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Petição Inicial - Alimentos e Guarda

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Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) da 1ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de São Leopoldo.
ALICE DOS SANTOS, brasileira, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora LAURA SIQUEIRA, brasileira, solteira, médica veterinária, portadora do RG nº 25.352.788-45 e CPF nº 558.025.131-90, residente e domiciliada na Rua Cinco de Maio, 48, Centro, São Leopolddo, Rio Grande do Sul, ambas representadas por sua advogada que ao final subscreve, com endereço profissional na Rua Buarque de Macedo, 9464, Centro, Porto Alegre, onde recebe as intimações, vem à V.Exa., formular o presente pedido de
AÇÃO DE ALIMENTOS E GUARDA
Em face de RONALDO DOS SANTOS brasileiro, solteiro, comerciante, portador do RG nº 64.158.585-02 e CPF nº 844.168.517-34, residente de domiciliado na Rua Amor Falso, 14, Centro, Gramado, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
1) Da Assistência Judiciária
A Requerente afirma não ter condições econômicas para arcar com o pagamento dos custos oriundos da presente Ação, sem comprometer o orçamento familiar. Para tanto, anexam a presente peça Inicial, os comprovantes de renda. Motivo pelo qual pleiteiam a concessão dos benefícios da assistência judiciária, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da CRFB/88, arts. 98 e 99, do CPC/2015 e Lei 1.060/50, requerendo desde já, a juntada da Declaração de Hipossuficiência.
2) Da Audiência de Conciliação
Nos termos do art. 319, VII, do atual Código de Processo Civil, a autora informa que tem interesse em resolver a lide de forma consensual, pois pretende dirimir o litígio de forma célere.
3) Dos Fatos
A genitora e o demandado mantiveram relacionamento afetivo que durou 3 meses, deste breve relacionamento originou a filha em comum, Alice que atualmente com 4 meses de idade, conforme certidão de nascimento anexa.
Ocorre que, o demandado não concorda com o pagamento da pensão alimentícia e nem o valor estipulado com a mãe, ficando a menor sem o auxilio do pai no fornecimento de alimentos.
A menor, com 2 meses de idade, ao não aceitar nenhum tipo de leite, foi diagnosticada com intolerância a lactose. Assim, precisa de um suplemento específico para sua alimentação, conforme exames anexos.
4) Dos Alimentos
Assim, almeja a Requerente, de plano, que sejam depositados em sua conta corrente a título de alimentos provisórios o importe de 41% (quarenta e um por cento) do salário mínimo nacional vigente que não é absoluto por variações de valores, porém é o valor que se aproxima do almejado que deverá ser ratificado como alimentos definitivos em favor da Requerente, acrescidos de 50% das despesas extras que tiver com o bebê.
5) Da Guarda
O demandado, logo após o nascimento da menor, exigiu da genitora a guarda da menor, pois alega maiores condições para cuidar da filha. Entretanto, fica em contraditório, pois alega ter mais condições, mas não paga, até o presente momento, a pensão alimentícia necessária para a menor.
Pôr a menor ter apenas 4 meses de idade, é completamente inviável a guarda unilateral para o genitor, pois uma criança de 4 meses de idade, necessitada de alimentação exclusiva, precisa de sua genitora.
A Requerente já exerce a guarda unilateral de fato, almejando que desta forma há de permanecer. A doutrinadora Fabíola Santos Albuquerque, Poder familiar nas famílias recompostas..., pág. 171:
A unidade familiar persiste mesmo depois da separação de seus componentes, é um elo que se perpetua.
Deixando os pais de viver sob o mesmo teto, ainda que haja situação de conflito entre eles sobre a guarda dos filhos sujeitos ao poder familiar, é necessário definir a guarda, se conjunta ou unilateral.
O Artigo 1.583, § 1º e § 2º, I, II e III do Código Civil diz que:
Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (artigo 1.584, § 5º) e, (...). A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; II – saúde e segurança; III – educação.
6) Do Direito
A Lei n° 5.478/68 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando está. O artigo 1.696 do Código Civil diz que, 
“Art. 1696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos e, extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.”
O requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz:
 “Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclama, pode fornece-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento. “
7) Dos Pedidos
1) requer seja deferido os benefícios da Gratuidade da Justiça, nos termos do artigo 98 e seguintes do CPC e artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, visto que os requerentes são pessoas pobres na acepção jurídica do termo, conforme declaração anexa;
2) A intimação do ilustre Ministério Público;
3) O recebimento da presente ação e, ato contínuo, a fixação liminar de alimentos provisórios o importe de 41% (quarenta e um por cento) do salário mínimo nacional vigente a serem pagos até o dia 10 (dez) de cada mês, a serem depositados imediatamente em conta poupança, agência XXXX, operação XXX, conta XXXXXXXXXX, de titularidade da requerente;
4) A citação do Requerido, por carta com aviso de recebimento para, querendo, apresentar resposta, sob pena de confissão e revelia;
5) Seja explicitado que, almeja a Requerente a título de ALIMENTOS DEFINITIVOS 41% (quarenta e um por cento) do salário mínimo nacional vigente acrescidos de 50% das despesas extras que surgir, a ser deferido por Vossa Excelência em favor do Requerente;
6) Seja deferida a Guarda Definitiva da menor, em favor da mãe, uma vez que está já a exerce de fato desde o seu nascimento;
7) a designação prévia da audiência de tentativa de conciliação.
8) Sejam arbitrados honorários dativos para a advogada que subscreve para serem suportados pela defensoria pública nos termos da Lei 17.701/2012 que modificou a Portaria 293/03 e de consequência seja expedida Certidão em nome desta;
Dá-se a causa o valor: R$4.096,40
Termos em que, pedem deferimento.
Garibaldi, 13 de agosto de 2021
Érica Bortolini Vicari
OAB/RS – XXXX
Relatório da Peça Processual: Petição Inicial de Alimentos e Guarda
Com a presente peça, em especial, aprendi a calcular o valor da causa de uma ação de alimentos, conforme dispõe o artigo 292, III, do CPC. Encontrava uma certa dificuldade no início do estágio em revisar as iniciais de alimentos, em especial pelo valor da causa. Então, a presente peça processual me auxilio no entendimento do cálculo, bem como do valor que um menor precisaria do seu genitor, que não está pagando a devida pensão alimentícia. Como umas das minhas funções é analisar e receber inicias, o entendimento do Magistrado da minha comarca é que: sem comprovante dos rendimentos da parte devedora, não podemos ficar acima de 30% do salário-mínimo nacional em sede de liminar. A revisão da quantia fixada se dará em audiência ou após a contestação do réu (caso haver). 
Mas ao analisar o caso que ensejou a presente peça, entendi que, grande parte das vezes, a quantia que fixados em liminar não é suficiente para o sustento do menor, visto que cada criança necessita de cuidados específicos, como a do presente caso.

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