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Direito Processual Civil IV

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Direito Processual Civil IV 
 
• Execução 
 Sentença de processo de conhecimento (reconheceu que o réu deve ao autor uma 
obrigação de dar/ fazer/ não fazer). Nesse caso a próxima fase do processo é o 
cumprimento de sentença, nada mais é do que a continuação do processo. Títulos 
executivos judiciais. 
 Documento que ‘faz as vezes’ da sentença porque este próprio documento 
comprova a existência de uma obrigação. Nesse caso, tendo o credor esse 
documento ele já vai efetivar o direito, aqui acontecerá o processo de execução. 
Títulos executivos extrajudiciais. 
 Nesses dois casos torcemos que as pessoas cumprem de forma espontânea suas 
obrigações, se elas não cumprirem existe a fase do efetivar essa obrigação. A 
finalidade da execução é efetivar o direito, fazer com que o credor tenha o direito. 
 A execução pode ter duas origens, dentro do próprio poder judiciário, que é o CS, 
e no caso número quando o credor tem um documento que atesta, e tem então a 
Execução. 
 Dentro da questão da sentença temos outra situação: toda execução seja judicial 
(que é o CS) ou extrajudicial, se baseia na existência do que se chama título 
executivo, para que um título seja reconhecido como título executivo deve ter 3 
características: certa (delimitada), exigível (mora) e liquida (quanto ou o que deve 
o devedor). 
 
• Liquidação da sentença 
 Liquidar: delimitar o tamanho da obrigação que tem que ser paga pelo credor. 
Temos 3 tipos de liquidação: 
1. Cálculo: atualização do valor devido, com correção monetária e juros. Não 
aparece no CPC, porque essa deve ser feita pelo exequente. 
2. Arbitramento: ele deu o exemplo do individuo que comete um crime e tem 
que pagar uma indenização, que no caso é ilíquida, sendo assim, utiliza da 
arbitragem. Pode surgir da necessidade de nomeação de um perito (como 
no exemplo da parede) ou de uma decisão judicial (chute). 
3. Pelo procedimento comum (por artigos): quando há a necessidade de 
alegar e provar fato novo. Ex.1: imaginem que a fazenda foi invadida por 
algumas famílias e estão causando prejuízos, quando entrarem com ação 
de reintegração da posse, nessa ação vai ser feito junto um pedido de 
indenização pelos danos dos invasores. Qual o tamanho do dano? Nesse 
caso é ilíquida, ai o juiz vai condenar os réus a desocupar e pagar os danos 
causados, como achar esses danos causados? Pela liquidação no 
procedimento comum, provando quantas vacas foram mortas, etc. Ex.2: 
Somos advogados de alguém que foi vitima de um acidente, e o juiz 
condena o autor do acidente a pagar todas as cirurgias necessárias. O que 
será delimitado com o tempo, tendo que alegar e provar fato novo. 
 A liquidação é uma fase a parte ou um processo a parte: Ação de conhecimento – 
sentença ilíquida – liquidação – cumprimento (dois últimos exemplos)/ Ação 
penal – sentença que condena a reparar o prejuízo – ilíquida – ação civil de 
liquidação da sentença penal (primeiro exemplo) 
 Na fase de liquidação se houver contestação incide honorários. 
 
→ Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, 
proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor: 
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou 
exigido pela natureza do objeto da liquidação 
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo. 
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito 
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta. 
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá 
promover, desde logo, o cumprimento da sentença. 
§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos 
interessados programa de atualização financeira. 
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. 
→ Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a 
apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso 
não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o 
procedimento da prova pericial. 
→ Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação 
do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que 
estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) 
dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte 
Especial deste Código . – o réu pode aceitar tudo o que foi apontado pelo credor 
ou pode falar que nem ferrando, cabe ao credor provar centavo por centavo. Se 
chama procedimento comum porque vira um processo de dano material, apurar 
quanto vai ter que indenizar. 
→ Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-
se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o 
pedido com cópias das peças processuais pertinentes. 
 
• Cumprimento da sentença 
 Cumprimento de sentença é quando o credor participou e ganhou a ação na fase 
de conhecimento (fase em que o juiz diz se o autor ou não o direito que ele pleiteia) 
pede ao poder judiciário a forçar o devedor a cumprir a sentença a que foi 
condenada. O cumprimento é facultativo porque o devedor pode pagar 
espontaneamente (pagamento voluntário da obrigação), só acontece a CS quando 
não há esse cumprimento voluntário. É um cumprimento forçado. 
 Se tivermos uma sentença a origem do titulo executivo que esta sendo executado 
é judicial, é de dentro do poder judiciário, é titulo executivo judicial. 
 Só chegamos na fase de execução e principalmente no CS, se houver pedido do 
credor. Porque se a pessoa não quiser receber o direito é dela, por isso não é 
automático. 
→ Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, 
observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto 
no Livro II da Parte Especial deste Código. 
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou 
definitivo, far-se-á a requerimento do exequente. 
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença: - por intimação não é citação 
porque já houve citação na fase de conhecimento e portanto citação vai ocorrer uma vez 
só. 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos – se tiver 
advogado 
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou 
quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV- 
mesma coisa da citação 
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver procurador 
constituído nos autos 
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na fase de 
conhecimento. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o 
devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 274. 
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em 
julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com 
aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto 
no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo. 
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do 
coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento. – 
João tinha como devedores Maria, José e Pedro e poderia ter processado os 3 mas só 
processou Maria e ganha, mas não pode pedir o CS contra os 3, só contra Maria. O CS só 
é contra quem foi a fase de conhecimento. 
 Não existe previsão de citação por OJ, mas há exceções. 
→ Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, 
o cumprimento da sentença dependerá de demonstraçãode que se realizou a 
condição ou de que ocorreu o termo – para pedir a execução precisa ficar 
provado. 
 
→ Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de 
acordo com os artigos previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação 
de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza – o 
que vai ser executado se a parte não pagar é o acordo e não a divida antiga, porque agora 
tem essa decisão homologatória. 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários t iverem 
sido aprovados por decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado – existe uma diferença muito 
grande do sistema de verdade no processo civil e penal. No PC é verdadeiro todo e 
qualquer fato que não foi revogado pela parte contrária, não se sabe e não precisa haver 
provas, o sistema se satisfaz com a mera não intervenção da parte contraria, é a verdade 
formal. Já no processo penal vigora a verdade real, não existe o que se chama de 
presunção de veracidade, porque o reu pode ficar em silencio, o reu não é obrigado a falar 
nada e para que o juiz condene é necessário que ele conclua pela prova que o crime 
aconteceu e também pela autoria com base em provas reais. Isto significa que quando o 
juiz condena é porque ele se convenceu e conseguiu demonstrar que o fato aconteceu e 
houve autoria. Essa decisão transitado em julgado nenhum outro juiz pode dizer o 
contrário. Isto implica em uma ação que o juiz do processo civil não poderá tomar decisão 
diferente daquela que veio no processo penal, porque le está absolutamente vinculado, 
mas não cabe na ação civil a rediscussão das coisas sobre as quais já houve a conclusão 
no processo penal. Se houver ação civil e penal ao mesmo tempo o civil tem que 
suspender o andamento do processo porque ele não pode tomar escolha adversa. A 
sentença penal condenatória não traz qual é a indenização que deve ser paga para a vitima 
e quando não traz haverá uma ação civil de liquidação da sentença penal para fixação do 
valor do dano e após isso teremos um cumprimento de sentença da fase de liquidação. 
Mas se a sentença penal fixar o valor do dano, ai já temos o valor liquido e ai temos os 3 
elementos de um titulo judicial – certeza, exigibilidade e liquidez – nesta situação não 
teve processo civil anterior, a fase anterior se deu no processo, então teremos uma ação 
civil de execução de titulo judicial, tendo que haver uma citação pois não houve um 
processo civil anterior. 
VII - a sentença arbitral – O CS da arbitragem é sempre no judiciário 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória 
pelo Superior Tribunal de Justiça; 
X - (VETADO). 
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o 
cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre 
relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo – podendo até fazer um acordo e 
homologar judicialmente sem ter havido uma ação antes. 
 Cumprimento definitivo é aquele que se baseia em uma sentença transitado e 
julgado, no provisório temos apelação sem efeito suspensivo que autoriza que o 
vitorioso vá pedindo o cumprimento de sentença. 
 
→ Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; 
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; 
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de 
sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo 
– são títulos executivos que se originam de fora de uma ação de conhecimento. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo 
do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos 
à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não 
fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. 
→ Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, 
nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário 
previsto no art. 523 – apenas autoriza que a sentença seja levada a protesto. 
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão. 
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará 
o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da 
dívida e a data de decurso do prazo para pagamento voluntário. 
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda 
pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da 
ação à margem do título protestado. 
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, 
mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de 
protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação. 
 
→ Art. 518. Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento 
da sentença e dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo 
executado nos próprios autos e nestes serão decididas pelo juiz. 
→ Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, 
provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que 
concederem tutela provisória. 
• Cumprimento definitivo 
 
 É baseado em uma decisão transitado e julgado, não cabe mais recursos do 
devedor a respeito da existência da divida ou do seu valor. 
 Não existe auto executoriedade, ou seja, se o credor não executar o juiz não irá 
fazer por ele. 
 Pode também o devedor, em transitado e julgado a sentença, pagar 
espontaneamente. 
→ Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e 
no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da 
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para 
pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver – 
intimado e não citado porque ele já foi citado, e intimado por diário oficial na 
pessoa do seu advogado. 
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será acrescido de 
multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. 
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput , a multa e os honorários 
previstos no § 1º incidirão sobre o restante – a critica é que se corta os honorários do 
advogado pela metade. 
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, 
mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação. 
→ Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo 
discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter: 
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 
319, §§ 1º a 3º ; 
II - o índice de correção monetária adotado; 
III - os juros aplicados e as respectivas taxas; 
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; 
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
VI - especificaçãodos eventuais descontos obrigatórios realizados; 
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível – a ideia, em teoria, 
é que o bloqueio da conta bancária é uma exceção, porque se constitui em verba alimentar, 
o salário. A penhora online deveria ser tratado em medida de exceção, mas na prática não 
é. 
§ 1º Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites da 
condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora terá por base 
a importância que o juiz entender adequada. 
§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que 
terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado. 
§ 3º Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou 
do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência. 
§ 4º Quando a complementação do demonstrativo depender de dados adicionais em poder 
do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando prazo de 
até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência. 
§ 5º Se os dados adicionais a que se refere o § 4º não forem apresentados pelo executado, 
sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados 
pelo exequente apenas com base nos dados de que dispõe. 
 Execuções temos 2 tipos de defesa: são diferentes porque na impugnação já houve 
processo anterior e como já houve todas as defesas que o executado poderia alegar 
na fase de conhecimento não pode ser repetido na fase de CS. 
a. Titulo executivo judicial – para Cumprimento de sentença temos 
impugnação ao CS. 
b. Titulo executivo extrajudicial – ação de execução temos a defesa que 
recebe o nome de embargos a execução. 
c. Ainda temos a exceção de pré executividade 
 
→ Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, 
inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de 
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação - tem 
exceção na lei de execução fiscal. O prazo de impugnação começa a ser contado 
depois do prazo ele foi intimado pra pagar. A defesa no CS é mais restrita porque 
já tivemos a fase de conhecimento. 
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar: 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
II - ilegitimidade de parte; 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação – por prescrição, 
decadência... 
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea – nesse prazo de 15 dias que o executado 
esperou pra impugnar já foi executado um bem. 
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções – quando o executado 
alegar excesso na execução, é obrigação dele apresentar qual é o valor correto. 
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, 
compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença – 
dependendo da divida pode prescrever em 1 ou em 10 anos, acabou o processo de 
conhecimento, ela tem que entrar com a execução o prazo de prescrição está correndo. 
§ 2º A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148 . 
§ 3º Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229. 
§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia 
quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. 
§ 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o 
demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for 
o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz 
não examinará a alegação de excesso de execução. 
§ 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive 
os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido 
o juízo com penhora, caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se 
seus fundamentos forem relevantes e se o prosseguimento da execução for 
manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta 
reparação a impugnação tem efeito suspensivo? DEPENDE, se o juiz está seguro com 
penhora ou com fiança feito com terceiro no valor da dívida, porque se a impugnação for 
apresentada se o juiz não tiver seguro com o valor da divida não tem efeito suspensivo. 
Só vai ter se os fundamentos forem relevantes e quando o juiz tiver seguro sobre o valor 
da dívida. 
§ 7º A concessão de efeito suspensivo a que se refere o § 6º não impedirá a efetivação dos 
atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens 
§ 8º Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito apenas a parte do 
objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 9º A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos executados não 
suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o respectivo fundamento 
disser respeito exclusivamente ao impugnante – a situação parecida é quando tem 
litisconsórcio passivo, vários réus e só um apresenta contestação, vale pra todos? 
DEPENDE, da matéria do réu que contestou, se a matéria tocar a todos oks, vale para 
todos, mas caso contrário não vale. É o mesmo caso aqui do impugnante. 
§ 10. Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer 
o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos, caução 
suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz – foi atribuído efeito suspensivo, não se sabe 
quanto tempo demorará, o que pode fazer para a execução andar é oferecer um bem no 
mesmo valor. 
§ 11. As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para apresentação da 
impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à adequação da penhora, da 
avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem ser arguidas por simples petição, 
tendo o executado, em qualquer dos casos, o prazo de 15 (quinze) dias para formular esta 
arguição, contado da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato – quando surgir 
fato novo ou algum dos tópicos elencados no art. Pode se pronunciar por petição simples 
no prazo estipulado no art. 
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se também 
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato 
normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em 
aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal 
como incompatível com a Constituição Federal , em controle de constitucionalidade 
concentrado ou difuso – essa declaração de inconstitucionalidade tem que vir antes do 
transito em julgado, ou ainda no prazo recursal. 
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser 
modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica. 
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser anterior ao trânsito 
em julgado da decisão exequenda. 
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da decisão 
exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da 
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal. 
 Gabigol saiu devendo do cassino, paga? Ou é obrigação inexigível? 
 
→ Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, 
comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, 
apresentando memória discriminada do cálculo. 
§ 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, 
sem prejuízo do levantamento do depósitoa título de parcela incontroversa. 
§ 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão mul ta 
de dez por cento e honorários advocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo-
se a execução com penhora e atos subsequentes. 
§ 3º Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o 
processo. 
→ Art. 527. Aplicam-se as disposições deste Capítulo ao cumprimento provisório da 
sentença, no que couber. 
 
• Do cumprimento provisório da sentença que reconhece a exigibilidade de 
obrigação de pagar quantia certa 
 
 Quando o recurso tem efeito suspensivo, tudo que o juiz condenou a pagar fica 
parado, porque a apelação foi recebida com efeito suspensivo, mas no art. 1012 
fala das hipóteses que a apelação não tem efeito suspensivo, isso significa dizer 
que quem ganhou pode efetivamente buscar receber antes mesmo de que ocorra o 
julgamento do recurso da apelação, mas como a apelação ainda vai ser julgada 
não pode ser execução definitiva, ai surge o cumprimento provisório da sentença. 
 Mas se o autor da execução faz isso todo o risco é dele, se ele causar algum dano 
para a parte contrária, em razão da execução estar de forma provisória, ele vai 
responder pelos danos. 
→ Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso 
desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o 
cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for 
reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos 
nos mesmos autos; 
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas 
em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; 
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais 
possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, 
arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos – até onde vai a execução 
provisória? Pode ir até o pagamento do devedor, só que o devedor ganhar o recurso todo 
essa questão cai, fica sem efeito, assim o exequente deverá dar caução do valor 
equivalente, o que não faz sentido, pois para eu receber x eu devo dar caução de x. Na 
prática os advogados não pedem que a execução provisória vá além de penhora e 
avaliação, pelo prejuízo que pode causar ao executado e por causa do caução. 
§ 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, 
se quiser, nos termos do art. 525 . 
§ 2º A multa e os honorários a que se refere o § 1º do art. 523 são devidos no cumprimento 
provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa. 
§ 3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de 
isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele 
interposto – mas primeiro recorre e depois deposita o dinheiro. 
§ 4º A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento 
da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real 
eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos 
causados ao executado – se é vendido a casa do cara, ele ganha o recurso, ele tem direito 
a casa de volta? Não, a pessoa tem direito a ser indenizado, isso se o exequente tiver 
dinheiro. 
§ 5º Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não 
fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo. 
→ Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos 
casos em que: 
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem: 
 Alimentos: Se no final restar claro que o alimentando não tinha direito aos 
alimentos, o executado não tem direito ao ressarcimento, isso se chama 
irrepetibilidade dos alimentos. 
 Alimentos gravídicos: nos alimentos gravídicos o suposto pai tem a obrigação de 
pagando alimentos para custos de pré-natal, ai nasce o bebe e ele não é filho do 
suposto pai e portanto ou a mãe estava de boa fé ou não. Na execução provisória 
de alimentos não gera direitos do executado de ser ressarcido, ou seja, é 
irrepetível, mesmo tendo recebido o exequente o que não era devido. 
II - o credor demonstrar situação de necessidade; 
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
(Vigência) 
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em 
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos – quando houver 
precedente em favor do exequente. 
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar 
manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação - EXCETO NA QUESTÃO 
ALIMENTAR 
→ Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição 
dirigida ao juízo competente. 
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de 
cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo 
próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal: 
I - decisão exequenda; 
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III - procurações outorgadas pelas partes; 
IV - decisão de habilitação, se for o caso; 
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para 
demonstrar a existência do crédito. 
• Da execução por quantia certa 
→ Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do 
executado, ressalvadas as execuções especiais. 
→ Art. 825. A expropriação consiste em: 
I – adjudicação: o próprio credor fica com o bem do devedor 
II – alienação: o bem vai a leilão 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de 
outros bens. 
→ Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo 
tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da 
dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios - remissão 
 
• Penhora de bens 
 Ocorre quando não há o pagamento espontâneo da obrigação e assim existe a 
possibilidade de desapropriar o devedor de seu bem para pagar o credor. Medida 
de força que só pode ser utilizado pelo Estado. 
 A execução corre a favor do credor, mas da forma menos onerosa para o devedor, 
então o devedor pode escolher quais do bens ele quer que seja penhorado. 
 
• Da penhora, do depósito e da avaliação 
→ Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o 
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários 
advocatícios – pode ter mais de um bem penhorado se um bem só não bastar para 
satisfazer a obrigação. 
→ Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera 
impenhoráveis ou inalienáveis – a inalienabilidade geralmente decorre de uma 
doação ou de uma herança quando o doador ou de cujus transfere num testamento 
um bem com clausula de inaliebilidade, e nos termos do CC as clausulas de 
inaliabilidade atingem as clausulas de impenhorabilidade. 
→ Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à 
execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência 
do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades 
comuns correspondentes a um médio padrão de vida – aqui temos um problema: 
o que é médio padrão de vida? Tem brigas a respeitodisso, microondas, ar 
condicionado, computador, correspondem a médio padrão de vida? Quais são os 
bens que correspondem ao médio padrão de vida que tem que ser declarados 
penhoráveis? 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se 
de elevado valor – o que é elevado valor? Outra vez, entendimento individual. 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como 
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de 
profissional liberal, ressalvado o § 2º ; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros 
bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação 
compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) 
salários-mínimos – o que passar de 40 é penhorável. 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos 
termos da lei; 
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio 
bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. 
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora 
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem 
como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, 
devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º - 
salário são penhoráveis para pagamentos de alimentos. 
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os 
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa 
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham 
sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico 
ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou 
previdenciária. 
→ Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os 
rendimentos dos bens inalienáveis. 
 A execução corre em favor do credor, mas de forma menos onerosa para o 
devedor, necessário lembrar isso aqui. 
→ Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com 
cotação em mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação 
fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos. 
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, 
alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso 
concreto. 
§ 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança 
bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito 
,constante da inicial, acrescido de trinta por cento. 
§ 3º Na execução de crédito com garantia real (crédito que estava sendo garantido 
om um bem móvel ou imóvel do devedor), a penhora recairá sobre a coisa dada 
em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será 
intimado da penhora. 
→ Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto 
da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das 
custas da execução. – se o devedor não tiver bem suficiente nem pra pagar as 
custas do processo, esquece! 
§ 1º Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de 
determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens 
que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for 
pessoa jurídica. 
§ 2º Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado 
depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz. 
 
 Lei do bem de família: 8.009/90 
▪ Pode o devedor abrir mão da impenhorabilidade do imóvel? Sim, ele tem que 
colocar outro bem de família. 
→ Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é 
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, 
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais 
ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses 
previstas nesta lei. 
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se 
assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos 
os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a 
casa, desde que quitados. 
→ Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte 
e adornos suntuosos. 
Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos 
bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do 
locatário, observado o disposto neste artigo. 
→ Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, 
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas 
contribuições previdenciárias; (Revogado pela Lei Complementar 
nº 150, de 2015) 
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou 
à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função 
do respectivo contrato; 
III -- pelo credor de pensão alimentícia; 
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do 
seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, 
observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; 
(Redação dada pela Lei nº 13.144 de 2015) 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições 
devidas em função do imóvel familiar; 
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo 
casal ou pela entidade familiar; 
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença 
penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
(Incluído pela Lei nº 8.245, de 1991) – o inquilino pode ter uma residência própria 
e essa residência pode ser penhorável, mas a residência do fiador não é 
penhorável. 
VIII - para cobrança de crédito constituído pela Procuradoria-Geral Federal em 
decorrência de benefício previdenciário ou assistencial recebido indevidamente 
por dolo, fraude ou coação, inclusive por terceiro que sabia ou deveria saber da 
origem ilícita dos recursos. (Incluído pela Medida Provisória nº 
871, de 2019) 
→ Art. 4º Não se beneficiará do disposto nesta lei aquele que, sabendo-se insolvente, 
adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, 
desfazendo-se ou não da moradia antiga. 
§ 1º Neste caso, poderá o juiz, na respectivaação do credor, transferir a 
impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, 
liberando a mais valiosa para execução ou concurso, conforme a hipótese. 
§ 2º Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a 
impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens 
móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada 
como pequena propriedade rural. 
→ Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se 
residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para 
moradia permanente. 
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de 
vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o 
de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de 
Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil. 
→ Art. 6º São canceladas as execuções suspensas pela Medida Provisória nº 143, de 
8 de março de 1990, que deu origem a esta lei. 
→ Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
→ Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário. 
 
• Da Documentação da Penhora, de seu Registro e do Depósito 
 Penhora não quer dizer a perda do bem, penhora quer dizer que se não houver o 
pagamento, senão houver o resgate do bem, a remissão, que o bem será levado a 
alienação e o produto da venda será usado para pagamento do exequente. Penhora 
não é e não importa a perca da propriedade. 
→ Art. 837. Obedecidas as normas de segurança instituídas sob critérios uniformes 
pelo Conselho Nacional de Justiça, a penhora de dinheiro e as averbações de 
penhoras de bens imóveis e móveis podem ser realizadas por meio eletrônico. 
→ Art. 838. A penhora será realizada mediante auto ou termo, que conterá: 
I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; 
II - os nomes do exequente e do executado; 
III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características; 
IV - a nomeação do depositário dos bens. 
→ Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos 
bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia. 
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais. 
→ Art. 840. Serão preferencialmente depositados: é o de longe menos seguido. 
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos, 
no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o Estado 
ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, 
na falta desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada 
pelo juiz; 
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre 
imóveis urbanos, em poder do depositário judicial; 
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, 
os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante 
caução idônea, em poder do executado. 
§ 1º No caso do inciso II do caput , se não houver depositário judicial, os bens 
ficarão em poder do exequente. 
§ 2º Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil 
remoção ou quando anuir o exequente. 
§ 3º As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com 
registro do valor estimado de resgate. 
→ Art. 841. Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será 
imediatamente intimado o executado. 
§ 1º A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à sociedade 
de advogados a que aquele pertença. 
§ 2º Se não houver constituído advogado nos autos, o executado será intimado 
pessoalmente, de preferência por via postal. 
§ 3º O disposto no § 1º não se aplica aos casos de penhora realizada na presença 
do executado, que se reputa intimado – desnecessidade de intimação 
§ 4º Considera-se realizada a intimação a que se refere o § 2º quando o executado 
houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 274 . 
→ Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, será 
intimado também o cônjuge do executado, salvo se forem casados em regime de 
separação absoluta de bens – porque tem a questão da meação, se esta regra não 
for obedecida nulidade da penhora e atos subsequentes. 
→ Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte 
do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da 
alienação do bem. 
§ 1º É reservada ao coproprietário ou ao cônjuge não executado a preferência na 
arrematação do bem em igualdade de condições. 
§ 2º Não será levada a efeito expropriação (leilão) por preço inferior ao da 
avaliação na qual o valor auferido seja incapaz de garantir, ao coproprietário ou 
ao cônjuge alheio à execução, o correspondente à sua quota-parte calculado sobre 
o valor da avaliação. 
→ Art. 844. Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao 
exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro 
competente, mediante apresentação de cópia do auto ou do termo, 
independentemente de mandado judicial. 
 
• Do lugar da realização da penhora 
→ Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a 
posse, a detenção ou a guarda de terceiros. 
§ 1º A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando 
apresentada certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos 
automotores, quando apresentada certidão que ateste a sua existência, serão 
realizadas por termo nos autos. 
§ 2º Se o executado não tiver bens no foro do processo, não sendo possível a 
realização da penhora nos termos do § 1º, a execução será feita por carta, 
penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação. 
→ Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos 
bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de 
arrombamento. 
§ 1 o Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, 
arrombando cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão 
de tudo auto circunstanciado, que será assinado por 2 (duas) testemunhas 
presentes à diligência. 
§ 2º Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os 
oficiais de justiça na penhora dos bens. 
§ 3º Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência, entregando 
uma via ao escrivão ou ao chefe de secretaria, para ser juntada aos autos, e a outra 
à autoridade policial a quem couber a apuração criminal dos eventuais delitos de 
desobediência ou de resistência. 
§ 4º Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva 
qualificação. 
 
• Avaliação 
 A avaliação é fundamental pra avaliar se o devedor tem ou não tem bens 
suficientes pra pagar o credor e também vai servir de base para o que vem depois, 
a situação do devedor ficar com bem penhorado ou a situação do bem ser vendido. 
→ Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça. 
Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos especializados e o valor da 
execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior 
a 10 (dez) dias para entrega do laudo – porque o OJ já abre o celular ali e vê 
quanto vale o bem, e assim seja dispensado a nomeação do perito avaliador e o 
processo corre mais rápido. 
→ Art. 871. Não se procederá à avaliação quando: 
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra. 
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, 
comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial; 
III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de 
crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, 
comprovada por certidão ou publicação no órgãooficial – o inciso II e III um 
órgão público divulga o valor dessas coisas 
IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de 
mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais 
ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que 
caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado – 
como buscapé que é um site que cota várias lojas 
Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá 
ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem 
– muito se discute se o juiz pode fazer isso ou não, há quem diga que o judiciário 
não pode fazer isso porque estamos falando de direito patrimonial 
→ Art. 872. A avaliação realizada pelo oficial de justiça constará de vistoria e de 
laudo anexados ao auto de penhora ou, em caso de perícia realizada por avaliador, 
de laudo apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo-se, em qualquer 
hipótese, especificar: 
I - os bens, com as suas características, e o estado em que se encontram; 
II - o valor dos bens. 
§ 1º Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, a avaliação, tendo em 
conta o crédito reclamado, será realizada em partes, sugerindo-se, com a 
apresentação de memorial descritivo, os possíveis desmembramentos para 
alienação. 
§ 2º Realizada a avaliação e, sendo o caso, apresentada a proposta de 
desmembramento, as partes serão ouvidas no prazo de 5 (cinco) dias. 
→ Art. 873. É admitida nova avaliação quando: quando pode ser feita nova avaliação 
I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na 
avaliação ou dolo do avaliador; 
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição 
no valor do bem; 
III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira 
avaliação. 
Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do 
caput deste artigo – cabe agravo 
→ Art. 874. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida 
a parte contrária, mandar: 
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor 
dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e 
dos acessórios; 
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor 
dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente – um problema que 
sempre deve ser levado em consideração: ampliar se houver bens disponíveis 
porque isto acontece com muita frequência do devedor ou não ter bem, ai o credor 
ganha e não leva, ou do devedor ter bens insuficientes para pagamento da dívida, 
ai tira de onde? 
→ Art. 875. Realizadas a penhora e a avaliação, o juiz dará início aos atos de 
expropriação do bem – expropriar é a perda da propriedade. 
 Nós do direito brasileiro é só o estado que possui o monopólio do uso da força 
para fazer cumprir a decisão e assim expropriar o patrimônio. 
 
• Adjudicação 
→ Art. 876. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, 
requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados – a primeira forma de 
expropriação é o bem ficar com o credor, isso é a adjudicação, e o credor efetuará 
o pagamento com o seu crédito, se o bem for de valor maior do que do crédito 
tem que depositar nos autos a diferença. Se o valor do bem não cobrir o valor da 
divida continua a execução. E é possível também querer adjudicar um bem e não 
outro que ai vai para compra de outras pessoas (leilão, por exemplo). Nunca o 
credor pode adjudicar por valor menor da avaliação. 
§ 1º Requerida a adjudicação, o executado será intimado do pedido: 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; 
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria 
Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos; 
III - por meio eletrônico, quando, sendo o caso do § 1º do art. 246 , não tiver 
procurador constituído nos autos. 
§ 2º Considera-se realizada a intimação quando o executado houver mudado de 
endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no art. 274, 
parágrafo único . 
§ 3º Se o executado, citado por edital, não tiver procurador constituído nos autos, 
é dispensável a intimação prevista no § 1º - citado por edital no processo de 
conhecimento. 
§ 4º Se o valor do crédito for: 
I - inferior ao dos bens, o requerente da adjudicação depositará de imediato a 
diferença, que ficará à disposição do executado; 
II - superior ao dos bens, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente. 
§ 5º Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indicados no art. 889, incisos 
II a VIII , pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo 
cônjuge, pelo companheiro, pelos descendentes ou pelos ascendentes do 
executado – pode haver a remição, ou seja, o devedor paga pelos bens ou alguém 
da família, pega o bem de volta e sua divida é perdoada. A família se sub-roga-
se no lugar do devedor, podendo depois doar para o devedor os bens ou ficar com 
eles. O credor não tem direito subjetivo ao bem e sim a divida. 
§ 6º Se houver mais de um pretendente, proceder-se-á a licitação entre eles, tendo 
preferência, em caso de igualdade de oferta, o cônjuge, o companheiro, o 
descendente ou o ascendente, nessa ordem. 
§ 7º No caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade anônima fechada 
realizada em favor de exequente alheio à sociedade, esta será intimada, ficando 
responsável por informar aos sócios a ocorrência da penhora, assegurando-se a 
estes a preferência. 
→ Art. 877. Transcorrido o prazo de 5 (cinco) dias, contado da última intimação, e 
decididas eventuais questões, o juiz ordenará a lavratura do auto de adjudicação. 
§ 1º Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura 
do auto pelo juiz, pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se 
estiver presente, pelo executado, expedindo-se: 
I - a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de 
bem imóvel; 
II - a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel. 
§ 2º A carta de adjudicação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua 
matrícula e aos seus registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de 
quitação do imposto de transmissão. 
§ 3º No caso de penhora de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a 
assinatura do auto de adjudicação, oferecendo preço igual ao da avaliação, se não 
tiver havido licitantes, ou ao do maior lance oferecido. 
§ 4º Na hipótese de falência ou de insolvência do devedor hipotecário, o direito 
de remição previsto no § 3º será deferido à massa ou aos credores em concurso, 
não podendo o exequente recusar o preço da avaliação do imóvel. 
→ Art. 878. Frustradas as tentativas de alienação do bem, será reaberta 
oportunidade para requerimento de adjudicação, caso em que também se poderá 
pleitear a realização de nova avaliação. 
 
• Da Alienação 
 Chegamos na alienação porque o credor não adjudicou. 
 A alienação é uma venda publica do bem, mas não necessariamente passa por um 
leiloeiro, pode ser vendido pelo próprio credor. 
 Antes leilão era para bem móvel e praça para bem imóvel. 
→ Art. 879. A alienação far-se-á: 
I - por iniciativa particular – pelo próprio credor. 
II - em leilão judicial eletrônico ou presencial – o leilão eletrônico é mais comum 
hoje em dia. 
→ Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação 
por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público 
credenciado perante o órgão judiciário. 
§ 1º O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de 
publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o 
caso, a comissão de corretagem – embora seja a sistemática do código passado, 
tradicionalmente o juizdesigna dois leilões, o primeiro onde o valor da 
arrematação não é inferior ao da avaliação, e o segundo em que não se aceita o 
que o código denomina preço vil (menos da metade do valor da avaliação) porque 
este valor é considerado de ma-fé, mas existem exceções: 1. Não é necessário que 
sejam designados 2 leilões, o juiz pode marcar 1 só é estabelecer o preço mínimo; 
2. Este preço vil pode, por questões não apenas previstas no código como também 
questões jurisprudenciais, ser fixados por valor menor que 50%, não é comum, 
nem usual, mas a lei autoriza; 3. Esta questão do preço vil tem um preço mais 
elevado quando se trata se imóveis de pessoas incapazes. 
§ 2º A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do juiz, 
do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-se: 
I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem 
imóvel – apartamentos, vagas de garagem, residências 
II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel. 
§ 3º Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o 
procedimento da alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o 
concurso de meios eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e 
leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício profissional por não 
menos que 3 (três) anos. 
§ 4º Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público credenciado 
nos termos do § 3º, a indicação será de livre escolha do exequente. 
 É licito ao exequente oferecer um lance no leilão? Suponha que tem um leilão que 
o valor mínimo do lance é abaixo da avaliação, se ele adjudicar o bem ele vai 
pagar o valor da avaliação, porque a adjudicação está presa ao valor da avaliação, 
agora no leilão o valor mínimo é menor do que o valor avaliado, a resposta vem 
de decisões do STJ no sentindo de que sim a lei não proíbe, é imoral sim, mas não 
ilegal. E a execução prossegue pela diferença e na prática esse exequente vai 
receber a mais, porque ele arrematou o bem abaixo da avaliação e ainda receberá 
a diferença do crédito que tinha para receber. Portanto, o exequente receberá a 
mais do que lhe era devido. Como o executado pode evitar isso? Fazendo a 
remissão da execução. 
 Se o leilão não der frutos: 1. Pedir a adjudicação tardia; 2. Pedir outro leilão; 3. 
Pedir a troca dos bens, ai nesse caso no JEC se o executado não tem outros bens 
ou não tem bens para penhorar, acaba a execução e o exequente não recebe, 
diferente do que ocorre fora do JEC que pode pedir a suspensão do processo ou a 
execução intercorrente. 
→ Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não efetivada a adjudicação 
ou a alienação por iniciativa particular. 
§ 1º O leilão do bem penhorado será realizado por leiloeiro público. 
§ 2º Ressalvados os casos de alienação a cargo de corretores de bolsa de valores, 
todos os demais bens serão alienados em leilão público. 
→ Art. 882. Não sendo possível a sua realização por meio eletrônico, o leilão será 
presencial. 
§ 1º A alienação judicial por meio eletrônico será realizada, observando-se as 
garantias processuais das partes, de acordo com regulamentação específica do 
Conselho Nacional de Justiça. 
§ 2º A alienação judicial por meio eletrônico deverá atender aos requisi tos de 
ampla publicidade, autenticidade e segurança, com observância das regras 
estabelecidas na legislação sobre certificação digital – tem que ter foto, de como 
está, descrição das suas condições, o leiloeiro tem que dar todas as informações. 
§ 3º O leilão presencial será realizado no local designado pelo juiz. 
→ Art. 883. Caberá ao juiz a designação do leiloeiro público, que poderá ser 
indicado pelo exequente. 
→ Art. 884. Incumbe ao leiloeiro público: 
I - publicar o edital, anunciando a alienação; 
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens ou no lugar designado pelo juiz – 
se for eletrônico esse inciso fica sem efeito 
III - expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias; 
IV - receber e depositar, dentro de 1 (um) dia, à ordem do juiz, o produto da 
alienação – se for eletrônico paga por guia no TJ 
V - prestar contas nos 2 (dois) dias subsequentes ao depósito 
Parágrafo único. O leiloeiro tem o direito de receber do arrematante a comissão 
estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz. 
→ Art. 885. O juiz da execução estabelecerá o preço mínimo, as condições de 
pagamento e as garantias que poderão ser prestadas pelo arrematante – no caso 
do pagamento se feito a vista 
→ Art. 886. O leilão será precedido de publicação de edital, que conterá: 
I - a descrição do bem penhorado, com suas características, e, tratando-se de 
imóvel, sua situação e suas divisas, com remissão à matrícula e aos registros; 
II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual poderá ser 
alienado, as condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do leiloeiro 
designado; 
III - o lugar onde estiverem os móveis, os veículos e os semoventes e, tratando-
se de créditos ou direitos, a identificação dos autos do processo em que foram 
penhorados; 
IV - o sítio, na rede mundial de computadores, e o período em que se realizará o 
leilão, salvo se este se der de modo presencial, hipótese em que serão indicados 
o local, o dia e a hora de sua realização; 
V - a indicação de local, dia e hora de segundo leilão presencial, para a hipótese 
de não haver interessado no primeiro; 
VI - menção da existência de ônus, recurso ou processo pendente sobre os bens a 
serem leiloados. 
Parágrafo único. No caso de títulos da dívida pública e de títulos negociados em 
bolsa, constará do edital o valor da última cotação. 
→ Art. 887. O leiloeiro público designado adotará providências para a ampla 
divulgação da alienação. 
§ 1º A publicação do edital deverá ocorrer pelo menos 5 (cinco) dias antes da data 
marcada para o leilão – dias úteis, normalmente é bem antes. 
§ 2º O edital será publicado na rede mundial de computadores, em sítio designado 
pelo juízo da execução, e conterá descrição detalhada e, sempre que possível, 
ilustrada dos bens, informando expressamente se o leilão se realizará de forma 
eletrônica ou presencial. 
§ 3º Não sendo possível a publicação na rede mundial de computadores ou 
considerando o juiz, em atenção às condições da sede do juízo, que esse modo de 
divulgação é insuficiente ou inadequado, o edital será afixado em local de 
costume e publicado, em resumo, pelo menos uma vez em jornal de ampla 
circulação local. 
§ 4º Atendendo ao valor dos bens e às condições da sede do juízo, o juiz poderá 
alterar a forma e a frequência da publicidade na imprensa, mandar publicar o 
edital em local de ampla circulação de pessoas e divulgar avisos em emissora de 
rádio ou televisão local, bem como em sítios distintos do indicado no § 2º. 
§ 5º Os editais de leilão de imóveis e de veículos automotores serão publicados 
pela imprensa ou por outros meios de divulgação, preferencialmente na seção ou 
no local reservados à publicidade dos respectivos negócios. 
§ 6º O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a mais 
de uma execução. 
→ Art. 888. Não se realizando o leilão por qualquer motivo, o juiz mandará publicar 
a transferência, observando-se o disposto no art. 887 . 
Parágrafo único. O escrivão, o chefe de secretaria ou o leiloeiro que culposamente 
der causa à transferência responde pelas despesas da nova publicação, podendo o 
juiz aplicar-lhe a pena de suspensão por 5 (cinco) dias a 3 (três) meses, em 
procedimento administrativo regular. 
→ Art. 889. Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias 
de antecedência: 
I - o executado, por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído 
nos autos, por carta registrada, mandado, edital ou outro meio idôneo; 
II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhoradafração ideal; 
III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, 
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de 
uso, quando a penhora recair sobre bem gravado com tais direitos reais; 
IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, 
enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito 
real de uso, quando a penhora recair sobre tais direitos reais; 
V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora 
anteriormente averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, 
caso não seja o credor, de qualquer modo, parte na execução; 
VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao 
qual haja promessa de compra e venda registrada; 
VII - o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo 
derivado de promessa de compra e venda registrada; 
VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado. 
Parágrafo único. Se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não 
constando dos autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no 
endereço constante do processo, a intimação considerar-se-á feita por meio do 
próprio edital de leilão. 
→ Art. 890. Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens, 
com exceção: 
I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos 
liquidantes, quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade; 
II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam 
encarregados; 
III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do 
escrivão, do chefe de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, 
em relação aos bens e direitos objeto de alienação na localidade onde servirem 
ou a que se estender a sua autoridade; 
IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa 
jurídica a que servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; 
V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam 
encarregados; 
VI - dos advogados de qualquer das partes. 
→ Art. 891. Não será aceito lance que ofereça preço vil. 
Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz 
e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o 
preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação. 
→ Art. 892. Salvo pronunciamento judicial em sentido diverso, o pagamento deverá 
ser realizado de imediato pelo arrematante, por depósito judicial ou por meio 
eletrônico – de imediato seria em 24 hrs ou em prazo fixado pelo juiz, mas sem 
parcelamento. Se tiver duas propostas iguais, a que pagar a vista prevalece. 
§ 1º Se o exequente arrematar os bens e for o único credor, não estará obrigado a 
exibir o preço, mas, se o valor dos bens exceder ao seu crédito, depositará, dentro 
de 3 (três) dias, a diferença, sob pena de tornar-se sem efeito a arrematação, e, 
nesse caso, realizar-se-á novo leilão, à custa do exequente. 
§ 2º Se houver mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação, e, no 
caso de igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge, o companheiro, o 
descendente ou o ascendente do executado, nessa ordem – se ninguém, sendo os 
exequentes do bem de vários processos que querem comprar, aumentar o valor, 
o que prevalece é a penhora mais antiga. Essa questão dos familiares tinha um 
nome do CC antigo remição dos bens(?). Se tem vários dividas para serem 
sanadas com o mesmo bem a ordem é de preferencia das que são dividas legais, 
outra situação é se ninguém tiver preferencia é por ordem de penhora. 
§ 3º No caso de leilão de bem tombado, a União, os Estados e os Municípios 
terão, nessa ordem, o direito de preferência na arrematação, em igualdade de 
oferta. 
→ Art. 893. Se o leilão for de diversos bens e houver mais de um lançador, terá 
preferência aquele que se propuser a arrematá-los todos, em conjunto, 
oferecendo, para os bens que não tiverem lance, preço igual ao da avaliação e, 
para os demais, preço igual ao do maior lance que, na tentativa de arrematação 
individualizada, tenha sido oferecido para eles. 
→ Art. 894. Quando o imóvel admitir cômoda divisão, o juiz, a requerimento do 
executado, ordenará a alienação judicial de parte dele, desde que suficiente para 
o pagamento do exequente e para a satisfação das despesas da execução. 
§ 1º Não havendo lançador, far-se-á a alienação do imóvel em sua integridade. 
§ 2º A alienação por partes deverá ser requerida a tempo de permitir a avaliação 
das glebas destacadas e sua inclusão no edital, e, nesse caso, caberá ao executado 
instruir o requerimento com planta e memorial descritivo subscritos por 
profissional habilitado. 
→ Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá 
apresentar, por escrito: 
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não 
inferior ao da avaliação; 
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que 
não seja considerado vil. 
§ 1º A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo 
menos vinte e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em 
até 30 (trinta) meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e 
por hipoteca do próprio bem, quando se tratar de imóveis. 
§ 2º As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, 
o indexador de correção monetária e as condições de pagamento do saldo. 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa 
de dez por cento sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas. 
§ 5º O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação 
ou promover, em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo 
ambos os pedidos ser formulados nos autos da execução em que se deu a 
arrematação. 
§ 6º A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o leilão. 
§ 7º A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as 
propostas de pagamento parcelado. 
§ 8º Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado: 
I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim 
compreendida, sempre, a de maior valor; 
II - em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar. 
§ 9º No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante 
pertencerão ao exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao 
executado. 
→ Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta 
por cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de 
depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano. 
§ 1º Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução 
idônea, o preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em leilão. 
§ 2º Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz impor-lhe-á multa de 
vinte por cento sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz, valendo a 
decisão como título executivo. 
§ 3º Sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º, o juiz poderá autorizar a locação do 
imóvel no prazo do adiamento. 
§ 4º Findo o prazo do adiamento, o imóvel será submetido a novo leilão. 
→ Art. 897. Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido, 
o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a 
novo leilão, do qual não serão admitidos a participar o arrematante e o fiador 
remissos. 
→ Art. 898. O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá 
requerer que a arrematação lhe seja transferida. 
→ Art. 899. Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens 
for suficiente para o pagamentodo credor e para a satisfação das despesas da 
execução. 
→ Art. 900. O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve 
início, independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de 
expediente forense. 
→ Art. 901. A arrematação constará de auto que será lavrado de imediato e poderá 
abranger bens penhorados em mais de uma execução, nele mencionadas as 
condições nas quais foi alienado o bem. 
§ 1º A ordem de entrega do bem móvel ou a carta de arrematação do bem imóvel, 
com o respectivo mandado de imissão na posse, será expedida depois de efetuado 
o depósito ou prestadas as garantias pelo arrematante, bem como realizado o 
pagamento da comissão do leiloeiro e das demais despesas da execução. 
§ 2º A carta de arrematação conterá a descrição do imóvel, com remissão à sua 
matrícula ou individuação e aos seus registros, a cópia do auto de arrematação e 
a prova de pagamento do imposto de transmissão, além da indicação da existência 
de eventual ônus real ou gravame. 
→ Art. 902. No caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a 
assinatura do auto de arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance 
oferecido – isso só faz sentido se forem vários credores. 
Parágrafo único. No caso de falência ou insolvência do devedor hipotecário, o 
direito de remição previsto no caput defere-se à massa ou aos credores em 
concurso, não podendo o exequente recusar o preço da avaliação do imóvel. 
→ Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, 
pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, 
acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos 
do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4º deste artigo, assegurada a 
possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. 
§ 1º Ressalvadas outras situações previstas neste Código, a arrematação poderá, 
no entanto, ser: 
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício – ex.: falta de 
legitimação 
II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art. 804 ; 
III - resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução. 
§ 2º O juiz decidirá acerca das situações referidas no § 1º, se for provocado em 
até 10 (dez) dias após o aperfeiçoamento da arrematação 
§ 3º Passado o prazo previsto no § 2º sem que tenha havido alegação de qualquer 
das situações previstas no § 1º, será expedida a carta de arrematação e, conforme 
o caso, a ordem de entrega ou mandado de imissão na posse. 
§ 4º Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a 
invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo 
processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário. 
§ 5º O arrematante poderá desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente 
devolvido o depósito que tiver feito: 
I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame 
não mencionado no edital; 
II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o 
executado alegar alguma das situações previstas no § 1º ; 
III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4º deste 
artigo, desde que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder 
a essa ação. 
§ 6º Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de 
vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante 
ser condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao 
pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante 
não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem. 
 
• Satisfação da execução 
→ Art. 904. A satisfação do crédito exequendo far-se-á – o objetivo de toda a 
execução é entregar para o credor tudo aquilo que ele perdeu, a fase de execução 
é o levar. 
I - pela entrega do dinheiro 
II - pela adjudicação dos bens penhorados. 
→ Art. 905. O juiz autorizará que o exequente levante, até a satisfação integral de 
seu crédito, o dinheiro depositado para segurar o juízo ou o produto dos bens 
alienados, bem como do faturamento de empresa ou de outros frutos e 
rendimentos de coisas ou empresas penhoradas, quando: 
I - a execução for movida só a benefício do exequente singular, a quem, por força 
da penhora, cabe o direito de preferência sobre os bens penhorados e alienados; 
II - não houver sobre os bens alienados outros privilégios ou preferências 
instituídos anteriormente à penhora. 
Parágrafo único. Durante o plantão judiciário, veda-se a concessão de pedidos de 
levantamento de importância em dinheiro ou valores ou de liberação de bens 
apreendidos. 
→ Art. 906. Ao receber o mandado de levantamento, o exequente dará ao executado, 
por termo nos autos, quitação da quantia paga. 
Parágrafo único. A expedição de mandado de levantamento poderá ser substituída 
pela transferência eletrônica do valor depositado em conta vinculada ao juízo para 
outra indicada pelo exequente. 
→ Art. 907. Pago ao exequente o principal, os juros, as custas e os honorários, a 
importância que sobrar será restituída ao executado. 
→ Art. 908. Havendo pluralidade de credores ou exequentes, o dinheiro lhes será 
distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas preferências. 
§ 1º No caso de adjudicação ou alienação, os créditos que recaem sobre o bem, 
inclusive os de natureza propter rem , sub-rogam-se sobre o respectivo preço, 
observada a ordem de preferência. 
§ 2º Não havendo título legal à preferência, o dinheiro será distribuído entre os 
concorrentes, observando-se a anterioridade de cada penhora. 
→ Art. 909. Os exequentes formularão as suas pretensões, que versarão unicamente 
sobre o direito de preferência e a anterioridade da penhora, e, apresentadas as 
razões, o juiz decidirá. 
 
• Responsabilidade Patrimonial 
 Quando alguém faz uma dívida, se a gente não paga imediatamente há uma 
garanta em tese de que nos iremos pagar aquela dívida com todo o patrimônio que 
temos a nossa disposição. 
 O que garante que o devedor irá pagar é a sua boa-fé 
 Não depende de nova ação, o juiz da a decisão nos autos da própria ação onde 
houve a fraude. 
→ Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o 
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 
→ Art. 790. São sujeitos à execução os bens: 
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real 
ou obrigação reipersecutória; 
II - do sócio, nos termos da lei; 
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; 
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua 
meação respondem pela dívida; 
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; 
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do 
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; 
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. 
→ Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o 
proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o 
superficiário, responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é 
titular o executado, recaindo a penhora ou outros atos de constrição 
exclusivamente sobre o terreno, no primeiro caso, ou sobre a construção ou a 
plantação, no segundo caso. 
§ 1º Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados separadamente 
na matrícula do imóvel, com a identificação do executado, do valor do crédito e 
do objeto sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial destacar o bem que 
responde pela dívida, se o terreno, a construção ou a plantação, de modo a 
assegurar a publicidade da responsabilidade patrimonial de cada um deles pelas 
dívidas e pelas obrigações que a eles estão vinculadas. 
§ 2º Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo

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