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Cinesiologia e Biomecânica - O Estudo da Cinesiologia e Biomecânica Nos Sistemas Musculoarticulares e Ósseo

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DESCRIÇÃO
Bases mecânicas do funcionamento dos sistemas muscular, articular e ósseo e a inter-relação
entre eles nos movimentos do corpo humano.
PROPÓSITO
Por mais que devam ser estudadas isoladamente as adaptações estruturais e funcionais do
sistema locomotor, a análise e a compreensão de como os movimentos são realizados e suas
consequências sobre os biomateriais devem ser identificadas a partir de diferentes cenários e
aplicações. Assim, estudar este conteúdo é fundamental para a sua atuação como profissional
do movimento.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as adaptações mecânicas no sistema muscular a partir de diferentes solicitações
dos movimentos do corpo humano em cenários diversos
MÓDULO 2
Reconhecer a importância do sistema articular nas possibilidades de movimentos, com base
em suas características estruturais
MÓDULO 3
Identificar as adaptações no sistema ósseo em função de suas características estruturais e
funcionais, e a sua contribuição para a integridade do sistema locomotor
INTRODUÇÃO
Estudar as inúmeras possibilidades de movimentos do corpo humano em diferentes fases da
vida e cenários nos obriga a investigar de maneira isolada cada um dos elementos que
constituem o sistema locomotor: músculos, articulações e ossos.
Dentro do processo de formação do profissional da saúde, o conhecimento da nomenclatura
dos diversos músculos é papel da anatomia; como os músculos hipertrofiam é objeto de estudo
da fisiologia do exercício. Já a Cinesiologia e a Biomecânica nos ajudam a compreender o
movimento e as adaptações que ocorrem em todo o sistema locomotor, como podemos melhor
aproveitar a função sinergista dos músculos, como a intensidade de um estímulo pode ser
aumentada com uma mesma sobrecarga e, ainda, como uma carga que atua sobre um osso é
determinante para a saúde estrutural.
Para conhecer esses assuntos e obter base para sua atuação profissional, mergulhe neste
conteúdo e estabeleça uma análise crítica dos fatores mecânicos que afetam o sistema
locomotor e suas implicações cinesiológicas.
MÓDULO 1
 Descrever as adaptações mecânicas no sistema muscular a partir de diferentes
solicitações dos movimentos do corpo humano em cenários diversos
O SISTEMA MUSCULAR E O MOVIMENTO
DO CORPO HUMANO
A porta de entrada para compreender os movimentos é o sistema muscular. Vale destacar que,
para que ocorra um movimento, há necessidade de ação de uma força, a qual o sistema
muscular é capaz de gerar, ou conforme afirma Hall (2013): “o músculo é o único tecido capaz
de produzir tensão ativamente”.
Entender como as diferentes ações musculares afetarão a realização do movimento e as
possibilidades que surgem de adaptações dos músculos aos diferentes estímulos será nossa
base para conhecer o sistema muscular e o seu comportamento em resposta às demandas.
Para isso, a Cinesiologia, com base na Biomecânica, considera algumas características
musculares:
A FORÇA QUE UM MÚSCULO PODE GERAR
O corpo humano é constituído por músculos com características estruturais e funcionais
distintas. Assim, identificar as potencialidades de um músculo irá ajudar a estimar a quantidade
de força que pode ser gerada.
O COMPRIMENTO DO MÚSCULO NO MOMENTO DA
ESTIMULAÇÃO
Durante o processo de estimulação, o músculo tende a apresentar variação no seu
comprimento. Assim, dependendo do comprimento inicial de um músculo, este terá maior ou
menor capacidade de geração de força.
A FREQUÊNCIA DE ESTIMULAÇÃO DO MÚSCULO
DURANTE O MOVIMENTO
Quando um músculo recebe um estímulo, este pode ocorrer de maneira mais rápida ou mais
lenta. Na prática, isso implica não só na qualidade da realização do movimento frente ao
estímulo, mas também pode interferir na sensação de fadiga. Identificar como isso ocorre é um
diferencial na prescrição de exercícios.
A VELOCIDADE COM QUE UM MÚSCULO PODE SE
CONTRAIR
É interessante destacar que não só as características estruturais, mas também a fisiologia
muscular serão os pilares para as variações de velocidade de contração muscular. Além disso,
as características histoquímicas dos diferentes tipos de fibras musculares irão afetar na
velocidade de contração. Daí, algumas pessoas apresentam maior vocação para exercícios
lentos e prolongados (resistência) e outras para os rápidos e curtos (potência).
SABE-SE QUE OS MÚSCULOS ESTRIADOS
ESQUELÉTICOS (MEE) APRESENTAM CONTRAÇÃO
VOLUNTÁRIA. MAS COMO ISSO PASSA A SER
IMPORTANTE AQUI?
DE AGORA EM DIANTE, TENHA EM MENTE QUE O
MOVIMENTO QUE O CORPO HUMANO REALIZA
DEPENDE DA AÇÃO MUSCULAR E QUE ESSA É UMA
RESPOSTA A SUA CAPACIDADE DE PERCEBER O
ESTÍMULO E UMA TENTATIVA DE REALIZÁ-LO
DENTRO DE UM “PADRÃO”. POR ESSE MOTIVO, O
CHAMADO “VOCABULÁRIO MOTOR” É TÃO
IMPORTANTE. PESSOAS QUE, DESDE A INFÂNCIA,
TIVERAM CONTATO COM ESTÍMULOS VARIADOS E
PROGRESSIVOS QUANTO À COMPLEXIDADE TENDEM
A APRESENTAR RESPOSTAS MAIS EFICAZES A
ESTÍMULOS VARIADOS.
Ativação muscular a partir do comando cerebral. Imagem: Shutterstock.com
De agora em diante, tenha em mente que o movimento que o corpo humano realiza depende
da ação muscular e que essa é uma resposta a sua capacidade de perceber o estímulo e uma
tentativa de realizá-lo dentro de um “padrão”. Por esse motivo, o chamado “vocabulário motor”
é tão importante. Pessoas que, desde a infância, tiveram contato com estímulos variados e
progressivos quanto à complexidade tendem a apresentar respostas mais eficazes a estímulos
variados.
 Ativação muscular a partir do comando cerebral.
Outro aspecto importante é que o movimento de uma articulação a partir da ação de um
músculo vai muito além da fibra muscular. Os extremos musculares são formados por tendões,
que são estruturas passivas com a função de promover a união do músculo aos ossos. Logo,
quando um músculo é estimulado, a tensão gerada neste é transmitida aos tendões, que, uma
vez unidos aos ossos em suas inserções, fazem com que essa tensão chegue ao osso, o que
poderá promover o deslocamento do segmento corporal no espaço: músculo – tendão –
inserção – osso – articulação.
AO REALIZAR UM MOVIMENTO, TODAS AS
FIBRAS MUSCULARES DE UM MÚSCULO
DEVERÃO SER SIMULTANEAMENTE
ESTIMULADAS?
SIM NÃO
A resposta correta é não. Dois fatores concorrem para a geração de força, um de ordem
neural e o outro de ordem morfológica. Dessa forma, a identificação do estímulo e a
consequente estimulação das fibras musculares para realização da tarefa proposta deve
aparecer como o primeiro agente na geração de força.
Correto! Dois fatores concorrem para a geração de força, um de ordem neural e o outro de
ordem morfológica. Dessa forma, a identificação do estímulo e a consequente estimulação
das fibras musculares para realização da tarefa proposta deve aparecer como o primeiro
agente na geração de força.
O componente neural relacionado ao processo coordenativo deve ser estimulado, partindo-se
da premissa de que movimento deve ser ensinado de maneira progressiva quanto ao seu
grau de complexidade, de forma que o executante possa dia a dia construir uma base motora
sólida.

O componente morfológico refere-se à hipertrofia de um músculo saudável que dará ao sujeito
autonomia para realização de suas demandas pessoais, podendo se definir como um aumento
na área de corte transversal das fibras musculares.
 RESUMINDO
Em síntese, quanto maior for a “vivência motora” de um praticante e quanto mais adequado for
o grau de hipertrofia das suas necessidades, mais eficazes tendem a ser os movimentos.
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO (MEE)
A partir da anatomia, é possível determinar o ventre muscular, origens e inserções, e sua
função, ou seja, motor primário ou agonista para um movimento. Além disso, há uma
javascript:void(0)
javascript:void(0)
organização e arranjo das fibras musculares ou células musculares que interferem diretamente
na capacidade de geração de força. Anteriormente, vimos que o padrão de ativação muscular é
um desses fatores, mas, no momento, vamos nos ater à morfologia de ummúsculo.
COMO UM MÚSCULO É ESTRUTURADO?
Partindo do maior para o menor, você deve entender que todo músculo é constituído por um
conjunto de fascículos, os quais são formados a partir das fibras musculares. Já as fibras são
compostas pelas miofibrilas e estas pelos sarcômeros, sendo nestes encontrados os
miofilamentos (actina e miosina).
 Estrutura muscular.
 ATENÇÃO
Lembre-se de que é a partir dos estímulos e da conexão dos miofilamentos que o músculo gera
tensão, o que, na prática, permite o desenvolvimento da força necessária para realização do
movimento.
POR QUE CONHECER A DIVISÃO ESTRUTURAL DO
MEE É IMPORTANTE PARA REALIZAÇÃO E ANÁLISE
DO MOVIMENTO?
O MEE tem sua ativação de forma voluntária, assim, toda vez que um músculo se contrai, ele
responde da “forma que sabe” ao estímulo que recebeu. Se a capacidade do sujeito em
identificar o estímulo for maior e melhor, as possibilidades de recrutamentos mais seletivos das
fibras musculares acontecerão.
Atenção às informações abaixo:
No processo de contração muscular, o número de fibras musculares ativas determina a
tensão final gerada.
Na contração de um músculo, não há necessidade de ativação simultânea de todas as
fibras que constituem um músculo.
A ativação do “número ideal” de fibras depende do controle motor, sendo a resposta ao
estímulo.
A capacidade de encurtamento e alongamento de um músculo depende do arranjo das
fibras dentro do músculo.
As fibras musculares estão arrumadas em paralelo dentro dos fascículos e esse arranjo
também é observado na distribuição das miofibrilas dentro das fibras musculares. Já os
sarcômeros são ordenados em série dentro das miofibrilas.
O número de unidades motoras ativas está diretamente relacionado a uma maior ou
menor ativação das fibras musculares.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
UNIDADES MOTORAS
São compostas por um neurônio e todas as fibras musculares que ele inerva.
Vamos conhecer um pouco mais cada um desses componentes. Antes, porém, é importante
destacar que o tecido de conexão (conjuntivo) é um elemento passivo que reveste não só o
músculo, mas também os fascículos e as fibras musculares, que formam os tendões e exercem
interferência direta no comportamento muscular durante o movimento. Portanto, o epimísio, o
perimísio e o endomísio são tecidos de conexão e revestem respectivamente músculo,
fascículo e fibra muscular.
 Observar epimísio, perimísio e endomísio.
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UNIDADE MOTORA (UM) E
RECRUTAMENTO
As fibras musculares têm sua organização funcional a partir de grupos que apresentam
tamanhos diferentes. Um conjunto de fibras musculares com características funcionais do
mesmo tipo e inervadas por um neurônio motor constituem uma UM.
QUANTAS FIBRAS MUSCULARES EXISTEM EM UMA
UM?
Isso dependerá do grau de controle e da quantidade de força necessária para realização do
movimento. Em um músculo, são encontradas unidades motoras com diferentes capacidades
de respostas aos estímulos, desde movimentos mais precisos e controlados, como, por
exemplo, a escrita, até movimentos mais intensos e potentes, como arremessar um objeto
pesado a uma maior distância.
As UM’s pequenas podem conter somente 10 fibras musculares, mas precisar esse número é
difícil. O que deve ficar claro é que são especializadas em realizar movimentos finos,
precisos e suavemente controlados. Por exemplo, teclar um notebook ou a tela de um
celular.

As UM’s grandes podem conter até 2000 fibras musculares e são responsáveis por
movimentos potentes e que necessitam de maior geração de força. Por exemplo, ação dos
músculos gastrocnêmios em um salto vertical.
UM ASPECTO ESTRUTURAL E FUNCIONAL
RELEVANTE É O FATO DE AS FIBRAS MUSCULARES
DE UMA DETERMINADA UM NÃO SEREM
ADJACENTES, E SIM ENTREMEADAS E ESPALHADAS
COM FIBRAS DE OUTRAS UM’S. ISSO, NA PRÁTICA,
PERMITE UMA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO MAIS
UNIFORME POR TODA A MUSCULATURA DURANTE O
PROCESSO DE CONTRAÇÃO.
Em resumo, pode ocorrer simultaneamente a ativação de diversas UM’s de um músculo
quando o movimento exigir força e precisão, por exemplo, o arremesso de um lance livre no
basquetebol. Isto é, as UM’s pequenas darão o refino ao movimento, pois o diâmetro interno do
aro é de 45cm, já as UM’s grandes darão a força necessária para que a bola com mais de 500
gramas seja arremessada a uma distância de 4,6m e altura de 3,05m.
 Unidade motora.
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS
DIFERENTES TIPOS DE FIBRAS
MUSCULARES
Um músculo pode apresentar em sua estruturação fibras musculares com diferentes
características funcionais e, consequentemente, diferentes capacidades de geração de força.
 Atividade do sarcômero.
Basicamente, essas fibras são de dois tipos:
• Contração lenta, fibras vermelhas, slow twitch, oxidativas ou simplesmente fibras do
Tipo I
Características: Baixa velocidade de contração; pico de tensão com relativa lentidão; alta
resistência à fadiga; diâmetro pequeno; baixa concentração de ATPase e enzimas glicolíticas;
alta concentração de mitocôndrias.
• Contração rápida, fibras brancas; fast twitch, fibras do Tipo II
Características: Apresentam alta velocidade de contração e alcançam o pico de tensão com
relativa rapidez. Porém, é importante destacar que elas se dividem em Tipo IIA e Tipo IIX.
TIPO IIA
Tipo IIA (também chamadas de intermediárias ou oxidativo-glicolítica): Média resistência à
fadiga; diâmetro intermediário; média concentração de ATPase e de mitocôndrias; média
concentração de enzimas glicolíticas.
TIPO IIX
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Tipo IIX (também chamadas de glicolíticas): Baixa resistência à fadiga; diâmetro grande; alta
concentração de ATPase e enzimas glicolíticas; baixa concentração de mitocôndrias.
Se as UM’s pequenas são responsáveis por movimentos finos, precisos, que geram menos
força e são “mais contínuos”, nelas, iremos encontrar as fibras do Tipo I.

Já as UM’s grandes, que permitem a realização de movimentos mais potentes e com maior
geração de força, estão relacionadas às fibras do Tipo II, e assim entram em fadiga com mais
facilidade.

Na prática, os seres humanos tendem a apresentar uma distribuição equilibrada dos dois tipos
de fibras, contudo, alguns músculos em função de sua especificidade funcional podem
apresentar predomínio de um determinado tipo de fibra.
 EXEMPLO
A manutenção do equilíbrio em postura ereta depende da coativação constante do músculo
solear, o qual apresenta o predomínio da fibra do Tipo I. Outro aspecto a ser destacado são os
expoentes no esporte. Determinadas modalidades detêm muita força, já outras, muita
resistência, enquanto características principais. Observe um maratonista de elite, que, apesar
de necessitar de força para percorrer os aproximadamente 42km, é necessário manter uma
constância no padrão de movimento por mais de duas horas. Já na corrida de 100m rasos,
quanto maior a força aplicada sobre o solo, maior a velocidade a ser alcançada, necessitando,
assim, de muita força de quem pratica essa prova, uma vez que ela é finalizada em
aproximadamente 10 segundos.
Fibra Tipo I Tipo II
Característica
Contração
lenta
Contração rápida
Tipo IIA
Contração rápida
Tipo IIX
Velocidade de
contração
Lenta Alta Alta
Resistência à
fadiga
Alta Intermediária Baixa
Diâmetro Pequeno Intermediário Grande
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Elaborado por Claudio Gonçalves Peixoto
Diferença do grau de hipertrofia nos diferentes tipos de fibras.
Predomínio das fibras Tipo I nos maratonistas.
Predomínio das fibras do Tipo II nos velocistas.
 EXEMPLO
Determinados sujeitos em função da sua biotipologia apresentarão maior facilidade para
hipertrofia muscular, já outros indivíduos terão maior predisposição para atividades de
resistência.
A avaliação antropométrica é um excelente caminho para se iniciar essa descoberta e, a partir
daí, os resultados alcançados com base nos estímulos propostos. Dessaforma, saber
identificar a maior vocação de um sujeito para um trabalho de força ou resistência a partir do
seu tipo de fibra muscular auxiliará na prescrição dos exercícios.
UNIDADE MUSCULOTENDÍNEA
O ventre muscular é um dos elementos que irão interferir na forma como a força está sendo
aproveitada para a realização do movimento. É muito importante que você saiba que, apesar
de no sarcômero estarem localizadas as estruturas ativas da contração muscular, as quais
respondem voluntariamente a partir da estimulação recebida do Sistema Nervoso Central, os
componentes passivos (tendões e fáscias) também interferem no aproveitamento final da força
e no movimento, apesar de serem passivos.
VAMOS ENTENDER ESSES COMPONENTES!
O Componente contrátil é aquele que ativa o processo de contração. A contratilidade é uma
propriedade que o músculo apresenta a partir da conexão dos miofilamentos (actina e miosina),
quando este é estimulado e isso ocorre no sarcômero, que é a unidade funcional do músculo.
Uma vez estimuladas, as fibras musculares tendem a responder em função do movimento
realizado.
QUE TAL VISITAR A ORDENAÇÃO EM SÉRIE
APRESENTADA PELOS SARCÔMEROS NA
MIOFIBRILA?
Sabendo que todos os sarcômeros daquela fibra muscular responderão simultaneamente ao
estímulo, entendemos a importância da amplitude de movimento e a relação com a capacidade
de geração de força. Isso porque quanto mais amplo for um movimento, mais força será
produzida.
Agora, vamos falar sobre o componente elástico ou passivo que possui duas propriedades:
(1) A propriedade elástica, onde você realmente pode fazer a analogia com um elástico, ou
seja, quanto mais “esticado”, maior será o nível de energia armazenada; e, ao soltar um
elástico, ele volta com violência.
(2) É um tecido passivo, que necessita do músculo para ser ativado. Isso porque é a partir
dos tecidos de conexão (conjuntivos) que revestem o músculo (epimísio), os fascículos
(perimísio) e as fibras musculares (endomísio) que são formados os tendões.
Os componentes elásticos são divididos em dois tipos:
COMPONENTE ELÁSTICO EM SÉRIE (CES)
Basicamente identificadas a partir dos tendões (95%) e pontes cruzadas (5%). São assim
chamados por sua ordenação em “série” apresentada pelos tendões em suas inserções
proximal e distal e pela disposição dos filamentos de miosina dentro do sarcômero. Isto é, um
na sequência do outro.
COMPONENTE ELÁSTICO EM PARALELO (CEP)
As estruturas que constituem esse componente são as membranas musculares, ou seja, mais
uma vez o epimísio, o perimísio e o endomísio. Observe que eles são dispostos um em
paralelo ao outro, daí a origem do nome “em paralelo”.
 Componente elástico em série e em paralelo.
COMO UTILIZAR ISSO NA PRÁTICA?
PARE E PEGUE UM ELÁSTICO, ESSE QUE
MUITOS UTILIZAM PARA SEGURAR AS NOTAS
DE REAIS (O ELÁSTICO MEIO AMARELADO).
DEIXE ESSE ELÁSTICO SOBRE UMA MESA E
DIGA O QUE OCORREU: ELE AUMENTOU DE
TAMANHO?
SIM! NÃO!
SIM!
javascript:void(0)
javascript:void(0)
A resposta correta é não. Agora, se você segurar cada um dos extremos desse elástico e
“puxar” em sentidos opostos, com certeza ele sofrerá uma deformação e aumentará o seu
comprimento. Por isso, é chamado de “elástico”.
NÃO!
Acertou! Agora, se você segurar cada um dos extremos desse elástico e “puxar” em sentidos
opostos, com certeza ele sofrerá uma deformação e aumentará o seu comprimento. Por isso, é
chamado de “elástico”.
 SAIBA MAIS
Agora, essa deformação só ocorreu porque você tracionou em sentido contrário, daí ser
passivo, pois foi você quem fez com que ele mudasse de comprimento. Isso também ocorre
com os seus tendões. Eles apresentam uma capacidade de mudar o comprimento de maneira
elástica a partir do comprimento que o músculo apresenta.
Seguindo o mesmo raciocínio, pegue agora dois, depois, três e, por último, quatro elásticos
iguais. Segure nos extremos desses elásticos dois a dois, três a três e quatro a quatro. Aplique
força no sentido contrário aos extremos. Quanto maior tiver sido o número de elásticos, maior
foi a resistência ao estiramento. Esses elásticos estavam dispostos em paralelo, logo, quanto
maior for o número de estruturas passivas dispostas em paralelo, maior será a resistência ao
estiramento – situação que pode contribuir para a produção de força em contrações
musculares excêntricas ou “negativas”.
 ATENÇÃO
Outro ponto importante é a modificação no grau de elasticidade de um tendão, pois, quanto
mais próximo ao músculo, mais elástico será esse tendão. Quanto ao grau de elasticidade, ele
vai diminuindo progressivamente até a inserção no osso, e isso é importante em função da
capacidade de deformação apresentada pelo tendão e o risco de lesão.
Por último, vamos falar das características viscoelásticas apresentadas por essas
estruturas miotendíneas. Vamos à prática!
Ao iniciar um alongamento, especialmente, no início, se o grau de estiramento for muito alto e
de maneira muito rápida, ele tende a vir acompanhado de forte desconforto, algumas vezes,
dor e, dependendo da situação, até lesão. Por outro lado, se for realizado de maneira
progressiva e lenta, passados alguns segundos e mantida a posição, essa sensação “ruim”
tende a desaparecer. Isso só ocorre devido à característica viscoelástica da estrutura
miotendínea. A característica viscoelástica, portanto, é a assimilação a uma nova condição de
comprimento imposta à estrutura miotendínea em função da velocidade e do tempo com que a
carga é aplicada. Essa é uma das razões para, na prática, serem propostos alguns tipos de
alongamentos musculares, ratificando a importância do trabalho de preparação para uma
atividade (aquecimento).
 Tendão e inserção muscular
 Formação do tendão a partir dos tecidos de conexão
ARQUITETURA MUSCULAR
Pensar apenas na estrutura macroscópica de um músculo não nos dá condições de analisar
completamente um movimento. Por isso, há necessidade de conhecermos um pouco mais para
entender a capacidade de geração de força e o grau de alongamento que um músculo possa
apresentar.
A tese acima é suportada pelo arranjo das fibras musculares dentro do músculo. Vamos
pensar em duas possibilidades:
MÚSCULOS FUSIFORMES OU COM FIBRAS
PARALELAS
São músculos em que o sentido das fibras acompanha o sentido longitudinal do músculo. Por
exemplo, músculo bíceps braquial.
 Musculatura fusiforme
MÚSCULOS PENADOS OU COM FIBRAS OBLÍQUAS
São músculos em que as fibras musculares estão organizadas obliquamente ao sentido
longitudinal do músculo. Por exemplo, músculo semimembranoso.
 Musculatura penada.
QUAL É A APLICAÇÃO PRÁTICA DESSE
CONHECIMENTO?
Os músculos fusiformes, em função da direção das fibras, tendem a apresentar maior
capacidade de alongamento quando comparados aos músculos penados. Agora, quando
pensamos na capacidade de geração de força por área de corte transversal, os músculos
penados apresentam resultados mais favoráveis quando comparados aos músculos fusiformes.
CORTE TRANSVERSAL
A área de corte transversal ou de secção transversa é relacionada com a hipertrofia muscular.
PROPRIEDADES COMPORTAMENTAIS DO
TECIDO MUSCULAR
A capacidade que um MEE tem de responder aos diferentes tipos de cargas e a velocidade
com que estas são aplicadas sobre o músculo estão relacionadas às propriedades
comportamentais da MEE.
QUAIS SÃO ESSAS PROPRIEDADES E POR QUE SÃO
IMPORTANTES?
IRRITABILIDADE OU EXCITABILIDADE
Capacidade de responder ao estímulo. Aqui, é importante lembrar que o neurônio motor
proporciona a estimulação muscular a partir de um neurotransmissor químico (acetilcolina),
mas, pode ocorrer estimulação mecânica, como as que ocorrem nas estimulações por
percussão.
CAPACIDADE DE DESENVOLVER TENSÃO
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Característica específica de comportamento de um músculo quando estimulado. Isso ocorre no
componente contrátil, a partir da conexão do filamento de miosina ao filamento de actina,
interrompendo o estado de relaxamento muscular.
CONTRATILIDADE
Uma vez excitadoe desenvolvendo tensão, o músculo pode encurtar-se e a essa capacidade é
dada o nome de contratilidade. Hamill & Knutzen (2012) afirmam que, em média, um músculo
pode encurtar-se aproximadamente 57% do seu comprimento de repouso. Na prática,
inicialmente, as origens e inserções musculares são aproximadas sob tensão.
EXTENSIBILIDADE
Quando o comprimento de repouso é aumentado, ou seja, o músculo é alongado ou estirado.
Para isso, há necessidade de uma força externa que pode ser de um músculo antagonista ou
auxílio profissional. Vale lembrar que essa capacidade de aumentar de comprimento irá variar
em função das características estruturais de cada músculo, por exemplo, a arquitetura
muscular.
ELASTICIDADE
Capacidade de retornar ao seu comprimento normal (repouso) após a retirada da força que
levou ao alongamento. Essa propriedade pode ser utilizada dentro dos processos de melhora
no rendimento muscular para uma ação de encurtamento, quando esta é precedida de um pré-
estiramento.
ABORDAGEM MECÂNICA DAS AÇÕES
MUSCULARES
Uma vez que o músculo é excitado e desenvolve tensão, três comportamentos relacionados à
variação no seu comprimento são esperados. Essas contrações musculares são identificadas a
partir das ações que ocorrem nos músculos, não só a partir da variação no seu comprimento,
mas também no tipo de resistência a ser vencida. Agora, veremos cada uma delas:
Contrações ou ações relacionadas à variação no comprimento muscular
AÇÃO ISOMÉTRICA
É o desenvolvimento de tensão sem alteração no comprimento do músculo, ou seja, não há
movimento articular. Na prática, é possível perceber a tensão gerada na musculatura, mas sem
movimento, por exemplo, quando se pede a alguém para fazer o “muque” (flexão do cotovelo a
aproximadamente 90o).
AÇÃO CONCÊNTRICA
É o desenvolvimento de tensão acompanhado do encurtamento muscular. Na prática, o torque
potente é maior que o torque resistente. É o tipo de ação que permite identificar o músculo
responsável pela realização do movimento. Em termos biomecânicos, essa ação tende a
promover a aceleração do movimento. Vale destacar que a fase concêntrica de um movimento
também é chamada de fase positiva.
AÇÃO EXCÊNTRICA
É o desenvolvimento de tensão acompanhado do aumento no comprimento do músculo. O
torque resistente é maior que o torque potente e, assim, a resistência vence a força muscular.
As ações excêntricas são importantíssimas, pois promovem desaceleração no movimento, o
que permite um melhor controle dele. Daí, ser chamada de fase negativa do movimento.
 Ações musculares.
AÇÃO ISOTÔNICA
Tem como característica a movimentação de uma resistência invariável (halter, peso de um
segmento corporal) por uma determinada amplitude de movimento. Na prática, essa carga
constante implica em uma variação da carga na musculatura ao longo das variações angulares
da articulação. É o tipo de ação muscular comumente identificada no dia a dia e gestos
esportivos. Seja em um treinamento ou em uma reabilitação muscular, o músculo dever ser
estimulado a responder de forma eficaz a este tipo de ação por toda a amplitude de
movimento.
 Ação isotônica.
AÇÃO ISOCINÉTICA
É um tipo de ação que necessita de equipamento especial (dinamômetro isocinético). Tem
como principal característica uma velocidade preestabelecida e controlada durante toda a
execução do movimento. Essa velocidade pode ser calibrada de 0 a 600°/s (graus por
segundo), e será a mesma ao longo de todo o movimento. As velocidades usualmente
utilizadas nos laboratórios são 60, 180 e 300°/s. Os equipamentos isocinéticos permitem a
determinação quantitativa nas diferenças de força entre os membros contralaterais para um
mesmo movimento a diferenças de comportamentos entre agonistas e antagonistas. E ainda, o
comportamento muscular em um mesmo movimento para a mesma velocidade. Por isso, são,
frequentemente, utilizadas para diagnóstico e tratamento de lesões.
 Equipamento isocinético.
Algumas ações musculares são realizadas em equipamentos que minimizam a variação na
força que um músculo irá fazer ao longo de todo o movimento, tendendo a tornar o padrão de
solicitação muscular mais uniforme. Essa ação é chamada de isoinercial – os equipamentos
possuem uma polia excêntrica chamada de componente de alteração mecânica, ou
simplesmente C.A.M. ou C.A.M.E. Tal recurso faz com que o torque resistente sofra variações
ao longo do movimento e essas variações no torque resistente promovem o comportamento
isoinercial. Reforçando: esse tipo de ação só é conseguido em equipamentos mecânicos com
C.A.M., por exemplo, mesa flexora.
 Ação isoinercial – observar a polia excêntrica – CAM (peça preta próxima ao joelho).
Contrações ou ações relacionadas à variação no comprimento muscular
Isométrica
Sem variação no
comprimento muscular
Velocidade = 0
Concêntrica Encurtamento Aceleração
Excêntrica Estiramento Desaceleração
Isotônica Resistência constante Atividade do dia a dia e esportiva
Isocinética
Velocidade controlada e
constante
Diagnóstico quantitativo da força
Isoinercial Polia excêntrica = C.A.M.
Minimização da variação na força
muscular ao longo do movimento
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Elaborado por Claudio Gonçalves Peixoto
FUNÇÕES MUSCULARES
As funções musculares referem-se aos diferentes papéis que um músculo pode desempenhar.
Com certeza, você sabe que existem músculos responsáveis pela realização do movimento e
músculos que possuem ação contrária ao do movimento desejado, mas as funções musculares
vão muito além.
O músculo agonista, também chamado de motor primário é o responsável, a partir de sua ação
concêntrica, por causar o movimento. Por exemplo, no movimento de flexão da articulação do
cotovelo, o músculo bíceps braquial (BB) é agonista para o movimento.

Já o músculo antagonista é aquele que é estirado durante a realização do movimento, ou seja,
atua de maneira a ter suas inserções afastadas e, com isso, torna mais lento ou pode até
interromper o movimento. Vamos continuar no exemplo de flexão da articulação do cotovelo,
um dos agonistas você já conhece, o músculo BB, mas, neste caso, o músculo tríceps braquial
atua como antagonista ao movimento de flexão.
 RESUMINDO
Músculo Movimento Flexão do Cotovelo Extensão do Cotovelo
Bíceps braquial Agonista Antagonista
Tríceps braquial Antagonista Agonista
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Elaborado por Claudio Gonçalves Peixoto
Existem músculos que sozinhos não conseguem produzir tensão suficiente para realizar um
determinado movimento, mas são capazes de ajudar o músculo agonista nessa tarefa. Esses
músculos são chamados de acessório ou auxiliar, ou seja, ajudam o motor primário a realizar
a ação muscular. Por exemplo, durante o movimento de flexão da articulação do joelho, o
músculo gastrocnêmio (medial e lateral) atua como acessório dos músculos Isquiotibiais.
Outra atuação muscular muito importante é a chamada função sinergista, que, na prática, é a
atuação conjunta de um determinado grupo de músculos para um mesmo movimento. Vamos
continuar na articulação do joelho. Os músculos Isquiotibiais são na realidade os três músculos
da região posterior da coxa, isto é, bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. Esses
três músculos exercem uma função sinergista, ou seja, atuam como uma equipe para flexionar
o joelho.
Temos ainda a função do músculo estabilizador, que identifica a atuação de um músculo para
estabilizar uma parte do corpo, de forma que outro músculo ativo tenha uma base firme sobre a
qual possa exercer ação. Por exemplo, durante o movimento de flexão da articulação do ombro
em postura ereta, os músculos eretores espinhais da região lombar atuam estabilizando a
coluna vertebral para que o movimento do ombro possa ocorrer livremente.
Vamos por último falar de um músculo que atua como neutralizador, o que significa atuar para
eliminar uma ação indesejada produzidapor outro músculo. Por exemplo, ao tentar flexionar a
articulação do cotovelo, estando a articulação radioulnar proximal pronada, existe uma
tendência à supinação da articulação durante o movimento, e isso ocorre em função do
comportamento do músculo BB. Para que essa ação não ocorra, os músculos pronador
redondo e pronador quadrado atuam neutralizando a supinação, permitindo que somente o
movimento de flexão da articulação do cotovelo ocorra. Na prática, a chamada rosca inversa.
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS
MÚSCULOS BIARTICULARES E
MULTIARTICULARES
Quando um músculo atravessa somente uma articulação, entender a influência deste sobre
essa articulação é relativamente fácil. Quando um músculo atravessa duas ou mais
articulações faz-se necessário observar o posicionamento de todas as articulações
atravessadas por esse músculo para que se possa analisar o movimento. Esses músculos são
chamados de bi ou multiarticulares.
 EXEMPLO
O músculo gastrocnêmio interfere nos movimentos do tornozelo e joelho, então, é chamado de
biarticular. Já o bíceps braquial (porção curta) interfere nos movimentos de três articulações,
cotovelo, ombro e radioulnar proximal, portanto, é chamado de poliarticular (multiarticular).
Quando um músculo bi ou poliarticular encontra-se “frouxo”, fora do seu comprimento de
repouso, em função do posicionamento de uma das articulações por ele atravessadas, ele
encontra-se em insuficiência ativa e apresenta uma menor capacidade de gerar tensão.
 EXEMPLO
Ao realizar a flexão do cotovelo com a articulação radioulnar na posição supinada, a
quantidade de força gerada é maior do que quando o mesmo movimento de flexão é realizado
com a articulação radioulnar na posição pronada. Tudo isso devido à insuficiência ativa da
cabeça longa do bíceps.
Quando um músculo bi ou poliarticular encontra-se previamente “estirado”, além do seu
comprimento de repouso, em função do posicionamento de uma das articulações por ele
atravessadas, ele está em insuficiência passiva, portanto, apresenta maior capacidade de
resistir ao estiramento.
 EXEMPLO
Ao realizar a extensão da articulação do joelho em uma cadeira extensora, estando a região do
tornozelo em “dorsiflexão”, o músculo gastrocnêmio já estará previamente estirado. Dessa
forma, forma resistirá mais ao estiramento, dificultando o movimento de extensão da
articulação do joelho.
A insuficiência ativa está relacionada a uma menor capacidade de gerar tensão por parte de
um músculo agonista, que atravessa duas ou mais articulações. Já a insuficiência passiva está
relacionada a uma maior capacidade de resistir ao estiramento por parte de um músculo
antagonista, que atravessa duas ou mais articulações.
FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM NA FORÇA
MUSCULAR
Alguns fatores mecânicos têm relação direta com a capacidade de geração de força de um
músculo. Esses fatores serão descritos a seguir:
ÁREA DE SECÇÃO TRANSVERSAL FISIOLÓGICA
Quanto maior a área de corte, maior será a força gerada. Aqui, temos que voltar a falar da
arquitetura muscular, pois a direção das fibras em relação ao sentido longitudinal do músculo é
determinante. Logo, os músculos penados quando comparados aos músculos fusiformes,
tendem a apresentar maior quantidade de fibras musculares por cm2 de área de corte ou
secção transversal às fibras musculares.
LEMBRE-SE QUE, PARA GERAÇÃO DE FORÇA, O QUE
INTERESSA É A FIBRA MUSCULAR E, QUANTO MAIOR
FOR A ÁREA DE CORTE TRANSVERSAL FISIOLÓGICO
(PERPENDICULAR A FIBRA MUSCULAR), MAIOR
QUANTIDADE DE FIBRAS TENDEM A SER
ENCONTRADAS E MAIOR QUANTIDADE DE TENSÃO
GERADA.
ÂNGULO DE INSERÇÃO DO MÚSCULO ÂNGULO DE
TRAÇÃO X APROVEITAMENTO DA FORÇA
A inserção do músculo no osso tende, em função do movimento da articulação, a apresentar
diferentes ângulos. Isso irá afetar diretamente o aproveitamento da força que o músculo esteja
gerando. Vale aqui lembrar que, no conceito de torque articular, somente quando o tendão
estiver inserido a 90° no osso, 100% da força gerada no músculo estará sendo aproveitada
para fazer o movimento. Para ângulos diferentes de 90°, a força muscular será “decomposta”
e parte dela estará além da rotação, tendendo a tracionar o osso de encontro à articulação ou
para fora da articulação. Quando o ângulo de tração for:
Igual a 90° - 100% da força muscular será utilizada para fazer o movimento de rotação em
torno da articulação. Será chamada de componente de rotação.
Menor que 90° - A força muscular será decomposta. A componente perpendicular ao osso em
função do seu sentido atuará para fazer a rotação. Já a componente paralela ao osso, também
em função do seu sentido, tenderá a puxar o osso de encontro à articulação. Será chamada de
componente de estabilização.
Maior que 90° - Mais uma vez, a força muscular será decomposta. Como sempre, haverá uma
componente perpendicular ao osso. Esta, em função do seu sentido, atuará para fazer a
rotação, e a componente paralela ao osso agora tenderá a puxar o osso para fora da
articulação, também em função do seu sentido. Será chamada de componente de “luxação”
ou deslocamento.
RESUMINDO:
• ÂNGULO DE TRAÇÃO IGUAL A 90° - 100% COMPONENTE DE
ROTAÇÃO.
• ÂNGULO DE TRAÇÃO MENOR QUE 90° - SÃO
IDENTIFICADAS A COMPONENTE DE ROTAÇÃO E A
COMPONENTE DE ESTABILIZAÇÃO.
ÂNGULO DE TRAÇÃO MAIOR QUE 90° - SÃO IDENTIFICADAS
A COMPONENTE DE ROTAÇÃO E A COMPONENTE DE
“LUXAÇÃO” OU DESLOCAMENTO.
 Ângulo de inserção muscular.
RELAÇÃO COMPRIMENTO X TENSÃO
O primeiro aspecto aqui a ser lembrado é que existem estruturas ativas e passivas na unidade
miotendinosa e que a tensão total em um músculo deve considerar a soma da tensão ativa e
passiva (quando esta existir).
1
Músculo no seu comprimento de repouso - A tensão gerada pelo músculo estará 100%
relacionada à condição da atividade dos sarcômeros a partir de uma “ótima” conexão com os
miofilamentos (actina e miosina), mas não há energia elástica armazenada de forma passiva
que possa ser adicionada à tensão final gerada.
2
Músculo previamente encurtado, mas sem tensão - O músculo “perderá” algumas
possibilidades de aproveitar a tensão gerada pelos miofilamentos ativos, até que a frouxidão
muscular seja retirada.
3
Músculo ligeiramente alongado (no geral, aproximadamente, 20% além do seu
comprimento de repouso) - Além de uma ótima conexão dos miofilamentos, a energia
elástica armazenada no componente passivo, em especial, no componente elástico em série
será adicionada à tensão gerada pelos miofilamentos. A máxima tensão muscular será
alcançada. Contudo, esse tipo de estimulação causa grande estresse nas estruturas passivas,
e só deve ser proposto para sujeitos adaptados aos estímulos mais intensos.
A máxima tensão é alcançada quando for possível adicionar a componente contrátil à energia
armazenada no componente elástico, em especial, no componente elástico em série.
Musculatura de bíceps braquial – porção curta previamente encurtada em função da inserção
proximal no processo coracoide da escápula.

Bíceps braquial. Exercício feito a partir do comprimento de repouso.
RELAÇÃO FORÇA X VELOCIDADE
Quando o músculo desenvolve tensão a partir de uma ação concêntrica contra uma carga
elevada, a velocidade do encurtamento deverá ser baixa. O contrário ocorre com uma carga
baixa, ou seja, a velocidade do encurtamento deverá ser relativamente alta. Você consegue ver
isso na prática ao levantar um peso muito alto ou baixo. Na tensão gerada a partir de uma ação
excêntrica contra uma carga elevada, a velocidade de estiramento tenderá a ser relativamente
alta.
MUITO IMPORTANTE É ESTAR ATENTO QUE, QUANTO
MAIS ALTA FOR À CARGA, MAIS ALTA TENDERÁ A
SER A VELOCIDADE EM CONTRAÇÕES
EXCÊNTRICAS.
Vale ressaltar que a tensão gerada em uma ação excêntrica pode extrapolar, em média, 40%
daquela encontrada na ação isométrica máxima. Isso é relevante, pois estímulos excêntricos
para valores superiores aos identificados na ação isométrica máxima só devem ser propostos
para sujeitos adaptados aos estímulosneuromusculares.
 SAIBA MAIS
Normalmente, na musculação, isso se chama trabalho negativo, contração negativa,
treinamento negativo.
 Relação Força x Velocidade.
RELAÇÃO TEMPO X TENSÃO (FREQUÊNCIA DE
ESTIMULAÇÃO)
Refere-se à frequência com que o músculo é excitado, ou seja, a frequência entre os
estímulos. Caso haja intervalo suficiente para recuperação entre os estímulos, isto é, igual ou
maiores que aproximadamente 100 milissegundos (ms), a tensão gerada no segundo estímulo
tende a apresentar um pico semelhante ao anterior. Para intervalos entre os estímulos
inferiores a 100ms, existirá uma forma aditiva de estímulos denominada somação ou
somação incompleta dos estímulos, onde o pico de tensão tenderá a ser mais alto que o do
estímulo anterior quanto menor for o intervalo entre os estímulos. A máxima tensão é
alcançada quando os estímulos são emitidos sem intervalos entre eles. Essa condição recebe
o nome de tetania ou somação completa. Nessa condição, o pico de tensão pode ser até 4
vezes mais intenso quando comparado a um estímulo com intervalo suficiente para
recuperação.
 Relação Tempo x Tensão (frequência de estimulação).
SISTEMA MUSCULAR E O MOVIMENTO
O especialista Claudio Gonçalves Peixoto apresentará um resumo do módulo, abordando
todos os tópicos estudados.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância do sistema articular nas possibilidades de movimentos,
com base em suas características estruturais
O SISTEMA ARTICULAR APLICADO AO
MOVIMENTO HUMANO
Os movimentos articulares permitem que os segmentos corporais descrevam trajetórias no
espaço, portanto, é necessário analisar a real possibilidade de movimento de uma articulação.
Para isso, você precisa conhecer estruturalmente as articulações e identificar os tipos de ossos
articulados e os componentes que as constituem.
INTRODUÇÃO
Uma articulação é formada pela união de dois ou mais extremos ósseos. Existem diferentes
tipos de articulações e diferentes características morfofuncionais, veja abaixo:
 Articulações do corpo humano.
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
RELACIONADAS AO ESTUDO DO MOVIMENTO
Existem articulações que não apresentam cavidade articular e elas são de dois tipos –
sinartrose e anfiartrose.
SINARTROSES
São imóveis ou com pouquíssimo movimento e, por isso, não há um interesse muito alto para
Cinesiologia e Biomecânica. São divididas em dois tipos, suturas e sindesmoses:
• Suturas são conectadas por fibras contínuas de periósteo. Por exemplo, as suturas do
crânio.
• Sindesmoses são caracterizadas a partir de denso tecido fibroso, com uma limitação muito
alta de movimento. Por exemplo, articulação radioulnar média.
ANFIARTROSES
São articulações ligeiramente móveis e são subdivididas em dois tipos:
• Sincondroses são ossos unidos por uma pequena camada fina de cartilagem hialina. Por
exemplo, as articulações esternocostais.
• Sínfises são articulações onde são encontradas finas lâminas de cartilagem hialina e disco
fibrocartilaginoso. Por exemplo, as articulações intervertebrais e a sínfise púbica.
NA PRÁTICA, AS SÍNFISES, APESAR DE BAIXA
POSSIBILIDADE DE MOVIMENTAÇÃO, SÃO VITAIS
PARA HARMONIA DOS MOVIMENTOS, DEVIDO À
ESTRUTURAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL EM
RELAÇÃO AO RESTANTE DO ESQUELETO.
Agora, vamos falar das articulações móveis, ou seja, as que apresentam cavidade articular.
Essas articulações são chamadas de diartroses ou sinoviais e são caracterizadas por
possuírem cartilagem articular, revestindo os extremos ósseos articulados e cápsula articular.
São divididas em: deslizante, artrose ou plana. Essas articulações são não axiais, ou seja,
não apresentam eixo e, por isso, permitem movimentos de deslizamento entre os ossos
articulados. Por exemplo, intertársicas e intercárpicas.
ARTICULAÇÕES UNIAXIAIS
Realizam movimento de rotação em torno desse eixo. São:
• Dobradiça, gínglimo ou charneira - Por exemplo, articulação do cotovelo (movimento de
flexão e extensão).
• Trocoide ou em pivô - Por exemplo, articulação radioulnar proximal (pronação e supinação).
ARTICULAÇÕES BIAXIAIS
Realizam movimento de rotação em torno de dois eixos. São:
• Articulação elipsoide - Por exemplo, articulação radiocárpica (flexão e extensão; abdução e
adução).
• Articulação condilar - Por exemplo, articulação do joelho (flexão e extensão; rotação interna
e rotação externa).
• Articulação selar - Por exemplo, articulação carpo metacárpica do polegar (flexão e
extensão; abdução e adução).
OBSERVE QUE A ARTICULAÇÃO DO JOELHO SER
ANATOMICAMENTE CLASSIFICADA POR ALGUNS
AUTORES, FUNCIONALMENTE, DEVE SER
OBSERVADA A PARTIR DA SUA CAPACIDADE DE
MOVIMENTAÇÃO E, POR APRESENTAR DOIS EIXOS,
PASSA A SER CLASSIFICADA COMO CONDILAR OU
BICONDILAR. ISSO PORQUE O JOELHO REALIZA
ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA QUANDO
FLEXIONADO A 90°.
ARTICULAÇÕES TRIAXIAIS
Realizam movimento de rotação em torno de três eixos. São:
• Articulação esferoidal; esferoide; cabeça e cavidade ou enartrose - Por exemplo, as
articulações dos ombros e quadris (flexão e extensão; abdução e adução; rotação interna e
rotação externa).
 Característica estrutural das articulações.
 ATENÇÃO
Todas as articulações que realizam movimentos a partir de dois eixos, ou seja, as articulações
bi e triaxiais, são também capazes de realizar o movimento de circundução.
Segundo Hamill & Knutzen (2012), grau de liberdade (gl) de uma articulação é a terminologia
utilizada para descrever o tipo e a quantidade de movimento estruturalmente permitidos pelas
articulações. Na prática, ao pensar em um movimento multiarticular, ou seja, na cadeia de
movimento, como no agachamento, devemos considerar os graus de liberdade de todas as
articulações envolvidas. Assim, teremos 3gl para o quadril; 2gl para o joelho e 1gl para o
tornozelo, em um total de 6gl para cada membro inferior.
 Observe as articulações dos quadris, joelhos e tornozelos.
 ATENÇÃO
Quanto maior o número de gl de um movimento, maior será o número de articulações
envolvidas.
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS
COMPONENTES ARTICULARES
Conhecer o comportamento mecânico dos componentes articulares permite identificar as
melhores possibilidades de movimento e prevenir lesões, otimizando o movimento.
COMPONENTES ARTICULARES
CÁPSULA ARTICULAR
Membrana com duas camadas que reveste os ossos nas articulações sinoviais. A camada
interna ou membrana sinovial é responsável por secretar o líquido sinovial. A densidade e a
resistência da cápsula à deformação elástica estão relacionadas à magnitude e à frequência da
carga à qual a cápsula está exposta.
LÍQUIDO SINOVIAL
É multiviscoso e o responsável pela lubrificação das articulações sinoviais. Essa viscosidade
está relacionada à velocidade em que é realizado o movimento e a temperatura. Daí, a
importância do período de preparação para atividade (aquecimento), pois permite que o líquido
seja ajustado em sua viscosidade para atividade fim.
CARTILAGEM ARTICULAR OU HIALINA
É uma importante componente para a estabilidade e funcionalidade articular. Trata-se de um
denso tecido de conexão voltado a proteger os extremos ósseos no interior das articulações,
permite a partir da fricção, o movimento articular com o mínimo desgaste e aumenta a área
para distribuição da carga aplicada. Apresenta adaptação mecânica à intensidade, sentido e
tempo de exposição à carga aplicada. O crescimento da cartilagem ocorre durante toda a vida
em um processo dinâmico, e é regulado a partir das cargas compressivas que atuam sobre a
articulação.
LIGAMENTOS
São tecidos de conexão que conectam os ossos entre si. Apresentam como principal função a
manutenção da integridade estrutural da articulação, deformando-se para permitir o
movimento. Pode estar localizado dentro, fora ou na própria cápsula articular. Dependendo da
localização, apresentam diferentes resistências à deformação. Os ligamentos intracapsulares
são mais resistentes à deformação, por exemplo, o ligamento cruzado anterior que os
extracapsulares.
BOLSAS OU BURSASAssumem especial importância na preservação das estruturas em torno da articulação. São
pequenas cápsulas revestidas por membrana sinovial e repleta de líquido sinovial, localizadas
entre ou próximas às estruturas articulares, principalmente, entre o tendão e o osso.
ESTRUTURAS FIBROCARTILAGINOSAS (DISCOS E
MENISCOS)
Apresentam função mecânica de alta resistência à carga tensiva e suportam grandes cargas
compressivas. Os meniscos aumentam os “encaixes” (congruência) das peças ósseas da
articulação.
MENISCOS MELHORAM A ARQUITETURA ARTICULAR
DO JOELHO.
Essas estruturas fibrocartilaginosas são identificadas no comportamento dos discos
intervertebrais, quando submetidos a uma carga mecânica, tendem a se deformar para permitir
o movimento.
 Componentes das articulações sinoviais.
 Observe as estruturas dos meniscos e ligamentos.
FLEXIBILIDADE E ESTABILIDADE DAS
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
FLEXIBILIDADE E MOBILIDADE ARTICULAR
Segundo Hall (2013), “flexibilidade articular é um termo utilizado para descrever a amplitude de
movimento (ADM) permitida em cada um dos planos de movimento de uma articulação”.

O Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) (2014) afirma que: “flexibilidade é a
capacidade de mover uma articulação ao longo de sua amplitude de movimento da articulação
(AMA) completa”.
Na prática, uma articulação tem diferentes possibilidades de ADM e se deve utilizar essas
amplitudes com base nos planos ortogonais. Assim, a amplitude relativa de movimento
permitida por uma articulação deve ser mensurada a partir da passagem da posição anatômica
ou uma posição de referência para posição extrema de movimento em uma determinada
direção. Ter uma ADM bem avaliada em um determinado sentido de movimento de uma
articulação não obrigatoriamente implica que todos os movimentos dessa mesma articulação
atendam ao padrão desejado.
A flexibilidade divide-se em:
FLEXIBILIDADE DINÂMICA
É aquela que traduz a autonomia articular do sujeito, pois considera a realização do
movimento ativamente.
FLEXIBILIDADE ESTÁTICA
Tem como base o movimento realizado de forma passiva. É muito utilizada para diagnóstico
do grau relativo de ADM de uma articulação, pois é um indicador de restrição ou frouxidão
no comportamento articular e isso pode potencializar o mecanismo lesivo.
MEDIDA DA ADM ARTICULAR
O instrumento utilizado é o goniômetro, que oferece o resultado em graus. Atualmente, existem
diversos tipos, alguns muito simples (goniômetros manuais) que oferecem dados a partir de
uma leitura direta no equipamento, chegando a goniometria digital, altamente tecnológica.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 Goniômetro manual.
 ATENÇÃO
Estabilidade articular (EA) é a resistência apresentada por uma articulação ao movimento
anormal dos segmentos corporais.
Observe que o termo anormal é significativo, pois o comportamento articular segue um padrão
de previsibilidade e, quando ocorre fora desse padrão, há possibilidade do comprometimento
da integridade articular. A EA tem como base duas posições, que são:
POSIÇÃO TRAVADA OU COAPTAÇÃO FECHADA
Identificada a partir do “melhor” encaixe ósseo dentro da articulação, ou seja, melhor
acomodação das peças ósseas. É importante enfatizar que, ao longo de todo o arco de
movimento articular, tende a existir somente uma posição em que esse encaixe é “máximo”,
normalmente, em posição fundamental.
POSIÇÃO DESTRAVADA OU COAPTAÇÃO ABERTA
Qualquer posição diferente da travada, ou seja, a maioria das posições possíveis em todo o
arco da ADM.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
QUANTO MAIOR A AMPLITUDE DE MOVIMENTO,
MENOR O NÚMERO DE COMPONENTES
ARTICULARES (LIGAMENTOS ETC.) ENVOLVIDOS
COM A ESTABILIDADE DA ARTICULAÇÃO E, QUANTO
MAIOR A SOBRECARGA SUPORTADA, MAIS DIFÍCIL É
ESTABILIZAR A ARTICULAÇÃO.
O ACSM (2014) sugere que a flexibilidade: “depende de uma série de variáveis específicas,
incluindo distensibilidade da cápsula articular, aquecimento adequado e viscosidade muscular,
além da complacência dos ligamentos e tendões”.
Aqui, iremos destacar os elementos de maior relevância prática:
TIPO E NÚMERO DE ELEMENTOS ARTICULARES
ENVOLVIDOS
Devem ser considerados o número e tipos de ligamentos, o grau de elasticidade da cápsula
articular e se existem estruturas fibrocartilaginosas envolvidas com a articulação. Por exemplo,
a resistência oferecida pela cápsula articular do joelho é maior que a oferecida pela cápsula
articular do ombro.
• IDADE
A CAPACIDADE DE DEFORMAÇÃO DAS
ARTICULAÇÕES ESTÁ RELACIONADA À IDADE.
CRIANÇAS E JOVENS TENDEM A APRESENTAR
TECIDOS MAIS ELÁSTICOS QUE OS DOS ADULTOS E
IDOSOS. NO ENTANTO, NADA IMPEDE QUE UMA
PESSOA COM IDADE AVANÇADA, DESDE QUE SE
MANTENHA VINCULADA AOS EXERCÍCIOS PARA
MANUTENÇÃO E/OU AUMENTO NA ADM POSSA
APRESENTAR RESULTADOS SATISFATÓRIOS.
Idosos realizando exercício de alongamento. Imagem: Shutterstock.com
A capacidade de deformação das articulações está relacionada à idade. Crianças e jovens
tendem a apresentar tecidos mais elásticos que os dos adultos e idosos. No entanto, nada
impede que uma pessoa com idade avançada, desde que se mantenha vinculada aos
exercícios para manutenção e/ou aumento na ADM possa apresentar resultados satisfatórios.
 Idosos realizando exercício de alongamento.
• CAPACIDADE DE ALONGAMENTO MUSCULAR
(ANTAGONISTA)
ESSE É O FATOR QUE MERECE MAIOR ATENÇÃO. NO
CASO, ESTAMOS FALANDO DO ALONGAMENTO DO
MÚSCULO ANTAGONISTA AO MOVIMENTO
REALIZADO. POR EXEMPLO, NA FLEXÃO DA
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL, OS MÚSCULOS
ISQUIOTIBIAIS COM BAIXA CAPACIDADE DE
ALONGAMENTO IRÃO LIMITAR O MOVIMENTO,
DENTRE OUTROS FATORES.
Imagem: Shutterstock.com
Esse é o fator que merece maior atenção. No caso, estamos falando do alongamento do
músculo antagonista ao movimento realizado. Por exemplo, na flexão da articulação do quadril,
os músculos isquiotibiais com baixa capacidade de alongamento irão limitar o movimento,
dentre outros fatores.
Tipos de alongamentos
Ativo - Produzido pela ação concêntrica dos músculos antagonistas ao que se quer alongar.
Por exemplo, ao ativar concentricamente os músculos flexores do quadril, os músculos
antagonistas, ou seja, extensores, serão alongados. Mas, atenção, apesar de altamente
seguro, o grau de eficiência deste tipo de alongamento é muito baixo.
Passivo - A forma passiva de alongamento é uma das mais utilizadas, produzido por uma força
externa, diferente da ação concêntrica dos músculos antagonistas que se quer alongar. Pode
ser a força gerada em um segmento corporal diferente daquele onde está o músculo que se
queira alongar. Por exemplo, sua mão esquerda puxa o seu braço direito na frente do corpo; a
ação da gravidade ao “soltar o tronco à frente” a partir da postura ereta, ou ainda, a ação de
um profissional alongando um cliente.
Dinâmico ou balístico - São movimentos rápidos, sucessivos e suavemente controlados,
buscando o alongamento. Como o próprio nome sugere, envolve movimento, por isso, deve ser
proposto a sujeitos que tenham prévio domínio dos movimentos corporais. Isso porque pode
gerar um efeito contrário, caso os fusos musculares (FM’s) sejam estimulados.
Estático - É a manutenção de uma postura por um tempo. Usualmente em torno de 30
segundos, podendo ou não haver progressão (aumento no estiramento) no alongamento ao
longo desse tempo, dependendo do grau de rigidez do músculo que se queira alongar. É um
dos tipos mais utilizados de alongamento pelos diferentes profissionais na área da saúde.
Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) - Observe a descrição: envolve a contração
do músculo que se quer alongar, a partir de uma posição “fixa”, imediatamente seguida do
relaxamento deste músculo, quando então ocorre um aumento no “estiramento” dele. Isso é
conseguido em função da ativação de um receptor sensorial chamado de órgão tendinoso de
Golgi (OTG). Apesar de ser altamente eficaz, este tipo de alongamento só deve ser proposto e
realizado por profissionais que dominem essa técnica, uma vez queo risco de lesão é elevado.
Os diferentes tipos de alongamentos tendem a ser combinados 2 a 2, e são: ativo estático;
ativo dinâmico ou balístico; passivo dinâmico; passivo estático. Já o FNP apresenta
características ativas, passivas e estáticas, e deve ser encarado como um tipo singular de
alongamento.
 Exemplos de exercícios de alongamento.
ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE OS RECEPTORES
SENSORIAIS QUE INTERFEREM NO ALONGAMENTO.
O Fuso muscular (FM) está localizado entre as fibras musculares sendo paralelo a estas. É
sempre estimulado com o aumento do comprimento muscular. Divide-se em:
FM PRIMÁRIO
Responde à velocidade e ao grau de estiramento muscular.
FM SECUNDÁRIO
Responde somente ao grau de estiramento muscular.
 Fuso muscular.
AÇÃO: INIBE O ESTIRAMENTO NO MÚSCULO QUE
ESTÁ SENDO ALONGADO, POIS INICIA RÁPIDA AÇÃO
CONCÊNTRICA NO MESMO.
PERCEBERAM POR QUE O ALONGAMENTO
DINÂMICO OU MOVIMENTOS BRUSCOS DE
ALONGAMENTO PODEM TER RESULTADOS
CONTRÁRIOS DO QUE SE DESEJA?
O Órgão tendinoso de Golgi (OTG) está localizado nos tendões, próximo à junção
miotendinosa. É estimulado sempre que os tendões são alongados em função da ação
concêntrica dos músculos vinculados a esses tendões.
 Órgão tendinoso de Golgi.
AÇÃO: PROMOVE O RELAXAMENTO E,
CONSEQUENTEMENTE, O “ESTIRAMENTO” DO
MÚSCULO QUE SE QUEIRA ALONGAR.
SISTEMA ARTICULAR E O MOVIMENTO
O especialista Claudio Gonçalves Peixoto abordará os tipos de articulações relacionadas ao
movimento;
flexibilidade e estabilidade articular e tipos de alongamento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar as adaptações no sistema ósseo em função de suas características
estruturais e funcionais, e a sua contribuição para a integridade do sistema locomotor
O SISTEMA ÓSSEO E A SUA RELAÇÃO
COM O MOVIMENTO DO CORPO HUMANO
O sistema ósseo possui características muito específicas, dentre elas, um percentual de 15% a
20% da massa corporal. Sua estrutura é leve, mas altamente resistente à assimilação das
cargas mecânica, em especial, as cargas de compressão e de tensão.
 Diferentes tipos de ossos.
Incialmente, devemos lembrar da divisão axial e apendicular do esqueleto. Isso porque, dentre
as principais funções desempenhadas pelos ossos, temos: a sustentação de cargas, os pontos
de fixação das inserções musculares e o comportamento de alavancas, compreendido mais
facilmente a partir dos ossos longos.
 Diferentes tipos de ossos.
 SAIBA MAIS
Assim, a ausência ou o excesso de cargas aplicadas sobre um osso devem ser considerados
para o estabelecimento da saúde óssea.
Os principais fatores em termos biomecânicos, que influenciam o crescimento e o
desenvolvimento ósseo são:
O nível de atividade física - Considerar o exercício físico.
O estilo de vida - Evitar uma vida sedentária.
Os hábitos posturais funcionais no trabalho e no lazer.
COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DO TECIDO
ÓSSEO
Os ossos possuem três componentes: orgânico, inorgânico e água. As proporções variam,
mas a contribuição de cada um desses componentes é consenso.
COMPONENTE ORGÂNICO
O colágeno confere ao osso algum grau de maleabilidade e capacidade de suportar carga
tensiva.
COMPONENTE MINERAL OU INORGÂNICO
São basicamente os minerais cálcio e fosfato, que conferem ao osso rigidez e capacidade de
suporte às cargas compressivas.
Somando os componentes orgânico e mineral, temos cerca de 60% a 70% da massa óssea. A
água é importante na integridade estrutural do tecido ósseo, interferindo diretamente em sua
força, e pode representar até 30% da massa óssea. Observe que o desequilíbrio na
composição do tecido ósseo afetará suas propriedades mecânicas e a capacidade de
assimilação de cargas.
 Observar osso compacto e osso cortical.
Agora, pensemos na estrutura de um osso, como esse aspecto morfológico pode ter
implicações para o movimento. São duas as principais características estruturais de um osso:
uma que oferece rigidez e outra que oferece algum grau de leveza e adaptabilidade aos
diferentes tipos de carga.
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Osso compacto ou cortical: Constitui aproximadamente 80% do tecido ósseo. Visualmente,
assemelham-se a um sistema de tubos ocos concêntricos. Apresenta alta densidade e baixa
porosidade; oferece força e rigidez ao esqueleto, isto é, na prática, suportam altos níveis de
apoio de pesos ou tensão muscular longitudinalmente, antes de falhar ou fraturar. Quanto
maior for o número de camada (tubos), maior a força e dureza do osso. Estão localizados no
revestimento das epífises e dos demais tipos de ossos (curtos, irregulares e planos) e
constituem quase que integralmente as diáfises.
Observe a estruturação do osso compacto. Imagem: Shutterstock.com
Osso esponjoso ou trabecular: É um osso resistente, mas que, em função de sua alta
porosidade e baixa densidade, oferece leveza ao esqueleto, apesar de serem altamente
resistentes. Contudo, são mais fracos e menos rígidos que o osso cortical. Apresentam como
grande vantagem a possibilidade das trabéculas de se adaptarem na direção do estresse
(força) imposto, o que permite uma força alta para um osso leve. Outro aspecto relevante é a
alta capacidade para absorção de impactos (choques) e distribuição de cargas, devido à sua
maior porosidade.
Estruturação do osso esponjoso. Imagem: Shutterstock.com
Osso compacto ou cortical: Constitui aproximadamente 80% do tecido ósseo. Visualmente,
assemelham-se a um sistema de tubos ocos concêntricos. Apresenta alta densidade e baixa
porosidade; oferece força e rigidez ao esqueleto, isto é, na prática, suportam altos níveis de
apoio de pesos ou tensão muscular longitudinalmente, antes de falhar ou fraturar. Quanto
maior for o número de camada (tubos), maior a força e dureza do osso. Estão localizados no
revestimento das epífises e dos demais tipos de ossos (curtos, irregulares e planos) e
constituem quase que integralmente as diáfises.
 Observe a estruturação do osso compacto.
Osso esponjoso ou trabecular: É um osso resistente, mas que, em função de sua alta
porosidade e baixa densidade, oferece leveza ao esqueleto, apesar de serem altamente
resistentes. Contudo, são mais fracos e menos rígidos que o osso cortical. Apresentam como
grande vantagem a possibilidade das trabéculas de se adaptarem na direção do estresse
(força) imposto, o que permite uma força alta para um osso leve. Outro aspecto relevante é a
alta capacidade para absorção de impactos (choques) e distribuição de cargas, devido à sua
maior porosidade.
 Estruturação do osso esponjoso.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ÓSSEO
Sobre esse tópico, é importante entender:
Os ossos são estruturas vivas, em constante processo de renovação.
Existe um processo constante de formação (ação dos osteoblastos), reabsorção (ação
dos osteoclastos) e a identificação das células ósseas adultas (osteócitos).
O crescimento longitudinal de um osso quando encerrado determina a maturação do
esqueleto.
O crescimento circunferencial (diâmetro) é mais acentuado até o início da vida adulta,
mas continua a ocorrer por toda a vida, estando relacionado ao padrão de solicitação
mecânica (exercícios).
A membrana que reveste os ossos é chamada de periósteo, e possui duas camadas. A
camada externa serve de ponto para inserção para os tendões musculares e a camada
interna produz camadas do novo tecido ósseo por cima das já existentes.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A ossificação dos ossos longos é representada pelo equilíbrio entre a ação dos osteoclastos e
osteoblastos que favorece o crescimento e desenvolvimento ósseo a partir das demandas de
cargas. Por isso, saber ajustar a intensidade, duração e frequência com que um osso deva ser
submetido a um estímulo serão vitais para saúde dele.
O crescimento longitudinal dos ossos longos assume um papel importante na estatura, pois
são identificadas em um osso infanto-juvenil, além da diáfise e das epífises, as metáfises
(cartilagem epifisárias) e estas desaparecemcom a maturação do esqueleto. Para que o
crescimento longitudinal de um osso longo ocorra de maneira eficaz, é necessário que ele seja
submetido a cargas de compressão, que estimularão a deposição de novas células ósseas a
partir da placa epifisária.
 SAIBA MAIS
Via de regra, o desaparecimento da placa epifisária tende a ocorrer por volta dos 18 anos em
homens e dois a três anos após a menarca (primeira menstruação) em mulheres.
O crescimento em diâmetro dos ossos, apesar de ser reduzido a partir da idade adulta,
continua em menor escala por toda a vida. Esse crescimento é considerado saudável quando
ocorre um equilíbrio entre a ação dos osteoblastos e osteoclastos.
 Observe o comprimento ósseo nas imagens laterais e o diâmetro ósseo na imagem central.
Muito se fala de carga e adaptação, mas, na prática, como isso ocorre? É necessário que o
osso seja submetido aos diferentes tipos de cargas, e seja “estressado” em diferentes
condições. Essas cargas permitirão as adaptações positivas do tecido ósseo.
RESPOSTA ÓSSEA AO ESTRESSE
Trata-se da identificação da distribuição no interior do corpo, em especial, nos ossos, das
forças as quais esse corpo está exposto. É importante pensarmos que uma determinada
quantidade de força aplicada em uma determinada área, por exemplo, o platô tibial, deve ser
entendida a partir da pressão gerada. Logo:
ESTRESSE = FORÇA ÷ ÁREA DE APLICAÇÃO DA
FORÇA
 Observe o platô tibial e a área para o suporte do peso corporal.
Três fatores devem ser observados ao pensarmos nesse estresse relacionado à carga
aplicada, são eles: o sentido, o tempo e a magnitude da força aplicada.

O estresse ósseo é a avaliação do comportamento do osso submetido a uma carga (força), ou
seja, é uma resposta dinâmica à presença ou ausência de diferentes forças que irão influenciar
no tamanho, formato e densidade de um osso.

A partir daí, Hall (2013) cita a lei de Wolff (1892) ao afirmar que: “as densidades e, em menor
extensão, os formatos e tamanhos dos ossos de um determinado ser humano são uma função
da intensidade e da direção das forças mecânicas que agem sobre os ossos”.
Hierarquicamente, a densidade de um osso é o indicador primário da saúde desse osso,
seguida pelo formato e tamanho dele.

A intensidade (magnitude) da força aplicada tem relação direta com o sentido da carga aplicada
(compressão, tensão, rotação, curvamento e cisalhamento). Em função disso, faz-se
necessário conhecer a característica anisotrópica do tecido ósseo, isto é, o osso tem o seu
comportamento influenciado em função da direção da carga aplicada. Na prática, são
diferentes propriedades mecânicas em resposta às cargas aplicadas em diferentes sentidos.
Os ossos exibem diferentes graus de resistência e rigidez em resposta às forças aplicadas a
partir de diferentes sentidos. Os ossos são mais fortes para resistirem às cargas compressivas
e são mais fracos para suportarem cargas de cisalhamento.
A MODELAGEM E A REMODELAGEM ÓSSEA
A modelagem e a remodelagem óssea ocorrem em função das ações dos osteoblastos x
osteoclastos, em função das demandas mecânicas impostas sobre o osso.
 Osteoblastos e osteoclastos.
Como respostas, podem ter: a diminuição, o aumento ou até a modificação no formato de um
osso. Por exemplo, a modificação no formato dos corpos das vértebras torácicas de nadadores
de elite na modalidade borboleta.
COMO CARACTERIZAR A HIPERTROFIA E A ATROFIA
ÓSSEAS?
A hipertrofia óssea é tipificada por uma maior mineralização óssea de sujeitos submetidos a
estresses positivos (exercício), fazendo com que seus ossos sejam mais densos quando
comparados aos indivíduos sedentários para mesma idade e sexo. Assim, essa carga positiva
está relacionada à intensidade, duração e frequência de exposição, fazendo com que o osso
apresente um aumento na massa óssea, por ação dos osteoblastos.
 ATENÇÃO
A intensidade de uma carga é mais efetiva do que a frequência de exposição à massa óssea.
 Na atrofia óssea, o osso esponjoso é mais afetado.
SISTEMA ÓSSEO E O MOVIMENTO
O especialista Claudio Gonçalves Peixoto abordará:
composição e estrutura óssea; modelagem e remodelagem óssea; resposta óssea ao estresse.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, falamos sobre sistema muscular, sua estrutura macroscópica e o seu interior até
aos sarcômeros, ou seja, as menores unidades funcionais de contração muscular. Discorremos
sobre a importância das unidades motoras não só na sua relação com os diferentes tipos de
fibras musculares, mas também com os movimentos finos e potentes. De forma complementar,
discorremos sobre os diferentes fatores mecânicos que afetam a força muscular a partir de
diferentes solicitações de movimentos.
Quando o assunto foi o sistema articular, classificamos as articulações, mas também as
correlacionamos com a estrutura anatômica. A partir daí, vimos os componentes que
constituem uma articulação sinovial e a sua relação com o movimento. Conversamos sobre a
flexibilidade e a importância desta a partir do alongamento muscular para a saúde, qualidade
de vida e autonomia do indivíduo.
Finalizando, estudamos o sistema ósseo. Falamos sobre crescimento e desenvolvimento
ósseo, com relação à composição e à estruturação dos ossos relacionada às cargas
mecânicas e a saúde estrutural do osso ao longo de toda a vida.
 PODCAST
Agora, o especialista Claudio Gonçalves Peixoto encerra com um resumo sobre o tema.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM. ACSM’s Guidelines for exercise
testing and prescription. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
HALL, S. Biomecânica Básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 3. ed. São
Paulo: Manole, 2012.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos abordados neste conteúdo, busque os seguintes artigos:
Influência da redução da força muscular em idosos nos parâmetros biomecânicos da
marcha, de Deborah Hebling Spinoso e outros autores, publicado em 2018.
Análise do conhecimento relativo aos fundamentos da biomecânica junto aos
profissionais que trabalham em academias, de Ricardo Pablo Passos e outros autores,
publicado em 2018.
Efeito agudo de diferentes técnicas de alongamento na flexibilidade dos isquiotibiais, de
Daiane Santos e outros autores, publicado em 2018.
CONTEUDISTA
Claudio Gonçalves Peixoto
 CURRÍCULO LATTES
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