal superior. O tratamento com Pantozol® pode levar a um leve aumento do risco de infecções gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella, Campylobacter e C. difficile. A hipomagnesemia tem sido raramente relatada em pacientes tratados com IBP por pelo menos três meses (na maioria dos casos, após um ano de terapia). Consequências graves da hipomagnesemia incluem tétano, arritmia (falta de regularidade nos batimentos do coração) e convulsão. O tratamento com os inibidores de bomba de próton pode estar associado a um risco aumentado de fraturas relacionadas à osteoporose do quadril, punho ou coluna vertebral. O risco de fratura foi maior nos pacientes que receberam altas doses, definidas como doses múltiplas diárias, e terapia a longo prazo com IBP (um ano ou mais). Gravidez e lactação: categoria de risco na gravidez – B. Pantozol® não deve ser administrado a gestantes e lactantes, a menos que absolutamente necessário, uma vez que a experiência clínica sobre seu uso em mulheres nessas condições é limitada. Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva. O risco potencial em humanos é desconhecido. Estudos em animais mostraram a excreção do pantoprazol no leite materno. A excreção de pantoprazol no leite materno tem sido reportada. Portanto, a decisão sobre continuar / descontinuar a amamentação ou continuar / interromper o tratamento com pantoprazol deve ser tomada tendo em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício do tratamento com pantoprazol às mulheres. Portanto, Pantozol® só deve ser utilizado quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança. Pacientes pediátricos: A experiência clínica em crianças é limitada e, portanto, o uso do produto não é recomendado para menores de 18 anos de idade. Pacientes idosos: a dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida em pacientes idosos ou naqueles com insuficiência renal. Pacientes com insuficiência renal: A dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida. Pacientes com insuficiência hepática: Em pacientes com insuficiência hepática grave, os níveis de enzimas hepáticas devem ser monitorados regularmente durante a terapia com pantoprazol, particularmente no uso a longo prazo. Caso ocorra uma elevação desses níveis, o tratamento com pantoprazol deve ser descontinuado. Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas: Não se espera que Pantozol® afete adversamente a habilidade de dirigir e operar máquinas. Reações adversas como tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado, o paciente não deve dirigir nem operar máquinas. Interações medicamentosas: Pantozol® pode alterar a absorção de medicamentos que necessitam da acidez no estômago para a sua absorção adequada, como o cetoconazol. Issose aplica também a medicamentos ingeridos pouco tempo antes de Pantozol®. Não há interação medicamentosa clinicamente importante de Pantozol® com as seguintes substâncias testadas: carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína, teofilina, piroxicam e contraceptivos orais contendo levonorgestrel e etinilestradiol. Uma interação de pantoprazol com outros medicamentos ou compostos, os quais são metabolizados pelo mesmo sistema de enzima, não pode ser excluída. A administração de Pantozol® junto com os antibióticos claritromicina, metronidazol e amoxicilina não revelou nenhuma interação clinicamente significativa. Não há restrições específicas quanto à ingestão de antiácidos junto com Pantozol®. A administração concomitante do pantoprazol e clopidogrel não teve efeito clinicamente importante na exposição ao metabólito ativo do clopidogrel ou inibição plaquetária induzida pelo clopidogrel. Em pacientes que estão sendo tratados com anticoagulantes cumarínicos, é recomendada a monitorização do tempo de protrombina / INR após o início, término ou durante o uso irregular de pantoprazol. O uso de Pantozol® juntamente com metotrexato (principalmente em doses altas), pode elevar o efeito do metotrexato e / ou seus metabólitos, levando possivelmente à toxicidade do metotrexato. A coadministração de pantoprazol não é recomendada com inibidores da protease do HIV para os quais a absorção depende da acidez estomacal, tais como o atazanavir, nelfinavir; devido a uma redução significativa na sua biodisponibilidade. A administração conjunta de pantoprazol e tacrolimo pode aumentar os níveis totais de tacrolimo no sangue, especialmente em pacientes transplantados que são metabolizadores intermediários ou pobres da CYP2C19. Os inibidores da CYP2C19, tais como a fluvoxamina, provavelmente aumentam a exposição sistêmica (concentração na circulação sanguínea) do pantoprazol. Interferência em testes de laboratório: Em alguns poucos casos isolados, detectaram-se alterações no tempo de coagulação com o uso do produto. Portanto, em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos (varfarina, femprocumona), recomenda-se monitoração do tempo de coagulação após início e o final ou durante o tratamento com pantoprazol Reações adversas: Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): tromboflebite no local da injeção. Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Distúrbios do sono, dor de cabeça, boca seca, diarreia, náusea/vômito, inchaço e distensão abdominal, dor e desconforto abdominal, prisão de ventre, aumento nos níveis de enzimas do fígado, tontura, reações alérgicas como coceira e reações de pele (exantema, rash e erupções), fraqueza, cansaço e mal estar. Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações das células do sangue (agranulocitose), hipersensibilidade (incluindo reações e choque anafilático), aumento no nível de gordura no sangue, alterações de peso, depressão, distúrbios de paladar, distúrbios visuais (visão turva), aumento nos níveis de bilirrubina, urticária, inchaço na pele ou mucosas, dor nas articulações, dor muscular, crescimento de mamas em homens, elevação da temperatura corporal, inchaço periférico. Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações nas células do sangue (leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia), desorientação. Reações de frequência desconhecida: diminuição nos níveis de sódio/magnésio; alucinação, confusão, dano às células do fígado, coloração amarelada na pele e/ou olhos (icterícia), insuficiência do fígado, inflamação renal (nefrite intersticial), síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, síndrome de Lyell, sensibilidade à luz, fraturas no quadril, punho ou coluna. Posologia e modo de usar: No tratamento da úlcera péptica gástrica ou duodenal e das esofagites por refluxo moderada ou grave, salvo critério médico diferente, recomenda-se a administração de um frasco-ampola (40 mg) de Pantozol® EV ao dia. No tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e outras condições patológicas hipersecretórias, ohipersecretórias, os pacientes devem iniciar o tratamento com dose diária de 80 mg. Em seguida, a dose pode ser alterada para uma dose maior ou menor conforme necessário, adotando-se medidas de secreção de ácido gástrico como parâmetro. Doses diárias acima de 80 mg devem ser divididas e administradas duas vezes ao dia. Aumentos temporários da dose diária para valores acima de 160 mg de pantoprazol são possíveis, mas não devem ser adminitrados por períodos que se prolonguem além do necessário para controlar devidamente a secreção ácida. A duração do tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e outras condições patológicas hipersecretórias não é limitada e deve ser adaptada à necessidade clínica. No tratamento da hemorragia digestiva alta (em complemento à terapia endoscópica) e na prevenção do ressangramento recomenda-se a administração de 80 mg de Pantozol® EV em bolus, seguidos da infusão de 8 mg/h de Pantozol® EV durante 72 horas. Na profilaxia de sangramento agudo por úlcera de estresse, recomendam-se esquemas posológicos de 40 mg a 80 mg de Pantozol® EV uma a duas vezes ao dia. Modo de preparar: Injetando-se o conteúdo da ampola de diluente (10 ml) no frasco-ampola que contém o pó liofilizado, obtém-se rapidamente a solução injetável pronta para a aplicação endovenosa. Pode-se administrar a solução sob a forma de bolus (no mínimo por 2 minutos) ou sob a forma de infusão, após a diluição da solução reconstituída em 100 ml de solução fisiológica ou 100 ml de solução de glicose a 5% ou a 10%. Neste caso, recomenda-se um tempo de administração de 15 minutos. Pantozol® EV não deve ser diluído com outros tipos de diluente ou misturado a nenhum outro medicamento injetável. Tão logo se torne recomendável o tratamento por via oral, Pantozol® EV deve ser descontinuado e substituído pelo tratamento com Pantozol® comprimidos, levando-se em consideração a equivalência terapêutica entre a forma injetável de 40 mg e os comprimidos gastrorresistentes de 40 mg. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MEDICAMENTO SOB PRESCRIÇÃO. Registro MS - 1.0639.0182. PTEV_0814_0415. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Takeda Pharma Ltda. Rua do Estilo Barroco, 721 – 04709-011 – São Paulo – SP. Mais informações poderão ser obtidas diretamente com o nosso Departamento de assuntos cientí�cos ou por meio de nossos representantes. Material produzido em agosto/2016. Material destinado exclusivamente à classe médica. AF_TAK-0106_16-Pantozol EV-Anuncio_16x12cm.indd 2 12/09/16 16:54 12a edição – 2016 Revisada C o o r d e n a d o r e s M i l t o n C a l d e i r a F i l h o G l a u c o A d r i e n o W e s t p h a l Medicina Intensiva Manual Prático de Apoio: VIVI Manual Prático de Medicina Intensiva Copyright© 2016 – Milton Caldeira Filho e Glauco Adrieno Westphal Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. Todos os direitos desta edição reservados à Segmento Farma Editores Ltda. Rua Anseriz, 27, Campo Belo, CEP 04618-050 – São Paulo, SP. Fone: 11 3093-3300 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PubLICAÇÃO (CIP) C146m CALDEIRA FILHO, Milton Manual prático de medicina intensiva : UTI / coordenadores Milton Caldeira Filho, Glauco Adrieno Westphal. – 12.ed. – São Paulo : Segmento Farma, 2016. 528 p. ; il. col. ISBN 978-85-7900-096-6 Inclui referências bibliográficas. 1. Tratamento intensivo. 2. Unidade de tratamento intensivo. I. Westphal, Glauco Adrieno. II. Título. CDD 616.028 Índices para catálogo sistemático 1. Tratamento intensivo 616.028 2. Unidade de tratamento intensivo 362.11 VIIVII Mensagem dos coordenadores Doze anos se passaram desde a primeira edição do Manual Prático de Medicina Intensiva.Trata-se de uma realização coletiva que renasce, a cada ano, da inestimável colaboração de diversos autores que se desafiam a incrementar, atualizar e transformar as principais informações da Medicina Intensiva em tabelas e fluxogramas. A constante receptividade ao resultado desse esforço em todo o Brasil é, sem dúvida, uma enorme satisfação e motivação para todos nós. Agradecemos aos autores pela dedicação e à Segmento Farma Editores pelo profissionalismo na execução deste projeto. Milton Caldeira Filho e Glauco Adrieno Westphal miltoncaldeira@globo.com glauco.w@brturbo.com.br Nota dos autores e editores A Medicina Intensiva está sempre em transformação. Conforme novas pesquisas e experiências clinicas ampliam o conhecimento, podem se tornar necessárias alterações no tratamento ou na terapia medica- mentosa. Os leitores são aconselhados a conferir as informações fornecidas pelos fabricantes sobre os produtos constantes deste manual, verificando a dose recomendada, o modo de administração e as contraindica- ções. Com base em evidências científicas, na experiência pessoal e no conhecimento do paciente, é atri- buição do médico determinar o melhor tratamento para cada paciente. A responsabilidade por eventuais prejuízos e/ou lesões a pessoas ou propriedades, a partir de qualquer atitude médica, e do profissional que a tomou. VIIIVIII É com grande satisfação e singular distinção que estou prefaciando esta obra. Já na décima segunda edição, revisada e atualizada, chega às mãos do Intensivista como a rota do sucesso clínico. Confeccionado com tabelas e fluxogramas, mostra o caminho, mas não descreve a paisagem, sua história e seu passado. Sim, porque na essência, traz o mapa, o compasso e a bússola da meta a ser alcançada. O jovem em busca de informação, habituado a navegar na internet e nas redes sociais, ruma para outro sítio quando o texto é longo e enfadonho. Talvez, leia uma ou outra sentença, pulando outras em busca da informação desejada. Nos tempos atuais, com novos paradigmas pedagógicos, os volumosos tratados de Medicina estão em processo de extinção. O tempo moderno exige um acesso rápido à informação. Mais do que isso, a informação tem que ser completa, precisa, concentrada e facilmente acessível. A tradicional busca e leitura de artigos originais da literatura internacional, somente interessa ao acadêmico ao elaborar uma tese ou um trabalho científico em área específica do conhecimento. Para o Intensivista que desempenha, diariamente, sua atividade profissional à beira do leito, fica impossível se atualizar lendo os milhares de artigos publicados em todas as áreas da Medicina In- tensiva. Mesmo porque artigos de baixa qualidade ou controversos podem gerar mais dúvidas do que certezas. Por isso, entidades nacionais e internacionais, filtram a literatura e geram consensos, guias e diretrizes. Estes, foram integrados neste livro de forma simples, clara e objetiva. O Manual se inicia com os critérios de Internação na UTI e as informações mínimas para apre- sentação de casos, o que vem disciplinar as visitas de rotina. Segue um capítulo sobre as avaliações obrigatórias diárias em que é apresentado o checklist para auxiliar na condução da visita multidisci- plinar diária. Gostaria de enfatizar que, lamentavelmente, tanto o checklist quanto a visita multidis- ciplinar diária, ainda não são realidade em todas as UTI do país. Seguem-se capítulos abordando a avaliação e a estratificação de risco antes da transferência do paciente, assim como os índices prognósticos. Os demais capítulos abordam todos os siste- mas comprometidos, procurando conduzir o intensivista, passo a passo, ao sucesso terapêutico. Os fluxogramas são acompanhados por vasto material acessório, como fórmulas, equações e tabelas. Estas elencam variáveis, escalas e doses, em suma, valores de interesse que, como sina- lizadores de trânsito, orientam na condução segura do roteiro. Três preciosos anexos encerram o livro. O primeiro reúne extensa relação de fórmulas utilizadas em Medicina Intensiva para dimen- sionar os desvios fisiológicos e metabólicos do paciente grave. O segundo elenca cada medica- mento empregado na UTI descrevendo nome comercial, apresentação, indicação, doses e efeitos colaterais. Finalmente, o terceiro anexo apresenta várias drogas de infusão endovenosa contínua, que correlaciona a diluição e a velocidade de infusão com o peso do paciente. Quero parabenizar Milton e Glauco, assim como todos os autores e coautores, por este com- pacto, prático e completo Manual que, quando não no bolso de cada intensivista, deveria estar, obrigatoriamente, disponível para consulta em cada Unidade de Tratamento Intensivo. Renato G. G. Terzi Professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas do Departamento de Cirurgia da Universida- de Estadual de Campinas (Unicamp) Prefácio IXIX “Uma mão na roda”! Escrever livros não é tarefa para muitos. É trabalhoso. É demorado. É ardiloso – escrever, ler, escrever novamente e ler novamente! Há que se justificar como obra! Ter valor próprio! Escrever livros de Medicina – armadilha pura! Em nossas vidas de hoje, quase um motivo de separação. Ou não?! Contar com colegas nesse desafio: um corpo a corpo difícil. Prazos! Temas! Atualização! Referências! E a língua portuguesa não é fácil, mesmo em textos técnicos! O que dizer então quando dois colegas – Milton Caldeira e Glauco Westphal – lideram um novo livro de Medicina Intensiva que é, ao mesmo tempo, compacto e abrangente?! Prático, atualizado e otimamente ancorado em referências de primeira? Será que precisaríamos de algo assim?! Algo que me responda de forma rápida, atual e segura o que pensar diante de determinada situação clínica?! Que me ofereça alternativas diagnósticas, alternativas terapêuticas?! O que e como fazer para superar dificuldades à beira do leito?! Drogas, doses, dicas, riscos, normativas! E os temas interessam?! Coma e morte encefálica? Tem! Choque? Tem! Ventilação e desmame? Tem! Sedação e analgesia? Tem! Infecção e antibioticoterapia? Tem! Escores, paradigmas hemodi- nâmicos e fisiológicos em geral? Tem! Fórmulas das quais não me lembro, nem sei onde estariam? Tem! Equilíbrios acidobásico e metabólico? Tem! Inflamação? Cascata da coagulação? Tem! Síndro- mes coronarianas agudas? Também tem! E tem muito mais! É claro que poderá ser aperfeiçoado em futuras edições, mas estou certo de que já é um sucesso editorial com lugar certo na pasta, no bolso ou na mesa de prescrição de nossas unidades. Lá, onde enfrentamos o dia a dia do saber, do questionar-se, do ver, acolher e envolver-se com o paciente gravemente enfermo, seus familiares, as equipes de cuidados intensivos e as dúvidas. E lá, na madrugada, quando é preciso agir e avançar! Aí, bem aí nesse momento, vamos lembrar que este texto é mesmo uma “mão na roda”! Aos autores e coautores, parabéns! Essa é e tem sido a riqueza da Medicina Intensiva brasilei- ra: novos e melhores intensivistas estão chegando – e chegando para ficar! E têm, cada vez mais, o que dizer! Sejam bem-vindos! Boa leitura. Com um abraço, Jairo Othero Prefácio da 1a edição XX Autores e colaboradores Alessandro Farias • Médico infectologista do Hospital Português, Salvador/BA. Alexandre Luiz Longo • Especialista em neurologia pela Sociedade Brasileira de Neurologia. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Joinville/SC (Univille). Aline Braz Pereira • Médica residente do Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC. Amilton Carniel Guimarães • Médico do Hospital de Caridade Irmandade Senhor Jesus dos Passos, Floria- nópolis/SC. Especialista em medicina interna e gastroenterologia. Ana Carolina Peçanha Antônio • Mestre em ciências de reabilitação pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/RS. Médica intensivista do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre. Anderson Ricardo Roman Gonçalves • Doutor em nefrologiapela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico intensivista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Professor das disciplinas de fisiologia e nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Joinville/SC (Univille). Claudio Rogerio Werka Junior • Especialista em nefrologia pelo Programa de Residência Médica (PRM) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. Preceptor do PRM em Clínica Médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC. Conrado Roberto Hoffmann Filho • Especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Preceptor de cardiologia do Programa de Residência Médica de medicina interna do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HRHDS), Joinville/SC. Denise Bichels Leitão • Coordenadora de nutrição clínica do Centro Hospitalar Unimed de Joinville /SC. Especialista em nutrição clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPr). Dimitri Sauter Possamai • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Durval Gonçalves Rosa Neto • Responsável pelo Serviço de Endoscopia do Hospital Português, Salvador/BA. Andréa Ribeiro Cavalcanti • Mestre em medicina interna pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador/BA. Augusto Savi • Fisioterapeuta respiratório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre/RS Camila Piaia • Médica residente do Programa de Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC Carlito Moreira Filho • Médico obstetra responsável pelo Serviço de Alto Risco da Maternidade Darcy Vargas, Joinville/SC. Professor da Faculdade de Medicina de Joinville/ SC (Univille). Cassiano Teixeira • Doutor em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor adjunto de clínica médica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Médico intensivista do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre. Médico intensivista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Cláudio Celestino Zolinger • Especialista em medicina intensiva, cirurgia geral e nutrologia. Coordenador técnico das unidades de terapia intensiva da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Vice-coordenador da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português, Salvador/BA. Eliza Teixeira da Rocha • Médica neurologista. Fellow em neurologia vascular do Programa de Resi- dência Médica de Neurologia do Hospital Municipal São José (HMSJ)/SC. Fabiano Schwingel • Especialista em pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia. Professor da disciplina de pneumologia da Faculdade de Medicina de Joinville/ SC (Univille). Preceptor do Programa de Residência Médica em clínica médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC, e do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HRHDS). Fabio Erbes • Médico residente do Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMJS), Joinville/SC. Felipe Pfuetzenreiter • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Fellowship em cuidados paliativos pela Universidade de Alberta, Canadá. Coordenador do Grupo de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar Unimed, Joinville/SC. Fernando Wagner • Especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Especialista em ecocardiografia pelo Departamento de Ecocardiografia da SBC. Especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). XIXI Autores e colaboradores Francine Bagnati • Médica da unidade de terapia intensiva do Hospital Dona Helena de Joinville/SC. Preceptora do Programa de Residência em clínica médica do Hospital Regional de São José de Florianópolis/SC. Gerson Luis Costa • Especialista em neurologia pela Sociedade Brasileira de Neurologia e em medicina intensiva (Amib). Pós-graduado em neurointensivismo pelo Hospital Sírio-Libanês (SP). Glauce Lippi de Oliveira • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em medicina intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Pós-graduada em Neurointensivismo pelo Hospital Sírio Libanês. Glauco Adrieno Westphal • Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica (PRM) do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Preceptor do PRM em medicina intensiva do HMSJ. Coordenador do Serviço de Residência, Ensino e Treinamento do HMSJ. Coordenador da unidade de terapia intensiva do Centro Hospitalar Uni- med, Joinville/SC. Professor da disciplina de medicina intensiva da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Lilian Marcela Schimanoski Brikalski • Médica residente do Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMJS), Joinville/SC. Louise Trindade de Oliveira • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em medicina intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Luiz Henrique Melo • Especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Médico infectologista. Preceptor do Programa de Residência Médica em clínica médica do Hospital Municipal São José (HMSJ). Professor da disciplina de infectologia da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Marcelo Guimarães da Fonseca • Especialista em suporte nutricional pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE), em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e em clínica médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Marcus Vinicius Magno Gonçalves Médico neurologista do Centro Hospitalar Unimed de Joinville/SC. Graciana Bandeira Salgado de Vasconcelos • Mestre em gastroenterologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médica da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português, Salvador/BA. Janaína Feijó • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Joel de Andrade • Coordenador estadual de transplantes de Santa Catarina e médico da unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Jorge Dias de Matos • Especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Professor do Departamento de Clínica Médica da Universi- dade Federal de Santa Catarina. Médico da Central de Notificação Captação e Doação de Órgãos (CNCDO-SC). Kalinca Daberkow Vieira • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Margaret Grando • Mestre em ciência dos alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis/SC. Professora da disciplina de toxicologia da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Farmacêutica bioquímica. Maria Alice Pires Soares • Médica gastroenterologista da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português, Salvador/BA. Marina Borges Wageck Horner • Especialista em MedicinaIntensiva pelo Programa de Residência Médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Marlene Zannin • Doutora em ciências médicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professora adjunta da disciplina de toxicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coordenadora do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina. Farmacêutica bioquímica. Milton Caldeira Filho • Especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Coordenador da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hos- pital Dona Helena de Joinville/SC. Coordenador do Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do HMSJ. XIIXII Míriam Cristine Vahl Machado • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica (PRM) em Medicina Intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Preceptora do PRM em medicina intensiva do Centro Hospitalar Unimed de Joinville/SC. Norberto Luiz Cabral • Mestre em medicina interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em neurologia pela Sociedade Brasileira de Neurologia. Pro- fessor da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Paula Marina Francisco da Cruz • Especialista em endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP). Paulo Lisboa Bittencourt • Doutor em gastroenterologia pela Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português, Salvador/BA. Pedro Silva Correa de Magalhães • Preceptor do Programa de Residência Médica de Neurologia do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC. Neurologista e neurorradiolo- gia intervencionista. Autores e colaboradores Pierry Otaviano Barbosa • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Me- dicina Intensiva Brasileira (Amib). Médico responsável pela rotina da unidade de terapia intensiva neurocirúrgica do HMSJ. Rachel Duarte Moritz • Doutora em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em ciências médicas pela UFSC. Professora do Departamento de Clínica Médica da UFSC. Rafael de March Ronsoni • Especialista em cardiologia e eletrofisiologia clínica invasiva pelo Programa de Residência Médica (PRM) do Instituto de Cardiologia do RS e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)/Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). Preceptor do PRM de clínica médica do Hospital Municipal São José (HMSJ). Professor da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Raquel Wanzuita • Doutora em ciências pela Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica (PRM) do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Coordenadora do PRM em medicina intensiva do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HRHDS), Joinville/SC. Professora das disciplinas de medicina de urgência e fisiopatologia da Faculdade de Medicina de Joinville/SC (Univille). Renata Waltrick • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Ricardo Oliveira Cruz D'Oliveira • Médico da Unidade de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Português, Salvador, BA. Rodrigo de Brito Cordeiro • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/ SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Rodrigo Soares da Silva • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/ SC e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Rogério Carregoza Dantas • Mestre em cardiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasi leira (Amib). Silvia Maria Fachin • Médica residente do Programa de Residência Médica de Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville/SC. Tatiana Moreria Clementino • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em geriatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Vilto Michels Júnior • Especialista em medicina intensi va pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). Professor da Faculdade de Medicina da Unisul e médico coordenador do centro de terapia intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Tubarão/SC. Coordenador do Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do HNSC. Viviane Renata Zaclikevis • Especialista em medicina intensiva pelo Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal São José (HMSJ) e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). XIIIXIII Sumário Informações gerais 1 Critérios de internação em unidades de terapia intensiva Francine Bagnati e Milton Caldeira Filho 2 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Glauco Adrieno Westphal 3 Avaliações obrigatórias diárias (checklist para visita multidisciplinar) Marina B. W. Horner, Rodrigo B. Cordeiro, Glauco Adrieno Westphal, Aline Braz Pereira e Silvia Maria Fachin 5 Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente Aline Braz Pereira, Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 10 Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) Glauco Adrieno Westphal e Silvia Maria Fachin Neurológico 16 Coma Gerson Luis Costa e Pedro Silva Correa de Magalhães 19 Trauma cranioencefálico grave e monitorização da PIC Raquel Wanzuita, Gerson Luis Costa e Milton Caldeira Filho 21 Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) Alexandre Luiz Longo, Gerson Luis Costa, Pedro Silva Correa de Magalhães e Eliza Teixeira da Rocha 25 Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh) Gerson Luis Costa, Pedro Silva Correa de Magalhães e Eliza Teixeira da Rocha 27 Hemorragia subaracnóidea (HSA) Ana Carolina Dalmônico e Milton Caldeira Filho 30 Delirium em unidade de terapia intensiva Glauco Adrieno Westphal, Norberto Luiz Cabral e Aline Braz Pereira 35 Estado de mal epiléptico (EME) Glauco Adrieno Westphal e Aline Braz Pereira 37 Diagnóstico e manutenção de órgãos no potencial doador falecido Glauco Adrieno Westphal, Milton Caldeira Filho, Kalinca Daberkow Vieira, Viviane Renata Zaclikevis, Joel de Andrade e Jorge Dias de Matos Cardiovascular 43 Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) Viviane Renata Zaclikevis, Kalinca Daberkow Vieira e Aline Braz Pereira 47 Controle direcionado da temperatura (CDT) Glauce Lippi de Oliveira 48 Prognóstico neurológico após ressuscitação cardiopulmonar Rodrigo de Brito Cordeiro, Milton Caldeira Filho e Aline Braz Pereira 49 Síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCAsSST na UTI) Silvia Maria Fachin e Conrado Roberto Hoffmann Filho 53 Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMcSST) Rafael de March Ronsoni, Fernando Wagner e Silvia Maria Fachin 59 Emergência hipertensiva Anderson Ricardo Roman Gonçalves 61 Abordagem inicial do choque Glauco Adrieno Westphal e Silvia Maria Fachin 66 Choque hipovolêmico Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 67 Choque anafilático Glauco Adrieno Westphal 69 Drogas vasoativasVilto Michels Júnior, Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 73 Arritmias cardíacas Rogério Carregoza Dantas, Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 79 Insuficiência ventricular esquerda aguda (IVEA) Viviane Renata Zaclikevis, Kalinca Daberkow Vieira, Rodrigo de Brito Cordeiro, Felipe Pfuetzenreiter, Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 84 Insuficiência ventricular direita aguda (IVD) aguda Francine Bagnati e Milton Caldeira Filho Respiratório 86 Derrame pleural (DP) Felipe Pfuetzenreiter, Janaína Feijó e Milton Caldeira Filho 89 Ventilação mecânica não invasiva (VNI) Milton Caldeira Filho e Glauco Adrieno Westphal 91 Broncospasmo em paciente crítico Fabiano Schwingel, Glauco Adrieno Westphal e Milton Caldeira Filho 94 Ventilação mecânica no pulmão normal Milton Caldeira Filho 95 Assincronia ventilatória: análise dos gráficos Cassiano Teixeira e Augusto Savi 98 Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) Milton Caldeira Filho, Silvia Maria Fachin e Glauco Adrieno Westphal 103 Uso de óxido nítrico inalado (NOi) Rodrigo Soares da Silva e Milton Caldeira Filho 105 Desmame ventilatório Raquel Wanzuita, Milton Caldeira Filho e Glauco Westphal 107 Tromboembolismo pulmonar (TEP) Glauco Adrieno Westphal, Felipe Pfuetzenreiter e Silvia Maria Fachin Gastroenterológico 111 Síndrome compartimental intra-abdominal (SCA) Pierry Otaviano Barbosa e Milton Caldeira Filho 112 Hemorragia digestiva alta não varicosa Paulo Lisboa Bittencourt, Maria Alice Pires Soares e Durval Gonçalves Rosa Neto 114 Hemorragia digestiva alta varicosa Durval Gonçalves Rosa Neto e Paulo Lisboa Bittencourt 115 Pancreatite aguda Cláudio Celestino Zolinger, Paulo Lisboa Bittencourt e Ricardo Oliveira Cruz D'Oliveira 118 Hemorragia digestiva baixa Maria Alice Pires Soares e Paulo Lisboa Bittencourt 119 Insuficiência hepática aguda grave (IHAG) Andréa Ribeiro Cavalcanti e Paulo Lisboa Bittencourt XIVXIV Sumário 122 Encefalopatia hepática Dimitri Possamai, Renata Waltrick e Glauco Adrieno Westphal 124 Diarreia aguda na UTI Graciana Bandeira Salgado de Vasconcelos, Alessandro Farias, Paulo Lisboa Bittencourt e Silvia Maria Fachin 126 Constipação intestinal Milton Caldeira Filho Infecção 128 Avaliação do paciente febril na UTI Glauco Adrieno Westphal, Janaína Feijó e Milton Caldeira Filho 129 Infecção relacionada a cateteres intravasculares Amilton Carniel Guimarães e Luiz Henrique Melo 130 Prevenção de infecção relacionada a cateteres intravasculares Renata Waltrick, Dimitri Possamai e e Glauco Adrieno Westphal 132 Pneumonia comunitária Luiz Henrique Melo e Glauco Adrieno Westphal 136 Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) Milton Caldeira Filho e Glauco Adrieno Westphal 140 Prevenção da PAV Amanda Cramer e Michelli Dadam 141 Meningite bacteriana Pedro Silva Correa de Magalhães, Luiz Henrique Melo e Marcus Vinicius Magno Gonçalves 143 Candidíase invasiva na UTI Luiz Henrique Melo e Milton Caldeira Filho 146 Neutropenia febril Miriam C. V. Machado 150 Sepse Glauco Adrieno Westphal, Milton Caldeira Filho, e Aline Braz Pereira Metabólico e suporte nutricional 156 Requerimento básico de hidratação e eletrólitos Anderson Ricardo Roman Gonçalves 158 Distúrbios do sódio Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Fabio Erbes e Lilian Marcela Schimanoski Brikalski 160 Distúrbios do potássio Anderson Ricardo Roman Gonçalves 161 Distúrbios do cálcio, fósforo e magnésio Louise Trindade de Oliveira e Anderson Ricardo Roman Gonçalves 165 Distúrbios acidobásicos Anderson Ricardo Roman Gonçalves 169 Controle glicêmico Glauco A. Westphal, Marina B. W. Horner, Renata Waltrick, Dimitri Possamai, Milton Caldeira Filho e Paula Marina Francisco da Cruz 172 Cetoacidose diabética (CAD) Amilton Carniel Guimarães 173 Insuficiência renal aguda (IRA) Anderson Roman Gonçalves e Cláudio Werka 176 IRA – situações especiais Cláudio Werka e Camila Piaia 180 Suporte nutricional Milton Caldeira Filho, Marcelo Guimarães da Fonseca, Denise Bichels Leitão e Glauco Adrieno Westphal Miscelânea 188 Sedação e analgesia dos pacientes internados em UTI Rachel Duarte Moritz 192 Prevenção e manuseio da abstinência do uso de opioide no desmame ventilatório Raquel Wanzuita 193 Intoxicações agudas Marlene Zannin e Margaret Grando 195 Toxicidade, infecções e efeitos colaterais associados a quimioterápicos e imunomoduladores Viviane Renata Zaclikevis 199 Doença hipertensiva específica da gravidez (DHGE) Milton Caldeira Filho e Carlito Moreira Filho 201 Segurança em ressonância magnética Ana Carolina Peçanha e Cassiano Teixeira 203 Atendimento ao paciente grande queimado Pierry Otaviano Barbosa e Glauco Adrieno Westphal 206 Profilaxia da trombose venosa profunda (TVP) Glauco Adrieno Westphal e Louise Trindade de Oliveira 208 Prevenção de úlcera de estresse Glauco Adrieno Westphal e Louise Trindade de Oliveira 210 Doses de fármacos para pacientes obesos Ana Carolina Peçanha e Cassiano Teixeira 212 Doente crítico crônico Felipe Pfuetzenreiter 215 Cuidados paliativos Rachel Duarte Moritz 221 Comunicação de más notícias na UTI Felipe Pfuetzenreiter Hematologia 224 Coagulopatias Milton Caldeira Filho 228 Anemia Milton Caldeira Filho e Glauco Adrieno Westphal 230 Uso de hemoderivados em adultos Rafael de March Ronsoni, Milton Caldeira Filho e Janaína Feijó Anexos 236 Anexo I: Fórmulas Milton Caldeira Filho 240 Anexo II: Medicamentos Milton Caldeira Filho, Glauco Adrieno Westphal e Raquel Wanzuita 249 Anexo III: Infusão contínua de medicamentos Glauco Adrieno Westphal 1 Informações gerais UTI 1 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Critérios de internação em unidades de terapia intensiva Respiratório 1. Intubação traqueal e necessidade de ven- tilação mecânica. 2. Insuficiência respiratória aguda. Cardiovascular 3. Arritmias cardíacas (p. 73) 4. Instabilidade hemodinâmica (p. 66 a 69) 5. Insuficiência coronariana aguda (p. 49 e 53) 6. Necessidade de reposição de mais de 6 unidades de concentrado de hemácias em 24 horas. 7. Pós-ressuscitação cardiopulmonar (p. 48). 8. Tamponamento cardíaco. 9. Dissecção de aorta. Neurológico 10. Escala de Coma de Glasgow ≤ 8. 11. Diagnóstico da morte encefálica e ma- nutenção do potencial doador de órgãos (p. 37). 12. Hemorragia intracraniana com escore de AVC hemorrágico (AVCh) > 1 (p. 25). 13. Hemorragia subaracnóidea (p. 27). 14. Acidente vascular cerebral (AVCi) isquê mico na fase aguda com NIHSS > 10 (p. 21). 15. Estado de mal convulsivo (p. 35). 16. Trauma cranioencefálico (TCE) grave (p. 19). Digestivo/renal 17. Insuficiência renal aguda necessitando de diálise de urgência (p. 173). 18. Hepatite fulminante (p. 119). 19. Pancreatite aguda grave (p. 115). 20. Hemorragia digestiva alta (p. 112 e 114). Risco cirúrgico alto/trauma 21. Pós-operatório necessitando de monitori- zação hemodinâmica/suporte ventilatório. 22. Trauma múltiplo grave (baço, fígado, con- tusão pulmonar). Outros 23. Intoxicação exógena com risco de morte (p. 194). 24. Grande queimado (p. 203). 25. Distúrbio metabólico grave com convul- sões, arritmias e fraqueza muscular. Referências bibliográficas Dawson JA. Admission, discharge, and triage in critical care. Crit Care Clin. 1993;9:555-74. Task Force of the American College of Critical Care Medicine, Society of Critical Care Medicine. Guidelines for intensive care unit admission, discharge, and triage. Crit Care Med. 1999;27:633-8. 2 Informações gerais UTI 2 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Informações mínimas para apresentação de casos em UTI A Avaliações subjetiva e objetiva 1. Identificação Data de internação hospitalar. Data de inter nação em UTI. 2. Lista de problemas pregressos História mórbida pregressa (dados relevan tes), hábitos e costumes, diagnóstico de entrada, pro- blemas ocorridos desde o início da internação. 3. Lista de problemas observados na história da doença atual e desde o início da internação(preferencialmente em ordem cronológica) 4. Avaliação sistemática e diária do paciente grave 4.1. Neurológico Nível de consciência; pupilas; escala de coma de Glasgow; déficit motor; PIC, PPC, SjO2; sedação (escalas de Ramsay/Coock); doses de sedativos; resultados de exames. 4.6. Endócrino Hiperglicemias? Administração de insulina; necessita de dosagem de hormônios tireoidia- nos ou insuficiência adrenal? Diabetes insípido? Síndrome da secreção inapropriada do hormô- nio antidiurético (SIADH)? 4.7. Infecção Curva térmica, leucograma; culturas; uso de anti- bióticos (quantos, quais, quanto tempo), proteína C reativa (PCR), procalcitonina, sinais de sepse. 4.8. Hematológico Hematócrito, coagulograma; medicamentos que alteram a crase sanguínea. 4.9. Nutricional Enteral ou parenteral; necessidade calórica; ingesta calórica; ingesta/necessidade calórica (%); ingestas proteica, lipídica e de carboidra- tos; balanço nitrogenado; calorimetria. 4.10. Psicossocial Depressão, delirium? Os familiares estão inteirados da situação? Há como viabilizar 4.2. Cardiovascular Ritmo; frequência e bulhas cardíacas; tempe- ratura periférica; enchimento capilar; PAM; drogas vasoativas e suas doses; PVC; ∆Pp; DC; oxigenação tecidual (pH, BE, lactato, CO2 gap, Ca-vO2/CO2 gap, SvO2, DO2, VO2). 4.3. Respiratório Sinais e sintomas; parâmetros ventilatórios; última gasometria arterial; radiografia de tórax (pneumotórax, atelectasia, infiltrado novo); pressão do cuff e localização da cânula traqueal; teste diário de ventilação espontânea. 4.4. Gastrintestinal Exame do abdome; ingesta oral ou por cateter enteral; débito do cateter nasogástrico; diarreia ou obstipação; resultados de exames, PIA. 4.5. Metabólico e renal Diurese (kg/hora e total em 24 horas); balanço hídrico; diálise; creatinina, eletrólitos, estado ácido-base, função hepática). Referência bibliográfica Varon J, Fromm Jr RE. Aproach to the intensive care unit. Handbook of practical critical care medicine. New York: Springer-Verlag; 2002. p. 185-8. acompanhamento psicológico e/ou de terapia ocupacional? Há possibilidade de flexibilizar visita dos familiares? 4.11. Tubos, drenos, cateteres e medicamentos Posicionamento de tubos, drenos e cateteres; posição, fixação, data e presença de sinais de infecção na inserção de cateteres venosos e ar- teriais; checar ritmo de gotejamento das drogas e funcionamento das bombas de infusão. B Lista de problemas relevantes C Análise sistemática buscando estabelecer conexões entre os problemas encontrados a partir de justificativas fisiopatológicas D Propor condutas diagnósticas e/ou terapêuticas com base na análise 3 Informações gerais UTI 3 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Avaliações obrigatórias diárias (checklist para visita multidisciplinar) Tendo em vista a diversidade de profissionais envolvidos no cuidado e a necessidade de garantir o con- trole de inúmeros detalhes que envolvem a assistência ao paciente grave, elaborou-se um checklist para auxiliar na condução da visita multidisciplinar diária. A visita multidisciplinar diária guiada pelo checklist a seguir deve pressupor dois aspectos fundamentais: 1. Cada item deve ser avaliado com o propósito de buscar oportunidades de mudanças no plano tera- pêutico em favor da segurança do paciente. 2. A checagem coletiva dos itens de cuidado oportuniza as possibilidades de constatar e corrigir distorções no manejo do paciente. Visita multidisciplinar Checklist Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Médico balanço hídrico (mL) Profilaxia de TVP adequada? HNF, HbPM, físico? Dose Profilaxia de úlcera gástrica adequada? H1 ou H2? Dose Pode-se retirar o antibiótico? Número de dias Enfermagem Analgesia adequada? Escala de dor Profilaxia de lesão de córnea adequada? Realizado mudança de decúbito de 2/2 horas? Apresenta úlcera por pressão? Higiene oral adequada? Inserção da sonda enteral por via oral? Sonda vesical pode ser removida? Dias de uso Os cateteres podem ser removidos? Dias de uso Dormiu mais que 4 horas consecutivas? Fisioterapia Realizou interrupção diária da sedação? Realizou teste de ventilação espontânea nas últimas 24h? Meta da sedação alcançada? Cabeceira elevada 30-45º? Sentou fora do leito? Dias de TOT Profilaxia para pé equino? Volume corrente < 8 mL/kg de peso predito? Pressão do cuff 15-25 mmHg? 4 Informações gerais UTI 4 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Avaliações obrigatórias diárias (checklist para visita multidisciplinar) Referências bibliográficas bauman KA, Hyzy RC. ICu 2020: Five interventions to revolutionize quality of care in the ICu. J Intensive Care Med. 2014;29(1):13-21. Chang SY, Sevransky J, Martin GS. Protocols in the management of critical illness. Crit Care. 2012;16(2):306. Ko HC, Turner TJ, Finnigan MA. Systematic review of safety checklists for use by medical care teams in acute hospital settings - limited evidence of effectiveness. bMC Health Serv Res. 2011;11:211. Lane D, Ferri M, Lemaire J, McLaughlin K, Stelfox HT. A systematic review of evidence-informed practices for patient care rounds in the ICu. Crit Care Med. 2013;41(8):2015-29. Weiss CH, Moazed F, McEvoy CA, Singer bD, Szleifer I, Amaral LA, et al. Prompting physicians to address a daily checklist and process of care and clinical outcomes a single-site study. Am J Respir Crit Care Med. 2011;184(6):680-6. Winters bD, Gurses AP, Lehmann H, Sexton Jb, Rampersad CJ, Pronovost PJ. Clinical review: checklists – translating evidence into practice. Crit Care. 2009;13(6):210. Checklist Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Nutrição Glicemias < 180 mg/dL? Alcançou mais que 85% do GET? Ritmo intestinal (D – diarreia/C – constipação/NL – normal) Psicologia Família ciente do quadro nas últimas 24h? Risco de delirium (R) ou delirium (D)? Há possibilidade de mudança de foco terapêutico? Há possibilidade de visita estendida? Farmácia Interação medicamentosa? Medicação ajustada para função renal? Metas diárias de tratamento? Plano: o que falta para o paciente sair da UTI? S= sim N = não N/A = não se aplica 5 Informações gerais UTI 5 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente • Os potenciais benefícios de qualquer transferência devem ser pesados contra os riscos clínicos • Antes de qualquer transferência, deve ser realizada uma avaliação da gravidade (Modified Early Warning Score – MEWS – Tabela 1, ou Canadian Association of Critical Care Nurses modificado – Tabela 2) para identificar antecipadamente os riscos e definir as competências necessárias da equipe que acompanhará o paciente • A avaliação de risco deve incluir: história clínica (doença subjacente ou comorbidades), condição clínica atual (estabilidade hemodinâmica), duração prevista e meio de transporte Tabela 1. Avaliação do risco de deterioração clínica no transporte MEWS Variável/escore 3 2 1 0 1 2 3 FC ≤ 40 41-50 51-100 101-110 111-129 ≥ 130 PA sistólica ≤ 70 71-80 81-100 101-199 ≥ 200 FR ≤ 8 9-14 15-20 21-29 ≥ 30 Temperatura ≤ 35 35,1-36 38,1-38 38,1-38,5 ≥ 38,6 Neurológico Nova confusão/ agitação Alerta Resposta à voz Resposta à dor Irresponsivo Baixo Médio Alto MEWS < 3 e SO2 > 92% e Glasgow > 13 e BE < 5 mmol/L MEWS 3-5 ou SO2 88-92% ou Glasgow 13-12 ou BE 5-10 mmol/L MEWS > 5 ou SO2 < 88% ou Glasgow < 12 ou BE > 10 mmol/L Baixo risco de deterioração clínica durante a transferência Médio risco de deterioração durante a transferência. Exige uma avaliação pré-transferência mais detalhada realizada pela equipe médica Alto risco de deterioração clínica durante a transferência. Este grupo exige o envolvimento de médicos/enfermeiros com cuidado crítico e habilidades avançadas em vias aéreas Sugestão de recursos humanos para o transporte Sugere-se acompanhamento do enfermeiro ou técnico de enfermagem. Avaliar necessidade de acompanhamentomédico Sugere-se acompanhamento do enfermeiro. Avaliar necessidade de acompanhamento médico Sugere-se acompanhamento do enfermeiro e médico 6 Informações gerais UTI 6 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente Variável Pontuação – escore original Pontuação – escore adaptado 7. Via aérea Não Sim (Guedel) Sim (intubação ou traqueostomia) 0 1 2 0 1 6 8. Suporte ventilatório Não Sim (máscara de oxigênio) Sim (ventilação mecânica) 0 1 2 0 1 6 9. Neurológico Glasgow = 15 Glasgow 8-14 Glasgow < 8 0 1 2 0 6 6 10. Suporte farmacológico Não Grupo 1 (dreno torácico, aspiração, trombolítico, manitol e antiarrítmicos) Grupo 2 (vasopressores, vasodilatadores ou anestésico geral) 0 1 2 0 1 6 Pontos Grupo Staff 0 a 2 pontos 0 Técnico de enfermagem 3 a 6 pontos I Enfermeiro > 6 pontos II Médico e enfermeiro Fonte: Canadian Association of Critical Care Nurses *Escore adaptado, utilizado no Centro Hospitalar unimed, Joinville, SC Tabela 2. Orientação para acompanhamento de pacientes durante o transporte intra-hospitalar Variável Pontuação – escore original Pontuação – escore adaptado 1. Hemodinâmica Estável Instabilidade moderada (requer < 15 mL/min de cristaloide) Instável (requer > 15 mL/min de cristaloide) 0 1 2 0 1 6 2. Arritmia (existente ou provável) Não Sim (baixa gravidade ou IAM há < 48 horas) Sim (alta gravidade ou IAM há > 48 horas) 0 1 2 0 1 6 3. Monitorização cardíaca contínua Não Desejável Essencial 0 1 2 0 1 2 4. Linha venosa Não Sim Cateter de artéria pulmonar 0 1 2 0 1 6 5. Marca-passo provisório? Não Sim (não invasivo). Sempre no IAM < 48 horas Sim (transvenoso) 0 1 2 0 1 6 6. Respiração FR de 10 a 14 mpm FR de 15 a 35 mpm FR < 10 ou > 36 mpm 0 1 2 0 1 6 7 Informações gerais UTI 7 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Equipamentos recomendados para o transporte Via aérea/oxigenação • Dispositivo bolsa-válvula-máscara com reservatório • Adaptadores flexíveis para conexão do dispositivo bolsa-válvula-máscara ao tubo endotraqueal • Conector entre fonte de O2 e o dispositivo bolsa-válvula-máscara • Máscaras de alta concentração de O2 • Lâminas de laringoscópio curvas (no 3, 4 e 5) • Cabo de laringoscópio • Pilhas e lâmpadas extras de laringoscópio • Fio-guia para intubação orotraqueal • Pinça de maguil • Tubo endotraqueal (no 7, 7,5, 8 e 8,5) • Cânula orofaríngea (no 3, 4 e 5) • Kit de cricotireoideostomia por punção Esparadrapo Glicosímetro e tiras reagentes de HGT Monitor/desfibrilador, pás, gel Marca-passo transcutâneo Eletrodos Equipos de administração de fluidos EV Cateteres (14 a 24 GA) Torniquetes para a punção venosa/acesso EV Agulhas, tamanhos variados Seringas, tamanhos variados Oxímetro de pulso Estetoscópio Ventilador de transporte Medicações recomendadas para o transporte Adenosina 6 mg/2 mL Amiodarona 150 mg/3 mL Atropina 1 mg/10 mL Glicose 50% 50 mL Epinefrina 1 mg/1 mL (1:1000) Nitroglicerina 50 mg/10 mL Nitroprussiato de sódio 50 mg/2 mL Noradrenalina 4 mg/4 mL Terbutalina 1 mg/1 mL Diazepam 10 mg/2 mL Salina 0,9% para injeção 30 mL Água para injeção 30 mL Analgésicos narcóticos (ex.: morfina, fentanil) Sedativos/hipnóticos (ex.: midazolam, propofol, etomidato, cetamina) Agentes bloqueadores neuromusculares (ex.: succinilcolina, pancurônio, atracúrio, rocurônio) Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente 8 Informações gerais UTI 8 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente Checklist pré-transporte Etiqueta do paciente Paciente Sim Não N/A Via aérea assegurada? Confirmar posicionamento do tubo endotraqueal (radiografia de tórax) e adequadas oxigenação e ventilação FC, PAM e perfusão adequadas Verificar fixação de tubos endotraqueais, acessos venosos e cateteres enterais e vesicais Esvaziar coletores – urina e secreção gástrica Acesso venoso assegurado? Sedoanalgesia e bloqueio neuromuscular, conforme necessidade Equipamentos/materiais Sim Não N/A Mochila de transporte Monitor/desfibrilador (pás de desfibrilador, gel, pás de marca-passo) Nível de oxigênio suficiente (> 50 bar) Medicação Sim Não N/A Medicação vasoativa EV suficiente na bomba infusora? Sedativos e analgésicos narcóticos EV adicionais Parar nutrição enteral Parar insulina EV Em caso de tomografia computadorizada com contraste Sim Não N/A Acesso venoso adequado Contraste oral administrado Proteção renal de acordo com protocolo da instituição Monitorização Sim Não N/A Monitorização eletrocardiográfica e oximetria de pulso contínuas Monitorização periódica da PA, FC e FR Verificar e definir o alarme sonoro e visual Ventilador de transporte Sim Não N/A Verificar e ligar fonte de oxigênio Colocar o filtro HME entre o ventilador e o tubo endotraqueal Verificar e definir o alarme sonoro e visual Administrativo Sim Não N/A Contato com setor/equipe que receberá o paciente Confirmação com equipes para início do transporte Verificar trajeto e elevadores Documentação de transferência/prontuário do paciente FC: frequência cardíaca; PA: pressão arterial; PAM: pressão arterial média; FiO2: fração inspirada de O2; FR: frequência respiratória; SO2: saturação de oxigênio capilar periférica; EV: endovenoso; HME: heat and moisture exchanger; N/A: não se aplica. Sinais vitais pré-transporte – hora: ___:___ PA FC FR SO2 FiO2 Glasgow Sinais vitais pós-transporte – hora: ___:___ PA FC FR SO2 FiO2 Glasgow 9 Informações gerais UTI 9 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Referências bibliográficas brunsveld-Reinders AH, Arbous MS, Kuiper SG, de Jonge E. A comprehensive method to develop a checklist to increase safety of intra-hospital transport of critically ill patients. Crit Care. 2015;19:214. Fanara b, Manzon C, barbot O, Desmettre T, Capellier G. Recommendations for the intra-hospital transport of critically ill patients. Crit Care. 2010;14(3):R87. Japiassú AM. Transporte intra-hospitalar de pacientes graves. Rev bras Ter Intensiva. 2005;17(3). Warren J, Fromm RE Jr, Orr RA, Rotello LC, Horst HM; American College of Critical Care Medicine. Guidelines for the inter- and intrahospital transport of critically ill patients. Crit Care Med. 2004;32(1):256-62. Whiteley S, Macartney I, Mark J, barratt H, binks R.; Intensive Care Society. Guidelines for the transport of the critically ill adult. 3rd ed. 2011. Disponível em: http://www.ics.ac.uk/ EasysiteWeb/getresource.axd?AssetID=482& [Acesso em 18 maio 2016]. Avaliação e estratificação de risco antes da transferência do paciente 10 Informações gerais UTI 10 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI 1. APACHE II (Acute Physiologic and Chronic Health Evaluation) Deve ser calculado nas primeiras 24 horas de internação. Estima a probabilidade de óbito, mas não é um índice para orientar tomada de decisão individual ou avaliação sequencial dos pacientes. É utilizado como indicador de qualidade a partir da relação entre a mortalidade prevista e a observada, além da comparação dos dados com o passado e outras unidades. Também é usado para comparar pacientes em estudos clínicos. A. Pontuação para variáveis fisiológicas Variável +4 +3 +2 +1 0 +1 +2 +3 +4 Temp (oC) ≥ 41 39-40,9 38,5-38,9 36-38,4 34-35,9 32-33,9 30-31,9 ≤ 29,9 PAM (mmHg) ≥ 160 130-159 110-129 70-109 50-69 ≤ 49 FC (bpm) ≥ 180 140-179 110-139 70-109 55-69 40-54 ≤ 39 FR (rpm) ≥ 50 35-49 25-34 12-24 10-11 6-9 ≤ 5 Oxigenação a. FiO2 ≥ 0,5 - P(A-aO2) b. FiO2 < 0,5 - PaO2 ≥ 500 350-499 200-349 < 200 > 70 61-70 55-60 ≤ 55 pH arterial ≥ 7,7 7,6-7,69 7,5-7,59 7,33-7,49 7,25-7,32 7,15-7,24 ≤ 7,15 Na+ sérico (mEq/L) ≥ 180 160-179 155-159 150-154 130-149 120-129 111-119 ≤ 110 K+ sérico (mEq/L) ≥ 7 6-6,9 5,5-5,9 3,5-5,4 3-3,4 2,5-2,9 ≤ 2,5 Creatinina (pontos x 2 se IRA) ≥ 3,5 2-3,4 1,5-1,9 0,6-1,4 < 0,6 Hematócrito(%) ≥ 60 50-59,9 46-49,9 30-45,9 20-29,9 ≤ 20 Leucometria (mm3) ≥ 40 20-39,9 15-19,9 3-14,9 1-2,9 ≤ 1 Escala de Glasgow 15 – valor do Glasgow observado B. Pontuação para a idade Pontos 0 2 3 5 6 Idade (anos) ≤ 44 45-54 55-64 65-74 ≥ 75 C. Pontuação para doença crônica Pontos Em qualquer dos casos: - 5 pontos para cirurgia de urgência ou internação clínica - 2 pontos para cirurgia eletiva a. Doença hepática crônica Cirrose comprovada por bx e hipertensão portal (HP) comprovada ou sangramento digestivo alto por HP ou história prévia de insuficiência, encefalopatia ou coma b. Doença cardiovascular Insuficiência cardíaca classe funcional IV da NYHA c. Doença respiratória Restritiva, obstrutiva ou vascular com restrição grave ao exercício (impossibilidade de realização de atividades domésticas); ou hipóxia crônica, hipercapnia, policitemia, hipertensão pulmonar (< 40 mmHg) ou dependência de suporte ventilatório d. Doença renal Programa de diálise crônica e. Imunocomprometimento Quimioterapia, radioterapia, uso de corticosteroide por longo tempo ou altas doses recentes, leucemia, linfoma, aids • APACHE II: pontuação da tabela A + pontuação da tabela B + pontuação da tabela C. D. Chance percentual aproximada de óbito de acordo com o APACHE II calculado APACHE II 0-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 > 34 Clínico 4% 8% 15% 24% 40% 55% 73% 85% Cirúrgico 1% 3% 7% 12% 30% 35% 73% 88% • Para calcular a chance percentual de óbito de forma mais precisa, utilizar a fórmula: Risco de óbito (%) = In (R/1-R), onde R = -3,517 + (APACHE II x 0,146) + PD + 0,603 se PO de urgência. PD: peso de categoria diagnóstica: tabela E. Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 11 Informações gerais UTI 11 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI E. Categorias diagnósticas com PD e CID-10 correspondente Patologias não cirúrgicas Cardiovasculares PD CID Respiratórias PD CID Gastrintestinais PD CID - Choque cardiogênico -0,259 I57.0 - Infecção (pneumonia) 0,000 J18 - lnsuficiência hepática * k72 - Choque hemorrágico 0,493 I57.1 - Aspiração/intoxicação -0,142 J69/J68 - Perfuração/obstrução Gl * K65/K56 - Choque séptico 0,113 I57.8 - Neoplasia respiratória - Doença inflamatória intestinal * k51 - Sepse (qualquer origem) 0,113 A41.9 (incluir Iaringe e traqueia) 0,891 C39 - Pancreatite aguda * K85 - Parada cardíaca 0,393 I46.9 - Parada respiratória -0,168 J96.0 - HD por varizes 0,334 I85.0 - Aneurisma de aorta (torác./abd.) 0,731 I71 - Edema pulmonar não cardiogênico -0,251 J81 - HD por úlcera ou laceração 0,334 K28 - Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) -0,424 I50.0 - Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) * J80 - HD por diverticulose 0,334 k57 - Insuficiência arterial periférica * I73 - Doença pulmonar obstrutiva aguda (DPOC): bronquite/enfisema -0,367 J42/J43 - Peritonite * K65 - Arritmia cardíaca -1,368 I49.9 - Embolia pulmonar -0,128 I26 - * Outras doenças GI 0,501 K92 - Infarto agudo do miocárdio (IAM) -0,191 I21 - Asma -2,108 J45 Trauma - Angina instável -0,191 I20.0 - * Outras doenças respiratórias -0,890 J98 - Trauma cranioencefálico (TCE) - Hipertensão -1,798 I10 (com ou sem politrauma) -0,517 S06 - * Outras doenças cardiovasculares 0,470 I99 - Politraumatismo (sem TCE) -1,228 T07 Neurológicas PD CID Metabólicas PD CID Doenças renais PD CID - Hemorragia intracerebral 0,723 I61 - Coma metabólico - Insuficiência renal aguda * N17 - Hemorragia subaracnóidea (HSA) 0,723 I60 hipoglicêmico * E15 - Insuficiência renal crônica * N18 - AVC 0,723 I63 mixedematoso * E03.5 -* Outras doenças renais -0,885 N28 - Meningite/abscesso do sistema nervoso central (SNC) * G00/G07 hiperosmolar * E10.0 Hematológicas 0,493 D68 - Tu neurológico * C71 - Cetoacidose diabética -1,507 E10.1 - Doença neuromuscular * G62.9 - Overdose por drogas -3,353 T50 - Convulsão -0,584 G41 - * Outras doenças metabólicas -0,885 E88 - * Outras doenças neurológicas -0,759 G99 Patologias cirúrgicas Cardiovasculares PD CID Respiratórias PD CID Neurológicas PD CID - Ruptura ou dissecção aórtica 0,731 I71 - Insuficiência respiratória -0,140 J96.0 - Hemorragia intracerebral -0,788 I61 - Doença vascular periférica -1,315 I73 - Cirurgia torácica por neoplasia -0,802 C39 - Hematoma epi/subdural -0,788 S06.4/ S06.5 - Doença cardiovascular crônica -1,376 I25.0 - Outras doenças respiratórias -0,610 J98 - HSA -0,788 I60 - Cirurgia valvular (mitral/aórtica) -1,261 I34/I35 Gastrintestinal - Cirurgia medular -0,699 G54 - Choque hemorrágico 0,682 - Ruptura ou perfuração Gl 0,060 K65 - Craniotomia por neoplasia -1,245 C71 - Cirurgia de aneurisma de aorta abdominal * I71.4 - Obstrução intestinal 0,060 K56.4 - Outras doenças neurológicas -1,150 G99 - Endarterectomia de carótida * I65.2 - Doença inflamatória intestinal * K51 Trauma - * Outras doenças cardiovasculares -0,797 I99 - Sangramento Gl -0,617 k92.2 - TCE (com ou sem politrauma) -0,955 S06 - Transplante hepático * K77 - Politraumatismo (sem TCE) -1,684 T07 - Neoplasia Gl -0,248 C26.0 Renal - Colecistite/colangite * - Neoplasia renal -1,204 C64 - * Outras doenças Gl -0,613 K92.9 - Transplante renal -1,042 N18 - Outras doenças renais -0,196 N28.9 * Substituir pelo PD genérico da categoria diagnóstica – “* Outras doenças...”. Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 12 Informações gerais UTI 12 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI 2. SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) Como processo dinâmico, a disfunção orgânica deve ser avaliada sequencialmente. O SOFA avalia o grau de disfunção de cada órgão de maneira isolada e deve ser coletado todos os dias. Permite avaliar a evolução favorável ou desfavorável do paciente individualmente. Pontos 0 1 2 3 4 PaO2/FiO2 > 400 ≤ 400 ≤ 300 ≤ 200 com suporte ventilatório ≤ 100 com suporte ventilatório Plaquetas (x 103/mm3) > 150 ≤ 150 ≤ 100 ≤ 50 ≤ 20 Bilirrubina <1,2 1,2 a 1,9 2,0 a 5,9 6,0 a 11,9 > 12 Cardiovascular PAM normal PAM < 70 Dopa ≤ 5 ou dobuta qualquer dose Dopa > 5 ou epi ≤ 0,1 ou nor ≤ 0,1 Dopa > 15 ou epi > 0,1 ou nor > 0,1 Escala de Glasgow 15 13 a 14 10 a 12 6 a 9 < 6 Creatinina ou diurese < 1,2 1,2 a 1,9 2,0 a 3,4 3,5 a 4,9 ou < 500 mL/dia > 5,0 ou < 200 mL/dia 3. TISS-28 (Therapeutic Intervention Scoring System) Ferramenta útil para dimensionar a utilização de recursos materiais e redistribuir recursos humanos. Quanto maior o grau de intervenções, maiores a gravidade do paciente e a necessidade de recursos humanos. Cada ponto TISS-28 equivale a 10,6 minutos de trabalho despendido por 1 técnico de enfermagem em turnos de 8 horas (por exemplo, em 8 horas, 1 técnico de enfermagem deveria assumir, no máximo, 45 pontos TISS-28). É necessário pontuar diariamente cada paciente. Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 13 Informações gerais UTI 13 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Procedimentos Pontos Procedimentos Pontos Atividades básicas Suporte ventilatório 1. Monitorização-padrão. SV h/h, registro e cálculo regulares de balanço hídrico 5 16. VM invasiva ou não invasiva 5 2. Laboratório. Exames bioquímicos e microbiológicos 1 17. Suplementação de oxigênio. Respiração espontânea por tubo traqueal 2 3. Medicação única. IV, IM, SC, VO ou por sonda gástrica 2 18. Cuidados com tubo traqueal ou traqueostomia (como aspiração traqueal) 1 4. Medicação IV múltipla. Mais de uma, em bolo ou contínuas 3 19. Fisioterapia respiratória, nebulização, aspiração traqueal (sem TOT) 1 5. Prevenção de úlceras por pressão ou curativos diários 1 Suporte renal 6. Troca frequente de curativos (uma vez por turno ou ferimento extenso) 1 20. Diálise (qualquer tipo) 3 7. Cuidados com drenos. Exceto sonda gástrica 3 21. Medida do débito urinário 2 Suporte cardiovascular 22. Diurese forçada (como furosemida > 0,5 mg/kg/diapor hipervolemia) 3 8. Droga vasoativa (única) 3 Suporte metabólico 9. Drogas vasoativas múltiplas (duas ou mais) 4 23. Tratamento de acidose/alcalose metabólica complicada 4 10. Infusão de grandes volumes IV (> 3 l/m2/dia) 4 24. Suporte nutricional parenteral 3 11. Cateter arterial periférico 5 25. Dieta enteral (cateter gástrico/ enteral ou jejunostomia) 2 12. Cateter de Swan-Ganz ou de PAE, com ou sem débito cardíaco 8 Intervenções específicas 13. Acesso venoso central 2 26. Intubação, marca-passo, cardioversão, endoscopia, cirurgia de emergência em 24 horas. Não incluir medidas rotineiras (radiografia, curativo, CVC/CA) 3 14. Ressuscitação cardiopulmonar nas últimas 24 horas 3 Suporte neurológico 27. Mais de uma daquelas do item 26 5 15. Monitorização da pressão intracraniana 4 28. Intervenções fora da UTI. Diagnósticas ou terapêuticas 5 TISS-28 (Therapeutic Intervention Scoring System) Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 14 Informações gerais UTI 14 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 4. Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) Índice desenvolvido por estudo multicêntrico em todos os continentes. Deve ser calculado idealmente na primeira hora da admissão do paciente na UTI. Assim como o APACHE, estima a probabilidade de morte durante toda a internação. Varia de 0 a 217. Características prévias do paciente Características diagnósticas Variáveis fisiológicas na admissão Variáveis Pontos Variáveis Pontos Variáveis Pontos Idade Admissão programada 0 Glasgow < 40 0 Admissão não programada 3 3-4 15 40-59 5 Urgência 5 10 60-69 9 Não cirúrgico 5 6 7 70-74 13 Eletivo 0 7-12 2 75-79 15 Cirurgia de emergência 6 ≥13 0 ≥ 80 18 Tipo de cirurgia Frequência cardíaca Comorbidades Transplante -11 < 120 0 Quimioterapia 3 Trauma -8 120-159 5 IC NYHA IV 6 Revascularização miocárdica sem válvula -6 ≥160 7 Neoplasia hematológica 6 Cirurgia no AVC 5 Pressão arterial sistólica Cirrose 8 Outras 0 < 40 11 SIDA 8 Motivo da admissão (somar 16) 40-69 8 Metástase 11 Convulsões -4 70-119 3 Outras 0 Coma/agitação 4 ≥120 0 Dias de internação prévios Défice focal 7 Oxigenação < 14 0 Efeito de massa intracraniana 11 VM + PaO2/FiO2 < 100 11 14-27 6 Arritmias -5 VM + PaO2/FiO2 ≥ 100 7 ≥ 28 7 Choque hipovolêmico (hemorrágico ou não) 3 Sem VM + PaO2/FiO2 < 60 5 Procedência Choque distributivo 5 Sem VM + PaO2/FiO2 ≥ 60 0 Centro cirúrgico 0 Abdome agudo 3 Temperatura Emergência 5 Pancreatite grave 9 < 34,5 7 Outra uTI 7 Insuficiência hepática 6 ≥ 34,5 0 Outros 8 Outro 0 Leucócitos Drogas vasoativas Infecção < 15.000 0 Sim 3 Nosocomial 4 ≥ 15.000 2 Não 0 Respiratória 5 Plaquetas Outra 0 < 20.000 13 20.000-49.000 8 50.000-99.000 5 ≥100.000 0 pH ≤ 7,25 3 > 7,25 0 Creatinina < 1,2 0 1,2-1,9 2 2-3,4 7 ≥ 3,5 8 Bilirrubina < 2 0 2-5,9 4 TOTAL ≥ 6 5 15 Informações gerais UTI 15 Informações mínimas para apresentação de casos em UTI Referências bibliográficas Knaus WA, Draper FA, Wagner DP, Zimmerman JE. APACHE II: a severity of disease classification system. Crit Care Med. 1985;13:818-29. Livianu J, Anção MS, Andrei AM, et al. Índices de gravidade em uTI: adulto e pediátrica. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2 ed. São Paulo: Atheneu; 1999. pp.1333-62. Miranda DR, Rijk AD, Schaufeli W. Simplified therapeutic intervention scoring system: the TISS-28 itens-results from a multicenter study. Crit Care Med. 1996;24:64-73. Moreno RP, Metnitz PG, Almeida E, Jordan b, bauer P, Campos RA, et al.; SAPS 3 Investigators. From evaluation of the patient to evaluation of the intensive care unit. Part 2: Development of a prognostic model for hospital moretnitz tality at ICu admission. Intensive Care Med. 2005;31:1345-55. Vincent JL, Moreno R, Takala J, Willatts S, De Mendonça A, bruining H, et al. The SOFA (Sepsis-related Organ Failure Assessment score described for organ dysfunction/failure). Intensive Care Med. 1996;22:707-10. Índices prognósticos (contém CID-10 dos principais diagnósticos de admissão na UTI) 1616 Neurológico 1616 Neurológico Vigília Inatenção Confusão mental Delirium Estupor Estado mínimo de consciência Estado vegetativo Estado vegetativo persistente/permanente Coma Morte cerebral Coma Definição Ausência de respostas aos estímulos externos e inexistência do ciclo sono-vigília. O conteúdo da consciência (capacidade de atenção) está comprometido. Pode ser ocasionado por lesões anatômicas ou alterações funcionais nas estruturas relacionadas ao despertar e com a manutenção da vigília (tronco cerebral ou ambos os hemisférios cerebrais). Tabela 2. Avaliação clínica do coma (Baterman, 2001) Quadro neurológico Consciência Reflexos troncocerebrais Ciclo sono/vigília Função motora Drive ventilatório Morte cerebral − − − Nenhuma/reflexo medular – Coma − ± − Não voluntária ± Estado vegetativo – + + Não voluntária + Estado mínimo de consciência ± + + Varia de não voluntária a voluntária + Síndrome locked-in + + + Quadriplegia e paralisia pseudobulbar; movimentos oculares preservados + Mutismo acinético + + + Não voluntária + Legenda: - ausente; ± pode estar ausente ou presente; + presente. Tabela 1. Escala de Coma de Glasgow (Teasdale e Jennet, 1974) Resposta motora (M) Resposta verbal (V) Abertura ocular (O) Obedece a comandos 6 Orientado 5 Espontânea 4 Localiza dor 5 Confuso 4 Estímulos verbais 3 Retirada inespecífica 4 Inapropriada 3 À dor 2 Padrão flexor 3 Incompreensível 2 Ausente 1 Padrão extensor 2 Ausente 1 Ausente 1 Pontuar a melhor resposta verbal e motora. Anotar como: (M) 6; (V) 5; (0) 4 = 15 (melhor escore). Traqueotomia/intubação endotraqueal/trauma facial invalidam (V). Pacientes considerados em coma se (M) 4; (V) 2; (O) 2 ou menos. Espectro das variações no nível de consciência Au m en to d o ní ve l d e co ns ci ên ci a 1717 Neurológico 1717 NeurológicoComa COMA TCE grave ou Glasgow ≤ 8 • ABC • História clínica • Glasgow • Avaliação clínica do coma • Tiamina 100 mg, IV + • Glicose hipertônica a 50% 50 mL, IV Exame neurológio ANORMAL (meningismo ou sinal focal) + TAC de crânio NORMAL • Coma metabólico? • Na+, K+, Ca++, Mg++ • Glicemia • Gasometria arterial • Funções hepática e renal • Hormônios tireoidianos Suspeita de intoxicação? • Exame toxicológico História de epilepsia? • Tratamento da causa do coma • Cabeceira elevada a 30º • Cabeça em posição neutra • Sedação • Considerar profilaxia de crises convulsivas • Medidas suportivas gerais Eletroencefalograma (Levy et al., 1985) Se EEG não disponível: Profilaxia de crise convulsiva com fenitoína 100 mg, IV, de 8/8 h PuNÇÃO LOMbAR Hemorrágico ou infecção Investigação inconclusiva e/ou história de epilepsia Alteração Diagnóstico e tratamento (Ropper, 1993) p. 19 TAC de crânio ANORMAL * A hiperventilação profilática é contraindicada Exame neurológio NORMAL + TAC de crânio NORMAL Se TAC de crânio NORMAL: RNM do encéfalo assim que possível Se RNM não disponível TAC de controle se déficit focal ou diminuição de 2 pontos no Glasgow ou crise convulsiva. • Controle da glicemia e eletrólitos • PaO2 ~ 100 mmHg • Normoventilar • Hiperventilar se sinais de herniação: PaCO2 27-30 mmHg* • Se ↑ da pressão intracraniana – monitorização da PIC e tratamento 1818 Neurológico 1818 Neurológico Referências bibliográficas bateman DE. 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