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Disciplina: Linguística Aplicada Docente: Graziela Mota Turma: A1 ( x ) A2 ( ) A3 ( ) Aluno(a): Alexandra Marques de Souza Matrícula:20191108465 Nota da Prova: Nota Final: Instruções: Prezado(a) aluno(a), a prova é individual e a interpretação faz parte do contexto geral da prova. A resposta deve ser redigida ou assinalada à caneta e não serão aceitas rasuras nas questões objetivas. (ENADE – 2014 – Adaptada) 1. Restos Minha Nossa Senhora do Bom Parto! O caminhão do lixo já deve ter passado! Eu juro, seu poliça, foi nessa lixeira aqui! Nessa mesminha! Eu vim catar verdura, sempre acho umas tomate, umas cenoura, uns pimentão por aqui. Tudo bonzinho, é só lavar e cortar os pedaço podre, que dá pra comer ... Aí quando eu puxei umas folha de alface, levei o maior susto. Quase desmaiei, até. Eu, uma mulher assim fornida que nem o seu poliça tá vendo, imagine: fiquei de pernas bambas. Deu-me até tontura. Acho que também por causa do fedor... Uma carniça que só o senhor cheirando, pra saber. Mas eu juro por tudo que é mais sagrado! Tinha sim um anjinho morto nessa lixeira! Nessa aqui! Coitadinho... Deve ter se esgoelado de tanto chorar. A gente via pela sua carinha de sofrimento. Ele tava com a boquinha aberta, cheinha de tapuru. Eu nem reparei se era menino ou menina, porque eu fiquei morrendo de pena... E de medo, também... Os olho... É do que mais me alembro... Esbugalhados, mas com a bola preta virada pra dentro, sabe? Ai! Soltei um berro e saí correndo. SERAFIM, L. Restos. In: SOUTO, A. Variação linguística e texto literário: perspectivas para o ensino. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 4, 2010, p. 3310 (adaptado). A variação linguística tem que ser objeto e objetivo do ensino de língua: uma educação linguística voltada para a construção da cidadania numa sociedade verdadeiramente democrática não pode desconsiderar que os modos de falar dos diferentes grupos sociais constituem elementos fundamentais da identidade cultural da comunidade e dos indivíduos particulares (BAGNO, 2015). Discorra sobre a temática aventada em “A língua de Eulália”, de Marcos Bagno, abordando as três assertivas abaixo. Ao desenvolver seu texto, não deixe de relacionar as ideias do livro às proposições que seguem. (3,5) (Máximo de 15 linhas) I. A redução do verbo "estar", como em "tá" e "tava", é uma característica evidenciada na fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados. II. A eliminação da marca de plural, como em "os pedaço" e "pernas bamba", é um traço das variedades linguísticas populares faladas e escritas. III. A prótese do fonema /a/ em "alembro" é uma característica associada à história da língua portuguesa. RESPOSTA: A obra sociolingüistica de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, procura nos apresentar que o uso de uma linguagem 'diferente', nem sempre pode ser considerado um "erro de português". A redução do verbo “estar”, como por exemplo, em “tá” e “tava” consiste em uma característica que é evidenciada pela fala de sujeitos escolarizados e não escolarizados. Assim como, os fenômenos representativos dos metaplasmos de supressão, aférese e apócope em “tá” e somente aférese em “tava”. São uma série de pronúncias que não podem ser vistas como errada ou pobre para os educadores, no entanto, diferente do padrão vigente. E mesmo que existe muitos erros de português-padrão. Uma das coisa mais interessantes da leitura dessa obra e que você acaba aprendendo com todos os conteúdos apresentados no decorrer do livro. Aprendendo porquê das variações linguísticas e de todo contexto histórico. O rotacismo é o processo mais discriminados. Na tabela que é apresentada no livro, podemos vê que o próprio Português tratou de de mudança fonética e o autor ainda faz menção de alguns exemplos do livro Os Lusíadas de Camões em que ele tinha o próprio rotacismo. Outro ponto que é bem interessante é como a norma culta sofre influências sobre a língua. O que um dia foi conhecido como “errado”, sendo usado pela população como a norma culta. Vale mencionar que o errado só é considerado errado quando se é comparado com algo que é certo, ou seja, uma noção que é criada por nós. No geral, A Língua de Eulália deveria ser um livro para todos indivíduos que tem certo interesse pela Língua Portuguesa, não só os professores, mas por todos que possuem um certo aprecio pela Linguística. 2. Na Linguística, sempre houve muitas discussões em torno de qual paradigma teórico é o melhor para se entender os fenômenos linguísticos (...) Outra questão que tem gerado muita discussão entre os linguistas é a que diz respeito a formalismo e a funcionalismo. Enquanto muitos formalistas e funcionalistas debatem para tentar provar que um paradigma é melhor que o outro, alguns linguistas percebem que tal comparação é impraticável e que, em verdade, esses dois paradigmas se complementam no sentido de ajudar a Linguística a melhor entender seus fenômenos (OLIVEIRA, 2003). Discorra sobre os conceitos de Funcionalismo e Formalismo, conforme discutido em aula. Ao elaborar seu texto, considere a frase “Julia a chegou” como ponto de partida para distinguir os dois paradigmas linguísticos. (3,5) (Máximo de 15 linhas) Em seu texto, não deixe de abordar os seguintes pontos: I. Visão funcionalista versus visão formalista; II. A discussão acerca do ensino formal de gramática na aprendizagem de línguas estrangeiras; III. Aspectos formais da língua versus a produção de linguagem inserida em um meio social; IV. O papel do linguista aplicado na contemporaneidade; RESPOSTA: Alguns estudos linguísticos modernos apresentam, de uma maneira geral, abordagens que buscam um entendimento de grandes fenômenos que contornam a linguagem e o seu uso. Tantas atitudes que apresentam suas polêmicas situadas em dois principais paradigmas, formalismo e o funcionalismo. O formalismo acontece no final do século XX, com uma linguagem de objeto autônomo e possuindo uma análise da língua descontextualizada. A utilização dos fenômenos psicológicos e sociológicos nos estudos da linguagem, fere o princípio da autonomia linguística. A língua como inata, transmite geneticamente comum a espécie humana. Possuindo também a primeira concepção de linguagem, uma das funções principais, é a expressão de pensamento. E não podemos esquecer da gramática para definir a língua, pela utilização de regras sintáticas. E é claro que existe diversos sociólogos e filósofos que concordam com o formalismo, Saussure compreende a estruturação dos sistemas linguísticos, sintagma e paradigma, significado e significante. e Bloomfield tem seus concordância com o Saussure, como estudos sincronizados que possui três níveis: Fonlogicos, morfológicos e sintáticos. No entanto, Bloomfield opta pela discrição sincrônica, distributacionalismo ou linguística distributacional, mecanicismo linguísticos baseado no comportamentalismo de Skinner. Já o funcionalismo estuda a função das palavras no momento de comunicação e as funções de linguagem são: função referencial, função fática, função poética, função emotiva, função conotativa e função metalinguistica. O funcionalismo funciona como instrumento de linguagem que é um instrumento de comunicação e interação social. A língua é baseada em seu uso real como objeto de estudo. Observando com atenção, vemos que tanto os formalistas e funcionalistas agem da mesma maneira: a língua. Contudo, a maneira que ambos são apresentados é diferente. Antigamente o ensino da língua estrangeira começou logo após da II guerra mundial, dispondo uma imposição de ampliar um meio que os soldados se comunicassem para aprender uma nova língua, e foi dessa maneira que surgiu o PTEE (Programa de Treinamento Especializado do Exército) e um dos principais responsável Bloomefield por conta da influência dos militares que vem de um método behaviorista.Estes métodos de ensino apresenta algumas posições teóricas de ensino que dominam o ensino de línguas estrangeiras: audiolinguisml e aproximação de comunicação. A gramática não deve ser ensinada é entendida por tópicos linguísticos, contudo deve ser constando como uma gramática com métodos pedagógico. A linguagem formal é conhecida como linguagem culta. A linguagem que é aplicada não existe familiaridade entre os interlocutores de comunicação ou em alguns momentos que requerem mais respeito. Já a linguagem informal é conhecida como uma linguagem coloquial. Está linguagem é aplicada quando os interlocutores estão em um ambiente de descontração com seus familiares e amigos. Ambos são de suma importância, um para convivência social e outro para o meio trabalhista. Nós portamos de acordo com o meio que estamos. Se levarmos em consideração as diferenças de linguagem na época moderna no país em que vivemos, acharemos fácil perceber que estamos diante de um fenômeno. ESPAÇO PARA AS RESPOSTAS (MÉDIA DE 10 A 15 LINHAS PARA CADA QUESTÃO)
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