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Curso Técnico em Segurança do Trabalho Saúde e Segurança na Construção Civil Fabiana Roberta Alves Batista Curso Técnico em Segurança do Trabalho Saúde e Segurança na Construção Civil Fabiana Roberta Alves Batista Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 2.ed. | março 2023 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Coordenação Executiva (Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco | SEE) Ana Cristina Cerqueira Dias Ana Pernambuco de Souza Coordenação Geral (ETEPAC) Arnaldo Luiz da Silva Junior Gustavo Henrique Tavares Maria do Rosário Costa Cordouro de Vasconcelos Paulo Euzébio Bispo Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Professor Autor Fabiana Roberta Alves Batista Revisão Fabiana Roberta Alves Batista Coordenação de Curso Alcione Moraes de Melo Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Diagramação Jailson Miranda Sumário Introdução ................................................................................................................................... 5 1.Competência 01 | Conhecer os procedimentos e rotinas do trabalho na construção civil à luz dos procedimentos de SST .................................................................................................................. 7 1.1 Procedimentos de trabalho na construção civil ..........................................................................................7 1.2 Rotinas do trabalho na construção civil na área de Segurança e Saúde no Trabalho - SST ..................... 13 1.2.1 Controle das condições de trabalho através da avaliação dos riscos - INSPEÇÕES .............................. 18 1.2.2 Controle das condições de trabalho através do comportamento humano – TREINAMENTOS ............ 20 1.2.3 Rotinas de documentos em SST ............................................................................................................ 22 1.2.4 Rotinas de EPI ........................................................................................................................................ 24 1.2.5 Rotinas de sinalização de segurança ..................................................................................................... 25 1.2.6 Rotinas para registro de ocorrências .................................................................................................... 27 1.2.7 Sobre a ocorrência de acidentes graves ............................................................................................... 28 2.Competência 02 | Conhecer e aplicar Programas, Técnicas e Fundamentos Legais na Prevenção de Acidentes na Construção Civil ................................................................................................ 30 2.1 Programa de Gerenciamento de Risco – PGR na Indústria da Construção Civil. ................................... 33 2.2 Acidentes que ocorrem Comumente na Indústria da Construção .......................................................... 37 2.2.1 Medidas de Proteção Contra Choques Elétricos ................................................................................... 38 2.2.2 Medidas de Proteção Coletiva Contra Queda de Altura ....................................................................... 40 2.3 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas .............................................................................. 45 2.3.1 Elevadores a Cabo ................................................................................................................................. 47 2.3.2 Elevadores de Cremalheira ................................................................................................................... 48 2.3.3 Grua ....................................................................................................................................................... 49 2.4 Trabalho em Andaimes ............................................................................................................................ 52 2.4.1 Andaimes Simplesmente apoiados ....................................................................................................... 54 2.4.2 Andaimes fachadeiros ........................................................................................................................... 56 2.4.3 Andaimes em balanço ........................................................................................................................... 57 2.4.4 Andaime suspenso ................................................................................................................................ 57 2.4.5 Cadeira Suspensa .................................................................................................................................. 60 Bons estudos e sucesso na caminhada! ....................................................................................... 61 Conclusão................................................................................................................................... 62 Referências ................................................................................................................................ 63 Minicurrículo do Professor ......................................................................................................... 64 5 Introdução Olá Estudante, vamos iniciar mais uma jornada de estudos, com a disciplina de Saúde e Segurança na Construção Civil, este e-book aborda conteúdos pertinentes às diversas Normas Regulamentadoras - NR´s, que estão relacionados com a Saúde e Segurança na Construção Civil, onde serão apresentados conceitos, técnicas, procedimentos, rotinas de trabalho e máquinas e equipamentos aplicados à construção civil, onde todos esses conceitos poderão contribuir para a prevenção de acidente e doenças. Também podemos incluir que este e-book apresenta algumas pesquisas de sites: vídeos, textos, além das Normas Regulamentadoras - NR’s, que se relacionam com o setor da construção civil, sendo destaque a NR 18 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Este e-book é composto por dois capítulos, cada capítulo abordando uma competência da disciplina, na primeira competência será abordado: conhecer os procedimentos e rotinas do trabalho na construção civil à luz dos procedimentos de SST, que apresenta de maneira geral a rotina de um Técnico de Segurança do Trabalho na construção Civil, que contempla a conduta nas atividades do dia a dia do Técnico de Segurança dentro do canteiro de obra. Na segunda competência será abordado: Conhecer e aplicar programas, normas técnicas e fundamentos Legais na Prevenção de Acidentes na Construção Civil. Sendo destacado o Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais - PGR, bem como as diversas medidas adotadas nas atividades realizadas com andaimes, elevadores, gruas, medidas de proteção contra choques elétricos, movimentação e transporte de materiais e pessoas, além de apresentar equipamentos de proteção coletiva contra queda de altura e projeção de materiais. Na sua rotina de estudo você deverá acessar os diversos links descritos nos destaques, cuja abordagem lhe ajudará na compreensão e fixação dos conteúdos. Utilize sempre os fóruns, sala de bate papo do ambiente virtual de aprendizagem – AVA, para discutir e debateros conteúdos e dessa forma, construir conhecimentos, esclarecendo suas dúvidas e interagindo com os colegas e professores, melhorando assim, seu processo de aprendizado. Recomendo também, que faça as leituras do E-book periodicamente, dividindo bem o seu tempo, não deixe para depois a leitura, acumulando os conteúdos, tenha dedicação, disciplina e foque nos resultados, seu empenho será imprescindível para o bom andamento dos seus estudos, e com toda a certeza, no futuro próximo, obterás êxito na sua formação, pois toda seu sucesso 6 dependerá do que você está fazendo hoje e agora, então arregace as mangas e faça seu melhor, ninguém poderá trilhar seu caminho, todo os desafios superados dependerá apenas de você, por esse motivo, procure se esforçar e dê o seu melhor, e com toda a certeza, você conquistará seus objetivos, não sendo você qualquer um no meio da multidão, e sim aquela pessoa que se destacou, e fez com certeza o diferencial, colhendo assim, no futuro próximo, bons frutos da semente que você plantou. Portanto, Bons estudos! E sucesso na sua caminhada profissional. 7 1.Competência 01 | Conhecer os procedimentos e rotinas do trabalho na construção civil à luz dos procedimentos de SST Prezado estudante, é com imensa satisfação que recebemos você em nossa disciplina de Saúde e Segurança na Construção Civil. Por meio desse conteúdo você irá conhecer a rotina diária de um técnico de segurança do Trabalho dentro do canteiro de obras. Mas antes de prosseguir com a leitura, recomendo que ouça o Podcast da Competência 1. Agora que você já ouviu o Podcast, prossiga com os seus estudos, refletindo sobre o aspecto dos “procedimentos” e das “rotinas”. 1.1 Procedimentos de trabalho na construção civil Para o desenvolvimento de seus trabalhos na indústria da construção civil, você deverá ter conhecimento dos diversos projetos da obra, que devem ser elaborados com base nas normas técnicas (NBR) e legais (NR). Além disso, para que você desenvolva um bom trabalho na área de SST, você deverá conhecer: ➢ Os Projetos da obra (canteiro de obra, layout, instalações provisórias, instalações elétricas, proteções coletivas, etc); ➢ Os Métodos construtivos (tradicionais, estruturas pré-fabricadas, estruturas metálicas, estruturas mistas, novas tecnologias, máquinas e equipamentos utilizados, etc); ➢ As Fases da Obra (fundação, escavação, estrutura, demolição, acabamento, etc). Caro(a) estudante, agora acesse o AVA e ouça o Podcast da Competência 1! Nele será comentado e ensinado outras curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado fazendo com que a aula fique cada vez mais interessante! 8 Com base nos conhecimentos acima, a técnica que será adotada na execução da obra e nas máquinas e equipamentos a serem utilizados, você poderá planejar o gerenciamento dos riscos existentes e as possíveis medidas de prevenção: 1. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho. 2. Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC. 3. Equipamentos de Proteção Individual – EPI. 4. Sistemas de proteção contra incêndio e pânico. A execução das medidas de segurança, devem ser discutidas e estruturadas com as demais áreas da empresa, para que elas tenham maior efetividade na prevenção de riscos e acidentes. Caro estudante, todos os procedimentos na construção civil devem ser bem estudados e planejados, para que no momento da execução da obra ou reparo, tudo que for preciso realizar para que toda essa engrenagem funcione bem, todos os profissionais deverão atuar nas suas funções inclusive você, como técnico de segurança do trabalho buscando também a garantia da segurança e saúde de todos os envolvidos nessa demanda. No caso de uma obra já em andamento, você precisará se esforçar um pouco mais, pois precisará analisar toda a documentação e procedimentos já estabelecidos, conhecendo todo o método construtivo e as medidas de prevenção que estão sendo adotadas. Determinando as Faça uma pesquisa sobre as medidas de controle e comente sobre a importância para prevenção de acidentes e doenças nas atividades de construção civil e poste sua resposta aqui no fórum desta disciplina. E se você for contratado para uma obra que já esteja sendo executada? 9 correções que sejam necessárias para a continuidade da obra, planejando as próximas etapas da obra, uma vez que, podemos fazer o planejamento da obra inclusive com ela em andamento. Lembrando que a obra é executada em fases e etapas. Como exemplo, podemos citar a construção de um edifício vertical, com 10 pavimentos que você poderá encontrar as seguintes fases: 1. Serviços preliminares: limpeza do terreno e construção das instalações de apoio ao canteiro de obras (carpintaria, almoxarifado, sala da segurança do trabalho, sala da medicina do trabalho, áreas de vivência). 2. Fundações. 3. Estrutura. 4. Acabamento. Na etapa de fundações você terá dois focos: acompanhar a execução dos serviços de fundações, e planejar as medidas de prevenção para a etapa da estrutura. Na etapa de estruturas, você irá se deparar com a sequência de montagem do escoramento, montagem da armação de aço, montagem das formas, realização da concretagem, retirada do escoramento e desforma, essa sequência irá se repetir por 10 pavimentos (essa sequência ocorre sempre que o método construtivo estrutural do edifício for em concreto armado). Existem outros métodos construtivos, como concreto pré-moldado, estruturas metálicas, estruturas de madeira, alvenaria estrutural entre outras. Então ,estudante, se liga nesse caminho, entre no site do ENIT - Escola Nacional da Inspeção do Trabalho, ao entrar você acessa a janelinha que diz inspeção do trabalho, quando abrir procure lá em baixo da página, onde fica mais informações, logo abaixo você identificará a janelinha A atual Secretaria de Inspeção do Trabalho disponibiliza junto a Escola Nacional da Inspeção do Trabalho – ENIT, diversos materiais relativos a SST em debate no governo, inclusive a atualização das Normas Regulamentadoras (NR). Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos- especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola 10 para o acesso para Normas Regulamentadoras – NR, a intenção disso é lhe mostrar como acessar esse site. Agora reflita comigo, a construção civil é uma das áreas com maior geração de empregos diretos e indiretos, contudo apresenta um histórico no ranking com maior número de acidentes entre os setores da economia, uma vez, que existe uma variedade de situações de risco, fruto de uma atividade que envolve muito dinamismo e rotatividade de pessoal. Com base nos dados da CANPAT 2021, observou-se que no total de acidentes ocorridos em 2020 no setor da construção civil, podemos destacar através dos dados que no grupo de serviço prestado na construção de edifícios (classe 41.20-4) que correspondia a 29,3% dos acidentes típicos, ou seja, 6.677 do total 22.808, sendo seguido de obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (classe 42.21-9) que equivale a 7,9%, correspondendo a 1.809 dos acidentes típicos, outro dado também importante segundo Barbosa Filho (2015), é que no setor da construção civil, os acidentes e lesões graves ou fatais registrados, tem como principais causas: queda em altura, soterramento, choque elétrico e choque ou impacto mecânico. Observe que os procedimentos na construção civil, ligados a Segurança e Saúde do Trabalho, têm como meta determinar medidas preventivas a partir do projeto da obrae dos métodos construtivos que serão empregados, mediante planejamento e interação entre as diversas áreas envolvidas determinando assim, os recursos necessários para atender o setor da construção civil. As medidas preventivas são subdivididas em: medidas administrativas, Equipamento de Proteção Coletiva - EPC, Equipamento de Proteção Individual - EPI e Sistemas de Proteção contra Incêndio e Pânico. Lembre-se que você estudou na disciplina passada, sobre “Legislação aplicada à área de gestão de saúde e segurança do trabalho”, onde foi abordado que todas as obras devem atender as disposições da NR 18. Você consegue se imaginar atuando na construção civil e visualizar que não haverá monotonia ou atividades repetitivas? 11 Prezado estudando, fique atento nas mudanças trazidas com a nova redação da NR-18 - CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, onde destacamos: ➢ A NR-18 tem o objetivo de estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. ➢ A NR-18 se aplica às atividades da indústria da construção constantes da seção “F” do Código Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e às atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de obras de urbanização. ➢ Dentre as responsabilidades constantes na NR-18, a organização da obra deve: a) vedar o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam resguardados pelas medidas previstas nesta NR; b) fazer a Comunicação Prévia de Obras em sistema informatizado da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, antes do início das atividades, de acordo com a legislação vigente. Acesse a NR 18 na página oficial do governo federal. Assim, você terá a garantia de estar estudando a NR atualizada. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf Caro estudante, segue link para assistir a um vídeo sobre a Norma Regulamentadora NR 18: Disponível em: https://youtu.be/_KSNyuKs4PE https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://youtu.be/_KSNyuKs4PE 12 ➢ São obrigatórias a elaboração e a implementação do PGR nos canteiros de obras, contemplando os riscos ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção. ➢ O PGR deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho e implementado sob responsabilidade da organização. ➢ Em canteiros de obras com até 7 m (sete metros) de altura e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob responsabilidade da organização. ➢ O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01, deve conter os seguintes documentos: a) projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado; b) projeto elétrico das instalações temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado; c) projetos dos sistemas de proteção coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado; d) projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado; e) relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. ➢ O PGR deve estar atualizado de acordo com a etapa em que se encontra o canteiro de obras. ➢ As empresas contratadas devem fornecer ao contratante o inventário de riscos ocupacionais específicos de suas atividades, o qual deve ser contemplado no PGR do canteiro de obras. ➢ As frentes de trabalho devem ser consideradas na elaboração e implementação do PGR. 13 1.2 Rotinas do trabalho na construção civil na área de Segurança e Saúde no Trabalho - SST Estimado estudante agora nosso foco de estudo será no estudo das rotinas do técnico de segurança do trabalho, na indústria da construção civil, por isso é de suma importância sua atenção aos itens que serão abordados. Sua rotina de trabalho estará diretamente ligada as demandas e características de cada local de trabalho, tipo de obra, prazos e métodos construtivos. Proponho um passo-a-passo que servirá como guia, para o desenvolvimento de suas atividades do dia-a-dia, quando estiver trabalhando em uma obra. ROTINAS DO DIA-A-DIA 1º Realização do Diálogo Diário de Segurança - DDS No começo de seu dia de trabalho, você deverá realizar o diálogo diário de Segurança - DDS com uma equipe de trabalhadores da obra. Esse DDS deverá ser agendado no dia anterior com o encarregado dessa equipe. Você precisará ficar atento a quantidade de funcionários para o DDS, pois conforme quantidade da equipe, você não terá condições de realizar um DDS geral, reunindo toda a força de trabalho da obra. A quantidade de pessoas no DDS precisa ser suficiente para que o mesmo possa ser efetivo e produtivo. A figura abaixo, apresenta o Técnico de Segurança do Trabalho, conduzindo seu DDS com equipe de um canteiro de obra. Atenção! O DDS serve para divulgar as medidas de prevenção de acidentes de trabalho ou doenças do trabalho, sempre mostrando os riscos presentes no ambiente, a fim de evitar acidentes. 14 Figura 1 - Realização de DDS no início dos trabalhos. Fonte: http://www.2wblocos.com.br/site/index.php/2015/09/08/a-vantagem-das-reunioes-diarias-de-seguranca-nos- canteiros-de-obras/ Descrição da imagem: Trabalhadores reunidos em círculo para realização de um DDS feito pelo TST. 2º Inspeção de rotina Concluído o DDS, a inspeção de rotina será realizada na frente de trabalho, com o auxílio de um check-list nas mãos, você irá verificar o andamento das atividades, riscos decorrentes destas, limpeza, organização e preenchimento dos check-list para máquinas e equipamentos, procedimentos de trabalho, EPC e EPI e demais itens que possam somar para um ambiente de trabalho saudável. Sendo verificada qualquer irregularidade, você deverá registrar a Não Conformidade – NC, em uma ficha de registro de NC. Nela, você irá anotar a NC e registrar o responsável e o prazo para correção. Quando estamos na frente de serviço, normalmente o responsável é o encarregado desta frente, e o prazo deverá ser estipulado pelos dois considerando a gravidade do perigo que a Não Conformidade representa, e os recursos que vocês dispõem para resolvê-la. O DDS é muito importante para a Segurança do Trabalho, auxiliando na prevenção de acidentes, assim acesse os links abaixo e confira sobre essa importante ferramenta de prevenção Disponível em: https://pedreirao.com.br/dds-dialogo-diario-de-seguranca- passo-a-passo/ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BFEf87rHo-0https://pedreirao.com.br/dds-dialogo-diario-de-seguranca-passo-a-passo/ https://pedreirao.com.br/dds-dialogo-diario-de-seguranca-passo-a-passo/ https://www.youtube.com/watch?v=BFEf87rHo-0 15 Sempre que o perigo de acidente for iminente, o risco deverá ser isolado interrompendo as atividades até que a não conformidade seja resolvida (ex.: Serra policorte sem proteção, andaime sem guarda corpo ou linha de vida). Desta forma, ninguém deverá ficar exposto a um risco de acidente por falhas no processo de trabalho (ou na condução) da obra. 3º Acompanhamento das atividades Após a realização da inspeção de rotina, você deverá acompanhar algum outro serviço, observando e principalmente orientando os colaboradores a desenvolverem suas atividades com segurança. Este é o momento educativo, complementando os treinamentos formais que você realiza com a equipe. Dê prioridade aos serviços ligados a Permissão para o Trabalho – PT, trabalhos de solda, trabalhos em altura, trabalhos em ambientes confinados, etc, focando em atividades que tenham maior exposição ao risco de acidente. 4º Treinamento periódico Você deverá incluir na sua rotina diária tempo para elaboração e realização dos treinamentos previstos no PGR, conforme estabelecidos nas NR-1 e NR-18. Além disso, conforme política de Segurança da empresa, poderão ser realizados outros treinamentos específicos, a depender de cada situação encontrada no canteiro de obra. Você deverá observar qual o melhor horário para realização dos treinamentos, de forma que não prejudique o bom andamento dos trabalhos e que possa ser bem assimilado pelos trabalhadores, devendo ser acordado com o encarregado da frente de serviço, sempre com vistas à segurança do colaborador, mas também respeitando as necessidades de produção. Segue abaixo o quadro 1 da NR-18, que trata sobre a carga horária e a periodicidade das capacitações dos trabalhadores da indústria da construção: 16 Capacitação Treinamento inicial (carga horária) Treinamento periódico (carga horária/periodicidade) Treinamento eventual Básico em segurança do trabalho 4 horas 4 horas/2 anos carga horária a critério do empregador Operador de grua 80 horas, sendo pelo menos 40 horas para a parte prática a critério do empregador Operador de guindaste 120 horas, sendo pelo menos 80 horas para a parte prática a critério do empregador Operador de equipamentos de guindar a critério do empregador, sendo pelo menos 50% para a parte prática a critério do empregador/ 2 anos Sinaleiro/amarrador de cargas 16 horas a critério do empregador/ 2 anos Operador de elevador 16 horas 4 horas/anual Instalação, montagem, desmontagem e manutenção de elevadores a critério do empregador a critério do empregador/anual Operador de PEMT 4 horas 4 horas/2 anos Encarregado de ar comprimido 16 horas a critério do empregador Resgate e remoção em atividades no tubulão 8 horas a critério do empregador Serviços de impermeabilização 4 horas a critério do empregador Utilização de cadeira suspensa 16 horas, sendo pelo menos 8 horas para a parte prática 8 horas/anual Atividade de escavação manual de tubulão 24 horas, sendo pelo menos 8 horas para a parte prática 8 horas/anual Demais atividades/funções a critério do empregador a critério do empregador/ a critério do empregador Quadro 1 – Do Anexo I da NR-18 Fonte: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18- atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf 17 5º Fechamento de não conformidade da inspeção de rotina. Você não poderá esquecer de verificar se a Não Conformidade – NC, encontrada durante a inspeção de trabalho, foi resolvida ou não. Lembre-se de que você será cobrado caso ocorra um acidente naquele local, mesmo que você tenha interditado a máquina, é possível que alguém a tenha liberado sem a sua autorização, assim, você deverá retornar ao local da Não Conformidade, verificando se foram corrigidos os problemas identificados, e assim poder fechar a NC. Lembre-se de realizar registro fotográfico, antes e depois, ou seja, na identificação do problema, bem como após a correção da irregularidade. 6º Acompanhamento das atividades até a conclusão do turno. Você precisa organizar bem seus trabalhos, deixando tempo suficiente para a programação do dia seguinte (agendar o DDS, o treinamento periódico do dia seguinte, etc). Lembre- se de que geralmente próximo ao horário do término do turno, ou nas vésperas de feriados e festividades, são os períodos em que mais ocorrerem situações não previstas, como acidentes ou incidentes. Você precisa permanecer atento, sempre com presteza, determinação, resiliência e empatia, para que você possa desempenhar suas atividades da melhor forma, atingindo os objetivos da segurança do trabalho, que é evitar a ocorrência de acidentes ou doenças do trabalho. 7º Realização das atividades administrativas para atender as demandas das diversas documentações que fazem parte das NBR, NR e demais Normas aplicáveis ao Setor da Construção civil. Você não poderá esquecer de atender a todas as obrigações legais, quanto a guarda, conservação e disponibilização dos documentos obrigatórios para início, funcionamento e finalização de uma obra civil. 18 Não, porque a dinâmica das atividades de uma obra civil é bastante diversificada em qualquer canteiro de obra, várias situações poderão ocorrer no seu dia a dia como técnico de Segurança do Trabalho, em meio as mais variadas situações. A intenção de criar uma rotina diária é para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos da área de segurança, uma vez que você não pode esperar que as coisas aconteçam sozinhas. Procure sempre antecipar a prevenção dos acidentes e incidentes, trabalhando sempre com a prevenção, agindo em duas frentes: condições de trabalho e no comportamento humano. As condições de trabalho você irá corrigir através das inspeções de rotina. O comportamento humano por meio dos treinamentos e das orientações (quando na sua rotina, você está acompanhando as atividades/frentes de serviços). Vamos agora para as demandas que, certamente, irão aparecer durante a obra. 1.2.1 Controle das condições de trabalho através da avaliação dos riscos - INSPEÇÕES Conforme visto anteriormente, você deverá focar seus esforços em 2 pontos principais: - Nas condições de trabalho; - No comportamento humano. Você conseguirá controlar as condições de trabalho, com a realização frequente de inspeções nos locais de trabalho. Nessas inspeções você observará o local de trabalho, seguindo um roteiro ou check-list, respondendo cada item de forma bastante criteriosa. Este roteiro irá garantir E essa será a rotina de todos os dias quando eu estiver em uma obra? Vamos dar uma parada nessa leitura para assistir a vídeo aula da competência 1 19 uma padronização dos itens observados, tornando uma avaliação homogênea em todos os locais de trabalho. Ao inspecionar uma atividade, uma máquina, uma frente de serviço, um equipamento, e ao responder o questionário do check-list, você estará realizando uma AVALIAÇÃO DE RISCO, pois ao se identificar que determinada situação atende ou não aos requisitos de segurança, significa dizer que você está avaliando a situação e os riscos nela compreendidos. As inspeções são divididas em dois tipos: as iniciais, para verificação da adequação das condições de trabalho para liberação das atividades; e as periódicas, para que você tenha uma rotina deverificação constante. As inspeções iniciais se dividem em: - Inspeção para liberação de atividade (frente de serviço), onde você irá inspecionar o local de trabalho, a disposição dos EPC, da sinalização de segurança, e a revisão do processo de trabalho. - Inspeção de máquinas e equipamentos, onde você irá inspecioná-los antes de serem colocados em uso pela primeira vez na obra. Já as inspeções periódicas, podem ser divididas em: - Inspeções das frentes de serviços, onde você irá avaliar os riscos durante a execução das atividades; - Inspeção de rotina em máquinas e equipamentos, onde você irá avaliar se os dispositivos de segurança estão em condições de uso e tal como indica o manual do fabricante; - Inspeção dos dispositivos de proteção contra incêndio e pânico, que normalmente são constituídos pelos extintores de incêndio, e pelos sistemas de detecção e alarme de incêndio nas instalações dos canteiros de obras. Leia o post do blog checklistfacil e conheça tudo sobre checklist para segurança do trabalho. Disponível em: https://blog-pt.checklistfacil.com/checklist-para-seguranca-do-trabalho/ https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/8-dicas-de-como- fazer-um-check-list-de-seguranca-trabalho-mais-eficiente/ https://blog-pt.checklistfacil.com/checklist-para-seguranca-do-trabalho/ https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/8-dicas-de-como-fazer-um-check-list-de-seguranca-trabalho-mais-eficiente/ https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/8-dicas-de-como-fazer-um-check-list-de-seguranca-trabalho-mais-eficiente/ 20 Para atender a este tipo de inspeção, sugerimos recorrer sempre ao COSCIP do seu Estado. 1.2.2 Controle das condições de trabalho através do comportamento humano – TREINAMENTOS A Capacitação dos empregados através dos treinamentos será uma das principias ferramentas para intervenção no fator humano, que pode contribuir para ocorrência de um acidente do trabalho. Conforme a NR-1 essa capacitação deverá ser: - O treinamento inicial deve ocorrer antes do trabalhador iniciar suas funções ou de acordo com o prazo especificado; - O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas NR ou, quando não estabelecido, em prazo determinado pelo empregador; - O treinamento eventual deve ocorrer: a) quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais; b) na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo treinamento; ou c) após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e oitenta) dias. INSPEÇÕES Iniciais: • Inspeção para liberação de atividade. • Inspeção para liberação de equipamento, máquina, ferramenta, veículos entre outros assuntos. Periódicas: • Inspeção de rotina de frente de serviço. • Inspeção de rotina de equipamento, máquina, ferramenta e veículos entre outros assuntos. • Inspeção dos sistemas de combate a incêndio e pânico. 21 O treinamento inicial deve apresentar o projeto da obra e os riscos associados as atividades, bem como os procedimentos administrativos, proteções coletivas e individuais entre outros assuntos para a integração do funcionário. Este treinamento inicial também deve focar no treinamento da Ordem de Serviço – OS, como determina a NR 1. No link a seguir você pode acessar a NR 1 para constatar a importância em se enfatizar o treinamento da OS, da informação dos riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de trabalho, os meios para prevenir e controlar tais riscos, em atendimento aos itens 1.4.1.b, 1.4.1.c, 1.4.4. da Norma Regulamentadora NR 1. Acesse a NR 1 https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos- especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf Vamos ver um vídeo sobre as principais mudanças da NR-1 Disponível em: https://shre.ink/1CHV https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf https://shre.ink/1CHV 22 1.2.3 Rotinas de documentos em SST É de suma importância manter um controle rigoroso de toda a documentação que você terá que manter na obra. Uma parte dela são documentos individuais, de cada colaborador da obra, e devem ser enviados ao dossiê pessoal no Departamento Pessoal. Evite gerar arquivos separados daqueles já normalmente existentes dentro da estrutura administrativa da obra. Sempre que novos documentos forem sendo produzidos, envie cópia para o Departamento Pessoal, e/ou mantenha cópia desses documentos em arquivos digitais, conforme determina a NR 1 no item 1.6. Você precisar estar atualizado quanto as novas tecnologias e à modernização dos requisitos legais, pois a legislação passa por constantes mudanças, como também acompanhar a evolução tecnológica. TREINAMENTOS Inicial (admissional) - Treinamento admissionais - Treinamento da Ordem de Serviço Periódicos - DDS - Treinamentos periódicos previstos nas NRs 10, 12, 33, 35, etc. Eventuais - Quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais; - Na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo treinamento; - Após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e oitenta) dias. 23 DOCUMENTAÇÃO Do colaborador: 1. Ordem de Serviço – OS (NR 01) 2. Ficha de EPI (NR 06) 3. Exames Médicos (NR-7) 4. Registro de participação em treinamentos 5. Registro de ocorrência de acidentes 6. CAT Da obra: 1. PGR (NR 1 e 18) 2. Projeto de linha de vida para trabalho em altura (NR 35) 3. Plano de rigging para movimentação de cargas (NR 11) 4. Laudo de insalubridade (NR 15) 5. Laudo de periculosidade (NR 16) 6. Ergonomia (NR-17) 7. Prontuário das instalações elétricas (NR 10) 8. Líquidos inflamáveis (NR 20) 9. Plano de Contingência e Emergência 10. Relação atualizada das máquinas e equipamentos (NR 12) 11. Cronograma de manutenção preventiva (NR 12) 12. Registro de manutenção das máquinas e equipamentos (NR 12) 13. Relatório de inspeção dos vasos de pressão de ar comprimido (NR 13) 14. Acervo com registro dos treinamentos realizados na obra. 15. Acervo com registro das inspeções e fichas de NC realizadas na obra. 24 1.2.4 Rotinas de EPI Prezado estudante, os EPI´s só devem ser usados quando não for possível eliminar os riscos existente em uma atividade, ou sempre que as condições para execução impeçam a adoção de outras medidas de proteção coletiva. Esse levantamento de risco deverá estar contido no PGR, bem como os EPI´s que devem ser utilizados de acordo com os riscos da atividade. Lembre-se de solicitar a compra numa quantidade que permita um estoque mínimo para reposição, além disso peça que o fornecedor anexe à nota fiscal o Certificado de Aprovação – CA de todos os EPI´s adquiridos, ou você poderá pesquisar a validade do CA diretamente no site do Governo Federal, através da Secretaria de Inspeção do Trabalho. Atenção! Conforme o item 1.5.5.1.2 da NR-1, quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fasede estudo, planejamento ou implantação ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. Caro (a) estudante: Durante a pandemia tivemos que usar a máscara para prevenção do COVID 19, o que você pode relatar sobre o uso diário deste EPI. Utilize o fórum desta disciplina. 25 Quando os EPI´s chegarem ao almoxarifado, confira se os mesmos estão sendo entregues, conforme seu pedido, observe se o CA foi o que você solicitou, se o CA marcado no produto corresponde ao CA da nota fiscal, e se está dentro da validade. Atenção, a validade do produto e do CA são diferentes, sempre verifique as validades. Ao entregar o EPI ao colaborador, realize o treinamento sobre o uso adequado do equipamento, registrando o treinamento e a entrega do EPI. 1.2.5 Rotinas de sinalização de segurança A sinalização de segurança é um importante instrumento de prevenção, ao indicar, alertar ou advertir sobre um risco. Você deverá sinalizar as frentes de serviços, o canteiro de obras, inclusive a área de escritórios. A Secretaria de Inspeção do Trabalho disponibiliza uma consulta pública para verificar a validade do Certificado de Aprovação – CA dos EPI´s que estão sendo comercializados. Disponível em: http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx Conheça a diferença entre a validade do CA e a validade do EPI: https://www.youtube.com/watch?v=3dCYFp7AaYs&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=LZB8mji_rjQ http://caepi.mte.gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx https://www.youtube.com/watch?v=LZB8mji_rjQ 26 Fique atendo aos colaboradores PCD (Pessoas com Deficiência). A sinalização deve ser universal. Para casos específicos, consultes as normativas técnicas, como a NBR 9050 sobre Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Você poderá conferir a Norma sobre Acessibilidade no Link abaixo: Voltando ao nosso objetivo principal, você deverá sinalizar as frentes de serviços atendendo as NR 12, 13, 18, 26, 33 e 35 conforme as áreas, equipamentos e sistemas a serem sinalizados. Sempre que você precisar instalar sinalização para o trânsito do tráfico interno a obra nos caminhos de serviços, adote o padrão de sinalização viária. Se o cliente da obra não exigir um padrão específico, adote o padrão para sinalização de obras do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Caro Estudante A sinalização de segurança é de suma importância para a prevenção de acidente, confira nos links abaixo: Disponível em: https://totallux.com.br/sinalizacao-de-seguranca-o-que-e-e-qual-a- importancia/ NBR 7195/95 Disponível em: http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-7.195- Cores-Para-Seguran%C3%A7a.pdf https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nbr-7195/ ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade Acesse em: https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT- NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf https://totallux.com.br/sinalizacao-de-seguranca-o-que-e-e-qual-a-importancia/ https://totallux.com.br/sinalizacao-de-seguranca-o-que-e-e-qual-a-importancia/ http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-7.195-Cores-Para-Seguran%C3%A7a.pdf http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-7.195-Cores-Para-Seguran%C3%A7a.pdf https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nbr-7195/ https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf 27 1.2.6 Rotinas para registro de ocorrências Você deverá manter um registro de todas as ocorrências da obra, mesmo que seja apenas perda de tempo ou material, pois esses dados lhe ajudarão no mapeamento e planejamento de ações preventivas de acidentes. Lembrando que sempre que houver uma ocorrência, você deverá proceder a investigação, para coleta dos dados e determinação das causas do incidente ou acidente. Caso haja testemunhas, registre as informações repassadas pelas mesmas. Prezado estudante, deverão ser adotadas medidas de prevenção para que as ocorrências não voltem a acontecer, com isso, segue essa dica para que você entenda melhor o caminho a seguir nesse assunto. Então fica a dica quando se der cada ocorrência conforme o esquema abaixo. Manual de sinalização rodoviária – Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR. DNIT. Acesse nos links em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e- pesquisa/ipr/coletanea-de- manuais/vigentes/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf https://www.gov.br/infraestrutura/pt- br/assuntos/transito/senatran/manuais-brasileiros-de-sinalizacao-de-transito INVESTIGAÇÕES De acordo com a ocorrência: • Investigação e registro de acidente do trabalho • Abertura de CAT (junto ao Departamento Pessoal – DP) • Investigação e registro de incidente. https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/743_manualsinalizacaorodoviaria.pdf https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/senatran/manuais-brasileiros-de-sinalizacao-de-transito https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/senatran/manuais-brasileiros-de-sinalizacao-de-transito 28 1.2.7 Sobre a ocorrência de acidentes graves Sempre que ocorrer um acidente grave, com ou sem fatalidade, você deverá estar pronto para adotar as medidas de segurança cabíveis. Mantenha sempre os documentos enumerados anteriormente bem organizados, e não se esqueça de: 1. Emitir a CAT dentro dos prazos legais. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata, conforme recomendado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. 2. Elaborar um relatório com a investigação e análise do acidente, levantando todos os dados disponíveis: dia, hora, local, agente tipo, parte do corpo atingida, possíveis causas, testemunhas, encarregados. Indique a (s) causa (s) do acidente, e as medidas preventivas a serem adotadas de maneira a se evitar ocorrência semelhante. 3. Comunique ao Presidente da CIPA a ocorrência do acidente grave. Atenção! A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), no direito brasileiro, é um documento emitido para reconhecer um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. Deve ser emitida pela empresa no prazo de 1 dia útil, ou, se ocorreu óbito, imediatamente, e que o envio dos dados da CAT sejam cadastrados exclusivamente em meio eletrônico, conforme mudanças descritas logo abaixo. Houve uma mudança para emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), conforme Portaria SEPRT/ME Nº 4.334, DE 15 DE ABRIL DE 2021, confira no link abaixo e fique atualizado. Disponível nos Links em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-4.334-de-15-de- abril-de-2021-314637705 https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente- de-trabalho-cat https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-4.334-de-15-de-abril-de-2021-314637705 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-4.334-de-15-de-abril-de-2021-314637705 https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cathttps://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat 29 Chegamos ao final da 1ª competência, você deverá assistir aos destaques, para fixar os conteúdos trabalhados aqui. Caso surjam dúvidas, você poderá usar os fóruns para dúvidas e discursão desta competência, como também o chat onde toda equipe de professores estará a sua disposição. 30 2.Competência 02 | Conhecer e aplicar Programas, Técnicas e Fundamentos Legais na Prevenção de Acidentes na Construção Civil Prezado estudante, seja bem-vindo a segunda competência da disciplina de Saúde e Segurança na Construção Civil, vamos iniciar nossos estudos sobre a NR 18, que trata sobre Segurança e Saúde no trabalho na indústria da Construção, ela foi alterada pelo Ministério da Economia conforme publicado na portaria Nº 3.733 em 10 de fevereiro de 2020, passando ela a ter uma nova versão da NR 18, com várias mudanças em sua estrutura normativa. Mas antes de prosseguir com a leitura, recomendo que você ouça o Podcast da Competência 2. Agora que você já ouviu o Podcast desta Competência 2, perceba que você como futuro técnico em segurança do trabalho deverá se apropriar dessas novas mudanças da NR 18, então vamos lá. A partir dessa mudança, a NR 18 se torna uma norma de Gestão de SST (Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho), contemplando assim procedimentos que deverão ser colocados em prática pelos empresários e especialistas na preservação da saúde e prevenção de acidentes do trabalhador. A nova NR 18 destaca a importância de se ter um profissional de segurança responsável pelo levantamento e identificação dos riscos e perigos, classificando em seu novo texto, as responsabilidades do: Engenheiro: profissional legalmente habilitado previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe; Técnico de Segurança do Trabalho: profissional qualificado que comprove conclusão de curso específico na sua área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino. Caro(a) estudante, agora acesse ao AVA e ouça o Podcast desta Competência 2! Neste será comentado e ensinado outras curiosidades que com certeza irão fornecer maior segurança no aprendizado fazendo com que a aula fique cada vez mais interessante! 31 Prezado estudante, a NR 18 é uma norma setorial aplicada no segmento de construção civil, por tanto deve ser consultada, desde da fase de concepção até a conclusão da obra, pois ela tem como objetivo estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições de Segurança e Saúde no trabalho na indústria da construção. Quando citamos construção civil, imagina-se as atividades relacionadas com a construção de casas e edifícios. Entretanto, a indústria da construção envolve diversas atividades que a NR 18 contempla. Portanto veja o que cita no item 18.2.1 da nova NR 18: Esta Norma se aplica às atividades da indústria da construção, constantes da seção “F” na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e às atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de obras de urbanização. As atividades na indústria da construção estão descritas na seção “F” do Quadro I da NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de obras de urbanização e paisagismo. Veja a seguir na figura abaixo com as respectivas atividades da indústria da construção civil, observando o quadro I percebe-se que as atividades da indústria da construção são diversas e contempla atividades com Grau de Risco igual a 1 (um) até atividades com Grau de Risco igual a 4 (quatro). Você consegue identificar outras atividades da indústria da construção? 32 Figura 2 - Recorte do Quadro I da NR 4. Fonte:https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr- 04.pdf Descrição da imagem: um quadro de três colunas na cor branca com letras pretas, onde a coluna central apresenta as atividades correspondentes à indústria da construção. Percebeu, estudante, quantas atividades englobam a área de construção civil, é uma dimensão imensa essa área de trabalho, por isso você precisa estar preparado quando se encontrar trabalhando nessa área tão dinâmica. 33 Prezado estudante, com essa mudança na nova NR 18 o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção) e o PPPR (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR 9, alterada também no ano de 2020, ambos deixaram de ser obrigatórios passando a vigorar o PGR Programa de Gerenciamento de Riscos, conforme trata no item 18.4.1 da NR 18: “São obrigatórias a elaboração e a implementação do PGR nos canteiros de obras, contemplando os riscos ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção”. Desse modo, logo após no subitem a seguir contemplaremos o estudo mais detalhado do PGR dentro da indústria da construção civil. É extremamente importante sua dedicação e disciplina nos estudos, desta forma, leia atentamente o E-book, participe dos fóruns e dos destaques e não se esqueça de assistir as videoaulas, pois estes materiais agregarão mais conhecimentos para você. Bons estudos! 2.1 Programa de Gerenciamento de Risco – PGR na Indústria da Construção Civil. Caro estudante, com a modificação realizada na NR-18 deixam de ser obrigatórios o PCMAT e o PPRA, passando a obrigatoriedade da elaboração do PGR. Esse novo programa tem por finalidade estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Dentre outras exigências ele estabelece algumas responsabilidades, a saber: Conforme item 18.3.1 da NR-18, a organização da obra deve: a) vedar o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam resguardados pelas medidas previstas nesta NR; b) fazer a Comunicação Prévia de Obras em sistema informatizado da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, antes do início das atividades, de acordo com a legislação vigente. Ou seja, é importante que a empresa comunique previamente a SIT através do SCPO - Sistema de Comunicação Prévia de Obras, antes do início das atividades fornecendo seus dados por meio da 34 internet, a fim, de que essas informações enviadas ao SIT possibilite o trabalho de fiscalização pertinente ao cumprimento das exigências pela nova NR 18 na indústria da construção civil. Quem poderá elaborar o PGR na construção Civil? Conforme a NR 18 o PGR deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado em segurança do trabalho e implementado sob responsabilidade da organização. Será que existe alguma exceção para elaborar o PGR na construção Civil? Conforme item 18.4.2.1 da NR-18, os canteiros de obras com até 7m (sete metros) de altura, ou seja, dois pavimentos, e com, no máximo, 10 (dez) trabalhadores, o PGR pode ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e implementado sob responsabilidade da organização. Atenção! São obrigatórias a elaboração e a implementação do PGR nos canteiros de obras, contemplando os riscos ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção. Glossário da NR 18 Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. Profissional qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico na sua área de atuação, reconhecido pelosistema oficial de ensino. 35 Caro estudante, você deve ficar bem atento, pois é de responsabilidade do profissional de segurança a elaboração do PGR, mas a sua implementação é de responsabilidade da empresa. E como fica a situação das empresas terceirizadas na construção quanto ao PGR? Conforme estabelece o item 18.4.4 da NR 18, as empresas contratadas devem fornecer ao contratante o inventário de riscos ocupacionais específicos de suas atividades, o qual deve ser contemplado no PGR do canteiro de obras. Existem outros documentos que o PGR deve conter? Conforme estabelece o item 18.4.3 da NR-18, O PGR, além de contemplar as exigências previstas na NR-01, deve conter os seguintes documentos: a) Projeto da área de vivência do canteiro de obras e de eventual frente de trabalho, em conformidade com o item 18.5 desta NR, elaborado por profissional legalmente habilitado; b) Projeto Elétrico das Instalações Temporárias, elaborado por profissional legalmente habilitado; c) Projetos dos Sistemas de Proteção Coletiva elaborados por profissional legalmente habilitado; Glossário da NR 18 Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. Profissional qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico na sua área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino. Fique ligado!!! O inventário de risco é uma relação com a descrição detalhada de todos os riscos relacionados com as atividades da construção civil. Esse documento vai constar dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, e o respectivo plano de ação. 36 d) Projetos dos Sistemas de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), quando aplicável, elaborados por profissional legalmente habilitado; e) Relação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e suas respectivas especificações técnicas, de acordo com os riscos ocupacionais existentes. Exemplo: Se a obra estiver na fase de acabamento, mas o PGR estiver atualizado até a fase de estruturas, o mesmo deverá ser atualizado para não sofre nenhum tipo de penalidade, por parte da fiscalização da SIT – Subsecretaria de Inspeção do Trabalho. Contudo, se a obra estiver na fase de escavação, e passar por uma fiscalização da SIT, os auditores não poderão cobrar que o PGR esteja atualizado até a fase de alvenaria, pois a obra ainda não está nessa fase. Lembre-se que as frentes de trabalho também devem ser consideradas na elaboração e implementação do PGR. Fique ligado!!! O PGR deve estar atualizado conforme a etapa em que a obra se encontra. ATENÇÃO!!! As frentes de trabalho também devem ser consideradas na elaboração e implementação do PGR. 37 Caro estudante, a nova NR-18 prevê um período de transição, entre a validade do PCMAT e a obrigatoriedade do PGR, para as obras que já estavam em andamento, conforme veremos a seguir: 18.17 Disposições transitórias 18.17.1 O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho da indústria da construção (PCMAT) existente antes da entrada em vigência desta Norma terá validade até o término da obra a que se refere. Exemplo: Uma obra que teve início em fevereiro de 2018, com prazo de duração prevista para 4 anos, teve que elaborar o seu PCMAT para atendimento aos requisitos legais da antiga NR-18, assim esse PCMAT será válido até a conclusão da obra, não sendo necessário a elaboração de um PGR. 2.2 Acidentes que ocorrem Comumente na Indústria da Construção Estimado estudante, a partir de agora você vai refletir a respeito da realidade da construção civil no que se refere aos acidentes e doenças ocupacionais, que infelizmente é um segmento que por muitos anos superou as estatísticas no número de acidentes e doenças ocupacionais comparado a outros setores produtivos. Tais acidentes e doenças poderão ocorrer por várias razões, pois o trabalho é muito dinâmico acarretando assim em diversos agentes ambientais presentes no ambiente de trabalho. Podemos citar alguns agentes presentes como: ruído, calor, umidade, vibração, desníveis, radiação, trabalho excessivo, levantamento de peso, agentes químicos, eletricidade, etc. Observe que dependendo do estágio da obra cada agente citado aparecerá de forma mais expressiva variando para mais ou menos em cada etapa da obra. Por exemplo, na etapa de Acesse a nova NR 18 no link: Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf 38 escavação durante a construção de um edifício, o risco de desmoronamento será elevado. Já na etapa de acabamento, de revestimento da fachada, não há o risco de desmoronamento, porém há um risco elevado de queda de altura, corte, penetração de objeto nos olhos, etc. Portanto, estimado estudante, como futuro Técnico de Segurança de Trabalho será necessário se apropriar do levantamento dos riscos existentes na obra, conforme regulamenta o PGR, a fim de se estabelecer um Plano de ação para o controle desses riscos. Nesse momento agora, será abordado algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir acidentes com choque elétrico, queda de altura e projeção de materiais. 2.2.1 Medidas de Proteção Contra Choques Elétricos Prezado estudante, a NR 18 afirma que a execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado, e a supervisão por profissional legalmente habilitado. A NR 10 que trata de Serviços em Eletricidade, considera 3 (três) espécies de profissionais para atuar na área elétrica: Trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino; Profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe., Trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado Mas como identificar se tal trabalhador é qualificado ou não para o serviço? 39 Portanto, não será permitida a realização de serviço em instalações elétricas na construção civil por profissionais que não atendam essas exigências. Os serviços nas instalações elétricas devem ser realizados prioritariamente quando os circuitos estiverem desenergizados. As instalações são consideradas desenergizadas mediante os seguintes procedimentos: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II); f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização. Figura 4 - Sinalização de impedimento de reenergização. Fonte: https://www.maconsultoria.com/arquivos/adca1746a87a58c69e93b30859e21c56.pdf.Descrição da imagem: duas (2) foto de uma sinalização de impedimento de reenergização. As medidas de proteção coletiva nas instalações elétricas devem-se atender a prioritariamente a desenergização elétrica. Porém, em caso de impossibilidade, pode-se adotar outras medidas de proteção coletiva, como: isolamento das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, bloqueio do religamento automático e seccionamento automático de alimentação que engloba os disjuntores, fusíveis e os disjuntores diferenciais. As medidas de proteção individuais 40 envolvem as vestimentas com baixa condutibilidade elétrica, mangas, luvas e capacetes contra choques elétricos. Estimado estudante, aqui vimos alguns dos inúmeros procedimentos que devem ser adotados quando há um serviço em instalações elétricas. 2.2.2 Medidas de Proteção Coletiva Contra Queda de Altura A queda de trabalhadores e a projeção de materiais nas construções podem ocorrer em diversas situações, entre elas pode-se citar: queda nas aberturas de pisos utilizadas para passagem de tubulações do sistema hidráulico, quedas nos vão que dão acesso ao poço de elevadores e na periferia da edificação. As medidas de proteção visam eliminar o risco de acidente nessas situações. Para melhorar o seu conhecimento, leia a NR 10 e o item 18.6 da NR 18: NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE https: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-10.pdf NR 18 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf Vamos agora dar uma parada na leitura e assistir a vídeo aula da competência 2 https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf 41 Figura 5 - Homem na periferia de uma edificação com risco de queda de altura. Fonte: http://www.tocnoticias.com.br/ler_noticia03.php?idnoticia=2181 Descrição da imagem: foto real de um edifício em construção, tem um homem na extremidade da construção correndo risco de queda. Em qualquer local da construção que houver o risco de queda de altura, deve ser instalado uma proteção coletiva para eliminar esse risco. As proteções coletivas mais frequentes nas obras contra a queda de trabalhadores nas construções são constituídas de anteparos rígidos em sistemas de guarda-corpo e rodapé. Devendo atender aos seguintes requisitos: O guarda corpo deve ser construído com travessão superior a 1,2 m (um metro e vinte centímetros) de altura e resistência à carga horizontal de 90 kgf/m (noventa quilogramas-força por metro), sendo que a deflexão máxima não deve ser superior a 0,076 m (setenta e seis milímetros); Ter travessão intermediário a 0,7 m (setenta centímetros) de altura e resistência à carga horizontal de 66 kgf/m (sessenta e seis quilogramas-força por metro); E possuir rodapé com altura mínima de 0,15 m (quinze centímetros) rente à superfície e resistência à carga horizontal de 22 kgf/m (vinte e dois quilogramas-força por metro), observe que na figura abaixo adotamos 0,20 m só para ilustração. O sistema deve ter vão preenchidos com tela ou outro dispositivo que garante o seu fechamento, conforme apresentado na figura abaixo. É muito comum se observar estruturas de madeira na periferia da construção, como na figura acima, você sabe o que são essas estruturas e sua finalidade? 42 Figura 6 - Sistema de proteção guarda-corpo e rodapé. Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de- procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura Descrição da imagem: desenho esquemático do sistema de proteção guarda-corpo e rodapé. Conforme a nova redação da NR 18 nos edifícios em construção, as bandejas de proteção que são frequentes nas obras deixaram de ser obrigatórias, ficando ao cargo do profissional legalmente habilitado definir a proteção contra queda de altura ideal para cada obra. No entanto, como esse tipo de proteção ainda é bem comum, na maioria nos edifícios em construção com mais de quatro pavimentos ou com altura similar, vamos então apresentar aqui em nosso E-book esse tipo de instalações de plataformas de proteção primária ou principal, e as secundárias. Esse sistema de proteção coletiva deve atender seguintes requisitos: ser projetada e construída de forma a resistir aos impactos das quedas de objetos, ser mantida em adequado estado de conservação, e ser mantida sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura e devem ser projetadas por profissional legalmente habilitado. Segue figura abaixo. 43 Figura 7 - Plataformas contra queda de material. Fonte:http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=seguranca_na_construcao_civil_servicos_em_altura_.pdf Descrição da imagem: foto de um edifício em construção, mostrando uma plataforma principal e duas secundárias. As bandejas podem ser primárias (quando instaladas logo após a concretagem da primeira laje da edificação), secundárias (montadas em balanço, a cada três pavimentos) e terciárias (instaladas a cada dois pavimentos abaixo do térreo, quando um prédio tem vários subsolos). A plataforma principal deve ter no mínimo 2,5 m de projeção horizontal e 0,8 m de extensão com inclinação de 45° a partir da extremidade. Essa plataforma deve ser instalada após a concretagem da laje e só pode ser retirada após o revestimento externo da edificação. Acima da plataforma principal deve ser instalado plataformas secundárias de três em três lajes. As plataformas secundárias devem ter no mínimo 1,4 m de projeção horizontal e 0,8 m de extensão com inclinação de 45° a partir da sua extremidade. Essa plataforma deve ser instalada após a concretagem, e só pode ser retirada após a vedação da periferia estiver concluída, até a plataforma imediatamente superior. Além das plataformas, tela deve ser inserida a partir da plataforma principal para evitar a projeção de materiais. Na Figura abaixo observa-se um esquema das plataformas principal e secundárias com a tela de proteção. 44 Figura 8 - Esquema das plataformas principal e secundárias. Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura Descrição da imagem: desenho esquemático que mostra a plataforma principal e as plataformas secundárias da edificação. A NR 18 ainda contempla as construções com pavimento no subsolo. Nesse tipo de construção, plataformas terciárias devem ser instaladas abaixo da plataforma principal, de duas em duas lajes. Essas plataformas devem ter no mínimo 2,2 m de projeção horizontal e 0,8 m de extensão com inclinação de 45° a partir da sua extremidade. Assista a um vídeo muito interessante sobre Instalação de plataformas primária e secundária: https://www.youtube.com/watch?v=bYxJ3DOKiqQ http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura https://www.youtube.com/watch?v=bYxJ3DOKiqQ 45 2.3 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas Prezado estudante, nesse item será estudado as medidas de segurança adotadas nos equipamentos de transporte vertical de carga e de pessoas. Esses equipamentos são: Elevadores e Gruas. Cada um desses equipamentos pode ser utilizado para transportar exclusivamente materiais, pessoas ou ambos. Esses equipamentos devem ser projetados e dimensionado por profissional legalmente habilitado e os serviços de instalação, montagem, manutenção e desmontagem devem ser realizados por profissionais qualificados sob a supervisão de um profissional legalmente habilitado. A empresa usuária do equipamento deve possuir o seu próprio programa de manutenção preventiva, de acordo com as recomendações do fabricante, locador ou importador. Esse programa de manutenção visa evitar a ocorrência de falhas no equipamento e deve ser mantido junto ao livro de inspeção do equipamento. Prezado estudante, conforme o item 18.11.7 da NR 18, toda empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte vertical de materiais e/ou pessoas deve possuir os seguintes documentos disponíveis no canteiro de obras: a) programa de manutenção preventiva, conforme recomendação do locador, importador ou fabricante; Para aprofundar seu conhecimento, consulte as medidas de proteção contra quedas de altura na NR 18 e Recomendação Técnica de Procedimentos 01 da Fundacentro nos links abaixo. NR 18: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020-1.pdf RTP 01: http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/u23_1/bd/rtp01 .pdf http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/u23_1/bd/rtp01.pdf http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/u23_1/bd/rtp01.pdf 46 b) termo de entrega técnica de acordo com as normas técnicas nacionais vigentes ou, na sua ausência, de acordo com o determinado pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo equipamento; c) laudo de testes dos freios de emergência a serem realizados, no máximo, a cada 90 (noventa) dias, assinado pelo responsável técnico pela manutenção do equipamento ou, na sua ausência, pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo equipamento, contendo os parâmetros mínimos determinados por normas técnicas nacionais vigentes; d) registro, pelo operador, das vistorias diárias realizadas antes do início dos serviços, conforme orientação dada pelo responsável técnico do equipamento, atendidas as recomendações do manual do fabricante; e) laudos dos ensaios não destrutivos dos eixos dos motofreios e dos freios de emergência, sendo a periodicidade definida por profissional legalmente habilitado, obedecidos os prazos máximos previstos pelo fabricante no manual de manutenção do equipamento; f) manual de orientação do fabricante; g) registro das atividades de manutenção conforme item 12.11 da NR-12; h) laudo de aterramento elaborado por profissional legalmente habilitado. Nesses equipamentos de movimentação e transporte vertical de materiais e pessoas deve existir um sistema de fechamento do tipo cancela ou similar, conforme apresentado na figura abaixo. Figura 9: Cercado de proteção com cancela. Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de- 47 procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura Descrição da imagem: desenho esquemático do sistema de proteção guarda corpo e rodapé com um mecanismo de cancela. 2.3.1 Elevadores a Cabo Estimado estudante, é proibida a utilização de elevadores de transporte exclusivo de materiais tracionados por cabo único. Conforme a NR 18, os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado e atender às normas técnicas nacionais vigentes, ou, na ausência, às normas técnicas internacionais vigentes. No caso de elevadores tracionados a cabo temos a norma da ABNT NBR 16.200:2013, ou alteração posterior, além das disposições da NR18. Figura 10: Poço de um elevador a cabo. ATENÇÃO!!! Os equipamentos de movimentação e transporte vertical de materiais e pessoas devem ser vistoriados diariamente, antes do início do serviço pelo operador, conforme orientação dada pelo responsável técnico do equipamento, atendidas as recomendações do manual do fabricante, devendo ser registrada a vistoria em livro de inspeção do equipamento. 48 Fonte: http://www.orionelevadores.com/elevador-obra-cabo Descrição da imagem: foto de um poço de elevador tracionado a cabo. Os elevadores para transporte de passageiro devem ser instalados em toda edificação com oito ou mais pavimentos a partir do térreo ou altura semelhante. A NR 18 proíbe o transporte simultâneo de carga e passageiros para os elevadores tracionados a cabo, dando prioridade para o transporte de passageiros. Na utilização desse elevador para transportar carga e passageiros de forma não simultânea, deverá existir sinalização por meio de cartazes em seu interior, e seu comando deverá ser externo durante a movimentação da carga. 2.3.2 Elevadores de Cremalheira Nos elevadores de cremalheira, o movimento de rotação da engrenagem (pinhão) engrenada na cremalheira é convertido em um movimento alternativo de subida e descida na cabine do elevador. Nos elevadores, segundo consta no item 18.11.17 da NR 18, apenas o operador e o responsável pela carga podem subir junto com a carga, desde que fisicamente isolados da carga por uma barreira física, com altura mínima de 1,8 m (um metro e oitenta centímetros), instalada com dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança. Figura 11: Poço de um elevador a cabo. Fonte: http://www.orionelevadores.com/elevador-obra-cabo Descrição da imagem: foto do sistema de engrenagem e cremalheira do elevador. De acordo com o item 18.11.19 da NR 18, os elevadores devem dispor, no mínimo, dos seguintes itens de segurança: 49 a) intertravamento das proteções com o sistema elétrico, através de dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança que impeça a movimentação da cabine quando: I. a porta de acesso da cabine, inclusive o alçapão, não estiver devidamente fechada; II. a rampa de acesso à cabine não estiver devidamente recolhida no elevador de cremalheira, e; III. a porta da cancela de qualquer um dos pavimentos ou do recinto de proteção da base estiver aberta. b) dispositivo eletromecânico de emergência que impeça a queda livre da cabine, monitorado por interface de segurança, de formaa freá-la quando ultrapassar a velocidade de descida nominal, interrompendo automática e simultaneamente a corrente elétrica da cabine; c) dispositivo de intertravamento com duplo canal e ruptura positiva, monitorado por interface de segurança, ou outro sistema com a mesma categoria de segurança que impeça que a cabine ultrapasse a última parada superior ou inferior; d) dispositivo mecânico que impeça que a cabine se desprenda acidentalmente da torre do elevador; e) amortecedores de impacto de velocidade nominal na base, caso o mesmo ultrapasse os limites de parada final; f) sistema que possibilite o bloqueio dos seus dispositivos de acionamento de modo a impedir o seu acionamento por pessoas não autorizadas; g) sistema de frenagem automática, a ser acionado em situações que possam gerar a queda livre da cabine. h) sistema que impeça a movimentação do equipamento quando a carga ultrapassar a capacidade permitida. 2.3.3 Grua A Grua é um equipamento utilizado nas obras para a movimentação vertical e horizontal de materiais. As gruas são compostas por elementos de sustentação, elementos de movimentação 50 da carga, elementos de segurança e por elementos de operação onde está presente a cabine do operador e os sistemas de comando. Figura 12 - Grua Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/gruas/ Descrição da imagem: foto de uma grua A operação de qualquer equipamento de guindar deve estar prevista em um plano de movimentação de cargas (Plano Rigging), conforme item 18.10.1.23 da NR-18. No caso de gruas, o plano de cargas deverá conter, no mínimo, as informações que constam nos itens 18.10.1.17 à 18.10.1.17.1. conforme a NR 18. A grua funciona com base no princípio de equilíbrio entre os momentos da carga e do contra peso. Isto é, a multiplicação do peso do contrapeso pela sua distância até a torre deve ser igual ao peso da carga multiplicado pela sua distância até a torre. Isso implica dizer que cargas mais pesadas serão erguidas mais próximas da torre do que cargas mais leves. Considere a figura abaixo que exemplifica essa situação. Nessa figura “A” representa o contrapeso (considere o contrapeso com Assista ao Vídeo de um protótipo de uma grua em operação, depois volte ao texto para entender melhor seu funcionamento https://www.youtube.com/watch?v=1SkGzkQTzUk https://www.youtube.com/watch?v=1SkGzkQTzUk 51 peso de 10000 N) e “B” e “C” representam duas cargas que se deseja levantar não simultaneamente. Para manter o equilíbrio, o peso B deve ser igual a: 𝑨 ∗ 𝟒𝟎𝒎 = 𝑩 ∗ 𝟖𝟎𝒎 → 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝑵 ∗ 𝟒𝟎𝒎 = 𝑩 ∗ 𝟖𝟎𝒎 → 𝑩 = 𝟓𝟎𝟎𝟎𝑵 𝒐𝒖 𝟓𝟎𝟎𝒌𝒈 Já o peso C deve ser igual a: 𝑨 ∗ 𝟒𝟎𝒎 = 𝑪 ∗ 𝟏𝟎𝟎𝒎 → 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝑵 ∗ 𝟒𝟎𝒎 = 𝑪 ∗ 𝟏𝟎𝟎𝒎 → 𝑪 = 𝟒𝟎𝟎𝟎𝑵 𝒐𝒖 𝟒𝟎𝟎𝒌𝒈 Figura 13 - Esquema de uma grua. Fonte: Própria do autor Descrição da imagem: representação de uma grua feita por uma estrutura na horizontal na parte superior, uma estrutura horizontal na parte inferior e uma estrutura na vertical ligando as duas estruturas na horizontal. Da primeira estrutura partem três quadros. O primeiro é o quadro A distante de 40 para o lado esquerdo da estrutura vertical. A segunda é o quadro B distante de 80 para o lado direito da estrutura vertical. A terceira é o quadro C distante de 100 para o lado direito da estrutura vertical. A grua deve ser operada por dois profissionais qualificados, de acordo com a NR 18: o operador da grua e sinaleiro/amarrador de cargas. No caso das gruas e guindastes, além do treinamento teórico e prático, conforme o quadro I, do Anexo I da NR-18, o operador deve passar por um estágio supervisionado de pelo menos 90 (noventa) dias. O estágio supervisionado pode ser dispensado para o operador com experiência comprovada de, no mínimo, 6 (seis) meses na função, a critério e sob responsabilidade do empregador. O operador é responsável pela operação do equipamento e pela realização do checklist. Já o sinaleiro/amarrador de carga é responsável pela amarração da carga para o içamento, orientação 40 52 ao operador referente aos movimentos executados, pela observância às determinações do plano de cargas e sinalizações e pelas orientações dos trajetos. 2.4 Trabalho em Andaimes Caro estudante, agora estudaremos um tipo de estrutura muito comum nas atividades de construção civil: os andaimes. Saiba agora o que são essas estruturas, alguns tipos específicos dessas estruturas e especificidades ao se trabalhar com andaimes. Os andaimes e plataformas são os equipamentos utilizados para trabalhos em alturas nas construções de edificações. Atividades como revestimento, limpeza de fachada e pintura, são necessárias a utilização desses equipamentos. Alguns desses equipamentos podem ser definidos de maneira mais específica como: Andaime simplesmente apoiado; Andaime Fachadeiro; Andaime suspenso; Andaime em balanço; Cadeira suspensa. Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, o trabalhador fica obrigado a usar o cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo talabarte. Já nas atividades de trabalho em altura nos andaimes, o trabalhador deverá utilizar o cinto de segurança do tipo paraquedista, ligado Documentação obrigatória na utilização de equipamentos de Guindar (item 18.10.1.23, NR-18) a) plano de cargas, conforme subitem 18.10.1.17 desta NR; b) registro de todas as ações de manutenção preventivas e corretivas e de inspeção do equipamento, ocorridas após a instalação no local onde estiver em operação, e os termos de entrega técnica e liberação para uso, conforme disposto no item 12.11 da NR-12; c) comprovantes de capacitação e autorização do operador do equipamento de guindar em operação no local; d) comprovantes de capacitação do sinaleiro/amarrador de cargas e do trabalhador designado para inspecionar plataformas em balanço para recebimento de cargas; e) projeto de fixação na edificação ou em estrutura independente; f) projeto para a passarela de acesso à torre da grua; g) listas de verificação mencionadas nessa NR e instruções de segurança emitidas, específicas à operacionalização do equipamento; h) laudo de aterramento elétrico com medição ôhmica, conforme normas técnicas nacionais vigentes, elaborado por profissional legalmente habilitado e atualizado semestralmente. 53 junto ao trava-quedas, este trava-quedas deverá estar ligado a um cabo-guia e o cabo-guia deve ser fixado em uma estrutura, diferente da estrutura de fixação do andaime. Figura 14 - Trabalho realizado com cinto tipo paraquedista com duplo talabarte. Fonte: http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM- ALTURA.pdf Descrição da imagem: foto de um trabalhador usando uniforme adequado realizando trabalho em altura com o cinto paraquedista com duplo talabarte Figura 15: Trabalho realizado em um andaime suspenso com cinto tipo paraquedista e trava-queda. Fonte: adaptado de: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27782/000747239.pdf?sequence=1http://www.granvilleequipam entos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf Descrição da imagem: desenho de um trabalho devidamente equipado realizando trabalho em um andaime suspenso. http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf 54 Prezado aluno, é muito comum pensar diretamente no cinto de segurança como equipamento de proteção principal contra o risco de queda,e este raciocínio está correto! No entanto, é fundamental que o cinto de segurança esteja conectado a uma linha de vida (linha de retenção de quedas ou linha de restrição de movimentos) corretamente dimensionada, e devidamente fixada em um ponto resistente e estável, diferente do ponto de sustentação da estrutura do andaime. O profissional responsável pela elaboração do projeto, com seu devido dimensionamento é o engenheiro. No entanto, você técnico de segurança deve adquirir dois conceitos fundamentais sobre esta matéria: o cálculo do FATOR DE QUEDA, e o cálculo da ZONA LIVRE DE QUEDA – ZLQ. Isto, porque você irá se deparar com situações na sua rotina de trabalho, que exigirão uma tomada de decisão rápida e segura para a realização de atividades que envolvam o risco de queda por diferença de nível. 2.4.1 Andaimes Simplesmente apoiados Os andaimes simplesmente apoiados são bastante comuns na indústria da construção. Quando providos de rodízios, esses andaimes passam a serem móveis, permitindo seu deslocamento no sentido horizontal, é proibido esse deslocamento com trabalhadores sobre os andaimes. O rodízio dos andaimes móveis deve possuir travas, evitando assim o deslocamento acidental, ser apoiado sobre superfície capaz de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas, ser utilizado somente sobre superfície horizontal plana, que permita a sua segura movimentação, conforme item 18.12.16 da NR-18. Leia o glossário da NR 35 e veja a definição de talabarte, trava-queda, Fator de Queda, Zona Livre de Queda e outras definições referentes ao trabalho em altura. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt- br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de- trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-35.pdf 55 Figura 16: Andaime simplesmente apoiado. Fonte: https://balancimmanual.ind.br/diferenca-entre-andaime-suspenso-e-em- balanco/http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM- ALTURA.pdf Descrição da imagem: desenho de um andaime simplesmente apoiado Os montantes, que são as peças estruturais verticais dos andaimes, devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada. O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de amarração e estroncamento. Outras medidas de segurança você pode obter lendo o item 18.12 da NR 18 (e subitens). Assista ao Vídeo com a demonstração de montagem de um andaime https://www.youtube.com/watch?v=S4V47QIwhMw http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf http://www.granvilleequipamentos.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/GUIA-PARA-TRABALHO-EM-ALTURA.pdf https://www.youtube.com/watch?v=S4V47QIwhMw 56 2.4.2 Andaimes fachadeiros Nesse tipo de andaime, os acessos devem ser feitos em escada incorporada à sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso. Esses andaimes devem ser cobertos por tela de material que apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos. Essa tela deve ser instalada desde a primeira plataforma até dois metros acima da última. Figura 17 -Andaime fachadeiro. Fonte: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27782/000747239.pdf?sequence=1 Descrição da imagem: andaime fachadeiro com trabalhadores realizando suas atividades sobre o andaime. Este andaime deve ser apoiado em sapatas sobre base rígida e nivelada capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas, com ajustes que permitam o nivelamento. Além disso, deve ser fixado, quando necessário, à estrutura da construção ou edificação, por meio de amarração, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito. Quando for montado nas fachadas das edificações, deve ser externamente revestido por tela, de modo a impedir a projeção e queda de materiais, devendo o entelamento ser feito desde a primeira plataforma de trabalho até 2 m (dois metros) acima da última, conforme itens 18.12.13 e 18.12.15 da NR-18. 57 2.4.3 Andaimes em balanço Andaimes em balanço são estruturas que se projetam para fora da prumada da obra, isto é, projetam para fora da construção, ou seja, eles se projetam para o lado externo da construção, sendo sustentados por vigamentos ou estruturas em balanço, que tenham sua segurança garantida, seja por engastamento ou outro sistema de contrabalanceamento no interior da construção, podendo ser fixos ou deslocáveis. O andaime em balanço deve ser fixado à estrutura da edificação e deve ser capaz de suportar até três vezes o esforço solicitante. Figura 18: Andaime em balanço. Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de- procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-01-medidas-de-protecao-contra-quedas-de-altura Descrição da imagem: desenho de um andaime em balanço em uma fachada de um edifício. 2.4.4 Andaime suspenso No andaime suspenso o estrado de trabalho, isto é, a estrutura plana colocada sobre o andaime, é sustentado por travessas suspensas por cabos de aço e movimentado por guinchos, que é um equipamento utilizado para transporte vertical, através do enrolamento do cabo no tambor. Esse guincho pode ser acionado de forma manual ou de forma motorizada. 58 Figura 19 - Andaime suspenso. Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/locatec/produtos/maquinas- ferramenta/andaime-suspenso Descrição da imagem: foto de um andaime suspenso. A sustentação desses andaimes deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou com estruturas metálicas resistentes e só poderá ser apoiada ou fixada em elementos estruturais, os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes suspensos devem suportar, pelo menos, 3 (três) vezes os esforços solicitantes. Sendo assim, a sustentação do andaime seja na platibanda da edificação ou no beiral, a sustentação deverá ser precedida de estudos de verificação estrutural (projeto) sob responsabilidade do profissional legalmente habilitado. Os dispositivos de sustentação devem ser diariamente verificados pelos usuários e pelo responsável pela obra, antes de iniciados os trabalhos. Os usuários e o responsável pela verificação devem receber treinamento e manual de procedimentos para a rotina de verificação diária. 59 Quando for utilizado um sistema de contrapeso, como forma de fixação da estrutura de sustentação do andaime suspenso, este deverá ser: a) ser invariável quanto à forma e ao peso especificados no projeto; b) possuir peso conhecido e marcado de forma indelével em cada peça; c) ser fixado à estrutura de sustentação do andaime; d) possuir contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal. Já o sistema de suspensão do andaime deve: a) ser feito por cabos de aço; b) garantir o seu nivelamento; c) ser verificado diariamente pelos usuários e pelo responsável pela obra, antes de iniciarem seus trabalhos. Os usuários e o responsável pela verificação devem receber treinamento e os procedimentos para a rotina de verificação diária. É proibido no andaime suspenso: a) utilizar trechos em balanço; b) interligar suas estruturas; c) utilizá-lo para transporte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados aos serviços em execução. O andaime suspenso deve possuir: (item 18.12.21, NR-18) a) possuir placa de identificação; b) ter garantida a estabilidade durante todo o período de sua utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou equipamentos específicos para tal fim; c) possuir, no mínimo, quatro pontos de sustentação independentes; d) dispor de ponto de ancoragem do SPIQ independente do ponto de ancoragem do andaime; e) disporde sistemas de fixação, sustentação e estruturas de apoio, precedidos de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado; f) ter largura útil da plataforma de trabalho de, no mínimo, 0,65 m (sessenta e cinco centímetros). 60 2.4.5 Cadeira Suspensa A cadeira suspensa, devido as suas dimensões, permite ser utilizada por apenas um trabalhador e seu respectivo material de trabalho. Ela é utilizada em situações onde não é possível a instalações de andaimes. Conforme o item 18.12.45 da NR-18, a cadeira suspensa deve: a) ter sustentação por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética; b) dispor de sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for através de cabo de aço; c) dispor de sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for através de cabo de fibra sintética; d) dispor de cinto de segurança para fixar o trabalhador na mesma. Vale destacar, que conforme item 18.12.47 da NR 18, o trabalhador quando utilizar a cadeira suspensa, deve dispor de ponto de ancoragem do SPIQ (Sistema de Proteção Individual contra Quedas - constituído de sistema de ancoragem, elemento de ligação e equipamento de proteção individual, em consonância com a NR-35), independente do ponto de ancoragem da cadeira suspensa, assim, o sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas. Então prezado estudante, finalizamos aqui nossa 2º Competência da nossa disciplina de Saúde e Segurança na Construção Civil, espero que você tenha compreendido o assunto, e saiba que é muito importante separar tempo para se dedicar aos estudos, então com dedicação e disciplina você conseguirá alcançar os objetivos propostos. Saiba que você pode utilizar os canais de informação, então utilize os Fóruns de discussões sobre a disciplina, Fóruns dos Destaques, Chats e saiba que toda a equipe de professores do curso de Para mais informações e aprofundamento do conteúdo, leia o item 18.12 – Andaimes e Plataformas de Trabalho da NR 18. 61 Segurança do Trabalho, estaremos sempre prontos para lhe esclarecer nas possíveis dúvidas surgidas, então! Bons estudos e sucesso na caminhada! 62 Conclusão Caro estudante, nessa disciplina vimos diversos conteúdos relacionados com a construção civil, contemplando duas competências que você precisa adquirir nessa disciplina: CONHECER OS PROCEDIMENTOS E ROTINAS DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NA ÁREA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO - SST e CONHECER E APLICAR PROGRAMAS, TÉCNICAS E FUNDAMETNOS LEGAIS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Vimos que o PCMAT deixou de existir para as novas obras, e que o PGR Programa de Gerenciamento de Risco passou a ser o programa responsável por todos os riscos envolvidos na construção civil, sendo de extrema importância para segurança do trabalho, auxiliando no dia a dia do Técnico de Segurança do Trabalho que trabalha na construção civil. Também vimos dicas de DDS, medidas de controle contra choques elétricos e queda de altura, medidas adotadas nos equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas, técnicas adotadas nos trabalhos em andaimes, dicas de realização de treinamentos e inspeções e outras informações. É importante que você busque outras informações nas NRs e nos links disponibilizados nos destaques para aprofundar seu conhecimento, pois a construção civil é um mundo à parte na segurança do trabalho. Espero ter atendido suas expectativas e que você tenha aproveitado a disciplina. Até a próxima! 63 Referências Brasil. Norma Regulamentadora. NR 01 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-10.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-11.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-12.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 18 – Segurança e Saúde no trabalho na Indústria da Construção. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 26 – Sinalização de Segurança. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-26.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no- trabalho/normas-regulamentadoras/nr-33.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Brasil. Norma Regulamentadora. NR 35 – Trabalho em Altura. Disponível em: < https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-35.pdf > Acessado em: 03 de junho de 2021. Fundacentro. Recomendação Técnica de Procedimentos 01. Disponível em: <http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/u23_1/bd/rtp01.pdf> Acessado em: 03 de junho de 2021. http://arquivosbiblioteca.fundacentro.gov.br/exlibris/aleph/u23_1/bd/rtp01.pdf 64 Minicurrículo do Professor Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Pós-Graduada em Ergonomia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Pós- Graduada em Gestão e Tutoria em Educação a Distância pela Faculdade Integrada de Gestão e Meio Ambiente – FACIGMA. Bacharel e Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e Técnica em Segurança do Trabalho pela Escola Técnica Federal de Pernambuco (ETFPE).