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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV

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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Pagamento por consignação: consiste no depósito judicial ou extrajudicial do dinheiro ou da
coisa e na citação do credor para receber.
A ação de consignação em pagamento possibilita ao devedor ou ao terceiro o depósito de
determinada quantia ou coisa devida.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na
devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Se a recusa for justa, a ação não terá êxito.
Ex.: valor ofertado insuficiente para pagamento da dívida; não respeitadas as condições do
contrato.
A recusa pode ser em relação às:
* dívidas portáveis (portáble): o devedor vai até o credor para pagar(o devedor deve provar que
ofertou a quantia consignada e o credor injustificadamente recusou o recebimento.)
ou
*dívidas quesíveis (quérable): o credor vai até o devedor para receber(caberá a consignação se o
credor (não buscando o pagamento) não o fizer no tempo e modo convencionados)
Procedimento (são 03):
Distinção para:
a) art. 335, I a III, CC– recusa em receber/buscar, credor desconhecido;
A) LEGITIMIDADE
Ativa: devedor
* Falecimento: espólio, desde que não julgada a partilha; depois da partilha definitiva: sucessores
ou herdeiros.
* Incapacidade: representação ou assistência.
* Terceiro interessado (sócio, fiador) no pagamento ou terceiro não interessado (pai, mãe, irmãos
– não se sub-roga nos direitos do credor) – deve fazer o pagamento em nome e à conta do
devedor – art. 304, CC
Passiva: credor
Aquele que pode exigir e receber o pagamento, outorgando a quitação.
Se o credor não for conhecido, a petição inicial não precisará indicar-lhe o nome ou a
qualificação, e a citação far-se-á por edital (art. 256, I, CPC)
B) COMPETÊNCIA:
1 - Se for portável: no foro do lugar do pagamento – art. 337, CC e art. 540, CPC.
2 - Se for quesível: no foro do domicílio do autor-devedor, salvo foro de eleição.
Petição inicial: requisitos artigos 319 e 542, CPC
O autor/devedor, deve ainda:
a) indicar qual o objeto do pagamento.
b) declinar o valor da obrigação, os encargos acrescidos, o tempo, o modo e as condições de
pagamento.
c) demonstrar como chegou ao valor ofertado;
d) apontar recusa do credor em receber/mandar buscar pagamento.
e) requerer o depósito da quantia ou coisa devida.
f) cumular pedidos – observar artigo 327, CPC
-Peculiaridades na elaboração da petição inicial:
a) Credor: coisa indeterminada à exerce o direito em 5 dias, se outro prazo não constar em
lei/contrato ou para aceitar que devedor a faça
b) Devedor: será exercida quando do ajuizamento da ação e da efetivação do depósito à O juiz
fixará lugar, dia e horário para que se faça a entrega, sob pena de depósito
541. Tratando-se de PRESTAÇÕES SUCESSIVAS, consignada uma delas, pode o devedor
continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo,
desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
-Se não respeitado o prazo, é considerado insubsistente
-Prazo para depósito:
Entendimentos (doutrina e STJ) até a sentença e até o trânsito em julgado
Resposta do réu:
O requerido pode:
i) concordar com o valor depositado e requerer o levantamento, dando por quitada a obrigação.
Juiz julga procedente o pedido, declara extinta a obrigação e condena o réu ao ônus
sucumbenciais.
ou
ii) oferecer resposta
Prazo resposta: 15 dias.
Modalidade de resposta: art. 335, CPC (e reconvenção 343, CPC)
O que pode ser alegado?
Inciso I: apenas para dívidas portáveis; o autor deve mostrar a mora accipiendi (por culpa do
credor).
Inciso II: ocorreu novação da dívida ou outra causa extintiva, oferta anterior a vencimento, o réu
nunca foi credor...
Inciso III: dívida portável, recusa justa se pagamento oferecido em local diverso do
convencionado; dívida quesível, local de pagamento coincide com o domicílio do devedor.
Inciso IV: requerido impugna o valor ofertado, mas deve indicar o que entende devido (art. 544,
p.u., CPC) → Art. 545, CPC.
AÇÃO DE NATUREZA DÚPLICE
Se for insuficiente o depósito, o juiz, independente de pedido de reconvenção determinará o
montante devido condenando o autor ao pagamento da diferença, cabendo ao credor
promover-lhe a execução nos próprios autos.
-Admite a reconvenção não para cobrar possível saldo devedor, mas para requerer rescisão
contratual, despejo, cobrança de alugueis em atraso, etc.
- na hipótese de insuficiência do depósito, o juiz atribui a sucumbência ao autor (devedor).
b) art. 335, IV e V, CC – dúvida quem recebe, litígio a respeito pagto;
Devedor não sabe quem entre dois ou mais possíveis credores deve efetuar o pagamento ou se
houver disputa judicial ou extrajudicial entre os potenciais credores.
Quem paga mal paga duas vezes!!!
Legitimidade passiva: todos os que se apresentam como credores.
Petição inicial: o devedor requer o depósito e a citação dos credores. Informa a razão sobre a
dúvida – legitimidade. Se o juiz entender que a dúvida quanto ao credor é infundada, indefere.
-Os requeridos são citados para oferecer resposta.
Procedimento que segue à citação: art. 548, CPC.
a) art. 548, I: se ninguém comparecer, o juiz aplica os efeitos da revelia, profere a sentença,
declara a suficiência do depósito e a extinção da obrigação. Há liberação do valor.
b) art. 548, II: apenas um comparece: desde que demonstre o direito, o juiz, ante a omissão dos
demais, decide que o valor deve ser entregue a quem compareceu (se demonstrar direito). Se não
demonstrar o direito, entende-se como se ninguém tivesse comparecido (a)’.
c) art. 548, III: comparecendo dois ou mais interessados: o juiz declarará efetuado o depósito e
extinta a obrigação (se suficiente o valor depositado). O processo tramita apenas entre os
credores (serão simultaneamente autores e réus) → procedimento comum
c) Lei nº 8.245/91 – alugueres.
Competência: foro situação do imóvel, salvo foro de eleição.
Petição inicial: art. 319, CPC + o devedor deve especificar de forma detalhada os aluguéis e
acessórios da locação.
Valor da causa: 12 meses de aluguel. NÃO se aplica o art. 292, §§ 1º e 2º, CPC.
Do despacho inicial: no mesmo ato, o juiz determina que o devedor deposite o valor ofertado,
em 24 horas, e determina a citação do requerido.
-A falta do depósito acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito.
-O depósito dos aluguéis deve ser feito na DATA do VENCIMENTO.
requerido pode:
i) concordar com o valor depositado e requerer o levantamento, dando por quitada a obrigação
(art. 67, IV, LI)
ou
ii) oferecer resposta, no prazo de 15 dias.
-A ação de consignação de alugueres não tem natureza dúplice, depende de reconvenção
Complementação de depósito
a) prazo de CINCO dias;
b) o complemento deverá ser depositado com um acréscimo de 10% sobre o valor da diferença
(espécie de sanção pela falta do depósito integral).
Consignação JUDICIAL
Mesmo aquele que está em mora pode obter a extinção da obrigação, desde que se verifique:
i) que o pagamento ainda seja útil ao credor;
ii) que o devedor acresça ao valor depositado os encargos decorrentes da mora.
Consignação EXTRAJUDICIAL
* Instrumento de direito material (art. 334, CC), NÃO depende de processo → opção do devedor
* deve ser feita em banco oficial (Banco do Brasil, CEF); banco particular apenas na ausência de
oficial;
* o credor é cientificado por carta com AR/MP (enviada
pelo Banco), com prazo de 10 dias para oferecer recusa – art. 539, §1º, CPC;
-Na hipótese de recusa: realizada por escrito (deve ser motivada) ao estabelecimento bancário
em que o depósitofoi feito;
Se não proposta a ação no prazo (prazo de 01 mês corre da ciência do devedor, que será feita
pelo banco), o depósito fica sem efeito, o $$ é restituído ao devedor.
-Pode ingressar com ação futuramente: o banco não diz quem tem razão, a questão deve ser
discutida em juízo e o valor não será levantado até que se decida o conflito
-Se não houver recusa ou ela for intempestiva: o devedor é liberado da obrigação e a quantia
fica à disposição do credor;
* Se o credor fizer ressalva EXPRESSA de que a obrigação foi PARCIALMENTE cumprida, o
CREDOR pode ingressar com ação cobrando a diferença que entende devida.
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS
Finalidade: detalhar os itens de crédito e débito que resultam da administração de negócios
alheios, apurando se há ou não saldo devedor.
→ Pode-se ter saldo a receber ou débito a pagar.
Pode ser proposta por aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas.
-Ação da natureza dúplice(serve para apurar a existência de saldo em favor de qualquer das
partes)
-Na ação de exigir contas o Juiz pode sentenciar declarando a existência de saldo em favor do
autor ou do réu, mesmo que este (réu) nada tenha pedido.
Legitimidade: A pessoa que teve seus bens ou interesses administrados tem o direito de exigir
as contas.
Interesse: Necessidade/adequação.
a) necessidade: a parte contrária deve ter se recusado a prestar as contas.
b) adequação: acertamento de uma relação crédito/débito.
Competência: art. 46, CPC → foro do domicílio do réu
É bifásica.
Fase 1: discussão se o réu tem ou não obrigação de prestar contas (se não tem, processo extinto;
se tem, processo).
Petição inicial: art. 319 CPC + especificar as razões (e se tiver: documentos) pelas quais se
exige as contas + requerimento para que o réu seja citado e compelido a prestar contas.
-O réu é citado para em quinze dias prestar as contas ou contestar a ação (art. 550, caput, CPC
réu pode:
a) prestar as contas: o autor, em 15 dias, se manifesta sobre as contas (art. 550, §2º, CPC)
-A impugnação das contas apresentadas pelo réu deve ser fundamentada e específica, com
referência ao lançamento questionado.
b) contestar e não apresentar as contas: deverá o juiz decidir sobre o direito à prestação de
contas. Se deve prestar contas, o réu deve fazê-lo em 15 dias.
- se o réu apresenta contas, o autor manifesta-se em 15 dias.
- se não apresentar, autor apresenta em 15 dias,sob pena de o réu não poder impugnar.
c) contesta e apresenta as contas: passa-se à 2ª fase – análise de contas.
d) revel: Juiz decide sobre o dever o não de prestar contas
Decisão que encerra a 1ª fase
-Se improcedente o pedido ou extinta a ação sem resolução do mérito → fim do processo.
* Se procedente o pedido → condenará o réu a uma obrigação de fazer → prestar contas ao autor
no prazo de 15 dias.
Fase 2: o réu presta as contas e o Juiz as examina (verifica se há saldo em favor de uma das
partes
-intimação do réu para em 15 dias prestar contas
O réu pode ou não apresentar as contas:
a) se apresentar: art. 550, §2º, CPC
1 – autor pode concordar com as contas, caso em que o juiz as considerará boas;
2 – pode silenciar, presumindo que houve concordância;
3 – pode impugnar, dizendo que não apresentadas na forma da lei (art. 551, CPC).
b) não apresenta: art. 550, §5º - segunda parte, CPC
Sentença (eficácia condenatória)
“A sentença na ação de exigir contas tem natureza condenatória, seja em relação ao dever de
prestar contas, seja em relação ao valor reconhecido como devido por uma parte à outra”.
(Medina, NCPC comentado, p. 873)
Recurso cabível: APELAÇÃO
AÇÕES POSSESSÓRIAS
São ações possessórias (interditos possessórios):
a) a reintegração de posse (esbulho)- quando a vítima é desapossada do bem;
b) a manutenção de posse (turbação)- já existem atos concretos de agressão, a vítima ainda não
foi desapossada;
c) o interdito proibitório (ameaça) - ainda não há atos concretos de agressão à posse. Não se
consumou.
A e B - ZONA CINZENTA
Classificação da posse:
-Posse direta: aquele que recebe a coisa.
-Posse indireta: aquele que entrega a coisa.
Posse justa X Posse injusta → art. 1200,CC
- violenta: emprego de força ou grave ameaça para haver a coisa;
- clandestina: obtenção às ocultas, às escondidas;
- precária: quando alguém recebe determinada coisa com obrigação de restituí-la e não o faz.
Proteção possessória
Autotutela X Heterotutela
Autotutela → art. 1.210, §1º, CC
a) legítima defesa da posse: a posse está sendo agredida ou está na iminência de ser.
b) desforço imediato: o possuidor já perdeu a posse. A intervenção do possuidor deve ser feita
logo.
Heterotutela → ajuizamento das ações possessórias
Fungibilidade – art. 554, caput, CPC
O direito material não fornece critérios para distinguir, com segurança, atos de turbação, ameaça
e esbulho.
-A fungibilidade cabe apenas entre as ações possessórias.
-Não deverá existir erro grosseiro para que se tenha a fungibilidade.
Cumulação de demandas
A cumulação não é automática, sequer implícita, é preciso formulação de pedido expresso na
inicial.
E se quiser cumular com outros pedidos?
Pode, mas o rito a ser seguido é o comum e não se tem liminar
-Natureza dúplice
O juiz aprecia não apenas os pedidos formulados pelo autor, mas também os do réu (além do
pleito de improcedência dos pedidos do autor) sem a necessidade de reconvir.
-O réu deverá formular seus pedidos de natureza possessória na própria contestação, inclusive
aqueles do art. 555, CPC.
-O réu pode reconvir, desde que não sejam pedidos de natureza possessória ou os do art. 555,
CPC.Ex.: rescisão contrato.
Procedimento especial e comum – art. 558, CPC
Conta-se da “agressão” - exceção art. 1.224 CC.
* posse nova (ano e dia): procedimento especial – concessão de liminar
* posse velha (mais de ano e dia): procedimento comum
– tutela de urgência ou de evidência (requisitos art. 298, 309 e 536, CPC)
-perda da posse
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre
o bem [...]
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo
notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
-Da caução na liminar
A prova da insuficiência financeira do autor é do réu. É prova documental e não testemunhal.
-Juiz não fixa caução de ofício.
-O requerimento de caução pelo réu pode ser feita a qualquer
tempo, mesmo em grau de recurso
Procedimento especial
- Competência (posse nova ou velha):
a) Coisa imóvel: art. 47, §2º, CPC
Foro da situação da coisa (competência absoluta).
b) Coisa móvel: art. 46, CPC
Foro de domicílio do réu.
Legitimidade: outorga uxória somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por
ambos praticado (art. 73, §2º)
Ativa: A ação deve ser ajuizada pelo possuidor da coisa que tenha sido esbulhado, turbado ou
ameaçado na posse.
Passiva: Em face de quem perpetrou o esbulho/turbação/ameaça
Pessoa jurídica de direito público, peculiaridades:
-Contra PJ de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem
prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
E se tiver transferido a coisa a terceiros? Se forem de boa-fé não pode → art. 1.212, CC.
E se forem vários réus? – vide §§ , do art. 554 -Serão nomeados aqueles que forem possíveis de
serem identificados
E se não for possível a identificação?
O pólo passivo ocupado genericamente por todos os invasores que estiverem ocupando
indevidamente o bem, sem a necessidade de nome ou qualificação.
Como o oficial de justiça faz a citação neste caso? Cita aqueles que estiverem ocupando
indevidamente o bem. Se não for possível, a citação é feita por Edital. Não comparecendo os
réus, é nomeado curador especial.
Petição inicial-
- descrever com precisão a posse e os atos pelos quais ela se manifesta.
-indicar o bem que é objeto do litígio, sua localização e dimensões.
- fornecer todos os dados a respeito da agressão da posse.
- Indicar as datas em que ocorreram as ofensas à posse.
-formular pedido com as suas especificações.-Valor da causa: valor do bem que está postulando
Liminar:
Independente de prova de prejuízo irreparável ou de existência de dano iminente.
Demonstrar apenas o exposto no art. 561, CPC
É concedida inaudita altera parte
Do litígio coletivo (art. 565, CPC): + de ano e dia, antes da liminar designa-se audiência de
mediação.
Audiência de Justificação:
Finalidade: dar oportunidade ao autor para demonstrar que preenche os requisitos da liminar.
Continua sendo a liminar concedida inaudita altera parte → o réu ainda não se defendeu.
Os réus obrigatoriamente deverão ser citados para a audiência de justificação, sob pena de
redesignação da audiência. Réu não arrola testemunhas; só formula perguntas
para testemunhas do autor. Pode apresentar documentos que demonstrem a impossibilidade da
concessão de liminar.
Pedido expresso na petição inicial (divergência doutrinária)
A decisão liminar
-Da decisão liminar cabe Agravo de Instrumento.(A liminar pode ser revogada após a
apresentação da contestação se o réu tenha trazido elementos novos, pedindo a revogação da
liminar.)
Da resposta do réu(contestação e reconvenção)
-Prazo da resposta: 15 dias
“Realizada a audiência de justificação, concedida ou não a liminar, o autor promoverá a citação
do réu para contestar, sendo que o prazo terá início a partir da juntada aos autos do mandado de
intimação da decisão que deferir ou não a liminar.”
Sentença e execução
Se procedente o pedido: Juiz condena o réu ao cumprimento de uma obrigação de coisa certa (no
caso de reintegração de posse) ou condena-o a deixar de turbar ou ameaçar a posse.
Sentença executiva lato sensu.
Trânsito em julgado à expede-se mandado de cumprimento do que ficou decidido.
Sentença e execução
Se procedente o pedido: Juiz condena o réu ao cumprimento de uma obrigação de coisa certa (no
caso de reintegração de posse) ou condena-o a deixar de turbar ou ameaçar a posse.
Caráter cominatório: impõe ao réu uma obrigação de não fazer.
Procedimento do interdito proibitório à art. 568, CPC
Finalidade da liminar: fixação de multa.
Da ação de dissolução parcial de sociedade
Mantém-se a PJ à saída de um ou mais sócios à a empresa não se dissolve
Cabimento:
- morte do sócio;
- retirada da sociedade por interesse pessoal do sócio.
- exclusão do sócio pelos demaiS
Finalidade:
a) Resolução da sociedade empresária contratual ou simples.
b) Apuração dos haveres do sócio excluído.
Procedimento:
Citação (sócio e sociedade): 15 dias para concordar com o pedido ou contestar.
Citados, podem os réus:
a) concordar com o pedido à fase de liquidação.
b) contestar:
b.1) O processo segue procedimento comum, até ser declarada dissolvida a sociedade, se
julgado procedente o pedido.
b.2) A apuração de haveres, segue pelo procedimento especial.
c) apresentar pedido contraposto à pedido indenização compensável com o valor dos haveres a
apurar.
d) Ignorar a citação (revelia).
Decisão:
* se concordam com o pedido do autor, dissolvida parcialmente a sociedade (sem honorários /
custas rateadas)
-Se é a sentença que dissolve a sociedade, não há qualquer dúvida possível: a sentença favorável
é constitutiva.
-Se a sentença não dissolve, apenas proclama que a sociedade estava dissolvida, ou, ocorrendo
algum fato, se dissolverá, a sentença é declarativa;
Resolução da sociedade
- Apuração de haveres: A saída voluntária ou não do sócio confere-lhe o direito de obter a
liquidação de sua cota para que possa receber sua parte à liquidação da sentença.
- critérios para apuração de haveres:
*Art. 606: ausente critério no Contrato Social, juiz define.
*Art. 607: data resolução e critério de apuração haveres podem ser revistos pelo juiz, a pedido da
parte, a qual tempo antes do início da perícia.
*Art. 608: até data resolução, o ex-sócio recebe participação nos lucros ou juros sobre capital. Se
for administrador, remuneração. Após data resolução, tem direito apenas à correção monetária
valores apurados e juros contratuais ou legais.
* Art. 609: apurados valores, ex-sócio recebe cfe contrato ou 90 dias, a partir da liquidação.
AÇÕES DE FAMÍLIA
• Família Matrimonial: formada pelo casamento.
• Família Informal: formada pela união estável.
• Família Monoparental: família formada por qualquer um dos pais e seus descendentes.
• Família Anaparental: família sem pais, formada apenas por irmãos.
• Família Unipessoal: apenas uma pessoa.
• Família Mosaico ou reconstituída: pais que têm filhos e se separam, e eventualmente começam
a viver com outra pessoa que também tem filhos de outros relacionamentos.
• Família Simultânea/Paralela: indivíduo que mantém duas relações ao mesmo tempo (casado e
mantém união estável, ou, mantém duas uniões estáveis ao mesmo tempo)
•Família Eudemonista: família afetiva, formada por parentalidade socioafetiva.
Familia multiespécie
Processos “contenciosos”
-O procedimento especial dos artigos NÃO se aplica às ações de alimentos
-casamento poderá ser dissolvido pelo divórcio consensual ou litigioso
Texto atual:
“Art. 226. [...]
§6º. O casamento pode ser dissolvido pelo divórcio.”
Dispositivo anterior Nova redação
Condições para o divórcio: prévia separação
judicial pelo tempo indicado ou separação de
fato por mais de dois anos
Extinguem-se as exigências. Não há
necessidade de prévia separação judicial ou de
separação de fato
O divórcio pode ser requerido a qualquer tempo.
Permanece a separação judicial???
* Não se discute que desapareceram as condições prévias do divórcio.
* Não há razão para que se considere extinta a separação judicial.
* Os cônjuges podem preferir separar-se sem se divorciar.
* A separação judicial põe fim à sociedade conjugal e não ao casamento.
* Separação permite o restabelecimento da sociedade conjugal
* Divórcio não permite o restabelecimento, só por novo casamento.
Meios de término da sociedade conjugal
* Separação judicial: extingue a sociedade conjugal (cessa direitos e obrigações da vida em
comum)
* Morte de um dos cônjuges: extingue a sociedade conjugal e o vínculo;(dissolução do
casamento válido)
* Nulidade ou anulação do casamento : extingue a sociedade conjugal e o vínculo;(casamento
inválido)
* Divórcio: extingue a sociedade conjugal e o vínculo.(dissolução do casamento válido)
Os meios consensuais de soluções de conflitos trazidos pelo NCPC
* Heterocomposição: presença de terceiro que tenha poder de decisão sobre as partes à forma
mais utilizada na solução de conflitos. Outro método heterocompositivo: Arbitragem.
* Autocomposição: próprias partes solucionam o conflito (consenso), sem o emprego da força.
Conciliação ou Mediação
Conciliação: acordo entre as partes, encerrando o litígio à conciliador adota postura mais ativa à
negocia o conflito, sugere formas à solução. (não há vínculo anterior entre as partes)
Mediação: busca solução da lide e identificar situações que deram causa à lide por meio do
diálogo entre as partes, que será fomentado pelo mediador à mediador: facilitador do diálogo.
DO PROCEDIMENTO.
-A requerimento das partes o juiz pode suspender o processo
- Citação do réu
-Realizada audiência de mediação e conciliação e não havendo acordo, o processo segue o
procedimento comum, passando a fluir o prazo para o réu
Do Inventário e da Partilha
-Morte (real ou presumida) à fato jurídico
-à abertura da sucessão, com a transmissão dos bens deixados pelo de cujus.
-Herança: universalidade de bens
Finalidade: enumeração e descrição de todos os bens e obrigações que integram a herança.
MEAÇÃO DO CÔNJUGE: não integra a herança, mas deve ser incluída no inventário
Enquanto não houver inventário e a partilha, o bem permanecerá registrado em nome do de cujus
e os herdeiros, embora já proprietários, não poderão transmiti-los a terceiros.
-Da Herança Digital
É caracterizada pela doutrina como o "acervo resultante de todo o conteúdo criado e armazenado
em rede pela pessoa falecida". No âmbito doutrinário, estabeleceram-se principalmente dois
entendimentos a respeito.
-Doinventário negativo
De cujus não deixa bens. Os herdeiros precisam de uma declaração judicial.
Por que fazer um inventário negativo?
Ex.: falecido deixou dívidas e herdeiros querem mostrar que o de cujus não deixou bens.
Procedimento: mesmo foro e juízo do inventário comum + declarações (nome; qualificação;
último domicílio de cujus; dia, hora e local de falecimento; informações cônjuge supérstite e
herdeiros) + declaração não bens a inventariar à Juiz ouve MP e Fazenda Pública.
-Se não houver impugnação: Juiz declara encerrado o inventário por falta de bens.
-Se houver impugnação: Juiz julga de plano se não tiver necessidade de provas
● Procedimento do Inventário
Três formas:
a) Inventário tradicional (art. 610 a 658, CPC)
b) Arrolamento sumário (art. 659, CPC): herdeiros maiores e capazes à concordam com a
partilha
c) Arrolamento (art. 664, CPC): bens inventariados valor igual ou inferior a 1.000 salários
mínimos
Competência inventário judicial: Regra geral à domicílio do autor da herança
Competência inventário EXTRAjudicial:é livre a escolha do tabelião)
* Prazo de abertura: processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois)
meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes,
podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
* Valor da causa: valor total dos bens que integram o monte-mor, inclusive a meação dos
cônjuges supérstite
Questões de alta indagação: fato incerto que depende de prova “de fora” do processo (ex.:
investigação de paternidade, venda de bens a filhos, união estável)
CENSEC – Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados - CENSEC - é um sistema
administrado pelo Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal - CNB-CF - cuja finalidade é
gerenciar banco de dados com informações sobre existência de testamentos, procurações e
escrituras públicas de qualquer natureza, inclusive separações, divórcios e inventários lavradas
em todos os cartórios do Brasil.
-O pedido poderá ser efetuado a qualquer momento. Pode ser determinado também pelo Juiz ou
pelo MP.
* O incidente se processa em apenso.
* Intima-se o inventariante para defender-se em 15 (quinze) dias.
* Acolhido o pedido (decisão interlocutória), nomeia-se outro inventariante e o removido
entregará os bens do espólio sob pena de expedição de mandado de busca e apreensão ou de
imissão na posse.
Remoção e destituição do inventariante (art. 622 a 625, CPC)
Remoção: punição aplicada àquele que não atuou a contento no cargo.
Destituição: decorrência de fato externo do processo (ex.: prisão)
* Acolhido o pedido (decisão interlocutória), nomeia-se outro inventariante e o removido
entregará os bens do espólio sob pena de expedição de mandado de busca e apreensão ou de
imissão na posse.
-Das colações: Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são
obrigados a conferir as doações e dotes que receberam em vida, sob pena de sonegados.
Finalidade: igualar as legítimas.
Do pagamento das dívidas:
A responsabilidade do espólio e dos herdeiros estende-se às forças da herança. à A Habilitação é
facultativa, pode o credor ajuizar ação competente em face do espólio.. O credor de dívida
líquida e certa, ainda não vencida, pode requerer habilitação no inventário.
Da Partilha
estabelece o quinhão de cada herdeiro depois de pagas as dívidas e excluída a meação.
Da sobrepartilha
Bens que não tenham sido partilhados no curso do inventário (sonegados, litigiosos, os que se
descobriram depois da partilha) A sobrepartilha é feita nos próprios autos, mantendo-se a
representação processual dos herdeiros e os poderes do inventariante.
São repetidas todas as fases anteriores em relação aos bens não partilhados.
Inventário conjunto
Quando os bens forem de pequeno valor, até o limite de 1.000 salários mínimos. Inventariante
não precisa prestar compromisso.
Do Arrolamento Sumário
Inexistência de litígio entre os herdeiros, maiores e capazes. Não haverá qualquer citação.
Não se lavra nenhuma espécie de termo. Inventariante não presta compromisso

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