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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA-FCE CURSO DE FISIOTERAPIA NATASHA CAROLINA AVELINO DA SILVA THAUANNE APARECIDA DE PAULO MENDES CONSTRUÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS E PREVENÇÃO AOS RISCOS DE QUEDAS BRASÍLIA 2022 NATASHA CAROLINA AVELINO DA SILVA THAUANNE APARECIDA DE PAULO MENDES CONSTRUÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS E PREVENÇÃO AOS RISCOS DE QUEDAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade de Brasília – UnB – Faculdade de Ceilândia como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia. Orientadora: Juliana de Faria Fracon e Romão BRASÍLIA 2022 NATASHA CAROLINA AVELINO DA SILVA THAUANNE APARECIDA DE PAULO MENDES CONSTRUÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA NA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS E PREVENÇÃO AOS RISCOS DE QUEDAS Brasília,03/05/2022 COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________________ Prof.ª Drª. Juliana de Faria Fracon e Romão Faculdade de Ceilândia - Universidade de Brasília-UnB Orientadora _____________________________________________ Prof.ª Drª. Ruth Losada de Menezes Universidade Federal de Goiás - UFG _____________________________________________ Drª. Giselly Carvalho Portela Soares da Silva Fisioterapeuta do Hospital Universitário de Brasília - HUB AGRADECIMENTOS (Natasha) Agradeço primeiramente a Deus por me fortalecer e me sustentar em todos os momentos da minha vida, por conduzir e abençoar os meus passos até aqui. Agradeço aos meus pais Cristiane e Marcos que são a base da minha formação como ser humano, por me tornarem quem sou hoje e por não me deixarem desistir. Aos meus avós maternos João e Veldiana e paternos Maria Laura e Sebastião (in memorian) que são os meus incentivadores, que sempre estiveram ao meu lado e acreditaram no meu potencial. Aos meus irmãos Marcos, João, Anna e Ágatha por serem fortalezas e alegria na minha vida. Agradeço ao meu namorado pelo companheirismo, pela força, apoio e incentivo que sempre me deu, por me mostrar que sou capaz de ir além dos meus ideais. Agradeço à minha orientadora Juliana Fracon por aceitar conduzir o nosso trabalho e aos meus professores do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília pela excelência no ensino. E a minha dupla de trabalho Thauanne pelo comprometimento. (Thauanne) Primeiramente quero agradecer a Deus pela sabedoria, discernimento e pelas oportunidades que cruzaram meu caminho. Agradeço também, a minha família em especial meus pais Francisco Roberto e Sueli Maria, e amigos por todo apoio e incentivo. Não foi fácil e sei que sem eles a trajetória poderia ter sido mais desafiadora. Que eu consiga a cada dia aprender mais como pessoa e profissional. Que eu saiba vivenciar e ser digna do dom me dado. Acolher, ouvir, cuidar e respeitar. Por fim, não poderia deixar de lado minha gratidão pela orientação da professora e orientadora Juliana Fracon que aceitou esse convite de coração aberto, dando todo suporte e conhecimento. E meu muito obrigada a minha dupla de trabalho, colega de sala e agora de profissão, desejo para nós Natasha muito sucesso e que sejamos realizadas nas nossas escolhas! Epígrafe (Opcional) “A persistência é o caminho do êxito- (Charles Chaplin).” RESUMO Introdução: A idade avançada é um preditor de fragilidade, causando o surgimento de mudanças estruturais e funcionais, levando ao declínio da saúde, aumentando o número de traumas e quedas entre os idosos. Sendo assim, preservar a saúde; assegura uma boa qualidade de vida; e, uma das formas de promover saúde é por meio de ações de educação em saúde. Objetivo: Elaborar um Material Educativo (ME); com o intuito de esclarecer sobre os cuidados domésticos e recomendar sobre fortalecimento muscular para prevenção de possíveis quedas em idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de desenvolvimento de uma tecnologia leve em saúde. Foi elaborado em seis etapas: a) análise de conteúdo; b) elaboração textual, c) seleção e escolha dos exercícios; d) descrição da execução dos exercícios; e) execução da cartilha; f) desenvolvimento da cartilha em busca da melhora de qualidade de vida de idosos, criados pela plataforma Canva. Resultados: Desenvolveu-se um ME, contendo 19 páginas no tamanho de uma folha A4, com informações consideráveis sobre exercícios terapêuticos e cuidados domésticos. Conclusão: Foi proposto um ME na promoção da saúde dos idosos, com a finalidade de ser inserida na rotina do público-alvo. Palavras-chave: Envelhecimento. Material Educativo. Prevenção. Risco de Queda. Cuidados Domiciliares. ABSTRACT Introduction: Advanced age is a predictor of frailty, as well as structural and functional changes leading to health decline, increasing the number of traumas and falls among the elderly. Thus, preserving health ensures a good quality of life, and one way to promote health is through health education. Objective: To prepare an Educational Material (EM), with the purpose of clarifying home care and recommending strengthening to prevent possible falls in the elderly. Methodology: This is a descriptive-exploratory study of the development of a lightweight health technology. It was elaborated in six stages: a) content analysis; b) textual elaboration, c) selection and choice of exercises; d) description of the execution of the exercises; e) execution of the booklet, f) development of the home care guide for falls prevention, created by the Canva platform. Results: A ME was developed, containing 19 pages in the size of an A4 sheet, with considerable information about therapeutic exercises and home care. Conclusion: An IM was proposed in the promotion of health of the elderly, with the purpose of being inserted into the routine of the target audience. Keywords: Aging. Educational Material. Fall Risk Prevention. Home Care. LISTA DE TABELAS E FIGURAS Figura 1. Diagramação do material educativo com a distribuição de elementos textuais e temas por páginas .......................................................................................................... 20 Figura 2. Capa e apresentação da Cartilha ................................................................... 20 Figura 3. Introdução dos temas abordados .................................................................. 21 Figura 4. Páginas iniciais dos exercícios de alongamento e fortalecimento ................ 22 Figura 5. Atenção aos cuidados domiciliares ............................................................... 22 LISTA DE ABREVIATURAS ABDV – Atividades básicas de vida diária AIVD – Atividades instrumentais de vida diária ADM – Amplitude de movimento AVD – Atividades de vida diária CREFITO – Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional ES – Educação em saúde OMS – Organização Mundial da Saúde ONU – Organização das Nações Unidas OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde PICO – P: população; I: intervenção; C: comparação; O: desfecho PNSPI - Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa QV – Qualidade de vida SUS – Sistema Único de Saúde SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11 2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................12 2.1 Processo de envelhecimento ................................................................................ 12 2.2 Qualidade de vida x queda ................................................................................. 14 2.3 Alongamento e fortalecimento musculares ........................................................ 15 2.4 Educação em saúde ............................................................................................. 16 3. METODOLOGIA ................................................................................................. 17 4. RESULTADOS .................................................................................................... 19 5. DISCUSSÃO ........................................................................................................ 23 6. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 28 APÊNDICES ............................................................................................................ 31 APÊNDICE A – Cartilha Educativa ......................................................................... 31 ANEXOS .................................................................................................................. 51 ANEXO A – Normas da Revista Científica ............................................................. 51 11 1. INTRODUÇÃO A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”. À medida que a sociedade envelhece, os problemas de saúde dos idosos desafiam os modelos tradicionais de cuidado. 1, 2 O envelhecimento está intimamente associado ao processo de enfraquecimento. No entanto, a idade, por si só, é um preditor inadequado de fragilidade, uma vez que o processo de envelhecimento segue um padrão. Embora o processo de envelhecimento seja visto como algo natural, com esse processo poderão surgir mudanças funcionais e estruturais, levando ao declínio da saúde, da sexualidade, alterações corporais, isolamento e diminuição ou perda da atividade. Cumpre assinalar que com o envelhecimento e com as alterações fisiológicas próprias desta fase ocorre um aumento do número de traumas por causas externas, principalmente de quedas entre os idosos. 3,4 A queda é um evento acidental que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil e apoio no solo. Não se considera queda quando o indivíduo somente cai de costas em um assento, por exemplo. 5 Preservar boa saúde até idades avançadas é uma das melhores formas de assegurar a qualidade de vida dos cidadãos, muito particularmente na etapa da velhice, quando normalmente se registam incapacidades funcionais e menor grau de autonomia, em virtude dos processos degenerativos que vão ocorrendo. Uma das formas de promover maior qualidade de vida no envelhecimento é por meio de ações de educação em saúde, principalmente quando realizadas em grupos. 6,7 De acordo com Lima et al. (2017), conforme citado por Santos et al. (2021), a Educação em Saúde (ES) tem importante papel na sociedade, em especial na população idosa, no que diz respeito à adoção de hábitos de vida saudáveis, com vistas à prevenção de agravos de saúde. 8 Para Sucupira e Mendes9 (2021), citado por Barbosa et al. (2021) a ES normalmente refere-se à prevenção e a promoção da saúde partindo-se do princípio de que a mesma é capaz de prevenir o aparecimento de doenças e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Por essa razão, é crucial que os profissionais de saúde saibam colocar em prática as normativas relacionadas ao bem-estar de idosos, bem como sejam capazes de entender a subjetividade que 12 acompanha a velhice de forma humanizada. É importante definir o papel dos profissionais de saúde dos diversos níveis de atenção em saúde em relação aos seus próprios conhecimentos acerca do tema, assim como seu preparo para orientar os idosos sobre seus direitos e práticas que melhorem sua longevidade e qualidade de vida. Nesse contexto, a realização de atividades físicas ou exercícios devem ser incentivados, por permitirem o retardo, diminuição ou reversão da perda da capacidade funcional, a recuperação de componentes estruturais e da força física, e proporcionar a autonomia do idoso no desenvolvimento das atividades diárias e consequentemente melhorar a qualidade de vida deste grupo. O aumento da força muscular proveniente da prática de exercícios também poderá diminuir o número de quedas, tendo em vista que está é associada a perda de massa muscular.4 Portanto, acredita-se que investigar quais atividades trazem um melhor desempenho na promoção da saúde do idoso é fundamental para a vida diária destes, o fornecimento de orientações e esclarecimentos de como serão produzidas é de extrema importância, pois precisam sempre de uma demonstração de como devem ser produzidas para a realização da maneira correta. Portanto, o presente estudo visa nortear a construção de um material educativo buscando esclarecer sobre os cuidados domiciliares e exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, de forma simplificada, refletindo na promoção da saúde e na melhora da qualidade de vida dos idosos. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Processo de envelhecimento No mundo todo; se evidencia o processo do envelhecimento populacional, com os idosos constituindo a parcela da população que mais cresce. Dentre estes, mais da metade vive em países em desenvolvimento, onde os programas sociais, políticos e econômicos ainda não responderam aos desafios gerados pelo envelhecimento populacional. O envelhecimento é um fenômeno complexo e variável, sendo o seu estudo realizado sob uma perspectiva interdisciplinar10. Nahas (2006) define o envelhecimento como um processo gradual, universal e irreversível, provocando uma perda funcional progressiva no organismo. Esse processo é caracterizado por diversas alterações orgânicas, como a redução do equilíbrio e da mobilidade, das capacidades fisiológicas (respiratória e circulatória) e modificações psicológicas (maior vulnerabilidade à depressão).11 E tem ocasionado mudanças na estrutura das famílias que 13 suscitam reflexos sobre a sustentabilidade dos modelos tradicionais de cuidado familiar aos idosos. Embora o aumento na expectativa de vida tenha aumentado o número de gerações sobreviventes, atualmente há menos probabilidade de coabitação multigeracional na mesma família. Além disso, a queda da fecundidade (redução do número de jovens), as mudanças nos padrões de gênero (inserção da mulher no mercado de trabalho) e o enfraquecimento da representação social dos idosos na sociedade contemporânea comprometem a capacidade da família de cuidar do idoso.12 O processo de envelhecimento é associado a uma série de transformações no organismo que nem sempre possibilitam ao indivíduo a independência necessária para realizar as suas atividades rotineiras. E se constitui como um processo intrínseco, ativo e progressivo, acompanhado por alterações físicas, fisiológicas e psicológicas, as quais podem acarretar prejuízos na capacidade do idoso em se adaptar ao meio em que vive. Diante disso, a pessoa idosa percebe que não apresenta a mesma destreza e habilidade motora que antigamente e o processamento cognitivonão acompanha a demanda crescente de informação e decisão que a sociedade atual está sujeita. Assim, o idoso se encontra em situações conflituosas e, sem perceber, muitas vezes se submete a condições que causam riscos à sua saúde. 13,14 A revolução gerontológica em curso constitui-se grande desafio à mudança de diversos sistemas (social, político, econômico, educativo e de saúde, entre outros), sobretudo na área da saúde, no sentido de responderem de forma mais eficaz às profundas alterações demográficas que atravessamos. Assim, é relevante que os profissionais de saúde implementem estratégias de ação que estimulem o idoso a viver bem, com o intuito de favorecer a melhor qualidade de vida (QV). A sensação de felicidade e de alegria, o sentimento de estar de bem com a vida e consigo é salutar no envelhecimento. Chegar a esta fase da vida com otimismo, autocontrole e autoestima elevada poderá repercutir em maior segurança na vivência da última fase do ciclo vital e positivamente na QV. Como o declínio pode ser retardado, potenciar as capacidades das pessoas e sensibilizá-las para desenvolverem estilos de vida saudáveis, prevenindo degenerações precoces e mesmo inverter perdas, é fundamental.6, 14 Por outro lado, há evidências de que a manutenção de um estilo de vida fisicamente ativo pode atenuar as perdas associadas ao processo de envelhecimento, além de aumentar a expectativa de vida. Adicionalmente, idosos participantes de programas sistematizados de atividades físicas apresentam maiores níveis de atividade física do que idosos não participantes.15 2.2. Qualidade de vida x Queda Objetivando melhorar a qualidade de vida da população idosa, a Organização Mundial 14 de Saúde (OMS) sugere que sejam implementadas políticas e programas para um envelhecimento ativo, visando à melhoria da saúde, da participação e da segurança dos cidadãos mais velhos. Segundo Brasil (2016) citado por Rodrigues et al. (2021), atualmente, a assistência à saúde do idoso no Brasil é direcionada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), de 2006, que, por sua vez, orienta o cuidado aos idosos mais frágeis, o estímulo ao envelhecimento ativo, apoio às famílias e capacitação profissional dentro das equipes da atenção primária, incluindo, dentre suas diretrizes, a “formação e educação permanente dos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) na área da saúde da pessoa idosa”. Correntemente, 86,4% da população idosa no Brasil é ativa, prescindindo de cuidados pessoais sistemáticos 16,17,18 Segundo Silva et al.14 (2011) citado por Tavares et al. (2016), é relevante que implementem estratégias de ação que estimulem o idoso a viver bem, com o intuito de favorecer a melhor QV. A sensação de felicidade e de alegria, o sentimento de estar de bem com a vida e consigo é salutar no envelhecimento. Chegar a esta fase da vida com otimismo, autocontrole e autoestima elevada poderá repercutir em maior segurança na vivência da última fase do ciclo vital e positivamente na QV. Victor19 (2000) citado por Sousa (2003), os modelos de qualidade de vida vão desde a "satisfação com a vida" ou "bem-estar social" a modelos baseados em conceitos de independência, controle, competências sociais e cognitivas. De acordo com Smith19 (2001) conforme citado por Sousa (2003) considera que o conceito de bem-estar mudou a partir de meados do século XX. Até aí significava, apenas, disponibilidade de bens materiais (comida, casa de banho, casa aceitável, acesso a serviços de saúde e de ação social, dinheiro suficiente). Atualmente relaciona-se, também, com dimensões menos tangíveis (sentido de segurança, dignidade pessoal, oportunidades de atingir objetivos pessoais, satisfação com a vida, alegria, sentido positivo de si). A noção de qualidade de vida também passa pela mesma alteração, engloba os recursos e o direito a "gozar" a vida. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda, por meio da Resolução 41/91 alguns princípios que devem orientar o cuidado no trato das pessoas idosas”: independência, participação, assistência, autorrealização e dignidade. De acordo com a terceira dessas recomendações, a pessoa idosa deve se beneficiar da assistência e proteção da família e da comunidade, em conformidade com os valores culturais da sociedade; mas precisa também ter acesso à assistência da saúde para manter ou adquirir bem-estar físico, mental e emocional, prevenindo-se da incidência de doenças. 18 Segundo Duarte et al. (2005) citado por Mafra (2011), deve-se entender a variável "desempenho funcional", como sendo: "[...] a capacidade dos idosos de executar atividades 15 básicas da vida diária (ABDV - atravessar um cômodo da casa, comer, deitar-se e levantar da cama, usar o vaso sanitário, vestir-se e despir-se e tomar banho) e atividades instrumentais da vida diária (AIVD - comprar e preparar alimentos, realizar tarefas domésticas leves e pesadas, ir a outros lugares sozinho, usar o telefone, tomar os próprios medicamentos e manejar dinheiro), sendo a limitação funcional (demanda assistencial) definida como sendo a necessidade de ajuda para executar pelo menos uma dessas atividades. A estabilidade do corpo depende da recepção adequada de informações através de componentes sensoriais, cognitivos, do sistema nervoso central e musculoesquelético de forma integrada. O efeito cumulativo de alterações relacionadas à idade, doenças e meio-ambiente inadequado parece predispor à queda. 10, 5 A queda é um evento inesperado, no qual as pessoas passam de um nível superior, para o chão ou nível mais baixo. Desta forma, os idosos estarão tão suscetíveis à queda consoante os fatores de risco que apresentam, os fatores ambientais são: ambiente desorganizado, exposição a condições de insegurança relacionadas com as condições climatéricas (ex. piso molhado, gelo), iluminação insuficiente, material antiderrapante insuficiente no banheiro, ambiente não familiar, uso de contenções e uso de tapetes soltos. Este evento possui elevada incidência entre as pessoas com mais de 65 anos de idade, chegando a 30% dos idosos que residem no próprio. 20, 21 Além da queda em si, um aspecto importante a ser ressaltado na população idosa é o medo de cair, que tem sido descrito como medo ou preocupação permanente em tombar. Esse medo pode desencadear barreiras no desempenho de atividades diárias e provocar um estado de ansiedade e até mesmo inibição e/ou restrição dessas atividades. Isso pode reduzir a mobilidade e o condicionamento físico, comprometer a musculatura dos membros inferiores e a capacidade de equilíbrio dos idosos e consequentemente maior risco de futuras quedas. 21 2.3 Alongamento e fortalecimento musculares Considerando que o processo de envelhecimento pode gerar limitações, o exercício físico é uma estratégia que pode ser utilizada para amenizar os processos de declínio observados durante o envelhecimento, mantendo sua capacidade funcional e qualidade de vida em boas condições. Evidências atuais demonstram que o exercício físico traz benefícios à saúde do idoso, mantendo a independência funcional e melhorando sua qualidade de vida.22 Segundo Taylor (2004) citado por Oliveira et al. (2010), em idosos, a atividade física regular é igualmente importante para o aumento ou preservação da força e da potência 16 muscular, manutenção da mobilidade e da vida dependente, e prevenção e redução das quedas e das fraturas. 23 De acordo com Vuori (1995) citado por Oliveira et al. (2010) a prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde, como nas capacidades funcionais. Segundo Antunes et al. (2006) citado por Oliveira et al. (2010) outro benefício promovido pela prática de exercícios é a melhora das funções orgânicase cognitivas, garantindo maior independência pessoal e prevenindo doenças.23 De acordo com Peviani e Gomes (2013) citados por Gama et al. (2018) o músculo é alongado por meio de uma força de tração, que afasta sua origem e inserção, posicionando-o em um novo comprimento e mantendo-o nesta posição por determinado período de tempo. 24 O aumento de força de membros inferiores tem impacto positivo na mobilidade e independência de AVD. Indivíduos sedentários devem começar o programa de exercício em níveis iniciais mais baixos e aumentar a intensidade progressivamente, conforme tolerado. 25 Uma rotina adequada de aquecimento é essencial para todos os indivíduos engajados em um programa de exercício. A rotina de aquecimento deve envolver alguns exercícios de alongamento leve que durem de 5 a 15 minutos. Alguns exercícios de alongamento na conclusão do programa também são recomendados. O nível de intensidade recomendado é de 20 a 30 minutos, no mínimo três vezes por semana, em intensidade leve a moderada, para otimizar a saúde. Para treino de resistência, o exercício deve ser realizado com mecânica corporal adequada e deve incluir grupos musculares grandes. Qualquer tipo de resistência pode (e deve) ser utilizado. Pode-se utilizar pesos simples como garrafas, latas, sacos ou qualquer objeto doméstico, colocados nos membros superiores ou inferiores, fixando-os com faixas, com o cuidado de não garrotear. A atenção deve ser focada mais na qualidade do movimento do que na quantidade. Cada exercício deve ser feito lentamente e em ADM completa, se possível. Caso ocorra fadiga muscular, o padrão de movimento se tornará pobre, a suavidade do movimento será reduzida e a ADM diminuirá, reduzindo, assim, o efeito do treino. Devem-se evitar movimentos rápidos e balísticos. É melhor usar várias séries (usualmente, no mínimo três) com 7 a 10 repetições.1, 25 2.4. Educação em Saúde A noção de educação em saúde não está restrita às práticas realizadas nos serviços de saúde. Muito embora as práticas educativas realizadas nestes serviços sejam muito importantes, a educação em saúde possui maior capilaridade e, atualmente, já faz parte do cotidiano de vida 17 das pessoas. Em um primeiro momento, podemos considerar que o principal objetivo destas práticas é o de transmitir informações sobre prevenção de doenças e promoção da saúde. 26 A eficácia dos programas de educação em saúde depende da correta comunicação da mensagem, da base científica da mesma, e deve estar relacionada com a credibilidade da fonte e com o uso de canais familiares, para alcance do público-alvo. A comunicação em saúde tem- se tornado uma ferramenta de promoção de saúde, pois tem a capacidade de aumentar o conhecimento e a consciência das questões, problemas e soluções de saúde. 27 A utilização de materiais educativos impressos da área da saúde é prática comum no SUS. Reconhecidamente, o material educativo impresso é amplamente utilizado para se veicular mensagens de saúde e para se facilitar o processo ensino-aprendizagem, embora haja algumas restrições ou limitações em seu uso. Em geral, essas limitações são decorrentes de dificuldades de leitura, em decorrência da inadequação do material, das características do leitor, principalmente de seu grau de escolaridade. 27, 28 A contribuição desses materiais para a promoção da saúde depende dos princípios e das formas de comunicação envolvidos nos processos de elaboração. O material escrito é um instrumento que facilita o processo educativo uma vez que permite ao leitor, destinatário da comunicação, uma leitura posterior possibilitando-lhe a superação de eventuais dificuldades, através do processo de decodificação e de rememorização. Porque ele precisa ser atrativo, objetivo, não pode ser muito extenso, mas deve dar uma orientação significativa sobre o tema a que se propõe; precisa ser de fácil compreensão e atender às necessidades específicas de uma determinada situação de saúde para que as pessoas se sintam estimuladas a lê-lo. 27, 28, 29 3. METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se como um estudo descritivo-exploratório de desenvolvimento de uma tecnologia leve em saúde, desenvolvido na Universidade de Brasília Campus Ceilândia (UnB/FCE), no período de fevereiro de 2021 a abril de 2022. Foi desenvolvido um material educativo com objetivo de promover saúde e diminuir os riscos de quedas nos idosos. Foram produzidas e seguidas seis etapas: a) análise de conteúdo; b) elaboração textual, c) seleção e escolha dos exercícios; d) descrição da execução dos exercícios; e) execução da cartilha, f) desenvolvimento da cartilha educacional na qualidade de vida de idosos. 18 Foi feito uma revisão de análise crítica e da interpretação das autoras para a realização do contexto geral. Estudando as possibilidades da criação de uma cartilha educativa por meio de livros, pesquisou-se nas bases de dados científicas como: LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e PUBMED (National Center for Biotechnology Information). Utilizou-se como limitação temporal o período de 2021 e 2022. Os descritores selecionados nas bases de dados foram: quality of life; physical activity; physical exercises in the elderly entre outros termos. Além de artigos científicos, buscaram-se outras fontes para subsidiar este estudo, a saber: livros e relatórios do Ministério da Saúde, cujos documentos foram obtidos no mesmo sítio eletrônico dos demais artigos. Segundo Sousa20 (2017), considerou-se, incluir estudos no idioma português, inglês ou espanhol, além dos critérios definidos pela questão e estratégia PICO definida que é utilizada para auxiliar a especificidade da pergunta de pesquisa, considerou-se (P) População sendo os idosos; (I) Intervenção sendo os exercícios de alongamento e fortalecimento; (C) Controle sendo a qualidade de vida; (O) Desfecho sendo busca da melhora na vida do idoso. Segundo Pillatti22 (2019) quanto aos critérios de exclusão, estabeleceram-se: artigos repetidos; outros tratamentos conjuntos ao exercício físico; idosos hospitalizados; populações com doenças específicas; intervenções sem grupo-controle. A fase de desenvolvimento do trabalho buscou-se definir quais seriam os principais temas sobre a parte teórica e prática da cartilha. Os temas da parte teórica foram: envelhecimento, qualidade de vida x queda, exercícios para alongamento e fortalecimento musculares e educação em saúde, com seleção informativa sobre cuidados domiciliares visando possíveis ajustes para reduzir os riscos de quedas em idosos. Da parte prática foram feitas as escolhas dos exercícios pela utilização do aplicativo “Vedius” (https://vedius.com.br/entrar) e pelo auxílio de uma cartilha básica “Prevenção de Quedas” disponibilizada pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 11a Região – DF/GO (CREFITO 11) que proporcionam o alongamento muscular, flexibilidade do corpo, fortalecimento muscular, consciência corporal, reduzindo sintomas de estresse, ansiedade e chances de lesões. Os exercícios podem ser feitos de forma livre ou com ajuda de objetos que os idosos tenham em casa (cabo de vassoura/bastão). As ilustrações selecionadas para a elaboração da cartilha foram desenvolvidas por meio de um colaborador profissional, que ilustrou os exercícios de alongamento e fortalecimento e cuidados domésticos e que teve o manejo de realizar desenhos de alta qualidade e de forma https://vedius.com.br/entrar 19 original e particular para o único destino: Cartilha educativa na melhora da qualidade de vida de idosos. Para o layout e design da cartilha foi desenvolvido no programa Canva, que é uma plataforma de design gráfico, de criação das autoras do estudo, no tamanho de uma folha A4, de onde também foram retiradas outras imagens para compor a cartilha. Oestudo não precisou passar por Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, visto tratar-se de pesquisa bibliográfica de acesso a fontes públicas e não envolver diretamente a participação de seres humanos. 4. RESULTADOS Na construção da cartilha educativa foi pensado na simplificação e entendimento da leitura para a realização da prática dos exercícios, segundo Moreira (2003), para a produção de material impresso, onde três aspectos devem ser considerados: linguagem, layout e ilustração. Vale destacar a importância da ilustração (desenhos, imagens, fotografias, símbolos) para a legibilidade e compreensão de um texto. Sua função é atrair o leitor, despertar e manter seu interesse pela leitura, complementar e reforçar a informação. A ilustração deve permitir que as pessoas se identifiquem com a mesma. O layout e o design tornam o material mais fácil de se ler e mais atraente para o leitor. 27 O material escrito para o paciente deve claramente comunicar a ideia, para assegurar lhe o entendimento e evitar mal-entendidos que possam determinar conceitos e ações inapropriadas. O vocabulário utilizado deve ser coerente com a mensagem e com o público- alvo. Deve ainda ser convidativo, de fácil leitura e entendimento. 27 “A cartilha terapêutica para idosos: promoção da saúde e prevenção de quedas” contou com uma organização de literatura da cartilha em 5 temas, sendo eles “Entendendo sobre o processo de envelhecimento...”, “Quedas em idosos”, “Por que praticar alongamento?”, “Por que praticar exercícios de fortalecimento?” e “Atenção aos cuidados domiciliares” realocados em 19 páginas, de acordo com a figura 1. 20 Figura 1: Diagramação do material educativo e distribuição de elementos textuais e temas por páginas. A construção da capa consistiu em cores vibrantes e ilustrações que chamassem atenção dos idosos para a leitura. Além disso, se obteve uma breve apresentação das autoras onde foram utilizadas linguagens simples para facilitar o entendimento do público-alvo com o intuito de aproximação entre autoras e leitores. De acordo com a figura 2. Figura 2: Capa e Apresentação da Cartilha. 21 Foi proposta uma breve descrição dos temas relacionados com o próprio grupo-alvo, para o entendimento do processo de envelhecimento e por quais motivos a queda é frequente em idosos. Conforme demonstrado na figura 3. Figura 3: Introdução sobre os temas abordados. Os exercícios ilustrados na cartilha foram atribuídos pensando na realidade do público- alvo uma vez que, sua execução é de fácil acesso e com recursos de baixo custo ou até de forma livre. O objetivo é manter o corpo com maior funcionalidade, alongando e fortalecendo a musculatura de membros superiores e inferiores para então, evitar possíveis riscos de quedas. Conforme a figura 4. 22 Figura 4: Páginas iniciais dos exercícios de alongamento e fortalecimento. É relevante destacar a importância dos ajustes domiciliares quando se pensa em promover saúde e qualidade de vida aos idosos, por isso, de forma intuitiva foi descrito as possíveis alterações a serem feitas pensando no público-alvo, nos cuidadores e familiares. Conforme a imagem 5. Figura 5: Atenção aos cuidados domiciliares. 23 5. DISCUSSÃO A estratégia da ES permite um vínculo de saberes científicos e do senso comum sobre a realidade em que os idosos vivem, construindo ideias de entendimento para a prática de realização de atividades físicas, visando ampliar promoção e qualidade de vida aos usuários. Segundo Escher (2005) a criação de manuais vem ocorrendo para facilitar o trabalho da equipe multidisciplinar na orientação de pacientes e familiares no processo de tratamento, recuperação e autocuidado. Dispor de um material educativo e instrutivo facilita e uniformiza as orientações a serem realizadas, com vistas ao cuidado em saúde. Por outro lado, é também uma forma de ajudar os indivíduos no sentido de melhor entender o processo de saúde-doença e trilhar os caminhos da recuperação. 29 O estudo feito por Zabalegui et al. (2006) citado por Mallmann et al. (2015) os programas educacionais são meios para promoção da qualidade de vida, tanto em curto ou longo prazo [...], a participação nesse tipo de intervenção educativa pode fortalecer o relacionamento dos idosos com os profissionais de saúde. Para Tamariet et al (2012) citado por Mallmann et al. (2015) os resultados encontrados também sugerem que os programas educacionais podem melhorar a percepção de saúde e a vitalidade dos idosos. 31 De acordo com Patrocínio e Pereira (2013) citado por Mallmann et al. (2015) um estudo realizado em Campinas/SP, que objetivou implantar e analisar um programa de educação popular em saúde para idosos, encontrou, como resultados, que os idosos, como agentes educativos de seu processo, apresentaram mudanças atitudinais nos hábitos de vida e na saúde. Além disso, os autores afirmam que houve mudanças na imagem da velhice, com mais opiniões positivas, além de uma interação capaz de proporcionar um sentimento de companheirismo maior. 31 Para Mendonça (2004); Castro e Lima (2014) citados por Lima (2020), as cartilhas educativas podem ser compreendidas como um recurso dedicado a informar a população sobre direitos, deveres, riscos para a ocorrência do evento, dentre outros, sendo o conteúdo abordado por meio da divulgação de conceitos e mensagens, bem como de perguntas e respostas, podendo alternar narrativas em quadrinhos e textos didáticos ou informativos com bastante ilustração. 32 Para Freitas e Rezende (2011); Reberte, Hoga e Gomes (2012) conforme citados por Lima (2020), o uso de tecnologias educativas impressas, como manuais, folhetos, folders, livretos, álbum seriado e cartilhas, são opções viáveis para informação e sensibilização da população podendo facilitar o caminho para a promoção da saúde por meio da participação da população. Quando se faz a construção compartilhada de conhecimentos, além de permitir ao 24 público alvo e à sua família uma leitura posterior, que reforça orientações verbais, serve como guia em casos de dúvidas auxiliando as tomadas de decisões cotidianas.32 No material educativo proposto neste estudo foram orientadas formas na realização de exercícios de alongamentos e fortalecimentos musculares, onde ressalta a importância das posturas e simplificação da ilustração para uma melhor compreensão, e com isso viabiliza familiares a participar de toda a programação com ele, ajudando-os seguindo os modelos das ilustrações compartilhadas na cartilha. Ao tratar sobre as quedas, os motivos que as levam a ocorrer são multifatoriais. Estudos como o de Cruz et al. (2012) e Gasparotto et al. (2014), citados por Maia et al. (2015) avaliam que 60 a 70% das quedas em idosos acontecem dentro de seus lares, sendo o aumento da sua incidência proporcional ao avançar da idade. 33 De acordo com Leiva-Caro et al. (2015), Araujo et al. (2015), citados por Pereira et al. (2017), este é o primeiro estudo populacional, de base domiciliar, realizado exclusivamente com idosos brasileiros de 80 anos ou mais e que investigou a associação entre quedas e fatores extrínsecos, fornecendo suporte para a identificação dos fatores de risco e prevenção de quedas. A prevalência de quedas encontrada foi similar a observada em pesquisa correlata com percentual de 43,0% e está de acordo com a divulgada na literatura internacional, que é de 42,0%. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 32,0% a 42,0% dos idosos com 70 anos e mais de idade sofrem quedas a cada ano. 34 O banheiro, a sala e o quarto foram apontados como os lugares do domicílio onde os idosos caíram com maior frequência. Segundo Freitas et al. (2014) e Piosevan et al. (2011) citados por Pereira et al. (2017), os fatores extrínsecos associadosapontados estão de acordo com os fatores encontrados na literatura, tais como superfícies escorregadias, tapetes soltos interruptores em locais inadequados, degraus altos ou estreitos, obstáculos no caminho, ausência de barra no banheiro, tapete sem antiderrapante no banheiro e acesso difícil. 34 Como descrito, o projeto da cartilha foi desenvolvido com intuito de oferecer aos idosos maior controle e independência nas suas atividades de vida diária de forma segura e simples. Pelo estado de vivência dos idosos, a fragilidade é um preditor considerável para quedas, onde a moradia possui espaços sem estruturas apropriadas e com obstáculos pelo caminho, aumentando a chance de queda e com isso, foi mostrando teoricamente e por ilustrações os cuidados que devem ser tomados para evitar possíveis quedas. Estudos comparativos entre praticantes de atividades físicas e sedentários analisando a qualidade de vida, equilíbrio e força muscular em indivíduos com idade acima de 60 anos, mostram resultados satisfatórios no equilíbrio e força muscular. 25 Pimentel e Scheicher (2009) citados por Costa et al. (2016), com o mesmo objetivo de comparar idosos que praticavam atividades físicas com aqueles que não praticavam, observou- se que os efeitos da atividade foram positivos sobre a estabilidade postural e sobre o risco de atividades voltadas para a terceira idade apresentaram maiores valores nas quedas, proporcionando aumento do equilíbrio, da habilidade funcional, da mobilidade, força e da coordenação. Enquanto os sedentários tiveram maior incidência de quedas devido a perda do equilíbrio e da força muscular. 35 Avaliando a qualidade de vida desses idosos praticantes de exercícios e sedentários, o mesmo estudo destaca a diferença do domínio aspecto social, emocional, limitação por aspectos físicos, capacidade funcional, saúde mental e estado geral de saúde. Oishi e Navega (2007) citados por Costa et al. (2016), afirmam que a prática de atividade física regular é de suma importância para a saúde física, mental e aspecto geral de saúde. Toscano e Oliveira (2009), complementam citando que a atividade física intervém de forma direta ou indireta em todos os domínios da qualidade de vida relacionada a saúde e que a falta de exercício físico regular é um potencial fator de risco que pode aumentar o declínio funcional e o custo do tratamento público de saúde. 35 Beneditti et al. (2008) citado por Costa et al. (2016), dizem que a prática de atividades físicas em idosos aumenta a autoestima, o auto domínio, o interesse e motivação para participar de eventos culturais e sociais, sendo assim, melhorando a qualidade de vida. Alves et al. (2004) afirmam que a prática de exercícios físicos na velhice contribui para reduzir o risco de doenças crônicas, promover maior autonomia, independência, assim trazendo uma vida mais saudável no aspecto funcional destas pessoas. 35 Mazo et al. (2007) e Santos et al. (2009) citados por Costa et al. (2016), mostram que a atividade física para idosos interfere positivamente na habilidade, capacidade física, equilíbrio, força muscular, minimiza o declínio da capacidade funcional sendo assim um meio de prevenção de quedas. 35 Segundo Chritiansen et al., (2008), Cristopolisk et al., (2008) Stanziano et al., (2009) e Varejão et al., (2007), conforme citados por Gama; Yamanishi (2014) na população idosa, o treinamento de flexibilidade tem proporcionado aumento da amplitude de movimento de diversas articulações. Além de promover melhores resultados na amplitude de movimento articular, estudos têm demonstrado que o treinamento da flexibilidade pode ser eficaz na melhora dos parâmetros da marcha. Segundo ACSM (2009) e Garber et al., (2011), citados por Gama; Yamanishi (2014) têm sido descrito que os ganhos mais expressivos em amplitude de 26 movimento (ADM) foram obtidos quando os exercícios de alongamento foram praticados diariamente. A prática de duas a três vezes por semana proporciona ganhos de ADM. 36 Segundo Santini (2003), Santos (2005), citados por Neto; Castro (2012) a prática da atividade física incide beneficamente nas alterações decorrentes do processo de envelhecimento, auxiliando a manutenção das funções, isso pode contribuir para manter e/ou melhorar a força, a flexibilidade, a coordenação e o equilíbrio, elementos da aptidão física essenciais para manter a capacidade funcional no idoso. Além de beneficiar a capacidade funcional, o exercício físico promove melhora na aptidão física. 37 Pensando nisso na cartilha foram utilizados exercícios terapêuticos para um programa de prevenção, alongamento e fortalecimento de membros superiores e inferiores, enfatizando a realização diária pensando em melhorar a funcionalidade de idosos em questão de AVD’s, a produzir bem-estar global, independência de suas práticas rotineiras, para a reintegração social, para a melhora da sua autoestima e para melhorar a relação com a família e amigos. Como limitação desta pesquisa, a prática dos exercícios propostos na cartilha não será supervisionada, não sendo possível acompanhar as evoluções à saúde do idoso a curto e médio prazo. Como consequência o público-alvo pode realizar compensações posturais ou fazer o movimento diferente ao proposto na cartilha, e por abranger um grande público, a singularidade e possíveis limitações funcionais individuais não foram levadas em conta. 6. CONCLUSÃO O presente estudo consistiu-se na realização de uma cartilha educativa na melhora da qualidade de vida de idosos, com o intuito de ser introduzido na rotina do público-alvo, trazendo um melhor desempenho, sob orientações e demonstração nas ilustrações na realização da maneira correta. A ES permite um acesso de saberes e críticas quanto à realidade de vida dos usuários, permitiu ampliação de conhecimentos sobre os assuntos envelhecimento, qualidade de vida e riscos de quedas facilitando o desenvolvimento do conteúdo da cartilha. O produto do presente trabalho concluiu que os assuntos abordados diante de uma linguagem visual de forma lúdica e simples, esclarece sobre os cuidados domiciliares e exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, tendo relevância na vida de idosos, prevenindo e promovendo saúde e bem-estar e melhorando a qualidade de vida destes. Visto que a importância de se exercitar oferece benefícios biológicos, físicos, sociais, emocionais dando a eles uma qualidade de vida melhor no seu processo de envelhecimento. 27 Por meio dessa pesquisa, pode-se concluir que os fatores de risco para a saúde dos idosos estão presentes com maior prevalência nos sedentários e que é de suma relevância considerar os aspectos habituais que fazem parte do dia-dia desses indivíduos. REFERÊNCIAS 1. Brasil. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica (2007). 28 2. Veras, R.P., Caldas, C.P., & Hesio de Albuquerque Cordeiro. Modelos de atenção à saúde do idoso: repensando o sentido da prevenção. Physis: Revista de Saúde Coletiva 23.4 (2013): 1189-1213. 3. Moraes, E.N.D., Carmo, J.A.D., Moraes, F.L.D., Azevedo, R.S., Machado, C.J., & Montilla, D.E.R. Clinical-Functional Vulnerability Index-20 (IVCF-20): rapid recognition of frail older adults. Revista de saúde pública 50 (2016). 4. Souto, H.C., Costa, S.B.D., Evangelista, C.B., Macêdo, D.S., Santos, J.D.S., & Costa, B.H.S. Produção científica sobre atividade física e prevenção de quedas em idosos: estudo bibliométrico. Rev. Pesqui.(Univ. Fed. Estado Rio J., Online) (2021): 205-213. 5. Ribeiro, A.P., Souza, E.R.D., Atie, S., Souza, A.C.D., & Schilithz, A.O. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciência & Saúde Coletiva 13.4 (2008): 1265-1273. 6. Oliveira, A.L., Silva, J.T., & Lima, M.P. Envelhecimentoe saúde: Escala de Autoeficácia para a Autodireção na Saúde. Revista de Saúde Pública 50 (2016): 40. 7. Mendonça, F.T.N.F.D., Santos, Á.D.S., Buso, A.L.Z., & Malaquias, B.S.S. Educação em saúde com idosos: pesquisa-ação com profissionais da atenção primária. Revista Brasileira de Enfermagem 70 (2017): 792-799. 8. Santos, P.M.F., Oliveira, P.A., Alves, F.R., & da Silva Santos, Á. Ações de educação em saúde voltadas à pessoa idosa: uma revisão integrativa da literatura. Vivências 18.35 (2022): 7- 26. 9. Barbosa, S.P., Lage, C.E.B., Amorim, M.M.A., de Araujo Furtado, O.D., de Oliveira, L.V., Rodrigues, P.L., ... & Medeiros, M.S.F. Ações de educação em saúde para idosos na Atenção Primária à Saúde: uma revisão integrativa. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento 10.16 (2021): e357101623974-e357101623974. 10. Mafra, S.C.T. A tarefa do cuidar e as expectativas sociais diante de um envelhecimento demográfico: a importância de ressignificar o papel da família. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 14 (2011): 353-363. 11. Maciel, M.G. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz: Revista de Educação Física 16.4 (2010): 1024-1032. 12. Bolina, A.F., Araújo, M.D.C., Haas, V.J., & Tavares, D.M.D.S. Association between living arrangement and quality of life for older adults in the Community. Revista Latino-Americana de Enfermagem 29 (2021). 13. Scarmagnan, G.S., Mello, S.C.M.D., Lino, T.B., Barbieri, F.A., & Christofoletti, G.A complexidade da tarefa afeta negativamente o equilíbrio e a mobilidade de idosos saudáveis. Revista brasileira de geriatria e gerontologia 24 (2021). 14. Tavares, D.M.D.S., Matias, T.G.C., Ferreira, P.C.D.S., Pegorari, M.S., Nascimento, J.S., & Paiva, M.M.D. Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciência & Saúde Coletiva 21 (2016): 3557-3564. 15. Jambassi Filho, J.C., Gurjão, A.L.D., Costa Júnior, M., Gallo, L.H., Gonçalves, R., Costa, J.L.R., ... & Gobbi, S. Treinamento com pesos, modelo de Programa Sistematizado para a Terceira Idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 14 (2011): 395-402. 29 16. Jardim, V.C.F.D.S., Vasconcelos, E.M.R.D., Vasconcelos, C.M.R.D., Alves, F.A.P., Rocha, K.A.D.A., & Medeiros, E.G.M.S.D. Contribuições da arteterapia para promoção da saúde e qualidade de vida da pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 23 (2020). 17. Rodrigues, C.C., TODARO, M.D.Á., & Batista, C.B. Saúde do Idoso: discursos e práticas educativas na formação médica. Educação em Revista 37 (2021). 18. Mendonça, J.M.B.D., Abigalil, A.P.D.C., Pereira, P.A.P., Yuste, A., & Ribeiro, J.H.D.S.O sentido do envelhecer para o idoso dependente. Ciência & Saúde Coletiva 26 (2021): 57-65. 19. Sousa, L., Galante, H., & Figueiredo, D. Qualidade de vida e bem-estar dos idosos: um estudo exploratório na população portuguesa. Revista de Saúde Pública 37.3 (2003): 364-371. 20. Sousa, L.M.M., Marques-Vieira, C.M.A., Caldevilla, M.N.G.N.D., Henriques, C.M.A.D., Severino, S.S.P., & Caldeira, S.M.A. Risk for falls among community-dwelling older people: systematic literature review. Revista gaúcha de enfermagem 37 (2017). 21. Vitorino, L.M., Teixeira, C.A.B., Boas, E.L.V., Pereira, R.L., Santos, N.O.D, & Rozendo, C.A. Medo de cair em idosos residentes no domicílio: fatores associados. Revista da Escola de Enfermagem da USP 51 (2017). 22. Pillatt, A.P., Nielsson, J., & Schneider, R.H. Efeitos do exercício físico em idosos fragilizados: uma revisão sistemática. Fisioterapia e Pesquisa 26 (2019): 210-217. 23. Oliveira, A.C.D., Oliveira, N.M.D., Arantes, P.M.M., & Alencar, M.A. Qualidade de vida em idosos que praticam atividade física-uma revisão sistemática. Revista brasileira de geriatria e gerontologia 13 (2010): 301-312. 24. Santos Gama, H., Yamanishi, J.N., Gallo, L.H., Valderramas, S.R., & Silveira Gomes, A. R. Exercícios de alongamento: prescrição e efeitos na função musculoesquelética de adultos e idosos. Brazilian Journal of Occupational Therapy/Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional 26.1 (2018). 25. Voight, M.L., Woogenboom, B.J., Prentice, W.E., Tecnicas de exercícios terapêuticos estratégias de intervenção musculoesquelética. Barueri, SP, Manoel 2014. 26. Morel, C.M.T.M., Pereira, I., & Lopes, M.C.R. Educação em saúde: material didático para formação técnica de agentes comunitários de saúde. (2020). 27. Moreira, M.D.F., Nóbrega, M.M.L.D., & Silva, M.I.T.D. Comunicação escrita: contribuição para a elaboração de material educativo em saúde. Revista brasileira de enfermagem 56 (2003): 184-188. 28. Roberte, L. M. et al. O processo de construção de material educativo para promoção da saúde da gestante. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2012. 29. Escher, I. C. Elaboração de manuais de orientação para o cuidado em saúde. Revista Latino- Americana de Enfermagem 13 (2005): 754-757. 30. Mallmann, D.G., Galindo Neto, N.M., Sousa, J.D.C., & Vasconcelos, E.M.R.D. Educação em saúde como principal alternativa para promover a saúde do idoso. Ciência & Saúde Coletiva 20 (2015): 1763-1772. 30 31. Lima, M.B.D. Elaboração e validação de cartilha educativa com exercícios físicos específicos para prevenção de quedas em idosos da comunidade. (2020). 32. Maia, F.E.S., Almeida, J.R.S, Paiva, J.C., Costa, K.C., Leite, L.P., & de Lima, A.G.T. Considerações sobre fatores extrínsecos em quedas de idosos/considerations about extrinsic factors in falls of senior. Revista cientifica da escola da saúde. 2015 p. 93-102 33. Pereira, S.G., Santos, C.B.D., Doring, M., & Portella, M.R. Prevalência de quedas domiciliares em adultos longevos e associação com fatores extrínsecos. Revista latino- americana de enfermagem 25 (2017). 34. Costa, L.D.S.V., Sousa, N.M., Alves, A.G., Brito, F.A.V., Araújo, R.F., & Nogueira, M.S. (2016). Análise comparativa da qualidade de vida, equilíbrio e força muscular em idosos praticantes de exercício físico e sedentários. Revista Eletrônica Faculdade Montes Belos, 8(3). 35. Gama, H.S. Yamanishi, J.N. Exercícios de alongamento: uma atualização da prescrição e dos efeitos na função musculoesquelética. Curitiba, 2014. 36. Neto, M.G., & Castro, M.F.D. Estudo comparativo da independência funcional e qualidade de vida entre idosos ativos e sedentários. Revista Brasileira de Medicina do Esporte 18 (2012): 234-237. APÊNDICES A: Cartilha Educativa na Saúde dos Idosos 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 1. ANEXO A: Instruções para submissão na Revista Fisioterapia e Pesquisa 1 – Apresentação: O texto deve ser digitado em processador de texto Word ou compatível, em tamanho A4, com espaçamento de linhas e tamanho de letra que permitam plena legibilidade. O texto completo, incluindo páginas de rosto e de referências, tabelas e legendas de figuras, deve conter no máximo 25 mil caracteres com espaços. 2 – A página de rosto deve conter: a) título do trabalho (preciso e conciso) e sua versão para o inglês; b) título condensado (máximo de 50 caracteres); c) nome completo dos autores, com números sobrescritos remetendo à afiliação institucional e vínculo, no número máximo de 6 (casos excepcionais onde será considerado o tipo e a complexidade do estudo, poderão ser analisados pelo Editor, quando solicitado pelo autor principal, onde deverá constar a contribuição detalhada de cada autor); d) instituição que sediou, ou em que foi desenvolvido o estudo (curso, laboratório, departamento, hospital, clínica, universidade, etc.), cidade, estado e país; e) afiliação institucional dos autores (com respectivos númerossobrescritos); no caso de docência, informar título; se em instituição diferente da que sediou o estudo, fornecer informação completa, como em “d)”; no caso de não-inserção institucional atual, indicar área de formação e eventual título; f) endereço postal e eletrônico do autor correspondente; g) indicação de órgão financiador de parte ou todo o estudo se for o caso; f) indicação de eventual apresentação em evento científico; h) no caso de estudos com seres humanos ou animais, indicação do parecer de aprovação pelo comitê de ética; no caso de ensaio clínico, o número de registro do Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos-REBEC (http://www.ensaiosclinicos.gov.br) ou no Clinical Trials (http://clinicaltrials.gov). OBS: A partir de 01/01/2014 a FISIOTERAPIA & PESQUISA adotará a política sugerida pela Sociedade Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e exigirá na submissão do manuscrito o registro retrospectivo, ou seja, ensaios clínicos que iniciaram recrutamento a partir dessa data deverão registrar o estudo ANTES do recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que iniciaram recrutamento até 31/12/2013, a revista aceitará o seu registro ainda que de forma prospectiva. 52 3 – Resumo, abstract, descritores e keywords: A segunda página deve conter os resumos em português e inglês (máximo de 250 palavras). O resumo e o abstract devem ser redigidos em um único parágrafo, buscando-se o máximo de precisão e concisão; seu conteúdo deve seguir a estrutura formal do texto, ou seja, indicar objetivo, procedimentos básicos, resultados mais importantes e principais conclusões. São seguidos, respectivamente, da lista de até cinco descritores e keywords (sugere-se a consulta aos DeCS – Descritores em Ciências da Saúde da Biblioteca Virtual em Saúde do Lilacs (http://decs.bvs.br) e ao MeSH – Medical Subject Headings do Medline (http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html). 4 – Estrutura do texto: Sugere-se que os trabalhos sejam organizados mediante a seguinte estrutura formal: a) Introdução – justificar a relevância do estudo frente ao estado atual em que se encontra o objeto investigado e estabelecer o objetivo do artigo; b) Metodologia – descrever em detalhe a seleção da amostra, os procedimentos e materiais utilizados, de modo a permitir a reprodução dos resultados, além dos métodos usados na análise estatística; c) Resultados – sucinta exposição factual da observação, em seqüência lógica, em geral com apoio em tabelas e gráficos. Deve-se ter o cuidado para não repetir no texto todos os dados das tabelas e/ou gráficos; d) Discussão – comentar os achados mais importantes, discutindo os resultados alcançados comparando-os com os de estudos anteriores. Quando houver, apresentar as limitações do estudo; e) Conclusão – sumarizar as deduções lógicas e fundamentadas dos Resultados. 5 – Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas: Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas são considerados elementos gráficos. Só serão apreciados manuscritos contendo no máximo cinco desses elementos. Recomenda-se especial cuidado em sua seleção e pertinência, bem como rigor e precisão nas legendas, as quais devem permitir o entendimento do elemento gráfico, sem a necessidade de consultar o texto. Note que os gráficos só se justificam para permitir rápida compreensão das variáveis complexas, e não para ilustrar, por exemplo, diferença entre duas variáveis. Todos devem ser fornecidos no final do texto, mantendo-se neste, marcas indicando os pontos de sua inserção ideal. As tabelas (títulos na parte superior) devem ser montadas no próprio processador de texto e numeradas 53 (em arábicos) na ordem de menção no texto; decimais são separados por vírgula; eventuais abreviações devem ser explicitadas por extenso na legenda. Figuras, gráficos, fotografias e diagramas trazem os títulos na parte inferior, devendo ser igualmente numerados (em arábicos) na ordem de inserção. Abreviações e outras informações devem ser inseridas na legenda, a seguir ao título. 6 – Referências bibliográficas: AAs referências bibliográficas devem ser organizadas em seqüência numérica, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE (http://www.icmje.org/index.html). 7 – Agradecimentos: Quando pertinentes, dirigidos a pessoas ou instituições que contribuíram para a elaboração do trabalho, são apresentados ao final das referências. O texto do manuscrito deverá ser encaminhado em dois arquivos, sendo o primeiro com todas as informações solicitadas nos itens acima e o segundo uma cópia cegada, onde todas as informações que possam identificar os autores ou o local onde a pesquisa foi realizada devem ser excluídas.