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Família e Saúde O que é uma família? 2 FAMÍLIA https://www.youtube.com/watch?v=7m9KrNCoPtk O QUE É SER FAMÍLIA?? É TER GRAU DE PARENTESCO?? QUAL O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA? 3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A família no Brasil tem passado por grandes transformações nos últimos 40 anos. Passou-se de um modelo de família numerosa, onde o pai exercia um poder, a mulher e os filhos que eram subalternos e tutelados por ele, para outros modelos mais flexíveis. 4 AS MUDANÇAS NO MODELO DE FAMÍLIA FORAM GERADAS POR DIVERSAS CAUSAS: Industrialização e urbanização; Emancipação da mulher; Reconhecimento dos direitos das crianças e adolescentes como pessoas de direitos garantidos pela CF de 1988 e o Estatuto da Criança e Adolescente – ECA de 1990. Reconhecimento das pessoas idosas e das pessoas portadoras de deficiências; Luta dos homossexuais pelo reconhecimento de seus direitos de cidadania. 5 6 MUDANÇAS NO MODELO DE FAMÍLIA SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO ATUAL O homem por meio do seu trabalho e salário era provedor da família. As regras que definiam os papéis dos membros da família na situação anterior foram sendo quebradas e as relações de poder forma se alternando. A mulher cuidava dos afazeres domésticos. Assim foram surgindo as famílias chefiadas por mulheres, as famílias formadas por homossexuais, os “re-casamentos”, filhos casados ou não, que trabalham e sustentam a família detendo o poder pela situação econômica. Os filhos, mesmo que trabalhassem ou estudassem obedeciam à autoridade paterna. Elevado número de pessoas morando sozinhas. Essas regras marcavam os papéis de pai (autoridade), mãe (subalterna) e filhos (tutelados). 7 CONCEITO DE FAMÍLIA O termo família, que provém do latim famulus (criado, servidor), aplicava-se originalmente ao conjunto de empregados de um senhor e, mais tarde, passou a ser utilizado para denominar o grupo de pessoas que vivem numa casa, unidas por laços de sangue e submetidas à autoridade de um chefe comum (PRADO, 1986). Por essa razão, a família é representada, tanto popularmente como em dicionários, como grupo de pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. 8 CONCEITO DE FAMÍLIA Grupo de pessoas que convivam sobre o mesmo teto, que possuam entre elas uma relação de parentesco primordialmente pai e/ou mãe e filhos consanguíneos ou não, assim como as demais pessoas significativas que convivam na mesma residência, qualquer que seja ou não o grau de parentesco (BRASIL, 2010). A Política Nacional de Atenção Básica de Saúde do Ministério da Saúde, publicada em 2011, reafirma a família como sujeito do processo de cuidado e define o domicílio como o contexto social em que se constroem as relações intra e extrafamiliares e se efetiva a luta pela sobrevivência e pelas condições de vida (BRASIL, 2011). (ENADE/2010) A Estratégia de Saúde da Família (ESF) vislumbra a transformação do modelo assistencial em curso no transformação do modelo, e uma de suas estratégias constitui-se nos Centros de Atenção Psicossocial Mental e de ESF assemelham-se quando: A. Adotam a abordagem individual B. Dão ênfase aos deveres dos usuários C. Reconhecem as pessoas pelos seus quadros patológicos D. Elegem o território como lócus de coprodução de saúde e a família como sujeito do processo de cuidado E. Visam aumentar a autonomia do profissional frente às condições de trabalho 9 10 A família pode ser, ainda, compreendida nas perspectivas: • Biológica: constituindo-se de pai, mãe e filhos; • Sociológica: uma das instituições sociais, que especificam os papéis sociais e os preceitos para o comportamento dos indivíduos. •Antropológica: significando um agregado que partilha um universo de símbolos e valores, códigos e normas, relacionados aos processos de socialização do indivíduo. •Psicológica: considerada uma unidade emocional em que o funcionamento de uma afeta o conjunto da família. ESTRUTURAS FAMILIARES Família nuclear, conjugal ou elementar: pai, mãe e filhos nascidos dessa união; os irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Família monoparental: constituída por um progenitor que coabita com o(s) seu(s) descendentes(s). Pai ou mãe e filho (s). Família ampliada: co-habitam ascendentes, descendentes e/ou colaterais por consanguinidade ou não, para além de progenitor(es) e/ou filho (s) – Pai, mãe, filhos, avós, cunhados, parentes e amigos (agregados). 11 O QUE É SAÚDE?? 12 13 CONCEITO DE SAÚDE ADOTADO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) O conceito de saúde passa a incorporar elementos condicionantes e determinantes. São eles: Meio Físico: condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc; Meio Socioeconômico e Cultural: Emprego, renda, educação, hábitos, etc; Biológico: idade, gênero, hereditariedade; Garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e recuperação da saúde. 14 CONCEITO DE SAÚDE DE ACORDO COM A VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. Este é o princípio que norteia o Sistema Único de Saúde. E é o princípio que está colaborando para desenvolver a dignidade aos brasileiros, como cidadãos e o acesso universal e igualitário. 15 Constituição Federal de 1988 Art. 196 VAMOS PENSAR QUAL A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA COMPREENDER O PROCESSO DE SAÚDE/DOENÇA? E AS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM? 16 Por quê a família é o sujeito do processo de cuidado? (1) A promoção, manutenção e a recuperação da saúde das famílias tem importância para a sobrevivência da sociedade; (2) A saúde e a doença são assuntos da família; (3) A família como um todo é afetada quando um ou mais dos seus membros experienciam problemas de saúde, e é um fator significante no cuidado da saúde e bem estar dos seus membros; (4) A família como um todo tem impacto no modo como os seus elementos resolvem os problemas de saúde e os comportamentos de saúde individuais afetam a família como um todo; (5) A eficácia dos cuidados de saúde é melhorada quando a ênfase é colocada sobre a família, e não apenas sobre o indivíduo. 17 Abordagem da família como um distinto paradigma do cuidar em Enfermagem Em qualquer contexto onde os enfermeiros desenvolvam a sua prática profissional, a família surge como uma área de atenção relevante para a sua intervenção. Cuidar da família é assim ― um dos primordiais interesses da enfermagem (FIGUEIREDO, 2009, p52). 18 O “APGAR DA FAMÍLIA” é um acrônimo de cinco componentes básicos: Adaptation (adaptação), Partnership (companheirismo), Growth (desenvolvimento), Affection (afetividade), Resolve (capacidade resolutiva). 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS Argumenta-se que as intervenções de enfermagem acontecem reciprocamente com a família, em contextos de intersubjetividade e complexidade, e advoga-se uma abordagem sistêmica do cuidado à família para garantir cuidados competentes e de excelência. 20 Estudo de caso A família é composta por onze irmãos sendo que na casa da entrevistada moram cinco, MIRS (paciente índice), SHRS, MCRS, ACRS e AFRS. O pai faleceu de doença cardíaca. MIRS não trabalha, pois tem que ficar em casa cuidando de AFRS. ACRS é alcoólatra, não trabalha e causa vários constrangimentos as irmãs.SHRS e MCRS trabalham e sustentam a casa. Existe ainda, um irmão RCRS e seus filhos que não moram na casa, mas causam muitos problemas por serem viciados em drogas. Diante do caso, classifique a estrutura dessa família. Quais os principais problemas identificados? Esses problemas influenciam o processo saúde/doença? Como? 21 REFERÊNCIAS BRASI, Ministério da Saúde. Portaria n°. 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html.>. Acesso em: 12 jun. 2015. CAMPOS, G.W.S. (org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, 2006. FIGUEIREDO (org.). SUS e PSF para enfermagem: práticas para o cuidado em Saúde Coletiva. São Caetano do Sul: Yendis, 2009. FONTENELE JUNIOR, K. Programa de Saúde da Família – PSF. Goiânia: ABDR, 2003. PAIM, J.S. Saúde, Política e Reforma Sanitária. Salvador: CEPS-ISC, 2002, p.446. PAIM, J.S; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde Coletiva: Teoria e Prática. Salvador: Medbook, 2014. ROUQUAYROL, M.Z; ALMEIDA, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/ MINISTÉRIO, 2002. TEXEIRA, C.F; PAIM, J.S; VILASBOA, A.L. SUS, modelos assistenciais e de vigilância da saúde. Rev. IESUS, VII(2), Abr/Jun, 1998. 22 “O laço que une a sua família verdadeiramente não é de sangue, mas de respeito e alegrias pela vida um do outro. Raramente os membros da família se criam sobre o mesmo teto.” RICHARD BACH 23
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