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Dicas e Macetes do Gestor de Segurança

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Segurança Empresarial
Marco Aurélio
dicas e macetes do 
Gestor de seGurança
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Marco Aurélio
São Paulo, 2010 
10 Edição
dicas e macetes do 
Gestor de seGurança
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Aurélio, Marco
Dicas e macetes do gestor de segurança / Marco Aurélio. -- 1. ed. -- São 
Paulo : Sicurezza, 2010.
ISBN 978-85-87297-32-7
1. Empresas - Medidas de segurança 2. Empresas - Medidas de segurança 
- Manuais I. Título.
10-06375 CDD-658.47
Índices para catálogo sistemático:
1. Segurança empresarial : Administração de empresas : Manuais 658.47
2. Segurança empresarial : Gerenciamento operacional : Administração : 
Manuais 658.47
Titulo Original:
Dicas e macetes do gestor de segurança
© Copyright 2010 by Marco Aurélio
1a edição, Julho 2010
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução desta obra por 
qualquer meio, em seu todo ou em partes, sem autorização expressa do 
autor e do editor.
Direitos dessa edição cedidos por contrato para:
Sicurezza Gestão de Riscos Corporativos, Editora e Distribuidora Ltda
Endereço fiscal: Rua Damasio Rodrigues Gomes, 301 - Jardim Cupece 
São Paulo - SP - Cep 04652-150
Telefone: 11 5531 6171
Email: editora@sicurezzaeditora.com.br
Coordenação: Enza Cirelli
Projeto Gráfico : Agencia BM Design - contato@agenciabmdesign.com.br
Fotolito, impressão e acabamento: JF Artes Gráficas
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Este livro dedico as maiores administradoras da minha 
vida: minha esposa Rosana e minha filha Giovana.
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EPÍGRAFE
Uma boa segurança se faz observando os 
seguintes pontos:
•  Informação
•  Treinamento
•  Equipamento
•  Normas e procedimentos
•  Fiscalização e controle.
Ou seja, “Preparar o futuro significa fundamentar 
o presente.”
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Agradecimentos
Meus sinceros agradecimentos a DEUS pela 
oportunidade, luz e saúde, pois sem Ele nada 
poderia ter sido feito.
Ao mestre Brasiliano e a Enza pelo incentivo e apoio 
para que eu pudesse concluir e realizar este trabalho.
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Prefácio
Este livro cujo o título é “Dicas e Macetes do Gestor de Segurança Em-
presarial”, tem a finalidade de contribuir para que a área de segurança 
seja cada vez mais respeitada e entendida como um setor que alavanca 
resultados para as respectivas organizações, procurei passar alguns co-
nhecimentos básicos aos gestores de segurança, fazendo sempre uma 
fusão entre os conhecimentos administrativos, técnicos e as ferramentas 
utilizadas pelo mercado, sempre de forma simples mais objetiva, faci-
litando o entendimento de qualquer pessoa, mesmo para aquelas que 
não são da área. 
O livro foi idealizado e organizado da seguinte forma:
Capítulo I - retrata de forma macro os temas relativos a gestão, possibili-
tando que o gestor de segurança analise quais devem ser os seus princi-
pais papéis, os conhecimentos e as competências necessárias para que 
se possa obter uma Boa Gestão de Segurança. 
Capítulo II - trata dos temas relativos aos objetivos, atividades e respon-
sabilidade da segurança.
Capítulo III - fornece ao gestor de segurança dicas para a elaboração de 
uma análise de cenários.
Capítulo IV - transmite dicas importantes para elaboração de Plano de 
Segurança e possibilita ao gestor de segurança criar uma Matriz de Ris-
cos X Recursos.
Capítulo V - neste capítulo poderá obter uma visão macro dos temas de 
segurança e focando os conceitos mais importantes, que se encontram 
em evidência no cotidiano.
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Capítulo VI - fornece algumas informações básicas sobre a norma de 
Gestão de Riscos – ISO 31000:2009.
Capítulo VII – fornece algumas dicas de segurança pessoal e empresarial.
Todos os conceitos abordados aqui poderão auxiliar o gestor de se-
gurança em sua gestão empresarial. Lembro que devemos sempre 
fazer a diferença e buscar insistentemente a quebrar dos paradigmas 
do mercado, fortalecendo assim a área de segurança dentro e fora 
das organizações.
Se agirmos com o coração e com os sensores da alma, poderemos sem-
pre sermos capazes de perceber as oportunidades extraordinárias que 
temos ao nosso redor e consequentemente fazermos a diferença para a 
nossa família, organização, vida.
Desejo sucesso a todos que lerem este.
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Sumário
Introdução 10
1. O que é uma Empresa 11
2. Segurança Empresarial 22
3. Análise de Cenários 28
4. Planejamento 32
5. Recursos para a Proteção 65
6. Norma ISO 31.000 79
7. Dicas de Segurança 83
Bibliografia
Sobre o Autor
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 10Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Introdução
Paralelamente ao desenvolvimento econômico e o avanço tecnológico, a 
segurança começa a ser mais exigida em nosso país, fazendo com que 
os profissionais de segurança, principalmente os gestores, sejam mais 
eficientes e eficazes em suas soluções, fazendo com que seja possível 
fazer o melhor sempre com o menor recurso financeiro possível. 
Todos nós sabemos que existem vários obstáculos que dificultam o 
desenvolvimento desta nobre função, apesar de existirem várias con-
sultorias especializadas em treinamento, como por exemplo, a Con-
sultoria do Brasiliano & Associados que ministra cursos específicos 
da área de segurança e que consequentemente contribui muito para 
o desenvolvimento dos profissionais de segurança, ainda estamos de-
ficientes e em fase de conquista de espaço dentro das organizações.
Os assuntos tratados neste livro visão fornecer dicas não apenas de 
proteção ao patrimônio, mas também de aspectos de administração, 
planejamento tático e estratégico específicos da função organizacio-
nal do “Gestor de Segurança”.
Estou convicto que para que o “Gestor de Segurança” obtenha suces-
so em suas atividades ele precisa de muito mais do que apenas co-
nhecimentos técnicos na área em questão. É de suma importância que 
também tenha conhecimentos e competênciaspara: planejar, organizar, 
controlar, dirigir, delegar, solucionar problemas, administrar conflitos, 
tomar decisões, comunicar-se, motivar a equipe e manter a sua auto-
motivação, ser flexível, ser criativo, inovar e administrar os investimentos. 
Dentro deste contexto é indispensável que os gestores de segurança, 
a exemplo dos profissionais de outras áreas, assumam novas atitudes 
e posturas tornando-se capazes de assumir e agregar novos desafios, 
frente a essa nova realidade.
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 11Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
1. O que é uma Empresa
A empresa é uma organização formada por pessoas que trabalham 
por uma atividade fim e que tem como objetivo final obter lucros. 
As empresas normalmente se parecem com as famílias e outra qual-
quer instituição, pois todas têm em sua essência o fator humano. Na-
turalmente existem outros aspectos.
Toda empresa são organizações formais, porque possuem regulamen-
tos, políticas e procedimentos escritos e estruturas bem definida.
As empresas são classificadas em três aspectos:
a) Aspecto de propriedade:
• Pública – empresas de propriedade do Estado, objetivo 
prestar serviços públicos;
• Privada – empresas de propriedade particular, objetivo 
produzir bens e serviços a fim de obter lucro.
b) Aspecto de produção:
• Setor Primário – empresas agrícolas, extração de pe-
tróleo, mineração, etc., objetivo é extrair matéria-prima 
da natureza;
• Secundário – produtoras de bens, objetivo processar e 
transformar matéria-prima em produtos acabados;
• Setor terciário – fornece serviços (comércio, bancos, etc), 
objetivo prestar serviços a população.
c) Aspecto tamanho:
• Grande porte 
• Médio porte 
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 12Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
• Pequeno porte
• Micro-empresas 
Quais as principais características de uma empresa?
• Visão lucro;
• Possuem riscos internos e externos, que são assumidos;
• Têm uma visão dirigida sempre para o negócio;
• Existe uma avaliação constante dos investimentos, divi-
dendos e da lucratividade
• Constituem em propriedade privada controlada, seja em-
presa familiar, sociedade anônima ou limitada.
Quais os objetivos mais comuns nas empresas?
• Satisfazer as necessidades dos clientes;
• Ser uma empresa cidadã (responsabilidade social);
• Preservar o meio ambiente e seus recursos naturais;
• Proporcionar um ambiente saudável (clima organizacional).
1.1 O QUE É GESTÃO?
A seguir serão descritos alguns conceitos importantes que devem ser 
observados pelo gestor de segurança, para que possa ter uma gestão 
mais integrada e coesa.
A gestão normalmente é tratada de forma complicada, um emaranha-
do de metodologias, sistemas e processos, mas o que devemos fazer 
é buscar termos uma visão simples da essência da gestão, assim su-
mariamente podemos levantar alguns pontos:
Primeiro ponto é que toda pessoa em posições de liderança tem que as-
segurar que a organização tenha propósito da sua existência muito claro, 
não somente no papel – nem necessariamente tem que estar escrito no 
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 13Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
papel – mas o fundamental é que todos na empresa entendam com gran-
de clareza qual é propósito e a razão de ser da empresa.
Desta forma, a primeira coisa que precisamos assegurar, dentro dessa 
visão de gestão pela essência, é que todos, e, todas as pessoas dire-
tas e/ou indiretamente ligadas à empresa, saibam com clareza qual é 
o propósito de nossa organização.
Segundo ponto é a integração. Vivemos em um mundo em que as em-
presas ainda estão fragmentadas. É muito comum ver “caixinhas” ali, 
organogramas, fragmentos, feudos, igrejinhas..... Cada um trabalha 
para o seu pedaço, muitas vezes sem qualquer conexão na busca de 
uma ação integrada. Por isso uma das coisas fundamentais , na essên-
cia da gestão, é assegurarmos que a organização que estamos parti-
cipando e/ou dirigindo seja sempre vista como uma grande unidade, 
que atua sempre em conjunto. Não estamos simplesmente falando de 
trabalho em equipe, que já é um bom começo. Mas é necessária uma 
compreensão mais fundamental de que a organização, assim como o 
organismo humano, é algo completamente interconectado. Temos que 
ver a empresa desta forma e não como um órgão fragmentado, sepa-
rado do contexto maior. Devemos buscar a integração e precisamos 
sermos altamente construtivos e produtivos na busca de uma socieda-
de que funcione cada vez melhor e de forma cada vez mais integrada.
Terceiro ponto seria enfatizar a motivação, buscando a participação 
positiva de todos para que possamos alcançar e fazermos à diferen-
ça. Quando pessoas vibram numa sintonia diferente, chamamos de 
pessimistas, negativas etc. Por este motivo o líder deve assegurar que 
todas as pessoas que trabalham na organização estejam atuando po-
sitivamente e estejam altamente motivadas. Isso é um desafio enorme, 
não é fácil conseguir que todos estejam na mesma sintonia, mas este 
é o papel do líder. 
Quarto ponto deve lembrar que dentro das empresas estamos para 
servir, pois a postura de todos na empresa deve ser de servir uns 
aos outros. A questão-chave é: servirmos a quem? À sociedade, aos 
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 14Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
clientes, etc. Aqui a postura de servir deve transcender o pagamento 
(dinheiro), se não seremos meramente consideramos mercenários. As 
melhores empresas são aquelas dotadas de uma força extraordinária 
que resulta na postura de servir os interesses essenciais dos clientes 
e da sociedade. Podemos exemplificar como o verdadeiro trabalho em 
grupo, onde cada um tem o mesmo interesse. 
Quinto ponto é a ação, pois devemos ter uma empresa que faça com que 
as pessoas “ se mexam” e possam assim colocar rapidamente suas idéias 
em ação, devemos valorizar os debates e as críticas desde que sejam cons-
trutivas e sejam transformadas em ações que levem a resultados efetivos.
Sexto ponto é considerar que estamos sempre aprendendo, devemos 
considerar que tudo que ocorre conosco é uma fonte de aprendi-
zagem. É importante lembrar que nós aprendemos somente com os 
nossos erros, mas também com os nossos sucessos.
Em síntese, a gestão esta acima das parafernálias técnicas, pois o 
foco de uma boa gestão é a essência, ou seja:
1. Definição clara dos objetivos, propósito;
2. Motivação de todos da empresa, busca de energia;
3. Integração ou desfragmentação da empresa
4. Cultura de servir aos clientes com interesse autêntico;
5. Cultura do fazer acontecer, ir além das discussões, dos 
diagnósticos e ou críticas;
6. Evoluções contínuas, buscar uma cultura de aprendiza-
gem constante.
Com os conceitos descritos na gestão também considero muito rele-
vante para um líder é ter sempre uma postura de atuar sobre o todo: 
Aspectos operacionais, táticos e estratégicos X os conhecimentos téc-
nicos, políticos e culturais. 
Podemos constatar que a gestão de pessoas é um tema muito abran-
gente e complexo até mesmo para os especialistas em RH, sendo assim 
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 15Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
o gestor de segurança deve estar sempre informado e sintonizado nas 
tendências do mercado e consultando as diferentes áreas de atuação.
Também devemos observar alguns conceitos de RH não citados 
anteriormente de forma direta, como por exemplo as competências 
duráveis:
1. Pensar sistematicamente – competência para descobrir 
as causas das causas e perceber as conseqüências das 
consequências (no espaço e tempo), captarem detalhes e 
ao mesmo tempo entender a dinâmica do todo.
2. Pensar estrategicamente – competência para arquitetar/
projetar caminhos para chegar aos resultados pretendidos 
que sejam abrangentes, complexos e ao mesmo tempo 
simples (não simplistas), múltiplas alternativas de ação 
com foco bem determinado, (Ver anexo na página 16).
3. Enxergar o todo – competência para “ver o invisível”, en-
xergar mentalmente os impactos das decisões/ações nas 
diversas áreas (produção, finanças, administração, marke-
ting/vendas, manutenção, tecnologia, desenvolvimento, 
custos, segurança, etc), nas pessoas (motivação, pique, 
stress, comprometimento, equipe, etc) e na política organi-
zacional (composição, distribuição e uso do poder);
4. Fazer abstrações – competência para tirar idéias práticas 
das teorias, formarem teorias a partir da prática, correla-
cionar simulação com realidade, aplicar na vida real cada 
aprendizado obtido;
5. Inovar/criar – competência para desenvolver idéias inédi-
tas para aplicação prática, através de associações livres 
entre várias e diferentes áreas de conhecimento, PESSO-
AS QUE FAZEM ACONTECER:
• A arte de “dar o 1º passo”
• A arte do ser “pra frente”
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 16Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
• A arte da “criatividade pela visão”
• A arte de “amarrar pontas”
• A arte refinada da comunicação e do relacionamento 
humano
• A arte de lidar com a “realidade real”
• Autenticidade, naturalidade, verdade
• Energia alocada ao fazer acontecer e não a diagnósti-
cos, avaliações, críticas, subterrâneas, jogo político...
• Inovações em envolvimento, participação, comprome-
timento (workouts etc.)
• Grandes objetivos sempre claros, foco, objetividade.
• Excelência no uso do tempo disponível
• “Apetite” para “fazer tudo com seriedade” (e não 
negligentemente)
6. Chegar à essência das coisas – competências para ir a 
fundo, com perseverança e tato, na busca das razões pro-
fundas que determinam comportamentos de pessoas e/ou 
causas de essência dos fatos e acontecimentos;
7. Fazer acontecer – competências para transformar idéias 
em ações e resultados, usando estratégias criativas, ino-
vando em processos, potencializando os recursos disponí-
veis e amarrando com maestria os apoios necessários;
8. Comunicar – competências para ouvir, entender empa-
ticamente, sensibilizar pessoas e expressar idéias/pen-
samentos com clareza e objetividade, tanto verbalmente 
como por escrito;
9. Negociar – competência para harmonizar interesses diver-
gentes e estabelecer relacionamentos nutrientes, levando 
em conta as necessidades de todos os envolvidos direta e 
indiretamente, PREMISSAS EM NEGOCIAÇÃO:
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 17Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
DE PA RA
• Pedir o máximo, ofere-
cer o mínimo
• Buscar o que é 
justo ( para todos 
os envolvidos)
• Usar poder para “ar-
rasar” oponente
• Usar poder para cons-
truir relação 
de confiança
• “Despistar”, esconder 
reais intenções
• Transparência e verdade 
desde o início
• Criatividade para “ar-
madilhar” a outra parte
• Criatividade para 
gerar múltiplas alternati-
vas de solução
• Táticas agressivas
- “ Bater, levou! ”
- “ Melhor defesa é 
um bom ataque “
• Estratégias integrativas
- Respeito incondicional
- Cooperação genuína
- Não-beligerância
• •Ganha – perde Todos ganham 
(ganha – ganha – ganha )
10. Relacionar-se – competência para captar as sutilezas dos 
ambientes, das culturas, dos hábitos e costumes das pes-
soas e sentir-se bem qualquer situação, aproveitando to-
das as oportunidades que aparecem e contribuindo com 
todos com que relaciona, ser acessível, sociável, sério e 
honesto em suas relações, ser sensível às diferenças cultu-
rais e necessidades individuais, aceitar pontos de vista di-
ferentes, abandonando os seus, quando for o melhor para 
a empresa, comunica-se de forma assertiva, sendo claro e 
objetivo, atuar de forma confiável; 
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 18Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
DO FRAGMENTADO
“A soma das partes é igual ao todo”
“É possível intervir nas partes sem afetar o todo”
 “Compreende-se o todo pela compreensão das partes” 
PARA O INTERCONECTADO
“O todo é muito mais do que a soma das partes”
“Tudo que se faz em partes afeta o todo de alguma forma”
“As partes só podem ser entendidas pela compreensão da dinâmica 
do todo.”
11. Iniciar mudanças – competências para dar o primeiro pas-
so, com segurança, convicção e entusiasmo, em relação a 
mudanças que devem ser implementadas, mesmo aquelas 
que exigem sacrifícios;
12. Energizar pessoas – competências para criar ambientes 
de alto pique, vibração e entusiasmo das pessoas pelo tra-
balho e pelo relacionamento com as demais.
13. Empreendedorismo – competência que estabelece pa-
drões desafiadores de resultados, atingindo resultados 
efetivos de acordo com os parâmetros de qualidade, cus-
tos, prazos e objetivos definidos, mostra iniciativa e de-
terminação para conseguir que as coisas sejam feitas e 
apresenta resultados efetivos, manterem-se tranqüilo e 
equilibrado, não perdendo foco mesmo diante de situa-
ções adversas/pressionadoras, utiliza os recursos e servi-
ços orientando-se pela segurança das pessoas e preser-
vação do meio-ambiente.
14. Liderança – competência de avaliar objetivamente a ca-
pacidade das pessoas, orientando e desenvolvendo-os, 
integrar os funcionários como um time harmônico de traba-
lho, delegar: definir responsabilidades, tarefas e objetivos 
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 19Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
individuas e/ou em equipe, acompanhando os processos, 
dar feedback de forma respeitosa e dirigida ao colabora-
dor, encorajar e solicita feedback da equipe em relação a 
sua própria performance, promover um processo contínuo 
de desdobramento de metas, irradiar coragem, otimismo e 
energia, orientando os colaboradores mesmo em situações 
difíceis, estimular seus colaboradores a propor mudança e 
a tomarem iniciativas, fornecendo-lhes o suporte necessá-
rio, motivar os colaboradores para atingirem os resultados 
e metas acordadas, promover projetos e revisões de pro-
cesso em sua área, criar condições de crescimento pro-
fissional dentro e fora de sua área, deve se manter uma 
política de backup’s. 
 Ver – Os diagramas nas páginas 17, 18, 19 e 20.
 Além de todos estes conceitos é necessário fazermos 
uma fusão dos conhecimentos tácitos e explícitos, pois 
somente assim poderemos identificar algumas vulnera-
bilidades (invisíveis), que somente aspessoas ligadas à 
segurança enxergam. 
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 20Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
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 21Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Atuando sobre o todo (ilustração sobre uso do quadro)
Âmbito 
Aspectos
Estratégicos
Aspectos 
Operacionais
Aspectos Humanos 
e de Relações
TECNICOS
(Lógico – racional), 
Tecnologia. Aspectos 
objetivos / “hard”)
Cenários Métodos 
de trabalhar 
Informações sobre:
- concorrência
- ambiente
Métodos para 
conseguir sinergia, 
integração, maior 
produtividade.
Qualificação 
necessária
Critérios e medidas 
de performance
POLÍTICO
( Relação, diálogo, 
comunicação, 
consenso, poder)
Quem influencia 
a direção das 
estratégias
Participação e 
envolvimento (para 
idéias de melhoria)
Distribuição de poder 
para evitar distorções 
e assegurar 
velocidade.
Quem avalia quem
Diálogo sobre 
performance e 
decisões em grupo
CULTURAL
(premissas, forma 
de ser, pensar, 
perceber, “verdades”)
Valores / ética e 
percepção mais 
otimista ou pessimista 
do contexto 
influenciando 
escolhas estratégicas.
Cultura e valores 
que definem 
sinergia e maior 
produtividade
Educação par 
sintonia de 
premissas e valores
Recrutamento e 
seleção refinados / 
alinhados
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 22Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
2. Segurança Empresarial
Para passarmos para o nosso foco principal “ Segurança Empresarial 
“ , eu não poderia ter deixado de enfatizar e relembrar os conceitos de 
gestão, pois sem dúvida nenhuma é uma parte importante para fun-
damentarmos o alicerce do gestor de segurança e consequentemente 
nosso sucesso profissional. 
Foi passada uma idéia genérica do que é gestão, pois nos tempos atu-
ais o gestor de segurança é muito mais do que um especialista ou con-
trolador de portarias, ele tem uma função complexa e abrangente, pois 
além de ter que conhecer e executar todas as tarefas administrativas, 
ele é o responsável por uma tarefa impar dentro das organizações, ou 
seja, assegurar a segurança do patrimônio e dos seus respectivos fun-
cionários. Além elaborar um plano de segurança eficiente e eficaz de 
forma obter resultados positivos para a empresa na redução dos seus 
riscos e perdas, sem aumentar as despesas operacionais – considero 
isso um grande desafio.
Nesta parte estaremos tratando os aspectos da segurança, planeja-
mento, cenários, metodologias, análises, etc.
2.1 SEGURANÇA
Garantir a integridade física e psicológica das pessoas e preservar o 
patrimônio das famílias e instituições, através de medidas preventivas 
que possam mitigar as ações criminosas.
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 23Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
2.2 OBJETIVO DA SEGURANÇA EMPRESARIAL
O conceito de segurança é muito abrangente, pois compreende uma 
grande diversidade de situações, condições e estados de natureza 
tanto objetiva, quanto subjetiva. De modo geral, podemos definir segu-
rança como a certeza que se tem de alguma coisa, a garantia de que 
em relação a um determinado fato, tudo o que foi previsto transcorrerá 
sem nenhuma alteração. Ou seja: segurança seria a ausência de im-
previstos, ameaças e perigos. 
Sob esse ponto de vista, quem trabalha em segurança tem o dever de 
conhecer as vulnerabilidades e os riscos, para que possam ser anali-
sadas e tomadas as medidas preventivas necessárias, de modo a po-
der assegurar que tudo sairá bem, conforme estabelecido e desejado.
2.3 ORIGEM DA PALAVRA SEGURANÇA
A palavra segurança vem do latim e se refere às “medidas securitas 
destinadas à garantia da integridade de pessoas, bens e instituições”. 
No que diz respeito à Segurança Empresarial pode-se dizer, então, que 
são as medidas indispensáveis para salvaguardar o patrimônio e as 
áreas administrativas e operacionais da empresa, protegendo-as das 
interferências e perturbações internas ou externas ao seu ambiente.
Porém com certeza a preocupação com segurança começa quando 
um ser vivo, tem a necessidade de se proteger das condições adver-
sas da natureza, dos riscos internos e ou externos.
A Segurança Empresarial abrange a totalidade da empresa e, con-
sequentemente, tem como segmentos de atuação: a proteção física 
de pessoas e materiais, a preservação de elementos patrimoniais, o 
combate a incêndios, a prevenção de acidentes nos sistemas logís-
ticos e operacionais e a preservação da confidencialidade de ativos 
tangíveis e intangíveis.Segurança é uma atividade necessária em 
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todos os ambientes empresariais, por conseguinte deve ser prati-
cada por todos os profissionais integrantes de todos os segmentos.
Para atingir tais objetivos, a Segurança Empresarial traça uma política 
de atuação, introduzindo normas e processos, padronizando condutas 
e interligando os vários segmentos da empresa, com a finalidade de 
criar um Sistema Integrado de Segurança - SIS.
O SIS tem por objetivo analisar e considerar os ambientes interno e 
externo da empresa, como elementos capazes de afetar a sua se-
gurança. Com base nessa análise, o SIS norteia as ações de caráter 
preventivo, planejando a implantação de medidas corretivas capazes 
de minimizar os efeitos de possíveis agressões.
Quando corretamente aplicada, a Segurança Empresarial permite que 
sejam detectadas as possíveis ameaças, evidenciando os pontos for-
tes e fracos na estrutura da organização. 
2.4 A SEGURANÇA É RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA 
PLENA DA EMPRESA?
Como já vimos à empresa é um complexo que envolve recursos ma-
teriais, humanos, tecnológicos e financeiros, sendo também muito di-
nâmica e vulnerável aos acidentes e/ou incidentes de toda espécie, 
acarretando prejuízos e/ou danos às pessoas, materiais, produtos e 
instalações, abalando a sua imagem.
Existem algumas vulnerabilidades clássicas nas empresas: falta de 
uma política de segurança; falta de um plano diretor de segurança, 
desconhecimento dos fatores críticos de sucesso (FCS), falta de ge-
renciamento de risco (RH, ambiental, médico, etc).
Como o foco da lucratividade da empresa é responsabilidade direta 
da diretoria e uma ação criminosa pode afetar diretamente a lucrativi-
dade, conclui-se que a direção da empresa é responsável direta pela 
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segurança, pois ela pode combinar os focos estratégicos dos negó-
cios com os da segurança, proporcionando assim para o gestor de 
segurança terá melhores condições para a tomada de decisão e poder 
também adotar medidas mais adequadas da segurança.
2.5 A SEGURANÇA É UMA QUESTÃO DE NECESSIDADE?
A necessidade de se proteger começou desde os tempos mais remo-
tos da humanidade. Obrigando o homem a desenvolver uma disciplina 
chamada “segurança”e que com o passar dos tempos foi tomando 
corpo e hoje é parte integrante dos fatores críticos de sucesso das em-
presas, apesar de ainda não ter o seu lugar plenamente reconhecido.
Neste contexto podemos afirmar que a segurança passou a ser uma 
ciência que deve ser explorada pelas corporações, pois a segu-
rança pode agregar valores para várias áreas da empresa, além do 
patrimônio podemos destacar: logística, financeiro, recursos huma-
nos, relações sindicais, auditoria, comunicação, produção, compras 
e vendas. Assegurando assim o patrimônio e continuidade operacio-
nal da empresa.
2.6 AS ATIVIDADES DA SEGURANÇA 
A segurança deve estar ligada diretamente à diretoria, isto deve ser 
intrínseco à empresa. A segurança não existe para si mesmo e sim 
para cumprir uma finalidade de apoio às áreas fins, ou seja, ela é mais 
um dos meios existentes que as áreas podem utilizar para alcançar 
os seus objetivos, pois a segurança pode contribuir muito, desde que 
conheça os fatores críticos de sucesso.
Podemos afirmar que na segurança temos macro atividades, assim 
definidas:
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 26Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
• Assegurar a proteção do patrimônio da empresa e das 
pessoas, contra todos os riscos existentes e/ou eminentes;
• Prevenir ações que possam resultar em impedimentos, da-
nos ou perdas de processos, serviços, produtos, etc.
• Salvaguardar o capital da empresa (ativos, pessoas) evi-
tando danos e perdas;
• Executar a função de controlador e orientador, sempre 
dentro das diretrizes, políticas e procedimentos das em-
presas, proporcionando assim um clima interno sadio e 
prevenindo riscos;
• Gerenciar os riscos empresariais internos e externos, atra-
vés de uma análise dos cenários prospectivos.
Em suma a segurança deve ser ativa, pro ativa e preventiva e jamais re-
ativa. Existem várias definições para segurança, mas podemos resumir 
que a definição de segurança seja: “ Um conjunto de medidas preventi-
vas, que visam mitigar os riscos patrimoniais, empresariais e pessoais.” 
Eu ainda completo, pois entendo que para termos uma “ boa seguran-
ça” é muito importante seguirmos sempre uma sequência lógica: 
1º Informação – Obter o máximo de informes e transforma-los 
em informação; 
2º Treinamento – Todos os envolvidos com o tema devem ser trei-
nados e reciclados de acordo com a mudança dos cenários;
3º Equipamentos - Como já temos as informações e um 
estudo dos cenários, podemos definir qual devem ser os 
equipamentos/ferramentas mais adequadas para mitigar 
nossos riscos;
4º Normas e Procedimentos – Neste momento temos clareza 
e conhecimento de todos os riscos, assim sendo podemos 
definir as diretrizes centrais;
5º Fiscalização e controle – Para que todo trabalho não 
se encerre, devemos criar mecanismos de fiscalização e 
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controle, assim podemos medir os resultados e propor no-
vas medidas.
Devem ser feito testes de invasão de perímetro e outros que forem 
julgados necessários e mais pertinentes pelo gestor de segurança, 
para certificar o nível de vulnerabilidade da segurança e poder assim 
criar um ciclo de retro alimentação do sistema de gestão, lembrando 
que deve sempre ser feito um relatório dos pontos fortes, fracos e as 
medidas corretivas.
Neste contexto observamos que a segurança é uma tarefa difícil de ser 
administrada, porém se for bem administrada trará excelentes resulta-
dos para empresa.
Seguindo o raciocínio descrito anteriormente, podemos dizer que o 
gestor de segurança deve fazer sempre um estudo de cenário e como 
costume dizer – “conhecer sua própria casa” – fato este que muitas ve-
zes pecamos e somos surpreendidos em auditorias internas (isso é po-
sitivo), o pior mesmo é quando somos surpreendidos por criminosos.
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3. Análise de Cenários
Todos nós sabemos que existem muitas maneiras de analisarmos os 
cenários, cada gestor de segurança deve buscar uma ferramenta que 
possa auxiliá-lo em sua análise, porém devemos buscar sempre a sim-
plicidade e a efetividade, pois não precisamos inventar a roda ela já 
existe, devemos sim adequar às ferramentas de acordo com a cultura 
da nossa empresa.
Esta é uma estratégica muito utilizada por várias áreas dentro das em-
presas e que infelizmente hoje na segurança ainda é um tema defi-
ciente, pois na maioria das vezes os gestores de segurança são cha-
mados para apagar incêndios, o que resulta na maioria das vezes no 
comprometimento da qualidade dos serviços da segurança, por este é 
muito importante fazer uma análise dos cenários.
Para executarmos uma análise de cenários devemos seguir alguns 
parâmetros:
Levantamento dos históricos internos e externos, localiza-
ção da planta, condições físicas e climáticas
• Levantar o histórico de ocorrências patrimoniais internas 
dos últimos 05 anos;
• Histórico policial das ocorrências dos últimos 05 anos;
• Levantar dados da localização da empresa (latitude, longi-
tude, elevação, se é zona rural industrial ou urbana, etc);
• Fontes de abastecimento de água e energia mais próximas 
e sua capacidade;
• Históricos de enchentes e/ou de força maior;
• Dados da planta (área construída, total, tipo de constru-
ção, interligações, estacionamentos, número de portarias 
e portões, etc);
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• Quantidade de funcionários, empresas prestadoras de 
serviço, média de visitantes, quantidade de veículos, etc;
• Características das áreas circunvizinhas (residencial, in-
dustrial, comercial e/ou agrícola);
• Check da existência nas proximidades da empresa órgãos 
policiais, hospitais, corpo de bombeiros, etc.
Dados da estrutura da empresa
• Tipo de produto ou serviço prestado, valor da produção 
anual, dados sobre agências e cofres internos;
• Levantamento dos recursos da segurança (equipamentos, 
humanos, administrativos);
• Tipo de insumos usados na produção;
• Tipo de operações utilizadas pela logística da empresa 
(Just time, kanban, etc);
• Existência de áreas restritas (desenvolvimento de produ-
tos, data center, etc);
• Serviço de alimentação (administração própria e/ou 
terceirizada);
• Existência de controles internos para as áreas sensíveis;
• Existência de comércio interno na empresa (lojas, bancas 
de jornal, agências de seguro, de viagens, etc);
• Movimentações de valores e operações financeiras (carro 
forte, etc);
• Existência de programas de gestão (segurança física, se-
gurança do trabalho, meio ambiente, saúde do trabalha-
dor, segurança de informações, manutenções preventivas 
e preditivas, qualidade, responsabilidade social) e contro-
les internos da segurança patrimonial.
Informações administrativas
• Política de segurança, regulamentos e normas internas;
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 30Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
• Horários de trabalho;• Controle de turnover (admissões e demissões);
• Existência de seguro, tipo de cobertura;
• Existência de controles de perdas;
• Tipos de benefícios da empresa (empréstimos, transporte, 
convênios médicos, etc);
• Quais os tipos de treinamentos da segurança e oferecidos 
pela segurança;
• Existência de quadros informativos da segurança;
• Existe uma parceria externa com os órgãos públicos;
•  Existência de um plano de emergência e contingência 
da empresa;
• Existência de um canal de comunicação para troca de ex-
periências e know how;
• Existência de ISO´s como: 9.001, 14.001, 18.001, 17.799, 
27.001, 31.000, etc;
• Existência de uma matriz de vulnerabilidade X os recursos 
da empresa.
Também é muito importante lembrar que dentro de uma análise de 
cenários o gestor de segurança, deverá avaliar a fundo alguns temas 
descritos a seguir e não apenas de forma superficial, pois isso acar-
retará no sucesso ou no fracasso do Plano de Segurança da empresa.
1. Histórico
 Deve haver uma analise criteriosa dos incidentes, aciden-
tes, ocorrências internas/externas, pois neste momento po-
demos levantar as perdas efetivas e as tendências futuras.
2. Riscos
 Deverá ser feito com uma equipe multidisciplinar, buscando ob-
ter vários prismas (visões diferentes de produto, mercado, etc);
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3. Disposição de espaços
 Analisar utilizando as visões da área de engenharia, possí-
veis ampliações, etc.
4. Logística
 Buscar conhecer todos os processos da logística, almoxa-
rifados, pontos de coleta, etc.
5. Aspectos sociais
 Verificar todas as ações sociais em andamento, nível de 
envolvimento e quais áreas circunvizinhas são apoiadas.
6. Relações trabalhistas e sindicais
 Conhecer a política de relações trabalhistas e sindicais, o 
acordo coletivo de trabalho, análise de clima organizacio-
nal, etc.
7. Legislações
 Verificar se existe um programa de responsabilidade em-
presarial e quais os temas abordados.
8. Órgãos de apoio
 Verificar qual é a política para o tratamento deste tema e 
quais órgãos são relevantes e prioritários para a empresa.
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4. Planejamento
Este é um momento crítico que merece ênfase, pois a empresa espera 
que o gestor de segurança consiga o máximo de benefício do sistema 
com o menor custo.
A finalidade é demonstrar que a segurança empresarial, como todos 
os outros segmentos dentro da empresa, tem como ser medir sua apli-
cabilidade na gestão administrativa. A segurança geralmente é tida 
como um centro de custo e não como um fator de investimento. 
Dentro deste enfoque temos que elaborar um planejamento com o en-
foque na relação custo x benefício, ou seja na relação do quanto vale 
para a empresa prevenir os seus riscos em comparação direta com a 
possível perda, caso o risco venha a se concretizar.
A metodologia aqui descrita é fruto da experiência em focar o inves-
timento na área da segurança, comparando com a probabilidade de 
ocorrência das possíveis ameaças. Entendo que com esta aplicação 
possa, de forma direta, “convencer” a alta gerência em enxergar o 
departamento de segurança sob outra ótica.
A área de segurança empresarial precisa evoluir para o desenvolvi-
mento e estruturação de uma moderna metodologia, baseada em da-
dos estatísticos e matemáticos.
A metodologia aqui proposta pode ser aplicada em qualquer tipo pla-
nejamento de Segurança Empresarial, levantando de maneira clara e 
concisa o investimento preventivo a ser implementado pela empresa.
Na realidade, a meta primordial é que as empresas tenham uma 
visão objetiva de quanto poderão perder, caso o risco estudado 
seja concretizado.
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 33Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Quando corretamente aplicada, a Segurança Empresarial permite que 
sejam detectadas as possíveis ameaças, evidenciando os pontos for-
tes e fracos na estrutura da organização. 
Para que o planejamento e a análise conjuntural da situação em que a 
empresa encontra-se tenham resultados efetivos é de suma importân-
cia que a direção da empresa possua uma visão voltada para a pre-
venção. Isso significa, não encarar o fator segurança, apenas como 
algo restrito a homens armados na portaria.
Além de estabelecer as diretrizes de uma política de segurança, a alta 
cúpula empresarial deverá apoiar, em todos os níveis, os planos ope-
racionais previstos para cada setor. Nesse sentido, a relação custo x 
benefício deverá ser permanentemente avaliada, a fim de permitir que 
decisões conscientes e seguras sejam tomadas. 
Os investimentos na área de segurança estarão sempre relacionados 
ao ônus a ser pago pela empresa na eventualidade de ocorrerem in-
cidentes, razão pela quais os riscos terão de ser pré-avaliados, assim 
como as condutas e medidas adotadas.
4.1 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
O planejamento tem por objetivo estabelecer um conjunto de providên-
cias a serem tomadas para evitar que uma situação vigente, satisfató-
ria do ponto de vista da segurança, venha a sofrer alterações futuras, 
que ponham em risco as pessoas e os bens que se deseja preservar.
Trata-se de um processo contínuo, que deve ser executado pela pró-
pria empresa. Esse processo baseia-se em um método operacional, 
que, por sua vez, pressupõe uma série de indagações e questiona-
mentos, não apenas sobre o que deve ser feito, mas também em que 
condições serão realizadas.
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 34Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
O planejamento na área de segurança obedece aos mesmos princí-
pios gerais adotados em qualquer área de atividade, tais como:
a. Deve ter sempre como objetivo primordial a política e nor-
mas da empresa.
b. Deve ter precedência no planejamento global da empresa, 
com o nível correspondente a uma função administrativa.
c. Deve ser levado em consideração seu maior potencial 
de penetração e abrangência, pois provoca uma série de 
modificações nas características físicas e operacionais 
da empresa.
d. Deve procurar maximizar os resultados e minimizar 
as deficiências.
Os níveis de planejamento na área de segurança empresarial são:
I. Estratégico: É aquele que envolve toda a empresa, tra-
çando sua política de segurança.Permite estabelecer a di-
reção a ser seguida, visando maior grau de interação com 
o ambiente.Na realidade o planejamento estratégico de se-
gurança tem de definir qual será a MISSÃO da empresa em 
segurança.Responde a pergunta “onde a empresa quer ir 
“, corresponde a um horizonte dentro do qual a corporação 
atua ou poderá atuar.
II. Tático: Tem por finalidade otimizar a área de segurança, 
com vistas no resultado da empresa.É aquele que estabe-
lece os meios necessários para implantar o sistema de se-
gurança, além de implementar os processos necessários 
para cumprir a política de segurança a ser adotada em 
cada segmento da empresa.
III. Operacional: É aquele que relaciona as normas e condu-
tas sob a forma de documentos escritos. Trata-se, na ver-
dade, do plano de segurança propriamente dito, pois nele 
são detalhados os recursos necessários, os procedimentos 
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 35Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
básicos e os responsáveis pela execução e implantação das 
medidas.O planejamento operacional vai descrever como 
que o sistema cumprirá a missão de segurança. 
4.2 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO
A definição da situação de segurança em que uma empresa encontra-se 
e o nível que se quer atingir são primordiais para obter-se um resultado 
eficaz. Assim, o diagnóstico constitui a primeira fase do planejamento.
O diagnóstico, que corresponde à fase inicial do processo, procura 
responder à questão básica: qual a situação real da empresa na área 
de segurança?
Para esta resposta é necessário verificar o que a empresa apresenta 
de bom, regular ou ruim nessa área, realizando-se uma análise que de-
verá abranger tanto o ambiente interno como o externo, evidenciando 
as deficiências e/ou qualidades resultantes da sua localização física e 
do meio sócio-econômico que a circunda. 
4.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS
A eficiência do plano de segurança depende da compreensão dos riscos 
reais que devem ser controlados. Portanto, é primordial uma avaliação 
precisa das eventuais ameaças, a fim de que possam ser determinadas 
quais as medidas ou condutas mais indicadas a serem adotadas.
Outro fator importante em um plano de segurança é a adequação des-
sas medidas às características físicas e operacionais da empresa. 
Nesse sentido, cabe ressaltar que o primeiro passo é a definição do 
problema e o segundo a projeção das medidas preventivas e/ou cor-
retivas. A inversão desse processo fatalmente acarretará, não apenas 
gastos desnecessários, como também resultará na adoção de medi-
das inadequadas aos interesses da empresa.
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 36Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Assim, a definição do problema deve ser encarada a partir de três 
aspectos básicos:
a. Tipos de ameaças que podem afetar o patrimônio.
b. Probabilidade de ocorrência de ameaças.
c. Impacto sobre o patrimônio.
Vamos analisar detalhadamente, a seguir, cada um desses aspectos:
a. Tipos de ameaças que podem afetar o patrimônio: 
Podemos definir a ameaça ou risco de segurança como um evento capaz 
de produzir perdas reais, mensuráveis por um padrão comum, como por 
exemplo, em moeda corrente. É necessário que se tenha clareza de todos 
os tipos de eventos, averiguando as condições, circunstâncias, atividades, 
relações e objetos que possam colaborar para a ocorrência do evento.
Os riscos de segurança podem ser quaisquer atos ou omissões ca-
pazes de romper o sistema de segurança, causando danos à proprie-
dade ou ao pessoal. Portanto, para reduzir ou eliminar tais riscos, é 
fundamental, antes de mais nada, reconhecê-los.
Os riscos de segurança podem ser divididos em duas categorias:
I. Humanos:
 Furto; Roubo; Negligência; Deslealdade; Insatisfação; Sa-
botagem; Espionagem; Greves.
II. Naturais:
 Calor; Frio; Escuridão; Inundação; Furacão; Ciclone; 
Terremoto
A perfeita avaliação das condições existentes e o levantamento das 
áreas críticas da empresa são fatores essenciais para o reconheci-
mento de suas vulnerabilidades. Para isso deverão ser listadas as áre-
as da empresa, que, por ordem de prioridades, podem alterar o fluxo 
operacional e administrativo, caso ocorram atos de agressão, causan-
do perdas que podem ser classificadas da seguinte forma:
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 37Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
I. Perdas que causam imediata paralisação na produção/
operação = perda de equipamento.
II. Perdas que reduzem a produção/operação = perda parcial.
III. Perdas que não têm efeito imediato sobre a produção/ope-
ração = mão-de-obra adicional.
IV. Perdas que não têm efeito direto na produção/operação. 
b. Probabilidade de ocorrência de ameaças:
Probabilidade é o número de vezes que um determinado evento pode 
ocorrer em certa atividade, dividido pela quantidade de eventos possí-
veis em uma mesma atividade. Para podermos determiná-la com maior 
precisão, o ideal é levantar todos os dados disponíveis relacionados a 
cada risco, estabelecendo uma porcentagem de ocorrência.
c. Impacto sobre o patrimônio:
Com a finalidade de analisar-se conscientemente a relação custo x 
benefício, deverá ser realizado uma avaliação dos danos e prejuízos 
líquidos. Para isso compara-se o custo estimativo das perdas com o 
custo de proteção.
Outra aplicação do cálculo de custo de perdas é a avaliação de sua 
gravidade, que pode ser classificada da seguinte forma:
 * Fatal = capaz de paralisar a empresa.
 * Muito séria = pode causar grande mudança na política de 
investimento.
 * Moderada = pode causar forte impacto nos lucros.
 * Relativamente sem importância = a perda pode ser co-
berta pelas reservas de contingência normais.
Uma vez classificados todos os riscos esta concluída a tarefa formal 
de avaliação das vulnerabilidades da empresa. Essa, passa a dispor, 
então, de uma tabela com todos os problemas de segurança, relacio-
nados na ordem mais provável em que podem ocorrer.
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 38Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Investimento
Com base nos riscos existentes, suas probabilidades e o estudo de 
suas possíveis perdas é que será realizado um levantamento do quan-
to deve ser investido no sistema de segurança.
Sistema este estudado e planejado taticamente.Neste momento é que 
iremos avaliar, financeiramente, se o planejamento tático está coerente 
com o nível de risco que a empresa possui.
Compararemos então o investimento total de segurança(mão de obra e 
tecnologia) com as possíveis perdas.A alta gerência decidirá, com base 
na política de segurança anteriormente traçada, qual o nível de segurança 
que sua corporação terá.O parâmetro desta forma surgirá naturalmente, 
fornecendo uma ferramenta para o gestor da segurança empresarial. 
Embora saibamos que a segurança total inexista, o objetivo desta me-
todologia é o de mostrar ao alto escalão da empresa que a redução 
dos riscos, a níveis aceitáveis, necessita de investimentos.Estes in-
vestimentos estão sendo implementados para evitar perdas potenciais 
para o negócio, gerando a continuidade das operações e mantendo a 
lucratividade, que é a missão de qualquer empresa.
A possível subjetividade desta metodologia não altera o fato de que 
existem riscos e que estes devem sempre ser avaliados.É prefe-
rível uma avaliação com algum grau de subjetividade, a desconhe-
cer totalmente a profundidade das suas ameaças, tendo desta forma 
“custos”nas implementações das míopes soluções de segurança. 
É importante enfatizar que para que o projeto seja aceito, a diretoria 
deve estar convencida de que:
• Existem vulnerabilidades na empresa;
• As vulnerabilidades oferecem riscos de perda para a em-
presa, pessoal e ou de processo/produto;
• O nível de segurança não é adequado e necessita de 
investimentos;
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 39Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
• As medidas propostas atendem as tendênciasde mercado 
e podem reduzir as perdas;
• Os investimentos são adequados.
Para um perfeito alinhamento e interpretação, devemos lembrar do 
trinômio da segurança (risco, segurança e conforto). Onde maior for 
o conforto menor será a segurança e quanto maior for a segurança 
menor será o conforto. Nós devemos buscar uma zona de equilíbrio, 
somente assim teremos resultados positivos sem comprometer o pla-
nejamento de segurança e os processos produtivos.
4.4 MÉTODOS DE MOSLER E T.FINE
Utilizando as técnicas de análise risco do mercado, sugiro que seja uti-
lizado a metodologia dos métodos de Mosler e T.Fine, como descrito a 
seguir, texto extraído da publicação do autor Antonio Celso Brasiliano. 
A identificação e avaliação dos riscos existentes, tanto os reais como 
os potenciais, compreende a terceira fase do planejamento da segu-
rança empresarial.
A partir da fotografia, diagnóstico dos ambientes internos e externos 
no qual se ressaltam os pontos fortes e fracos, deve-se projetar qual 
será o risco que a instituição possui, tendo em vista sua situação, dian-
te da filosofia empresarial existente.
É óbvio que para levantar riscos e assumir quais são os seus reais pe-
rigos, a empresa tem que estar focada na sua política de segurança, 
ou seja, na forma como vai encarar as ocorrências e na maneira como 
quer gerenciá-las.
A compreensão dos riscos e sua origem, ou seja, o porquê da exis-
tência de tal perigo, é imperioso para a eficácia da segurança e con-
sequentemente para a administração e controle da crise. É neces-
sário ter uma avaliação precisa das ameaças, a fim de que possam 
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 40Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
ser determinadas quais as medidas ou condutas mais indicadas a 
serem adotadas.
A avaliação dos riscos nada mais é do que saber qual a chance do 
risco vir a acontecer. Quando a empresa possui um histórico, ou seja 
possui dados anteriores sobre a ocorrência de determinados riscos 
pode-se trabalhar com dados objetivos. Neste caso específico à esta-
tística e a média serão muito úteis para que o departamento de segu-
rança embase seu estudo. 
Mas na maioria dos casos dos riscos em segurança patrimonial não 
há um levantamento formal, nem um histórico para que o profissional 
possa realizar um estudo detalhado. Para que haja um estudo formali-
zado, existem inúmeros métodos, entre, o que veremos neste artigo: o 
MÉTODO DE MOSLER e o de WILLIAM T. FINE.
Método de Mosler
O método Mosler é uma forma do departamento de segurança acom-
panhar a evolução dos seus riscos de maneira geral. É um método 
subjetivo e, portanto, só deve ser utilizado quando a empresa não tiver 
dados históricos, que possam ser matematicamente empregados. 
Na fase do planejamento, analisa a evolução dos riscos sob os pontos de 
vista quantitativo e qualitativo, enfocando as variadas atividades da empre-
sa. Para isto tem que ser empregado para cada tipo de risco e analisado 
tendo como referência a interferência na atividade que se está avaliando.
O objetivo é de servir como base para a identificação, análise e evolu-
ção dos fatores que podem influir na manifestação e concretização da 
ameaça, projetando qual será o impacto em caso de concretização, 
pela classe e dimensão de cada risco.
Este método está calcado em quatro fases distintas e é uma metodolo-
gia científica seqüencial, ou seja, uma fase depende da outra para que 
se possa ter uma visão global do risco. São elas: definição do risco, 
análise do risco, evolução do risco, classe do risco.
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 41Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
* Definição do Risco 
Esta primeira fase tem como objetivo levantar e identificar qual será o 
risco a ser analisado, integrado com determinada atividade da empre-
sa. Isto significa, identificar qual é o bem e seu respectivo dano.
* Análise do Risco
Nesta segunda fase, o Método Mosler, realiza a análise do risco com 
base em seis critérios. Estes critérios são voltados para a influência 
direta da materialização da ameaça estudada, com uma determinada 
atividade crucial para a empresa.
Como forma de parâmetro, cada critério, ou função estudada, pode 
ser pontuada em uma escala que varia de 01 a 05 na pontuação, de-
pendendo de sua gravidade.
Os critérios são:
Critério da Função - “F”
Este critério projeta as consequências negativas ou danos que podem 
alterar a atividade principal da empresa, dentro da seguinte gradação:
Escala Pontuação
Muito Gravemente 05
Gravemente 04
Medianamente 03
Levemente 02
Muito Levemente 01
Critério da Substituição - “S”
Este critério avalia qual o impacto da concretização da ameaça sobre 
os bens, ou seja, o quanto os bens atingidos podem ser substituídos.
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 42Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Escala Pontuação
Muito Dificilmente 05
Dificilmente 04
Sem Muitas Dificuldades 03
Facilmente 02
Muito Facilmente 01
Critério de Profundidade - “P”
Uma vez materializado o risco, esse critério mede a perturbação e os efei-
tos psicológicos que o risco poderá causar para a imagem da empresa.
Escala Pontuação
Perturbações Muito Graves 05
Graves 04
Limitadas 03
Leves 02
Muito Leves 01
Critério da Extensão -”E”
Este critério mede alcance e extensão que o dano causa para a 
empresa.
Escala Pontuação
De Caráter Internacional 05
De Caráter Nacional 04
De Caráter Regional 03
De Caráter Local 02
De Caráter Individual 01
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 43Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Critério da Agressão - “A”
Este critério mede a possibilidade do dano ou risco vir a acontecer, 
tendo em vista as características conjunturais e físicas da empresa, 
cidade e estado onde ela se encontra. Por exemplo, um executivo no 
Rio de Janeiro possui um nível de risco e no Nordeste outro, pois as 
probabilidades de sofrerem agressão são completamente diferentes 
nos dois estados.
Escala Pontuação
Muito Alta 05
Alta 04
Normal 03
Baixa 02
Muito Baixa 01
Critério da Vulnerabilidade - “V”
Tendo em vista o critério da agressão, o critério da vulnerabilidade 
mede quais serão as perdas causadas pela concretização do risco, 
no âmbito financeiro. 
Escala Pontuação
Muito Alta 05
Alta 04
Normal 03
Baixa 02
Muito Baixa 01
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 44Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
* Evolução do Risco
Esta terceira fase tem por objetivo quantificar o risco analisado. Nes-
ta fase valora-se o risco, calculando sua magnitude - C - e quantifi-
cando sua probabilidade de ocorrência - Pb - projetando o tamanho 
da ameaça. 
Para tanto, aplica-se a fórmula para quantificar o risco estudado:
ER = C X Pb
Para que se possa chegar à quantificação acima, dois passos devem-
se ser realizados:
a. O primeiro é calcular a magnitude do risco pela fórmula 
C = I + D, sendo I a importância do sucesso e D os danos 
causados.
Para chegar ao cálculo desta fórmula utilizam-se os critérios acima 
descritos, onde:
I = Importância do Sucesso = F xS (Função X Substituição) 
D = Danos Causados = P x E ( profundidade x extensão)
Assim, a magnitude de risco será: 
C = I (F x S) + D (P x E) 
b. O segundo passo é calcular a probabilidade de ocorrência 
- Pb - pela multiplicação das funções da agressão e da 
vulnerabilidade, onde:
Pb = A x V (Agressão X Substituição)
Com estes dados pode-se então calcular a evolução do risco (ER).
* Classe do Risco
A quarta fase do Método Mosler simplesmente compara o resultado 
da quantificação com a tabela abaixo, para chegar-se a uma classe 
de risco:
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 45Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Valor “ER” - Quantificação Classe de Risco
2 – 250 Muito Baixo
251 – 500 Pequeno
501 – 750 Normal
751 – 1000 Grande
1001 – 1250 Elevado
De acordo à classe de risco, a empresa e o departamento de seguran-
ça poderão priorizar as medidas preventivas.
Como dissemos anteriormente, o Método Mosler é subjetivo, ou seja, de-
penderá da opinião pura e simples do departamento de segurança, quan-
do este tiver que valorar cada uma das funções de criticidade da empresa.
Podemos citar como exemplo a seguinte situação:
• Banco comercial, nacional, classificado como médio vare-
jo, está mudando para uma nova sede e a diretoria deseja 
saber qual seu grau de risco, tendo em vista:
• Este banco está desenvolvendo um projeto de um novo 
produto, que irá revolucionar o mercado financeiro e, por 
conseqüência, é considerado de natureza sigilosa.
• A mudança para a nova sede tem como objetivo impac-
tar sua imagem corporativa no mercado financeiro, bem 
como proporcionar um ambiente agradável para que os 
funcionários possam desenvolver os seus trabalhos.
• Os funcionários administrativos trabalham em horário co-
mercial, geralmente das 08:30hs às 18:30 hs, sendo que o 
horário de pico é entre 08:00 e 09:00 hs.
• O pessoal do CPD (informática) trabalha 24 horas, em três 
turnos de 08 horas.
•  Por tratar-se de uma sede administrativa de um banco, 
os funcionários podem permanecer na edificação após o 
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 46Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
horário convencional, conforme a necessidade do traba-
lho realizado. 
• Este banco possui uma equipe altamente qualificada, sen-
do que seus funcionários têm mais de 5 anos de empresa. 
A política de remuneração prevê a entrega de bônus ao 
final de cada ano para todos os funcionários. 
• A edificação possui 5 pavimentos, o térreo e um subsolo.
• Com exceção das salas de reunião e auditório, o banco 
possui um ambiente aberto, “open space “.
• A edificação encontra-se em uma área de grande movi-
mento, com um muro como barreira perimetral de 2 metros. 
Esta cercada por edifícios comerciais de grande porte na 
sua parte lateral direita e retaguarda.
• O banco prepara-se para lançar este novo produto, que 
irá revolucionar o mercado. A concorrência é acirrada e 
considerada forte no mercado.
• O tempo de investimento neste projeto é de 36 meses.
• O banco já teve um caso de espionagem (roubo de dados 
de um projeto), que o fez perder o “time” de mercado.
• O banco já sofreu ameaças de bomba.
• Tendo em vista o exposto acima se solicita avaliar e anali-
sar os riscos, classificando-os.
Obviamente seriam necessários outros dados para que o gerente de 
segurança pudesse realizar o estudo de forma mais detalhada. 
Para que se possa ter uma idéia clara do emprego do Método de Mos-
ler, elaboramos a tabela abaixo, com a seguinte classificação:
Ri s c o F S P E A V
I
FXS
D
PXE
C
I+D
Pb
AXV
ER
CXPb 
Classe
Espionagem 5 4 5 4 4 5 20 20 40 20 800 Grande
Ameaça 
Bomba 
3 1 4 3 3 2 3 12 15 6 90
Muito 
Baixo
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 47Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Pela metodologia de Mosler, o banco em questão, possui um grau de 
risco para espionagem considerado como grande, devendo o depar-
tamento de segurança priorizar então medidas fortes de controle de 
acesso. Quanto ao risco de ameaça de bomba foi considerado como 
muito baixo, portanto, embora exista a possibilidade de ocorrer seu 
impacto de forma genérica será muito pequeno. 
Com esta análise o departamento de segurança, mesmo sem muito 
subsídio histórico, pode priorizar os seus investimentos e implantar 
sistemas. Como já frisamos anteriormente, mais uma vez, a segurança 
empresarial sai do achismo e pode utilizar um ferramental, embasado 
em metodologias científicas empregadas na Europa e Estados Unidos, 
para sensibilizar sua diretoria.
Método de Willian T.Fine
Este método tem como objetivo estabelecer prioridade, integrando 
o grau de risco com a limitação econômica. Por meio dele, o de-
partamento de segurança pode projetar o “time” de implantação, o 
esforço e a previsão de verba, de acordo com o nível de criticidade 
de cada risco. 
Tal sistema de prioridade está alicerçado em uma fórmula simples, que 
calcula o perigo de cada situação, e tem como resultado o Grau de 
Criticidade ou Periculosidade, que será denominado: Grau de Critici-
dade – GC. Este grau determina a urgência da tomada de decisão, ou 
seja, se o risco deve ser tratado com maior ou menor brevidade.
A justificativa dos investimentos na segurança deverá estar diretamen-
te relacionada ao GC. É óbvio que se, o investimento em sistemas for 
alto e o grau de criticidade baixo, deve haver uma forma de balancear 
o investimento e obtém-se um parâmetro para justificar o investimento 
na segurança.
O Método Fine é baseado, tal como o de Mosler, em grades de pro-
babilidade. Caso a empresa não tenha histórico, o cálculo terá como 
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 48Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
base dados e avaliações subjetivas.
Existem duas fórmulas: uma para estimar o grau de criticidade e outra 
para justificar o investimento:
A) Grau de Criticidade – GC
B) Justificativa de Investimento – JI
C) Grau de Criticidade – GC
O grau de criticidade calcula-se com base em três fatores:
• Consequência – C – são os impactos mais prováveis, tan-
to financeiros como danos pessoais, de ocorrer, em caso 
do evento vir a concretizar-se.
• Exposição ao risco – E – é a freqüência que este evento 
ou perigo costuma manifestar-se na empresa ou em em-
presas similares.
• Probabilidade – P – é a real chance de o evento vir a 
acontecer, dentro de uma escala 
• Exposição ao risco – E – é a freqüência que este evento 
ou perigo costuma manifestar-se na empresa ou em em-
presas similares.
• Probabilidade – P – é a real chance de o evento vir a 
acontecer, dentro de uma escala de tempo.
Para que possam ser mensurados e projetados, os três fatores pos-
suem uma escala de valores, numérica, que está baseada na expe-
riência e no juízo de Willian T. Fine. A fórmula do GC é: GRAU DE 
CRITICIDADE: CONSEQUÊNCIA X EXPOSIÇÃO X PROBABILIDADE 
= GC : Cx E x P
Como pode ser verificado a delimitação do GC é, então, resultado 
da multiplicação dos três fatores, constituindo uma escala de valores, 
compreendida entre 0,05 e 10.000.
Os valores obtidos são resultado de uma classificação intermediária 
dos fatores de risco, que decresce de forma linear, assegurando desta 
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 49Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
forma uma correção no incremento do GC. Além disso, a fixação des-
tes valores utiliza também estatística e referências, históricas e mun-
diais. O resultado está descrito na tabela abaixo:
Fator Classificação Valor
Consequência – C
a) quebra da atividade fim da empresa, dano 
superior a um milhão de dólares
100
b) dano entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão 50
c) dano entre US$ 100 mil e US$ 500 mil 25
d) dano entre US$ 1 mil e US$ 100 mil 15
e) dano abaixo de US$ 1 mil 5
f) pequenos danos 1
Exposição – E
a) várias vezes ao dia 10
b) uma vez ao dia – frequentemente 5
c) uma vez por semana ou ao mês 
– ocasionalmente
3
d) uma vez ao mês ou ao ano – irregularmente 2
e) raramente – sabe-se que ocorre, mas não 
com qual freqüência
1
f) remotamente possível, não se sabe se já 
ocorreu 
0,5
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 50Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Fator Classificação Valor
Probabilidade – P
a) espera-se que aconteça 10
b) completamente possíveis – 50% de chances 6
c) coincidência se acontecer 3
d) coincidência remota – sabe-se que já 
ocorreu 
1
e) extremamente remota, porém possível 0,5
f) praticamente impossível de ocorrer, uma 
chance em um milhão.
0,1
A escala de valores, para priorização dos riscos é:
Grau de criticidade – gc Prioridades – ações a tomar
GC maior ou igual a 200
Correção imediata – risco tem que 
ser diminuído
GC abaixo de 200 e maior ou igual 
a 85
Correção urgente – requer atenção
GC menor que 85 Risco deve ser eliminado
Realizado este estudo de priorização dos riscos e perigos da empre-
sa, parte-se para a justificativa do investimento.
B) Justificativa do Investimento 
A fórmula é:
GC
JI = ____________________________ 
 fator de custo x grau de correção
Tanto o fator de custo como o grau de correção é, também, escala de 
valores descritas em tabelas, sendo:
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 51Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Fator de Custo:
Classificação Valor
Maior que US$50.000 10
Entre US$25.000 e US$50.000 6
Entre US$10.000 e US$25.000 4
Entre US$1.000 e US$10.000 3
Entre US$100 e US$1.000 2
Entre US$25 eUS$100 1
Menos que US$25 0.5
Grau de Correção
Classificação Valor
Risco eliminado – 100% 1
Risco reduzido – 75% 2
Risco reduzido entre 50% e 75% 3
Risco reduzido entre 25% e 50% 4
Risco reduzido menor que 25% 6
Para utilizar-se a fórmula e determinar se o gasto proposto é justifica-
do, devem-se aplicar os valores das classificações correspondentes e 
obter-se um valor numérico. Este valor numérico é denominado “índice 
de justificação” do rendimento do investimento proposto.
A princípio, o índice de justificação deverá ser superior a 10, para que 
o investimento seja considerado justificado. É óbvio que quanto mais 
alto for este índice, maior será o interesse do programa de prevenção. 
Um outro estudioso de riscos, R. Pickers, propõe uma variação do 
método exposto na escala de valoração do índice de justificação. A 
tabela que segue abaixo foi estabelecida como padrão em 1976, pela 
Associação Americana de Gerenciamento de Riscos:
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 52Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Escala de valoração do Índice de Justificação
Fator índice de justificação IJ Comentários
IJ menor que 10 Investimento duvidoso
IJ entre 10 e 20
Investimento normalmente 
justificado
IJ maior que 20
Investimento plenamente justificado, 
grande redução de risco
A maior parte dos riscos, pelo Grau de Criticidade, ordinariamente 
atinge um valor compreendido entre 85 e 200, o que significa atenção 
e atuação urgentes. Por esta razão pode-se considerar que o valor mé-
dio de 100 no GC, é uma medida correta de redução dos riscos, sendo 
que o grau de diminuição deve ser menor ou igual a 5, para obter-se 
um coeficiente maior ou igual a 20 na justificativa de investimento.
Esta é uma ferramenta valiosa para o departamento de segurança, 
pois possibilita comparar o investimento de segurança com a visão 
macro da empresa.
Exemplo Prático:
Uma montadora, localizada na região da grande São Paulo, deseja sa-
ber se investimento que vai realizar em segurança, estará sendo bem 
empregado e qual o seu grau de justificação. A situação é a seguinte:
Tendo em vista a crise global, em outubro de 2009, e necessitando 
demitir cerca de 2.500 funcionários, a empresa tem receio que haja tu-
multo no interior da fábrica. Se o tumulto ocorrer muitas máquinas con-
sideradas prioritárias poderão sofrer danos e causar prejuízos acima 
de US$ 250.000,00. A empresa propõe como forma de evitar prejuízos 
maiores a realização de palestras e a elaboração de um programa de 
sensibilização, além da implantação de reforço no esquema de segu-
rança. A estimativa de investimento prevista é de US$ 45.000,00.
Resolvendo a questão acima, pelo método T. Fine, têm-se os seguintes 
dados:
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 53Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
Grau de Criticidade – GC = C x E x P 
Pela tabela pode-se verificar que:
Consequência – C = 25
Exposição – E = 1
Probabilidade – P = 6 
GC = 25 x 1 x 6 = 150
GC = 150, o que significa que o risco 
exige correção URGENTE – REQUER 
ATENÇÃO
A Justificativa de Investimento – JI – pode ser definida:
GC = 150
JI = _______________________________________
Fator de Custo x Grau de Correção
(US$ 45 mil = 6) x (Risco reduz em 50% = 3)
JI = 8,33, o que significa que o investimento é duvidoso, pela escala 
de valoração do índice de justificação.
A resposta do departamento de segurança é que o nível de redução 
do risco, frente ao investimento é de caráter duvidoso, devendo a em-
presa repensar as medidas de segurança propostas e procurar outras 
mais efetivas. 
CONCLUSÃO
As metodologias descritas servem para dar suporte aos profissionais 
de segurança, quando da necessidade de elaborar uma grade de 
ameaça integrada com a relação custo x benefício.
Um relatório com estes métodos descritos dá credibilidade e fornecem 
uma base para que o departamento possa, de forma direta, solicitar 
os recursos e meios mínimos e necessários para que a instituição não 
sofra um dano maior.
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 54Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança
A área de segurança patrimonial vem a cada dia se especializando, 
exigindo métodos que possam lhe dar o suporte necessário a argu-
mentação técnica, saindo do famoso empirismo ou “achismo”. Estes 
métodos não são e nem podem ser considerados como fórmula de 
bolos, ou seja, servem para todo e qualquer tipo de risco e instituição. 
Cada caso é um caso, devendo ser analisado com critério. 
O importante é que a área da segurança patrimonial tenha um caminho 
técnico a ser perseguido e desbravado por todos aqueles que acredi-
tam não mais em escrever em seus relatórios EU ACHO.
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