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Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Segurança Empresarial Marco Aurélio dicas e macetes do Gestor de seGurança Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Marco Aurélio São Paulo, 2010 10 Edição dicas e macetes do Gestor de seGurança Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Aurélio, Marco Dicas e macetes do gestor de segurança / Marco Aurélio. -- 1. ed. -- São Paulo : Sicurezza, 2010. ISBN 978-85-87297-32-7 1. Empresas - Medidas de segurança 2. Empresas - Medidas de segurança - Manuais I. Título. 10-06375 CDD-658.47 Índices para catálogo sistemático: 1. Segurança empresarial : Administração de empresas : Manuais 658.47 2. Segurança empresarial : Gerenciamento operacional : Administração : Manuais 658.47 Titulo Original: Dicas e macetes do gestor de segurança © Copyright 2010 by Marco Aurélio 1a edição, Julho 2010 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio, em seu todo ou em partes, sem autorização expressa do autor e do editor. Direitos dessa edição cedidos por contrato para: Sicurezza Gestão de Riscos Corporativos, Editora e Distribuidora Ltda Endereço fiscal: Rua Damasio Rodrigues Gomes, 301 - Jardim Cupece São Paulo - SP - Cep 04652-150 Telefone: 11 5531 6171 Email: editora@sicurezzaeditora.com.br Coordenação: Enza Cirelli Projeto Gráfico : Agencia BM Design - contato@agenciabmdesign.com.br Fotolito, impressão e acabamento: JF Artes Gráficas Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Este livro dedico as maiores administradoras da minha vida: minha esposa Rosana e minha filha Giovana. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 EPÍGRAFE Uma boa segurança se faz observando os seguintes pontos: • Informação • Treinamento • Equipamento • Normas e procedimentos • Fiscalização e controle. Ou seja, “Preparar o futuro significa fundamentar o presente.” Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Agradecimentos Meus sinceros agradecimentos a DEUS pela oportunidade, luz e saúde, pois sem Ele nada poderia ter sido feito. Ao mestre Brasiliano e a Enza pelo incentivo e apoio para que eu pudesse concluir e realizar este trabalho. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Prefácio Este livro cujo o título é “Dicas e Macetes do Gestor de Segurança Em- presarial”, tem a finalidade de contribuir para que a área de segurança seja cada vez mais respeitada e entendida como um setor que alavanca resultados para as respectivas organizações, procurei passar alguns co- nhecimentos básicos aos gestores de segurança, fazendo sempre uma fusão entre os conhecimentos administrativos, técnicos e as ferramentas utilizadas pelo mercado, sempre de forma simples mais objetiva, faci- litando o entendimento de qualquer pessoa, mesmo para aquelas que não são da área. O livro foi idealizado e organizado da seguinte forma: Capítulo I - retrata de forma macro os temas relativos a gestão, possibili- tando que o gestor de segurança analise quais devem ser os seus princi- pais papéis, os conhecimentos e as competências necessárias para que se possa obter uma Boa Gestão de Segurança. Capítulo II - trata dos temas relativos aos objetivos, atividades e respon- sabilidade da segurança. Capítulo III - fornece ao gestor de segurança dicas para a elaboração de uma análise de cenários. Capítulo IV - transmite dicas importantes para elaboração de Plano de Segurança e possibilita ao gestor de segurança criar uma Matriz de Ris- cos X Recursos. Capítulo V - neste capítulo poderá obter uma visão macro dos temas de segurança e focando os conceitos mais importantes, que se encontram em evidência no cotidiano. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Capítulo VI - fornece algumas informações básicas sobre a norma de Gestão de Riscos – ISO 31000:2009. Capítulo VII – fornece algumas dicas de segurança pessoal e empresarial. Todos os conceitos abordados aqui poderão auxiliar o gestor de se- gurança em sua gestão empresarial. Lembro que devemos sempre fazer a diferença e buscar insistentemente a quebrar dos paradigmas do mercado, fortalecendo assim a área de segurança dentro e fora das organizações. Se agirmos com o coração e com os sensores da alma, poderemos sem- pre sermos capazes de perceber as oportunidades extraordinárias que temos ao nosso redor e consequentemente fazermos a diferença para a nossa família, organização, vida. Desejo sucesso a todos que lerem este. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 Sumário Introdução 10 1. O que é uma Empresa 11 2. Segurança Empresarial 22 3. Análise de Cenários 28 4. Planejamento 32 5. Recursos para a Proteção 65 6. Norma ISO 31.000 79 7. Dicas de Segurança 83 Bibliografia Sobre o Autor Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:00:53 10Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Introdução Paralelamente ao desenvolvimento econômico e o avanço tecnológico, a segurança começa a ser mais exigida em nosso país, fazendo com que os profissionais de segurança, principalmente os gestores, sejam mais eficientes e eficazes em suas soluções, fazendo com que seja possível fazer o melhor sempre com o menor recurso financeiro possível. Todos nós sabemos que existem vários obstáculos que dificultam o desenvolvimento desta nobre função, apesar de existirem várias con- sultorias especializadas em treinamento, como por exemplo, a Con- sultoria do Brasiliano & Associados que ministra cursos específicos da área de segurança e que consequentemente contribui muito para o desenvolvimento dos profissionais de segurança, ainda estamos de- ficientes e em fase de conquista de espaço dentro das organizações. Os assuntos tratados neste livro visão fornecer dicas não apenas de proteção ao patrimônio, mas também de aspectos de administração, planejamento tático e estratégico específicos da função organizacio- nal do “Gestor de Segurança”. Estou convicto que para que o “Gestor de Segurança” obtenha suces- so em suas atividades ele precisa de muito mais do que apenas co- nhecimentos técnicos na área em questão. É de suma importância que também tenha conhecimentos e competênciaspara: planejar, organizar, controlar, dirigir, delegar, solucionar problemas, administrar conflitos, tomar decisões, comunicar-se, motivar a equipe e manter a sua auto- motivação, ser flexível, ser criativo, inovar e administrar os investimentos. Dentro deste contexto é indispensável que os gestores de segurança, a exemplo dos profissionais de outras áreas, assumam novas atitudes e posturas tornando-se capazes de assumir e agregar novos desafios, frente a essa nova realidade. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 11Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 1. O que é uma Empresa A empresa é uma organização formada por pessoas que trabalham por uma atividade fim e que tem como objetivo final obter lucros. As empresas normalmente se parecem com as famílias e outra qual- quer instituição, pois todas têm em sua essência o fator humano. Na- turalmente existem outros aspectos. Toda empresa são organizações formais, porque possuem regulamen- tos, políticas e procedimentos escritos e estruturas bem definida. As empresas são classificadas em três aspectos: a) Aspecto de propriedade: • Pública – empresas de propriedade do Estado, objetivo prestar serviços públicos; • Privada – empresas de propriedade particular, objetivo produzir bens e serviços a fim de obter lucro. b) Aspecto de produção: • Setor Primário – empresas agrícolas, extração de pe- tróleo, mineração, etc., objetivo é extrair matéria-prima da natureza; • Secundário – produtoras de bens, objetivo processar e transformar matéria-prima em produtos acabados; • Setor terciário – fornece serviços (comércio, bancos, etc), objetivo prestar serviços a população. c) Aspecto tamanho: • Grande porte • Médio porte Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 12Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • Pequeno porte • Micro-empresas Quais as principais características de uma empresa? • Visão lucro; • Possuem riscos internos e externos, que são assumidos; • Têm uma visão dirigida sempre para o negócio; • Existe uma avaliação constante dos investimentos, divi- dendos e da lucratividade • Constituem em propriedade privada controlada, seja em- presa familiar, sociedade anônima ou limitada. Quais os objetivos mais comuns nas empresas? • Satisfazer as necessidades dos clientes; • Ser uma empresa cidadã (responsabilidade social); • Preservar o meio ambiente e seus recursos naturais; • Proporcionar um ambiente saudável (clima organizacional). 1.1 O QUE É GESTÃO? A seguir serão descritos alguns conceitos importantes que devem ser observados pelo gestor de segurança, para que possa ter uma gestão mais integrada e coesa. A gestão normalmente é tratada de forma complicada, um emaranha- do de metodologias, sistemas e processos, mas o que devemos fazer é buscar termos uma visão simples da essência da gestão, assim su- mariamente podemos levantar alguns pontos: Primeiro ponto é que toda pessoa em posições de liderança tem que as- segurar que a organização tenha propósito da sua existência muito claro, não somente no papel – nem necessariamente tem que estar escrito no Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 13Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança papel – mas o fundamental é que todos na empresa entendam com gran- de clareza qual é propósito e a razão de ser da empresa. Desta forma, a primeira coisa que precisamos assegurar, dentro dessa visão de gestão pela essência, é que todos, e, todas as pessoas dire- tas e/ou indiretamente ligadas à empresa, saibam com clareza qual é o propósito de nossa organização. Segundo ponto é a integração. Vivemos em um mundo em que as em- presas ainda estão fragmentadas. É muito comum ver “caixinhas” ali, organogramas, fragmentos, feudos, igrejinhas..... Cada um trabalha para o seu pedaço, muitas vezes sem qualquer conexão na busca de uma ação integrada. Por isso uma das coisas fundamentais , na essên- cia da gestão, é assegurarmos que a organização que estamos parti- cipando e/ou dirigindo seja sempre vista como uma grande unidade, que atua sempre em conjunto. Não estamos simplesmente falando de trabalho em equipe, que já é um bom começo. Mas é necessária uma compreensão mais fundamental de que a organização, assim como o organismo humano, é algo completamente interconectado. Temos que ver a empresa desta forma e não como um órgão fragmentado, sepa- rado do contexto maior. Devemos buscar a integração e precisamos sermos altamente construtivos e produtivos na busca de uma socieda- de que funcione cada vez melhor e de forma cada vez mais integrada. Terceiro ponto seria enfatizar a motivação, buscando a participação positiva de todos para que possamos alcançar e fazermos à diferen- ça. Quando pessoas vibram numa sintonia diferente, chamamos de pessimistas, negativas etc. Por este motivo o líder deve assegurar que todas as pessoas que trabalham na organização estejam atuando po- sitivamente e estejam altamente motivadas. Isso é um desafio enorme, não é fácil conseguir que todos estejam na mesma sintonia, mas este é o papel do líder. Quarto ponto deve lembrar que dentro das empresas estamos para servir, pois a postura de todos na empresa deve ser de servir uns aos outros. A questão-chave é: servirmos a quem? À sociedade, aos Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 14Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança clientes, etc. Aqui a postura de servir deve transcender o pagamento (dinheiro), se não seremos meramente consideramos mercenários. As melhores empresas são aquelas dotadas de uma força extraordinária que resulta na postura de servir os interesses essenciais dos clientes e da sociedade. Podemos exemplificar como o verdadeiro trabalho em grupo, onde cada um tem o mesmo interesse. Quinto ponto é a ação, pois devemos ter uma empresa que faça com que as pessoas “ se mexam” e possam assim colocar rapidamente suas idéias em ação, devemos valorizar os debates e as críticas desde que sejam cons- trutivas e sejam transformadas em ações que levem a resultados efetivos. Sexto ponto é considerar que estamos sempre aprendendo, devemos considerar que tudo que ocorre conosco é uma fonte de aprendi- zagem. É importante lembrar que nós aprendemos somente com os nossos erros, mas também com os nossos sucessos. Em síntese, a gestão esta acima das parafernálias técnicas, pois o foco de uma boa gestão é a essência, ou seja: 1. Definição clara dos objetivos, propósito; 2. Motivação de todos da empresa, busca de energia; 3. Integração ou desfragmentação da empresa 4. Cultura de servir aos clientes com interesse autêntico; 5. Cultura do fazer acontecer, ir além das discussões, dos diagnósticos e ou críticas; 6. Evoluções contínuas, buscar uma cultura de aprendiza- gem constante. Com os conceitos descritos na gestão também considero muito rele- vante para um líder é ter sempre uma postura de atuar sobre o todo: Aspectos operacionais, táticos e estratégicos X os conhecimentos téc- nicos, políticos e culturais. Podemos constatar que a gestão de pessoas é um tema muito abran- gente e complexo até mesmo para os especialistas em RH, sendo assim Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material podeser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 15Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança o gestor de segurança deve estar sempre informado e sintonizado nas tendências do mercado e consultando as diferentes áreas de atuação. Também devemos observar alguns conceitos de RH não citados anteriormente de forma direta, como por exemplo as competências duráveis: 1. Pensar sistematicamente – competência para descobrir as causas das causas e perceber as conseqüências das consequências (no espaço e tempo), captarem detalhes e ao mesmo tempo entender a dinâmica do todo. 2. Pensar estrategicamente – competência para arquitetar/ projetar caminhos para chegar aos resultados pretendidos que sejam abrangentes, complexos e ao mesmo tempo simples (não simplistas), múltiplas alternativas de ação com foco bem determinado, (Ver anexo na página 16). 3. Enxergar o todo – competência para “ver o invisível”, en- xergar mentalmente os impactos das decisões/ações nas diversas áreas (produção, finanças, administração, marke- ting/vendas, manutenção, tecnologia, desenvolvimento, custos, segurança, etc), nas pessoas (motivação, pique, stress, comprometimento, equipe, etc) e na política organi- zacional (composição, distribuição e uso do poder); 4. Fazer abstrações – competência para tirar idéias práticas das teorias, formarem teorias a partir da prática, correla- cionar simulação com realidade, aplicar na vida real cada aprendizado obtido; 5. Inovar/criar – competência para desenvolver idéias inédi- tas para aplicação prática, através de associações livres entre várias e diferentes áreas de conhecimento, PESSO- AS QUE FAZEM ACONTECER: • A arte de “dar o 1º passo” • A arte do ser “pra frente” Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 16Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • A arte da “criatividade pela visão” • A arte de “amarrar pontas” • A arte refinada da comunicação e do relacionamento humano • A arte de lidar com a “realidade real” • Autenticidade, naturalidade, verdade • Energia alocada ao fazer acontecer e não a diagnósti- cos, avaliações, críticas, subterrâneas, jogo político... • Inovações em envolvimento, participação, comprome- timento (workouts etc.) • Grandes objetivos sempre claros, foco, objetividade. • Excelência no uso do tempo disponível • “Apetite” para “fazer tudo com seriedade” (e não negligentemente) 6. Chegar à essência das coisas – competências para ir a fundo, com perseverança e tato, na busca das razões pro- fundas que determinam comportamentos de pessoas e/ou causas de essência dos fatos e acontecimentos; 7. Fazer acontecer – competências para transformar idéias em ações e resultados, usando estratégias criativas, ino- vando em processos, potencializando os recursos disponí- veis e amarrando com maestria os apoios necessários; 8. Comunicar – competências para ouvir, entender empa- ticamente, sensibilizar pessoas e expressar idéias/pen- samentos com clareza e objetividade, tanto verbalmente como por escrito; 9. Negociar – competência para harmonizar interesses diver- gentes e estabelecer relacionamentos nutrientes, levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta e indiretamente, PREMISSAS EM NEGOCIAÇÃO: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 17Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança DE PA RA • Pedir o máximo, ofere- cer o mínimo • Buscar o que é justo ( para todos os envolvidos) • Usar poder para “ar- rasar” oponente • Usar poder para cons- truir relação de confiança • “Despistar”, esconder reais intenções • Transparência e verdade desde o início • Criatividade para “ar- madilhar” a outra parte • Criatividade para gerar múltiplas alternati- vas de solução • Táticas agressivas - “ Bater, levou! ” - “ Melhor defesa é um bom ataque “ • Estratégias integrativas - Respeito incondicional - Cooperação genuína - Não-beligerância • •Ganha – perde Todos ganham (ganha – ganha – ganha ) 10. Relacionar-se – competência para captar as sutilezas dos ambientes, das culturas, dos hábitos e costumes das pes- soas e sentir-se bem qualquer situação, aproveitando to- das as oportunidades que aparecem e contribuindo com todos com que relaciona, ser acessível, sociável, sério e honesto em suas relações, ser sensível às diferenças cultu- rais e necessidades individuais, aceitar pontos de vista di- ferentes, abandonando os seus, quando for o melhor para a empresa, comunica-se de forma assertiva, sendo claro e objetivo, atuar de forma confiável; Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 18Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança DO FRAGMENTADO “A soma das partes é igual ao todo” “É possível intervir nas partes sem afetar o todo” “Compreende-se o todo pela compreensão das partes” PARA O INTERCONECTADO “O todo é muito mais do que a soma das partes” “Tudo que se faz em partes afeta o todo de alguma forma” “As partes só podem ser entendidas pela compreensão da dinâmica do todo.” 11. Iniciar mudanças – competências para dar o primeiro pas- so, com segurança, convicção e entusiasmo, em relação a mudanças que devem ser implementadas, mesmo aquelas que exigem sacrifícios; 12. Energizar pessoas – competências para criar ambientes de alto pique, vibração e entusiasmo das pessoas pelo tra- balho e pelo relacionamento com as demais. 13. Empreendedorismo – competência que estabelece pa- drões desafiadores de resultados, atingindo resultados efetivos de acordo com os parâmetros de qualidade, cus- tos, prazos e objetivos definidos, mostra iniciativa e de- terminação para conseguir que as coisas sejam feitas e apresenta resultados efetivos, manterem-se tranqüilo e equilibrado, não perdendo foco mesmo diante de situa- ções adversas/pressionadoras, utiliza os recursos e servi- ços orientando-se pela segurança das pessoas e preser- vação do meio-ambiente. 14. Liderança – competência de avaliar objetivamente a ca- pacidade das pessoas, orientando e desenvolvendo-os, integrar os funcionários como um time harmônico de traba- lho, delegar: definir responsabilidades, tarefas e objetivos Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 19Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança individuas e/ou em equipe, acompanhando os processos, dar feedback de forma respeitosa e dirigida ao colabora- dor, encorajar e solicita feedback da equipe em relação a sua própria performance, promover um processo contínuo de desdobramento de metas, irradiar coragem, otimismo e energia, orientando os colaboradores mesmo em situações difíceis, estimular seus colaboradores a propor mudança e a tomarem iniciativas, fornecendo-lhes o suporte necessá- rio, motivar os colaboradores para atingirem os resultados e metas acordadas, promover projetos e revisões de pro- cesso em sua área, criar condições de crescimento pro- fissional dentro e fora de sua área, deve se manter uma política de backup’s. Ver – Os diagramas nas páginas 17, 18, 19 e 20. Além de todos estes conceitos é necessário fazermos uma fusão dos conhecimentos tácitos e explícitos, pois somente assim poderemos identificar algumas vulnera- bilidades (invisíveis), que somente aspessoas ligadas à segurança enxergam. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:02:37 20Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 21Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Atuando sobre o todo (ilustração sobre uso do quadro) Âmbito Aspectos Estratégicos Aspectos Operacionais Aspectos Humanos e de Relações TECNICOS (Lógico – racional), Tecnologia. Aspectos objetivos / “hard”) Cenários Métodos de trabalhar Informações sobre: - concorrência - ambiente Métodos para conseguir sinergia, integração, maior produtividade. Qualificação necessária Critérios e medidas de performance POLÍTICO ( Relação, diálogo, comunicação, consenso, poder) Quem influencia a direção das estratégias Participação e envolvimento (para idéias de melhoria) Distribuição de poder para evitar distorções e assegurar velocidade. Quem avalia quem Diálogo sobre performance e decisões em grupo CULTURAL (premissas, forma de ser, pensar, perceber, “verdades”) Valores / ética e percepção mais otimista ou pessimista do contexto influenciando escolhas estratégicas. Cultura e valores que definem sinergia e maior produtividade Educação par sintonia de premissas e valores Recrutamento e seleção refinados / alinhados Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 22Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 2. Segurança Empresarial Para passarmos para o nosso foco principal “ Segurança Empresarial “ , eu não poderia ter deixado de enfatizar e relembrar os conceitos de gestão, pois sem dúvida nenhuma é uma parte importante para fun- damentarmos o alicerce do gestor de segurança e consequentemente nosso sucesso profissional. Foi passada uma idéia genérica do que é gestão, pois nos tempos atu- ais o gestor de segurança é muito mais do que um especialista ou con- trolador de portarias, ele tem uma função complexa e abrangente, pois além de ter que conhecer e executar todas as tarefas administrativas, ele é o responsável por uma tarefa impar dentro das organizações, ou seja, assegurar a segurança do patrimônio e dos seus respectivos fun- cionários. Além elaborar um plano de segurança eficiente e eficaz de forma obter resultados positivos para a empresa na redução dos seus riscos e perdas, sem aumentar as despesas operacionais – considero isso um grande desafio. Nesta parte estaremos tratando os aspectos da segurança, planeja- mento, cenários, metodologias, análises, etc. 2.1 SEGURANÇA Garantir a integridade física e psicológica das pessoas e preservar o patrimônio das famílias e instituições, através de medidas preventivas que possam mitigar as ações criminosas. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 23Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 2.2 OBJETIVO DA SEGURANÇA EMPRESARIAL O conceito de segurança é muito abrangente, pois compreende uma grande diversidade de situações, condições e estados de natureza tanto objetiva, quanto subjetiva. De modo geral, podemos definir segu- rança como a certeza que se tem de alguma coisa, a garantia de que em relação a um determinado fato, tudo o que foi previsto transcorrerá sem nenhuma alteração. Ou seja: segurança seria a ausência de im- previstos, ameaças e perigos. Sob esse ponto de vista, quem trabalha em segurança tem o dever de conhecer as vulnerabilidades e os riscos, para que possam ser anali- sadas e tomadas as medidas preventivas necessárias, de modo a po- der assegurar que tudo sairá bem, conforme estabelecido e desejado. 2.3 ORIGEM DA PALAVRA SEGURANÇA A palavra segurança vem do latim e se refere às “medidas securitas destinadas à garantia da integridade de pessoas, bens e instituições”. No que diz respeito à Segurança Empresarial pode-se dizer, então, que são as medidas indispensáveis para salvaguardar o patrimônio e as áreas administrativas e operacionais da empresa, protegendo-as das interferências e perturbações internas ou externas ao seu ambiente. Porém com certeza a preocupação com segurança começa quando um ser vivo, tem a necessidade de se proteger das condições adver- sas da natureza, dos riscos internos e ou externos. A Segurança Empresarial abrange a totalidade da empresa e, con- sequentemente, tem como segmentos de atuação: a proteção física de pessoas e materiais, a preservação de elementos patrimoniais, o combate a incêndios, a prevenção de acidentes nos sistemas logís- ticos e operacionais e a preservação da confidencialidade de ativos tangíveis e intangíveis.Segurança é uma atividade necessária em Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 24Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança todos os ambientes empresariais, por conseguinte deve ser prati- cada por todos os profissionais integrantes de todos os segmentos. Para atingir tais objetivos, a Segurança Empresarial traça uma política de atuação, introduzindo normas e processos, padronizando condutas e interligando os vários segmentos da empresa, com a finalidade de criar um Sistema Integrado de Segurança - SIS. O SIS tem por objetivo analisar e considerar os ambientes interno e externo da empresa, como elementos capazes de afetar a sua se- gurança. Com base nessa análise, o SIS norteia as ações de caráter preventivo, planejando a implantação de medidas corretivas capazes de minimizar os efeitos de possíveis agressões. Quando corretamente aplicada, a Segurança Empresarial permite que sejam detectadas as possíveis ameaças, evidenciando os pontos for- tes e fracos na estrutura da organização. 2.4 A SEGURANÇA É RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA PLENA DA EMPRESA? Como já vimos à empresa é um complexo que envolve recursos ma- teriais, humanos, tecnológicos e financeiros, sendo também muito di- nâmica e vulnerável aos acidentes e/ou incidentes de toda espécie, acarretando prejuízos e/ou danos às pessoas, materiais, produtos e instalações, abalando a sua imagem. Existem algumas vulnerabilidades clássicas nas empresas: falta de uma política de segurança; falta de um plano diretor de segurança, desconhecimento dos fatores críticos de sucesso (FCS), falta de ge- renciamento de risco (RH, ambiental, médico, etc). Como o foco da lucratividade da empresa é responsabilidade direta da diretoria e uma ação criminosa pode afetar diretamente a lucrativi- dade, conclui-se que a direção da empresa é responsável direta pela Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 25Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança segurança, pois ela pode combinar os focos estratégicos dos negó- cios com os da segurança, proporcionando assim para o gestor de segurança terá melhores condições para a tomada de decisão e poder também adotar medidas mais adequadas da segurança. 2.5 A SEGURANÇA É UMA QUESTÃO DE NECESSIDADE? A necessidade de se proteger começou desde os tempos mais remo- tos da humanidade. Obrigando o homem a desenvolver uma disciplina chamada “segurança”e que com o passar dos tempos foi tomando corpo e hoje é parte integrante dos fatores críticos de sucesso das em- presas, apesar de ainda não ter o seu lugar plenamente reconhecido. Neste contexto podemos afirmar que a segurança passou a ser uma ciência que deve ser explorada pelas corporações, pois a segu- rança pode agregar valores para várias áreas da empresa, além do patrimônio podemos destacar: logística, financeiro, recursos huma- nos, relações sindicais, auditoria, comunicação, produção, compras e vendas. Assegurando assim o patrimônio e continuidade operacio- nal da empresa. 2.6 AS ATIVIDADES DA SEGURANÇA A segurança deve estar ligada diretamente à diretoria, isto deve ser intrínseco à empresa. A segurança não existe para si mesmo e sim para cumprir uma finalidade de apoio às áreas fins, ou seja, ela é mais um dos meios existentes que as áreas podem utilizar para alcançar os seus objetivos, pois a segurança pode contribuir muito, desde que conheça os fatores críticos de sucesso. Podemos afirmar que na segurança temos macro atividades, assim definidas: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 26Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • Assegurar a proteção do patrimônio da empresa e das pessoas, contra todos os riscos existentes e/ou eminentes; • Prevenir ações que possam resultar em impedimentos, da- nos ou perdas de processos, serviços, produtos, etc. • Salvaguardar o capital da empresa (ativos, pessoas) evi- tando danos e perdas; • Executar a função de controlador e orientador, sempre dentro das diretrizes, políticas e procedimentos das em- presas, proporcionando assim um clima interno sadio e prevenindo riscos; • Gerenciar os riscos empresariais internos e externos, atra- vés de uma análise dos cenários prospectivos. Em suma a segurança deve ser ativa, pro ativa e preventiva e jamais re- ativa. Existem várias definições para segurança, mas podemos resumir que a definição de segurança seja: “ Um conjunto de medidas preventi- vas, que visam mitigar os riscos patrimoniais, empresariais e pessoais.” Eu ainda completo, pois entendo que para termos uma “ boa seguran- ça” é muito importante seguirmos sempre uma sequência lógica: 1º Informação – Obter o máximo de informes e transforma-los em informação; 2º Treinamento – Todos os envolvidos com o tema devem ser trei- nados e reciclados de acordo com a mudança dos cenários; 3º Equipamentos - Como já temos as informações e um estudo dos cenários, podemos definir qual devem ser os equipamentos/ferramentas mais adequadas para mitigar nossos riscos; 4º Normas e Procedimentos – Neste momento temos clareza e conhecimento de todos os riscos, assim sendo podemos definir as diretrizes centrais; 5º Fiscalização e controle – Para que todo trabalho não se encerre, devemos criar mecanismos de fiscalização e Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 27Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança controle, assim podemos medir os resultados e propor no- vas medidas. Devem ser feito testes de invasão de perímetro e outros que forem julgados necessários e mais pertinentes pelo gestor de segurança, para certificar o nível de vulnerabilidade da segurança e poder assim criar um ciclo de retro alimentação do sistema de gestão, lembrando que deve sempre ser feito um relatório dos pontos fortes, fracos e as medidas corretivas. Neste contexto observamos que a segurança é uma tarefa difícil de ser administrada, porém se for bem administrada trará excelentes resulta- dos para empresa. Seguindo o raciocínio descrito anteriormente, podemos dizer que o gestor de segurança deve fazer sempre um estudo de cenário e como costume dizer – “conhecer sua própria casa” – fato este que muitas ve- zes pecamos e somos surpreendidos em auditorias internas (isso é po- sitivo), o pior mesmo é quando somos surpreendidos por criminosos. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 28Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 3. Análise de Cenários Todos nós sabemos que existem muitas maneiras de analisarmos os cenários, cada gestor de segurança deve buscar uma ferramenta que possa auxiliá-lo em sua análise, porém devemos buscar sempre a sim- plicidade e a efetividade, pois não precisamos inventar a roda ela já existe, devemos sim adequar às ferramentas de acordo com a cultura da nossa empresa. Esta é uma estratégica muito utilizada por várias áreas dentro das em- presas e que infelizmente hoje na segurança ainda é um tema defi- ciente, pois na maioria das vezes os gestores de segurança são cha- mados para apagar incêndios, o que resulta na maioria das vezes no comprometimento da qualidade dos serviços da segurança, por este é muito importante fazer uma análise dos cenários. Para executarmos uma análise de cenários devemos seguir alguns parâmetros: Levantamento dos históricos internos e externos, localiza- ção da planta, condições físicas e climáticas • Levantar o histórico de ocorrências patrimoniais internas dos últimos 05 anos; • Histórico policial das ocorrências dos últimos 05 anos; • Levantar dados da localização da empresa (latitude, longi- tude, elevação, se é zona rural industrial ou urbana, etc); • Fontes de abastecimento de água e energia mais próximas e sua capacidade; • Históricos de enchentes e/ou de força maior; • Dados da planta (área construída, total, tipo de constru- ção, interligações, estacionamentos, número de portarias e portões, etc); Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 29Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • Quantidade de funcionários, empresas prestadoras de serviço, média de visitantes, quantidade de veículos, etc; • Características das áreas circunvizinhas (residencial, in- dustrial, comercial e/ou agrícola); • Check da existência nas proximidades da empresa órgãos policiais, hospitais, corpo de bombeiros, etc. Dados da estrutura da empresa • Tipo de produto ou serviço prestado, valor da produção anual, dados sobre agências e cofres internos; • Levantamento dos recursos da segurança (equipamentos, humanos, administrativos); • Tipo de insumos usados na produção; • Tipo de operações utilizadas pela logística da empresa (Just time, kanban, etc); • Existência de áreas restritas (desenvolvimento de produ- tos, data center, etc); • Serviço de alimentação (administração própria e/ou terceirizada); • Existência de controles internos para as áreas sensíveis; • Existência de comércio interno na empresa (lojas, bancas de jornal, agências de seguro, de viagens, etc); • Movimentações de valores e operações financeiras (carro forte, etc); • Existência de programas de gestão (segurança física, se- gurança do trabalho, meio ambiente, saúde do trabalha- dor, segurança de informações, manutenções preventivas e preditivas, qualidade, responsabilidade social) e contro- les internos da segurança patrimonial. Informações administrativas • Política de segurança, regulamentos e normas internas; Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:04:25 30Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • Horários de trabalho;• Controle de turnover (admissões e demissões); • Existência de seguro, tipo de cobertura; • Existência de controles de perdas; • Tipos de benefícios da empresa (empréstimos, transporte, convênios médicos, etc); • Quais os tipos de treinamentos da segurança e oferecidos pela segurança; • Existência de quadros informativos da segurança; • Existe uma parceria externa com os órgãos públicos; • Existência de um plano de emergência e contingência da empresa; • Existência de um canal de comunicação para troca de ex- periências e know how; • Existência de ISO´s como: 9.001, 14.001, 18.001, 17.799, 27.001, 31.000, etc; • Existência de uma matriz de vulnerabilidade X os recursos da empresa. Também é muito importante lembrar que dentro de uma análise de cenários o gestor de segurança, deverá avaliar a fundo alguns temas descritos a seguir e não apenas de forma superficial, pois isso acar- retará no sucesso ou no fracasso do Plano de Segurança da empresa. 1. Histórico Deve haver uma analise criteriosa dos incidentes, aciden- tes, ocorrências internas/externas, pois neste momento po- demos levantar as perdas efetivas e as tendências futuras. 2. Riscos Deverá ser feito com uma equipe multidisciplinar, buscando ob- ter vários prismas (visões diferentes de produto, mercado, etc); Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 31Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 3. Disposição de espaços Analisar utilizando as visões da área de engenharia, possí- veis ampliações, etc. 4. Logística Buscar conhecer todos os processos da logística, almoxa- rifados, pontos de coleta, etc. 5. Aspectos sociais Verificar todas as ações sociais em andamento, nível de envolvimento e quais áreas circunvizinhas são apoiadas. 6. Relações trabalhistas e sindicais Conhecer a política de relações trabalhistas e sindicais, o acordo coletivo de trabalho, análise de clima organizacio- nal, etc. 7. Legislações Verificar se existe um programa de responsabilidade em- presarial e quais os temas abordados. 8. Órgãos de apoio Verificar qual é a política para o tratamento deste tema e quais órgãos são relevantes e prioritários para a empresa. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 32Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança 4. Planejamento Este é um momento crítico que merece ênfase, pois a empresa espera que o gestor de segurança consiga o máximo de benefício do sistema com o menor custo. A finalidade é demonstrar que a segurança empresarial, como todos os outros segmentos dentro da empresa, tem como ser medir sua apli- cabilidade na gestão administrativa. A segurança geralmente é tida como um centro de custo e não como um fator de investimento. Dentro deste enfoque temos que elaborar um planejamento com o en- foque na relação custo x benefício, ou seja na relação do quanto vale para a empresa prevenir os seus riscos em comparação direta com a possível perda, caso o risco venha a se concretizar. A metodologia aqui descrita é fruto da experiência em focar o inves- timento na área da segurança, comparando com a probabilidade de ocorrência das possíveis ameaças. Entendo que com esta aplicação possa, de forma direta, “convencer” a alta gerência em enxergar o departamento de segurança sob outra ótica. A área de segurança empresarial precisa evoluir para o desenvolvi- mento e estruturação de uma moderna metodologia, baseada em da- dos estatísticos e matemáticos. A metodologia aqui proposta pode ser aplicada em qualquer tipo pla- nejamento de Segurança Empresarial, levantando de maneira clara e concisa o investimento preventivo a ser implementado pela empresa. Na realidade, a meta primordial é que as empresas tenham uma visão objetiva de quanto poderão perder, caso o risco estudado seja concretizado. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 33Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Quando corretamente aplicada, a Segurança Empresarial permite que sejam detectadas as possíveis ameaças, evidenciando os pontos for- tes e fracos na estrutura da organização. Para que o planejamento e a análise conjuntural da situação em que a empresa encontra-se tenham resultados efetivos é de suma importân- cia que a direção da empresa possua uma visão voltada para a pre- venção. Isso significa, não encarar o fator segurança, apenas como algo restrito a homens armados na portaria. Além de estabelecer as diretrizes de uma política de segurança, a alta cúpula empresarial deverá apoiar, em todos os níveis, os planos ope- racionais previstos para cada setor. Nesse sentido, a relação custo x benefício deverá ser permanentemente avaliada, a fim de permitir que decisões conscientes e seguras sejam tomadas. Os investimentos na área de segurança estarão sempre relacionados ao ônus a ser pago pela empresa na eventualidade de ocorrerem in- cidentes, razão pela quais os riscos terão de ser pré-avaliados, assim como as condutas e medidas adotadas. 4.1 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO O planejamento tem por objetivo estabelecer um conjunto de providên- cias a serem tomadas para evitar que uma situação vigente, satisfató- ria do ponto de vista da segurança, venha a sofrer alterações futuras, que ponham em risco as pessoas e os bens que se deseja preservar. Trata-se de um processo contínuo, que deve ser executado pela pró- pria empresa. Esse processo baseia-se em um método operacional, que, por sua vez, pressupõe uma série de indagações e questiona- mentos, não apenas sobre o que deve ser feito, mas também em que condições serão realizadas. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 34Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança O planejamento na área de segurança obedece aos mesmos princí- pios gerais adotados em qualquer área de atividade, tais como: a. Deve ter sempre como objetivo primordial a política e nor- mas da empresa. b. Deve ter precedência no planejamento global da empresa, com o nível correspondente a uma função administrativa. c. Deve ser levado em consideração seu maior potencial de penetração e abrangência, pois provoca uma série de modificações nas características físicas e operacionais da empresa. d. Deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. Os níveis de planejamento na área de segurança empresarial são: I. Estratégico: É aquele que envolve toda a empresa, tra- çando sua política de segurança.Permite estabelecer a di- reção a ser seguida, visando maior grau de interação com o ambiente.Na realidade o planejamento estratégico de se- gurança tem de definir qual será a MISSÃO da empresa em segurança.Responde a pergunta “onde a empresa quer ir “, corresponde a um horizonte dentro do qual a corporação atua ou poderá atuar. II. Tático: Tem por finalidade otimizar a área de segurança, com vistas no resultado da empresa.É aquele que estabe- lece os meios necessários para implantar o sistema de se- gurança, além de implementar os processos necessários para cumprir a política de segurança a ser adotada em cada segmento da empresa. III. Operacional: É aquele que relaciona as normas e condu- tas sob a forma de documentos escritos. Trata-se, na ver- dade, do plano de segurança propriamente dito, pois nele são detalhados os recursos necessários, os procedimentos Impressopor Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 35Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança básicos e os responsáveis pela execução e implantação das medidas.O planejamento operacional vai descrever como que o sistema cumprirá a missão de segurança. 4.2 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO A definição da situação de segurança em que uma empresa encontra-se e o nível que se quer atingir são primordiais para obter-se um resultado eficaz. Assim, o diagnóstico constitui a primeira fase do planejamento. O diagnóstico, que corresponde à fase inicial do processo, procura responder à questão básica: qual a situação real da empresa na área de segurança? Para esta resposta é necessário verificar o que a empresa apresenta de bom, regular ou ruim nessa área, realizando-se uma análise que de- verá abranger tanto o ambiente interno como o externo, evidenciando as deficiências e/ou qualidades resultantes da sua localização física e do meio sócio-econômico que a circunda. 4.3 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS A eficiência do plano de segurança depende da compreensão dos riscos reais que devem ser controlados. Portanto, é primordial uma avaliação precisa das eventuais ameaças, a fim de que possam ser determinadas quais as medidas ou condutas mais indicadas a serem adotadas. Outro fator importante em um plano de segurança é a adequação des- sas medidas às características físicas e operacionais da empresa. Nesse sentido, cabe ressaltar que o primeiro passo é a definição do problema e o segundo a projeção das medidas preventivas e/ou cor- retivas. A inversão desse processo fatalmente acarretará, não apenas gastos desnecessários, como também resultará na adoção de medi- das inadequadas aos interesses da empresa. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 36Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Assim, a definição do problema deve ser encarada a partir de três aspectos básicos: a. Tipos de ameaças que podem afetar o patrimônio. b. Probabilidade de ocorrência de ameaças. c. Impacto sobre o patrimônio. Vamos analisar detalhadamente, a seguir, cada um desses aspectos: a. Tipos de ameaças que podem afetar o patrimônio: Podemos definir a ameaça ou risco de segurança como um evento capaz de produzir perdas reais, mensuráveis por um padrão comum, como por exemplo, em moeda corrente. É necessário que se tenha clareza de todos os tipos de eventos, averiguando as condições, circunstâncias, atividades, relações e objetos que possam colaborar para a ocorrência do evento. Os riscos de segurança podem ser quaisquer atos ou omissões ca- pazes de romper o sistema de segurança, causando danos à proprie- dade ou ao pessoal. Portanto, para reduzir ou eliminar tais riscos, é fundamental, antes de mais nada, reconhecê-los. Os riscos de segurança podem ser divididos em duas categorias: I. Humanos: Furto; Roubo; Negligência; Deslealdade; Insatisfação; Sa- botagem; Espionagem; Greves. II. Naturais: Calor; Frio; Escuridão; Inundação; Furacão; Ciclone; Terremoto A perfeita avaliação das condições existentes e o levantamento das áreas críticas da empresa são fatores essenciais para o reconheci- mento de suas vulnerabilidades. Para isso deverão ser listadas as áre- as da empresa, que, por ordem de prioridades, podem alterar o fluxo operacional e administrativo, caso ocorram atos de agressão, causan- do perdas que podem ser classificadas da seguinte forma: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 37Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança I. Perdas que causam imediata paralisação na produção/ operação = perda de equipamento. II. Perdas que reduzem a produção/operação = perda parcial. III. Perdas que não têm efeito imediato sobre a produção/ope- ração = mão-de-obra adicional. IV. Perdas que não têm efeito direto na produção/operação. b. Probabilidade de ocorrência de ameaças: Probabilidade é o número de vezes que um determinado evento pode ocorrer em certa atividade, dividido pela quantidade de eventos possí- veis em uma mesma atividade. Para podermos determiná-la com maior precisão, o ideal é levantar todos os dados disponíveis relacionados a cada risco, estabelecendo uma porcentagem de ocorrência. c. Impacto sobre o patrimônio: Com a finalidade de analisar-se conscientemente a relação custo x benefício, deverá ser realizado uma avaliação dos danos e prejuízos líquidos. Para isso compara-se o custo estimativo das perdas com o custo de proteção. Outra aplicação do cálculo de custo de perdas é a avaliação de sua gravidade, que pode ser classificada da seguinte forma: * Fatal = capaz de paralisar a empresa. * Muito séria = pode causar grande mudança na política de investimento. * Moderada = pode causar forte impacto nos lucros. * Relativamente sem importância = a perda pode ser co- berta pelas reservas de contingência normais. Uma vez classificados todos os riscos esta concluída a tarefa formal de avaliação das vulnerabilidades da empresa. Essa, passa a dispor, então, de uma tabela com todos os problemas de segurança, relacio- nados na ordem mais provável em que podem ocorrer. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 38Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Investimento Com base nos riscos existentes, suas probabilidades e o estudo de suas possíveis perdas é que será realizado um levantamento do quan- to deve ser investido no sistema de segurança. Sistema este estudado e planejado taticamente.Neste momento é que iremos avaliar, financeiramente, se o planejamento tático está coerente com o nível de risco que a empresa possui. Compararemos então o investimento total de segurança(mão de obra e tecnologia) com as possíveis perdas.A alta gerência decidirá, com base na política de segurança anteriormente traçada, qual o nível de segurança que sua corporação terá.O parâmetro desta forma surgirá naturalmente, fornecendo uma ferramenta para o gestor da segurança empresarial. Embora saibamos que a segurança total inexista, o objetivo desta me- todologia é o de mostrar ao alto escalão da empresa que a redução dos riscos, a níveis aceitáveis, necessita de investimentos.Estes in- vestimentos estão sendo implementados para evitar perdas potenciais para o negócio, gerando a continuidade das operações e mantendo a lucratividade, que é a missão de qualquer empresa. A possível subjetividade desta metodologia não altera o fato de que existem riscos e que estes devem sempre ser avaliados.É prefe- rível uma avaliação com algum grau de subjetividade, a desconhe- cer totalmente a profundidade das suas ameaças, tendo desta forma “custos”nas implementações das míopes soluções de segurança. É importante enfatizar que para que o projeto seja aceito, a diretoria deve estar convencida de que: • Existem vulnerabilidades na empresa; • As vulnerabilidades oferecem riscos de perda para a em- presa, pessoal e ou de processo/produto; • O nível de segurança não é adequado e necessita de investimentos; Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 39Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança • As medidas propostas atendem as tendênciasde mercado e podem reduzir as perdas; • Os investimentos são adequados. Para um perfeito alinhamento e interpretação, devemos lembrar do trinômio da segurança (risco, segurança e conforto). Onde maior for o conforto menor será a segurança e quanto maior for a segurança menor será o conforto. Nós devemos buscar uma zona de equilíbrio, somente assim teremos resultados positivos sem comprometer o pla- nejamento de segurança e os processos produtivos. 4.4 MÉTODOS DE MOSLER E T.FINE Utilizando as técnicas de análise risco do mercado, sugiro que seja uti- lizado a metodologia dos métodos de Mosler e T.Fine, como descrito a seguir, texto extraído da publicação do autor Antonio Celso Brasiliano. A identificação e avaliação dos riscos existentes, tanto os reais como os potenciais, compreende a terceira fase do planejamento da segu- rança empresarial. A partir da fotografia, diagnóstico dos ambientes internos e externos no qual se ressaltam os pontos fortes e fracos, deve-se projetar qual será o risco que a instituição possui, tendo em vista sua situação, dian- te da filosofia empresarial existente. É óbvio que para levantar riscos e assumir quais são os seus reais pe- rigos, a empresa tem que estar focada na sua política de segurança, ou seja, na forma como vai encarar as ocorrências e na maneira como quer gerenciá-las. A compreensão dos riscos e sua origem, ou seja, o porquê da exis- tência de tal perigo, é imperioso para a eficácia da segurança e con- sequentemente para a administração e controle da crise. É neces- sário ter uma avaliação precisa das ameaças, a fim de que possam Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:05:13 40Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança ser determinadas quais as medidas ou condutas mais indicadas a serem adotadas. A avaliação dos riscos nada mais é do que saber qual a chance do risco vir a acontecer. Quando a empresa possui um histórico, ou seja possui dados anteriores sobre a ocorrência de determinados riscos pode-se trabalhar com dados objetivos. Neste caso específico à esta- tística e a média serão muito úteis para que o departamento de segu- rança embase seu estudo. Mas na maioria dos casos dos riscos em segurança patrimonial não há um levantamento formal, nem um histórico para que o profissional possa realizar um estudo detalhado. Para que haja um estudo formali- zado, existem inúmeros métodos, entre, o que veremos neste artigo: o MÉTODO DE MOSLER e o de WILLIAM T. FINE. Método de Mosler O método Mosler é uma forma do departamento de segurança acom- panhar a evolução dos seus riscos de maneira geral. É um método subjetivo e, portanto, só deve ser utilizado quando a empresa não tiver dados históricos, que possam ser matematicamente empregados. Na fase do planejamento, analisa a evolução dos riscos sob os pontos de vista quantitativo e qualitativo, enfocando as variadas atividades da empre- sa. Para isto tem que ser empregado para cada tipo de risco e analisado tendo como referência a interferência na atividade que se está avaliando. O objetivo é de servir como base para a identificação, análise e evolu- ção dos fatores que podem influir na manifestação e concretização da ameaça, projetando qual será o impacto em caso de concretização, pela classe e dimensão de cada risco. Este método está calcado em quatro fases distintas e é uma metodolo- gia científica seqüencial, ou seja, uma fase depende da outra para que se possa ter uma visão global do risco. São elas: definição do risco, análise do risco, evolução do risco, classe do risco. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 41Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança * Definição do Risco Esta primeira fase tem como objetivo levantar e identificar qual será o risco a ser analisado, integrado com determinada atividade da empre- sa. Isto significa, identificar qual é o bem e seu respectivo dano. * Análise do Risco Nesta segunda fase, o Método Mosler, realiza a análise do risco com base em seis critérios. Estes critérios são voltados para a influência direta da materialização da ameaça estudada, com uma determinada atividade crucial para a empresa. Como forma de parâmetro, cada critério, ou função estudada, pode ser pontuada em uma escala que varia de 01 a 05 na pontuação, de- pendendo de sua gravidade. Os critérios são: Critério da Função - “F” Este critério projeta as consequências negativas ou danos que podem alterar a atividade principal da empresa, dentro da seguinte gradação: Escala Pontuação Muito Gravemente 05 Gravemente 04 Medianamente 03 Levemente 02 Muito Levemente 01 Critério da Substituição - “S” Este critério avalia qual o impacto da concretização da ameaça sobre os bens, ou seja, o quanto os bens atingidos podem ser substituídos. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 42Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Escala Pontuação Muito Dificilmente 05 Dificilmente 04 Sem Muitas Dificuldades 03 Facilmente 02 Muito Facilmente 01 Critério de Profundidade - “P” Uma vez materializado o risco, esse critério mede a perturbação e os efei- tos psicológicos que o risco poderá causar para a imagem da empresa. Escala Pontuação Perturbações Muito Graves 05 Graves 04 Limitadas 03 Leves 02 Muito Leves 01 Critério da Extensão -”E” Este critério mede alcance e extensão que o dano causa para a empresa. Escala Pontuação De Caráter Internacional 05 De Caráter Nacional 04 De Caráter Regional 03 De Caráter Local 02 De Caráter Individual 01 Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 43Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Critério da Agressão - “A” Este critério mede a possibilidade do dano ou risco vir a acontecer, tendo em vista as características conjunturais e físicas da empresa, cidade e estado onde ela se encontra. Por exemplo, um executivo no Rio de Janeiro possui um nível de risco e no Nordeste outro, pois as probabilidades de sofrerem agressão são completamente diferentes nos dois estados. Escala Pontuação Muito Alta 05 Alta 04 Normal 03 Baixa 02 Muito Baixa 01 Critério da Vulnerabilidade - “V” Tendo em vista o critério da agressão, o critério da vulnerabilidade mede quais serão as perdas causadas pela concretização do risco, no âmbito financeiro. Escala Pontuação Muito Alta 05 Alta 04 Normal 03 Baixa 02 Muito Baixa 01 Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 44Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança * Evolução do Risco Esta terceira fase tem por objetivo quantificar o risco analisado. Nes- ta fase valora-se o risco, calculando sua magnitude - C - e quantifi- cando sua probabilidade de ocorrência - Pb - projetando o tamanho da ameaça. Para tanto, aplica-se a fórmula para quantificar o risco estudado: ER = C X Pb Para que se possa chegar à quantificação acima, dois passos devem- se ser realizados: a. O primeiro é calcular a magnitude do risco pela fórmula C = I + D, sendo I a importância do sucesso e D os danos causados. Para chegar ao cálculo desta fórmula utilizam-se os critérios acima descritos, onde: I = Importância do Sucesso = F xS (Função X Substituição) D = Danos Causados = P x E ( profundidade x extensão) Assim, a magnitude de risco será: C = I (F x S) + D (P x E) b. O segundo passo é calcular a probabilidade de ocorrência - Pb - pela multiplicação das funções da agressão e da vulnerabilidade, onde: Pb = A x V (Agressão X Substituição) Com estes dados pode-se então calcular a evolução do risco (ER). * Classe do Risco A quarta fase do Método Mosler simplesmente compara o resultado da quantificação com a tabela abaixo, para chegar-se a uma classe de risco: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 45Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Valor “ER” - Quantificação Classe de Risco 2 – 250 Muito Baixo 251 – 500 Pequeno 501 – 750 Normal 751 – 1000 Grande 1001 – 1250 Elevado De acordo à classe de risco, a empresa e o departamento de seguran- ça poderão priorizar as medidas preventivas. Como dissemos anteriormente, o Método Mosler é subjetivo, ou seja, de- penderá da opinião pura e simples do departamento de segurança, quan- do este tiver que valorar cada uma das funções de criticidade da empresa. Podemos citar como exemplo a seguinte situação: • Banco comercial, nacional, classificado como médio vare- jo, está mudando para uma nova sede e a diretoria deseja saber qual seu grau de risco, tendo em vista: • Este banco está desenvolvendo um projeto de um novo produto, que irá revolucionar o mercado financeiro e, por conseqüência, é considerado de natureza sigilosa. • A mudança para a nova sede tem como objetivo impac- tar sua imagem corporativa no mercado financeiro, bem como proporcionar um ambiente agradável para que os funcionários possam desenvolver os seus trabalhos. • Os funcionários administrativos trabalham em horário co- mercial, geralmente das 08:30hs às 18:30 hs, sendo que o horário de pico é entre 08:00 e 09:00 hs. • O pessoal do CPD (informática) trabalha 24 horas, em três turnos de 08 horas. • Por tratar-se de uma sede administrativa de um banco, os funcionários podem permanecer na edificação após o Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 46Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança horário convencional, conforme a necessidade do traba- lho realizado. • Este banco possui uma equipe altamente qualificada, sen- do que seus funcionários têm mais de 5 anos de empresa. A política de remuneração prevê a entrega de bônus ao final de cada ano para todos os funcionários. • A edificação possui 5 pavimentos, o térreo e um subsolo. • Com exceção das salas de reunião e auditório, o banco possui um ambiente aberto, “open space “. • A edificação encontra-se em uma área de grande movi- mento, com um muro como barreira perimetral de 2 metros. Esta cercada por edifícios comerciais de grande porte na sua parte lateral direita e retaguarda. • O banco prepara-se para lançar este novo produto, que irá revolucionar o mercado. A concorrência é acirrada e considerada forte no mercado. • O tempo de investimento neste projeto é de 36 meses. • O banco já teve um caso de espionagem (roubo de dados de um projeto), que o fez perder o “time” de mercado. • O banco já sofreu ameaças de bomba. • Tendo em vista o exposto acima se solicita avaliar e anali- sar os riscos, classificando-os. Obviamente seriam necessários outros dados para que o gerente de segurança pudesse realizar o estudo de forma mais detalhada. Para que se possa ter uma idéia clara do emprego do Método de Mos- ler, elaboramos a tabela abaixo, com a seguinte classificação: Ri s c o F S P E A V I FXS D PXE C I+D Pb AXV ER CXPb Classe Espionagem 5 4 5 4 4 5 20 20 40 20 800 Grande Ameaça Bomba 3 1 4 3 3 2 3 12 15 6 90 Muito Baixo Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 47Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Pela metodologia de Mosler, o banco em questão, possui um grau de risco para espionagem considerado como grande, devendo o depar- tamento de segurança priorizar então medidas fortes de controle de acesso. Quanto ao risco de ameaça de bomba foi considerado como muito baixo, portanto, embora exista a possibilidade de ocorrer seu impacto de forma genérica será muito pequeno. Com esta análise o departamento de segurança, mesmo sem muito subsídio histórico, pode priorizar os seus investimentos e implantar sistemas. Como já frisamos anteriormente, mais uma vez, a segurança empresarial sai do achismo e pode utilizar um ferramental, embasado em metodologias científicas empregadas na Europa e Estados Unidos, para sensibilizar sua diretoria. Método de Willian T.Fine Este método tem como objetivo estabelecer prioridade, integrando o grau de risco com a limitação econômica. Por meio dele, o de- partamento de segurança pode projetar o “time” de implantação, o esforço e a previsão de verba, de acordo com o nível de criticidade de cada risco. Tal sistema de prioridade está alicerçado em uma fórmula simples, que calcula o perigo de cada situação, e tem como resultado o Grau de Criticidade ou Periculosidade, que será denominado: Grau de Critici- dade – GC. Este grau determina a urgência da tomada de decisão, ou seja, se o risco deve ser tratado com maior ou menor brevidade. A justificativa dos investimentos na segurança deverá estar diretamen- te relacionada ao GC. É óbvio que se, o investimento em sistemas for alto e o grau de criticidade baixo, deve haver uma forma de balancear o investimento e obtém-se um parâmetro para justificar o investimento na segurança. O Método Fine é baseado, tal como o de Mosler, em grades de pro- babilidade. Caso a empresa não tenha histórico, o cálculo terá como Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 48Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança base dados e avaliações subjetivas. Existem duas fórmulas: uma para estimar o grau de criticidade e outra para justificar o investimento: A) Grau de Criticidade – GC B) Justificativa de Investimento – JI C) Grau de Criticidade – GC O grau de criticidade calcula-se com base em três fatores: • Consequência – C – são os impactos mais prováveis, tan- to financeiros como danos pessoais, de ocorrer, em caso do evento vir a concretizar-se. • Exposição ao risco – E – é a freqüência que este evento ou perigo costuma manifestar-se na empresa ou em em- presas similares. • Probabilidade – P – é a real chance de o evento vir a acontecer, dentro de uma escala • Exposição ao risco – E – é a freqüência que este evento ou perigo costuma manifestar-se na empresa ou em em- presas similares. • Probabilidade – P – é a real chance de o evento vir a acontecer, dentro de uma escala de tempo. Para que possam ser mensurados e projetados, os três fatores pos- suem uma escala de valores, numérica, que está baseada na expe- riência e no juízo de Willian T. Fine. A fórmula do GC é: GRAU DE CRITICIDADE: CONSEQUÊNCIA X EXPOSIÇÃO X PROBABILIDADE = GC : Cx E x P Como pode ser verificado a delimitação do GC é, então, resultado da multiplicação dos três fatores, constituindo uma escala de valores, compreendida entre 0,05 e 10.000. Os valores obtidos são resultado de uma classificação intermediária dos fatores de risco, que decresce de forma linear, assegurando desta Impresso por Maico Ferraz,E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 49Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança forma uma correção no incremento do GC. Além disso, a fixação des- tes valores utiliza também estatística e referências, históricas e mun- diais. O resultado está descrito na tabela abaixo: Fator Classificação Valor Consequência – C a) quebra da atividade fim da empresa, dano superior a um milhão de dólares 100 b) dano entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão 50 c) dano entre US$ 100 mil e US$ 500 mil 25 d) dano entre US$ 1 mil e US$ 100 mil 15 e) dano abaixo de US$ 1 mil 5 f) pequenos danos 1 Exposição – E a) várias vezes ao dia 10 b) uma vez ao dia – frequentemente 5 c) uma vez por semana ou ao mês – ocasionalmente 3 d) uma vez ao mês ou ao ano – irregularmente 2 e) raramente – sabe-se que ocorre, mas não com qual freqüência 1 f) remotamente possível, não se sabe se já ocorreu 0,5 Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:06:18 50Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Fator Classificação Valor Probabilidade – P a) espera-se que aconteça 10 b) completamente possíveis – 50% de chances 6 c) coincidência se acontecer 3 d) coincidência remota – sabe-se que já ocorreu 1 e) extremamente remota, porém possível 0,5 f) praticamente impossível de ocorrer, uma chance em um milhão. 0,1 A escala de valores, para priorização dos riscos é: Grau de criticidade – gc Prioridades – ações a tomar GC maior ou igual a 200 Correção imediata – risco tem que ser diminuído GC abaixo de 200 e maior ou igual a 85 Correção urgente – requer atenção GC menor que 85 Risco deve ser eliminado Realizado este estudo de priorização dos riscos e perigos da empre- sa, parte-se para a justificativa do investimento. B) Justificativa do Investimento A fórmula é: GC JI = ____________________________ fator de custo x grau de correção Tanto o fator de custo como o grau de correção é, também, escala de valores descritas em tabelas, sendo: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:07:02 51Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Fator de Custo: Classificação Valor Maior que US$50.000 10 Entre US$25.000 e US$50.000 6 Entre US$10.000 e US$25.000 4 Entre US$1.000 e US$10.000 3 Entre US$100 e US$1.000 2 Entre US$25 eUS$100 1 Menos que US$25 0.5 Grau de Correção Classificação Valor Risco eliminado – 100% 1 Risco reduzido – 75% 2 Risco reduzido entre 50% e 75% 3 Risco reduzido entre 25% e 50% 4 Risco reduzido menor que 25% 6 Para utilizar-se a fórmula e determinar se o gasto proposto é justifica- do, devem-se aplicar os valores das classificações correspondentes e obter-se um valor numérico. Este valor numérico é denominado “índice de justificação” do rendimento do investimento proposto. A princípio, o índice de justificação deverá ser superior a 10, para que o investimento seja considerado justificado. É óbvio que quanto mais alto for este índice, maior será o interesse do programa de prevenção. Um outro estudioso de riscos, R. Pickers, propõe uma variação do método exposto na escala de valoração do índice de justificação. A tabela que segue abaixo foi estabelecida como padrão em 1976, pela Associação Americana de Gerenciamento de Riscos: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:07:02 52Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Escala de valoração do Índice de Justificação Fator índice de justificação IJ Comentários IJ menor que 10 Investimento duvidoso IJ entre 10 e 20 Investimento normalmente justificado IJ maior que 20 Investimento plenamente justificado, grande redução de risco A maior parte dos riscos, pelo Grau de Criticidade, ordinariamente atinge um valor compreendido entre 85 e 200, o que significa atenção e atuação urgentes. Por esta razão pode-se considerar que o valor mé- dio de 100 no GC, é uma medida correta de redução dos riscos, sendo que o grau de diminuição deve ser menor ou igual a 5, para obter-se um coeficiente maior ou igual a 20 na justificativa de investimento. Esta é uma ferramenta valiosa para o departamento de segurança, pois possibilita comparar o investimento de segurança com a visão macro da empresa. Exemplo Prático: Uma montadora, localizada na região da grande São Paulo, deseja sa- ber se investimento que vai realizar em segurança, estará sendo bem empregado e qual o seu grau de justificação. A situação é a seguinte: Tendo em vista a crise global, em outubro de 2009, e necessitando demitir cerca de 2.500 funcionários, a empresa tem receio que haja tu- multo no interior da fábrica. Se o tumulto ocorrer muitas máquinas con- sideradas prioritárias poderão sofrer danos e causar prejuízos acima de US$ 250.000,00. A empresa propõe como forma de evitar prejuízos maiores a realização de palestras e a elaboração de um programa de sensibilização, além da implantação de reforço no esquema de segu- rança. A estimativa de investimento prevista é de US$ 45.000,00. Resolvendo a questão acima, pelo método T. Fine, têm-se os seguintes dados: Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:07:02 53Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança Grau de Criticidade – GC = C x E x P Pela tabela pode-se verificar que: Consequência – C = 25 Exposição – E = 1 Probabilidade – P = 6 GC = 25 x 1 x 6 = 150 GC = 150, o que significa que o risco exige correção URGENTE – REQUER ATENÇÃO A Justificativa de Investimento – JI – pode ser definida: GC = 150 JI = _______________________________________ Fator de Custo x Grau de Correção (US$ 45 mil = 6) x (Risco reduz em 50% = 3) JI = 8,33, o que significa que o investimento é duvidoso, pela escala de valoração do índice de justificação. A resposta do departamento de segurança é que o nível de redução do risco, frente ao investimento é de caráter duvidoso, devendo a em- presa repensar as medidas de segurança propostas e procurar outras mais efetivas. CONCLUSÃO As metodologias descritas servem para dar suporte aos profissionais de segurança, quando da necessidade de elaborar uma grade de ameaça integrada com a relação custo x benefício. Um relatório com estes métodos descritos dá credibilidade e fornecem uma base para que o departamento possa, de forma direta, solicitar os recursos e meios mínimos e necessários para que a instituição não sofra um dano maior. Impresso por Maico Ferraz, E-mail ferrazmaico090@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/08/2022 17:07:02 54Dicas e Macetes D o Gestor De seGurança A área de segurança patrimonial vem a cada dia se especializando, exigindo métodos que possam lhe dar o suporte necessário a argu- mentação técnica, saindo do famoso empirismo ou “achismo”. Estes métodos não são e nem podem ser considerados como fórmula de bolos, ou seja, servem para todo e qualquer tipo de risco e instituição. Cada caso é um caso, devendo ser analisado com critério. O importante é que a área da segurança patrimonial tenha um caminho técnico a ser perseguido e desbravado por todos aqueles que acredi- tam não mais em escrever em seus relatórios EU ACHO. Segue
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