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20/05/2019 1 Capítulo 7 Técnicas de comutação de tiristores Técnicas de comutação de tiristores Introdução • Disparo: pulso de sinal no terminal de gatilho (forma controlada) • Em condução, há uma pequena queda de tensão entre anodo e catodo (0,25 a 2V) • Comutação do tiristor: procedimento de desligamento ou corte do tiristor • Os tiristores são amplamente utilizados em circuitos de alta corrente e/ou tensão, mesmo com o desenvolvimento de outras chaves eletrônicas com disparo e comutação mais simples (circuitos mais simples) Obs. Antes do estudo das técnicas de comutação (desligamento) dos tiristores serão vistas as técnicas de disparo dos mesmos. 20/05/2019 2 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Formas de disparo do tiristor: 1. Por pulso de gatilho 2. Por sobretensão (a ser evitado) 3. Por dv/dt (corrigido por um snubber) 4. Por aumento na temperatura (a ser evitado) 5. Por luz (LASCR – light activated silicon controlled rectifier) Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) • Com CH1 fechada o tiristor fica diretamento polarizado • Ao se fechar CH2: iB2↑ → iC2=iB1↑ → iC1↑ → iB2↑ → ação regenerativa • Uma vez iniciada a ação regenerativa CH2 pode ser aberta sem que o tiristor deixe de conduzir. Analogia com dois transistores BJT 20/05/2019 3 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Mecanismo de disparo Reta de carga Reta de carga • iG = 0 • vA1 < V(BO) → ponto 1 estável • iG = iG1 > 0 • ponto 4 tangente à curva (ponto instável) • ponto 3 estável (tiristor conduz corrente de aprox. VA1/RA1 • Para dado VA1 e RA1, será necessária uma certa corrente iG específica para disparo Obs. Para iG = IGT, o tiristor se comporta como um diodo comum. 1 1 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Circuito (a): Seja Rx = R1+Rpot e Vdisp = Vmsen(α), onde Vm é a amplitude de VCA e α o ângulo de disparo desejado. D força a corrente de gatilho num único sentido. GT qdisp x I VV R − ≈ Vq: queda de tensão no diodo mais queda de tensão entre terminal de gatilho e catodo do tiristor (relativamente pequena) Ângulo de controle: 0 ≤ α ≤ 90º→ Rx ≤ Vm/IGT 20/05/2019 4 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Circuito (b): • O circuito RxC causa um atraso adicional na tensão de gatilho, estendendo o disparo para além de 90º . • D2 faz com que a tensão do capacitor acompanhe a tensão do semiciclo negativo da excitação, estabelecendo sempre a mesma condição inicial quando do início do semiciclo positivo. Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) DIAC Justaposição de duas estruturas PNPN: P1N1P2N2 e P2N1P1N3 Normalmente, para disparo, a tensão V deve exceder a tensão VBO do dispositivo (tensão de disparo) 20/05/2019 5 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Acionamento CA de uma carga utilizando-se um par DIAC - TRIAC Para carga resistiva Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Acionamentos por transformadores de pulso Seja o circuito abaixo, analisado no cap. 6 O circuito de disparo tem um nó de referência, se ele for conectado aos catodos dos tiristores (SCRs), surgirá um curto-circuito. A solução poderia ser obtida pelo uso de transformadores de pulso. 20/05/2019 6 Técnicas de comutação de tiristores Introdução (disparo) Acionamentos por transformadores de pulso Obs. Pode-se ter configurações alternativas à dos dois tiristores em antiparalelo utilizando os circuitos das figuras 6.4 e 6.5. Técnicas de comutação de tiristores Comutação Natural Em função da polarização imposta pela rede o tiristor comuta 20/05/2019 7 Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada - Autocomutação • Em circuitos com alimentação CC a comutação natural não ocorre. • Utilizam-se circuitos de comutação (usada em conversores CC- CC (choppers) e CC-CA (inversores) - Autocomutação (devido às características naturais do circuito) – Seja T1 disparado em t=0s : Fig. 7.2 πωω <<= tptsen L C Vti mm I S p 0/)()( 321 ( ) πtωtVtv mmSC <<−= 0p/ )cos(1)( ω LC m 1=ω e desliga T tEm 10 LCπ= SC V)(tv 20 = Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada - Autocomutação Fig. 7.3 Essa topologia será utilizada na comutação por impulso, a seguir. 0 com ,00 e 0 Seja 0 === SC V)i( -V) (v ∫ =−++= 0 1 ,0 em disparado T Para 01 )V(idt Cdt di Lst πωω <<= ttsen L C Vti mm 0p/)()( 0 πtωtVtv mmOC <<−= 0p/ )cos()( ω 20/05/2019 8 Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por impulso (ou comutação por tensão) Fig. 7.6 Para comutar T1, o mesmo deve ser polarizado reversamente. Circuito de comutação • Inicialmente, supor T1 conduzindo (corrente Im) e C carregado com vC(t) = -V0 = -VS • Quando T2 for disparado → T1 fica reversamente polarizado (é desligado) • T2 conduzirá a corrente da carga, até C ficar carregado → vC(t) varia de -V0=-VS a VS → T2 é desligado (corrente cai abaixo da corrente de manutenção) • Ao se disparar T3 ocorre o mesmo visto na figura 7.3, vC(t) → -V0=-VS T1 é o tiristor principal Técnicas de comutação de tiristores Fig. 7.7 Durante a comutação Circuito equivalente Tempo de desligamento (toff): • Até que vC(t) alcance 0V • Deve ser maior que tq (tempo de desligamento do tiristor – aprox. trr Seja a corrente de carga (Im) é constante: C tI dtI C V offm t mO off == ∫ 0 1 q m O off tI CV t quemaior ser deve que = Comutação forçada – Comutação por impulso (ou comutação por tensão) Desvantagem do procedimento: � Tempo de comutação depende da carga (I m ) 20/05/2019 9 Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por pulso ressonante Fig. 7.12 Para comutar T1, a corrente do mesmo é forçada a cair abaixo da corrente de manutenção. • Seja inicialmente: T1 conduzindo (Im) e vC(t) = -V0 • Quando T2 é disparado (em t=0s): L,C,T1 e T2 formam um circuito ressonante Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por pulso ressonante Fig. 7.12 )( )()( 0 tsenI tsen L C Vti mP m ω ω = = )cos()( tVtv mOC ω−= LC m 1=ω Em t = t1, i(t1) = Im e a corrente em T1 é nula (T1 comuta) → = − C L V I senLCt O m1 1 )cos()( 111 tVVtv mOC ω−=−= A partir de t1, assumindo Im constante vC(t) cresce como uma reta 20/05/2019 10 Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por pulso ressonante Fig. 7.12 • Em t = t2, Dm começa a conduzir • A energia no indutor será armazenada no capacitor • vC(t) vai de VS a V0 Em t = t2 → 2 2 2 1 )( mL LItw = Em t = t2+t0, i(t2+t0)=0 e wL(t2+t0)=0 SC VVVVCttw −=∆∆=+∆ 0 2 02 onde ,)( 2 1 )( )()( Logo 202 twttw LC =+∆ Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por pulso ressonante Fig. 7.12 Ao se disparar T3 vC(t) irá de V0 para -V0 22 2 1 )( 2 1 mLIVC =∆ )()( 202 twttw LC =+∆ C L IV m=∆ C L IV VVVttv mS SC += =∆+==+ 002 )( De forma análoga ao já visto m off I CV t 1= 20/05/2019 11 Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação por pulso ressonante Fig. 7.12 Seja L C I V I I x mm p 0== Para reduzir a corrente direta de T1 p/ zero x > 1 Na prática L e C são escolhidos para x=1,5 � Também denominada comutação por corrente � toff também depende da carga (Im) Técnicas de comutação de tiristores Comutação forçada – Comutação Complementar Fig. 7.14 O disparo de um tiristor comuta o outro tiristor. Seja T1 e T2 bloqueados e com vC = 0 p/ t < 0 Se em t = 0s T1 é disparado: 0p/ e-1V ve , 2 2 21 SC 21 > = === − − t e R V ii R V i CR t CR t S RC S R Se em t = t1 (ex: t1>5R2C) T2 for disparado → T1 comuta 1 )( S )( SC )( 12 p/ e-1VeV ve 2 , 1 1 1 1 1 1 2 tt e R V i R V i CR tt CR tt CR tt S C S R > −= − == −−−− −− Se em t =t2 (ex: (t2-t1)>5R1C) T1 for disparado → T2 comuta iR1 iR2
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