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ÍNDICE EFOMM ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA MARINHA MERCANTE Oficiais da Marinha Mercante SL-044JH-20 CÓD: 7891122032887 EDITAL DE 10 DE JUNHO DE 2020 ÍNDICE Inglês I – LEITURA a) Leitura, compreensão e interpretação de textos diversos; significado das palavras e expressões; equivalência semânti- ca; identificação de informações no texto. II - VOCABULÁRIO a) Expressões idiomáticas; Falsos cognatos; sinônimos e antônimos de palavras. III - GRAMÁTICA a) Tempos verbais; Formas verbais: afirmativa, interrogativa e negativa; Vozes ativa e passiva; Infinitivo e gerúndio; Verbos regulares e irregulares; “Phrasal verbs” e verbos seguidos de preposição; Modais; Imperativo; Causativo; Orações condicionais; Discursos direto e indireto; Comparativos e Superlativos; Substantivos; Pronomes; Artigos; Adjetivos; Advérbios; Pre- posições; Locuções preposicionais; Conjunções; Uso de Conectivos; Perguntas com pronomes interrogativos; Ordem das palavras na frase; Prefixos e sufixos; Pontuação; Numeral; “Determiners”; “Quantifiers”; “Genitive case”; “Relative Clauses”; “Clause and their elements”; “Tag questions”; “So /Too/ Either/ Neither”; Pontuação e Numeral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 Português I- LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS a) Os mecanismos de coesão e coerência no texto escrito; b) Os gêneros redacionais – os modos narrativo, descritivo e dissertativo de organização do discurso; c) Língua falada e língua escrita; d) O discurso direto e o indireto; e e) Avaliar-se-á a capacidade de o candidato decodificar adequadamente enunciados escritos da língua, indagan- do sobre a significação das palavras (sinônimos, antônimos e parônimos), expressões ou estruturas frasais, bem como o significado geral dos períodos, parágrafos e do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 II- GRAMÁTICA a) classe de palavras: reconhecimento, valores e emprego; b) estrutura das palavras; c) elementos que formam as pala- vras; d) flexão nominal: gênero, número e grau dos substantivos e dos adjetivos; gênero e número dos artigos numerais e pronomes; e) flexão verbal: modos, conjugações, vozes, tempos, pessoas, número, formação de tempos simples e compostos; reconhecimento dos elementos mórficos que constituem as formas verbais; f) termos da oração; g) classificação do período; h) orações reduzidas e desenvolvidas; i) orações intercaladas ou interferentes; j) sintaxe de concordância nominal e verbal; k) sintaxe de regência nominal e verbal; l) crase; m)sintaxe de colocação dos pronomes; n) pontuação; o) paráfrase; p) denotação e conotação; q) figuras de linguagem; e r) acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 III- REDAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Matemática I- CONJUNTO a) relação de pertinência; b) conjuntos universo, unitário e vazio; c) subconjunto; d) operações com conjuntos; e) núme- ro de elementos nas operações; f) conjuntos numéricos; e g) operações com conjuntos numéricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 II- RELAÇÕES a) produto cartesiano; b) número de elementos; c) relação binária e representação gráfica; e d) domínio e imagem. III- FUNÇÕES a) conceito; b) diagramas; c) domínio, contradomínio e imagem de uma função; d) gráfico; e) funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras; f) funções compostas e inversas; g) funções do 1º e 2º graus; e h) função modular, exponencial e logarítmica. . . . . . . 17 IV- PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E GEOMÉTRICAS a) classificação; b) termo geral; c) interpolação; d) propriedades; e) soma dos ter- mos; e f) problemas envolvendo progressões aritmética e geométrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 V- TRIGONOMETRIA a) arcos e ângulos; b) relações métricas no triângulo retângulo; c) funções trigonométricas; d) gráficos; e) rela- ções entre funções trigonométricas; f) redução ao 1º quadrante; g) transformações trigonométricas; h) equações trigonométricas; i) inequações trigonométricas; e j) resolução de triângulos quaisquer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 VI- MATRIZES a) operações com matrizes; b) equação matricial; c) matriz transposta; d) matriz inversa; e) sistema de equações linea- res; f) emprego do método Gauss-Jordan na solução dos sistemas; e g) matriz de Vadermonde. VII- DETERMINANTES a) menor com- plementar; b) cofator; c) teorema de La Place; e d) regra de Cramer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 VIII- CÁLCULO VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA a) vetores no R2 e R3; b) adição vetorial, multiplicação por escalar, produto escalar e produto vetorial; c) distância entre dois pontos; d) ponto médio de um segmento de reta; e) condição para o alinhamento de três pontos; f) coeficiente angular da reta; g) equação da reta; h) equações paramétricas da reta; i) posições relativas de duas retas no pla- no; j) ângulo formado por duas retas; k) distância de um ponto a uma reta; l) área de um triângulo; m) circunferência: equação geral, posição de um ponto e uma reta em relação a uma circunferência; e n) posições relativas de duas circunferências. . . . . . . . . . . . . 40 IX- GEOMETRIA ESPACIAL a) áreas e volumes de um prisma; b) áreas e volumes de uma pirâmide; c) tronco de pirâmide regular; d) áreas e volumes de um cilindro; e) áreas e volumes de um cone; f) áreas da superfície esférica; g) volume da esfera; e h) inscrição e circunscrição de sólidos: relações entre elementos. Cálculo de áreas e volumes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 X- NÚMERO COMPLEXO a) operações na forma algébrica; b) oposto e conjugado de um número complexo; c) potências de i; d) forma trigonométrica: módulo e argumento; e) operações na forma trigonométrica; f) potenciação na forma trigonométrica; e g) potencia- ção na forma trigonométrica (Fórmula de Moivre). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 XI- POLINÔMIO a) grau e valor numérico; b) operações com polinômios; c) teoremas de D’Alembert e de Resto; d) teorema das divisões sucessivas; e e) dispositivo de Briot-Ruffini. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 XII- EQUAÇÕES ALGÉBRICAS a) grau; b) teorema fundamental; c) raízes nulas; d) multiplicidade de uma raiz; e) teoremas das raízes conjugadas; f) relações de Girard; e g) raízes racionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 XIII- LIMITE a) limite de uma função; b) operações com limites finitos e infinitos; c) limites fundamentais; e d) número irracional. XIV- DERIVADAS a) aplicação de derivadas; b) regras de derivação; c) regra de L´Hospital; d) máximos e mínimos; e e) esboço de gráfico de funções com assíntotas. XV- INTEGRAIS a) indefinidas; b) definidas; c) teorema Fundamental do Cálculo; e d) aplicações. . . . . . 65 XVI- ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE a) Permutações simples, circulares e de elementos nem todos distintos. b) Combina- ções simples e completas. c) Binômio de Newton. d) Probabilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Física I- GRANDEZAS FÍSICAS E MEDIDAS - Sistema de unidades; Sistema internacional de unidades;Conversão de unidades; Ordem de gran- deza; Algarismos significativos; e Grandezas escalares e vetoriais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 II- MECÂNICA - Cinemática Escalar: posição, velocidade, aceleração, movimento uniforme, movimento uniformemente variado e a queda livre dos corpos, gráficos da posição, da velocidade e da aceleração, em função do tempo; cinemática vetorial: vetor posição, vetor velocidade, vetor aceleração, componentes cartesianas dos vetores posição, velocidade e aceleração, movimento relativo, com- ponentes, tangencial e centrípeta, do vetor aceleração, movimento circular e lançamento oblíquo; cinemática angular: posição, velo- cidade, aceleração angulares e a relação entre essas e as respectivas grandezas escalares, período, frequência, movimento uniforme e movimento uniformemente variado; dinâmica da partícula: referenciais inerciais, leis de Newton, força peso, força elástica, força de atrito, componentes tangencial e centrípeta da força resultante, trabalho de forças, energias cinética e potencial, potência, princípio do trabalho e energia cinética, forças conservativas, sistemas mecânicos conservativos, gráficos de energias cinética, potencial e me- cânica, impulso de uma força, quantidade de movimento de um corpo, princípio do impulso e quantidade de movimento, conservação da quantidade de movimento, centro de massa de um sistema de partículas, colisões;. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Gravitação: lei da gravitação universal, energia potencial gravitacional, leis de Kepler, velocidade de escape e órbitas circulares; . 32 Estática: momento de uma força em relação a um eixo, momento de um binário, equilíbrio estático de partículas e de corpos rígidos; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Hidrostática: conceito de densidade e massa específica, pressão de um fluido, teorema de Stevin, princípio de Pascal, vasos comuni- cantes, empuxo e princípio de Arquimedes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 III- OSCILAÇÕES E ONDAS - movimento Harmônico Simples: equações horárias de movimento, energia, sistema massa-mola e pên- dulo simples; ondas em cordas: velocidade de propagação, propagação de um pulso, função de uma onda senoidal se propagando, princípio de Huygens, reflexão e refração, superposição de ondas, ondas estacionárias e ressonância; ondas sonoras: velocidade de propagação, funções da onda de deslocamento e de pressão de uma onda plana senoidal progressiva, onda esférica, frentes de onda, intensidade sonora e nível de intensidade sonoro, interferência, difração, ressonância, tubos sonoros e efeito doppler; . . . . . . . . 38 Luz: velocidade de propagação, reflexão, refração, índice de refração de um meio, interferência e difração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 IV- TERMOLOGIA - termometria: conceito de temperatura, lei zero da termodinâmica, escalas termométricas, relação entre escalas termométricas, dilatação térmica dos sólidos e líquidos; calorimetria: conceito de calor, de capacidade térmica e de calor específico, mudanças de fase, diagrama de fase, propagação de calor, descrição dos gases ideais; termodinâmica: primeira lei da termodinâmica, transformações gasosas, máquinas térmicas, rendimento, ciclo de Carnot, refrigerador ideal, transformações reversíveis e irreversíveis e segunda lei da termodinâmica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 V- ELETROMAGNETISMO - eletrostática: carga elétrica, propriedades dos condutores e dos isolantes, processos de eletrização, lei de Coulomb, campo elétrico de cargas pontuais, campo elétrico uniforme, linhas de campo, potencial elétrico, diferença de potencial elétrico, superfícies equipotenciais, energia potencial elétrica, condutor eletrizado, capacitância, energia eletrostática de um condutor carregado, capacitor plano, capacitor plano com dielétrico, associação de capacitores; eletrodinâmica: corrente elétrica, resistência elétrica, resistores, lei de Ohm, energia e potência elétrica, lei de Joule, associação de resistores, geradores e receptores, instrumentos de medidas elétricas (amperímetro, voltímetro e ponte de Wheatstone), circuitos elétricos, leis de Kirchoff; . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Magnetismo: campo magnético gerado por um ímã, campo magnético gerado por um condutor com corrente, lei de Ampère, campo magnético de um solenóide, força magnética exercida em cargas elétricas e em condutores com corrente, indução magnética, lei da Indução de Faraday-Lenz.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 DICA Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esse artigo com algumas dicas que irá fazer toda diferença na sua preparação. Então mãos à obra! Separamos algumas dicas para lhe ajudar a passar em concurso público! - Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo, a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. - Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção em um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, devido as matérias das diversas áreas serem diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área se especializando nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área. - Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, de- terminado um local, os horários e dias específicos para estar estudando cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. - Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis, preci- sa de dedicação. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. - Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado, é fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, caso o mesmo ainda não esteja publica- do, busque editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. - Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo muito exercícios. Quando mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. - Cuide de sua preparação: Não é só os estudos que é importante na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebrocansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. Se prepare para o concurso público! O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes so- bre o mesmo, conversando com pessoas que já foram aprovadas absorvendo as dicas e experiências, analisando a banca examinadora do certame. O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, será ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estu- dados até o dia da realização da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora próximo ao dia da prova. Está em dúvida por qual matéria começar a estudar?! Uma dica, comece pela Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisi- ção nos concursos, a base para uma boa interpretação, no qual abrange todas as outras matérias. DICA Vida Social! Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, sempre que possível é importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado, verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho. Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Ner- voso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória. Motivação! A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e as vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém a maior garra será focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. É absolutamente normal caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir mo- tivação: - Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; - Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; - Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; - Escreve o porque que você deseja ser aprovado no concurso, quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; - Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irá aparecer. - Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta, felizes com seu sucesso. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para estar realizando o seu grande sonho, de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado há mais de 35 anos quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br INGLÊS I – LEITURA a) Leitura, compreensão e interpretação de textos diversos; significado das palavras e expressões; equivalência semântica; identificação de informações no texto. II - VOCABULÁRIO a) Expressões idiomáticas; Falsos cognatos; sinônimos e antônimos de pala- vras. III - GRAMÁTICA a) Tempos verbais; Formas verbais: afirmativa, interrogativa e negativa; Vozes ativa e passiva; Infinitivo e gerúndio; Verbos regulares e irregulares; “Phrasal verbs” e verbos seguidos de preposição; Modais; Imperativo; Causativo; Orações condicionais; Discursos direto e indireto; Comparativos e Superlativos; Substantivos; Pronomes; Artigos; Adjetivos; Advérbios; Preposições; Locuções preposicionais; Conjunções; Uso de Conectivos; Perguntas com pronomes interrogativos; Ordem das palavras na frase; Prefixos e sufixos; Pontuação; Numeral; “Determiners”; “Quantifiers”; “Genitive case”; “Relative Clauses”; “Clause and their elements”; “Tag questions”; “So /Too/ Either/ Neither”; Pontuação e Numeral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 INGLÊS 1 I – LEITURA A) LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRE- TAÇÃO DE TEXTOS DIVERSOS; SIGNIFICADO DAS PA- LAVRAS E EXPRESSÕES; EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA; IDENTIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO TEXTO. II - VO- CABULÁRIO A) EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS; FALSOS COGNATOS; SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS DE PALAVRAS. III - GRAMÁTICA A) TEMPOS VERBAIS; FORMAS VER- BAIS: AFIRMATIVA, INTERROGATIVA E NEGATIVA; VOZES ATIVA E PASSIVA; INFINITIVO E GERÚNDIO; VERBOS REGULARES E IRREGULARES; “PHRASAL VER- BS” E VERBOS SEGUIDOS DE PREPOSIÇÃO; MODAIS; IMPERATIVO; CAUSATIVO; ORAÇÕES CONDICIONAIS; DISCURSOS DIRETO E INDIRETO; COMPARATIVOS E SU- PERLATIVOS; SUBSTANTIVOS; PRONOMES; ARTIGOS; ADJETIVOS; ADVÉRBIOS; PREPOSIÇÕES; LOCUÇÕES PREPOSICIONAIS; CONJUNÇÕES; USO DE CONECTIVOS; PERGUNTAS COM PRONOMES INTERROGATIVOS; OR- DEM DAS PALAVRAS NA FRASE; PREFIXOS E SUFIXOS; PONTUAÇÃO; NUMERAL; “DETERMINERS”; “QUANTI- FIERS”; “GENITIVE CASE”; “RELATIVE CLAUSES”; “CLAU- SE AND THEIR ELEMENTS”; “TAG QUESTIONS”; “SO / TOO/ EITHER/ NEITHER”; PONTUAÇÃO E NUMERAL. Reading Comprehension Interpretar textos pode ser algo trabalhoso, dependendo do assunto, ou da forma como é abordado. Tem as questões sobre o texto. Mas, quando o texto é em outra língua? Tudo pode ser mais assustador. Se o leitor manter a calma, e se embasar nas estratégias do Inglês Instrumental e ter certeza que ninguém é cem por cento leigo em nada, tudo pode ficar mais claro. Vejamos o que é e quais são suas estratégias de leitura: Inglês Instrumental Também conhecido como Inglês para Fins Específicos - ESP, o Inglês Instrumental fundamenta-se no treinamento instrumental dessa língua. Tem como objetivo essencial proporcionar ao aluno, em curto prazo, a capacidade de ler e compreender aquilo que for de extrema importância e fundamental para que este possa desem- penhar a atividade de leitura em uma área específica. Estratégias de leitura - Skimming: trata-se de uma estratégia onde o leitor vai buscar a ideia geral do texto através de uma leitura rápida, sem apegar-se a ideias mínimas ou específicas, para dizer sobre o que o texto trata. - Scanning: através do scanning, o leitor busca ideias específicas no texto. Isso ocorre pela leitura do texto à procura de um detalhe específico. Praticamos o scanning diariamente para encontrarmos um número na lista telefônica, selecionar um e-mail para ler, etc. - Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas entre duas lín- guas e que possuem o mesmo significado, como a palavra “vírus” é escrita igualmente em português e inglês, a única diferença é que em português a palavra recebe acentuação. Porém, é preciso aten- tar para os chamados falsos cognatos, ou seja, palavras que são escritas igual ou parecidas, mas com o significado diferente, como “evaluation”, que pode ser confundida com “evolução” onde na ver- dade, significa “avaliação”. - Inferência contextual: o leitor lança mão da inferência, ou seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o assunto tratado pelo texto, e durante a leitura ele pode confirmar ou descartar suas hipóteses. -Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo de textos que se caracterizam por organização, estrutura gramatical, vocabulário específico e contexto social em que ocorrem. Dependendo das mar- cas textuais, podemos distinguir uma poesia de uma receita culiná- ria, por exemplo. - Informação não-verbal: é toda informação dada através de figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc. A informação não-verbal deve ser considerada como parte da informação ou ideia que o texto de- seja transmitir. - Palavras-chave: são fundamentais para a compreensão do texto, pois se trata de palavras relacionadas à área e ao assunto abordado pelo texto. São de fácil compreensão, pois, geralmente, aparecem repetidamente no texto e é possível obter sua ideia atra- vés do contexto. - Grupos nominais: formados por um núcleo (substantivo) e um ou mais modificadores (adjetivos ou substantivos). Na língua inglesa o modificador aparece antes do núcleo, diferente da língua portuguesa. - Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a uma raiz, que modifica o significado da palavra. Assim, conhecendo o significado de cada afixo pode-se compreender mais facilmente uma palavra composta por um prefixo ou sufixo. - Conhecimento prévio: para compreender um texto, o leitor depende do conhecimento que ele já tem e está armazenado em sua memória. É a partir desse conhecimento que o leitor terá o entendimento do assunto tratado no texto e assimilará novas in- formações. Trata-se de um recurso essencial para o leitor formular hipóteses e inferências a respeito do significado do texto. O leitor tem, portanto, um papel ativo no processo de leitura e compreensão de textos, pois é ele que estabelecerá as relações entre aquele conteúdo do texto e os conhecimentos de mundo que ele carrega consigo. Ou mesmo, será ele que poderá agregar mais profundidade ao conteúdo do texto a partir de sua capacidade de buscar mais conhecimentos acerca dos assuntos que o texto traz e sugere. Não se esqueça que saber interpretar textos em inglês é muito importante para ter melhor acesso aos conteúdos escritos fora do país, ou para fazer provas de vestibular ou concursos. QUESTÕES 01. (Colégio Pedro II - Professor – Inglês - Colégio Pedro II – 2019) TEXT 6 “Probably the best-known and most often cited dimension of the WE (World Englishes) paradigm is the model of concentric cir- cles: the ‘norm-providing’ inner circle, where English is spoken as a native language (ENL), the ‘norm-developing’ outer circle, where it is a second language (ESL), and the ‘norm-dependent’ expanding circle, where it is a foreign language (EFL). Although only ‘tentati- vely labelled’ (Kachru, 1985, p.12) in earlier versions, it has been claimed more recently that ‘the circles model is valid in the senses of earlier historical and political contexts, the dynamic diachronic advance of English around the world, and the functions and stan- dards to which its users relate English in its many current global incarnations’ (Kachru and Nelson, 1996, p. 78).” PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New York: Routledge, 2007, p. 21. INGLÊS 2 According to the text, it is possible to say that the “circles model” established by Kachru a) represents a standardization of the English language. b) helps to explain the historicity of the English language. c) establishes the current standards of the English language. d) contributes to the expansion of English as a foreign language. 02. (Colégio Pedro II - Professor – Inglês - Colégio Pedro II – 2019) TEXT 5 “In other words, there are those among us who argue that the future of English is dependent on the likelihood or otherwise of the U.S. continuing to play its hegemonic role in world affairs. Since that possibility seems uncertain to many, especially in view of the much-talked-of ascendancy of emergent economies, many are of the opinion that English will soon lose much of its current glitter and cease to be what it is today, namely a world language. And there are those amongst us who further speculate that, in fifty or a hundred years’ time, we will all have acquired fluency in, say, Mandarin, or, if we haven’t, will be longing to learn it. […] Consider the following argument: a language such as English can only be claimed to have attained an international status to the very extent it has ceased to be national, i.e., the exclusive property of this or that nation in particular (Widdowson). In other words, the U.K. or the U.S.A. or whosoever cannot have it both ways. If they do concede that English is today a world language, then it only behooves them to also recognize that it is not their exclusive property, as painful as this might indeed turn out to be. In other words, it is part of the price they have to pay for seeing their language elevated to the status of a world language. Now, the key word here is “elevated”. It is precisely in the process of getting elevated to a world status that English or what I insist on referring to as the “World English” goes through a process of metamorphosis.” RAJAGOPALAN, K. The identity of “World English”. New Challenges in Language and Literature. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2009, p. 99-100. The author’s main purpose in this paragraph is to a) talk about the growing role of some countries in the spread of English in world affairs. b) explain the process of changing which occurs when a language becomes international. c) raise questions about the consequences posed to a language when it becomes international. d) alert to the imminent rise of emergent countries and the replacement of English as a world language. 03. (Prefeitura de Cuiabá - MT - Professor de Ensino Fundamental - Letras/ Inglês - SELECON – 2019) Texto III Warnock (2009) stated that the first reason to teach writing online is that the environment can be purely textual. Students are in a rich, guided learning environment in which they express themselves to a varied audience with their written words. The electronic communication tools allow students to write to the teacher and to each other in ways that will open up teaching and learning opportunities for everyone involved. Besides, writing teachers have a unique opportunity because writing-centered online courses allow instructors and students to interact in ways beyond content delivery. They allow students to build a community through electronic means. For students whose options are limited, these electronic communities can build the social and professional connections that constitute some of education’s real value (Warnock, 2009). Moreover, Melor (2007) pointed out that social interaction technologies have great benefits for lifelong education environments. The social interaction can help enhancing the skills such as the ability to search, to evaluate, to interact meaningfully with tools, and so on. Edu- cation activities can usually take place in the classroom which teacher and students will face to face, but now, it can be carried out through the social network technologies including discussion and assessment. According to Kamarul Kabilan, Norlida Ahmad and Zainol Abidin (2010), using Facebook affects learner motivation and strengthens students’ social networking practices. What is more, according to Munoz and To- wner (2009), Facebook also increases the level of web-based interaction among both teacher-student and student-student. Facebook assists the teachers to connect with their students outside of the classroom and discuss about the assignments, classroom events and useful links. Hence, social networking services like Facebook can be chosen as the platform to teach ESL writing. Social networking services can con- tribute to strengthen relationships among teachers as well as between teachers and students. Besides, they can be used for teachers and students to share the ideas, to find the solutions and to hold an online forum when necessary. Using social networking services have more options than when usingcommunication tools which only have single function, such as instant messaging or e-mail. The people can share in- terests, post, upload variety kinds of media to social networking services so that their friends could find useful information (Wikipedia, 2010). (Adapted from: YUNUS, M. D.; SALEHI, H.; CHENZI, C. English Language Teaching; Vol. 5, No. 8; 2012.) Das opções a seguir, aquela que se configura como o melhor título para o Texto III é: a) Advantages of Integrating SNSs into ESL Writing Classroom b) Using Communication Tools Which Only Have Single Function c) Facebook Assists the Teachers to Connect with Their Students d) Using Social Networking Services to Communicate with Colleagues INGLÊS 3 04. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Professor II – Inglês - IBFC – 2019) Leia a tira em quadrinhos e analise as afirmativas abaixo. I. No primeiro quadrinho Hagar consultou o velho sábio para saber sobre o segredo da felicidade. II. No segundo quadrinho as palavras that e me se referem, respectivamente, ao “velho sábio” e a “Hagar”. III. As palavras do velho sábio no último quadrinho são de que é melhor dar que receber. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas c) As afirmativas I, II e III estão corretas d) Apenas a afirmativa I está correta 05. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Professor II – Inglês - IBFC – 2019) THE ARAL: A DYING SEA The Aral Sea was once the fourth biggest landlocked sea in the world – 66,100 square kilometers of surface. With abundant fishing resources, the Sea provided a healthy life for thousands of people. The Aral receives its waters from two rivers – the Amu Dar’ya and the Syr Dar’ya. In 1918, the Soviet government decided to divert the two rivers and use their water to irrigate cotton plantations. These diversions dramatically reduced the volume of the Aral. As a result, the concentration of salt has doubled and important changes have taken place: fishing industry and other enterprises have ceased: salt concentration in the soil has reduced the area available for agriculture and pastures; unemployment has risen dramatically; quality of drinking water has been declining because of increasing salinity, and bacteriological contamination; the health of the people, animal and plant life have suffered as well. In the past few decades, the Aral Sea volume has decreased by 75 percent. This is a drastic change and it is human induced. During natural cycles, changes occur slowly, over hundreds of years. The United Nations Environment Program has recently created the International Fund for Saving the Aral Sea. Even if all steps are taken, a substantial recovery might be achieved only with 20 years. (From: https://www.unenvironment.org/) De acordo com o texto: The diversion of the rivers has reduced the volume of the Aral..., assinale a alternativa correta. a) by 60 percent b) by 70 percent c) by 75 percent d) by 66,100 kilometers GABARITO 1 B 2 C 3 A 4 A 5 C INGLÊS 4 Verb tenses Infinitive A forma infinitiva do inglês é to + verbo Usos: - após numerais ordinais He was the first to answer the prohne. - com too e enough This house is too expensive for me to buy. He had bought food enough to feed a city! - após o verbo want I want you to translate the message. - após os verbos make, let e have (sem to) This makes me feel happy. Let me know if you need any information. - após o verbo help (com ou sem to) She helped him (to) choose a new car. Observações: Certos verbos admitem o gerund ou infinitive sem alteração de sentido. It started raining. / It started to rain. He began to clean the house. / He began cleaning the house. 2. O verbo STOP admite tanto o gerund quanto o infinitive com alteração de sentido. He stopped smoking. (= Ele parou de fumar.) He stopped to smoke. (= Ele parou para fumar.) Imperative O imperativo, é usado para dar ordens, instruções, fazer pedi- dos e até mesmo aconselhar alguém. É uma forma verbal utilizada diariamente e que muita gente acaba não conhecendo. A forma afirmativa sempre inicia com o verbo. Exemplos: Eat the salad. – Coma a salada. Sit down! – Sente-se Help me! – Me ajude! Tell me what you want. – Me diga o que você quer. Be careful! – Tome cuidado! Turn the TV down. – Desligue a televisão. Complete all the sentences. – Complete todas as sentenças. Be quiet, please! – Fique quieto, por favor! Frases na forma negativa sempre acrescentamos o Don’t antes do verbo. Exemplos: Don’t be late! – Não se atrase! Don’t yell in the church! – Não grite na igreja! Don’t be scared. – Não se assuste. Don’t worry! – Não se preocupe! Don’t drink and drive. – Não beba e dirija. Simple Present O Simple Present é a forma verbal simples do presente. O você precisa fazer para usar o Simple Present é saber os verbos na sua forma mais simples. Por exemplo “to go” que significa ir, é usado em “I go” para dizer eu corro. Exemplos de Simple Present: I run – Eu corro You run – Você corre/Vocês correm We run – Nós corremos They run – Eles correm Regras do Simple Present As únicas alterações que acontecem nos verbos se limitam aos pronomes he, she e it. De modo geral, quando vamos usar o Simple Present para nos referirmos a ele, ela e indefinido, a maioria dos verbos recebe um “s” no final: He runs – Ele corre She runs – Ela corre It runs – Ele/ela corre Para verbos que têm algumas terminações específicas com “o”, “s”, “ss”, “sh”, “ch” “x” ou “z”, deve-se acrescentar “es” no final: He goes – Ele vai She does – Ela faz It watches – Ele/ela assiste Quando o verbo termina com consoantes e “y” no final. Por exem- plo, os verbos study, try e cry e têm consoantes antes do “y”. Nesses ca- sos, você deve tirar o “y” e acrescentar “ies” no lugar. Veja o exemplo: He studies – Ele estuda She tries – Ela tenta It cries – Ele/ela chora Com verbos que também terminam com “y” e têm uma vogal an- tes, permanece a regra geral da maioria dos verbos: acrescentar ape- nas o “s” ao final da palavra. He enjoys – Ele gosta She stays – Ela fica It plays – Ele/ela brinca Formas afirmativa, negativa e interrogativa Present Continuous - Usamos o Present Continuous para ações ou acontecimentos ocorrendo no momento da fala com as expressões now, at present, at this moment, right now e outras. Exemplo: She is running at the park now. INGLÊS 5 - Usamos também para ações temporárias. Exemplos: He is sleeping on a sofá these days because his bed is broken. - Futuro próximo. Exemplo: The train leaves at 9 pm. Observações: - Alguns verbos não são normalmente usados nos tempos contínuos. Devemos usá-los, preferencialmente, nas formas simples: see, hear, smell, notice, realize, want, wish, recognize, refuse, understand, know, like, love, hate, forget, belong, seem, suppose, appear, have (= ter, possuir), think (= acreditar). - Verbos monossilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final antes do acréscimo de –ing. Exemplos: Run → running swim → swimming - Verbos dissilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final somente se o acento tônico incidir na segunda sílaba. Exemplos: prefer → preferring admit → admitting listen → listening enter → entering - Verbos terminados em –e perdem o –e antes do acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas acrescentam –ing. Exemplos: make → making dance → dancing agree → agreeing flee → fleeing - Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder o –y. Exemplos: study → studying say → saying - Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de –ing, perdem o –ie e recebem –ying. Exemplos: lie → lying die → dying Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações. dye → dyeing Formas afirmativa, negativa e interrogativa INGLÊS 6 Immediate Future O simple future é um das formas usadas para expressar ações futuras. Em geral vem acompanhado de palavras que indicamfuturo, como: tomorrow, next. Geralmente, usamos a palavra “will”. Posteriormente, você verá que também podemos utilizar “be going to” para formar o futuro e a diferença de utilização entre eles. Example: Affirmative: What will you study? Negative: I will study English. Interrogative: I won’t study English. Note: we use the auxiliary verb WILL + verbs in infinitive (without “to” ). Forma contraída I will study - I’ll study You will travel - You’ll travel He will / She will eat - He’ll / She’ll eat It will happen - It’ll happen We will work - We’ll work You will dance - You’ll dance They will do - They’ll do Simple Past With most verbs, the simple past is created simply by adding “ED”. That form belongs for all to the people, not varying in the 3rd person. Simple past is used to indicate an accomplished action and totally finished in the past, corresponding in Portuguese, the perfect pre- terite as imperfect preterite. Ex.: Santos Dumont lived in France. He created the 14 Bis. Regra geral Acrescenta-se “ed” Play – played Verbos terminados em “e” Acrescenta-se “d” Like – liked Verbos terminados em y precedido de consoante Mudam o y para i e acrescentam “ed” Study – studied Example: To work I worked You worked He worked She worked It worked We worked They worked INGLÊS 7 Simple past – negative and interrogative form Usos: - ações definidas no passa do com yesterday, ...ago, last night (week,month etc) e expressõesque indiquem ações completamente terminadas no passado. Exemplos: Peter flew to London last night. Cabral discovered Brazil in 1500. - ações habituais no passado com as mesmas expressões e advér- bios que indicam ações habituais no presente. Exemplos: They visited rarely visited their grandparents. She often got up at 6. - após as if e as though (= como se) e após o verbo wish. Exemplos: She behaves as if she knew him. I wish I had more time to study. - No caso do verbo BE, todas as pessoas terão a mesma forma (were). Exemplos: She acts as though she were a queen. I wish I were younger. - após if only (= se ao menos) Exemplos: If only I knew the truth. If only he understood me. OBSERVAÇÕES 1. As regras de “dobra” de consoantes existentes para o acréscimo de -ing aplicam-se quando acrescentarmos -ed. stop → stopped prefer → preferred 2. Verbos terminados em -y perdem o -y e recebem o acréscimo de -ed quando o -y aparecer depois de umaconsoante. Caso contrário, o -y permanece. rely → relied play → played Past Continuous Usos: - ação que estava ocorrendo no passado quando outra ação pas- sada começou. Exemplos: They were having a bath when the phone rang. She was watching TV when Stanley arrived. - ação ou acontecimento que continuou por algum tempo no passado. Exemplos: This time last year I was living in London. I saw you last night. You were waiting for a bus. Present Perfect Usos: - ação indefinida no passado, sem marca de tempo. Isso o diferencia do Simple Past. We have finished our homework. Jane has traveled to London. They have accepted the job offer. - com os advérbios EVER, NEVER, ALREADY, YET, JUST, SO FAR, LATELY, RECENTLY e expressões como ONCE, TWICE, MANY TIMES, FEW TIMES etc. Have you EVER seen a camel? She has NEVER been to Greece. The students have ALREADY written their compositions. The bell hasn’t rung YET. Our cousins have JUST arrived. We have read five chapters SO FAR. She has traveled a lot LATELY. Have you seen any good films RECENTLY? I have flown on an airplane MANY TIMES. - com SINCE (= desde) e FOR (= há, faz) She has lived in New York SINCE 2013. She has lived in New York FOR 7 years. INGLÊS 8 Modal Verbs Verbos modais são um tipo de “verbo auxiliar”, e modifica o verbo principal. Isso significa que eles trabalham ao lado de outros verbos para dar um novo significado à sua frase. Por exemplo, podem mudar o tempo do seu verbo principal, ou indicar a possibilidade, permissão ou necessidade de algo acontecer. São eles: Can Podem indicar: - Capacidade, habilidade She can play the drums. (present) She could run a marathon when she was a teenager. (past) She will be able to sing perfectly. (future) - Permissão You can start the text. She can stay at that hotel. May Podem indicar: - Permissão (formal) May I sit here? You may open your book. - Possibilidade It’s getting really cold. It may snow today. It might get cold. - May + sujeito + infinitive é usado quando queremos desejar algo a alguém. May your movie be a success! Must = Have to Indica: - Obrigação ou forte necessidade You must/have to protect your head when riding a motorcycle. He had to drive long hours to get home. (past) I’ll have to drive long hours to get home. (future) Negativas You don’t have to/ don’t need to work hard if you don’t want more money. (ausência de necessidade) You mustn’t park here. (proibição) Should, ought to, Had Better - Conselho You should/ ought to/ had better hurry up. Would Rather Indica preferência: I would rather watch a movie than see a concert. Be supposed to Indica expectativa: She is supposed to start work today. They are supposed to dance all night. Used to / Be used to Indica: - Hábito passado She used to swim at the lake every morning. - Hábito presente She is used to swimming at the lake every morning. INGLÊS 9 Observação Usamos MAY HAVE, MIGHT HAVE, COULD HAVE, SHOULD HAVE, OUGHT TO HAVE e MUST HAVE + past participle para indicar espe- culações e suposições sobre o passado. She should have drank more water. You could have talked to your boss. It must have rained a lot. Imperativo Uma sentença imperativa dá um comando direto. Pode terminar em ponto final ou ponto de exclamação, dependendo da força do comando. Esse tempo verbal é mais utilizado em publicidades, uma vez que exprime as ideias contidas nesse meio. Por exemplo, é comum ver em propagandas verbos que aconselham, convidam e dão sugestões ao leitor. Os imperativos das ações indicam uma ordem, um pedido ou até mesmo um oferecimento. Apesar de parecer complicado, este tempo verbal é o mais fácil no idioma inglês. Assim como os outros tempos, o imperativo pode apresentar-se tanto na forma afirmativa, quanto na negativa. Usamos a forma imperativa para: Aconselhar Take care! Work hard. Um convite Sit down. (Sente-se) Come to my party! Sugestões Buy a car. Go to that museum. Indicando uma ordem Close the door. Open your books on chapter 2. Pedido É o modo mais fácil de se perceber, pois ele geralmente vem acompanhado da palavra “please”, que tanto pode aparecer no começo da oração, quanto no final da mesma. Please, help us! Look at me, please. Oferecimento Have a cup of coffee! Eat another piece of pie. INGLÊS 10 Imperativo em orações negativas A forma negativa do imperativo conta com o “do not” ou de forma abreviada “don’t”, ambos os modos indicam que a frase em questão está negando. Observe alguns exemplos: Do not be late! Do not talk to strangers! Gerund and Infinitive Gerund O gerúndio é uma forma verbal caracterizada pela terminação “ing”. verbo + ing Usos: - Sujeito de oração Working makes me feel useful. - Após preposições She is interested in living her own life. - Após certos verbos Alguns dos principais verbos seguidos por gerúndio são: AD- MIT, AVOID, DENY, DISLIKE, ENJOY, FINISH, KEEP, MIND, MISS, QUIT, RESIST, RISK. They finish working at 6pm. - Após certas expressões idiomáticas Expressões idiomáticas seguidas por gerúndio: TO BE WORTH, TO BE USED TO, IT’S NO GOOD, IT’S NO USE, IT’S USELESS, TO LOOK FORWARD TO, CAN’T STAND, CAN’T HELP. I can’t stand noisy people. - Após o verbo GO, expressando atividades recreativas Jane Always goes shopping on weekends. - Proibições curtas No smoking in this area! Infinitive O infinitivo é a forma original do verbo, que pode aparecer com ou sem a partícula “to”. to + verbo Usos: - Após numerais ordinais Mark was the first guestto arrive. - Com too e enough This man is too good to be true. - Após o verbo want They want to ask you a favor. - após os verbos make, let e have (sem to) He makes me feel so happy. Let me explain you better. • após o verbo help (com ou sem to) They helped me (to) find my cat. Observações: Alguns verbos aceitam o gerund ou o infinitive sem altera- ção de sentido. Tag Question Tag question é muito utilizada nas conversas. Trata-se de uma pergunta que fazemos para confirmar se alguém concorda ou não conosco. Na língua inglesa, as question tags correspon- dem à expressão “não é?” ou ainda podem acordar-se com o verbo auxiliar/principal da frase em nossa língua materna, pois são perguntas curtas que posicionamos no final de uma asser- ção, negativa ou positiva, com objetivos diversos. Question tags e os tempos verbais As question tags seguem o tempo verbal da frase principa. Outra regra é sobre a presença do verbo auxiliar, pois, se tem algum na frase principal, a question tag será formada somente pelo verbo auxiliar. No entanto, se a frase principal for consti- tuída por um tempo verbal simples, deve-se utilizar na question tag o verbo auxiliar do correspondente ao tempo verbal. Veja alguns exemplos: - No simple present, utilizando o auxiliar does: She lives in Italy, doesn’t she? - Verbo to be no simple present: He isn’t at home, is he? - Present continuous, utilizando o verbo auxiliar be: They are dancing, aren’t they? - Simple past, utilizando o auxiliar did: They came to work, didn’t they? - Past continuous, utilizando o auxiliar be: He wasn’t cooking, was he? - Present perfect, utilizando o auxiliar have: Joey has bought you a gift, hasn’t he? - Past perfect, utilizando o auxiliar had: I had finished the book, hadn’t I? - Simple future, utilizando o auxiliar will: She will arrive soon, won’t she? Atenção para as exceções: Close the door, WILL you? Let’s dance, SHALL we? Não se esqueça de que a question tag será o oposto da fra- se principal, isto é, se o verbo principal estiver na afirmativa, a question tag estará na negativa, se o verbo principal estiver na forma negativa, a question tag estará na forma afirmativa. Da afirmativa para a negativa: We love eating pizza, don’t we? Da negativa para a afirmativa: ‘You don’t like working out, do you? INGLÊS 11 Causativo: “have”/“get” Os chamados “causative verbs” (verbos causativos) são verbos de ação que estão associados a uma terceira pessoa que causará a ação. Por exemplo, quando falamos que cortamos o cabelo, em por- tuguês, dizemos “cortei meu cabelo”; já em inglês, dizemos: “I had my hair cut”. Ou seja, “eu tive meu cabelo cortado”, em uma tradução literal, ou seja, uma terceira pessoa cortou meu cabelo, ela causou essa ação, portanto, o verbo “had” aqui é um verbo causativo. Como identificar um “causative verb”? Geralmente, eles vêm em frases parecidas com essa em cima, frases em que a pessoa que faz algo aparece como objeto. Outro exemplo que pode esclarecer mais essa ideia é o seguin- te: “Mark had his car washed yesterday.”. Nessa frase, vemos algo que Mark pediu para alguém fazer: “wash his car” (lavar o carro dele). O verbo “had” na frase mostra que alguém causou a lavagem do car- ro de Mark. Os principais verbos causativos são “let”, “make”, “have”, “get”. Causative verb get O verbo to get pode ser usado com o sentido de convencer, mas também pode transmitir a ideia de obrigar alguém a fazer algo. Ex: I got him to help us.(O convenci a nos ajudar) Ex: Will get him to straighten up this mess? (Você vai fazê-lo ar- rumar essa bagunça?) Causative verb have O verbo to have pode ser usado com o sentido de convocar al- guém para fazer algo ou simplesmente transferir a responsabilidade a alguém. Nesse caso, podemos empregar o verbo to have associado a pessoa que ficou responsável pelo ato ou simples indicar a ação. Uma diferença entre o inglês e português é que uma das cons- truções mais comuns que adota esse tipo de voz passiva é: have a hair cut. Apesar de na nossa língua dizemos “eu cortei o cabelo”, na língua inglesa esse expediente não é comum, já que dá a sensação de que você mesmo (pessoa habilidosa) cortou o próprio cabelo. É por isso que preferimos não traduzir o exemplo abaixo. Ex: He had a hair cut last night. Contudo, você também pode usar o verbo causativo com o sen- tido de pedir ou solicitar alguém a fazer algo. Ex: Please have Jack reply my message as soon as possible. (Por favor peça ao Jack para responder a minha mensagem assim que possível). “So”/“Neither”/“Nor” com auxiliares SO = também Nas frases afirmativas pode-se empregar uma construção com a partícula so, seguido do verbo e do sujeito. SO + auxiliar afirmativo + sujeito Exemplos: Robert eats a lot. So DO I. We do the homework in the afternoon. So DOES Helen. She will leave tomorrow. So WILL Bob. He is very nice. So ARE his parents. NEITHER = nem Nas frases negativas pode-se empregar uma construção idênti- ca, a partícula so por neither. NEITHER + auxiliar afirmativo + sujeito Exemplos: I never listen to music. Neither DOES John. They didn’t come late yesterday. Neither DID we. He hasn’t decided yet. Neither HAVE we. She doesn’t speak Japanese. Neither DO I. NEITHER... NOR Esta estrutura é usada para ligar duas ideias negativas: I neither smoke nor drink. (Não fumo, nem bebo.) I neither knew nor care what had happened to him. (Eu não sabia, nem me importo com o que tinha acontecido a ele.) Neither Martin nor Peter passed the exam. (Nem o Martin, nem o Peter passaram na prova.) Their house is neither big nor small. (A casa deles não é nem grande, nem pequena.) - Algumas vezes, mais de duas ideias são ligadas por neither.. nor. Mas atenção! Nesse tipo de estrutura, neither não pode ini- ciar diretamente a oração: He neither smiled, spoke, nor looked at me. (BUT NOT Neither he smiled ...) (Ele não sorriu, não falou, nem olhou para mim.) Observação: Quando usarmos neither...nor, o verbo concor- dará com o substantivo que o precede: Neither that couple nor Mary talks to Denise. (Nem aquele casal, nem a Mary fala com Denise.) - Porém, se neither...nor estiver ligando dois substantivos no singular, o verbo poderá ser conjugado tanto no plural, como no singular. Contudo, a conjugação no plural é considerada bastante informal: Neither my mother nor my father was at home. (normal) Neither my mother nor my father were at home. (informal) “Phrasal verbs” e verbos seguidos de preposição; Os phrasal verbs são muito usados no inglês, principalmente na linguagem informal, do dia-a-dia. Quando esses verbos estão acom- panhados por determinadas preposições ou advérbios, ganham um novo significado. Na prática, os phrasal verbs equivalem a expres- sões idiomáticas (ou idioms, em inglês). Ou seja: são expressões que ganham um significado alternativo, não literal. Esse novo signi- ficado tanto pode ser algo totalmente diferente do sentido original do verbo quanto uma extensão desse sentido. Segue abaixo alguns exemplos de Phrasal Verbs: 1 - Ask for Usado para pedir ou solicitar algo. 2 - Ask out Chamar alguém pra sair ou pra alguma ocasião especial. Pode ser pra um encontro romântico também. 3 - Back down Retirar a sua posição ou ideia em uma discussão ou disputa. 4 - Back off Abandona uma situação emocional ou deixa que alguém lide sozinho com algo. 5 - Back up Apoiar alguém em alguma decisão ou situação. INGLÊS 12 6 - Beat up Como verbo, significa “espancar” alguém. Se usado com adjeti- vo, significar “em mau estado”. 7 - Blow up Explodir. 8 - Break down Perder o controle emocional. 9 - Break in Entrar em algum lugar usando de força. Invadir, arrombar. 10 - Break through Abrir caminho através de alguma superfície ou material. 11 - Break up Tem diferentes significados. Terminar um namoro ou relaciona- mento. Interromper uma briga. 12 - Brush up Praticar ou revisar o seu conhecimento em habilidade que você não usava há algum tempo. 13 - Burn down Queimaralguma estrutura até a sua destruição. 14 - Burn up Queimar algo. Sinônimo ao anterior. 15 - Call off Cancelar um evento. 16 - Calm down Acalmar alguém ou si próprio. 17 - Carry away Usado geralmente na forma passiva com o verbo “to get”, para indicar quando alguém fazer algo incomum devido a emoções for- tes. Empolgar-se. 18 - Carry on Continuar fazendo algo na vida apesar das dificuldades e obs- táculos. 19 - Catch up Ir mais rapidamente para alcançar alguém que esteja na sua frente, acompanhar o ritmo de alguém. 20 - Check in Fazer o registro de entrada em um hotel ou para um voo. Com a preposição “on”, também pode significar “checar”, “ver se está tudo certo” com alguém. 21 - Check out Fazer o registro de saída em um hotel. Também pode significar “verificar” ou “dar uma olhada” em algo; ou ainda “efetuar o paga- mento” em mercados ou sites de compras. 22 - Chicken out Não fazer algo por medo, “acovardar-se”, “dar para trás”. 23 - Come across Encontrar ou ver algo por acaso, “deparar-se com”. Também pode significar a forma como as outras pessoas veem alguém, “dar a impressão de ser”. 24 - Come back Voltar. 25 - Come down to Uma situação ser reduzida apenas ao seu resultado. 26 - Come over Fazer uma visita a alguém, indo à sua casa ou aonde a pessoa estiver. 27 - Come up with Pensar em alguma solução, ideia, plano ou desculpa. 28 - Count on Contar com alguém. 29 - Cut back Cortar os seus gastos. Também serve para quando você começa a consumir menos de algo (café, carboidratos), ou fazer algo com menos frequência. 30 - Cut down Fazer algo com menos frequência. Também pode significar cor- tar algo com alguma ferramenta. 31 - Cut off Cortar uma parte de algo com alguma ferramenta. Também pode significar interromper o fluxo de algo. 32 - Deal with Lidar com algo. 33 - Do without Viver bem mesmo sem determinada coisa ou produto. 34 - Doze off Cair no sono sem querer. 35 - Dress up Vestir-se em roupas mais formais, elegantes. 36 - Drop out Abandonar a escola ou algum curso. 37 - Eat up Comer algo inteiramente. 38 - End up O resultado final de algo planejado ou não. Traduziríamos como “acabou que...” ou “eu acabei (fazendo algo)”. 39 - Fall apart Quando alguma estrutura está caindo aos pedaços. Também pode ser usado para indicar um acordo ou plano que deixou de exis- tir. 40 - Fall for Apaixonar-se por alguém. Sinônimo da expressão “to fall in love with”. Também pode significar “cair (em algum truque)”. 41 - Fill in Preencher informações pessoais nos espaços em branco de um documento. INGLÊS 13 42 - Fill out Preencher seus dados em um formulário. Não tem a mesma nuance dos espaços em branco como “to fill in”. 43 - Fill up Preencher algo completamente, geralmente com um líquido. 44 - Find out Descobrir algo que você não sabia anteriormente. 45 - Flip out Surtar. Perder o controle sobre suas emoções. Um pouco mais antigo. 46 - Follow up Buscar mais informações sobre algo que foi realizado ante- riormente, para verificar se foi bem sucedido, por exemplo. 47 - Freak out Surtar. Perder o controle sobre suas emoções. 48 - Get along Se dar bem com alguém. 49 - Get away Sair de perto ou escapar de alguma coisa. 50 - Get back Voltar. Também pode significar “pegar (algo) de volta”. 51 - Get back at Vingar-se de alguém. 52 - Get back to Quando você falar com alguém em um momento posterior ou porque você está ocupado ou ter obtido informações adicionais ou novos. Também pode significar “voltar a fazer (algo)”. 53 - Get in Entrar em algum lugar. 54 - Get off Sair/descer de um meio de transporte, exceto um carro. Tam- bém pode significar “sair do trabalho”. 55 - Get out Sair de um lugar. Remover algo (sujeira, mancha, por exem- plo). 56 - Get over Superar alguma situação ou pensamento ruim. Também pode significar “passar por (algo)” fisicamente mesmo. 57 - Get to Chegar a algum lugar. 58 - Get together Juntar-se para passar um tempo juntos. 59 - Get up Levantar-se (da cama). 60 - Give away Dar ou doar algo. Separable and Inseparable Phrasal Verbs Diversos Phrasal Verbs podem ter o verbo e a preposição separa- dos por meio de um objeto, esse tipo de Phrasal Verb é denominado “Separable”. No entanto, há outros em que o verbo e a preposição devem estar juntos, esses são os “Inseparable”. Run into (topar, bater, atropelar algo ou alguém) – I always run into Dr. Freman at the supermarket. (Inseperable) Write down (anotar) – I write everything he says down. (Separable) Segue abaixo uma lista com os principais Phrasal Verbs: GIVE UP - desistir GO ON - continuar GET OVER - acabar COME BACK - voltar CALL BACK- retornar a ligação FIND OUT - descobrir HANG ON - esperar DROP OFF – deixar algo em algum lugar LOOK OVER - revisar THROW AWAY – jogar fora THINK OVER - considerar FILL IN – preencher FIX UP - consertar HOLD ON - esperar WORK OUT – malhar, exercitar-se Orações condicionais (tipos 0, 1 e 2) “If Clauses” são orações condicionais em inglês que são usadas de várias maneiras. São orações formadas por períodos compostos: uma oração condicional (if clause) e uma oração principal (main clause). As “if clauses” sempre serão formadas acompanhadas do termo “if”, que no português quer dizer “se”. Será o “if” que irá estabelecer a relação de condicional e são utilizadas para comunicar/expressar situa- ções do passado, presente e futuro. Ou seja, situações prováveis e até impossíveis e de planos futuros. Zero conditional “Zero conditional” está relacionada às situações com fatos ver- dadeiros e que são frequentes, além de poder também serem usadas para dar ordens. Sua estrutura será: If + simple present + simple present You feel very bad when you go on a trip. (Você se sente mal quando viaja.) First conditional “First Conditional” está relacionada a possibilidades de situações e ações no futuro. Ou seja, situação de causa e consequência. A estrutura será: If + simple present + simple future (will) + infi- nitivo Exemplo: If you take a coat with you, you will not be cold at night. (Se você levar um casaco, você não vai ficar com frio à noite.) INGLÊS 14 Second conditional “Second Conditional” está relacionada a hipótese. Ou seja, será usada em situações hipotéticas. A estrutura será: If+ simple past + would/could/might/should + infinitivo (sem to) Exemplo: If I had money, I could rent a car. (Se eu tivesse dinheiro, eu poderia alugar um carro). Observações: - UNLESS significa “a menos que” ou “a não ser que” e substitui IF... NOT. She will get a low mark UNLESS she studies hard. She will get a low mark IF she doesN’T study hard. They will be late UNLESS they hurry. They will be late IF they doN’T hurry. - WERE é usado em todas as pessoas após if se o verbo for to be. I would buy the flat if I WERE richer. She would buy the house if it WEREn’t so small. - Podemos expressar condição sem if. Nesse caso usamos WERE ou HAD (+ past participle) no início da oração. WERE I richer, I would buy the flat. HAD he run, he would have caught the train. - HAD e WOULD têm a mesma abreviação. If he’d invited me, I’d have gone to the party. ↓ ↓ had would Comparative and Superlative Os graus dos adjetivos e as diferentes estruturas comparativas permitem-nos estabelecer relações de igualdade, de inferioridade ou de superioridade entre vários elementos. Estruturas comparativas INGLÊS 15 Como se formam o comparativo e o superlativo Alterações ortográficas Ao formar o comparativo e o superlativo: - Se as três últimas letras do adjetivo curto seguem a estrutura consoante – vogal – consoante, dobra-se a última consoante ao jun- tar-se –er ou –est. Ex: fat – fatter – the fattest Thin – thinner – the thinnest - Se o adjetivo curto termina em –y, este transforma-se em - i - ao juntar-se –er ou –est. Ex: scary – scarier – the scariest Funny – funnier – the funniest Exceção: shy – shyER than – the shyEST (tímido) Formas IrregularesGood – better – the best Bad – worse – the worst Far – farther/further – the farthest/the furthest Usamos os prefixos MORE e MOST com advérbios de duas ou mais sílabas. Exemplos: MORE slowly than = mais lentamente que MORE quickly than = mais rapidamente que THE MOST slowly = o mais lentamente THE MOST quickly = o mais rapidamente Usamos os prefixos MORE e MOST com qualquer adjetivo terminado em –ED, –ING, –FUL, –RE, –OUS. Exemplos: tired – MORE tired than – THE MOST tired (cansado) charming – MORE charming than – THE MOST charming (charmoso) hopeful – MORE hopeful than – THE MOST hopeful (esperançoso) sincere – MORE sincere than – THE MOST sincere (sincero) famous – MORE famous than – THE MOST famous (famoso) Discurso Indireto O reported speech, ou discurso indireto, é a maneira de falar sobre algo que alguém disse ou até mesmo para repassar uma notí- cia. No discurso indireto (Indirect ou Reported Speech), relatamos as palavras de uma pessoa, sem aspas, fazendo algumas alterações. - Quando o verbo SAID for seguido de um objeto indireto, usa-se no Reported Speech told + objeto indireto sem to. Exemplo Kate said to her mother: “The baby is crying”. Kate told her sister that the baby was crying. INGLÊS 16 - Se no DIRECT SPEECH uma pergunta for introduzida por um pronome interrogativo (who, when, why, whe- re, what, how etc.), esse pronome se mantém no INDIRECT SPEECH e mudamos os verbos SAID e TOLD para ASKED. Exemplo The police said: “Who broke the door?” The police asked who had broken the door. - Se não houver um pronome interrogativo no DIRECT SPEECH, usamos IF ou WHETHER no REPORTED SPEECH. Exemplo The boss said: “Do you speak English?” The boss asked IF (WHETHER) I spoke English. - Se o DIRECT SPEECH indicar um pedido ou ordem, mudamos o verbo SAID para TOLD (ORDERED, ASKED, COMMANDED). Exemplo The mother said/told/ordered/asked/commanded to her kids “Behave yourselves!” - Ao transformarmos um DIRECT SPEECH em REPORTED SPEECH, fazemos alterações nos tempos verbais. Em geral, o tempo verbal muda para um tempo verbal anterior. Direct Speech Reported Speech Simple present Simple past Simple past Past perfect Present continuous Past continuous Past continuous Past perfect continuous Present perfect Past perfect Will Would Can Could Simple present → Simple past Marcos said: “I like apples”. Marcos said (that) he liked apples. Simple past → Past perfect John said: “I finished the book last weekend”. John said he had finished the book the week before. Present continuous → Past continuous Ruby said: “I am reading a scientific article”. Ruby said that she was reading a scientific article. Present perfect → Past perfect Larissa said: “I have lived there”. Larissa said that she had lived there. Can → Could Juliana said: “I can go with you”. Juliana said that she could go with me. Will → Would She said: “I will travel next month”. She said she would travel the month after. É importante você ficar atento às mudanças de artigos, pronomes e outros elementos da frase que podem ocorrer na cons- trução do reported speech. Veja: Ana said: “I will take this”. Ana said that she would take that. INGLÊS 17 Passive Voice Usa-se a voz passiva quando não é tão importante quem ou o que fez a ação. Forma: Active voice A famous writer wrote that book. sujeito verbo objeto direto Passive voice That book was written by a famous writer. sujeito da passiva verbo agente da passiva O objeto direto da voz ativa (that book) transforma-se em sujeito da voz passiva. O sujeito da voz ativa (a famous writer) transforma-se em agente da passiva, precedido pela preposição BY. Usamos o verbo BE (no mesmo tempo do verbo principal da voz ativa) + PAST PARTICIPLE do verbo principal. Veja outros exemplos: A.V.: Waitresses and waiters serve customers. P.V.: Customers are served by waitresses and waiters. A.V.: Shirley has suggested a new idea. P.V.: A new idea has been suggested by Shirley. A.V.: John will invite Jennifer to the party. P.V.: Jennifer will be invited to the party by John. A.V.: They can’t open the window. P.V.: The window can’t be opened. Observações 1. Se o verbo na voz ativa for seguido de preposição, a preposição acompanha o verbo na voz passiva. Everybody is talking about Jane’s divorce. Jane’s divorce is being talked about (by everybody). 2. O agente da passiva é normalmente omitido quando não for importante, desconhecido ou óbvio no contexto da oração. The new hotel will be opened in November. A decision will not be made until next meeting. - WITH + instrumento Usamos WITH para indicar o instrumento usado pelo agente para fazer algo. Sally was hit BY a boy. Sally was hit WITH a stone. The photos were taken BY Paul. The photos were taken WITH a very cheap camera. INGLÊS 18 Tempo na voz ativa Voz passiva Exemplos Presente simples are/ is + particípio Voz ativa: Bob writes letters. (Bob escreve cartas). Voz Passiva: Letters are written by Bob. (Cartas são escritas por Bob). Presente contínuo is/are + being + verbo no particípio Voz ativa: Bob is writing a letter. (Bob está escrevendo uma carta). Voz passiva: A letter is being written by Bob. (Uma carta está sendo escrita por Bob). Passado simples was/were + verbo no particípio Voz ativa: Bob wrote a letter. (Bob escreveu uma carta). Voz passiva: A letter was written by Bob. (Uma carta foi escrita por Bob). Passado contínuo was/were + being + verbo no particípio Voz ativa: Bob was writing a letter. (Bob estava escrevendo uma carta). Voz passiva: A letter was being written by Bob. (Uma carta estava sendo escrita por Bob). Futuro simples will be + verbo no particípio Voz ativa: Bob will write a letter. (Bob escreverá uma carta). Voz passiva: A letter will be written by Bob. (Uma carta será escrita por Bob). Presente perfeito has/have + been + verbo no particípio Voz ativa: Bob has written letters. (Bob tem escrito cartas). Voz passiva: Letters have been written by Bob. (Cartas têm sido escritas por Bob). Passado Perfeito had been + verbo no particípio Voz ativa: Bob had written letters. (Bob tinha escrito cartas). Voz passiva: Letters had been written by Bob. (Cartas tinham sido escritas por Bob). Futuro com o “going to” am/is/are + going to be + verbo no particípio Voz ativa: Bob is going to write a letter. (Bob escreverá uma carta). Voz passiva: A letter is going to be written by Bob. (Uma carta será escrita por Bob). Perguntas diretas e indiretas Os Interrogativos (Question Words) são usados para se obter informações específicas. As perguntas elaboradas com eles são chama- das wh-questions, pois todos os interrogativos, com exceção apenas de how (como), começam com as letras wh. Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes interrogativos para se obter informações do tipo: “quem, o que, como, quando, onde”. WHAT = (o) que, qual Funciona como sujeito ou objeto da oração. What makes you happy? (sujeito) What did you say? (objeto) WHO = quem Funciona como sujeito ou objeto da oração. Who arrived late yesterday? (sujeito) Who does she love? (objeto) WHOM = quem Funciona só como objeto de oração ou é usado após preposições. Whom did you talk to yesterday? (objeto) To whom did you talk? WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção. Which shirt do you prefer: the blue one or the red one? Which of those ladies is your mother? WHERE = onde Where are you going tonight? INGLÊS 19 WHY = por que Why don’t you come to the movies with us? WHEN = quando “When were you born?” “In 1970.” HOW = como “How is his sister?” “Fine.” WHOSE = de quem “Whose dictionary is this?” “John’s.” Formas compostas de WHAT e HOW - WHAT WHAT + to be + like? = como é...? “What is your boyfriend like?” “He’s tall and slim.” WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...? What about having lunch now? WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...? Whatdo you call this device? - WHAT ... FOR? = por que, para que? What are you doing this for? - HOW HOW FAR = Qual é a distância? HOW DEEP = Qual é a profundidade? HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo? HOW WIDE = Qual é a largura? HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas) HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas) HOW OLD = Qual é a idade? HOW MUCH = Quanto(a)? HOW MANY = Quantos(as)? HOW OFTEN = Com que frequência? HOW FAST = A que velocidade? As perguntas diretas e indiretas são usadas o tempo todo. Isso não é uma regra, mas normalmente as perguntas diretas são informais, ou seja, usamos com amigos, com pessoas que temos intimidade. Já as perguntas indiretas, nós as usamos quando a pergunta tem um grau de formalidade, ou seja, mais educado; usamos com pessoas que não conhecemos ou não temos tanta intimidade. Direct questions Para facilitar a compreensão, iremos nos basear nas pergun- tas diretas mais comuns, são elas: 1. What is your name? (Qual é o seu nome?) 2. How old are you? (Quantos anos você tem?) 3. What do you do? (O que você faz?) 4. What time is it? (Que horas são?) 5. Can I help you? (Posso te ajudar?) 6. Please, can you help me? (Por favor, você pode me aju- dar?) 7. How are you? (Como você está? 8. Where are you from? (De onde você é?) 9. Do you have any brothers or sisters? (Você tem irmãos?) OBS: A ordem das perguntas foi meramente aleatória. Indirect questions As perguntas indiretas são uma forma mais educada de nos comunicarmos. Podem ser feitas com qualquer pergunta direta, po- rém iremos trabalhar com alguns dos exemplos dados acima. 1. I would like to know what your name is. (Eu gostaria de saber qual é o seu nome.) 2. Can you tell me how old are you? (Você pode me dizer quan- tos anos você tem?) 3. Could you tell me what do you do? (Você poderia me dizer o que você faz? 4. Can you tell me what time is it? (Você pode me dizer que horas são?) 4. I wonder if I can help you. (Eu gostaria de saber se posso ajudar você.) 6. I wonder how you are. (Eu gostaria de saber como você está.) 7. I need to know where you are from. (Eu preciso saber de onde você é.) 8. I would like to know if you have brothers and sisters. (Eu gostaria de saber se você tem irmãos.) – As perguntas normalmente se iniciam com: 1. Could you tell me….? (Você poderia me dizer….?) 2. Can you tell me….? (Você pode me dizer…?) 3. I wonder….. (Eu gostaria…) 4. I need to know… (Eu preciso saber…) 5. Please tell me… (Por favor me diga….) 6. I would like to know…. (Eu gostaria de saber…) Nouns (Countable and uncountable) Regular and irregular plural of nouns: To form the plural of the nouns is very easy, but you must practice and observe some rules. Regular plural of nouns - Regra Geral: forma-se o plural dos substantivos geralmente acrescentando-se “s” ao singular. Ex.: Motherboard – motherboards Printer – printers Keyboard – keyboards - Os substantivos terminados em y precedido de vogal seguem a regra geral: acrescentam s ao singular. Ex.: Boy – boys Toy – toys Key – keys - Substantivos terminados em s, x, z, o, ch e sh, acrescenta-se es. Ex.: boss – bosses tax – taxes bush – bushes - Substantivos terminados em y, precedidos de consoante, tro- cam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante + y = ies Ex.: fly – flies try – tries curry – curries Irregular plurals of nouns There are many types of irregular plural, but these are the most common: - Substantivos terminados em fe trocam o f pelo v e acrescen- ta-se es. Ex.: knife – knives life – lives wife – wives INGLÊS 20 - Substantivos terminados em f trocam o f pelo v; então, acrescenta-se es. Ex.: half – halves wolf – wolves loaf – loaves - Substantivos terminados em o, acrescenta-se es. Ex.: potato – potatoes tomato – tomatoes volcano – volcanoes - Substantivos que mudam a vogal e a palavra. Ex.: foot – feet child – children person – people tooth – teeth mouse – mice Countable and Uncountable nouns Contáveis são os substantivos que podemos enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanta forma singular quanto plural. Eles são chamados de countable nouns em inglês. Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer one orange, two oranges, three oranges, etc. Incontáveis são os substantivos que não possuem forma no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de non-countable nouns em inglês. Podem ser precedidos por alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias, líqui- dos, pós, conceitos, etc., que não podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos contar “water”. Podemos contar “bottles of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua forma líquida. Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: music, art, love, happiness, advice, information, news, furniture, luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, electricity, gas, power, money, etc. Veja outros de countable e uncountable nouns: QUESTÕES 01. (Pref. de Teresina - PI - Professor de Educação Básica - Língua Inglesa - NUCEPE – 2019) The plural form of brother-in-law, foot and candy is A) brothers-in-laws, feet ,candys. B) brothers-in-law, feet, candies. C) brother-in-laws, feet, candies. D) brothers-in-law, foots, candies. E) brother-ins-law, foots, candys. INGLÊS 21 02. (SEDF - Professor Substituto – Inglês - Quadrix – 2018) Based on the text, judge the following items. The final “s” in “ideas” (line 2) and “brains” (line 8) is pronounced in the same way. ( ) Certo ( ) Errado 03. I normally have two long ________ a year. A) holiday B) holidays C) holidaies D) holidayes 04. They have four ________, all girls. A) childs B) childes C) childen D) children 05. You must remember to brush your _____ after eating. A) tooths B) toothes C) teeth D) teeths GABARITO 1 B 2 CERTO 3 B 4 D 5 C INGLÊS 22 Quantifiers Os quantifiers são expressões utilizadas para indicar a quantidade de objetos, pessoas ou animais em uma frase. Forma Tradução Exemplo Much Muito(a) She doesn’t eat much bread. Little Pouco(a) She eats little bread. Less Menos She eats less bread than Peter. As formas much, little e less são usadas antes de substantivos incontáveis, portanto singulares. Forma Tradução Exemplo Many Muitos(a) She doesn’t have many books. Few Poucos(a) She has few books. Fewer Menos She has fewer books than Peter. As formas many, few e fewer são usadas antes de substantivos contáveis no plural. - Much e many são usados, preferencialmente, em orações interrogativas e negativas. Do you have many shoes? We didn’t spend much time. - Many tem concordância verbal de plural. Many students are waiting for the class. Pode-se, porém, substituir a forma many + plural por many a + singular. Many a student is waiting for the class. Sinônimos de much e many Em orações afirmativas, deve-se, preferencialmente, usar a lot of, lots of, a great deal of, a good deal of, plenty of em substituição a much ou many. - A lot (sem of) não deve ser usado antes de substantivos. She works a lot. A lot was done by him. - As formas a lot of e lots of têm concordância verbal dependente do elemento que as seguir. There is a lot of dust here. There are a lot of books here. There is a lot of rice left. There are lots of potatoes left. - Plenty of significa “mais do que suficiente”. There’s no need to hurry. We’ve got plenty of time. Little, a little, few, a few - A little e a few são ideias positivas e significam “uma pequena quantidade de” ou “um pequeno número de” e equivalem a some, em inglês. I still have a little money in the bank. (= algum dinheiro) The exam was extremely difficult but a few students passed it. (= alguns alunos) - Little e few são ideias negativas. I have little money in the bank. (= quase nenhum dinheiro) The exam was extremely difficult and few students passed it. (= quase nenhum aluno) - Little e few são ideias negativas. I have little money in the bank(= quase nenhum dinheiro). The exam was extremely difficult and few students passed it (= quase nenhum aluno). INGLÊS 23 QUESTÕES 01. (CRM-PR - Analista de Tecnologia da Informação - Qua- drix – 2018) Based on the text, judge the following item. A little is considered a correct alternative for “a few” in “a few channels” (lines 7 and 8). ( ) Certo ( ) Errado 02. (SEDF - Professor Substituto – Inglês - Quadrix – 2018) Based on the text, judge the following item. Using a lot instead of “much”, in “much harder” (line 12), will not affect the meaning of the sentence in any way. ( ) Certo ( ) Errado 03. (SEDF - Professor – Inglês - Quadrix – 2017) INGLÊS 24 Based on the text, judge the following items. In “some pathological eating disorders” (lines 6 and 7), “some” means a few. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO 1 ERRADO 2 CERTO 3 CERTO Pronouns O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em inglês existe apenas uma especificidade, que pode causar um pouco de estra- nheza, que é o pronome “it”, o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com a prática, você vai conseguir entender e aprender bem rápido. Subject Pronouns I (eu) I am a singer. YOU (você, tu, vocês) You are a student. HE (ele) He is a teacher. SHE (ela) She is a nurse. IT (ele, ela) It is a dog/ It is a table. WE (nós) We are friends. THEY (eles) They are good dancers. O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo abaixo: Mary is intelligent = She is intelligent. Uso do pronome “it” - To refer an object, thing, animal, natural phenomenon. Example: The dress is ugly. It is ugly. The pen is red. It is red. The dog is strong. It is strong. Attention a) If you talk about a pet use HE or SHE Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent! b) If you talk about a baby/children that you don’t know if is a girl or a boy. The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It is happy. Object Pronous São usados como objeto da frase. Aparecem sempre depois do verbo. ME YOU HIM HER IT US YOU THEM INGLÊS 25 Exemplos: They told me the news. She loves him so much. Demonstrative Pronouns Os pronomes demonstrativos são utilizados para demonstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou longe da pessoa que fala ou de quem se fala, ou seja, indica posição em relação às pessoas do discurso. Veja quais são em inglês: Singular Plural Singular Plural THIS THESE THAT THOSE Este/esta/isto Estes/estas Aquele/aquela/aquilo Aqueles/aquelas Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos pronomes demonstra- tivos nas frases abaixo: This method will work. These methods will work. O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para indicar seres que estão distantes da pessoa que fala. Observe: That computer technology is one of the most fundamental disciplines of engineering. Those computers technology are the most fundamental disciplines of engineering. Possessive Adjectives and Possessive Pronouns Em inglês há, também, dois tipos de pronomes possessivos, os Possessive Adjectives e os Possessive Pronouns. Possessive adjectives Possessive pronouns My Mine Your Yours His His Her Hers Its Its Our Ours Your Yours Their Theirs Possessive Adjectives são usados antes de substantivos, precedidos ou não de adjetivos. Exemplos: Our house is close. I want to know your name. Possessive Pronouns são usados para substituir a construção possessive adjective + substantivo, evitando assim a repetição. Exemplo: My house is yellow and hers is white. Theirs is the most beautiful car in the town. QUESTÕES 01. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Professor - Língua Inglesa - FEPESE – 2019) The Disappearing Honeybee Honeybees do more than just make honey. They fly around and pollinate flowers, plants, and trees. Our fruits, nuts, and vegetables rely.....................these pollinators. One third.....................America’s food supply is pollinated.....................the honeybee. Have you seen or heard a honeybee lately? Bees are mysteriously disappearing in many parts of the world. Most people don’t know about this problem. It is called “colony collapse disorder” (CCD). Some North American beekeepers lost 80% of their hives from 2006-2008. Bees in Italy and Australia are disappearing too. INGLÊS 26 The disappearance of the honeybee is a serious problem. Can you imagine never eating another blueberry? What about almonds and cherries? Without honeybees food prices will skyrocket. The poorest people always suffer the worst when there is a lack of food. This problem affects other foods besides fresh produce. Ima- gine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a famous ice cream company. Many of their flavours rely on the hard working honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money for CCD. They also funded a garden at the University of California called The Ha- ven. This garden helps raise awareness about the disappearing ho- neybee and teaches visitors how to plant for pollinators. Donating money to research is the most important thing hu- mans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD on climate change. Others think pesticides are killing the bees. Com- mercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers transport their hives from place to place in order to pollinate plants year rou- nd. https://www.englishclub.com/reading/environment/ho- neybee.htm Analyze the sentences according to structure and grammar use. 1. The underlined words in the following sentence: “ The poo- rest people always suffer the worst when there is a lack of food.”, are examples of adjectives in the comparative of superiority degree. 2. In the sentence:” Imagine losing your favourite ice cream!”, the underlined word is a noun. 3. The words in bold in the text: ‘they’ and ‘our’ are pronouns. 4. The word ‘hives’ has the following definition: a container for housing honeybees. Choose the alternative which contains all the correct affirma- tives: A) Only 3 is correct. B) Only 4 is correct. C) Only 1 and 2 are correct. D) Only 2 and 3 are correct. E) Only 2 and 4 are correct. 02. (IF-PA - Professor - Letras – Habilitação em Português e Inglês - FADESP – 2018) Going Mobile, Going Further! By Anderson Francisco Guimarães Maia – October 28, 2016 So what happens to “learning” if we add the word “mobile” to it? The increasing and rapidly developing use of mobile technology by English language learners is an unquestionable aspect of today’s class- room. However, the attitude EFL teachers develop towards the use of mobile devices as an aid for language teaching varies greatly. The unique benefits of mobile learning for EFL teachers include the ability to bridge formal and informal learning, which for langua- ge learners may be realized through supplementary out-of-classroom practice, translation support when communicating with target langua- ge speakers and the capture of difficulties and discoveries which can be instantly shared as well as being brought back into the classroom. Mobile learning can deliver, supplement and extend formal language learning; or it can be the primary way for learners to explore a target language informally and direct their own development through imme- diacy of encounter and challenge within a social setting. We still miss sufficient explicit connection between these two modes of learning, one of which is mainly formal and the other informal. Consequently, there are missed opportunities in terms of mutual benefit: formal edu- cation remains somewhat detached from rapid socio-technological change, and informal learning is frequently sidelined or ignored when it could be used as a resource and a way to discover more about evolving personal and social motivations for learning. One example of how mobile devices can bridge formal and informal learning is through instantmessaging applications. Both synchronousand asynchronous activities can be developed for language practice outside the classroom. For example, in a dis- cussion group on Whatsapp, students can discuss short videos, practice vocabulary with picture collages, share recent news, create captions and punch lines for memes, and take turns to create a multimodal story. Teachers can also create applications specifically to practice new vocabulary and grammar to support classroom learning. Digital and mobile media are changing and extending lan- guage use to new environments as well as creating opportunities to learn in different ways. Mobile technology enables us to get physically closer to social contexts of language use which will ultimately influence the ways that language is used and learned. Therefore, let us incorporate mobile learning into our EFL les- sons and literally “have the world in our hands”. (Disponível em http://www.richmondshare.com.br/ going-mobile-going-further/) In “Consequently, there are missed opportunities in terms of mutual benefit: formal education remains somewhat detached from rapid socio-technological change, and informal learning is frequently sidelined or ignored when it could be used as a re- source and a way to discover more about evolving personal and social motivations for learning.”, the pronoun it (paragraph 2, line 10) refers to: A) formal education B) informal learning C) mutual benefit D) change E) resource INGLÊS 27 03. (CRA-PR - Analista Sistema - Quadrix – 2019) Based on the text, judge the item below. “them” (line 22) refers to “applications” (line 21). ( ) Certo ( ) Errado 04. (CRM-PR - Técnico em Tecnologia da Informação - Quadrix – 2018) Based on the text, judge the following item. “They” in “They’re all” (line 4) refers to “two superheroes” (line 1). ( ) Certo ( ) Errado INGLÊS 28 05. (SEDF - Professor Substituto – Inglês - Quadrix – 2018) Based on the text, judge the following item. The singular form of “These” (line 3) is either This or That. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO 1 E 2 B 3 CERTO 4 ERRADO 5 ERRADO Articles (definite and indefinite) Definite Article THE = o, a, os, as Usos - Antes de substantivos tomados em sentido restrito. THE coffee produced in Brazil is of very high quality. I hate THE music they’re playing. - Antes de nomes de países no plural ou que contenham as palavras Kingdom, Republic, Union, Emirates. THE United States THE Netherlands THE United Kingdom THE Dominican Republic - Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo. John is THE tallest boy in the family. - Antes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, cadeias de montanhas, desertos e ilhas no plural), mesmo que o elemento geográfico tenha sido omitido. THE Nile (River) THE Sahara (Desert) - Antes de nomes de famílias no plural. THE Smiths have just moved here. - Antes de adjetivos substantivados. You should respect THE old. - Antes de numerais ordinais. He is THE eleventh on the list. - Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros, cinemas, museus. THE Hilton (Hotel) - Antes de nacionalidades. THE Dutch - Antes de nomes de instrumentos musicais. She plays THE piano very well. - Antes de substantivos seguidos de preposição. THE Battle of Trafalgar Omissões - Antes de substantivos tomados em sentido genérico. Roses are my favorite flowers. - Antes de nomes próprios no singular. She lives in South America. - Antes de possessivos. My house is more comfortable than theirs. - Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra langua- ge. She speaks French and English. (Mas: She speaks THE French language.) - Antes de nomes de estações do ano. Summer is hot, but winter is cold. Casos especiais - Não se usa o artigo THE antes das palavras church, school, prison, market, bed, hospital, home, university, college, market, quando esses elementos forem usados para seu primeiro propósi- to. She went to church. (para rezar) She went to THE church. (talvez para falar com alguém) - Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathedral, cine- ma, movies e theater. Let’s go to THE theater. They went to THE movies last night. Indefinite Article A / AN = um, uma INGLÊS 29 1. A - Antes de palavras iniciadas por consoantes. A boy, A girl, A woman - Antes de palavras iniciadas por vogais, com som consonantal. A uniform, A university, A European 2. AN - Antes de palavras iniciadas por vogais. AN egg, AN orange, AN umbrella - Antes de palavras iniciadas por H mudo (não pronunciado). AN hour, AN honor, AN heir B. Usos - Para se dar ideia de representação de um grupo, antes de substantivos. A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.) - Antes de nomes próprios no singular, significando “um tal de”. A Mr. Smith phoned yesterday. - No modelo: WHAT + A / AN = adj. + subst. What A nice woman! - Em algumas expressões de medida e frequência. A dozen A hundred Twice A year - Em certas expressões. It’s A pity, It’s A shame, It’s AN honor... - Antes de profissão ou atividades. James is A lawyer. Her sister is A physician. C. Omissão - Antes de substantivos contáveis no plural. Lions are wild animals. - Antes de substantivos incontáveis. Water is good for our health. * Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos substanti- vos. Adjectives Os adjetivos em inglês são usados para qualificar ou modificar um substantivo ou um pronome. Eles aparecem antes do substanti- vo ou depois dos verbos de ligação na frase. A ordem dos adjetivos serve para que você não escreva mais de um adjetivo de forma aleatória numa frase. Essa ordem precisa ser seguida de acordo com o tipo de cada adjetivo. Há uma maneira correta, ou seja, uma ordem em que esses ad- jetivos são escritos antes do substantivo. Para isso devemos saber quais são os tipos de adjetivos e suas ordens: Tipos de Adjetivos: OPINION= indica o que você pensa a respeito, ou seja, OPINIÃO. - Opinion: indica opinião. Exemplos: horrible, difficult, fun, etc. FACT= indica o que é verdade, ou seja, o FATO. -Size: indica tamanho. Exemplos: large, little, short, tall, etc. -Age: indica idade. Exemplos: new, old, adolescent, a year, etc. -Shape: indica forma. Exemplos: round, flat, square, irregular, etc. -Color: indica cor. Exemplos: red, blue, etc. -Origin: indica a origem. Exemplos: Brazilian, American, etc. -Religion: indica religião. Exemplos: Buddhist, Taoist, Pagan, etc. -Material: indica o tipo de material que é feito. Exemplos: wooden, paper, metal, etc. -Purpose: indica o propósito de seu uso. Exemplos: sleeping bag, computer table, football field, etc. Ordem dos Adjetivos: Para saber qual a ordem correta ao escrevê-los, divida a frase des- ta maneira: Ex: A beautiful large round wooden table. (uma mesa bonita, larga, redonda e feita de madeira.) 1º - divida a frase separando os adjetivos do substantivo; 2º - separe os adjetivos em: opinion ou fact; 3º- ordene corretamente. A lista abaixo com os 50 adjetivos mais utilizados em inglês é um bom ponto de partida para ampliar seu vocabulário. Os adjetivos pro- porcionam mais precisão às suas habilidades no idioma, mas não é pre- ciso conhecer inúmeros deles desde o começo. Os adjetivos desta lista são suficientes para que você consiga realizar diversas tarefas simples na língua inglesa. INGLÊS 30 able bad best better big black certain clear different early easy economic federal free full good great hard high human important international large late little local long low major military national new old only other political possible public real recent right small social special strong sure true white whole young Adverbs (manner, modifier and frequency) - Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOMETIMES, NEVER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de preferência, ANTES do verbo principal ou APÓS o verbo auxiliar ou o verbo to be. They USUALLY watch TV in the evenings. She is ALWAYS late. These curtains have NEVER been cleaned.Expressões adverbiais de freqüência são colocadas no final ou no início de uma oração. They watch TV EVERY EVENING. ONCE A WEEK they go swimming. - Advérbios de probabilidade (POSSIBLY, PROBABLY, CERTAINLY...) são colocados antes do verbo principal mas após be ou um verbo au- xiliar. He PROBABLY knows her phone number. He is CERTAINLY at home now. PERHAPS e MAYBE aparecem normalmente no começo de uma oração. PERHAPS I’ll see her later. MAYBE you’re right. - Advérbios de tempo (TODAY, TOMORROW, NOW, SOON, LA- TELY...) são colocados no final ou no início de uma oração. He bought a new camera YESTERDAY. ON MONDAY I’m going to London. - Advérbios de modo (SLOWLY, QUICKLY, GENTLY, SOFTLY, WELL...) aparecem normalmente no final da oração. Alguns advérbios podem também aparecer no início de uma oração se quisermos enfatizá-los. She entered the room SLOWLY. SLOWLY she entered the room. - Grande parte dos advérbios de modo é formada pelo acréscimo de LY ao adjetivo. serious – seriousLY careful – carefulLY quiet – quietLY heavy – heaviLY bad – badLY Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são advérbios. lonely = solitário (adjetivo) lovely = encantador (adjetivo) silly = tolo (adjetivo) elderly = idoso (adjetivo) - Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados no início ou no final de orações. You’ll find what you want HERE. THERE comes the bus. - MODO, LUGAR, TEMPO A posição normal dos advérbios em uma oração é: He did his job CAREFULLY AT HOME YESTERDAY. MODO LUGAR TEMPO - LUGAR, MODO, TEMPO Com verbos de movimento, a posição normal é: She traveled TO LONDON BY PLANE LAST WEEK. LUGAR MODO TEMPO QUESTÕES 01. (Pref. de Teresina - PI - Professor de Educação Básica - Língua Inglesa - NUCEPE – 2019) The alternative that contains only adverbs of frequency is A) always – often – usually – rarely. B) frequently – sometimes – early -. C) badly – often – never – actually. INGLÊS 31 D) really – seldom – hardly ever. E) occasional – fast –there – finally 02. (SEDF - Professor – Inglês – Quadrix – 2017) Based on the text, judge the following items. “rarely” (line 20) means seldom. ( ) Certo ( ) Errado 03. (SEDF - Professor – Inglês – Quadrix – 2017) Based on the text, judge the following items. The adverb “often” as in “these food fads are often based” (line 18) is more commonly placed before the verb to be. ( ) Certo ( ) Errado 04. (SEDF - Professor – Inglês - Quadrix – 2017) Based on the text, judge the following items. “all day” (line 8) has the same meaning as every day. ( ) Certo ( ) Errado 05. (TCE-PR - Analista de Controle - Tecnologia da Informação - CESPE – 2016) INGLÊS 32 In text 8A5BBB, the word “often” ( .27) can be correctly repla- ced by A) intermittently. B) sometimes. C) seldom. D) hardly ever. E) frequently. GABARITO 1 A 2 CERTO 3 ERRADO 4 ERRADO 5 E 01. A / 02. Certo / 03. Errado / 04. Errado / 05. E Numbers É extremamente importante aprender a dizer os números em qualquer idioma, uma vez que eles fazem parte de nosso dia a dia, em diversos momentos e inúmeros tipos de interação. Cardinal Numbers Usados para: Count things (contar as coisas), give your age (falar sobre ida- de), give your telephone number (dar número de telefone) or give years (falar sobre os anos). Ordinal Numbers Usados para: Give a date (falar sobre datas), put things in a se- quence or order (colocar as coisas em uma sequência ou ordem) or give the floor of a building (falar sobre os andares de construções). Além dos números cardinais e ordinais, é bastante comum também utilizamos frações. Elas são utilizadas para determinar, ba- sicamente, quantidade: ½ : one half (meio) ⅓ : one third (um terço) ¾ : three-fourths (três quartos) One third of the people voted “yes”. (Um terço das pessoas vo- tou “sim”.) For this recipe, you’ll need three-fourths of a glass of water. (Para esta receita, você vai precisar de três quartos de um copo de água.) Há, também, a utilização de numerais em inglês para se deter- minar medidas diversas: 5km: five kilometers (cinco quilômetros) 100m: a hundred meters (cem metros) 5ft: five feet (cinco pés) 1L: one liter (um litro) She runs five kilometers every day. (Ela corre cinco quilôme- tros todos os dias.) It is twenty-five feet tall. (Isto tem vinte e cinco pés de altura.) Além disso, utilizamos numerais para expressar os anos, e os dizemos de formas bastante variadas: 2017: twenty seventeen (ou) two thousand seventeen 1985: nineteen eighty-five 1905: nineteen oh five Prepositions As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam lugar ou posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instru- mento). The keyboard is on the desk - (lugar ou posição). Raphael ran toward the hotel - (direção). The plane arrived at eleven o’clock - (tempo). David travels by train - (maneira ou modo). The computer was broken by him - (agente). INGLÊS 33 PREPOSIÇÕES AT Horas The airplane will arrive at five o’clock. Datas We have a big party at Christmas. Lugares He is at the drugstore. Cidades pequenas She lives at Barcelos. Períodos do dia She works at night.(noon, night, midnight, dawn) Endereços completos Fabrizio lives at 107 Boulevard Street. IN Períodos do dia Marcus works in the morning.(exceto noon, night, midnight e dawn) Meses The case will arrive in March. Estações do ano It’s very hot in summer. Anos David graduaded in 2008. Séculos Manaus was created in 18th century. Expressões do tempo The computer will be working in few days. Expressões de lugar (dentro) The memory is in the CPU. Estados, Cidades grandes, Países, Continentes August lives in São Paulo. There are many developed countries in Europe. ON “sobre” Our bags are on the reception desk. Dias da semana He has class on Friday. Datas He has class on Friday. Transportes coletivos There are a lot of people on that plane. Nomes de ruas ou avenidas The CETAM is on Djalma Street. “floor” Gabriel lives on the 8th floor. Prepositions of Place Conectores As conjunções são palavras que aparecem unidas a outras palavras para juntar partes de uma oração. Há três tipos de conjunções em inglês: Conjunções Coordenadas (Coordinating Conjunctions) Conjunções Subordinadas (Subordinating Conjunctions) Conjunções Correlativas (Correlative Conjunctions) INGLÊS 34 Conjunções Coordenadas As conjunções coordenadas são as mais comuns e as que ge- ralmente vem à cabeça quando pensamos em linking words. Elas fazem exatamente o que seu nome implica: juntar as orações. São elas: For, And, Nor, But, Or, Yet, So Conjunções Subordinadas Dos três tipos de conjunções, as subordinadas são as mais difíceis de reconhecer, mas não difíceis de dominar. As conjunções subordinadas estabelecem uma relação de sentido entre a oração dependente com o resto da frase. Conjunções Correlativas As conjunções correlativas trabalham em grupo. Elas têm esse nome justamente pelo fato delas trabalharem juntas (co-) e por re- lacionar um elemento de uma sentença com outro (relação). as . . . as (como . . . como) both . . . and (ambos . . . e) either . . . or (ou . . . ou) hardly . . . when (dificilmente. . . quando) if . . . then (se . . . então) just as . . . so (assim como . . . assim) neither . . . nor (nem . . . nem) no sooner . . . than (não antes . . . do que) not . . . but (não . . . mas) not only . . . but also (não somente . . . mas também) rather . . . than (em vez . . . do que) scarcely . . . when (mal. . . quando) what with . . . and (o que com. . . e) whether . . . or (se. . . ou) QUESTÕES 01. (Prefeitura de Fraiburgo - SC - Professor - Língua Inglesa - FEPESE – 2019) The Disappearing Honeybee • Honeybees do more than just make honey. They fly arou- nd and pollinate flowers,plants, and trees. Our fruits, nuts, and ve- getables rely.....................these pollinators. One third..................... America’s food supply is pollinated.....................the honeybee. Have you seen or heard a honeybee lately? Bees are myste- riously disappearing in many parts of the world. Most people don’t know about this problem. It is called “colony collapse disorder” (CCD). Some North American beekeepers lost 80% of their hives from 2006-2008. Bees in Italy and Australia are disappearing too. The disappearance of the honeybee is a serious problem. Can you imagine never eating another blueberry? What about almonds and cherries? Without honeybees food prices will skyrocket. The poorest people always suffer the worst when there is a lack of food. This problem affects other foods besides fresh produce. Ima- gine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a famous ice cream company. Many of their flavours rely on the hard working honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money for CCD. They also funded a garden at the University of California called The Ha- ven. This garden helps raise awareness about the disappearing ho- neybee and teaches visitors how to plant for pollinators. Donating money to research is the most important thing hu- mans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD on climate change. Others think pesticides are killing the bees. Com- mercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers transport their hives from place to place in order to pollinate plants year rou- nd. https://www.englishclub.com/reading/environment/ho- neybee.htm Choose the alternative that presents the correct prepositions that are missing in the first paragraph. A) on • of • by B) in • off • by C) at • from • about D) on • from • by E) at • of • due to INGLÊS 35 02. (Prefeitura de Sapucaia do Sul - RS - Professor – Área II – Língua Inglesa - FUNDATEC – 2019) In lines 02, 03, 20 and 27 the correct sequence of particles to fill in the blanks is: A) on – on – to – to B) on – at – for – to C) on – at – for – for D) in – at – for – for E) in – on – for – to 03. (SCGás – Advogado - IESES – 2019) Complete the sentences with in, at or on and choose the correct alternative. She lives _____ the countryside. Mark is _____ university. Don´t drop litter ____ the ground. I arrived ____ the USA last week. A) in - at - on - on B) in - at - on - in C) on - on - in - in D) at - in - in - in INGLÊS 36 04.(Pref. de Teresina - PI - Professor de Educação Básica - Língua Inglesa - NUCEPE – 2019) Smiling Can Actually Make People Happier, Study Finds Researchers of a new study find that the simple act (1)______ smiling can actually make a person happier. Evidently, nearly 50 years of data shows facial expressions can affect an individual’s emotions or feelings. Emotional Debate For over 100 years, psychologists have been debating whether facial expressions can affect emotions. The argument became even more pronounced (2)______ 2016 after 17 teams of scientists failed to replicate a popular experiment that would supposedly show that smiling can actually make people happier. While there are some studies that do not show a relationship (3)______facial expressions and emotional feelings, the resear- chers of the new study believe that they can’t focus on the data from just one. As such, they scoured data from 138 studies, which tested over 11,000 participants (4)_____ all over the world. “But we can’t focus on the results of any one study. Psychologists have been testing this idea since the early 1970s, so we wan- ted to look at all the evidence,” said lead researcher Nicholas Coles, PhD. Facial Expressions Affect People’s Emotions Based on the team’s meta-analysis, facial expressions do, in fact, have a small impact on emotions. For instance, a per- son who smiles will feel happier, a person who scowls will feel angrier, and a person who frowns will feel sadder. While the effects aren’t very powerful or long-lasting, it is significant enough to show a correlation. According to researchers, their findings bring us closer to understanding how human emotions work and how the mind and body work together to shape how we experience emotions. That said, they do note that they are not saying that people can just smile their way to happiness, especially when it comes to mental health conditions such as depression. The study is published in Psychological Bulletin. Source: https://www.techtimes.com/articles/241396/20190413/smiling-can-actually-make-peoplehappier-study-finds.htm(a- dapted)Access: April 13th, 2019 The alternative that has suitable prepositions to complete the brackets, respectively: A) on, out, behind, in. B) of, in , between, from. C) of, beside, on , of. D) on, at, from, between. E) in, of, between, at. 05. (Pref. de Teresina - PI - Professor de Educação Básica - Língua Inglesa - NUCEPE – 2019) Choose the best alternative to complete the blanks: Anne was born ___July 2nd, ___the morning ___Germany. A) on / in / in. B) in / in / in. C) on / in / on. D) on / in / at. E) at / on / on. GABARITO 1 A 2 C 3 B 4 B 5 A INGLÊS 37 Vestimentas T-shirt = camiseta Sweatshirt = Blusa de moletom Shirt = camisa Suit = terno Pants:calça Tie = gravata Wedding dress = vestido de noiva Jacket = jaqueta Skirt = saia Coat = casaco Shorts = Bermuda Dress = vestido Underpants = cueca Panties = calcinha Bra = sutiã Nightgown = camisola Pajamas = pijama Robe = roupão Scarf = cachecol Uniform = uniforme Singlet = regata Swimming Trunks = sunga Swimsuit = maiô Bikini = biquíni Cotidiano U.S. Money US$ 1 Dollar = 100 cents bills - $1, $5, $10, $20, $50, $100 coins – 1c, 5c, 10c, 25c, $1 Penny = 1 cent Nickel = 5 cents Dime = 10 cents Quarter = 25 cents INGLÊS 38 Ways to pay Check = cheque Cash = em dinheiro Note/bill = nota Coin = moeda Credit card = cartão de crédito Materials Acrylic = acrílico Cotton = algodão Denim = brim Fleece/wool = lã Gold = ouro Leather = couro Linen = linho Plastic= plástico Rubber = borracha Silk = seda Silver = prata Educação Nursery School = pré-escola Elementary school ou Primary School = Ensino fundamental I Secondary school = Ensino fundamental II High school = Ensino médio College/University = Faculdade/universidade Subjects Inglês: English Matemática: Mathematics (Math) História: History Geografia: Geography Química: Chemistry Física: Physics Ciência: Science Biologia: Biology Educação Física: Physical Education (P.E.) Artes: Arts Música: Music Literatura: Literature Redação: Writing Português: Portuguese Espanhol: Spanish Diversão e mídia Movies/cinema = cnema Theater = teatro Bar/Pub = bar Restaurant = restaurante Café = lanchonete Park = parque Concert = show Play = peça de teatro Tecnologia Cellphone/mobile phone = celular Laptop = notebook Personal computer(PC) = Computador Printer = impressora Keyboard = teclado Mouse = mouse Television = televisão Meio ambiente Environment = meio ambiente Ozone layer = camada de ozônio Water = água Tree = árvore Weather = clima Animals = animais Air = ar Wind = vento Rain = chuva Snow = neve Fog = neblina Hurricane = furacão Storm = tempestade Lightning = relâmpago Thunder = trovão Comida e bebida Bread — Pão Butter — Manteiga Cake — Bolo Cheese — Queijo Chicken — Frango Chips — Salgadinhos Chocolate — Chocolate Corn flakes — Cereal Egg — Ovo Fish — Peixe French fries — Batata-frita Ham — Presunto Ice cream — Sorvete Jam — Geleia Jello — Gelatina Margarine — Margarina Mashed potatoes — Purê de batatas Meat — Carne Pancacke — Panqueca Pasta — Macarrão Peanut — Amendoim Peanut butter — pasta de amendoim Pepper — Pimenta Pie — Torta Pizza — Pizza Popsicle — Picolé Potato chips — Batata-frita Rice — Arroz Salt — Sal Sandwich — Sanduíche Sliced bread — Pão fatiado Soup — Sopa Sugar — Açúcar Toast — Torrada Water cracker — Bolacha de água e sal Meat (carne) Bacon — Bacon Barbecue — Churrasco Beef — Carne de vaca INGLÊS 39 Beef Jerky— Carne seca Blood sausage —Chouriço Carp — Carpa Chicken — Frango Chicken legs — Pernas de Frango Chicken wings — Asas de Frango Cod — Bacalhau Crab — Caranguejo Duck — Pato Fish — Peixe Grilled fish — Peixe grelhado Ground beef — Carne moída Hamburger — Hambúrguer Lobster — Lagosta Meatball — Almôndega Mortadella — Mortadela Pork chops — Costeletas de porco Pork legs — Pernas de porco Pork loin — Lombo de porco Rib cuts — Costela Roast chicken — Frango assado Salami — Salame Salmon — Salmão Sausage — Linguiça Shrimp — Camarão Sirloin — Lombo Smoked sausage — salsicha defumada Squid — Lula Steak — Bife Stew meat — Guisado de carne T-bone steak — Bife t-bone Tenderloin — Filé mignon Tuna — Atum Turkey — Peru Veal — Vitela Vegetables (vegetais) Anise — Anis Asparagus — Espargos Beans — Feijão Beet — Beterraba Broccoli — Brócolis Cabbage — Repolho Carrot — Cenoura Cauliflower — Couve-flor Celery — Aipo/Salsão Corn — Milho Cucumbers — Pepinos Eggplant — Berinjela Garlic — Alho Ginger — Gengibre Green onion — Cebolinha verde Heart of Palms — Palmito Leeks — Alho-poró Lettuce — Alface Manioc — Mandioca Mushroom — Cogumelo Okra — Quiabo Olives — Azeitonas Onion — Cebola Pepper — Pimenta Pickles — Picles Potato — Batata Pumpkin — Abóbora Radish — Rabanete Rucola — Rúcula Snow pea — Ervilha Spinach — Espinafre Sweet potato — Batata doce Tomato — Tomate Turnip — Nabo Watercress — Agrião Yams — Inhame Fruits (frutas) Apple — Maçã Apricots — Damascos Avocado — Abacate Banana — Banana Blackberry — Amora Blueberry — Mirtilo Cashew nut — Castanha de Cajú Cherry — Cereja Coconut — Coco Figs — Figos Grapes — Uvas Guava — Goiaba Honeydew melon — Melão Jackfruit — Jaca Kiwi — Kiwi Lemon — Limão Mango — Manga Orange — Laranja Papaya — Mamão Passion fruit — Maracujá Peach — Pêssego Pear — Pera Pineapple — Abacaxi Plum — Ameixa Prune — Ameixa-seca Start fruit — Carambola Strawberry — Morango Tamarind — Tamarindo Tangerine — Tangerina Watermelon — Melancia Drinks (bebidas) Beer — Cerveja Brandy — Aguardente Champagne — Champanhe Chocolate — Chocolate Cocktail — Coquetel Coffee — Café Coffee-and-milk — Café-com-leite Draft beer — Chope Gin — Gim Hot chocolate — Chocolate quente Juice — Suco Lime juice — Limonada Liqueur — Licor Milk — Leite Mineral water — Água mineral Red wine — Vinho tinto Rum — Rum Soda — Refrigerante INGLÊS 40 Sparkling mineral water — Água mineral com gás Still mineral water — Água mineral sem gás Tonic water — Água tônica Vodka — Vodca Water — Água Whiskey —Uísque White wine —Vinho branco Yogurt — Iogurte Tempo livre, “hobbies” e lazer Bowling = boliche Camping = acampar Canoeing = canoagem Card games = jogos de baralho Chess = xadrez Cooking = cozinhar Crossword puzzl = palavras cruzadas Dancing = dançar Drawing = desenhar Embroidery = bordado Fishing = pesca Gardening = jardinagem Hiking = caminhar Hunting = caçar Jogging = corrida Knitting = tricotar Mountaineering = escalar montanhas Painting = pintar Photography = fotografia Playing video games = jogar vídeo games Reading = leitura Riding a bike = andar de bicicleta Sculpting = esculpir Sewing = costurar Singing = cantar Skating = andar de patins ou skate Skiing = esquiar Stamp collecting = colecionar selos Surfing = surfar Working out = malhar Saúde e exercícios INGLÊS 41 Health Problems and Diseases (problemas de saúde e doenças) Skin occurrences (Ocorrências na pele) Blemish – mancha Bruise - contusão Dandruff - caspa Freckle – sarda Itching – coceira Pimple – espinha Rasch – erupção da pele Scar - cicatriz Spot – sinal, marca Wart – verruga Wound - ferida Wrinkle – ruga Aches (Dores) Backache – dor nas costas Earache – dor de ouvido Headache – dor de cabeça Heartache – dor no peito stomachache – dor de estômago Toothache – dor de dente Cold and Flu (Resfriado e Gripe) Cough – tosse Fever – febre Running nose – nariz entupido Sneeze – espirro Sore throat – garganta inflamada Tonsilitis – amigdalitis Other Diseases (Outras doenças) Aneurism - aneurisma Appendicitis - apendicite Asthma – asma Bronchitis – bronquite Cancer – câncer Cirrhosis - cirrose Diabetes – diabetes Hepatitis – hepatite High Blood Pressure – hipertensão (pressão alta) Pneumonia – pneumonia Rheumatism – reumatismo Tuberculosis – tuberculose Moradia; Povos e línguas INGLÊS 42 Sentimentos, opiniões e experiências Happy = feliz Afraid = com medo Sad = triste Hot = com calor Amused = divertido Bored = entediado Anxious = ansioso Confident = confiante Cold = com frio Suspicious = suspeito Surprised = surpreso Loving= amoroso Curious = curioso Envious = invejoso Jealous = ciumento Miserable = miserável Confused = confuso Stupid = burro Angry = com raiva Sick = enjoado/doente Ashamed = envergonhado Indifferent = indiferente Determined = determinado Crazy = louco Depressed = depressivo Frightened = assustado Interested = interessado Shy = tímido Hopeful = esperançoso Regretful = arrependido Scared = assustado Stubborn = teimoso Thirsty = com sede Guilty = culpado Nervous = nervoso Embarrassed = envergonhado Disgusted = enojado Proud = orgulhoso Lonely = solitário Frustrated = frustrado Hurt= magoado Hungry = com fome Tired= cansado Thoughtful = pensativo Optimistic = otimista Relieved = aliviado Shocked = chocado Sleepy = com sono Excited = animado Bad = mal Worried = preocupado Identificação pessoal First name = Primeiro nome Middle name = Nome do meio Last name = Último nome Full name = Nome completo Date of Birth = Data de nascimento Age = Idade Sex = Sexo Place of Birth = Local de nascimento Nationality = Nacionalidade Occupation = Ocupação/profissão Address = Endereço City = Cidade Country = País Zip code/Post code = Código postal (CEP) Phone number = Número de telefone E-mail address = Endereço de e-mail Lugares e edificações Airport – Aeroporto Amusement park – Parque de diversões Aquarium – Aquário Art gallery – Galeria de arte ATM (Automatic Teller Machine) – Caixa eletrônico Auto repair shop ou Garage – Oficina mecânica Avenue – Avenida Baby store – Loja infantil ou bebê Barber shop – Barbearia Bakery – Padaria Bank – Banco Beach – Praia Beauty salon/parlor/shop – Salão de beleza Block – Quarteirão Bookstore ou Bookshop – Livraria Bridge – Ponte INGLÊS 43 Building – Edifício ou Prédio Bus station – Rodoviária Bus stop – Ponto de ônibus Butcher shop – Açougue Cabstand ou Taxi stand – Ponto de taxi Capital – Capital Cathedral – Catedral Cemetery – Cemitério Chapel – Capela Church – Igreja Circus – Circo City – Cidade Clothing store – Loja de roupas Club – Clube Coffee shop – Cafeteria College – Faculdade Computer store – Loja de informática Concert hall – Casa de espetáculos ou Sala de concertos Convenience store – Loja de conveniência Corner – Esquina Costume store – Loja de Fantasia Court – Quadra de esportes ou pode ser Tribunal ou comu- mente chamado de Fórum, depende do contexto. Crosswalk/Pedestrian crossing/Zebra crossing – Faixa de pe- destres Cul-de-sac ou Dead end street – Beco ou Rua sem saída City hall – Prefeitura Dental clinic – Clinica dentária ou Consultório Odontológico Downtown – Centro da cidade Driving school – Auto escola Drugstore – Farmácia ou Drogaria Factory – Fábrica Field – Campo Fire station – Posto ou Quartel de bombeiros Fishmonger’s – Peixaria Flower show – Floricultura Food Truck – Food Truck ou Caminhão que vende comida Gas station – Posto de gasolina Glasses store ou Optical store – Loja de Ótica Greengrocer – Quitanda Grocery store – Mercearia Gym – Academia de ginástica Hair salon – Cabeleireiro Hardware store – Loja de ferramentas Health Clinic/Center – Clinica ou Posto de saúde Hospital – Hospital Hotel – Hotel House – Casa Ice Cream Shop/Parlor – Sorveteria Intersection ou Crossroad – Cruzamento Jail ou Prison – Cadeia ou Prisão Jewelry store – Joalheria Kiosk – Quiosque Lake – Lago Laundromat ou Laundry – Lavanderia Library – Biblioteca Lottery retailer ou Lottery kiosk – Casa lotérica Mall – Shopping center Metropolis – metrópole Monument – Monumento Mosque – Mesquita Movie theater– Cinema Museum – Museu Neighborhood – Bairro Newsstand – Banca de jornal Office – Escritório One-way street – Rua de mão única ou sentido único Outskirts ou Suburb – Periferia ou Subúrbio Park – Parque Parking lot – Estacionamento Penitentiary – Presídio ou Penitenciária Perfume shop – Perfumaria Pet Shop – Pet Shop Pizzeria – Pizzaria Place – Lugar Playground – Parque infantil Police station – Delegacia de polícia Port – Porto Post office – Agência de correios Pub – Bar Real estate agency – Imobiliária Reference point ou Landmark – Ponto de referência Restaurant – Restaurante River – Rio Road – Estrada Rotary ou Roundabout – Rotatória School – Escola Shoe store – Sapataria Sidewalk – Calçada Snack bar – Lanchonete Square – Praça Stadium – Estádio Station – Estação Stationery store – Papelaria Steak House – Churrascaria Store – Loja Street – Rua Subway station – Estação de metrô Supermarket – Supermercado Synagogue – Sinagoga Temple – Templo Town – Cidade pequena ou Município Toy store ou Toy shop – Loja de brinquedos Train station – Estação de trem Travel agency – Agência de viagens University – Universidade Zoo – Zoológico Relacionamento com outras pessoas Parents – pais Father – pai Mother – mãe Son – filho Daughter – filha Siblings – irmãos Brother – irmão Sister – irmã Halfbrother – meio-irmão Halfsister – meia-irmã Only child – filho único Wife – esposa Husband – esposo Fiancé – noivo Bride – noiva Uncle – tio Aunt – tia Cousin – primo e prima INGLÊS 44 Nephew – sobrinho Niece – sobrinha Grandparents – avós Grandfather – avô Grandmother – avó Grandson – neto Granddaughter – neta Great grandfather – bisavô Great grandmother – bisavó Great grandson – bisneto Great granddaughter – bisneta Father-in-law – sogro Mother-in-law – sogra Brother-in-law – cunhado Sister-in-law – cunhada Stepfather – padrasto Stepmother – madrasta Stepson – enteado Stepdaughter – enteada Foster parents – pais adotivos Foster father – pai adotivo Foster mother – mãe adotiva Transporte e serviços Airliner: Avião comercial (Aviões maiores geralmente chama- dos de boeing) Airplane ou apenas plane: Avião Bike: Bicicleta Boat: Barco ou bote Bus: Ônibus Canoe: Canoa Car: Carro Carriage: Carruagem Cruiser: Cruzeiro Ferry: Balsa Glider: Planador Helicopter ou chopper (informal): Helicóptero Jet: Jato ou como falamos às vezes, jatinho Moped ou scooter: Motocicleta ou mobilete (Patinete tam- bém pode ser chamado de scooter) Motorbike: Motocicleta ou simplesmente moto Motorboat: Lancha Ocean liner: Transatlântico On foot: A pé Pickup truck: Caminhonete Raft: Jangada Roller skates: Patins Sailboat: Veleiro ou barco à vela School bus: Ônibus escolar Ship: Navio Skateboard: Skate Streetcar ou trolley: Bonde Subway ou metro (inglês americano) ou The underground ou informalmente the tube (inglês britânico): Metrô Taxi ou cab: Táxi Train: Trem Truck: Caminhão Van: Furgão ou van Compras Algumas placas com informações importantes: Out to lunch – Horário de almoço Buy one get one free – Pague um, leve dois. Outras formas de passar essa mesma ideia são: BOGOF (sigla para a mesma expres- são) e two for one (dois por um). Clearance sale/Reduced to clear/Closing down sale – Liquida- ção Conversando com atendentes Excuse me, I’m looking for… – Licença, eu estou procurando por… I’m just looking/browsing, thanks. – Estou só olhando, obri- gado(a). Do you have this in… – Você tem isso em…Complete com o que você precisa que mude na peça: A bigger size (um tamanho maior)? / Yellow (amarelo)? / Pink (rosa)? Could I return this? – Eu poderia devolver isso? Could I try this on? – Posso provar? What are the store’s opening hours? – Qual o horário em que a loja abre? Esporte Individual Sports - Esportes Individuais Athletics - Atletismo Automobilism - Automobilismo Artistic Gymnastics - Ginástica Artística Boxing - Boxe Bowling - Boliche Canoeing - Canoagem Cycling - Ciclismo Equestrianism - Hipismo Fencing - Esgrima Golf - Golfe Jiujitsu - Jiu-Jítsu Judo - Judô Karate - Caratê Motorcycling - Motociclismo Mountaineering - Alpinismo Olympic Diving - Salto Ornamental Skiing - Esqui Sumo - Sumô Surfing - Surfe Swimming - Natação Table tennis - Tênis de mesa/Pingue-pongue Taekwon-Do - Taekwon-Do Tennis - Tênis Triathlon - Triatlo Weightlifting - Halterofilismo Team Sports - Esportes Coletivos Badminton – Badminton Baseball - Beisebol Basketball - Basquete Beach Soccer - Futebol de Areia Beach Volleyball - Vôlei de Praia Football – Futebol Americano Footvolley - Futevôlei Futsal - Futsal Handball - Handebol Hockey - Hóquei Polo - Polo Rhythmic Gymnastics - Ginástica Rítmica INGLÊS 45 Rugby - Rúgbi Soccer - Futebol Synchronized Swimming - Nado Sincronizado Volleyball - Vôlei Water Polo - Polo Aquático Mundo natural Animais em inglês: principais animais domésticos (pets) Bird: Pássaro; Bunny: Coelhinho; Cat: Gato; Dog: Cachorro; GuineaPig: Porquinho da Índia; Mouse: Rato/Camundongo; Parrot: Papagaio; Rabbit: Coelho; Turtle: Tartaruga. Animais em inglês: principais nomes de aves Chicken: Galinha; Rooster: Galo; Pigeon: Pomba; Peacock: Pavão; Hawk: Falcão; Swan: Cisne; Sparrow: Pardal; Duck: Pato. Animais em inglês: principais animais selvagens Alligator: Jacaré; Bat: Morcego; Bear: Urso; Crocodile: Crocodilo; Deer: Viado; Elephant: Elefante; Eagle: Águia; Giraffe: Girafa; Hippo: Hipopótamo; Kangaroo: Canguru; Lion: Leão; Monkey: Macaco; Owl: curuja; Pig: Porco; Snake: Cobra; Squirrel: Esquilo; Stag: Cervo; Tiger: Tigre; Zebra: Zebra; Wolf: Lobo. Animais em inglês: principais insetos Ant: Formiga; Mite: Ácaro; Bee: Abelha; Beetle: Besouro; Butterfly: Borboleta; Caterpillar: Lagarta; Cockroach: Barata; Cricket: Grilo; Fly: Mosca; Flea: Pulga; Firefly: Vagalume; Grasshoper: Grilo; Ladybug: Joaninha; Louseorlice: Piolho; Mosquito: Pernilongo/Mosquito; Snail: Caracol; Spider: Aranha; Tick: Carrapato; Termite: Cupim. Animais em inglês: principais animais marítimos Crab: Caranguejo; Dolphin: Golfinho; Fish: Peixe; Octopus: Polvo; Penguin: Pinguim; Seal: Foca; Shark: Tubarão; Whale: Baleia. Animais em inglês: principais tipos de peixes Carp: Carpa; Dogfish: Cação; Dried Salted Cod: Bacalhau; Flounder: Linguado; Hake: Pescada; Scabbardfish: PeixeEspada; Tuna: Atum; Tilapia: Tilápia; Trout: Truta. Animais brasileiros em inglês Capivara: Capybara; Boto Cor-de-rosa: Pink Dolphin; Lobo guará: Maned Wolf; Mico Leão Dourado: Golden Lion Tamarin; Onça Pintada: Jaguar; Tamanduá Bandira: Giantanteater; Tatu: Armadilo; Tucano: Toucan; Quati: Coati. Plantas em inglês Português Inglês árvore tree alecrim rosemary ameixieira plum tree arbusto bush / shrub azaleia azalea azevinho holly açafrão turmeric bordo maple bromélia bromeliads bétula birch canela cinnamon INGLÊS 46 carvalho oak castanheiro horse chestnut tree caule stem cebola onion cebolinha green onion cedro cedar cerejeira cherry tree coentro cilantro colorau red spice mix cominho cumin coqueiro coconut tree cravo clove erva herb ervas finas fine herbs figueira fig tree folha de louro bay leaves gengibre ginger girassol sunflower grama grass lírio lily macieira apple tree manjericão basil margarida daisy melissa melissa musgo moss noz moscada nutmeg oliveira olive tree orquídea orchid orégano oregano papoula poppy pereira pear tree pinheiro pine tree planta plant páprica paprika rosa rose salgueiro willow salsa parsley samambaia fern tulipa tulip violeta violet vitória-régia waterlily Viagens e férias Vocabulário Time off. — Tempo fora do trabalho. Day off. — Dia de folga. Vacation. — Férias. Go away. — Ir viajar. Travel. — Viajar. Take a trip. — Fazer uma viagem. Take time off. — Tirar um tempo fora do trabalho. Go to the beach. — Ir para a praia. Go to the country. — Ir para o interior. Como foram suas férias How was your vacation? — Como foram as suas férias? It was good. — Foram boas. It was amazing. — Foram demais. It was very relaxing. — Foi muito relaxante. Para onde você foi Where didyou go? — Onde você foi? We went to the beach. — Nós fomos para a praia. I went to the country with my family. — Eu fui para o interior com minha família. We took a trip to Hawaii. — Nós fizemos uma viagem para o Hawaii. We went to visit our family in France. — Nós fomos visitar a nossa família na França. Who did you go with? — Com quem você foi? I went with my sister and brother. — Eu fui com a minha irmã e meu irmão. I went with my husband and kids. — Eu fui com meu marido, esposo e crianças. I went with my wife and kids. — Eu fui com a minha esposa e crianças. I went with my classmates. — Eu fui com os meus colegas de aula. Como você viajou How did you go? — Como que você foi? We went by plane. — Nós fomos de avião. We went by car. — Nós fomos de carro. Coisas para fazer nas férias Read. — Ler. Read. — Leu. (Só muda a pronúncia) Go swimming. — Ir nadar ou nadar. Went swimming. — Fui ou foi nadar. Play beach soccer. — Jogar futebol de areia ou de praia. Played beach soccer. — Jogou futebol de areia. Make a bonfire. — Fazer uma fogueira. Made a bonfire. — Fez uma fogueira Play the guitar. — Tocar violão. Played the guitar. — Tocou violão. Throw a bonfire party. — Dar uma festa com fogueira. Threw a bonfire party. — Deu uma festa com fogueira. Write messages in the sand. — Escrever mensagens na areia. Wrote messages in the sand. — Escreveu mensagens na areia. Walk on the boardwalk. — Caminhar no calçadão de madeira. INGLÊS 47 Walked on the boardwalk. — Caminhou no calçadão de madeira. atch free summer concerts. — Assistir shows de verão gratuito. Watched free summer concerts. — Assistiu shows de verão gra- tuito. Have a picnic. — Ter um piquenique. Had a picnic. — Teve um piquenique. Play frisbee. — Jogar frisbee. Played frisbee. — Jogou frisbee. Look for seashells. — Procurar por conchas do mar. Looked for seashells. — Procurou por conchas do mar. Watch the sunset. — Assistir o pôr-do-sol. Watched the sunset. — Assistiu o pôr-do-sol. Search for historic sites. — Procurar por lugares históricos. Searched for historic sites. — Procurou por lugares históricos. Get a tan. — Pegar um bronzeado. Got a tan. — Pegou um bronzeado. Go sunbathing ou go tanning. — Ir tomar banho de sol, se bron- zear. Went sunbathing. — Foi se bronzear. Get a sunburn. — Pegar uma queimadura do sol. Got a sunburn. — Pegou uma queimadura do sol. Get sunburn. — Se queimar, ser queimado pelo sol. Got sunburn. — Se queimou do sol. Wear sunscreen ou wear sunblock. — Usar protetor solar. Wore sunscreen. — Usou protetor solar. Use tanning lotion. — Usar bronzeador. Used tanning lotion. — Usou bronzeador. Tempo As horas em inglês podem vir acompanhadas de algumas expres- sões de tempo como: Day: dia Today: hoje Yesterday: ontem The day before yesterday: anteontem Tomorrow: amanhã The day after tomorrow: depois de amanhã Morning: manhã Afternoon: tarde Evening: noite Night: noite Tonight: esta noite Midday: meio-dia At noon: ao meio-dia Midnight: meia noite At midnight: à meia-noite Para informar as horas em inglês usa-se o “it is” ou “it›s” e os nú- meros correspondentes (da hora e dos minutos): Exemplo: 4:35 – It is four thirty-five. A expressão “o’clock” é utilizada para indicar as horas exatas: Exemplo: 3:00 – It is three o’clock. A expressão “past” é usada para indicar os minutos antes do 30: Exemplo: 6:20 – It is six twenty ou It is twenty past six. A expressão “a quarter” é usada para indicar um quarto de hora (15 minutos): Exemplo: 3:15 – It is three fifteen ou It is a quarter past three. A expressão “half past” é usada para indicar meia hora (30 minu- tos): Exemplo: 8:30 – It is eight thirty ou It is half past eight. Note que depois dos 30 minutos, em vez da expressão “past”, uti- lizamos o “to”: Exemplo: 8.45 – It is eight forty-five ou It is a quarter to nine. Utilizamos as expressões a.m. e p.m. para indicar quando o horá- rio em inglês ocorre antes ou depois de meio-dia. a.m. – antes do meio-dia p.m. – depois do meio-dia Trabalho e empregos Accountant = contador Actor = ator Actress = atriz Administrator = administrador Agronomist = agrônomo Anthropologist = antropólogo Archaeologist / archeologist = arqueólogo Architect = arquiteto Astronaut = astronauta Astronomer = astrônomo Athlete = atleta Babysitter, baby-sitter, sitter, nanny (ame) = babá Baker = padeiro Bank clerk = bancário Banker = banqueiro; bancário Bank teller = caixa de banco Barber = barbeiro Barista = barista (quem tira café em casas especializadas) Bartender = barman Bellhop, bellboy = mensageiro (em hotel) Biologist = biólogo Biomedical scientist = biomédico Blacksmith = ferreiro Bricklayer, mason = pedreiro Broker = corretor (de seguros, de investimentos etc., menos de imóveis) Butcher = açougueiro Butler, major-domo = mordomo Buyer = comprador Cabdriver, cab driver, taxi driver, cabby, cabbie = taxista Cabinet-maker = marceneiro Carpenter = carpinteiro Cartoonist = cartunista Cattle breeder, cattle raiser, cattle farmer, cattle rancher = pecua- rista Cashier = caixa Chef = chef INGLÊS 48 Chemist (bre) = farmacêutico Chemist (ame) = químico Civil Servant = servidor público, funcionário público Clerk = auxiliar de escritório Coach = treinador, técnico esportivo Cobbler = sapateiro Comedian = comediante Commentator = comentarista (rádio e TV) Composer = compositor Computer programmer = programador Conference interpreter = intérprete de conferência Contractor = empreiteiro Consultant = consultor Cook = cozinheiro Dancer = dançarino Dentist = dentista Designer = designer, projetista, desenhista Diplomat = diplomata Doctor, medical doctor, physician = médico Doorman = porteiro Driver = motorista, piloto de automóvel Economist = economista Editor = editor; revisor Electrician = eletricista Engineer = engenheiro, maquinista Farmer = fazendeiro; produtor rural; agricultor Filmmaker = cineasta, produtor de cinema, diretor de cinema Firefighter, fireman = bombeiro Fisherman = pescador Flight attendant = comissário de bordo Foreman = capataz; encarregado Garbageman (ame); dustman (bre) = lixeiro Gardener = jardineiro Geographer = geógrafo Geologist = geólogo Geographer Geógrafo(a) Glazer = vidraceiro Graphic designer = designer gráfico Gravedigger = coveiro Guide = guia Hairdresser, hairstylist = cabeleireiro Headmaster, principal (ame) = diretor (de escola) Historian = historiador Housewife = dona de casa Illustrator = ilustrador Interior designer = designer de interiores, decorador Interpreter = intérprete Jailer = carcereiro Janitor, superintendent, custodian = zelador Journalist = jornalista Jeweller (bre), Jeweler (ame) = joalheiro Judge = juiz (de direito) Lawyer = advogado Librarian = bibliotecário Lifeguard = salva-vidas, guarda-vidas Locksmith = serralheiro; chaveiro Maid = empregada doméstica Male nurse = enfermeiro Manager = gerente Mathematician = matemático Mechanic = mecânico Medic = militar do Serviço de Saúde; médico Meteorologist = meteorologista Midwife = parteira Miner = mineiro Milkman = leiteiro model = modelo Musician = músico Nanny (ame) = babá Nurse = enfermeiro, enfermeira Occupational therapist = terapeuta ocupacional Optician, optometrist = oculista Painter = pintor Paleontologist = paleontólogo Paramedic = paramédico Personal TRAINER = personal Pharmacist = farmacêutico (ame) Cf. CHEMIST Philosopher = filósofo Photographer = fotógrafo Physicist = físico Physiotherapist = fisioterapeuta Pilot = piloto (menos de automóvel), prático Playwright = dramaturgo Plumber = encanador, bombeiro (RJ) Poet = poeta Police officer, officer, constable = policial Politician = político Porter = porteiro Postman, mailman = carteiro Producer = produtor (em geral artístico) Professor = professor (universitário) Proofreader = revisor Psychiatrist = psiquiatra Psychologist = psicólogo Publisher = editor Real estate agent, realtor = corretor de imóveis Receptionist = recepcionista Referee = árbitro, juiz (esportes), perito (responsável por análise de artigos científicos) Reporter =repórter Researcher = pesquisador Sailor, seaman = marinheiro Salesman* = vendedor Sales representative, sales rep = vendedor Saleswoman* = vendedora Scientist = cientista Screenwriter = roteirista Sculptor = escultor Seamstress = costureira Secretary = secretária Shopkeeper (ame), storekeeper (bre), shop owner, merchant = lo- jista, comerciante Singer, vocalist = cantor Social worker = assistente social Speech therapist = fonoaudiólogo Statistician = estatístico Systems analyst = analista de sistemas Tailor = alfaiate Teacher = professor Operator = operador Operator, telephone operator = telefonista Teller = caixa (geralmente de banco) Trader = trader, operador (em bolsa de valores) Translator = tradutor Travel agent = agente de viagens Treasurer = tesoureiro Valet = manobrista Vet, veterinarian = veterinário Waiter* = garçom Waitress* = garçonete Welder = soldador Writer = escritor Zoologist = zoólogo INGLÊS 49 QUESTÕES 01. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Professor II - Inglês - IBFC – 2019) There are a lot of _____ in the field. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. a) sheep b) sheeps c) ship d) ships 02. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Inglês – Matutino- FURB – 2019) What is the correct sequence for planning a practical writing class? Consider classroom actions (A through H below) with the correct se- quence of these actions: A- The teacher provides students with a short newspaper article about a pool in their city that can close and tells them that they will write a letter to the newspaper asking for the pool to be open. B- Stu- dents choose the top six reasons and the teacher writes them on the board. C- Groups check each other’s letters for grammatical and spel- ling errors and correct them. D- Teacher asks students in groups to brainstorm reasons for keeping pool open. E- Teacher asks students in his or her groups to write a draft of the letter using three of the reasons on the written list. F- Teacher collects all letters to send to newspaper editor. G- Groups tell their list of reasons for the whole class. H- Groups write an improved draft letter. Mark the correct sequence: a) D – G – B – A – E – C – H – F. b) A – D – G – B – E – C – H – F. c) C – D – G – E – B – A – H – F. d) A – D – C – B – E – G – H – F. e) C – D – G – B – E – H – A – F. 03. (SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Informá- tica - CESPE – 2019) The solid-waste disposal company Daily Disposal services tens of thousands of residences, businesses and construction sites in San Die- go. In the past, drivers with residential routes received two printouts each morning: a 30-page document listing more than 1,000 customers they needed to visit that day, and a separate five- or six-page document listing customers with delinquent accounts. As drivers made stops, they had to compare the two lists to determine whether to pick up each customer’s containers. With more than 90 drivers in the field, Daily Dis- posal needed a more efficient way to route trucks and document trash pickup. So, the company invested in a custom mobile app called eMo- bile, Samsung Galaxy tablets with 10.1-inch screens and cellular service from Sprint. Rather than receiving stacks of paper each morning, dri- vers simply download the day’s route onto their tablets via the eMobile app. As they move along, the mounted tablets tell them exactly where to stop. When drivers arrive at customers’ homes, they push one of three buttons on the touchscreen: “done,” “not out” or “skip.” Daily Disposal’s entire fleet now has mounted tablets. All residential drivers are using the solution, and drivers who pick up from commercial and construction sites will begin using it soon. And the company is looking for other ways to automate operations. “What we’re doing may seem simple, but it’s huge for us,” says Todd Ottonello, vice president of the company. “This also helps with our efforts to go green. The solution completely changes an industry.” Taylor Mallory Holland. Tablets bring waste management te- chnology into the digital age. Internet: : <https://insights.samsung. com> (adapted) Judge the following item in relation the previous text. In the following passage from the text, the word “trash” can be substituted by the word garbage: “Daily Disposal needed a more efficient way to route trucks and document trash pickup” ( ) Certo ( ) Errado 04. (SEDUC-AL - Professor – Inglês - CESPE – 2018) On the previous text and the vocabulary used in it, judge the items below. In the last sentence of the text, “postie” (ℓ.12) is an informal way to refer to the postman. ( ) Certo ( ) Errado 05. (SEDUC-AL - Professor – Inglês - CESPE – 2018) On the previous text and the vocabulary used in it, judge the items below. There was less than half a ton of mail in the postman’s garage. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO 1 A 2 B 3 CERTO 4 CERTO 5 ERRADO INGLÊS 50 ______________________________ ______________________________ ______________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ______________________________ ______________________________ ______________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ PORTUGUÊS I- LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS a) Os mecanismos de coesão e coerência no texto escrito; b) Os gêneros reda- cionais – os modos narrativo, descritivo e dissertativo de organização do discurso; c) Língua falada e língua escrita; d) O discurso direto e o indireto; e e) Avaliar-se-á a capacidade de o candidato decodificar adequadamente enunciados escritos da língua, indagando sobre a sig- nificação das palavras (sinônimos, antônimos e parônimos), expressões ou estruturas frasais, bem como o significado geral dos períodos, parágrafos e do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 II- GRAMÁTICA a) classe de palavras: reconhecimento, valores e emprego; b) estrutura das palavras; c) elementos que formam as palavras; d) flexão nominal: gênero, número e grau dos substantivos e dos adjetivos; gênero e número dos artigos numerais e pronomes; e) flexão verbal: modos, conjugações, vozes, tempos, pessoas, número, formação de tempos simples e compostos; reconhecimento dos elementos mórficos que constituem as formas verbais; f) termos da oração; g) classificação do período; h) orações reduzidas e desenvolvidas; i) ora- ções intercaladas ou interferentes; j) sintaxe de concordância nominal e verbal; k) sintaxe de regência nominal e verbal; l) crase; m)sintaxe de colocação dos pronomes; n) pontuação; o) paráfrase; p) denotação e conotação; q) figuras de linguagem; e r) acentuação gráfica. 12 III- REDAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 PORTUGUÊS 1 I- LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEX- TOS A) OS MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA NO TEXTO ESCRITO; B) OS GÊNEROS REDACIONAIS – OS MODOS NARRATIVO, DESCRITIVO E DISSERTATIVO DE ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO; C) LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA; D) O DISCURSO DIRETO E O INDIRE- TO; E E) AVALIAR-SE-Á A CAPACIDADE DE O CANDIDA- TO DECODIFICAR ADEQUADAMENTE ENUNCIADOS ESCRITOS DA LÍNGUA, INDAGANDO SOBRE A SIGNIFI- CAÇÃO DAS PALAVRAS (SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS), EXPRESSÕES OU ESTRUTURAS FRASAIS, BEM COMO O SIGNIFICADO GERAL DOS PERÍODOS, PARÁGRAFOS E DO TEXTO. LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO Leitura A leitura é prática de interação social de linguagem. A leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja capaz de mobi- lizar seus conhecimentos prévios, quer linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor parte do já sabido/conhecido, mas, supe- rando esse limite, incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu universo de conhecimento para melhor entender a realidade em que vive. Compreensão A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali presentes. A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto. Para ler e entender um texto é necessário obter dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias sele- tas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação/desenvolvimento e a conclusão do texto. Quando se diz que uma pessoa tem a compreensão de algo, sig- nifica que é dotada do perfeito domínio intelectual sobre o assunto. Para que haja a compreensão de algo, como um texto, por exemplo, é necessária a sua interpretação. Para isso, o indivíduo deve ser capaz de desvendar o significado das construções textuais, com o intuito de compreender o sentido do contexto de uma frase. Assim, quando não há uma correta interpretação da mensa- gem, consequentemente não há a correta compreensão da mesma. Interpretação Interpretar é a ação ou efeito que estabelece uma relação de percepção da mensagem que se quer transmitir, seja ela simultânea ou consecutiva, entre duas pessoas ou entidades. A importância dada às questões de interpretação de textos de- ve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a compe- tência de ler texto interfere decididamente no aprendizado em ge- ral, já que boa parte do conhecimento mais importante nos chega por meio da linguagem escrita. A maior herança que a escola pode legar aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, isto é, de extrair de um texto os seus significados. Num texto, cada uma das partes está combinada com as outras, criando um todo que não é mero resultado da soma das partes, mas da sua articulação. Assim, a apreensão do significado global resulta de várias leituras acompanhadas de várias hipóteses interpretati- vas, levantadas a partir da compreensão de dados e informações inscritos no texto lido e do nosso conhecimento do mundo. A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, depois de estabelecer conexões entre o que está escrito e a reali- dade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor. A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado acadêmico, eficiência na solução de exercícios e mesmo na com- preensão de situações do dia-a-dia. Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre o assunto, o elemento de fundamental importância para interpretar e compreender corretamente um texto é ter o domínio da língua. E mesmo dominando a língua é muito importante ter um di- cionário por perto. Isso porque ninguém conhece o significado de todas as palavras e é muito difícil interpretar um texto desconhe- cendo certos termos. Dicas para uma boa interpretação de texto: - Leia todo o texto pausadamente - Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado - Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote - Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo - Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda - Questione a forma usada para escrever - Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor. Lembre-se que para saber compreender e interpretar muito bem qualquer tipo de texto, é essencial que se leia muito. Quanto mais se lê, mais facilidade de interpretar se tem. E isso é fundamen- tal em qualquer coisa que se faça, desde um concurso, vestibular, até a leitura de um anúncio na rua. Resumindo: Compreensão Interpretação O que é É a análise do que está escrito no texto, a compreensão das frases e ideias pre- sentes. É o que podemos concluir sobre o que está escrito no texto. É o modo como interpretamos o conteúdo. Informação A informação está presente no texto. A informação está fora do texto, mas tem conexão com ele. Análise Trabalha com a objetividadem, com as frases e palavras que estão escritas no texto. Trabalha com a sub- jetividade, com o que você entendeu sobre o texto. PORTUGUÊS 2 QUESTÕES 01. SP Parcerias - Analista Técnic - 2018 - FCC Uma compreensão da História Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, em que tudo acontece simultaneamente. Por conseguinte, o que procura o romancista - ao menos é o que eu tento fazer - é esboçar um senti- do para todo esse caos de fatos gravados na tela do tempo. Sei que esses fatos se deram em tempos distintos, mas procuro encontrar um fio comum entre eles. Não se trata de escapar do presente. Para mim, tudo o que aconteceu está a acontecer. E isto não é novo, já o afirmava o pensador italiano Benedetto Croce, ao escrever: “Toda a Históriaé História contemporânea”. Se tivesse que escolher um sinal que marcasse meu norte de vida, seria essa frase de Croce. (SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: Com- panhia das Letras, 2010, p. 256) José Saramago entende que sua função como romancista é A) estudar e imaginar a História em seus movimentos sincrôni- cos predominantes. B) ignorar a distinção entre os tempos históricos para mantê- -los vivos em seu passado. C) buscar traçar uma linha contínua de sentido entre fatos dis- persos em tempos distintos. D) fazer predominar o sentido do tempo em que se vive sobre o tempo em que se viveu. E) expressar as diferenças entre os tempos históricos de modo a valorizá-las em si mesmas. 02. Pref. de Chapecó – SC – Engenheiro de Trânsito – 2016 - IOBV Por Jonas Valente*, especial para este blog. A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes Ciberné- ticos da Câmara dos Deputados divulgou seu relatório final. Nele, apresenta proposta de diversos projetos de lei com a justificativa de combater delitos na rede. Mas o conteúdo dessas proposições é explosivo e pode mudar a Internet como a conhecemos hoje no Brasil, criando um ambiente de censura na web, ampliando a re- pressão ao acesso a filmes, séries e outros conteúdos não oficiais, retirando direitos dos internautas e transformando redes sociais e outros aplicativos em máquinas de vigilância. Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet é usado para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso da Internet. Como há dificuldades de se apurar crimes na rede, as soluções buscam criminalizar o máximo possível e transformar a navegação em algo controlado, violando o princípio da presunção da inocência previsto na Constituição Federal. No caso dos crimes contra a honra, a solu- ção adotada pode ter um impacto trágico para o debate democrá- tico nas redes sociais – atualmente tão importante quanto aquele realizado nas ruas e outros locais da vida off line. Além disso, as propostas mutilam o Marco Civil da Internet, lei aprovada depois de amplo debate na sociedade e que é referência internacional. Após a leitura atenta do texto, analise as afirmações feitas: I. O jornalista Jonas Valente está fazendo um elogio à visão equilibrada e vanguardista da Comissão Parlamentar que legisla so- bre crimes cibernéticos na Câmara dos Deputados. II. O Marco Civil da Internet é considerado um avanço em todos os sentidos, e a referida Comissão Parlamentar está querendo cer- cear o direito à plena execução deste marco. III. Há o temor que o acesso a filmes, séries, informações em geral e o livre modo de se expressar venham a sofrer censura com a nova lei que pode ser aprovada na Câmara dos Deputados. IV. A navegação na internet, como algo controlado, na visão do jornalista, está longe de se concretizar através das leis a serem vo- tadas no Congresso Nacional. V. Combater os crimes da internet com a censura, para o jorna- lista, está longe de ser uma estratégia correta, sendo mesmo per- versa e manipuladora. Assinale a opção que contém todas as alternativas corretas. A) I, II, III. B) II, III, IV. C) II, III, V. D) II, IV, V. 03. Pref. de São Gonçalo – RJ – Analista de Contabilidade – 2017 - BIO-RIO Édipo-rei Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está ajoe- lhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão um ramo de oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote de Zeus. (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013) O texto é a parte introdutória de uma das maiores peças trági- cas do teatro grego e exemplifica o modo descritivo de organização discursiva. O elemento abaixo que NÃO está presente nessa des- crição é: A) a localização da cena descrita. B) a identificação dos personagens presentes. C) a distribuição espacial dos personagens. D) o processo descritivo das partes para o todo. E) a descrição de base visual. 04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - Processual – 2016 - FGV Problemas Sociais Urbanos Brasil escola Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por mora- dias em regiões ainda mais distantes. Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima in- fraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência. PORTUGUÊS 3 A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois princi- pais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apre- sentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue. PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/ problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Aces- so em 14 de abril de 2016. A estruturação do texto é feita do seguinte modo: A) uma introdução definidora dos problemas sociais urbanos e um desenvolvimento com destaque de alguns problemas; B) uma abordagem direta dos problemas com seleção e expli- cação de um deles, visto como o mais importante; C) uma apresentação de caráter histórico seguida da explicita- ção de alguns problemas ligados às grandes cidades; D) uma referência imediata a um dos problemas sociais urba- nos, sua explicitação, seguida da citação de um segundo problema; E) um destaque de um dos problemas urbanos, seguido de sua explicação histórica, motivo de crítica às atuais autoridades. 05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - Administrativa – 2016 - FGV O futuro da medicina O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte das pro- fissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem músicos, jorna- listas, carteiros etc. Um ofício relativamente poupado até aqui é o de médico. Até aqui. A crer no médico e “geek” Eric Topol, autor de “The Patient Will See You Now” (o paciente vai vê-lo agora), está no forno uma revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá impactos positivos para os pacientes. Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos colo- ca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou muito próximas disso, que terão grande impacto sobre a medicina. Já é possível, por exemplo, fotografar pintas suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que as analisa e diz com mais precisão do que um derma- tologista se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que exige medidas adicionais. Está para chegar ao mercado um apetrecho que transforma o celu- lar num verdadeiro laboratório de análises clínicas, realizando mais de 50 exames a uma fração do custo atual. Também é possível, adquirindo lentes que custam centavos, transformar o smartphone num supermi- croscópio que permite fazer diagnósticos ainda mais sofisticados. Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, diz Topol, fará com que as pessoas administrem mais sua própria saúde, re- correndo ao médico em menor número deocasiões e de preferên- cia por via eletrônica. É o momento, assegura o autor, de ampliar a autonomia do paciente e abandonar o paternalismo que desde Hipócrates assombra a medicina. Concordando com as linhas gerais do pensamento de Topol, mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, ele provavel- mente exagera. Acho improvável, por exemplo, que os hospitais caminhem para uma rápida extinção. Dando algum desconto para as previsões, “The Patient...” é uma excelente leitura para os inte- ressados nas transformações da medicina. Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 17/01/2016. Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina: A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia; B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia; C) levará à extinção da profissão de médico; D) independerá completamente dos médicos; E) estará limitado aos meios eletrônicos. RESPOSTAS 01 C 02 C 03 D 04 B 05 B COESÃO E COERÊNCIA Coerência diz respeito à articulação do texto, compatibilidade das ideias e à lógica do raciocínio. Coesão referese à expressão lin- guística, nível gramatical, estruturas frasais e ao emprego do voca- bulário. Ambas relacionamse com o processo de produção e compreen- são do texto, mas nem sempre um texto coerente apresenta coe- sãoe vice-versa. Sendo assim, um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma sequência lógica. A coerência textual é responsável pela hierarquização dos ele- mentos textuais, ou seja, ela tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a expressão das ideias percebidas e orga- nizadas, no processo de codificação referido na página Coesão É o resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. A coesão ajuda com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos. Mecanismos de Coesão A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: aná- fora e catáfora. Ambas se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são qualificadas como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o ante- cipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. Regras para a coesão textual: Referência Pessoal: usa pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: Eles são irmãos de Elisabete. (Referência pessoal anafórica) Demonstrativa: usa pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Terminei todos os livros, exceto este. (Referência demons- trativa catafórica) Comparativa: usa comparações através de semelhanças. Exem- plo: Dorme igual ao irmão. (Referência comparativa endofórica) PORTUGUÊS 4 Substituição Substitui um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições. Exemplo: Vamos à praia ama- nhã, eles irão nas próximass férias. Observe que a substituição acrescenta uma informação nova ao texto. Elipse Pode ser omitido através da elipse um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase. Exemplo: Temos entra- das a mais para o show. Você as quer? (A segunda oração é percep- tível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são as entradas para o show.) Conjunção As conjunções ligam orações estabelecendo relação entre elas. Exemplo: Nós não sabemos quanto custam as entradas, mas ele sabe. (adversativa) Coesão Lexical É a utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros Exemplo: Aquela casa está inabtável. Ela está literalmente caindo aos pedaços. Coerência É a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação. Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente, o que compro- mete a clareza do discurso e a eficácia da leitura. Exemplo: Ela está de regime, mas adora comer brigadeiros. (quem está de regime não deve comer doces) Fatores de Coerência São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto. Vejamos alguns: Conhecimento de Mundo: conjunto de conhecimento que ad- quirimos ao longo da vida e que são arquivados na nossa memória. Inferências: as informações podem ser simplificadas se par- timos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento. Fatores de contextualização Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providen- ciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem. Exemplo: — Começaremos às 8h. — O que começará às 8h? Não sei sobre o que está falando. Informatividade Quanto mais informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o texto. Resumidamente: Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do tex- to, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um víncu- lo ou conexão sequencial.Se o vínculo coesivo se faz via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. Coerência: é a rede de ligação entre as partes e o todo de um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada rela- ção semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. QUESTÕES 01. TRF 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – 2015 - FCC Há falta de coesão e de coerência na frase: A) Nem sempre os livros mais vendidos são, efetivamente, os mais lidos: há quem os compre para exibi-los na estante. B) Aquele romance, apesar de ter sido premiado pela academia e bem recebido pelo público, não chegou a impressionar os críticos dos jornais. C) Se o sucesso daquele romance deveu-se, sobretudo, à res- posta do público, razão pela qual a maior parte dos críticos também o teriam apreciado. D) Há livros que compramos não porque nos sejam imediata- mente úteis, mas porque imaginamos o quanto poderão nos valer num futuro próximo. E) A distribuição dos livros numa biblioteca frequentemente indica aqueles pelos quais o dono tem predileção. 02. TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA – 2014 - VUNESP Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos aos quais se subordinam sentido de: A) comparação. B) intensidade. C) igualdade. D) dúvida. E) quantidade. 03. TJ/RJ – Analista Judiciário – 2015 - FGV “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. A oração em forma desenvolvida que substitui correta e ade- quadamente o gerúndio “advertindo” é: A) com a advertência de; B) quando adverte; C) em que adverte; D) no qual advertia; E) para advertir. PORTUGUÊS 5 04. PREF. DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – 2016 - UPE- NET Observe o fragmento de texto abaixo: “Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justa- mente na hora da prova?” Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”. II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção subordinati- va que exprime circunstância temporal. III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra “con- teúdo”. IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras inva- riáveis, classificadas como substantivos. Está CORRETO apenas o que se afirma em: A) I e III. B) II e IV. C) I e IV. D) II e III. E) I e II. 05. PREF. DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – 2016 - FGV Dificuldadesno combate à dengue A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Pau- lo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doen- ça, segundo dados da Prefeitura. As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando al- guém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acon- tece. (Saúde Uol). “Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano A) em que apareceu a dengue pela primeira vez. B) em que o texto foi produzido. C) em que o leitor vai ler a reportagem. D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo. E) em que começaram a ser registrados os casos da doença. 06. CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – 2015 - CESGRANRIO Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a palavra sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o sentido? A) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho. B) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel. C) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o em- brulho. D) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os in- divíduos. E) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo. RESPOSTAS 1 C 2 B 3 C 4 D 5 B 6 D GÊNEROS TEXTUAIS São textos encontrados no nosso dia-a-dia e apresentam carac- terísticas sócio comunicativas (carta pessoal ou comercial, diários, agendas, e-mail, facebook, lista de compras, cardápio entre outros). É impossível se comunicar verbalmente a não ser por um tex- to e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais (como ele é feito) como as condições sociais (como ele funciona na sociedade). Os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados ela- borados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Por essa relatividade a que se refere o autor, pode-se entender que o gênero permite certa flexibilidade quanto à sua composição, favorecendo uma categorização no próprio gênero, isto é, a criação de um sub- gênero. Os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamen- te vinculados à vida cultural e social, portanto, são entidades sócio discursivas e formas de ação social em qualquer situação comuni- cativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e dinâmicos. Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas fun- ções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas pe- culiaridades linguísticas e estruturais. Os textos, tanto orais quanto escritos, que têm o objetivo de estabelecer algum tipo de comunicação, possuem algumas caracte- rísticas básicas que fazem com que possamos saber em qual gênero textual o texto se encaixa. Algumas dessas características são: o tipo de assunto abordado, quem está falando, para quem está falando, qual a finalidade do texto, qual o tipo do texto (narrativo, argumen- tativo, instrucional, etc.). É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero lite- rário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma possui um significa- do totalmente diferente da outra. Gêneros textuais – cada um deles possui o seu próprio estilo de escrita e de estrutura. Desta forma fica mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles e poder classifica-los de acordo com suas características. Gênero Literário –os textos abordados são apenas os literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de texto. O gê- nero literário é classificado de acordo com a sua forma, podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc. Tipo textual –forma como o texto se apresenta, podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta e com a finalidade para o qual foi escrito. PORTUGUÊS 6 Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais, de- vemos pensar também na linguagem adequada a ser adotada em cada um deles. Por isso existem a linguagem literária e a lingua- gem não literária. Diferentemente do que acontece com os textos literários, nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico e também com o estilo, os textos não literários apresentam carac- terísticas bem delimitadas para que possam cumprir sua principal missão, que é, na maioria das vezes, a de informar. Quando pensamos em informação, alguns elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transparência e o compro- misso com uma linguagem não literária, afastando assim possíveis equívocos na interpretação de um texto. Os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamen- te vinculados à vida cultural e social, portanto, são entidades sócio discursivas e formas de ação social em qualquer situação comuni- cativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e dinâmicos. Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas fun- ções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas pe- culiaridades linguísticas e estruturais. Tipos de Gêneros Textuais Existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipo- lógicas de texto, e cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais pecu- liares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, disser- tativo-argumentativo, expositivo e injuntivo. Texto Narrativo: apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Exemplos de gêneros textuais narrativos: Romance Novela Crônica Contos de Fada Fábula Lendas Texto Descritivo: se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. São textos cheios de adjeti- vos, que descrevem ou apresentam imagens a partir das percep- ções sensoriais do locutor (emissor). Exemplos de gêneros textuais descritivos: Diário Relatos (viagens, históricos, etc.) Biografia e autobiografia Notícia Currículo Lista de compras Cardápio Anúncios de classificados Texto Dissertativo-Argumentativo: encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela de- fesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresenta- ção), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: Editorial Jornalístico Carta de opinião Resenha Artigo Ensaio Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado Texto Expositivo: possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, infor- mação, descrição e comparação. Exemplos de gêneros textuais expositivos: Seminários Palestras Conferências Entrevistas Trabalhos acadêmicos Enciclopédia Verbetes de dicionários Texto Injuntivo: também chamado de texto instrucional, indi- ca uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Exemplos de gêneros textuais injuntivos: Propaganda Receita culinária Bula de remédio Manual de instruções Regulamento Textos prescritivos QUESTÕES 01. SEDUC-CE - Professor - Língua Portuguesa – 2018 - UECE-CEV Considerando que os gêneros estão agrupados em cinco mo- dalidades retóricas correspondentes aos tipos textuais, assinale a opção em que a correspondência dos exemplos e as respectivas modalidades está correta. A) ARGUMENTAR: novela fantástica, texto de opinião, debate regrado. B) EXPOR: seminário, conferência, entrevista de especialista. C) NARRAR: fábula, curriculum vitae, lenda. D) DESCREVER: regulamento, regras de jogo, carta do leitor. 02. SEDUC-CE - Professor - Língua Portuguesa – 2018 - UECE-CEV Receita do amor Ingredientes: • 4 xícaras de carinho • 2 xícaras de atenção • 2 colheres de suspiros • 8 pedaços de saudades •3 colheres de respeito • Amor, sorrisos bobos, pimenta e ciúmes a gosto Modo de preparo: – Misture 8 pedaços de saudade com 2 xícaras de atenção em uma panela até virar uma mistura onde qualquer momento seja es- pecial. Acrescente sorrisos bobos até ficar homogêneo; – Junte todo o carinho na forma e caramelize com suspiros de paixão, ao sentir o cheiro de sonhos se espalhando no ambiente retire do fogo e acrescente uma pitada de pimenta para sentirmos a intensidade dentro de nós sempre que provarmos; – Misture bem todos os ingredientes anteriores; PORTUGUÊS 7 – Para não virar rotina, acrescente muito amor e uma colher de ciú- mes. Para dar um pequeno sabor de dedicação, adicione 3 colheres de respeito. (Caso erre na medida de ciúmes coloque respeito a gosto). (...) Rendimento: Duas porções Dica de acompanhamento: Aprecie com abraços e músicas. Diêgo Cabó Fonte:https://www.pensador.com/frase/MTgyMjExMg/. Aces- so em 08/09/2018. O critério que impera na determinação interpretativa do gêne- ro apresentado é A) o suporte. B) o contexto. C) a forma. D) a função. 03. CREMESP - Oficial Administrativo - Área Administrativa – 2016 – FCC Outro dia, em busca de determinada informação, caiu-me às mãos um calendário de 1866. Por força do hábito, examinei-o pelo avesso e descobri um panorama encantador. Como todos antes dele, foi um ano cheio de domingos. Nasceu e morreu gente. De- clararam-se guerras e fizeram-se as pazes, não necessariamente nessa ordem. O barco a vapor, o telégrafo e a fotografia eram as grandes novidades, e já havia no ar um xodó pela tecnologia. Mas não adiantava: aquele mundo de 150 anos atrás continuava predo- minantemente literário. Eram tempos em que, flanando pelas grandes cidades, os mortais podiam cruzar com os escritores nas ruas — poetas, romancistas, pen- sadores —, segui-los até seus cafés, sentar-se à mesa do lado, ouvir o que eles diziam e, quem sabe, puxá-los pela manga e oferecer-lhes fogo. Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas mesmas cidades, quem sabe até em bairros vizinhos. E todos em idade madura, no auge de suas vidas ativas e criativas. Na Paris de 1866, por exemplo, roçavam cotovelos Alexandre Du- mas, Victor Hugo, Baudelaire. Em Lisboa, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz. E, no Rio, bastava um pulinho à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José de Alencar. Que viagem, a 1866. (Adaptado de: CASTRO, Ruy. Viagem a 1866. Disponível em: www.folha.uol.com.br) Uma característica do gênero crônica que pode ser observada no texto é a presença de uma linguagem A) imparcial, que se evidencia em: Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas mesmas cidades... B) formal, que se evidencia em: ... já havia no ar um xodó pela tecnologia. C) arcaica, que se evidencia em: Que viagem, a 1866. D) coloquial, que se evidencia em: ... foi um ano cheio de do- mingos E) argumentativa, que se evidencia em: Nasceu e morreu gente. 04. CREMESP - Oficial Administrativo - Área Administrativa- 2016 – FCC O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, foi a data esco- lhida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para o lançamento de uma campanha pela humanização da Medicina. Com o mote “O calor humano também cura”, a ação pretende enaltecer a vocação humanitária do médico e fortalecer a relação entre esses profissionais e seus pacientes, um dos pilares da Medicina. As peças da campanha ressaltam, por meio de filmes, anúncios e banners, que o médico é especialista em pessoas e que o toque, o olhar e a conversa são tão essenciais para a Medicina quanto a evolução tecnológica. (No Dia do Médico, Cremesp lança campanha pela humaniza- ção da Medicina. Disponível em: www.cremesp.org.br) Levando em conta a linguagem, o formato e a finalidade do texto, conclui-se que se trata de A) uma notícia. B) um artigo de opinião. C) uma carta comercial. D) uma reportagem. E) um editorial. 05. Pref. de Maceió - AL - Técnico Administrativo – 2017 - CO- PEVE-UFAL [...] Nada de exageros Consumir dentro do limite das próprias economias é um bom exemplo para as crianças. “Endividar-se para consumir não está cer- to”, afirma a advogada Noemi Friske Momberger, autora do livro A publicidade dirigida a crianças e adolescentes, regulamentos e res- trições. Isso vale tanto para as crianças como para os pais. É preciso dar exemplo. Não adianta inventar regras apenas para quem tem menos de 1 metro e meio. É preciso ajudar as crianças a entender o que cabe no orçamento familiar. “Explico para meus filhos que não podemos ter algumas coisas, mesmo que muitos na escola tenham três vezes mais”, diz a professora de Inglês Lucia Razeira, de 30 anos, mãe de Vitor, de 7, e Clara, de 10. [...] Disponível em:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epo- ca/0,,EMI58402-15228,00- EU+QUERO+EU+QUERO+EU+QUERO. html>.Acesso em: 07 fev. 2017. Considerando as características predominantes, o gênero tex- tual A) é seguramente uma reportagem em que se observam argu- mentos do autor. B) se enquadra no tipo narrativo, uma vez que há predomínio de sequências descritivas. C) foi totalmente explicitado no recorte apresentado, já que diz respeito a um artigo de opinião. D) é uma notícia, já que narra um fato verídico, com informa- ções sobre a necessidade de se ensinar os limites do consumo. E) é delimitado pela esfera do campo opinativo, uma vez que defende o ponto de vista de que é preciso haver limites para o con- sumo, por meio de três argumentos básicos. RESPOSTAS 01 B 02 D 03 D 04 A 05 E PORTUGUÊS 8 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Chamamos de Linguagem a habilidade de expressar nossas ideias, sentimentos e opiniões. Trata-se de um fenômeno comuni- cativo. Usamos vários tipos de linguagens para comunicação: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais. A lingua- gem pode ser: Verbal: usa as palavras para se comunicar. Não verbal: usa outros meios de comunicação, que não sejam as palavras. Por exemplo: linguagem de sinais, placas e sinais de trânsito, linguagem corporal, figura, expressão facial, etc. Existe também a Linguagem mista, que é o uso simultâneo dos dois tipos de linguagem para estabelecer a comunicação. Ela ocorre quando por exemplo dizemos que sim e ao mesmo tempo balança- mos a cabeça. Está também presente em histórias em quadrinhos, em charges, em vídeo, etc. A Língua é um instrumento de comunicação, que possui um caráter social: pertence a um conjunto de pessoas, que podem agir sobre ela. Cada pessoa pode optar por uma determinada forma de expressão. Porém, não se pode criar uma língua específica e querer que outros falantes entendam. Língua é diferente de escrita. A escrita é um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, acompanhada pelo tom de voz e algumas vezes por mímicas. A língua escrita é um sistema mais rígido, não conta com o jogo fisionômico, mímicas e o tom de voz. No Brasil, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua por diversos fatores. Dentre eles: Fatores Regionais, Fatores Culturais, Fatores Contextuais, Fatores Profissio- nais e Fatores Naturais. A Fala é o uso oral da língua. Trata-se de um ato individual, onde cada um escolhe a forma que melhor se expressa. Assim, há vários níveis da fala. Devido ao caráter individual da fala, pode-se observar dois níveis: - Coloquial-Popular: nível da fala mais espontâneo, onde não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais. - Formal-Culto: normalmente utilizado pelas pessoas em situa- ções formais. É necessário um cuidado maior com o vocabulário e seguir as regras gramaticais da língua. Vejamos agora alguns exemplos de textos não verbais: Linguagem intencional: Toda vez que nos depararmos com um texto despretensioso ou seja sem nenhum objetivo podemos julgar que há algum tipo de pretensão. Para cada tipo de intenção existe umaforma distinta de linguagem. Por isso, uma declaração de amor é feita de jeito e uma entrevista de emprego de outra. Não é difícil distinguir os tipos de linguagens, pois falada ou escrita, só pode ser verbal. Sempre que a comunicação precisar de uma estrutura gramatical adequada para ser entendida, ela será uma linguagem verbal. QUESTÕES 01. Sobre as linguagens verbal e não verbal, estão corretas, ex- ceto: a) a linguagem não verbal é composta por signos sonoros ou visuais, como placas, imagens, vídeos etc. b) a linguagem verbal diz respeito aos signos que são formados por palavras. Eles podem ser sinais visuais e sonoros. c) a linguagem verbal, por dispor de elementos linguísticos con- cretos, pode ser considerada superior à linguagem não verbal. d) linguagem verbal e não verbal são importantes, e o sucesso na comunicação depende delas, ou seja, quando um interlocutor recebe e compreende uma mensagem adequadamente. 02. Qual o tipo de linguagem utilizada abaixo: PORTUGUÊS 9 https://www.todamateria.com.br/linguagem-verbal-e-nao- -verbal/ A) Linguagem verbal B) Linguagem não verbal C) Linguagem mista D) Linguagem conotativa 03. Quando assistimos um jogo de futebol, as linguagens ver- bal e não verbal estão envolvidas. Qual delas abaixo representa a linguagem verbal usadas nas partidas de futebol: A) Bandeiras de impedimento B) Cartões vermelho e amarelo C) Locutor do Futebol D) O apito do juiz 04. UERJ Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou seus tra- balhos em diversos jornais, entre eles o Jornal do Brasil e o The New York Times No cartum apresentado, o significado da palavra escrita é refor- çado pelos elementos visuais, próprios da linguagem não verbal. A separação das letras da palavra em balões distintos contribui para expressar principalmente a seguinte ideia: A) dificuldade de conexão entre as pessoas B) aceleração da vida na contemporaneidade C) desconhecimento das possibilidades de diálogo D) desencontro de pensamentos sobre um assunto 05. Gráficos são exemplos de utilização simultânea das lingua- gens verbal e não verbal. É preciso analisar as duas ocorrências para a compreensão do texto. Nos gráficos, os elementos visuais e os elementos textuais são fundamentais para o entendimento total da mensagem transmiti- da. No gráfico em questão, a linguagem verbal e a linguagem não verbal têm como intenção mostrar ao leitor que: A) O número de casamentos entre pessoas acima de 60 anos diminuiu em um período de cinco anos. B) O número de pessoas acima de 60 anos que estão inseridas no mercado de trabalho é proporcionalmente inverso à quantidade de pessoas que se casam nessa faixa etária. C) Apresenta dados para o leitor que comprovam o aumento no número de casamentos entre pessoas acima de 60 anos, assim como o aumento da inserção de pessoas acima de 60 anos no mer- cado de trabalho. D) Apresenta a preocupação com a diminuição no número de casamentos entre pessoas de várias faixas etárias da população brasileira, assim como a dificuldade dessas pessoas para conseguir emprego no mercado de trabalho. RESPOSTAS 01 C 02 C 03 C 04 A 05 C DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de discursos utilizados no gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo com a intenção do narrador. Há três maneiras principais de repro- duzir a fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. Discurso Direto O discurso direto é o expediente de citação do discurso alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e, depois, repro- duz literalmente a fala dele. PORTUGUÊS 10 As marcas do discurso são: - A fala das personagens é, de princípio, anunciada por um ver- bo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e começou a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer” (como: recrutar, retorquir, afirmar, declarar e outros do mesmo tipo), que pode vir antes, no meio ou depois da fala das personagens (no nosso caso, veio depois); - A fala das personagens aparece nitidamente separada da fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vírgula; - Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação à pessoa da personagem, ao momento em que ela fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o aqui e o tempo em que fala é o agora. Discurso Indireto O discurso indireto não chega ao leitor diretamente, isto é, por meio das palavras do narrador. Por essa razão, esse expediente é chamado discurso indireto. As principais marcas do discurso indireto são: - falas das personagens vêm introduzidas por um verbo de di- zer; - falas das personagens constituem oração subordinada subs- tantiva objetiva direta do verbo de dizer e, são separadas da fala do narrador por uma partícula introdutória normalmente “que” ou “se”; - pronomes pessoais, tempos verbais e palavras que indicam espaço e tempo (como pronomes demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação ao narrador, ao momento em que ele fala e ao espaço em que está. Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indireto No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o verbo dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. Quando o ver- bo dizer estiver no presente e o da fala da personagem estiver no presente, pretérito ou futuro do presente, os tempos mantêm-se na passagem do discurso direto para o indireto. Se o verbo dizer estiver no pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da personagem são as seguintes: Discurso direto Discurso indireto Tempos e modos Tempos e modos •Presente •Imperfeito •Perfeito •Mais-que-perfeito •Futuro(Indicativo) •Condicional •Futuro(Conjuntivo) •Imperfeito(Conjuntivo) •Imperativo •Conjuntivo Demonstrativos: Demonstrativos: Este, esta, isto ... Aquele, aquela, aquilo Esse, essa, isso ... Discurso direto Discurso indireto Advérbios: Advérbios: • Tempo: agora,já hoje, ontem amanhã logo •Lugar: aqui cá • Tem,po: então, naquele momento, logo, imediata- mente naquele dia, no dia anterior, na véspera no dia seguinte depois • Lugar: ali, além, acolá, lá Vocativo Desaparece ou passa a com- plemento indireto Discurso Indireto Livre Há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala dos personagens. Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas. As características do discurso indireto livre são: - Não há verbos de dizer anunciando as falas das personagens; - Estas não são introduzidas por partículas como “que” e “se” nem separadas por sinais de pontuação; - O discurso indireto livre contém, como o discurso direto, ora- ções interrogativas, imperativas e exclamativas, bem como interjei- ções e outros elementos expressivos; - Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras indica- doras de espaço e de tempo são usadas da mesma forma que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no presente (está), como no discurso direto. Da mesma forma o pronome demonstrativo ocorre na forma aquilo, como no discurso indireto. Exemplos: O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo! Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão! QUESTÕES 01. SEDU/ES – Professor – Língua Portuguesa – 2016 - FCC As enchentes de minha infância Rubem Braga Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira jun- to à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depoisde nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bana- neiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimi- dade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de ma- PORTUGUÊS 11 nhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas ca- beceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes. (BRAGA, Rubem. As enchentes de minha infância. In: Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962, p. 157) Há a presença do discurso indireto em: A) Eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. B) Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. C) Então vinham todos dormir em nossa casa. D) Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E) Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita. 02. Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo – 2018 - FCC 1. Sinto inveja dos contistas. Para mim, é mais fácil escrever um romance de 200 páginas que um conto de duas. 2. Já se tentou explicar em fórmulas narrativas a diferença en- tre um conto, uma novela e um romance, mas o leitor, que não pre- cisa de teoria, sabe exatamente o que é uma coisa ou outra assim que começa a ler; quando termina logo, é um conto. O critério do tamanho prossegue invencível. 3. Para entender o gênero, criei arbitrariamente um ponto mí- nimo de partida, que considero o menor conto do mundo, uma sín- tese mortal de Dalton Trevisan: “Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia”. 4. Temos aí dois personagens, um diálogo implícito e uma intri- ga tensa que parece vir de longe e não acabar com o conto. Bem, por ser um gênero curto, o conto é também, por parecer fácil, uma perigosa porta aberta em que cabe tudo de cambulhada. 5. Desde Machado de Assis, que colocou o gênero entre nós num patamar muito alto já no seu primeiro instante, a aparente facilidade do conto vem destroçando vocações. 6. Além disso, há a maldição dos editores, refletindo uma su- posta indiferença dos leitores: “conto não vende”. Essa é uma ques- tão comercial, não literária. Porque acabo de ler dois ótimos livros de contos que quebram qualquer preconceito eventual que se te- nha contra o gênero. 7. Os contos de A Cidade Dorme, de Luiz Ruffato, que já havia demonstrado ser um mestre da história curta no excelente Flores Artificiais, formam uma espécie de painel do “Brasil profundo”, a gigantesca classe média pobre que luta para sobreviver, espremida em todo canto do país entre os sonhos e a violência. 8. Em toda frase, sente-se o ouvido afinado da linguagem colo- quial que transborda nossa cultura pelo arcaísmo de signos singe- los: “Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido da minha professora, dona Aurora”. 9. O atávico país rural, com o seu inesgotável atraso, explode em todos os poros da cidade moderna. 10. Já nos dez contos de Reserva Natural, de Rodrigo Lacerda, que se estruturam classicamente como “intrigas”, na melhor heran- ça machadiana, o mesmo Brasil se desdobra em planos individuais; e o signo forte de “reserva natural” perde seu limite geográfico para ganhar a tensão da condição humana. 11. Como diz o narrador do conto “Sempre assim”, “é tudo uma engrenagem muito maior”. (Adaptado de: TEZZA, Cristovão Disponível em: www1.folha. uol.com.br) Ao se transpor a frase: “Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia” (3o parágrafo) para o discurso indireto, o trecho sublinhado assumirá a seguinte forma: A) se sentiria B) sentiu-se C) se sentira D) estaria sentindo-me E) estava se sentindo 03. (Pref. de Natal/RN – Psicólogo – IDECAN/2016) Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náu- fragos Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o so- frimento dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias filhas. O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe. Nos últimos me- ses, tem se dedicado a registrar a onda de refugiados na Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas fotos, como tem sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia, onde milhares de re- fugiados pisam pela primeira vez em território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já desembarcaram no litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo acusadas de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a ameaça de suspender o país do Acordo Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os Estados-membros. Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, em território pacífico, pessoas que trazem no rosto o sofrimento da guerra. “Só de saber que você não está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso”, diz Messi- nis.Numa guerra, o fotógrafo também corre perigo, então, de certa forma, está em pé de igualdade com as pessoas que protagonizam as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele está em absoluta segurança. As pessoas que chegam estão lutando por suas vidas. Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois de pisar em terra firme, por falta de atendimento médico. Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câ- mera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns deles nas pedras à beira-mar. O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com as próprias filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7 meses. Quando vê o que acontece com as crianças que chegam nos botes, Messinis pensa em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, de terem onde morar e de viverem num país em paz. Elas não têm do que reclamar. Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em: http://veja. abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-se- -divide-entresocorrer-e-fotografar-naufragos/.) Dentre os recursos utilizados pelo autor, é correto afirmar acer- ca do trecho “Só de saber que você não está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso” [...] (2º§), em discurso direto, que sua principal função é A) conferir credibilidade ao texto e ampliar a informação apre- sentada. PORTUGUÊS 12 B) apresentar diferentes pontos de vista, além de um conheci- mento maior do assunto. C) destacar uma informação e caracterizá-la com um alto nível de relevância para o leitor. D) despertar o interesse do leitor pelo assunto tratado, apre- sentando o fato objetivamente. 04. UEG - Professor de Nível Superior - 2018 - UEG Era uma vez um escorpião que estava na beira de um rio, quan- do a vegetação da margemcomeçou a queimar. Ele ficou deses- perado, pois, se pulasse na água, morreria afogado e, se perma- necesse onde estava, morreria queimado. Nisso, viu um sapo que estava preparando-se para saltar no rio e, assim, livrar-se do fogo. Pediu-lhe, então, que o transportasse nas costas para o outro lado. O sapo respondeu-lhe que não faria de jeito nenhum o que ele esta- va solicitando, porque ele poderia dar-lhe uma ferroada, levandoo à morte por envenenamento. O escorpião retrucou que o sapo pre- cisaria guiar-se pela lógica; ele não poderia dar-lhe uma ferroada, pois, se o sapo morresse, ele também morreria, porque se afogaria. O sapo disse que o escorpião estava certo e concordou em levá-lo até a outra margem. No meio do rio, o escorpião pica o sapo. Este, sentindo a ação do veneno, vira-se para aquele e diz que só gostaria de entender os motivos que fizeram que ele o picasse, já que o ato era prejudicial também ao escorpião. Este, então, respon- de que simplesmente não podia negar a sua natureza. Narrativa popular. In: SAVIOLI, Francisco Platão e FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006. p.87 No trecho “O sapo disse que o escorpião estava certo e con- cordou em levá-lo até a outra margem”, tem-se um exemplo de discurso A) direto B) metalinguístico C) indireto D) direto livre E) misto 05. Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Arquivo e Biblioteca – 2018 - FCC Atenção: Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão. Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, en- contrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu co- nheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramen- te maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompes- se a leitura e metesse os versos no bolso. – Continue, disse eu acordando. – Já acabei, murmurou ele. – São muito bonitos. Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizi- nhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me as- sim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou- -lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça. Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto. (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.) Ao se transpor o trecho – Já acabei, murmurou ele. (3° pará- grafo) para o discurso indireto, o verbo “acabei” assume a seguinte forma: A) tinha acabado. B) acabou. C) estava acabando. D) acabaria. E) estaria acabando. RESPOSTAS 01 E 02 C 03 A 04 C 05 A II- GRAMÁTICA A) CLASSE DE PALAVRAS: RECONHECI- MENTO, VALORES E EMPREGO; B) ESTRUTURA DAS PA- LAVRAS; C) ELEMENTOS QUE FORMAM AS PALAVRAS; D) FLEXÃO NOMINAL: GÊNERO, NÚMERO E GRAU DOS SUBSTANTIVOS E DOS ADJETIVOS; GÊNERO E NÚMERO DOS ARTIGOS NUMERAIS E PRONOMES; E) FLEXÃO VERBAL: MODOS, CONJUGAÇÕES, VOZES, TEMPOS, PESSOAS, NÚMERO, FORMAÇÃO DE TEMPOS SIMPLES E COMPOSTOS; RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS MÓRFICOS QUE CONSTITUEM AS FORMAS VERBAIS; F) TERMOS DA ORAÇÃO; G) CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO; H) ORAÇÕES REDUZIDAS E DESENVOLVIDAS; I) ORA- ÇÕES INTERCALADAS OU INTERFERENTES; J) SINTAXE DE CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL; K) SINTAXE DE REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL; L) CRASE; M)SINTA- XE DE COLOCAÇÃO DOS PRONOMES; N) PONTUAÇÃO; O) PARÁFRASE; P) DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO; Q) FI- GURAS DE LINGUAGEM; E R) ACENTUAÇÃO GRÁFICA. CLASSES DE PALAVRAS ARTIGO Artigo é a palavra que colocamos antes dos substantivos, com a finalidade de determina-los e especificarmos seu gênero e número. Os artigos podem ser: PORTUGUÊS 13 - definidos: o, a, os, as (Determinam os substantivos de forma particular). - indefinidos: um, uma, uns, umas (Determinam os substanti- vos de forma inespecífica). Exemplos: Comprei o carro. (Um carro específico) Comprei um carro. (Um carro qualquer) Artigo Definido Indica um substantivo específico, determinado. Dependendo da flexão de gênero e de número, assume as formas o, a, os, as. Observe as possíveis variações de gênero e número: O professor me repreendia. A professora me repreendia. Os professores me repreendiam. Artigo Indefinido Indica m ser qualquer dentre outros da mesma espécie. De- pendendo da flexão de gênero e de número, assume as formas um, uma, uns, umas. Observe as possíveis variações de gênero e número, usando o mesmo exemplo anterior: Um professor me repreendia. Uma professora me repreendia. Uns professores me repreendiam. Além das formas simples, os artigos apresentam formas combi- nadas com preposições. O artigo definido combina-se com as pre- posições a, de, em, por, originando, por exemplo, as formas ao, do, nas, pelos, etc. Quando o artigo definido feminino (a, as) aparece combinado com a preposição a, temos um caso que merece destaque especial: a essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente representada por um a com acento grave (à, às), dá-se o nome de crase. Exemplo: Eles lançaram um alerta à nação. (à = preposição a + artigo de- finido a) O artigo indefinido combina-se com as preposições em e de, originando, por exemplo, as formas num, numas, duns, etc. SUBSTANTIVO Os substantivos nomeiam seres, coisas, ideias. Como palavra variável, apresenta flexões de gênero, número e grau. Classificação Substantivo Comum: Designa os seres de uma espécie de for- ma genérica: casa, felicidade, mesa, criança, etc. Substantivo Próprio: Designa um ser específico, determinado, como: Recife, Mariana, Brasil, etc. Substantivo Concreto: Designa seres propriamente ditos (pes- soas, objetos, lugares), independentemente de sua existência real. Assim sendo, são exemplos: fada, saci, mesa, cinema, etc. Substantivo Abstrato: Designa ações qualidades, ou estados, tomados como seres. Indica coisas que não existem por si, que são resultado de uma abstração. É o caso de felicidade, pobreza, cari- dade, etc.. Formação dos substantivos Substantivo Primitivo: erve de base para a formação de outros substantivos. Exemplo: rosa, pedra, gelo, etc. Substantivo Derivado: É formado a partir de um substantivo primitivo, como: roseiral, pedregulho, geleira, etc. Substantivo Simples: É formado por um só radical, como: ja- nela, livro, trem, etc. Substantivo Composto: É formado por mais de um radical, como em: arco-íris, arranha-céu, etc. Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no singular que designa um conjunto de seres da mesma espécie. - buquê – de flores - alcateia – de lobos - elenco – de artistas - legião – de soldados Gênero De acordo com o gênero (feminino e masculino) das palavras substantiva, são classificadas em: Substantivos Biformes: apresentam duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Exemplo: médico e médica;na- morado e namorada. Substantivos Uniformes: somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados em: - Epicenos: palavra que apresenta somente um gênero e refere- -se aos animais, por exemplo: baleia (macho ou fêmea). - Sobrecomum: palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas, por exemplo: criança (masculino e feminino). - Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêne- ros (masculino e feminino), identificado por meio do artigo que o acompanha, por exemplo: “o dentista” e “a dentista”. Número São classificados em: Singular: palavra que designa uma única coisa, pessoa ou um grupo, por exemplo: cama, homem. Plural: palavra que designa várias coisas, pessoas ou grupos, por exemplo: camas, homens. Grau São classificados em aumentativo e diminutivo: Aumentativo: Indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em: - Analítico: substantivo acompanhado de adjetivo que indica grandeza, por exemplo: menino grande. - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de aumento, por exemplo: meninão. Diminutivo: Indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa. Divide-se em: - Analítico: substantivo acompanhado de um adjetivo que indi- ca pequenez, por exemplo: menino pequeno. PORTUGUÊS 14 - Sintético: substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de diminuição, por exemplo: menininho. ADJETIVO Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou característica. Classificação Simples - formado por um só radical. Exemplo: bonita. Composto - formado por mais de um radical. Exemplo: latino- -americano. Primitivo - não deriva de outra palavra. Exemplo: claro, grande. Derivado - tem origem em outra palavra. Exemplo: tolerante (vem de tolerar). Pátrio - é o que se refere a países, estados, cidades, etc. Exem- plo: brasileiro, mineiro, carioca, etc. Locução Adjetiva É toda reunião de duas ou mais palavras com valor de uma só. Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma preposi- ção e um substantivo, ou uma preposição e um advérbio. Exemplos: - dente de cão (= canino) - água de chuva (= pluvial) - pneus de trás (= traseiro) Flexão Gêneros - Adjetivos Uniformes: uma forma para os dois gêneros (femini- no e masculino). Exemplo: alegre. - Adjetivos Biformes: varia conforme o gênero (masculino e fe- minino). Exemplo: dengoso, dengosa. Número Os adjetivos podem vir no singular ou plural, concordando com o número do substantivo referido. Assim, a sua formação é parecida à dos substantivos. Grau São classificados em: - Grau Comparativo: utilizado para comparar qualidades. Comparativo de Igualdade – Chocolate é tão bom quanto pizza. Comparativo de Superioridade – Rui é mais esforçado que Mar- cos. Comparativo de Inferioridade – Mariana é menos feliz que Pau- la. - Grau Superlativo - utilizado para intensificar qualidades. Superlativo Absoluto: Analítico - A casa é extremamente luxuosa. Sintético - Larissa é organizadíssima. Superlativo Relativo de: Superioridade - A cidade é a mais bonita da região. Inferioridade - Este computador é o menos moderno do escri- tório. Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de superiorida- de sintético. Veja-os: bom – melhor mau – pior grande – maior pequeno – menor alto – superior baixo – inferior NUMERAL O numeral é a palavra que indica, em termos numéricos, um número exato ou a posição que tal coisa ocupa numa série. Classificação Cardinais: Forma básica dos números, indicam contagem, me- dida. Exemplo, um, dois, três… Ordinais: Indica ordem de uma sequência. Exemplo, primeiro, segundo, terceiro… Fracionários: Indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, representam uma parte de um todo. Exemplo, meio, terço, quarto, quinto… Multiplicativos: Determina o aumento da quantidade por meio de múltiplos. Exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo… Coletivos: Número exato que faz referência a um conjunto de seres. Exemplo: dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre (conjunto de 2). Cardinal Ordinal Cardinal Ordinal Um Primeiro Vinte Vigésimo Dois Segundo Trinta Trigésimo Três Terceiro Cinquenta Quinquagésimo Quatro Quarto Sessenta Sexagésimo Cinco Quinto Oitenta Octogésimo Seis Sexto Cem Centésimo Sete Sétimo Quinhentos Quingentésimo Oito Oitavo Setecentos Setingentésimo Nove Nono Novecentos Noningentésimo Dez Décimo Mil Milésimo PRONOME Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substan- tivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo. Pronomes Pessoais Retos – têm função de sujeito da oração: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Oblíquostêm função de complemento do verbo (objeto direto / objeto indireto) ou as, lhes. - Ele viajará conosco. (elepronome reto / vaiverbo / conosco complemento nominal). - tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, conosco, convosco; - átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os,pro- nome oblíquo) PORTUGUÊS 15 Pronomes de Tratamento Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa Al- teza (V.A.) - príncipes, duques; Vossa Eminência (V.Ema) - cardeais; Vossa Excelência (V.Ex.a) - altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência (V.Mag.a) - reitores de universidades; Vossa Majestade (V.M.) – reis, imperadores; Vossa Santidade (V.S.) - Papa; Vossa Senhori (V.Sa) - tratamento cerimonioso. - Além desses, são pronomes de tratamento: senhor, senhora, senhorita, dona, você. - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à reunião dos semterra? (falando com a pessoa) - A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou paraum Con- gresso. (falando a respeito do cardeal) Pronomes Possessivo Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse, por exemplo: Esse carro é seu? Pessoas Verbais Pronomes Possessivos 1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, mi- nhas (plural) 2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural) 3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural) 1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural) 2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural) 3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural) Pronomes Demonstrativos Os pronomes demostrativos são utilizados para indicar algo. Reúnem palavras variáveis (esse, este, aquele, essa, esta, aquela) e invariáveis (isso, isto, aquilo). Relação ao tempo Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo presente em relação ao momento em que se fala. Exemplo: Esta semana é a última antes da prova. Esse (s), essa (s), isso: indicam tempo no passado ou no futu- ro. Exemplos: Onde você foi esse feriado? / Serei reconhecido pelo meu esforço. Quando esse dia chegar, estarei satisfeito. Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante em relação ao momento em que se fala. Exemplo: Lembro-me bem aquele tempo em que viajávamos de trem. Relação ao espaço Este (s), esta (s), isto: o ser ou objeto que está próximo da pes- soa que fala. Exemplo: Este é o meu filho. Esse (s), essa (s), isso: a pessoa ou a coisa próxima daquela com quem falamos ou para quem escrevemos. Exemplo: Por favor, po- deria passar esse copo? Aquele (s), aquela (s), aquilo: o ser ou objeto que está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa). Exemplo: Com licença, poderia dizer o preço daquele casaco? Pronomes Indefinidos Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já mos- tra que os pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.Classificação Pronomes Indefinidos Variáveis algum, alguma, alguns, algumas, ne- nhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quan- to, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas. Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada. Pronomes Relativos Os pronomes relativos se referem a um substantivo já dito an- teriormente na oração. Podem ser palavras variáveis e invariáveis. Essa palavra da oração anterior chamase antecedente: Viajei para uma cidade que é muito pequena. ercebese que o pronome relativo que, substitui na 2ª oração, a cidade, por isso a palavra que é um pronome relativo. São divididos em: Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos; Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. Pronomes Interrogativos São palavras variáveis e invariáveis empregadas para formular perguntas diretas e indiretas. Classificação Pronomes Interro-gativos Exemplos Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas. Quanto custa? Quais sapatos você prefere? PORTUGUÊS 16 Classificação Pronomes Interro-gativos Exemplos Invariáveis quem, que. Quem estragou meu vestido? Que problema ocorreu? VERBO Exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da na- tureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita em relação as variações de pessoa, número, tempo, modo, voz e aspeto. Os verbos estão agrupados em três conjugações: 1ª conjugação – ar: amar, caçar, começar. 2ª conjugação – er: comer, derreter, beber. 3ª conjugação – ir: curtir, assumir, abrir. O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, compor, im- por) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina poer. Pessoas: 1ª, 2ª e 3ª pessoa, em 2 situações: singular e plural. 1ª pessoa do singular – eu; ex.: eu viajo 2ª pessoa do singular – tu; ex.: tu viajas 3ª pessoa do singular – ele; ex.: ele viaja 1ª pessoa do plural – nós; ex.: nós viajamos 2ª pessoa do plural – vós; ex.: vós viajais 3ª pessoa do plural – eles; ex.: eles viajam Tempos do Verbo Presente: Ocorre no momento da fala. Ex.: trabalha Pretérito: Ocorrido antes. Ex.: trabalhou Futuro: Ocorrido depois. Ex.: trabalhará O pretérito subdivide-se em: - Perfeito: Ação acabada. Ex.: Eu limpei a sala. - Imperfeito: Ação inacabada no momento a que se refere à narração. Ex.: Ele ficou no hospital por dias. - Mais-que-perfeito: Ação acabada, ocorrida antes de outro fato passado. Ex.: Para ser mais justo, ele partira o bolo em fatias pequenas. O futuro subdivide-se em: - Futuro do Presente: Refere-se a um fato imediato e certo. Ex.: Participarei do grupo. - Futuro do Pretérito: Pode indicar condição, referindo-se a uma ação futura, ligada a um momento já passado. Ex.: Iria ao show se tivesse dinheiro. (Indica condição); Ele gostaria de assumir esse compromisso. Modos Verbais Indicativo: Mostra o fato de maneira real, certa, positiva. Ex.: Eu falo alemão. Subjuntivo: Pode exprimir um desejo e apresenta o fato como possível ou duvidoso, hipotético. Ex.: Se eu tivesse dinheiro, com- praria um carro. Imperativo: Exprime ordem, conselho ou súplica. Ex.: Descanse bastante nestas férias. Formas nominais Temos três formas nominais: Infinitivo, gerúndio e particípio, e são assim chamadas por desempenhar um papel parecido aos dos substantivos, adjetivos ou advérbios e, sozinhas, não serem capazes de expressar os modos e tempos verbais. Infinitivo Pessoal: Refere às pessoas do discurso. Não é flexionado nas 1ª e 3ª pessoas do singular e flexionadas nas demais: Estudar (eu) – não flexionado Estudares (tu) – flexionado Estudar(ele) – não flexionado Estudarmos (nós) – flexionado Estudardes (voz) – flexionado Estudarem (eles) – flexionado Impessoal: É o infinitivo impessoal quando não se refere às pes- soas do discurso. Exemplos: caminhar é bom. (a caminhada é boa); É proibido fumar. (é proibido o fumo) Gerúndio Caracteriza-se pela terminação -ndo. O verbo não se flexiona e pode exercer o papel de advérbio e de adjetivo. Exemplo: Ela estava trabalhando quando telefonaram. Particípio Pode ser regular e irregular. Particípio regular: se caracteriza pela terminação -ado, -ido. Exemplo: Eles tinham partido em uma aventura sem fim. Particípio irregular: pode exercer o papel de adjetivo. Exemplo: Purê se faz com batata cozida. Por apresentar mais que uma forma, o particípio é classifica- do como verbo abundante. É importante lembrar que nem todos os verbos apresentam duas formas de particípio: (aberto, coberto, escrever). Tempos Simples e Tempos Compostos Tempos simples: formados apenas pelo verbo principal. Indicativo: Presente - canto, vendo, parto, etc. Pretérito perfeito - cantei, vendi, parti, etc. Pretérito imperfeito - cantava, vendia, partia, etc. Pretérito mais-que-perfeito - cantara, vendera, partira, etc. Futuro do presente - cantarei, venderei, partirei, etc. Futuro do pretérito - cantaria, venderia, partiria, etc. Subjuntivo: apresenta o fato, a ação, mas de maneira incerta, imprecisa, duvidosa ou eventual. Presente - cante, venda, parta, etc. Pretérito imperfeito - cantasse, vendesse, partisse, etc. Futuro - cantar, vender, partir. PORTUGUÊS 17 Imperativo: Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato verbal pode expressar negação ou afirmação. São, portanto, duas as for- mas do imperativo: - Imperativo Negativo (Formado pelo presente do subjuntivo): Não abram a porta. - Imperativo Afirmativo (Formado do presente do subjuntivo, com exceção da 2ª pessoas do singular e do plural, que são retira- das do presente do indicativo sem o “s”. Ex: Anda – Ande – Ande- mos – Andai – Andem: Abram a porta. Obs.: O imperativo não possui a 1ª pessoa do singular, pois não se prevê a ordem, conselho ou pedido a si mesmo. Tempos compostos: Formados pelos auxiliares ter ou haver. Infinitivo: Pretérito impessoal composto - ter falado, ter vendido, etc. Pretérito pessoal composto - ter (teres) falado, ter (teres) ven- dido. Gerúndio pretérito composto – tendo falado, tendo vendido. Indicativo: Pretérito perfeito composto - tenho cantado, tenho vendido, etc. Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha cantado, tinha vendido, etc. Futuro do presente composto - terei cantado, terei vendido, etc. Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria vendido, etc. Subjuntivo: Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha vendido, etc. Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse cantado, tivesse vendido, etc. Futuro composto - tiver cantado, tiver vendido, etc. ADVÉRBIO São palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Classificação dos Advérbios Modo: Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, ás pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. Intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, as- saz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, bem (quando aplicado a propriedades gra- duáveis). Lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, lon- ge, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, a distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. Tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente,antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. Negação: Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamen- te, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente. Exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, sim- plesmente, só, unicamente. Inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Interrogação: porque? (causa), quanto? (preço e intensidade), onde? (lugar), como? (modo), quando? (tempo), para que? (finali- dade). Ordem: Depois, primeiramente, ultimamente. Designação: Eis Flexão São consideradas palavras invariáveis por não terem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino); entre- tanto, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo. Grau Comparativo: O advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade. Para indicar esse grau utilizam as formas tão…quanto, mais…que, menos…que. Pode ser: - de igualdade. Ex.: Enxergo tão bem quanto você. - de superioridade. Ex.: Enxergarei melhor que você. - de inferioridade. Ex.: Enxergaremos pior que você. Grau Superlativo: A circunstância aparecerá intensificada. Pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de su- fixo), como pelo analítico (outro advérbio estará indicando o grau superlativo). - superlativo (ou absoluto) sintético: Acréscimo de sufixo. Ex.: Este conteúdo é facílimo. - superlativo (ou absoluto) analítico: Precisamos de um advér- bio de intensidade. Ex.: Este conteúdo é muito fácil. Ao empregamos dois ou mais advérbios terminados em –men- te, acrescentamos o sufixo apenas no último. Ex.: Muito fez pelo seu povo; trabalhou duro, árdua e ininterruptamente. PREPOSIÇÃO Palavra invariável que liga dois termos da oração, numa relação de subordinação donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro. As preposições estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Tipos de Preposição Lugar: O voo veio de São Francisco. Modo: Os alunos eram colocados em carteiras. PORTUGUÊS 18 Tempo: Ele viajou por três anos. Distância: A vinte quilômetros daqui há um pedágio. Causa: Parou de andar, pois estava com sede. Instrumento: Ela cortou o bolo com uma faca pequena. Finalidade: A igreja foi enfeitada para o casamento. Classificação As preposições podem ser divididas em dois grupos: - Preposições Essenciais –palavras que só funcionam como pre- posição, a saber: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en- tre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. - Preposições Acidentais –palavras de outras classes gramati- cais que, podem funcionar como preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, se- gundo, visto etc. Locuções prepositivas: são formadas por duas ou mais pala- vras com o valor de preposição, sempre terminando por uma pre- posição, por exemplo: Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de. A preposição é invariável. Porém, pode unir-se a outras pala- vras e estabelecer concordância em gênero ou em número. Ex.: por + o = pelo; por + a = pela. Essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que se ela se une. Esse processo de junção de uma pre- posição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos: - Combinação: A preposição não sofre alteração. preposição a + artigos definidos o, os a + o = ao preposição a + advérbio onde a + onde = aonde - Contração: Quando a preposição sofre alteração. Preposição + Artigos De + o(s) = do(s) De + a(s) = da(s) De + um = dum De + uns = duns De + uma = duma De + umas = dumas Em + o(s) = no(s) Em + a(s) = na(s) Em + um = num Em + uma = numa Em + uns = nuns Em + umas = numas A + à(s) = à(s) Por + o = pelo(s) Por + a = pela(s) - Preposição + Pronomes De + ele(s) = dele(s) De + ela(s) = dela(s) De + este(s) = deste(s) De + esta(s) = desta(s) De + esse(s) = desse(s) De + essa(s) = dessa(s) De + aquele(s) = daquele(s) De + aquela(s) = daquela(s) De + isto = disto De + isso = disso De + aquilo = daquilo De + aqui = daqui De + aí = daí De + ali = dali De + outro = doutro(s) De + outra = doutra(s) Em + este(s) = neste(s) Em + esta(s) = nesta(s) Em + esse(s) = nesse(s) Em + aquele(s) = naquele(s) Em + aquela(s) = naquela(s) Em + isto = nisto Em + isso = nisso Em + aquilo = naquilo A + aquele(s) = àquele(s) A + aquela(s) = àquela(s) A + aquilo = àquilo INTERJEIÇÃO É uma palavra invariável, que representa um recurso da lingua- gem afetiva, expressando sentimentos, sensações, estados de espí- rito, sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!). As interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases-resumidas, formadas por sons vocáli- cos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!). Tipos de Interjeições Mesmo não havendo uma classificação rigorosa, já que a mes- ma interjeição pode expressar sentimentos ou sensações diferen- tes, as interjeições ou locuções interjetivas são classificadas em: Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Calma!, Deva- gar!, Sentido!, Vê bem!, Volta aqui! Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!, Cai fora!, Vaza! Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu! Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Eita!, Uhu!, Que bom! Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem! Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Vamos!, Firme!, Bora! Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh! Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Para- béns!, Boa! Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu! Concordância: Claro!, Sem dúvida!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! Contrariedade: Droga!, Credo! Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Foi mal! Desejo: Oxalá!, Tomara!, Queira Deus!, Quem me dera! Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã! Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim! Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué! Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!, Crê em Deus pai! Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Vamos!, Firme!, Força! Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Socorro!, Que medo!, Jesus! PORTUGUÊS 19 Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom! Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve! Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Calado!, Quieto!, Bico fechado! CONJUNÇÃO É um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação (de coordenação ou subordinação) entre eles. Classificação Conjunções Coordenativas: Ligam duas orações independen- tes. -Conjunções Aditivas: Exprimem soma, adição de pensamen- tos: e, nem, não só...mas também, não só...como também. Exemplo: João não lê nem escreve. -Conjunções Adversativas: Exprimem oposição, contraste, com- pensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia. Exemplo: Não viajamos, porém, poupamos dinheiro. -Conjunções Alternativas: Exprimem escolha de pensamentos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja. Exemplo: Ou você casa, ou compra uma bicicleta. Conjunções Conclusivas: Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Exemplo: Estudou bastante, portanto seráaprovado. -Conjunções Explicativas: Exprimem razão, motivo: que, por- que, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte. Exemplo: Não pode ligar, pois estava sem bateria. Conjunções Subordinativas: Ligam orações dependentes uma da outra. -Conjunções Integrantes: Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se. Exemplo: Quero que sejas muito feliz. -Conjunções Causais: Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que. Exemplo: Como tive muito trabalho, não pude ir à festa. -Conjunções Comparativas: Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como. Exemplo: Meu cachorro é mais inteligente do que o seu. -Conjunções Concessivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que. Exemplo: Vou ao mercado, embora esteja sem muito dinheiro. -Conjunções Condicionais: Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que. Exemplo: Se não chover, irei à festa. -Conjunções Conformativas: Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: segundo, como, conforme. Exemplo: Cada um oferece conforme ganha. -Conjunções Consecutivas: Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que. Exemplo: Estava tão linda, de modo que todos pararam para olhar. -Conjunções Temporais: Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que. Exemplo: Quando as visitas chegarem, comporte-se. -Conjunções Finais: Iniciam orações subordinadas que expri- mem uma finalidade: a fim de que, para que. Exemplo: Estudou a fim de conseguir algo melhor. -Conjunções Proporcionais: Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à medida que, à propor- ção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor. Exemplo: Ao passo que cresce, sua educação diminui. PORTUGUÊS 20 QUESTÕES 01. IF-AP – Auxiliar em Administração – 2016 - FUNIVERSA No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a substantivo, pronome, artigo e advérbio: a) “guerra”, “o”, “a” e “por que”. b) “mundo”, “a”, “o” e “lá”. c) “quando”, “por que”, “e” e “lá”. d) “por que”, “não”, “a” e “quando”. e) “guerra”, “quando”, “a” e “não”. 02. MPE/SP - Oficial de Promotoria I – 2017 - VUNESP Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias para superar a tragédia em Mariana A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espe- lhada no modelo japonês Koban. O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em 2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para lidar com a tragédia ocorrida em Mariana. (Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado) No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... – (1o parágrafo), a expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também se verifica na expressão destacada em: a) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. b) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. c) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? d) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. e) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. PORTUGUÊS 21 03. CISMEPAR/PR - Técnico Administrativo – 2016 - FAUEL “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equita- tivas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego”. De acordo com a gramática da língua portuguesa, adjetivo é a palavra que qualifica um substantivo. Aponte a afirmativa que con- tenha somente adjetivos retirados do texto. a) livres, iguais, equitativas, satisfatórias. b) todos, dever, fraternidade, liberdade. c) trabalho, ter, direito, desemprego. d) espírito, seres, nascer, livre. 04. Prefeitura de Barra de Guabiraba/PE - Nível Fundamental Completo – 2016 - IDHTEC Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por exten- so corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase: a) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na Avenida Papa Pio X. (DÉCIMA) b) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 (QUATRO- CENTAS E UMA) c) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve a sua página Classitêxtil reformulada. (VIGÉSIMA SEGUNDA) d) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil. (CENTÉSIMO SETÉSIMO PRIMEIRO) e) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do século XX. (SÉCULO DUCENTÉSIMO) 05. ELETROBRAS-ELETROSUL - Técnico de Segurança do Traba- lho – 2016 - FCC Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo. Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas re- nováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro. A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa. (Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo mo- vido a energia solar”. Disponível em:http://g1.globo.com/globoreporter/ noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cidade-do-futuro-com-tudo-movido- -energia-solar.html) Considere as seguintes passagens do texto: I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo. (1º parágrafo) II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo) III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. (3º parágrafo) IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. (3º parágrafo) O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o qual” APENAS em a) I e II. b) II e III. c) I, II e IV. d) I e IV. e) III e IV. 06. Pref. de Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo – 2017 - IDHTEC Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os pilotos __________ medo de falar. “Um piloto não vai dizer nada se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, todos __________ até mim e me di- zem. Jules Bianchi bateu com seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não conseguiu __________para evitar o choque. (http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos- -da-f-1-temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de- -bianchi) Complete com a sequência de verbos que está no tempo, modo e pessoa corretos: a) Tem – tem – vem - freiar b) Tem – tiveram – vieram - frear c) Teve – tinham – vinham – frenar d) Teve – tem – veem – freiar e) Teve – têm – vêm – frear 07. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- NESP/2016) É permitido sonhar Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes. O jovem que chega atrasado por alguns se- gundos, por exemplo, é uma figura clássica, e patética. Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção. Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculda- de de Medicina da Universidade do Paraná. Veio do Japão aos 11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar uma car- reira médica. Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. Numa fase em que outros já pas- saram até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para ini- ciar nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos meus filhos. Agora posso realizar um sonho que trago da infância”. Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o lu- gar de jovens, dirá algum darwinista social. Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são maus pais; o que interessa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao vestibulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mesmo os dias que dedicar a seus pacientes terão em si a carga afetiva de uma existência inteira. PORTUGUÊS 22 Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas ele mesmo disse que isto não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo. E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho. Sonhar não é proibido. É um dever. (Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não che- gar, 1996. Adaptado) Observe as passagens: – … e agora quer começar uma carreira médica. (2° parágrafo); – … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. (3° parágrafo); – Talvez a expectativa de vida não permita… (4° parágrafo). As expressões destacadas expressam, respectivamente, senti- do de a) lugar, modo e causa. b) tempo, afirmação e dúvida. c) afirmação, afirmação e dúvida. d) tempo, modo e afirmação. e) modo, dúvida e intensidade. 08. Ceron/RO - Direito – 2016 - EXATUS A lição do fogo 1º Um membro de determinado grupo, ao qual prestava servi- ços regularmente, sem nenhum aviso, deixou de participar de suas atividades. 2º Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu vi- sitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante ______ lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. 3º Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indica- do, mas não disse nada. No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas da lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, selecionou uma delas, a mais in- candescente de todas, empurrando-a ______ lado. Voltou, então, a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos, a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo se apagou de vez. 4º Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão reco- berto _____ uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhu- ma palavra tinha sido dita antes desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta ao meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandes- cer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: 5º – Obrigado. Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. RANGEL, Alexandre (org.). As mais belas parábolas de todos os tempos –Vol. II.Belo Horizonte: Leitura, 2004. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto: a) a – ao – por. b) da – para o – de. c) à – no – a. d) a – de – em. 09. IF-PE - Técnico em Enfermagem – 2017 - IF-PE Crônica da cidade do Rio de Janeiro No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os netos dos escravos encontram amparo. Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando seu fulgor, diz, muito tristemente: - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar Ele daí. - Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se preocu- pe: Ele volta. A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na cida- de violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo so- zinho não basta. (GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009.) Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a eco- nomia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as orações, a) uma relação de adição. b) uma relação de oposição. c) uma relação de conclusão. d) uma relação de explicação. e) uma relação de consequência. 10. (IF-PE - Auxiliar em Administração – IF-PE/2016) A fome/2 Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor... O próxi- mo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é um competi- dor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco dá de amar: condena mui- tos à fome de pão e muitos mais à fome de abraços. (GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009, p. 81.) No trecho “O sistema, que não dá de comer, tampouco dá de amar”, a conjunção destacada estabelece, entre as orações, a rela- ção de a) conclusão. b) adversidade. c) adição. d) explicação. e) alternância. RESPOSTAS 01 E 02 B PORTUGUÊS 23 03 A 04 C 05 B 06 E 07 B 08 B 09 B 10 C ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando seu íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo acaba- do e repleto de significado. Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado, que são chamadas elementos mórficos ou morfemas. A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro morfe- mas: maquin inh a s Base do significado Indica grau diminutivo Indica gênero feminino Indica plural Raiz Origem das palavras. É onde se concentra a significação das palavras. Exemplo: Raiz (carr- raiz nominal de carro). Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desinên- cia, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação. Radical É a forma mínima que indica o sentido básico da palavra. Com o radical formamos famílias de palavras. Exemplos: Moço – moça – moçada – mocinha – moçoila - remoçar Desinência Elementos colocados no final das palavraspara indicar aspec- tos gramaticais. As desinências são de dois tipos: - nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural) dos substantivos, adjetivos pronomes e numerais. Exemplo: menino, menina, meninos, meninas. - verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plu- ral), o tempo e o modo (indicativo, presente...). Exemplo: amássemos am- (radical) -á- (vogal temática) - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito) -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural) Vogal temática É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinência. Observe o verbo dançar: Danç: radical A: vogal temática R: desinência de infinitivo. A junção do radical danç- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação. Afixos São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alte- rando sua significação básica. São divididos em: - Prefixos: antepostos ao radical. Exemplo: impossível, desleal. - Sufixos: pospostos ao radical. Exemplo: lealdade, felizmente. Vogais ou consoantes de ligação As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibi- litando a leitura de uma palavra. Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro. Formação das Palavras Há dois processos pelos quais se formam as palavras: Deriva- ção e Composição. A diferença é que na derivação, partimos sem- pre de um único radical, enquanto na composição sempre haverá mais de um radical. Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova (de- rivada), a partir de outra já existente, (primitiva). Exemplo: Terra (enterrar, terráqueo, aterrar). Observamos que “terra” não se forma de nenhuma outra palavra, mas, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou pre- fixo. Sendo assim, terra e palavra primitiva, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação - Prefixal ou Prefixação: acréscimo de prefixo à palavra primiti- va, e tem o significado alterado: rever; infeliz, desamor. - Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primitiva, pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramati- cal: amoroso, felizmente, menininho. A derivação sufixal pode ser: Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho. Verbal: formando verbos: atual - atualizar. Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente. - Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra. Exemplos: Esfriar, esquentar, amadurecer. PORTUGUÊS 24 - Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por acrés- cimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – castigo. - Derivação Imprópria: ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Assim: - Adjetivos passam a substantivos - Particípios passam a substantivos ou adjetivos - Infinitivos passam a substantivos - Substantivos passam a adjetivos - Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém escutasse. - Palavras invariáveis passam a substantivos - Substantivos próprios tornam-se comuns Composição: processo que forma palavras compostas, pela junção de dois ou mais radicais. São dois tipos: - Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais, não há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, couve-flor. - Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que for- mam o composto apresenta alteração em sua forma: aguardente (água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano + alto). QUESTÕES 01. IF/PA - Auxiliar em Administração – 2016 - FUNRIO “Chegou o fim de semana. É tempo de encontrar os amigos no boteco e relaxar, mas a crise econômica vem deixando muitos paraenses de cabeça quente. Para ajudar o bolso dos amantes da culinária de raiz, os bares participantes do Comida di Buteco estão comercializando os petiscos preparados exclusivamente para o con- curso com um preço reduzido. O preço máximo é de R$ 25,90.” (O LIBERAL, 23 de abril de 2016) Assinale a alternativa que faz um comentário correto sobre o processo de formação das palavras usadas nesse trecho. a) As palavras “amigo e amantes” são formadas por prefixação. b) As palavras “paraenses e participantes” são formadas por sufixação. c) A palavra “boteco” é formada por derivação a partir da pa- lavra “bote”. d) As palavras “culinária e petiscos” são formadas por deriva- ção regressiva. e) A palavra “comercializando” é formada por aglutinação de “comer+comércio”. 02. Pref. de Chapecó/SC - Engenheiro de Trânsito – 2016 – IOBV “Infelizmente as cheias de 2011 castigaram de forma severa o Vale do Itajaí.” Na frase acima (elaborada para fins de concurso) temos o caso da expressão “Infelizmente”. A palavra pode ser assim decomposta: in + feliz + mente. Aponte qual a função da partícula in dentro do processo de estruturação das palavras. a) Radical. b) Sufixo. c) Prefixo. d) Interfixo. 03. (Pref. de Teresina/PI - Professor – Português – NUCE- PE/2016) Aceita um cafezinho Ó Estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança - nada tenho para te dar, também sou pobre e essas terras não são minhas. Mas aceita um cafezinho. A poeira é muita, e só Deus sabe aonde vão dar esses cami- nhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz es- quecer tua cicatriz. Mas prova.... Bota a trouxa no chão, abanca-te nesta pedra e vai preparando o teu cigarro... Um minuto apenas, que a água já está fervendo e as xícaras já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho. Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns qui- lômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu gemido! Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando... (Aníbal Machado) Na palavra cafezinho temos os seguintes elementos mórficos a) radical, vogal temática e sufixo. b) radical, consoante de ligação e sufixo. c) radical e sufixo. d) radical e vogal temática. e) radical e consoante de ligação. 04. BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Admi- nistração e Psicologia – 2017 – IESES Assinale a alternativa em que todas as palavras estão INCOR- RETAS: a) Luminescência; transparência; ascendência; maledicência; flatulência. b) Dizêssemos; troucéssemos; portãozinhos; quizéreis; puzesse. c) Assessorássemos; indenidade; dissesses; entre ti e nós; fi- zesse. d) Beleza; sutileza; pobreza; destreza; natureza. e) Interdisciplinaridade; transitoriedade; notoriedade; titulari- dade; liminaridade. 05. Pref. de Aragoiânia/GO - Biólogo – 2017 – Itame O irreverente cantor não agradou o público local. Aponte a alternativa em que o prefixo das palavras não apre- senta o significado existente no prefixo da palavra destacada acima: a) desgoverno / ilegal b) infiel / imoral c) anormal / destemor d) imigrante / ingerir 06. IF/BA - Auxiliar em Administração – 2016 – FUNRIO Todas as palavras abaixo têm prefixo e sufixo, exceto este ver- bo: a) destinar. b) desfivelar. c) desfavorecer. d) desbanalizar. e) despraguejar. PORTUGUÊS 25 RESPOSTAS 01 B 02 C 03 A 04 B 05 D 06 A FLEXÃO NOMINAL E VERBAL FLEXÃO NOMINAL Flexão de número: Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural: animal – animais. - Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte – pontes; bo- nito – bonitos. - Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter – éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural no meio: quaisquer - Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES: ananás – ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis: o pires − os pires, o ônibus − os ônibus - Palavras terminadas em IL: átono: trocam IL por EIS: fóssil –fósseis. tônico: trocam L por S: funil – funis. - Palavras terminadas em EL: átono: plural em EIS: nível – níveis. tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis. - Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os clí- max. - Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores; cará- ter – caracteres. A palavra Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter. - Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, ães e ões. Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os paroxí- tonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ãos. Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/ anãos. Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, ci- rugiões/cirurgiães. Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermi- tãos/ermitães - Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a palavra no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): coraçãozinho – corações – coraçõe – coraçõezinhos. - Plural com metafonia (ô - ó). Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com metafonia singular (ô) plural (ó): coro-coros; corvo-corvos; destroço-destro- ços. Sem metafonia singular (ô) plural (ô): adorno-adornos; bolso- -bolsos; transtorno-transtornos. - Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e caiscós − co- ses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules. - Os dois elementos variam. Quando os compostos são for- mados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo, numeral, pronome): amor-perfeito − amores-perfeitos; couve-flor − couves-flores; segunda-feira − segundas-feiras. - Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição no com- posto, mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés-de-moleque; cava- lo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor). Quando o segundo subs- tantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã); navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola). Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-espa- das. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a questão do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja, analisando bem as outras opções. - Apenas o último elemento varia. Quando os elementos são adjetivos: hispano-americano − hispano-americanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos. Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão- -duque − grão-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-praze- res. Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemen- to invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sempre-viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens. Quando os elementos são repeti- dos ou onomatopaicos (representam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pongue − pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis. Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alte- ração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas - Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais palavra invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha – os perde-ganha. Nas frases subs- tantivas (frases que se transformam em substantivos): O maria-vai- -com-as-outras − os maria-vai-com-as-outras. - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-te- to e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos; padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos; terra-nova − terras-novas ou ter- ra-novas; salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos; xe- que-mate − xeques-mates ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão; guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-ma- rinha. Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: o bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os joões- -ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o mapa-múndi − os mapas-múndi. Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o acompa- nham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga direto- ra recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras. - Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra. - Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – episcopisa; conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu – ilhoa; judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu – pigmeia; píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana. PORTUGUÊS 26 Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. Podem ser: Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota. Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais: O jacaré, a cobra, o polvo O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível. Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclipse, calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema. Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. Flexão de Grau: Grau do substantivo - Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. - Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. - Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu peque- no, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras palavras. Grau do adjetivo - Normal ou Positivo: João é forte. - Comparativo: de superioridade: João é mais forte que André. (ou do que); de inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que); de igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como) - Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analítico: João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relativo: de superioridade: João é o mais forte da turma; de inferioridade: João é o menos forte da turma. O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior constituem sempre graus de superioridade: O carro é menor que o ônibus; me- nor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Ele é o pior do grupo; pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo – amicíssi- mo; antigo – antiquíssimo; cruel – crudelíssimo; doce – dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo; geral – genera- líssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo; negro – nigérri- mo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo; sério – seriíssimo; soberbo – superbíssimo. FLEXÃO VERBAL As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momento em que ocorre o processo verbal; O modo indica a atitude do falante (dú- vida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, etc.); A pessoa marca na forma do verbo a pessoagramatical do sujeito. Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e do futuro. Modo Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante com re- ferência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo presente, passado ou futuro: Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato corriqueiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se também o presente com o valor de passado, passado histórico (nos contos, narrativas) Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos anterio- res ao ato da fala. São eles: - Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual, ou com duração no tempo: Naquela época eu cantava como um pássaro. - Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo que- brou meu violão de estimação. - Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo anterior a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola, ele nunca deixou de estudar. Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer: - Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano. - Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse com- prado o carro. Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro. Quero que voltes para mim; Não pise na grama; É possível que ele seja hones- to; Espero que ele fique contente; Duvido que ele seja o culpado; Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre; Ainda que ele queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailari- na, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinherio, irei para as praias do nordeste. Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou solici- tação: Vai e não voltes mais. Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você (s) em lugar do tu e vós. EXERCÍCIOS 01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como ór- fão e mata-burro, respectivamente: a) cristão / guarda-roupa b) questão / abaixo-assinado c) alemão / beija-flor d) tabelião / sexta-feira e) cidadão / salário-família 02. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos in- dicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada. Qual? a) saia amarelo-ouro b) papel amarelo-ouro c) caixa vermelho-sangue d) caixa vermelha-sangue e) caixas vermelho-sangue PORTUGUÊS 27 03. Indique a frase correta: a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas. c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra. d) Godofredo almoçou duas couves-flor. e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens. 04. Flexão incorreta: a) os cidadãos b) os açúcares c) os cônsules d) os tóraxes e) os fósseis 05. Mesma pronúncia de “bolos”: a) tijolos b) caroços c) olhos d) fornos e) rostos 06. Não varia no plural: a) tique-taque b) guarda-comida c) beija-flor d) para-lama e) cola-tudo 07. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa: a) Tecidos verde-olivas b) Festas cívico-religiosas c) Guardas noturnos luso-brasileiros d) Ternos azul-marinho e) Vários porta-estandartes 08. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que ver- dade”, temos grau: a) comparativo de superioridade b) superlativo absoluto sintético c) comparativo de igualdade d) superlativo relativo e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo 09. Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo com- posto está errada: a) os pés-de-chumbo b) os corre-corre c) as públicas-formas d) os cavalos-vapor e) os vaivéns 10. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto: a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora b) tico-ticos, salários-família, obras-primas c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças RESPOSTAS 01 A 02 D 03 C 04 D 05 E 06 E 07 A 08 A 09 B 10 E SINTAXE A Sintaxe constitui seu foco de análise na sentença, ou seja, estuda a função dos vocábulos dentro de uma frase. A Gramática Tradicional trabalha a Sintaxe sob a forma de “aná- lise sintática” que, consiste em classificar os vocábulos em sujeito, predicado ou outros “termos acessórios da oração” (adjunto adver- bial, adnominal, aposto). Análise Sintática Examina a estrutura do período, divide e classifica as orações que o constituem e reconhece a função sintática dos termos de cada oração. Frase A construção da fala é feita a partir da articulação de unidades comunicativas. Essas unidades exprimem ideias, emoções, ordens, apelos, enfim, transmitem comunicação.São chamadas frases Exemplos: Espantoso! Aonde vai com tanta pressa? “O bicho, meu Deus, era um homem.” (Manuel Bandeira) A frase pode ou não se organizar ao redor de um verbo. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entonação. Tipos de frases A intencionalidade do discurso é manifestada através dos di- ferentes tipos de frases. Para tanto, os sinais de pontuação que as acompanham auxiliam para expressar o sentido de cada uma delas. Frases exclamativas: são empregadas quando o emissor quer manifestar emoção. São sinalizadas com ponto de exclamação: Puxa! Até que enfim! Frases declarativas: representam a constatação de um fato pelo emissor. Levam ponto final e podem ser afirmativas ou nega- tivas. PORTUGUÊS 28 - Declarativas afirmativas: Gosto de comida apimentada. As matrículas começam hoje. - Declarativas negativas: Não gosto de comida apimentada. As matrículas não começam hoje. Frases imperativas: são utilizadas para emissão de ordens, con- selhos e pedidos. Levam ponto final ou ponto de exclamação. - Imperativas afirmativas: Vá por ali. Siga-me! - Imperativas negativas: Não vá por ali. Não me siga! Frases interrogativas: ocorrem quando o emissor faz uma per- gunta na mensagem. Podem ser diretas ou indiretas. As interrogativas diretas devem ser sinalizadas com ponto de in- terrogação, enquanto as interrogativas indiretas, ponto final. - Interrogativas diretas: Escreveu o discurso? O prazo terminou? - Interrogativas indiretas: Quero saber se o discurso está feito. Precisava saber se o prazo terminou. Frases optativas: expressam um desejo e são sinalizadas com ponto de exclamação: Que Deus te abençoe! Muita sorte para a nova etapa! Oração É o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. As orações podem ou não ter sentido completo. As orações são a base para a construção dos períodos, e são formadas por vários termos. Alguns termos estão presentes em to- das ou na maioria das orações. É o caso do sujeito e predicado. Ou- tros termos não tão frequentes, ou têm um uso situacional, como os complementos e adjuntos. Exemplo: A mulher trancou toda a casa. A mulher – sujeito trancou toda a casa – predicado Amanheceu logo em seguida. (toda a oração é predicado) Sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala. Já o predicado é a informação dada sobre o sujeito. Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo). Os termos da oração são divididos em três níveis: - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente da Passiva). - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial, Vocativo e Aposto. Termos Essenciais da Oração: sujeito e predicado. Sujeito: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sem- pre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas: - ter concordância com o núcleo do predicado; - ser elemento determinante em relação ao predicado; - ser formado por um substantivo, ou pronome substantivo ou, uma palavra substantivada.Tipos de sujeito: - Simples: um só núcleo: O menino estudou. - Composto: mais de um núcleo: “O menino e a menina estu- daram.” - Expresso: está explícito, enunciado: Ela ligará para você. - Oculto (elíptico): está implícito (não está expresso), mas se deduz do contexto: Chegarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); - Agente: ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Everest é quase invencível. - Paciente: sofre ou recebe os efeitos da ação marcada pelo verbo passivo: O prédio foi construído. - Agente e Paciente: o sujeito realiza a ação expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa ação: João cortou-se com aquela faca. - Indeterminado: não se indica o agente da ação verbal: Feriram aquele cachorro com uma pedra. - Sem Sujeito: enunciação pura de um fato, através do predica- do. São formadas com os verbos impessoais, na 3ª pessoa do singu- lar: Choveu durante a noite. Predicado: segmento linguístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Têm por características básicas: apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. Tipos de predicado: - predicado nominal: seu núcleo é um nome, substantivo, adje- tivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito, pois atribui ao sujeito uma qualidade ou característica. - predicado verbal:seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos acessórios). - predicado verbo-nominal: tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome Predicação verbal é o modo pelo qual o verbo forma o predi- cado. Alguns verbos que, tem sentido completo, sendo apenas eles o predicado. São denominados intransitivos. Exemplo: As folhas caem. Outros, para fazerem parte do predicado precisam de outros termos: Chamados transitivos. Exemplos: José comprou o carro. (Sem os seus complementos, o verbo comprou, não transmitiria uma informação completa: comprou o quê?) Os verbos de predicação completa denominam-se intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, transitivos indiretos e tran- sitivos diretos e indiretos (bitransitivos). Além dos verbos transitivos e intransitivos, existem os verbos de ligação que entram na formação do predicado nominal, relacio- nando o predicativo com o sujeito. - Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, isto é, um com- plemento sem preposição. Exemplo: Comprei um terreno e cons- truí a loja. PORTUGUÊS 29 - Transitivos Indiretos: pedem um complemento regido de pre- posição, chamado objeto indireto. Exemplo: Não se perdoa ao polí- tico que rouba aos montes. - Transitivos Diretos e Indiretos: se usam com dois objetos: di- reto e indireto, concomitantemente. Exemplo: Maria dava alimento aos pobres. - de Ligação: ligam ao sujeito uma palavra ou expressão cha- mada predicativo. Esses verbos entram na formação do predicado nominal. Exemplo: A Bahia é quente. Predicativo: Existe o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto. Predicativo do Sujeito: termo que exprime um atributo, um es- tado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: A bandeira é o símbolo da nação. Predicativo do Objeto: termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo. Exemplo: O juiz declarou o réu culpado. Termos Integrantes da Oração São os termos que completam a significação transitiva dos ver- bos e nomes. Integram o sentido da oração, sendo assim indispen- sável à compreensão do enunciado. São eles: - Complemento Verbal (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Complemento Nominal; - Agente da Passiva. Objeto Direto: complemento dos verbos de predicação incom- pleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplo: As plan- tas purificaram o ar. Tem as seguintes características: - Completa a significação dos verbos transitivos diretos; - Geralmente, não vem regido de preposição; - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um verbo ativo. - Torna-se sujeito da oração na voz passiva. Objeto Indireto: complemento verbal regido de preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal. É sempre regido de preposição, expressa ou implícita. Complemento Nominal: termo complementar reclamado pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. Exemplo: Assistên- cia às aulas. Agente da Passiva: complemento de um verbo na voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos frequente- mente pela preposição de. Termos Acessórios da Oração São os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os substantivos, ex- primir alguma circunstância. São eles: Adjunto adnominal: termo que caracteriza ou determina os substantivos. Pode ser expresso: Pelos adjetivos: animal feroz; Pe- los artigos: o mundo; Pelos pronomes adjetivos: muitos países. Adjunto adverbial:termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. É expresso: Pelos ad- vérbios: Cheguei cedo; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Saí com meu pai. Aposto: palavra ou expressão que explica ou esclarece, desen- volve ou resume outro termo da oração. Exemplos:David, que foi um excelente aluno, passou no vestibular. O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome substan- tivo: O aposto não pode ser formado por adjetivos. Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Vocativo: termo usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos. Exemplo: Va- mos à escola, meus filhos! O vocativo não pertence à estrutura da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. Período O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso, pode ser simples ou composto. Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é cha- mada de oração absoluta. Exemplo: Já chegamos. Período Composto - apresenta duas ou mais orações. Exemplo: Conversamos quando eu voltar. O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado. Classificação do Período Composto Período Composto por Coordenação - as orações são indepen- dentes entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido completo. Exemplo: Entrou na loja e comprou vários sapatos. Período Composto por Subordinação - as orações relacionam- -se entre si. Exemplo: Espero terminar meu trabalho antes do meu patrão voltar de viagem. Período Composto por Coordenação e Subordinação - há a presença de orações coordenadas e subordinadas. Exemplo: Enquanto eles falarem, nós vamos escutar. Orações Coordenadas Podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente, confor- me são utilizadas ou não conjunções Exemplos: Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”). As aulas começaram, os deveres começaram e a pre- guiça deu lugar à determinação. (orações coordenadas assindéti- cas: “As aulas começaram, os deveres começaram”, oração coorde- nada sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.) As orações coordenadas sindéticas podem ser: - Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosto de salgado, mas também gosto de doce. - Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do moço, porém não queria se casar. - Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exem- plo: Fica ele ou fico eu. - Conclusivas: quando as orações expressam conclusão.Exem- plo: Estão de acordo, então vamos. - Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exem- plo: Fizemos a tarefa hoje porque tivemos tempo. PORTUGUÊS 30 Orações Subordinadas As orações subordinadas podem s er substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme a sua fun- ção. - Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero que eles consigam. - Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exem- plo: Os concorrentes que se preparam mais têm um desempenho melhor. - Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exem- plo: À medida que crescem, aumentam os gastos. QUESTÕES 01. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização – 2016 - CETREDE Dos rituais No primeiro contato com os selvagens, que medo nos dá de infringir os rituais, de violar um tabu! É todo um meticuloso cerimonial, cuja infração eles não nos perdoam. Eu estava falando nos selvagens? Mas com os civilizados é o mesmo. Ou pior até. Quando você estiver metido entre grã-finos, é preciso ter mui- to, muito cuidado: eles são tão primitivos! Mário Quintana Em relação à oração “eles são tão primitivos!”, assinale o item INCORRETO. a) Refere-se a grã-finos. b) O sujeito é indeterminado. c) O predicado é nominal. d) Tem verbo de ligação e) Apresenta predicativo do sujeito. 02. CISMEPAR/PR – Advogado – 2016 - FAUEL O assassino era o escriba Paulo Leminsky Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjugação. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Na frase “Entre uma oração subordinada e um adjunto adver- bial”, o autor faz referência à oração subordinada. Assinale a alter- nativa que NÃO corresponde corretamente à compreensão da rela- ção entre orações: a) Oração subordinada é o nome que se dá ao tipo de oração que é indispensável para a compreensão da oração principal. b) Diferentemente da coordenada, a oração subordinada é a que complementa o sentido da oração principal, não sendo possível compreender individualmente nenhuma das orações, pois há uma relação de dependência do sentido. c) Subordinação refere-se a “estar ordenado sob”, sendo indi- ferente a classificação de uma oração coordenada ou subordinada, pois as duas têm a mesma validade. d) A oração principal é aquela rege a oração subordinada, não sendo possível seu entendimento sem o complemento. 03. EMSERH – Auxiliar Operacional de Serviços Gerais – 2017 – FUNCAB A carta de amor No momento em que Malvina ia por a frigideira no fogo, entrou a cozinheira com um envelope na mão. Isso bastou para que ela se tornasse nervosa. Seu coração pôs-se a bater precipitadamente e seu rosto se afogueou. Abriu-o com gesto decisivo e extraiu um papel ver- de-mar, sobre o qual se liam, em caracteres energéticos, masculinos, estas palavras: “Você será amada...”. Malvina empalideceu, apesar de já conhecer o conteúdo dessa carta verde-mar, que recebia todos os dias, havia já uma semana. Malvina estava apaixonada por um ente invisível, por um papel ver- de-mar, por três palavras e três pontos de reticências: “Você será amada...”. Há uma semana que vivia como ébria. Olhava para a rua e qualquer olhar de homem que se cruzasse com o seu, lhe fazia palpitar tumultuosamente o coração. Se o te- lefone tilintava, seu pensamento corria célere: talvez fosse “ele”. Se não conhecesse a causa desse transtorno, por certo Malvina já teria ido consultar um médico de doenças nervosas. Mandara examinar por um grafólogo a letra dessa carta. Fora em todas as papelarias à procura desse papel verde-mar e, inconscientemente, fora até o correio ver se descobria o remetente no ato de atirar o envelope na caixa. Tudo em vão. Quem escrevia conseguia manter-se incógnito. Malvina teria feito tudo quanto ele quisesse. Nenhum empecilho para com o desconhecido. Mas para que ela pudesse realizar o seu sonho, era preciso que ele se tornasse homem de carne e osso. Malvina imaginava-o alto, moreno, com grandes olhos negros, forte e espadaúdo. O seu cérebro trabalhava: seria ele casado? Não, não o era. Se- ria pobre? Não podia ser. Seria um grande industrial? Quem sabe? As cartas de amor, verde-mar, haviam surgido na vida de Malvi- na como o dilúvio, transformando-lhe o cérebro. Afinal, no décimo dia, chegou a explicação do enigma. Foi uma coisa tão dramática, tão original, tão crível, que Malvina não teve nem um ataque de histerismo, nem uma crise de cólera. Ficou ape- nas petrificada. “Você será amada... se usar, pela manhã, o creme de beleza Lua Cheia. O creme Lua Cheia é vendido em todas as farmácias e droga- rias. Ninguém resistirá a você, se usar o creme Lua Cheia. Era o que continha o papel verde-mar, escrito em enérgicos ca- racteres masculinos. Ao voltar a si, Malvina arrastou-se até o telefone: PORTUGUÊS 31 -Alô! É Jorge quem está falando? Já pensei e resolvi casar-me com você. Sim, Jorge, amo-o! Ora, que pergunta! Pode vir. A voz de Jorge estava rouca de felicidade! E nunca soube a que devia tanta sorte! André Sinoldi Se a oração escrita na carta estivesse completa, como em “Você será amada POR MIM”, o termo destacado funcionaria como: a) complemento nominal. b) objeto direto. c) agente da passiva. d) objeto indireto. e) adjunto nominal. 04. EMSERH – Enfermeiro – 2017 – FUNCAB Assinale a alternativa correspondente ao período onde há pre- dicativo do sujeito: O embondeiro que sonhava pássaros Esse homem sempre vai ficar de sombra: nenhuma memória será bastante para lhe salvar do escuro. Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida. Talvez, por razão disso, ele habitasse com cautela de um estranho. O vendedor de pássaros não tinha sequer o abrigo de um nome. Chamavam-lhe o passarinheiro. Todas manhãs ele passava nos bairros dos brancos carregando suas enormes gaiolas. Ele mesmo fabricava aquelas jaulas, de tão leve material que nem pareciam servir de prisão. Parecia eram gaiolas aladas, voláteis. Dentro delas, os pássaros esvoavam suas cores repentinas. À volta do ven- dedeiro, era uma nuvem de pios, tantos que faziam mexer as janelas: - Mãe, olha o homem dos passarinheiros! E os meninos inundavam as ruas. As alegrias se intercambia- vam: a gritaria das aves e o chilreio das crianças. O homem puxava de uma muska e harmonicava sonâmbulas melodias. O mundo in- teiro se fabulava. Por trás das cortinas, os colonos reprovavam aqueles abusos. Ensinavam suspeitas aos seus pequenos filhos - aquele preto quem era? Alguém conhecia recomendações dele? Quem autorizara aqueles pés descalços a sujarem o bairro? Não, não e não. O negro que voltasse ao seu devido lugar. Contudo, os pássaros tão encantantes que são - insistiam os meninos. Os pais se agravavam: estava dito. Mas aquela ordem pouco seria desempenhada.[...] O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam: era preciso acabar com as visitas do passarinheiro. Que a medida não podia ser de morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. ___6___ remédio, enfim, se haveria de pensar. No dia seguinte, o vendedor repetiu a sua alegre invasão. Afi- nal, os colonos ainda que hesitaram: aquele negro trazia aves de belezas jamais vistas. Ninguém podia resistir às suas cores, seus chilreios. Nem aquilo parecia coisa deste verídico mundo. O vende- dor se anonimava, em humilde desaparecimento de si: - Esses são pássaros muito excelentes, desses com as asas to- das de fora.Os portugueses se interrogavam: onde desencantava ele tão maravilhosas criaturas? onde, se eles tinham já desbravado os mais extensos matos? O vendedor se segredava, respondendo um riso. Os senhores receavam as suas próprias suspeições - teria aquele negro direito a ingressar num mundo onde eles careciam de acesso? Mas logo se aprontavam a diminuir-lhe os méritos: o tipo dormia nas árvo- res, em plena passarada. Eles se igualam aos bichos silvestres, con- cluíam. Fosse por desdenho dos grandes ou por glória dos pequenos, a verdade é que, aos pouco-poucos, o passarinheiro foi virando as- sunto no bairro do cimento. Sua presença foi enchendo durações, insuspeitos vazios. Conforme dele se comprava, as casas mais se repletavam de doces cantos. Aquela música se estranhava nos mo- radores, mostrando que aquele bairro não pertencia àquela terra. Afinal, os pássaros desautenticavam os residentes, estrangeiran- do-lhes? [...] O comerciante devia saber que seus passos descalços não cabiam naquelas ruas. Os brancos se inquietavam com aquela desobediência, acusando o tempo. [...] As crianças emigravam de sua condição, desdobrando-se em outras felizes existências. E todos se familiavam, parentes aparen- tes. [...] Os pais lhes queriam fechar o sonho, sua pequena e infinita alma. Surgiu o mando: a rua vos está proibida, vocês não saem mais. Correram-se as cortinas, as casas fecharam suas pálpebras. COUTO, Mia. Cada homem é uma raça: contos/ Mia Couto - 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.63 - 71. (Fragmen- to). Sobre os elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas. I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera- ção de sentido por COM EFEITO. II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração. III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e III. b) III. c) I e II. d) I. e) II e III. 05.TRE/RR -Técnico Judiciário - Operação de Computadores – 2015 - FCC É indiscutível que no mundo contemporâneo o ambiente do futebol é dos mais intensos do ponto de vista psicológico. Nos está- dios a concentração é total. Vive-se ali situação de incessante dialé- tica entre o metafórico e o literal, entre o lúdico e o real. O que varia conforme o indivíduo considerado é a passagem de uma condição a outra. Passagem rápida no caso do torcedor, cuja regressão psí- quica do lúdico dura algumas horas e funciona como escape para as pressões do cotidiano. Passagem lenta no caso do futebolista pro- fissional, que vive quinze ou vinte anos em ambiente de fantasia, que geralmente torna difícil a inserção na realidade global quando termina a carreira. A solução para muitos é a reconversão em téc- nico, que os mantém sob holofote. Lothar Matthäus, por exemplo, recordista de partidas em Copas do Mundo, com a seleção alemã, Ballon d’Or de 1990, tornou-se técnico porque “na verdade, para mim, o futebol é mais importante do que a família”. [...] Sendo esporte coletivo, o futebol tem implicações e significa- ções psicológicas coletivas, porém calcadas, pelo menos em parte, nas individualidades que o compõem. O jogo é coletivo, como a vida social, porém num e noutra a atuação de um só indivíduo pode repercutir sobre o todo. Como em qualquer sociedade, na do fute- bol vive-se o tempo inteiro em equilíbrio precário entre o indivíduo e o grupo. O jogador busca o sucesso pessoal, para o qual depende em grande parte dos companheiros; há um sentimento de equipe, que depende das qualidades pessoais de seus membros. O torcedor lúcido busca o prazer do jogo preservando sua individualidade; to- davia, a própria condição de torcedor acaba por diluí-lo na massa. (JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade.São Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 303-304, com adaptações) PORTUGUÊS 32 *Ballon d’Or 1990 - prêmio de melhor jogador do ano O jogador busca o sucesso pessoal ... A mesma relação sintática entre verbo e complemento, subli- nhados acima, está em: a) É indiscutível que no mundo contemporâneo... b) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas co- letivas ... c) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano. d) A solução para muitos é a reconversão em técnico ... e) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros. 06. MPE/PB -Técnico ministerial - diligências e apoio adminis- trativo – 2015 - FCC O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. O Tejo tem grandes navios E navega nele ainda, Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem E por isso, porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio da minha aldeia. O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele. (Alberto Caeiro) E o Tejo entra no mar em Portugal O elemento que exerce a mesma função sintática que o subli- nhado acima encontra-se em a) a fortuna. (4a estrofe) b) A memória das naus. (2a estrofe) c) grandes navios. (2a estrofe) d) menos gente. (3a estrofe) e) a América. (4a estrofe) 07. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2016 – FCC O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os objetos que nele se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e con- quistas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas são, mais genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade ar- tística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim desempenhar um papel de paci- ficação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação dos museus. Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de te- rem sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos de vis- ta concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um “depósito de despojos”. Por um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente estético, mas, desta vez, concebido como um estado letárgico. A colocação em museu foi descrita e denunciada frequente- mente como uma desvitalização do simbólico, e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do “es- cândalo”. Para que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Es- tranha inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua ori- gem, é realmente “o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assumeseu caráter mais violento e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada. (Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71) Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao mu- seu, seria interessante desvendar que valor foi previamente sacrali- zado (3°parágrafo), a oração sublinhada complementa o sentido de a) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa indireta. b) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta. c) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indi- reta. d) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa direta. e) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa in- direta. 08.ANAC – Analista Administrativo – 2016 – ESAF Assinale a opção que apresenta explicação correta para a inser- ção de “que é” antes do segmento grifado no texto. A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divul- gou recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passagei- ros, Aeroportos e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo de passageiros do País. Mais de 150 mil pas- sageiros, ouvidos durante 2014 nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País, revelaram um perfil inédito do setor. <http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1957&sl- CD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações). PORTUGUÊS 33 a) Prejudica a correção gramatical do período, pois provoca truncamento sintático. b) Transforma o aposto em oração subordinada adjetiva expli- cativa. c) Altera a oração subordinada explicativa para oração restri- tiva. d) Transforma o segmento grifado em oração principal do pe- ríodo. e) Corrige erro de estrutura sintática inserido no período. RESPOSTAS 01 B 02 C 03 C 04 A 05 B 06 B 07 C 08 B CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Segundo Mattoso câmara Jr., dá-se o nome de concordância à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere (concordância nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito (con- cordância verbal). Entretanto, há casos em que existem dúvidas. Concordância Nominal O adjetivo e palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome ad- jetivo) concordam em gênero e número com o nome a que se re- ferem. Adjetivos e um substantivo: Quando houver mais de um ad- jetivo para um substantivo, os adjetivos concordam em gênero e número com o substantivo. Amava suco gelado e doce. Substantivos e um adjetivo: Quando há mais do que um subs- tantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar: - Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo. Lindo pai e filho. - Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo ou também com todos os substantivos. Comida e bebida perfeita. Comida e bebida perfeitas. - Palavras adverbiais x palavras adjetivas: há palavras que têm função de advérbio, mas às vezes de adjetivo. Quando advérbio, são invariáveis: Há bastante comida. Quando adjetivo, concordam com o nome a que se referem: Há bastantes motivos para não gostar dele. Fazem parte desta classificação: pouco, muito, bastante, bara- to, caro, meio, longe, etc. - Expressões “anexo” e “obrigado”: tratam-se de palavras adje- tivas, e devem concordar com o nome a que se referem. Seguem anexas as avaliações. Seguem anexos os conteúdos. Muito obrigado, disse ele. Muito obrigada, disse ela. Sob a mesma regra, temos palavras como: incluso, quite, leso, mesmo e próprio. Concordância Verbal A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa). Sujeito composto antes do verbo: O sujeito é composto e vem antes do verbo que deve estar sempre no plural. João e Paulo conversaram pelo telefone. Sujeito composto depois do verbo: O sujeito composto vem depois do verbo, tanto pode ficar no plural como pode concordar com o sujeito mais próximo. Brincaram Pedro e Vítor. Brincou Pedro e Vítor. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes: O sujei- to é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes. O verbo também deve ficar no plural e concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade. 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Nós, vós e eles vamos à igreja. Casos específicos de concordância verbal - Concordância verbal com verbos impessoais: como não apre- sentam sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do singular: Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo decorrido) - Concordância verbal com a partícula apassivadora se: o obje- to direto assume a função de sujeito paciente, e o verbo estabelece concordância em número com o objeto direto: Vende-se ovo. Vendem-se ovos. - Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: Quando atua como indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular: Precisa-se de vendedor. Precisa-se de vendedores. PORTUGUÊS 34 - Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a meta- de,...: o verbo fica conjugado na 3.ª pessoa do singular. Porém, já se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural: A maioria dos meninos vai… A maior parte dos meninos vai… A maioria dos meninos vão… A maior parte dos meninos vão… - Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo con- corda com o termo antecedente ao pronome relativo que: Fui eu que contei o segredo. Foi ele que contou o segredo. Fomos nós que contamos o segredo. - Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular: Fui eu quem contei o segredo. Fomos nós quem contamos o segredo Fui eu quem contou o segredo. Fomos nós quem contou o segredo. - Concordância verbal com o infinitivo pessoal: o infinitivo é fle- xionado, principalmente, quer definir o sujeito e o sujeito da segun- da oração é diferente da primeira: Eu pedi para eles fazerem a tarefa. - Concordância verbal com o infinitivo impessoal: o infinitivo não é flexionado em locuções verbais e em verbos preposicionados: Foram impedidos de entender a razão. - Concordância verbal com o verbo ser: a concordância em nú- mero é estabelecida com o predicativo do sujeito: Isto é verdade! Isto são verdades! - Concordância verbal com um dos que: o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do plural: Um dos que foram… Um dos que podem… QUESTÕES 01. Pref. de Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL A alternativa que está coerente com as regras da concordância nominal é: A) Ternos marrons-claros. B) Tratados lusos-brasileiros. C) Aulas teórico-práticas. D) Sapatos azul-marinhos. E) Camisas verdes-escuras. 02. SAAEB – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2016 - FAFIPA Indique a alternativa que NÃO apresenta erro de concordância nominal. A) O acontecimento derrubou a bolsa brasileira, argentina e a espanhola. B) Naquele lugar ainda vivia uma pseuda-aristocracia. C) Como não tinham outra companhia, os irmãos viajaram só. D) Simpáticos malabaristas e dançarinos animavam a festa. 03. CISMEPAR/PR – Advogado – 2016 - FAUEL A respeito de concordância verbal e nominal, assinale a alter- nativa cuja frase NÃO realiza a concordância de acordo com a nor- ma padrão da Língua Portuguesa: A) Meias verdades são como mentiras inteiras: uma pessoa meia honesta é pior que uma mentirosa inteira. B) Sonhar, plantar e colher: eis o segredo para alcançar seus objetivos. C) Para o sucesso, não há outro caminho: quanto mais distante o alvo, maior a dedicação. D)Não é com apenasuma tentativa que se alcança o que se quer. 04. TRF – 3ª Região – Analista Judiciário-Área Administrativa – 2017 - FCC A respeito da concordância verbal, é correto afirmar: A) Em “A aquisição de novas obras devem trazer benefícios a todos os frequentadores”, a concordância está correta por se tratar de expressão partitiva. B) Em “Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus”, a con- cordância está correta, uma vez que o núcleo do sujeito é “cerca”. C) Na frase “Hão de se garantir as condições necessárias à con- servação das obras de arte”, o verbo “haver” deveria estar no singu- lar, uma vez que é impessoal. D) Em “Acredita-se que 25% da população frequentem ambien- tes culturais”, a concordância está correta, uma vez que a porcenta- gem é o núcleo do segmento nominal. E) Na frase “A maioria das pessoas não frequentam o museu”, o verbo encontra-se no plural por concordar com “pessoas”, ainda que pudesse, no singular, concordar com “maioria”. 05. MPE-SP – Oficial de Promotoria I – 2016 - VUNESP Fora do jogo Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito. Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser duradouras. Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da As- sociação Nacional dos Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento. Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consu- midores impedidos de obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta de 1,8 milhão em dois meses. Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para deixar de pagar as dívidas: a perda de empre- go, que tem forte correlação com a capacidade de pagamento das famílias. Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos em treinamento e incorrer em custos traba- lhistas. Dado o colapso da atividade econômica, porém, jogaram a toalha. O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada. PORTUGUÊS 35 Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências de reversão de padrões positivos da última déca- da – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego. (Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. A) A mudança de direção da economia fazem com que se altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo. B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, en- frentam grande dificuldade para obter novos recursos. C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. D) São as dívidas que faz com que grande número dos consumi- dores não estejam em dia com suas obrigações. E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédito mos- tra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos créditos. 06. COPEL – Contador Júnior -2017 - NC-UFPR Assinale a alternativa em que os verbos sublinhados estão cor- retamente flexionados quanto à concordância verbal A) A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemen- te a nova edição do relatório Smoke-free movies (Filmes sem cigar- ro), em que recomenda que os filmes que exibem imagens de pes- soas fumando deveria receber classificação indicativa para adultos. B) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis países europeus, que alcançaram bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e italianos), continha cenas de pessoas fumando em filmes classificados para menores de 18 anos. C) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona” como uma espécie de última fronteira para anúncios, mensagens sublimi- nares e patrocínios, já que uma série de medidas em diversos países passou a restringir a publicidade do tabaco. D) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de fumo em filmes para jovens. E) Os especialistas da organização citam estudos que mostram que quatro em cada dez crianças começa a fumar depois de ver atores famosos dando suas “pitadas” nos filmes. RESPOSTAS 01 C 02 D 03 A 04 E 05 C 06 C REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Regência é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabe- lecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. Regência Nominal Há nomes de sentido incompletos. Substantivos, adjetivos, e, certos advérbios, podem, como no caso dos verbos, precisar de um complemento (complemento nominal) para completar seu sentido: Sou devoto (nome de sentido incompleto) ao Santo Expedito (com- pl. Nominal). O substantivo devoto rege um complemento nominal prece- dido da preposição (ao). Sendo assim, a relação particular entre o nome e complemento, está sempre marcada por uma preposição. Contudo, cabe observar, que certos substantivos e adjetivos ad- mitem mais de uma regência (mais de uma preposição). Vejamos alguns nomes com as preposições que as regem: Acessível [a, para] - acostumado [a, com] - adequado [a] - admi- ração [a, por] - alheio [a, de] - aliado [a, com] - amante [de] – amigo [de] - amor [a, de, para com, por] –ansioso [de, para, por] - apto [a, para] - assíduo [a, em] - atenção [a] - atento [a, em] - atencioso [com, para com] - benéfico [a] - benefício [a] – bom [para] - capaci- dade [de, para] - capaz [de, para] – cego [a] - certeza [de] - comum [de] - conforme [a, com] - consulta [a] - contente [com, de, em, por] - cuidadoso [com] – curioso [de, por] descontente [com] - desfavo- rável [a] –desrespeito [a] - diferente [de] - dificuldade [com, de, em, para] – digno [de] - dúvida [acerca de, em, sobre] – entendido [em] – essencial [para] – fácil [a, de, para] - facilidade [de, em, para] - fiel [a] - feliz [de, com, em, por] - grato [a] -horror [a, de, por] -– idên- tico [a] - impaciência [com] – incapaz [de, para] –influência [sobre] - insensível [a] - intolerante [com] - junto [a, de] - leal [a] - lento [em] – liberal [com] - maior [de] – manifestação [contra] - medo [de, a] – menor [de] –morador [em] - natural [de] - necessário [a] - obediente [a] - ódio [a, contra] - orgulhoso [de, com] - paixão [de, por] – parecido [a, com] - referência [a, por] –propício [a] - próximo [a, de] - pronto [para, em] - propensão [para] - relação [a, com, de, por, para com] - relacionado [com] - rente [a, de, com] - responsá- vel [por] - rico [de, em] –satisfeito [com, de, em, por] - semelhante [a] - suspeito [a, de] - tentativa [contra, de, para, para com] –único [em] - vazio [de]– visível [a] - vizinho [a, de, com] – zelo [a, de, por]. Regência de Advérbios: são importantes os advérbios: longe [de], perto [de] e proximamente [a, de]. Todos os advérbios termi- nados em -mente, tendem a apresentar a mesma preposição dos adjetivos: Compatível [com]; compativelmente [com]. Relativo [a]; relativamente [a] Regência Verbal É a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos que se seguem a ele e completam o seu sentido. Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Os verbos podem ser: - Verbos Transitivos: Exigem complemento (objetos) para que tenham sentido completo. Podem ser: Transitivos Diretos; Transiti- vos Indiretos; Transitivos Diretos e Indiretos. - Verbos Intransitivos: Existem verbos intransitivos que preci- sam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para darem um sentido completo para a frase. Exemplos de regência verbal não preposicionada Leu o jornal. Comeu o chocolate. Bebeuo vinho. Ouviu a música. Estudou a matéria. PORTUGUÊS 36 Fez o jantar Exemplos de regência verbal preposicionada Procedeu à leitura do livro. Pagou ao fornecedor. Desobedeceu aos mandamentos. Apoiou-se na mesa. Apaixonou-se por sua melhor amiga. Meditou sobre a possibilidade. Quando a regência verbal é feita através de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre. agradar a; obedecer a; assistir a; visar a; lembrar-se de; simpatizar com; comparecer em; convocar para; trocar por; alertar sobre. QUESTÕES 01. MPE-GO - Secretário Auxiliar – Goiás – 2018 – MPE-GO Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática nor- mativa não aceita o uso do mesmo complemento para verbos com regências diferentes. Assinale a opção em que esse tipo de trans- gressão não ocorre. A) “Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de toda a política externa brasileira.” (Clóvis Rossi) B) “Educador é todo aquele que confere e convive com esses conhecimentos.” (J. Carlos de Sousa) C) Vi e gostei muito do filme O jardineiro fiel cujo diretor é um brasileiro. D) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela as- pira. E) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que simultaneamente. 02. CODEBA – Analista Portuário – Administrador – 2016 - FGV Relatórios Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de perfil bem específico. Os relatórios de inquérito, por exemplo, são lidos pelas pessoas diretamente envolvidas na investigação de que tra- tam. Um relatório de inquérito criminal terá como leitores prefe- renciais delegados, advogados, juízes e promotores. Autores de relatórios que têm leitores definidos podem pres- supor que compartilham com seus leitores um conhecimento geral sobre a questão abordada. Nesse sentido, podem fazer um texto que focalize aspectos específicos sem terem a necessidade de apre- sentar informações prévias. Isso não acontece com relatórios de circulação mais ampla. Nesse caso, os autores do relatório devem levar em consideração o fato de terem como interlocutores pessoas que se interessam pelo assunto abordado, mas não têm qualquer conhecimento sobre ele. No momento de elaborar o relatório, será preciso levar esse fato em consideração e introduzir, no texto, todas as informações ne- cessárias para garantir que os leitores possam acompanhar os da- dos apresentados, a análise feita e a conclusão decorrente dessa análise. “Relatórios de circulação restrita são dirigidos a leitores de per- fil bem específico”. No caso desse segmento do texto, a preposição a é de uso gra- matical, pois é exigida pela regência do verbo dirigir. Assinale a opção que indica a frase em que a preposição “a” introduz um adjunto e não um complemento. A) O Brasil dá Deus a quem não tem nozes, dentes etc. B) É preciso passar o Brasil a limpo. C) Um memorando serve não para informar a quem o lê, mas para proteger quem o escreve. D) Quem é burro pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue. E) O desenvolvimento é uma receita dos economistas para pro- mover os miseráveis a pobres – e, às vezes, vice-versa. 03. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2016 - FEPESE A linguagem poética Em relação à prosa comum, o poema se define de certas restri- ções e de certas liberdades. Frequentemente se confunde a poesia com o verso. Na sua origem, o verso tem uma função mneumotéc- nica (= técnica de memorizar); os textos narrativos, líricos e mesmo históricos e didáticos eram comunicados oralmente, e os versos – repetição de um mesmo número de sílabas ou de um número fixo de acentos tônicos e eventualmente repetição de uma mesma sonoridade (rima) – facilitavam a memorização. Mais tarde o verso se tornou um meio de enfeitar o discurso, meio que se desvalorizou pouco a pouco: a poesia contemporânea é rimada, mas raramente versificada. Na verdade o valor poético do verso decorre de suas relações com o ritmo, com a sintaxe, com as sonoridades, com o sentido das palavras. O poema é um todo. (…) Os poetas enfraquecem a sintaxe, fazendo-a ajustar-se às exi- gências do verso e da expressão poética. Sem se permitir verdadei- ras incorreções gramaticais, eles se permitem “licenças poéticas”. Além disso, eles trabalham o sentido das palavras em direções contrárias: seja dando a certos termos uma extensão ou uma inde- terminação inusitadas; seja utilizando sentidos raros, em desuso ou novos; seja criando novas palavras. Tais liberdades aparecem mais particularmente na utilização de imagens. Assim, Jean Cohen, ao estudar o processo de fabricação das comparações poéticas, observa que a linguagem corrente faz espontaneamente apelo a comparações “razoáveis” (pertinentes) do tipo “a terra é redonda como uma laranja” (a redondeza é efeti- vamente uma qualidade comum à terra e a uma laranja), ao passo que a linguagem poética fabrica comparações inusitadas tais como: “Belo como a coisa nova/Na prateleira até então vazia” (João Cabral de Melo Neto). Ou, então estranhas como: “A terra é azul como uma laranja” (Paul Éluard). Francis Vanoye Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal. A) Chamaram Jean de poeta. B) “Não obedeço a rima das estrofes”, disse o poeta. C) Todos os escritores preferem o elogio do que a crítica D) Passou no cinema o filme sobre aquele poeta que gosto mui- to. E) Eu me lembrei os dias da leitura de poesia na escola. PORTUGUÊS 37 04. TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - 2016 - VUNESP Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação. A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais no- tável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros. D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no- tável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros. E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no- tável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. 05. MPE-PE - Analista Ministerial - Área Auditoria – 2018 – FCC Para onde vão as palavras Como se sabe, a palavra durante algum tempo foi obrigada a recuar diante da imagem, e o mundo escrito e impresso diante do falado na tela. Tiras de quadrinhos e livros ilustrados com um mí- nimo de texto hoje não se destinam mais somente a iniciantes que estão aprendendo a soletrar. De muito mais peso, no entanto, é o recuo da notícia impressa em face da notícia falada e ilustrada. A imprensa, principal veículo da esfera pública no século X I X assim como em boa parte do século XX, dificilmente será capaz de manter sua posição no século X X I. Mas nada disso pode deter a ascensão quantitativa da litera- tura. A rigor, eu quase diría que - apesar dos prognósticos pessi- mistas - o mais importante veículo tradicional da literatura, o livro impresso, sobreviverá sem grande dificuldade, com poucas exce- ções, como as das enciclopédias, dos dicionários, dos compêndios de informação etc., os queridinhos da internet. (Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. São Pau- lo: Companhia das Letras, 2013, p. 29-30.) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na seguinte frase: A) Entre as várias atrações que (conter) um livro, uma é a de tornar-se um obieto do afeto de quem o possui. B) Se há imagens pelas quais se (deixar) prender umespecta- dor, há palavras que encantam um leitor. C) Quando há num livro imagens excessivas, que (contaminar) um texto, as palavras saem desvalorizadas. D) A despeito de (haver) nele figuras demais, esse livro infantil atrai também um leitor adulto. E) Aos frequentadores da internet (atrair) sobretudo o volume de informações que nela circulam. RESPOSTAS 01 D 02 B 03 A 04 E 05 B CRASE Há um caso de contração que merece destaque: A crase, que é a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a(s), ou da preposição a com o a inicial dos pronomes demonstrativos aque- le(s), aquela(s), aquilo, ou ainda da preposição a com um pronome demonstrativo a(s), ou então da preposição a com o a inicial do pronome relativo a qual (as quais). Essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente representada por um a com acento grave (à), dá-se o nome de crase. Veremos, a seguir, as principais regras. Usa-se a Crase: - Locuções prepositivas, locuções adverbiais ou locuções con- juntivas com o núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa, à noite, à força de, às vezes, às escuras, à medida que, às pressas, à custa de, às mil maravilhas, à tarde, às onze horas, etc. Não confun- da a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as vezes de, em que não há crase porque o “as” é artigo definido puro. - Locuções que exprimem hora determinada: Ele chegou às dez horas e vinte minutos. - A expressão “à moda de” (ou “à maneira de”) estiver suben- tendida: Mesmo que a palavra subsequente for masculina há crase: Ele é um galã à Don Juan. - As expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio”, etc. estive- rem subentendidas: Virou sentido à Higienópolis (= Virou sentido à Rua Higienópolis); Fomos à Pernambucanas (fomos à loja Pernam- bucanas). - É implícita uma palavra feminina: Esta fruta é semelhante à uva (= à fruta). - Pronome substantivo possessivo feminino no singular ou plural: Aquela casa é semelhante à nossa. O acento indicativo de crase é obrigatório porque, no masculino, ficaria assim: Aquele car- ro é semelhante ao nosso (preposição + artigo definido). - Não confundir devido com dado (a, os, as): a expressão pede preposição “a”, tendo crase antes de palavra feminina determinada pelo artigo definido. Devido à chuva de ontem, os trabalhos foram cancelados (= devido ao temporal de ontem, os trabalhos...); Já a outra expressão não aceita preposição “a” (o “a” que aparece é ar- tigo definido, não se usa, crase): Dada a resposta sobre o acidente (= dado o esclarecimento sobre...). Fora os casos anteriores, deve-se substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática. Caso use “ao” no masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer “a” ou “o” no masculino, não haverá crase no “a” do feminino. Não se usa Crase: - Antes de palavra masculina: Chegou a tempo; Vende-se a prazo. - Antes de verbo: Ficamos a admirá-los; Ele começou a ter alu- cinações. - Antes de artigo indefinido: Nos dirigimos a um caixa. - Antes de expressão de tratamento introduzida pelos prono- mes possessivos Vossa ou Sua ou a expressão Você: Enviaram con- vites a Vossa Senhoria; Encontraremos a Sua Majestade; Ele queria perguntar a você. PORTUGUÊS 38 - Antes dos pronomes demonstrativos esta e essa: Me refiro a esta menina; A família não deu ouvidos a essa fofoca. - Antes dos pronomes pessoais: Não diga a ela. - Antes dos pronomes indefinidos com exceção de outra: Fa- larei isso a qualquer pessoa. Com o pronome indefinido outra(s), pode haver crase pois, às vezes, aceita o artigo definido a(s): Esta- vam de frente umas às outras (no masculino, ficaria “Estavam de frente uns aos outros”). - Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte estiver no plural: Contei a pessoas que perguntaram. - Quando, antes do “a”, houver preposição: Os livros estavam sob a mesa. Exceção para até por motivo de clareza: A água do rio subiu até à Prefeitura da cidade. (= a água chegou perto da Prefei- tura); se não houvesse o sinal da crase, o sentido ficaria ambíguo: a água chegou até a Prefeitura (= inundou inclusive a Prefeitura). - Com expressões repetitivas: Secamos a casa gota a gota. - Com expressões tomadas de maneira indeterminada: Prefiro jiló a injeção (no masc. = prefiro jiló a remédio). - Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A qual autoridade irá se dirigir? - Na expressão valer a pena (no sentido de valer o sacrifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo definido: Não sei se este trabalho vale a pena. Crase Facultativa: - Antes de nomes próprios femininos: Dei os parabéns à Cida; Dei os parabéns a Cida. Antes de um nome de pessoa, pode-se ou não usar o artigo “a” (“A Camila é uma boa amiga”. Ou “Camila é uma boa amiga”). Sendo assim, mesmo que a preposição esteja presente, a crase é facultativa. - Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular: Pe- diu permissão à minha esposa; Pediu permissão a minha esposa. Mesma explicação é idêntica à do item anterior. Portanto, mesmo com a presença da preposição, a crase é facultativa. - Nomes de localidades: há as que admitem artigo antes e as que não o admitem. Para se saber se o nome de uma localidade aceita artigo, substitua o verbo da frase pelos verbos estar ou vir. Se ocorrer a combinação “na” com o verbo estar ou “da” com o verbo vir, haverá crase com o “a” da frase original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase: Quero conhecer à Europa (estou na Europa; vim da Europa); O avião dirigia-se a São Paulo (estou em São Paulo; vim de São Paulo). QUESTÕES 01. PC-MG - Escrivão de Polícia Civil – 2018 - FUMARC Ocorre crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou entre a preposição “a” e o pronome de- monstrativo “aquele” (e variações). INDIQUE a alternativa que apresenta uso FACULTATIVO da cra- se. A) Solicitamos a devolução dos documentos enviados à empre- sa. B) O promotor se dirigiu às pessoas presentes no tribunal. C) O pai entregou àquele advogado a prova exigida pelo juiz. D) Irei à minha sala para buscar o projeto de consultoria. 02. Pref. de Itaquitinga/PE – Assistente Administrativo – 2016 - IDHTEC Em qual dos trechos abaixo o emprego do acento grave foi omi- tido quando houve ocorrência de crase? A) “O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco decidiu sus- pender a paralisação que faria a partir das 16h desta quarta-feira.” B) “Pela manhã, em nota, a categoria informou que cruzaria os braços só retornando às atividades normais as 5h desta quinta- -feira.” C) “Nesta quarta-feira, às 21h, acontece o “clássico das multi- dões” entre Sport e Santa Cruz, no Estádio do Arruda.” D) “Após a ameaça de greve, o sindicato foi procurado pela CBTU e pela PM que prometeram um reforço no esquema de se- gurança.” E) “A categoria se queixa de casos de agressões, vandalismo e depredações e da falta de segurança nas estações.” 03. MPE/SC – Promotor de Justiça – 2016 - MPE/SC Em relação ao emprego do sinal de crase, estão corretas as fra- ses: a) Solicito a Vossa Excelência o exame do presente documento. b) A redação do contrato compete à Diretoria de Orçamento e Finanças. ( ) Certo ( ) Errado 04. TRF-3ª Região – Técnico Judiciário – Informática – 2016 - FCC O sinal indicativo de crase está empregado corretamente em: A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma brisa de contentamento. B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de abraçar uma árvore gigante. C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que me propusera para o dia. D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas que hoje vivem em São Paulo. E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi- ção de se abraçar árvore. 05. Pref. De Criciúma/SC – Engenheiro Civil – 2016 - FEPESE Analise as frases quanto ao uso correto da crase. 1. O seu talento só era comparável à sua bondade. 2. Não pôde comparecer à cerimônia de posse na Prefeitura. 3. Quem se vir em apuros,deve recorrer à coordenação local de provas. 4. Dia a dia, vou vencendo às batalhas que a vida me apresenta. 5. Daqui à meia hora, chegarei a estação; peça para me aguar- darem. A) São corretas apenas as frases 1 e 4. B) São corretas apenas as frases 3 e 4. C) São corretas apenas as frases 1, 2 e 3. D) São corretas apenas as frases 2, 3 e 4. E) São corretas apenas as frases 2, 4 e 5. RESPOSTAS 01 D 02 B 03 Certo 04 B 05 C PORTUGUÊS 39 COLOCAÇÃO PRONOMINAL. A colocação dos pronomes oblíquos átonos é um fator impor- tante na harmonia da frase. Ela respeita três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar na oração: Próclise - o pronome é colocado antes do verbo. Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo. Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo. Próclise - Orações negativas, que contenham palavras como: não, nin- guém, nunca. Não o vi ontem. Nunca o tratei mal. - Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos. Foi ele que o disse a verdade. Alguns lhes custaram a vida. Isso me lembra infância. - Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, a não ser que haja vírgula depois do advérbio, pois assim o advérbio deixa de atrair o pronome. Ontem me fizeram uma proposta. Agora, esqueça-se. - Orações exclamativas e orações que exprimam desejo que algo aconteça. Deus nos ajude. Espero que me dês uma boa notícia. - Orações com conjunções subordinativas. Exemplos: Embora se sentisse melhor, saiu. Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo. - Verbo no gerúndio regido da preposição em. Em se tratando de Brasil, tudo pode acontecer. Em se decidindo pelo vestido, opte pelo mais claro. - Orações interrogativas. Quando te disseram tal mentira? Quem te ligou? Mesóclise É possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Fu- turo do Pretérito. Se houver palavra atrativa, dá-se preferência ao uso da Próclise. Encontrar-me-ei com minhas raízes. Encontrar-me-ia com minhas raízes. Ênclise Usa-se a Ênclise quando o uso da Próclise e Mesóclise não fo- rem possíveis. A colocação de pronome depois do verbo é atraída pelas seguintes situações: - Verbo no imperativo afirmativo. Depois de avaliar, chamem-nos. Ao iniciar, distribuam-lhes as senhas! - Verbo no infinitivo impessoal. Preciso apresentar-te a minha irmã. O seu pior pesadelo é casar-se. - Verbo inicia a oração. Disse-lhe a verdade sobre nosso amor. Arrepiei-me com tal relato. - Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois regido pela preposição em usa-se a Próclise). Vivo perguntando-me como pode ser tão falso. Faço muitos apontamentos, perguntando-lhe o motivo do fin- gimento. Com Locução Verbal Todos os exemplos até agora têm apenas um verbo atraindo o pronome. Vejamos como fica a colocação do pronome nas locuções verbais (seguindo todas as regras citadas anteriormente). - Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio. Devo chamar-te pelo primeiro nome. Devo-lhe chamar pelo primeiro nome. - Caso não haja palavra que atraia a Próclise, Ênclise é usada de- pois do verbo auxiliar onde o verbo principal está no particípio. Foi-lhe dito como deveria impedir isso. Tinha-lhe feito as malas para que partisse o mais rápido pos- sível. QUESTÕES 01. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2017 - FEPESE Analise a frase abaixo: “O professor discutiu............mesmos a respeito da desavença entre .........e ........ . Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto. A) com nós • eu • ti B) conosco • eu • tu C) conosco • mim • ti D) conosco • mim • tu E) com nós • mim • ti 02. Pref. de Caucaia/CE – Agente de Suporte a Fiscalização – 2016 - CETREDE Marque a opção em que ocorre ênclise. A) Disseram-me a verdade. B) Não nos comunicaram o fato. C) Dir-se-ia que tal construção não é correta. D) A moça se penteou. E) Contar-me-ão a verdade? 03. MPE/RS – Agente Administrativo – 2017 - MPE-RS Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas dos enunciados abaixo. 1. Quanto ao pedido do Senhor Secretário, a secretaria deverá ________ que ainda não há disponibilidade de recursos. PORTUGUÊS 40 2. Apesar de o regimento não exigir uma sindicância neste tipo de situação, a gravidade da ocorrência ________, sem dúvida. 3. Embora os novos artigos limitem o alcance da lei, eles não ________. A) informar-lhe – a justificaria – revogam-na B) informar-lhe – justificá-la-ia – a revogam C) informá-lo – justificar-lhe-ia – a revogam D) informá-lo – a justificaria – lhe revogam E) informar-lhe – justificá-la-ia – revogam-na 04. IPSMI – Procurador – 2016 - VUNESP Assinale a alternativa em que a colocação pronominal e a conjugação dos verbos estão de acordo com a norma-padrão. A) Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos negócios. B) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado. C) Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem ao dirigir na estrada. D) Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade. E) Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus méritos. 05. BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Administração e Psicologia – 2016 - IESES Assinale a opção em que a colocação dos pronomes átonos está INCORRETA: A) Não considero-me uma pessoa de sorte; me considero uma pessoa que trabalha para se sustentar e esforça-se para se colocar bem na vida. B) Pagar-lhes-ei tudo o que lhes devo, mas no devido tempo e na devida forma. C) A situação não é melhor na Rússia, onde os antigos servos tornaram-se mujiques famintos, nem nos países mediterrâneos, onde os campos sobrecarregados de homens são incapazes de alimentá-los. D) Deus me livre desse maldito mosquito! Nem me falem nessas doenças que ele transmite! E) Pede a Deus que te proteja e dê muita vida e saúde a teus pais. 06. TRT – 14ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2017 - FCC No que se refere ao emprego do acento indicativo de crase e à colocação do pronome, a alternativa que completa corretamente a frase O palestrante deu um conselho... É: A) à alguns jovens que escutavam-no. B) à estes jovens que o escutavam. C) àqueles jovens que o escutavam D) à juventude que escutava-o. E) à uma porção de jovens que o escutava. RESPOSTAS 01 E 02 A 03 B 04 B 05 A 06 C PORTUGUÊS 41 PONTUAÇÃO Pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para demonstrar recursos específicos da língua falada, como: ento- nação, silêncio, pausas, etc. Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados corretamente, facilitam a compreensão e en- tendimento do texto. Ponto ( . ) Usamos para: - indicar o final de uma frase declarativa: não irei ao shopping hoje. - separar períodos entre si: Fecha a porta. Abre a janela. - abreviaturas: Av.; V. Ex.ª Vírgula ( , ) Usamos para: - marcar pausa do enunciado a fim de indicar que os termos separados, apesar de serem da mesma frase ou oração, não for- mam uma unidade sintática: Maria, sempre muito simpática, ace- nou para seus amigos. Não se separam por vírgula: - predicado de sujeito; - objeto de verbo; - adjunto adnominal de nome; - complemento nominal de nome; - predicativo do objeto; - oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). A vírgula também é utilizada para: - separar o vocativo: João, conte a novidade. - separar alguns apostos: Célia, muito prendada, preparou a refeição. - separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Algu- mas pessoas, muitas vezes, são falsas. - separar elementos de uma enumeração: Vendem-se pães, tortas e sonho. - separar conjunções intercaladas: Mário, entretanto, nunca mais deu notícias. - isolar o nome de lugar na indicação de datas: Londrina, 25 de Setembro de 2017. - marcar a omissão de um termo (normalmenteo verbo): Ele prefere dormir, eu me exercitar. (omissão do verbo preferir) Ponto-e-Vírgula ( ; ) Usamos para: - separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.: Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas for- mais e não formais, como direito de cada um, observados: I -a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associa- ções, quanto a sua organização e funcionamento; II -a destinação de recursos públicos para a promoção priori- tária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III -o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional; IV -a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. - separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham sido utilizado a vírgula. Dois-Pontos ( : ) Usamos para: - iniciar a fala dos personagens: O pai disse: Conte-me a verda- de, meu filho. - antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores: Comprei alguns itens: arroz, feijão e carne. - antes de citação: Como dizia minha mãe: “Você não é todo mundo.” Ponto de Interrogação ( ? ) Usamos para: - perguntas diretas: Onde você mora? - em alguns casos, junto com o ponto de exclamação: Quem você ama? Você. Eu?! Ponto de Exclamação ( ! ) Usamos: - Após vocativo: Volte, João! - Após imperativo: Aprenda! - Após interjeição: Psiu! Eba! - Após palavras ou frases que tenham caráter emocional: Poxa! Reticências ( ... ) Usamos para: - indicar dúvidas ou hesitação do falante: Olha...não sei se devo... melhor não falar. - interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incomple- ta: Você queria muito este jogo novo? Bom, não sei se você mere- ce... - indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita: Quando ela começou a falar, não parou mais... terminou uma hora depois. Aspas ( “” ) Usamos para: - isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta: gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. - indicar uma citação textual. Parênteses ( () ) Usamos para: - isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e da- tas: No dia do seu nascimento (08/08/984) foi o dia mais quente do ano. - podem substituir a vírgula ou o travessão. Travessão (__ ) Usamos para: - dar início à fala de um personagem: Filó perguntou: __Maria, como faz esse doce? - indicar mudança do interlocutor nos diálogos. __Mãe, você me busca? __Não se preocupe, chegarei logo. - Também pode ser usado em substituição à virgula, em ex- pressões ou frases explicativas: Pelé – o rei do futebol – está muito doente. Colchetes ( [] ) Usamos para: - linguagem científica. Asterisco ( * ) Usamos para: - chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação). PORTUGUÊS 42 QUESTÕES 01. CLIN – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – 2015 - CO- SEAC Primavera A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para rece- bê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os ha- bitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, - e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, - e certa- mente conversam: mas tão baixinho que não se entende. Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e to- dos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol. Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvo- res cobertas de folhas, - e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz. Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação. Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste mo- vimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, - e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou. Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhe- mos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos an- tigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sen- do enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor. Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, - por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida - e efêmera. (MEIRELES, Cecília. “Cecília Meireles - Obra em Prosa? Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.) “...e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega” (1º §) No fragmento acima, as vírgulas foram empregadas para: A) marcar termo adverbial intercalado. B) isolar oração adjetiva explicativa. C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado. D) separar termo em função de aposto. 02. PC – CE - Escrivão da Policia Civil de 1ª classe – 2015 – VU- NESP Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula, consi- derando-se a norma-padrão da língua portuguesa. A) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar, que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo de- morado. B) Os amigos, apesar de terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo demo- rado C) Os amigos, apesar de terem esquecido, de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez era algo demo- rado. D) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que, demoraria tanto, informaram-nos, de que a gravidez era algo de- morado. E) Os amigos, apesar de, terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto, informaram-nos de que a gravidez, era algo de- morado. 03. IPC - ES - Procurador Previdenciário I 2018 - IDECAN Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da vírgula é obri- gatória porque serve para: A) Isolar o vocativo. B) Isolar o adjunto adverbial deslocado. C) Separar orações coordenadas. D) Intercalar expressões explicativas. 04. - IF-MT - Direito – 2018 - IF-MT O uso adequado da pontuação é fundamental para o bom en- tendimento do texto. Nos casos abaixo, a vírgula está usada de for- ma inadequada em: A) Todos os cidadãos brasileiros, são iguais perante a lei, con- forme a Constituição Federal. B) Além disso, à noite, fazer caminhada até a minha casa é in- seguro. C) Agora, em relação à tecnologia, os jovens dispõem de uma série de comodidades, salientou o pesquisador. PORTUGUÊS 43 D) “Eu sei, mas não devia” (Marina Colasanti). E) Ainda havia muito a se deliberar, todavia, considerando o horário avançado, a reunião foi encerrada. 05. EMATERCE - Agente de ATER - Ciências Contábeis – 2018 – CETREDE Analise as duas frases a seguir em relação à ambiguidade. I. Karla comeu um doce e sua irmã também. II. Mataram a vaca da sua tia.Marque a opção CORRETA. A) O problema da frase I pode ser corrigido com uma vírgula. B) As duas frases podem ser corrigidas com o uso de pronome. C) Ao colocarmos apenas um verbo, corrigiremos a frase II. D) Apenas a frase I apresenta problema de ambiguidade. E) Uma preposição resolveria o problema da frase II. RESPOSTAS 01 D 02 B 03 A 04 A 05 A AMBIGUIDADE E PARÁFRASE Ambiguidade Ambiguidade, é a duplicidade de sentidos numa mesma sen- tença. Por reunir mais do que uma interpretação possível, as am- biguidades podem gerar um desentendimento no discurso, motivo pelo qual devem ser evitadas nos discursos formais. Assim, quando surgem por descuido, as ambiguidades são consideradas vícios de linguagem. No entanto, esse é um recurso muito utilizado nos textos poé- ticos, uma vez que oferece maior expressividade ao texto. Além dis- so, também é usada nos textos publicitários para garantir o humor. Neste caso, quando seu uso é intencional, a ambiguidade é conside- rada uma figura de linguagem. Ambiguidade lexical e estrutural: Quando a ambiguidade re- sulta dos significados das palavras, ela é lexical. Exemplo: Estava perto do banco. (Banco da praça ou uma instituição?) Por sua vez, quando a ambiguidade resulta da posição das pa- lavras na oração, ela é estrutural. Ambiguidade na publicidade: Um texto pode pretender a transmissão de mais do que uma mensagem, seja por meio da lin- guagem escrita ou através de imagens. No caso da publicidade, isso é feito de forma proposital. Como exemplo, podemos citar a publicidade a respeito de um anúncio de bolachas: “Encha seu filho de bolacha.” Note que o objetivo da mensagem é a de incentivar o consumo de bolachas e não de incitar os pais a baterem nos filhos. Isso ocorre porque o termo bolacha é ambíguo, uma vez que pode significar um tipo de biscoito ou uma bofetada. Ambiguidade e polissemia: Vale lembrar que a ambiguidade difere da polissemia. A polissemia está relacionada com os vários significados que uma mesma palavra pode ter. Exemplos: manga (fruta ou parte da camisa), perna (parte do corpo, perna da mesa). Paráfrase Paráfrase trata-se de uma reprodução explicativa sobre um tex- to ou unidade de um texto, através de uma linguagem mais longa. Nela sempre se mantém as ideias do texto original. Entretanto, co- mentários e ideias são incluídos. Parafrasear é transcrever as palavras do texto de um outro jei- to, além de proporcionar um diálogo intertextual. Ou seja, o texto parafraseado nasce de um leitor que se torna autor de um novo conteúdo. Tal conteúdo pode ser confirmado as ideias contidas no texto original. Exemplos: “Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá...” (Canção do exílio, Gonçalves Dias) “Do que a terra mais garrida / teus risonhos, lindos campos têm mais flores / nossos bosques têm mais vida...” (Hino Nacional Bra- sileiro, J.O.D. Estrada) “Moro num país tropical / abençoado por Deus / e bonito por natureza...” (País Tropical, Jorge Ben Jor) Formas parafrásticas: Paráfrase substitutiva ou reprodutiva (reprodução):tradução livre ou quase literal de um outro texto, repetindo as ideias origi- nais, com palavras mais simples, mas próprias (substituição de pa- lavras por outras de sentido equivalente, dizer por outras palavras) Pode ser usado no mesmo contexto e situação, mas deve ser evitado nos trabalhos académicos pois este tipo de paráfrase está próxima da cópia esclarecendo muito pouco as ideias e não mos- trando com clareza que se compreendeu Paráfrase explicativa ou metáfrase:reescrita, em termos mais simples, esclarecendo sentidos obscuros ou não totalmente explíci- tos e ampliando ideias tornando o texto claro, incisivo e evidente, com recurso ao desenvolvimento de conceitos e à argumentação. Paráfrase desenvolvimento ou amplificação:reescrita, acres- centando definição dos termos utilizados, exemplos, comparações, contrastes, exposição de relações de causa e efeitos, metáforas, di- ferentes formas de redundância entre outros (mesmo assim, man- tém valor estétitco-estilístico). QUESTÕES 01. MPE-BA - Analista Técnico - Letras Vernáculas – 2017 – FGV A frase abaixo que NÃO mostra ambiguidade em sua estrutura é: A) Bahia e Vitória jogam na próxima semana; B) O turista viu o assaltante passeando pela praia; C) A criação da empresa agradou a todos; D) O aumento dos impostos já desagrada a população; E) O ministro, em sua casa, recebeu o Presidente. PORTUGUÊS 44 02. ALERJ - Especialista Legislativo - Registro de Debates – 2017 - FGV A ambiguidade presente na frase “Foi observado o acidente da ponte” é decorrente do(da): A) indefinição de complementos; B) mau emprego de pronomes; C) caso de polissemia vocabular; D) indefinição entre tipos de adjuntos; E) não distinção entre agente e paciente. 03. IF-TO - Administrador – 2017 – IFTO O gigolô das palavras Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão, designada por seu professor de Por- tuguês: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa a revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então, vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são indispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Certo? O importante é comunicar. (E quando possível, surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura. Claro que não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dis- pensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo de escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não mere- cem um mínimo de respeito. Um escritor que passassea respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixo- nasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas? Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 14-15. Em relação aos significados produzidos pela sentença “Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção”, há um exemplo de: A) paronímia B) antonímia C) redundância D) metaplasmos E) ambiguidade PORTUGUÊS 45 05. Pref. de Teresina - PI - Professor Educação Básica – 2017 - NUCEPE O recurso usado na tirinha é: A) Ironia presente na linguagem não verbal. B) Ambiguidade como problema de construção na linguagem verbal. C) Ambiguidade intencional enquanto recurso de expressão. D) Polissemia na sintaxe da frase nominal presente no cartaz. E) Polissemia presente em um único termo. 06. Prefeitura de Resende - RJ – Administrador – 2016 – IBEG Analise as proposições a seguir acerca do trecho: “Quando se tratar de paráfrase (citação indireta), pode-se omitir o número da página citada.” I. A substituição de “pode-se” por “se pode” manteria a correção gramatical. II. A substituição de “pode-se” por “se pode” prejudicaria a correção gramatical. III. A substituição de “pode-se” por “se pode” consertaria gramaticalmente o período. A partir das assertivas acima, encontre a alternativa correta. A) Apenas II é verdadeira. B) Apenas I é verdadeira. C) Apenas III é verdadeira. D) Apenas I e III são verdadeiras. E) Apenas II e III são verdadeiras. RESPOSTAS 01 E 02 D 03 E 04 E 05 C 06 A SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS A Significação das palavras é estudada pela semântica, que estuda o sentido das palavras e as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si. Sinônimos e antônimos Sinônimos: palavras de sentido igual ou parecido. Ex.: necessário, essencial, fundamental, obrigatório Geralmente é indiferente usar um sinônimo ou outro. O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que tam- bém designa o emprego de sinônimos. Antônimos: palavras de sentido oposto. Ex.:dedicado: desinteressado, desapegado, relapso. PORTUGUÊS 46 Pontual: atrasado, retardado, irresponsável. A antonímia pode ser originada por um prefixo de sentido oposto ou negativo. Ex.: simpático/antipático, progredir/regredir, ativo/inativo, esperar/desesperar, simétrico/assimétrico. Homônimos Se refere à capacidade de as palavras serem homônimas (som igual, escrita igual, significado diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou homógrafas (som dife- rente, escrita igual, significado diferente). O contexto é quem vai determinar a significação dos homôni- mos. Ela pode ser causa de ambiguidade, por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. Homônimos rio (curso de água) e rio (verbo rir); caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar). Homófonos cem (número) e sem (indica falta) senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) Homógrafos colher (talher) e colher (apanhar); acerto (correção) e acerto (verbo acertar); Parônimos Se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. infligir (aplicar) e infringir (transgredir), sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, di- vergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). Polissemia Polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, conforme o contexto em que ocorre. Uma palavra pode ter mais de uma significação. Ex.: Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado. Pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó. Denotação e conotação Denotação indica a capacidade de as palavras apresentarem um sentido literal (próprio) e objetivo. A conotação indica a capaci- dade de as palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. Exemplos com sentido denotativo: As águas pingavam da torneira, (sentido próprio). As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado). Exemplos com sentido conotativo: Comprei uma correntinha de ouro. Fulano nadava em ouro. Hiperonímia e hiponímia Hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipô- nimo, palavra inferior com sentido mais restrito. Fruta é hiperônimo de banana. Banana é hipônimo de fruta. QUESTÕES 12. Pref. de Itaquitinga/PE – Psicólogo – 2016 - IDHTEC A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, naquele armistício transi- tório, uma legião desarmada, mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo. Custava-lhes admi- tir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. Contemplando- -lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos mo- lambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vi- tória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente compen- sação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e molambos... Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: mulhe- res, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças envelheci- das, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris desnalgados, filhos encarapi- tados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arras- tados pelos braços, passando; crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e mortas, de cera, bustos dobrados, andar camba- leante. (CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edi- ção Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos? A) Armistício – destruição B) Claudicante – manco C) Reveses – infortúnios D) Fealdade – feiura E) Opilados – desnutridos 02. Pref. de Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico e Me- cânico – 2016 - Instituto Excelência Assinale a alternativa em que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil). B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se senta). D) Nenhuma das alternativas. PORTUGUÊS 47 03. TJ/MT – Analista Judiciário – Ciências Contábeis – 2017 - UFMT Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas, seja no modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por exemplo, assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, grafias diferentes, deno- mina-se homônimo homófono. Assinale a alternativa em que todas as palavras se encontram nesse caso. A) taxa, cesta, assento B) conserto, pleito, ótico C) cheque, descrição, manga D) serrar, ratificar, emergir 04. TJ/MT – Analista Judiciário – Direito – 2017 - UFMTA fuga dos rinocerontes Espécie ameaçada de extinção escapa dos caçadores da ma- neira mais radical possível – pelo céu. Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua espécie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500 espécimes que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma solução extre- ma: transportar os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou heli- cópteros militares para remover 19 espécimes – com 1,4 toneladas cada um – de seu habitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do Sul, e transferi-los para a província de Lampo- po, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância, onde vive- rão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro, os rinocerontes tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados (para evitar sustos caso acordassem), os ri- nocerontes foram içados pelos tornozelos e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece meio brutal? Os responsáveis pela operação dizem que, além de mais eficiente para levar os paquidermes a locais de difícil acesso, o procedimento é mais gentil. (BADÔ, F. A fuga dos rinocerontes. Superinteressante, nº 229, 2011.) A palavra radical pode ser empregada com várias acepções, por isso denomina-se polissêmica. Assinale o sentido dicionarizado que é mais adequado no contexto acima. A) Que existe intrinsecamente num indivíduo ou coisa. B) Brusco; violento; difícil. C) Que não é tradicional, comum ou usual. D) Que exige destreza, perícia ou coragem. 05. UNESP – Assistente Administrativo I – 016 - VUNESP/2016 O gavião Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voa- dor perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olha- mos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e como- vente – o gavião malvado, que mata pombas. O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contem- plação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas e o par- tido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer palavra é me- lhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho. Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado) O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. –, é empregado com sentido A) próprio, equivalendo a inspiração. B) próprio, equivalendo a conquistador. C) figurado, equivalendo a ave de rapina. D) figurado, equivalendo a alimento. E) figurado, equivalendo a predador. 06. Pref. de Florianópolis/SC – Auxiliar de Sala – 2017 - FEPESE O termo (ou expressão) em destaque, que está empregado em seu sentido próprio, denotativo, ocorre em: A) Estou morta de cansada. B) Aquela mulher fala mal de todos na vizinhança! É uma co- bra. C) Todo cuidado é pouco. As paredes têm ouvidos. D) Reclusa desde que seu cachorrinho morreu, Filomena final- mente saiu de casa ontem. E) Minha amiga é tão agitada! A bateria dela nunca acaba! RESPOSTAS 01 A 02 A 03 A 04 C 05 E 06 D FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de linguagem são recursos especiais usados por quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade e beleza. São três tipos: Figuras de Palavras (tropos); Figuras de Construção (de sintaxe); Figuras de Pensamento. Figuras de Palavra É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui- dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida- de. São as seguintes as figuras de palavras: PORTUGUÊS 48 Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento. Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns; semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati- va: como, tal qual, assim como. “Sejamos simples e calmos Como os regatos e as árvores” Fernando Pessoa Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou- tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: -autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) -efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho. (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado). - continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons). -abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou seja, mulheres grávidas). - instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfo- nes foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jo- gadores.) - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana. (Fumei um saboroso charuto.). - símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas- tes da cruz. (Não te afastes da religião.). - a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados. (a parte teto está no lugar do todo, “o lar”). - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua. (Alguns astronautas foram à Lua.). - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma) - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so- frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.) - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma- téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”). Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o nome de Sinédoque. Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si- lêncio = auditivo; negro = visual) Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro “emprestado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço da cadeira” . Figuras de Construção Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres- sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de construção: Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co- memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias). Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantespara reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz. Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa- lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar para dentro”, etc. Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”. Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam. Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque: “Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond de Andrade) “Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não sei.” (Graciliano Ramos) Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no início da frase. Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco) Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- pressos. A silepse pode ser: - de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). - de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra pessoal sugere). - de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o sujeito os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor- dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa que fala está incluída em os brasileiros). PORTUGUÊS 49 Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de um verso). “Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa) Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma- ção ou sugerir insistência, progressão: “E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca- sona.” (Bernardo Élis) “O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se apagou.” (Inácio de Loyola Brandão) Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun- ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se- gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu gosto de português.). Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se ligar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim, vi, venci. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons- trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, e que um dia nos há de salvar Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi- ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo: Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa. Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho tempo- rário). Figuras de Pensamento Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação, as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias, pensamentos. Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias, que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de mãos dadas. Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe corresponde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de to- das as mulheres. Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex- pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex- pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.) Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa, sentaram, comeram e dançaram. Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada. Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais). Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sar- cástico. Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado? Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o pa- radoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas. Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.) Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracio- nais ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que não suspira, sendo esta uma “qualidade humana”.) Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo: “De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis) Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o procedimento. QUESTÕES 01. IF/PA - Assistente em Administração – 2016 - FUNRIO “Quero um poema ainda não pensado, / que inquiete as marés de silêncio da palavra ainda não escrita nem pronunciada, / que vergue o ferruginoso canto do oceano / e reviva a ruína que são as poças d’água. / Quero um poema para vingar minha insônia. ” (Olga Savary, “Insônia”) Nesses versos finais do poema, encontramos as seguintes figu- ras de linguagem: A) silepse e zeugma B) eufemismo e ironia. C) prosopopeia e metáfora. D) aliteração e polissíndeto. E) anástrofe e aposiopese. 02. IF/PA - Auxiliar em Administração – 2016 - FUNRIO “Eu sou de lá / Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar / Eu sou de lá / Terra morena que eu amo tanto, meu Pará.” (Pe. Fábio de Melo, “Eu Sou de Lá”) Nesse trecho da canção gravada por Fafá de Belém, encontra- mos a seguinte figura de linguagem: A) antítese. B) eufemismo. C) ironia D) metáfora E) silepse. PORTUGUÊS 50 03. Pref. de Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem – 2016 - IDHTEC MAMà NEGRA (Canto de esperança) Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos! Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia de música ritmo e graça... santos poetas e sábios. Outras gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende demoniacamente tenta- dora - como a Certeza... cintilantemente firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando, formando, anunciando -o dia da humanidade. (Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império) O poema, Mamã Negra: A) É uma metáfora para a pátria sendo referência de um país africano que foi colonizadoe teve sua população escravizada. B) É um vocativo e clama pelos efeitos negativos da escraviza- ção dos povos africanos. C) É a referência resumida a todo o povo que compõe um país libertado depois de séculos de escravidão. D) É o sofrimento que acometeu todo o povo que ficou na terra e teve seus filhos levados pelo colonizador. E) É a figura do colonizador que mesmo exercendo o poder por meio da opressão foi „ninado‟ pela Mamã Negra. 04. Pref. de Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala – 2016 - FEPESE Analise as frases abaixo: 1. ”Calções negros corriam, pulavam durante o jogo.” 2. A mulher conquistou o seu lugar! 3. Todo cais é uma saudade de pedra. 4. Os microfones foram implacáveis com os novos artistas. Assinale a alternativa que corresponde correta e sequencial- mente às figuras de linguagem apresentadas: A) metáfora, metonímia, metáfora, metonímia B) metonímia, metonímia, metáfora, metáfora C) metonímia, metonímia, metáfora, metonímia D) metonímia, metáfora, metonímia, metáfora E) metáfora, metáfora, metonímia, metáfora 05. COMLURB - Técnico de Segurança do Trabalho – 2016 - IBFC Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente no texto: Amor é fogo que arde sem se ver Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; (Camões) A) Onomatopeia B) Metáfora C) Personificação D) Pleonasmo 06.Pref. de Paulínia/SP - Agente de Fiscalização – 2016 - FGV Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cida- des paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em re- giões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reuso. As pessoas muda- ram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções. As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspec- tos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urba- nos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água re- cebem diariamente. É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córre- gos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de saneamento se reverte em con- taminação e em graves doenças de veiculação hídrica. Dados do monitoramento da qualidade da água – que reali- zamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta ana- lisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de aler- ta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo. Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 mu- nicípios. (MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.) Em termos de linguagem figurada, o fato de a divulgação do texto ter sido feita no Dia Mundial da Água funciona como A) metáfora. B) pleonasmo. C) eufemismo. D) ironia. E) hipérbole. 07. Pref. de Chapecó/SC -Engenheiro de Trânsito – 2016 - IOBV O outro lado só assim o poema se constrói: quando o desejo tem forma de ilha e todos os planetas são luas, embriões da magia então podemos atravessar as chamas sentir o chão respirar ver a dança da claridade ouvir as vozes das cores fruir a liberdade animal de estarmos soltos no espaço PORTUGUÊS 51 ter parte com pedra e vento seguir os rastros do infinito entender o que sussurra o vazio – e tudo isso é tão familiar para quem conhece a forma do sonho (WILLER, Claudio, Estranhas experiências, 2004, p. 46) No poema acima, do poeta paulista Claudio Willer (1940), no verso “ouvir as vozes das cores”, entre outros versos, é expressa uma figura de linguagem. Esta pode ser assim definida: “Figura que consiste na utilização simultânea de alguns dos cinco sentidos” (CAMPEDELLI, S. Y. e SOUZA, J. B. Literatura, produção de tex- tos & gramática. São Paulo, Saraiva, 1998, p. 616). Como é denominada esta figura de linguagem? A) Eufemismo. B) Hipérbole. C) Sinestesia. D) Antítese. RESPOSTAS 01 C 02 D 03 A 04 C 05 B 06 D 07 C ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta ou fechada das vogais. Esses são elementos essenciais para estabelecer organizada- mente, por meio de regras, a intensidade das palavras das sílabas portuguesas. Acentuação tônica Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em: Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escri- tor, maracujá. Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, montanha, imensidade. Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: ár- vore, quilômetro, México. Acentuação gráfica - Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, bélico). - Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)). - Também acentuamos nos casos abaixo: - Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”: (pá – pé – dó) - Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos seguidas de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo) - Paroxítonas:Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r, x, ps (cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos). - Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: (mágoa – jóquei) Regras especiais: - Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o acento com o Novo Acordo. Antes agora Assembléia Assembleia Idéia Ideia Geléia Geleia Jibóia Jiboia Apóia (verbo) Apoia Paranóico Paranoico - “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acom- panhados ou não de “s”, desde que não sejam seguidos por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – país). - Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: Antes agora Bocaiúva Bocaiuva Feiúra Feiura Sauípe Sauipe - Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido. Antes agora crêem creem vôo voo - Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal idên- tica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba). - Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a regra de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos: (se- -ri-ís-si-mo) - Não há mais acento nas formas verbais que possuíam o acen- to tônico na raiz com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Antes agora averigúe (averiguar) averigue argúi (arguir) argui PORTUGUÊS 52 - 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, convir etc.) tem acen- to. Singular plural ele tem eles têm ele vem eles vêm ele obtém eles obtêm → Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras semelhan- tes não se usa mais acento. Apenas em algumas exceções, como: A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito perfeito do indicativo) ainda é acentuadapara diferenciar-se de pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo). Também o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por. Alguns homógrafos: pera (substantivo) - pera (preposição antiga) para (verbo) - para (preposição) pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar) Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas Exemplos: Facilmente - de fácil Habilmente - de hábil Ingenuamente – de ingênuo Somente - de só Unicamente - de único Dinamicamente - de dinâmico Espontaneamente - de espontâneo Uso da Crase - É usada na contração da preposição a com as formas femini- nas do artigo ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as). - A crase é usada também na contração da preposição “a” com os pronomes demonstrativos: àquele(s) àquela(s) àquilo àqueloutro(s) àqueloutra (s) Uso do Trema - Só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios. Müller – de mülleriano QUESTÕES 01. Pref. Natal/RN - Agente Administrativo – 2016 - CKM Ser- viço Mostra O Triunfo da Cor traz grandes nomes do pósimpressio- nismo para SP Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil A exposição O Triunfo da Cor traz grandes nomes da arte moderna para o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. São 75 obras de 32 artistas do final do século 19 e início do 20, entre eles expoentes como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e Matisse. Os trabalhos fazem parte dos acervos do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris. A mostra foi dividida em quatro módulos que apresentam os pintores que sucederam o movimento impressionista e receberam do crítico inglês Roger Fry a designação de pósimpressionistas. Na primeira parte, chamada de A Cor Cientifica, podem ser vistas pin- turas que se inspiraram nas pesquisas científicas de Michel Eugene Chevreul sobre a construção de imagens com pontos. Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile Bernard marcam a segunda parte da exposição, chamada de Núcleo Mis- terioso do Pensamento. Entre as obras que compõe esse conjunto está o quadro Marinha com Vaca, em que o animal é visto em um fundo de uma passagem com penhascos que formam um precipí- cio estreito. As formas são simplificadas, em um contorno grosso e escuro, e as cores refletem a leitura e impressões do artista sobre a cena. O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma das pin- turas de destaque do terceiro momento da exposição. Intitulada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, essa parte da mostra também reúne obras de Félix Vallotton e Aristide Maillol. No autorretrato, Vuillard define o rosto a partir apenas da aplicação de camadas de cores sobrepostas, simplificando os traços, mas criando uma ima- gem de forte expressão. O Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin, é um dos quadros da úl- tima parte da mostra, chamada de A Cor em Liberalidade, que tem como marca justamente a inspiração que artistas como Gauguin e Paul Cézanne buscaram na natureza tropical. A pintura é um dos pri- meiros trabalhos de Gauguin desenvolvidos na primeira temporada que o artista passou na ilha do Pacífico, onde duas mulheres apare- cem sentadas a um fundo verde-esmeralda, que lembra o oceano. A exposição vai até o dia 7 de julho, com entrada franca. http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/ mostra-otriunfo-da-cor-traz-grandes-nomes-do-pos-impressionis- mo-para-sp Acesso em: 29/05/2016. “As palavras ‘módulos’ e ‘última’, presentes no texto, são ____________ acentuadas por serem ____________ e ____________, respectivamente”. As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacu- nas do enunciado acima são: A) diferentemente / proparoxítona / paroxítona B) igualmente / paroxítona / paroxítona C) igualmente / proparoxítona / proparoxítona D) diferentemente / paroxítona / oxítona 02. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e Fiscalização -2017 - CETREDE Indique a alternativa em que todas as palavras devem receber acento. A) virus, torax, ma. B) caju, paleto, miosotis . C) refem, rainha, orgão. D) papeis, ideia, latex. E) lotus, juiz, virus. 03. MPE/SC – Promotor de Justiça-2017 - MPE/SC “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul, os navegadores europeus reconheceram a importância dos portos de São Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, para as “estações da aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram impulsionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navegação limitada. Assim, PORTUGUÊS 53 esses portos eram de grande importância, especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio da Prata ou para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.” (Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de San- ta Catarina. Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.) No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, Pacífico, acentuadas graficamente por serem proparoxítonas. () Certo () Errado 04. Pref. De Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - FAEPESUL Analise atentamente a presença ou a ausência de acento gráfi- co nas palavras abaixo e indique a alternativa em que não há erro: A) ruím - termômetro - táxi – talvez. B) flôres - econômia - biquíni - globo. C) bambu - através - sozinho - juiz D) econômico - gíz - juízes - cajú. E) portuguêses - princesa - faísca. 05. INSTITUTO CIDADES – Assistente Administrativo VII – 2017 - CONFERE Marque a opção em que as duas palavras são acentuadas por obedecerem à regras distintas: A) Catástrofes – climáticas. B) Combustíveis – fósseis. C) Está – país. D) Difícil – nível. 06. IF-BA - Administrador – 2016 - FUNRIO Assinale a única alternativa que mostra uma frase escrita intei- ramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes. A) Nas aulas de Ciências, construí uma mentalidade ecológica responsável. B) Nas aulas de Inglês, conheci um pouco da gramática e da cultura inglêsa. C) Nas aulas de Sociologia, gostei das idéias evolucionistas e de estudar ética. D) Nas aulas de Artes, estudei a cultura indígena, o barrôco e o expressionismo E) Nas aulas de Educação Física, eu fazia exercícios para glu- teos, adutores e tendões. RESPOSTAS 01 C 02 A 03 CERTO 04 C 05 C 06 A III- REDAÇÃO REDAÇÃO OFICIAL 1. O que é Redação Oficial1 Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A reda- ção oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega- lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nor- tear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transpa- rência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibili- dade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigato- riedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos princípios (impessoalidade, cla- reza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal)aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única in- terpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público). Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primei- ra edição deste Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com im- pessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm PORTUGUÊS 54 1.1. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Di- visão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro ór- gão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União. Perce- be-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Che- fe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padro- nização, que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impes- soal; c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o univer- so temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta forma, não há lugar na redação ofi- cial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta da in- terferência da individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a ne- cessária impessoalidade. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio ca- ráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalida- de. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normati- vo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extrema- mente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc. Para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transfor- mações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, com- preende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de de- terminado padrão de linguagem que incorpore expressões extre- mamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramáti- ca formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas re- gionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de ex- pressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica empre- go de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de lingua- gem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das for- mas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se con- sagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empre- gada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vo- cabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros