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Ecologia - 1 NPC

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Ecologia
A definição mais atual da ecologia define-a como um estudo do meio ambiente, focando as
inter-relações entre os organismos e seu meio circundante (Ricklefs, 1980). Também pode ser definida
como o estudo da estrutura e da função natural (Odum, 1963). Ela busca responder 3 perguntas: onde
estão os organismos? em quantos indivíduos ocorrem? por que eles estão ou não estão lá?
Contexto Histórico
Os egípcios e os babilônios aplicaram métodos ecológicos para combater as pragas que assolavam
suas culturas de cereais no rio Nilo e na Mesopotâmia. (Odum, 1977). Passada a Idade Média,
Antonie Van Leeuwenhoek, conhecido pela criação do microscópio, evidenciou a relevância das
cadeias alimentares e a regulação das populações (Dubois, 1988). Gaunt reconheceu a importância da
determinação quantitativa das taxas de natalidade, mortalidade, razão sexual e estrutura de idade das
populações. Outro naturalista, Buffon, assinalou que existem forças capazes de contrabalançar o
crescimento populacional. Malthus determinou que as populações podem crescer em ritmo
exponencial e os recursos em ritmo aritmético. Verhulst derivou a curva logística de crescimento
populacional. Fart descobriu a relação existente entre taxa de mortalidade e densidade populacional.
Darwin e Malthus mudaram a ideia platônica de que a natureza esteve em equilíbrio perfeito após
estudarem que muitas espécies foram extintas ao longo do tempo, concluírem que existem
competições causadas por pressão populacional e assegurarem a seleção natural.
Na Alemanha, Ernst Haeckel propôs o termo ecologia pela primeira vez: oikos (casa) e logie (estudo).
Mobius introduziu a noção de biocenose estudando uma comunidade de organismos existentes em um
banco de ostras. Forbes propôs que o lago é um sistema ecológico independente e é considerado,
juntamente com Forel e Thienemann, pioneiros da ecologia aquática. Ligados ao Brasil, Warming
estudou o Cerrado, focando nos estudos dos fitossociológicos em comunidades (exploração de
madeira) e constituiu um dos primeiros estudos sobre ecologia terrestre mundial. Nos Estados Unidos,
Crowley descreveu a sucessão ecológica nas dunas ao sul do lago Michigan. Clements desenvolveu o
conceito de evolução das comunidades e Tansley propôs o ecossistema como unidade básica de estudo
da ecologia.
Enfoques da Ecologia
A ecologia possui relação direta com outras ciências biológicas cuja doutrina é essencial para o
desenvolvimento moderno. São exemplos dessas ciências a microbiologia e a zoologia. Também
conecta-se à ciências que fornecem dados e ferramentas de trabalho metodológicas, são essas a
informática, estatística e demografia. Além disso, é utilizada na medicina, nos direitos (Art. 225. –
Cap VI: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.) e nas engenharias. Podemos dividir os
enfoques dessa área abrangente em duas categorias: descritivo, que consiste em levantamentos da
fauna e flora, e experimental, baseada em testes de hipóteses conduzidas sob o ponto de vista
científico e rígido. Antigamente, dividia-se a ecologia em vegetal, estudando apenas o nível trófico e
animal, excluindo-se os produtores autótrofos. Mas, atualmente, pode ser dividida em autoecologia:
ecologia das populações, e sinecologia: ecologia das comunidades.
Unidades Ecológicas
Sistema: conjunto cujos elementos unem-se por meios de propriedades calcadas na interação, na
interdependência e na sensibilidade a certos mecanismos reguladores, de tal modo que formam um
todo unificado. (Odum, 1963).
Ecossistema: conjunto de organismos que vivem em determinado local e interagem entre si e com o
meio, formando um sistema estável.
Espécie: Conjunto de indivíduos capazes de se reproduzir entre si.
População: Conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem em um território cujos limites são
em geral delimitados pelo ecossistema presente.
Ecótipo: Populações de uma mesma espécie que apresentam grande dispersão geográfica.
Hábitat: Lugar onde a espécie vive.
Nicho Ecológico: Entende-se por nicho ecológico todo conjunto de características e condições que
permite a sobrevivência de uma determinada espécie no ambiente. Em outras palavras, representa o
“papel ecológico” de um indivíduo e seus costumes no ambiente em que ele se encontra.
Nicho Espacial: Espaço físico ocupado por determinada espécie.
Nicho Trófico: Posição do organismo dentro de uma cadeia alimentar.
Nicho Hipervolumétrico: Posição dentro do gradiente ambiental. Leva em consideração as condições
bióticas e abióticas e pode ser dividido em duas subcategorias: nicho fundamental, que é o conjunto
de todas as faixas de variações potencialmente exploráveis por uma certa espécie, e nicho realizado,
que aborda condições ambientais e topográficas.
Parâmetros Característicos do Ecossistema
Magnitude de processos ecológicos fundamentais (produção ou ciclagem de materiais), estruturas
tróficas e diversidade biótica, primitividade (presença no tempo geológico), padrões definidos
(fisiográficos, climáticos, biológicos e geoquímicos) e equilíbrio dinâmico.
Aspectos Estruturais do Ecossistema
Substâncias inorgânicas e orgânicas (particuladas, dissolvidas) presentes no solo que auxiliam seu
desenvolvimento nutricional; Clima, a radiação solar é um dos principais fatores físicos dos
ecossistemas terrestres pois é através dela que as plantas realizam fotossíntese, liberando o oxigênio
para a atmosfera e transformando a energia luminosa em energia química, única forma de energia que
pode ser aproveitada pelos demais seres vivos. Além disso, a radiação solar, interagindo com a
atmosfera e a superfície terrestre, interfere em outros fatores físicos como temperatura, umidade e
pluviosidade de uma região; Substrato físico (sólido, líquido e gasoso); e Componentes bióticos, onde
os autótrofos (produtor) produzem seu próprio alimento e os heterótrofos (consumidor, predador,
desintegrador, regulador) não são capazes de sintetizar seus próprios alimentos. Utilizam, rearranjam
ou decompõem a matéria orgânica sintetizada direta ou indiretamente pelo autótrofos, obtendo a
matéria-prima para seu crescimento, reprodução e reparação de perdas e a energia necessária para a
realização de seus processos vitais.
Aspectos Funcionais do Ecossistema
Fluxo de energia, cadeias alimentares, diversidade, ciclos de nutrientes, sucessão, evolução e controle.
Generalidades
Fator ecológico é todo elemento do meio suscetível de agir diretamente sobre os seres vivos, ao
menos em uma fase do ciclo de desenvolvimento. Esse fator pode agir sobre a distribuição geográfica
dos seres vivos eliminando certas espécies dos territórios cujas características climáticas ou
físico-químicas não lhes convém, pode agir modificando as taxas de fecundidade e mortalidade
atuando sobre o ciclo de desenvolvimento e provocando migrações, e pode agir favorecendo o
aparecimento de modificações adaptativas.
A lei do mínimo ou do fator limitante diz que o crescimento dos vegetais é limitado pelo elemento
cuja concentração é inferior a um valor mínimo, abaixo do qual as sínteses não podem mais acontecer.
Portanto, um fator ecológico desempenha papel de fator limitante quando está ausente ou reduzido
abaixo de um nível crítico ou se
excede a nível máximo tolerável.
O conceito dos limites de
tolerância foi incorporado na Lei
de Tolerância por V.E. Shelford
em 1913.
A valência ecológica/grau
relativo de tolerância é a
possibilidade de uma espécie
povoar meios diferentes
caracterizados por variações
maiores ou menos dos fatores
ecológicos. Esteno (estreito)
suporta variações limitadas e
Euri (largo) suporta muita
variação. Assim:
estenotérmico-euritérmico se
refere à temperatura, estenoídrico-euriídrico se refere à água, estenoalino-eurialino se refere à
salinidade, estenofágico-eurifágico se refere ao alimento, estenoécio-euriécio se refere à seleção do
habitat e estenotópica-euritópicase refere à expansão dos seres vivos.
Manejo da Pastagem Nativa
Um tipo particular de ecossistema recebe o nome de sítio ecológico e é definido como uma área da
pastagem com uma comunidade vegetal característica associada a condições uniformes do solo, clima
e topografia. Os sítios ecológicos diferenciam-se pela composição florística e potencial de produção
vegetal, constituindo-se a unidade básica do manejo ou o menor ecossistema funcional em uma
pastagem.
Fatores Ambientais
Antrópicos
“A natureza é um depósito infinito de lixo”, “a energia é gratuita”.
A perda de habitat é a diminuição da área adequada para a sobrevivência de uma determinada espécie
e é, muitas vezes, causada por agentes antrópicos. Tais agentes, conhecidos por serem a espécie
humana, degradam as áreas naturais com frequência e causam impactos, na maioria negativos, para a
ecologia vigente. Também causam conversões no solo, entre eles podemos citar as áreas
transformadas em parques, ou para cultivo de animais e plantas (que têm como nalidades de gerar
desde alimento, madeira e látex, até energia), ou ainda para moradia, ocorrendo o processo de
urbanização. As alterações causadas pela conversão de habitat incluem a redução da abundância,
perda de espécies e alterações na composição de espécies, sendo que algumas dessas “respostas” dos
organismos só são percebidas vários anos após o início dos distúrbios. Outro fator bem presente nas
ações humanas é o desmatamento, que pode ser definido como a prática de retirada de cobertura
vegetal parcial ou total de ambientes florestais. O desmate tem vários objetivos, como para dar lugar a
urbanização, agropecuária ou exploração de madeira. Por fim, e não menos preocupante, a
urbanização contribui efetivamente para a degradação ambiental, pois é o processo de conversão de
áreas naturais ou rurais em cidades. Essa conversão resulta em uma rápida alteração das condições
ambientais, por meio da poluição do ar, pesticidas, aumento da densidade humana, alteração climática
e construção de obras de infraestrutura como estradas e rodovias. De forma resumida, isso pode levar
a eventos de extinção ou extinção local, alteração na abundância, composição, riqueza e respostas
evolutivas. Mesmo que busquemos avaliar esses eventos de forma isolada, muitos deles podem
ocorrer ao mesmo tempo, de maneira não excludente.
Bióticos
A interação e a interdependência entre os seres vivos que compõem um ecossistema é a condição
essencial para sua sobrevivência. Mesmo as plantas verdes que sintetizam seu próprio alimento
necessitam de insetos para a polinização. Portanto, de acordo com a classificação de Bary, a relação
entre os organismo chama-se simbiose e é dividida em
Disjuntiva: os organismos não mantêm contato constante. Pode ser social, como o efeito das
plantas no que tange o sombreamento, umidade e vento, e pode ser nutritiva, sendo dividida entre
antagônica, tendo como exemplo o pastoreio e o predatismo entre animal e vegetal, e recíproca, como
a polinização provocada pelo inseto ao colher o néctar e pólen das plantas e o cultivo de fungos pelas
formigas.
Conjuntiva: os organismos diferentes vivendo em contato recíproco. Pode ser social, como o
epifitismo (planta se desenvolve em um organismo sem parasita-lo), e pode ser nutritiva antagônica
(parasitismo) ou recíproca (simbiose - benefício mútuo entre espécies diferentes).
Píricos
Antigamente o homem aprendeu a utilizar o fogo não só para aquecer-se, e sim para produzir um
rebrote novo que atraía animais. Assim, esse fator foi bastante utilizado no cenário agrícola. As
plantas adaptaram-se ao fogo, desenvolvendo grossa camada de cortiça ou posicionando suas gemas
sob a superfície do solo (gramíneas, além de ter parte aérea facilmente “descartável”). O fogo tem
sido utilizado como instrumento de remoção de macegas (Arbusto rasteiro encontrado em pastagens
de qualidade inferior). Todavia, o manejo inadequado do fato acarreta queimadas e colabora para o
efeito estufa.
Espécies com pequena resistência: lenhosas, arbustivas, com caule lignificado, e com pontos de
crescimento afastados do solo.
Espécies com grande resistência: herbáceas, caules não lignificados, subterrâneas, com pontos de
crescimento junto ao solo, e que possuem gemas sob o solo (gramíneas).
Desvantagens do uso do fogo: aumenta a perda por erosão em terrenos declivosos, afeta o conteúdo da
água, causa prejuízo em regiões áridas, elimina insetos (inimigos das pragas), expõe o solo a
intemperismo, etc.
Vantagens do uso do fogo: remove macega, estimula novos brotamentos, destroem ectoparasitas,
combate plantas invasoras, previne incêndios, prepara o solo para germinação de sementes, estimula o
crescimento de gramíneas, eleva produção de massa verde.
Raunkjaer (1903) propôs um sistema baseado no
grau de proteção das gemas. a- Fanerófitas:
brotos (gemas) localizados nas pontas dos ramos;
b- Caméfitas: formas de vida prostrada; c-
Hemicriptófitas: brotos (gemas) e propágulos
semi-serrados no solo; d- Criptófitas:
brotos(gemas) e propágulos totalmente
enterrados no solo; e- Terófitas: plantas anuais
que se reproduzem por sementes.
Fisiográficos
Altitude: é medida em metros acima do mar e
determina a amplitude ecológica das espécies
vegetais, por seus efeitos sobre a temperatura e pluviosidade. A altitude máxima de uma espécie é
determinada pela temperatura mínima noturna, enquanto a altitude mínima é determinada pela
disponibilidade de água. Muitas vezes ocorre que as plantas típicas de elevações alcancem os vales
seguindo o trajeto do curso da água e se originam no alto da serra, formando florestas de galeria.
Declividade: é medida em graus ou porcentagem e afeta a vegetação pelo seu efeito sobre a
distribuição da energia solar e umidade. Quanto maior o declive, menor a temperatura alcançada pelo
solo. Tal fato afeta as perdas de água por evaporação e aumenta a velocidade do escorrimento
superficial e o processo de erosão. A declividade determina o grau de intensidade do manejo do solo e
da vegetação em função da necessidade de controle da erosão. Assim, conforme recomendações
técnicas, de 0 - 10% de declividade podem ser mínimas as práticas de conservação do solo na
exploração agrícola; de 10 - 25% a construção de cordões de contorno, terraços e patamares é
condição essencial ao estabelecimento de atividades agrícolas; acima de 25%, a exploração deve ser
cessada e somente atividades silvipastoris de baixa intensidade são recomendadas.
Exposição: diz respeito à direção para a qual está voltada a vertente da serra. Seus efeitos se
fazem na precipitação, temperatura e disponibilidade de água. Ecologicamente, a altitude e a longitude
são auto compensáveis e, assim, determinada espécie vegetal que próxima do equador só aparece em
elevadas altitudes ocorre em altitudes cada vez mais baixas na medida em que alcançam uma latitude
cada vez mais elevada.
Edáficos
O solo, além de servir como meio de fixação das plantas, lhes fornece a maior parte dos nutrientes
necessários para a sua existência. Do ponto de vista ecológico, solo e vegetação evoluem juntos, se
auto-influenciando. Para cada tipo de solo tem-se uma comunidade vegetal específica, mas alguns
autores consideram o solo como um complexo composto de elementos minerais, húmus e organismos,
sendo uma ponte entre componentes bióticos e abióticos. A conservação das características físicas,
químicas e biológicas do solo e a proteção contra erosão e escassez hídrica constituem pontos de
manejo comum da pastagem nativa. Os solos formam-se a partir das decomposições de rocha sob a
ação do intemperismo e organismos. Uma visão mais complexa dos agentes de formação do solo é
dada pela equação S/V = f (cl, o, r, m, t), S/V = solo/vegetação; cl = clima; o = organismos; r = relevo;
m = matéria de origem da rocha motriz; t = tempo.
No início do processo de formação, as características do solo e vegetação são determinadas pela
natureza do material de origem. Porém, ao amadurecer, o clima - principalmente temperatura e
precipitação - passa a ser fator dominante.Como determinantes da comunidade vegetal, são
importantes a textura, a estrutura, a profundidade, a porosidade, a densidade, a acidez, a fertilidade e a
capacidade de retenção de água.
Climáticos
O clima é um conjunto de condições atmosféricas que caracterizam uma região pela influência que
exercem sobre a vida na Terra. Significa inclinação e é determinado pela inclinação do eixo da terra
em torno do sol que determina a quantidade de energia solar que alcança a superfície da Terra ao
longo de sua órbita, afetando, assim, as estações. O clima é composto por precipitação, temperatura,
luz solar e atmosfera.
Precipitação é a fonte principal de oferta de água para plantas e animais. Ocorre em forma de
chuva, neve e granizo. As chuvas formam-se pela condensação do vapor d'água atmosférico em
função do gradiente térmico da camada gasosa que envolve a Terra. Esse gradiente é causado pela
diminuição da densidade do ar com a altitude, aumento da distância da Terra, fonte de calor para a
atmosfera e aumento das fontes de calor à medida que o ar se torna menos denso. Para que haja essa
condensação é preciso que uma massa de ar seja elevada e isso pode ocorrer de três maneiras: frontal,
orográfica e convectiva.
Frontal: refere-se às chamadas frentes e pode ser fria ou quente. A primeira são enormes massas de ar
frio e seco que se deslocam dos polos para o equador e funcionam com o objetivo de elevar a força de
ar quente e úmido, resultando em condensação, formação de nuvens e precipitações. Possuem grande
abrangência geográfica, baixa intensidade, longa duração e proporcionam queda de temperatura.
Orográficas: resulta da presença de serras e montanhas. Dois são os efeitos orográficos sobre a
precipitação pluvial-média de uma região - efeito de aproximação é observado do lado dos ventos
dominantes (barlavento) quando há aumento das chuvas com relação à média regional. E efeito de
sombra de chuva é observado do lado oposto aos ventos dominantes (sotavento) quando se observa
um decréscimo das precipitações com relação à média regional.
Convectivas: resulta do aquecimento desuniforme da superfície terrestre em função das variações da
cobertura do solo (pedras, vegetação verde e seca, água, solo nu, etc). É a principal causa de chuvas
no sertão e as precipitações são caracterizadas por fenômenos atmosféricos (ventos fortes, trovões,
raios), curta duração, alta intensidade e pequena abrangência geográfica. A camada de ar sobre as
superfícies mais quentes dilata-se e se torna menos densa que as vizinhas e forma as “bolhas” que
flutuam e são forçadas para cima pelo ar circunvizinho, gerando resfriamento, condensação e
precipitação.
As nuvens são divididas em Cirrus, brancas de elevada altitude formada por cristais de gelo; Cumulus,
de origem convectiva de desenvolvimento vertical e pode ter como base a partir de 1000m e alcançar
até 9000m formada por gotículas de água; Stratus, nuvens planas que dão aparência de mosaico e são
compostas por gotículas; e Nimbus, nuvens de chuva de baixa altitude e de grande desenvolvimento
horizontal e vertical.
A eficiência da precipitação depende de seis fatores: intensidade, duração, distribuição, temperatura
do ar e do solo, velocidade dos ventos e umidade relativa do ar. A precipitação anual média de uma
área tem efeito direto sobre seu tipo de vegetação, podendo indicar que de 0 a 250 mm/ano é uma
região desértica; de 250 a 750 mm/ano é boa para pastagem, savanas e matas abertas (predominância
de gramíneas); de 750 a 1250 mm/ano é florestas seca (predominância de arbustos); e acima de 1250
mm/ano é floresta úmida (predominância de árvores).
Temperatura afeta os organismos por sua influência sobre a química e fisiologia. Cada função
fisiológica é delimitada por três fatores de temperatura cardeais: mínima, abaixo da qual a função
fisiológica é paralisada; ótima, onde a função tem seu desenvolvimento máximo; máxima: acima da
qual a função também paralisa. A temperatura é um fator muito importante na distribuição latitudinal
da vegetação. Ela opera de duas maneiras: de regiões quentes para frias, sendo a distribuição das
plantas governada pela temperatura mínima noturna que delimita a amplitude ecológica das espécies
vegetais, e de regiões frias para quentes, sendo a umidade o fator mais importante associado à
temperatura.
Luz Solar alcança comprimentos de onda que variam de 290 a 5000 milimicrons. Seu
espectro é composto por violeta (400 - 424m), azul (424 - 491m), verde (491 - 575m), amarelo (575 -
585 m), laranja (585 - 647m) e vermelho (647 - 700m). Essa luz é a fonte de energia para as plantas e
sua fotossíntese. O efeito da luz sobre a planta é exercido pela qualidade, intensidade, total acumulado
anual (n° de horas anuais) e comprimento do dia (afeta metabolismo e comportamento animal e regula
a produção das aves). A radiação azul é a melhor absorvida pelas plantas e a verde é totalmente
refletida por elas, o que lhes dá a cor característica. A intensidade da luz, definida como a quantidade
de energia recebida por área, afeta as espécies vegetais que podem ser classificadas em heliófitas, que
toleram e crescem em plena luz, e esquiófitas ou umbrófilas, que se desenvolvem na sombra. A
manipulação da vegetação lenhosa com o objetivo de incrementar a produção de forragem do estrato
herbáceo afeta a quantidade e a qualidade da luz disponível para este. Isto porque, na competição por
luz, as espécies dominantes diminuem a quantidade e alteram a qualidade da radiação luminosa para
uso pelas subornadas.
Atmosfera é o invólucro gasoso que envolve a terra. É dividida em troposfera (0 a 12 km),
estratosfera (12 a 50 km), mesosfera (50 a 95 km) e termosfera (acima de 95 km). Os fenômenos
climáticos ocorrem na troposfera. Considerando a uniformidade da mistura gasosa, divide-se em
homosfera (até 80 km) e heterosfera (acima de 80 km), onde os componentes tendem a se estratificar
com base nas densidades. A atmosfera é composta por nitrogênio, oxigênio, argônio, dióxido de
carbono e outros gases como o ozônio. Esse último, em altitudes de 25km, funciona como filtro para a
radiação ultravioleta.
O nitrogênio não é disponível para as plantas como ele se encontra. Todavia, pode ser absorvido por
bactérias nitrificantes e chegar ao solo. Já o oxigênio, que participa do processo respiratório, queima
compostos energéticos e produz energia para os organismos. O ciclo do oxigênio e do gás carbônico,
por estarem em constante uso, são interdependentes. Esse gás é fundamental para fotossíntese,
decomposição química, síntese de compostos orgânicos e para a liberação de oxigênio na atmosfera.
Como o dióxido de carbono deixa passar as radiações solares e retém as emissões caloríficas da terra,
colabora para o efeito estufa. Além disso, a umidade colabora na distribuição vegetal, podendo ser
higrófitas: de ambiente úmido, saturado ou próximo a saturação (aguapé, vitória-régia); mesófitas:
possuindo uma necessidade moderada de água, suportando as alternâncias de seca e umidade; e
xerófitas: de ambientes secos, com deficit hídrico (cactáceas).
O vento é um fenômeno de movimento horizontal e vertical das massas de ar que se deslocam de
áreas frias para quentes. O movimento vertical ascensional forma nuvens e precipitações e o
horizontal causa furacões, tufões e tempestades. O vento é responsável pela dessecação, nanismo,
deformação, modificações anatômicas, acamamento, derrubada de abrasão da vegetação e erosão do
solo, além de ter papel na polinização e disseminação de propágulos vegetais.
Fatores Climáticos na Produção Animal
O clima exerce efeito no bem-estar animal e representa, juntamente com outros fatores, o fator
regulador e limitador da exploração, produção e comportamento animal. Reconhece-se que certas
raças possuem características mais adaptativas do que outras, como por exemplo a tolerância
climática, e, com base nisso, é feito o manejo com fins produtivos que visa maximizar os indivíduos
para a produção. As raças mais tolerantes ao calor possuem vantagem adaptativa para produçãoe
reprodução, entretanto, há processos fisiológicos de melhoramento genético que resultam na
diminuição da capacidade dos germoplasmas de expressarem fatores, ocorrendo a conexão de
espécies com outras. Os elementos mais importantes do bem-estar, saúde e desempenho animal são:
temperatura e umidade relativa do ar, radiação solar, pluviosidade, luz, vento, altitude e pH do solo.
● Temperatura: geralmente a temperatura não é compatível com a eficiência e conforto da
produção animal. Portanto, surge o termo estresse térmico ou calórico, cujos efeitos estão
associados à produção de leite, reprodução, mortalidade, doenças e prejuízos pecuários. A
percepção de temperatura é feita por termorreceptores periféricos e unidades termossensíveis
do SNC. O hipotálamo é o centro dessas funções e regula o abastecimento do sistema
endócrino, elaborando respostas fisiológicas decorrentes do estresse térmico. Quando a
temperatura aumenta, os receptores térmicos enviam sinal para o hipotálamo que desencadeia
o equilíbrio térmico do animal. Na sensação de frio, a circulação sanguínea tende a ser mais
lenta e na sensação de calor a circulação é rápida, aumentando a sequência cardíaca e
sudorese. Em temperatura de desconforto fisiológico ocorre o efeito anorético, redução do
consumo de alimentos, e o efeito hipertérmico, aumento da temperatura corporal. O primeiro
efeito se deve aos ajustes endocrinológicos para reduzir a produção de calor endógeno durante
a fermentação ruminal e metabolismo corporal. Também está associado aos nutrientes
essenciais, como o potássio, que é perdido pelo suor. Comumente, a capacidade de resistir aos
rigores do estresse térmico é avaliada por temperatura retal e frequência respiratória. A
variação na temperatura corporal é o resultado do equilíbrio entre energia térmica produzida e
dissipada. Portanto, cada animal, dependendo das suas condições, pode reagir de uma forma à
esse fator.
● Umidade: pode afetar a indústria animal provocando condições que facilitam a ocorrência de
doenças, baixa qualidade alimentícia, deficiência mineral no solo e nas forragens. A elevada
umidade relativa do ar favorece agentes vivos de doenças, insetos e vetores infecciosos,
reservatório potencial de hospedeiros, e mantém a condição da pele propícia ao crescimento
de microrganismos patogênicos, como fungos, bactérias e ectoparasitos.
● Radiação Solar: no caso dos animais, principalmente os bovinos, há evidências de que
absorção de doses elevadas de radiação UV (auxilia na síntese de vitamina D e fixação do
cálcio) pela superfície corporal é a causa do surgimento de neoplasias, como o carcinoma
ocular. Nos animais, a radiação se degrada em calor e é absorvida segundo a cor do pigmento
do pelo e pigmentação da pele.
● Pluviosidade: diz respeito a qualidade e quantidade de forragens disponíveis. A quantidade de
chuva durante o período, sua duração e a condição do solo influencia a quantidade de água
que atingirá o subsolo e as raízes da vegetação. O estacionamento pluviométrico é uma das
causas mais relevantes no baixo desempenho dos animais, causando a queda de produção
leiteira, da reprodução e do crescimento. Nos climas secos, com chuva mal distribuída, a
qualidade da forragem cai e fica pobre em proteínas. Nos climas chuvosos, muitas chuvas
causam empobrecimento do solo que, através da lixiviação, é nutrido por componentes
presentes na superfície e dificulta a utilização das plantas forrageiras. A alimentação
deficiente em proteínas e rica em fibras inaproveitáveis pelos ruminantes faz com que haja
uma carga excessiva de calor e dificulta a fisiologia animal para eliminar o calor endógeno.
● Luz: afeta o metabolismo, principalmente em animais de laboratório e aves, que a luz tem
papel regulador na reprodução. Isso se deve a adeno-hipófise, um órgão estimulado pela luz
que regula as gônadas. Nas aves, a iluminação artificial obtém desempenho desejáveis pois
ajuda na ingestão de alimentos e no ganho de peso. Nos ovinos, a diminuição das horas do dia
coincide com a atividade reprodutiva, assim como os equinos.
● Altitude: em altitudes elevadas, a temperatura do ar é baixa, o que exige aumento do
metabolismo basal para atender as necessidades fisiológicas vitais. Isso gera estresse que pode
comprometer a saúde do animal e afetar sua imunidade.
● Vento: a velocidade com que o ar se move sobre a pele do animal influencia na perda de calor.
O aumento do fluxo de ar ajuda a perder calor pela evaporação quando a umidade está
presente na pele, mas quando o suprimento de umidade é baixo o efeito sobre o animal é
limitado. Sob temperatura moderada, quanto mais rápido é o movimento do ar, mais rápido
perde calor. Em temperaturas elevadas, o inverso pode ocorrer e o animal absorve calor e
aumenta sua temperatura.
● pH do Solo: em locais com pH alto, o nitrogênio é usado pelas bactérias localizadas nas
plantas forrageiras e eleva a proteína contida nelas. Animais adaptados a solos com baixo pH
são de pequeno porte com ossatura frágil e desempenho deficiente.
Sucessão Ecológica
É um processo gradativo de colonização de um ambiente em que a composição das comunidades vai
se alterando ao longo do tempo, e também pode ser definida como mudanças unidirecionais da
substituição de comunidades vegetais em uma mesma área. As condições iniciais são desfavoráveis:
iluminação causando altas temperaturas, ausência de solo dificultando fixação dos vegetais e água
evaporando rapidamente.
● ECESE: inicia-se com plantas pioneiras capazes de sobreviver em locais inóspitos e que, com
o passar do tempo, vão modificando as condições ambientais do local para que outras
espécies sejam inseridas. Tais plantas não são exigentes e sobrevivem a pouca água, como os
líquens (algas + fungos). Possuem baixa diversidade de espécies e sua PPB é superior ao
consumo, além de crescerem em rochas e absorver a umidade nela existente, seu metabolismo
produz ácidos que reagem com os minerais das rochas e promovem sua degradação,
permitindo acúmulo de água e estabelecimento de musgos e vegetais de pequeno porte. Já as
gramíneas colonizam dunas de areia e suas sementes são trazidas pelo vento. Conseguem
suportar calor, escassez de água e solo pouco estável. Essa ECESE promove as seguintes
alterações: reduz as variações de temperatura no solo, promove intemperismo, estabiliza o
solo e aumenta a umidade, a disponibilidade de matéria orgânica e de nutrientes e a retenção
de água.
● SÉRIE: é a comunidade intermediária que possui uma biodiversidade um pouco maior em
consequência da ação da comunidade pioneira. Tem comunidades herbáceas e arbustivas
competindo por luminosidade e nutrientes onde as árvores começam a se desenvolver e
surgem as comunidades de animais.
● CLÍMAX: ambiente estável e equilibrado com elevada biodiversidade e nichos ecológicos
especializados. Há o estabelecimento de múltiplas relações ecológicas e a PPL é próxima de
0. Todo alimento produzido pelos autótrofos é consumido pelos heterótrofos e todo oxigênio
produzido na fotossíntese é consumido na respiração.
A produtividade do ecossistema pode ser avaliada pela
produtividade primária bruta (PPB) que corresponde ao
total de matéria orgânica produzida em gramas em
certo tempo e certa área. Descontando a quantidade
orgânica consumida pela comunidade durante a
respiração, temos a produtividade primária líquida
(PPL). Portanto, PPL = PPB - R.
Em relação às forças que direcionam o processo,
pode-se ter a sucessão autogênica (mudanças
ocasionadas por processos biológicos internos ao
sistema, como sombreamento) ou a sucessão alogênica
(direcionamento das mudanças por forças externas ao
sistema, como incêndios e tempestades). Quanto ao direcionamento, pode ser progressiva
(regeneração) ou regressiva (degradação). Quanto à forma, pode ser natural ou induzida e quanto a
origem pode ser primária ou secundária.
● Sucessão Primária: tem início em uma área desabitada e as condições são desfavoráveis para a
vida. Ex: rochas nuas, dunas, lavas vulcânicas. Tem estágios de xerossere com liquens decrosta, liquens foliosos, ervas anuais, arbustos e árvores. Também tem o estágio hidrossere
com flutuantes, ancorados, emergentes, arbustos e árvores de terra firme.
● Sucessão Secundária: ocorre em locais já ocupados por comunidades biológicas e foi
modificada por catástrofes naturais ou fatores antrópicos. As mudanças são rápidas e a
comunidade clímax tem diversidade menor. Possui 6 estádios, são eles:
1. Distúrbios Fisiológicos dos Componentes do Clímax: sob superpastejo os componentes do
clímax perdem o vigor evidenciando-se pela redução do crescimento anual, redução das
atividades produtivas e reprodutivas, falhas na floração, produção de sementes inviáveis e
diminuição drástica das plântulas mais importantes, e é necessário recuperar a pastagem e
mudar o manejo através da diminuição da carga animal ou mudar a época de pastejo.
2. Mudança na Composição do Clímax: diminui as plantas preferidas, provocando surgimento
de espécies secundárias. A recuperação também é feita por mudança de manejo.
3. Invasão de Novas Espécies: o animal muda sua dieta e consome forrageira secundária que
também não suporta superpastejo e desaparece, abrindo espaço para invasoras. A recuperação
ocorre por mudança de manejo e controle das invasoras.
4. Desaparecimento da Vegetação Clímax: as mudanças ambientais causam profundas alterações
na cobertura florística, começando a induzir o
desaparecimento dos componentes clímax. A
recuperação ocorre por mudança de manejo,
controle invasor e ressemeio.
5. Desaparecimento da Cobertura Vegetal: as
novas espécies desaparecem e a exposição gradual
do solo acelera o processo de erosão e destruição
de sua estrutura. A recuperação é feita por práticas
caras.
6. Desertificação: Fase inicial do processo
em que o solo erodido e desestruturado não tem
mais condição de sustentar uma camada florística.
Plantas C3, C4 e CAM
● C3: recebem este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico formado após a fixação das
moléculas de CO2. Estes vegetais compreendem a maioria das espécies terrestres, ocorrendo
principalmente em regiões tropicais úmidas. As taxas de fotossíntese das plantas C3 são
elevadas a todo o momento, tendo em vista que a planta atinge as taxas máximas de
fotossíntese (TMF) em intensidades de radiação solar relativamente baixas. É por isso que são
consideradas espécies esbanjadoras de água. Ainda assim, este grupo vegetal é altamente
produtivo, contribuindo significativamente para o equilíbrio da biodiversidade terrestre.
● C4: possuem grande afinidade com o CO2. Elas recebem este nome devido ao fato do ácido
oxalacético possuir 4 moléculas de carbono, formado após o processo de fixação de carbono.
Devido à alta afinidade com o CO2, as plantas C4 apresentam uma grande vantagem em
relação às plantas C3: elas podem sobreviver em ambientes áridos. Isto se dá porque as
plantas C4 só atingem as taxas máximas de fotossíntese sob elevadas intensidades de radiação
solar, fazendo com que fixem mais CO2 por unidade de água perdida. Ou seja, elas são mais
econômicas quanto ao uso da água, elas perdem menos água que as C3 durante a fixação e a
fotossíntese. As plantas C4 são também conhecidas como “plantas de sol” por ocorrerem em
áreas muitas vezes sem sombra alguma. Elas também ocorrem em áreas áridas com menores
quantidades de água disponível nos solos.
● CAM: mais econômicas quanto ao uso da água do que as plantas C4. Elas ocorrem em áreas
desérticas ou intensivamente secas. A abertura dos estômatos (estruturas que controlam a
entrada e saída de gases nas plantas) durante a noite, evitam a grande perda de água, ao
mesmo tempo em que o CO2 é fixado, por meio do ácido málico. Durante o dia, os estômatos
se fecham (não há grande perda de água) e o CO2 fixado é então utilizado na realização da
fotossíntese sob elevadas intensidades de radiação solar. São também “plantas de sol”, assim
como as C4.
Morfologia das Plantas Forrageiras:

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