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QUESTÕES AIN 09 HANSENÍASE

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
QUESTÕES AIN 09 – HANSENÍASE 
1) Em relação a hanseníase, assinale a resposta correta: 
a) A doença é transmitida por contato íntimo e prolongado com todos os pacientes de hanseníase. 
b) O principal fonte de transmissão ocorre pelas secreções das vias aéreas superiores. 
c) O leite materno é fonte rica de bacilos e as mães devem ser orientadas a não amamentar 
d) O tempo e o tipo de contato não parece exercer influência no risco de infecção. 
 
2) A "mão em garra" e o "pé caído" são deformidades que podem estar presentes na hanseníase quando 
há acometimento dos seguintes nervos, respectivamente: 
a) Ulnar e Fibular Comum 
b) Mediano e Tibial 
c) Radial e Fibular Comum 
d) Ulnar e Tibial 
 
3. Em relação à neurite hansênica, é CORRETO afirmar: 
a) Os nervos mais acometidos são o mediano e radial 
b) A neurite pode ocorrer fazendo parte da reação reversa, do eritema nodoso hansênico ou vir isolada. 
c) A presença de lesões na face e próximo a troncos nervosos não representa maior risco para neurite. 
d) A neurite do nervo auricular é responsável pelo lagoftalmo. 
 
4. Em relação as lesões dos troncos nervosos periféricos associados à hanseníase, é CORRETO afirmar: 
a) Existe perda de sensibilidade principalmente nos olhos, mãos e pés. 
b) Existe perda da força muscular principalmente nos deltoides e bíceps. 
c) São decorrentes de neurites causadas exclusivamente pela ação direta do bacilo. 
d) São decorrentes de processos inflamatórios crônicos, com comprometimento funcional desde o início. 
 
5. Em relação ao tratamento da hanseníase, assinale a alternative INCORRETA: 
a) A hanseníase é uma doença curável que se tratada nos estágios iniciais pode evitar incapacidades. 
b) As drogas de primeira linha são: rifampicina, dapsona e clofazimina. 
c) O tratamento é realizado com terapia combinada.
 
d) O uso de corticóides está contraindicado no tratamento das neurites e das reações hansênicas. 
 
 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
6. A”mão caída” e o “pé em garra” são deformidades que podem estar presentes na hanseníase quando há 
acometimento dos seguintes nervos, respectivamente: 
a) Ulnar e fibular comum 
b) Mediano e tibial 
c) Radial e tibial 
d) Mediano e fibular comum 
 
7. Em relação à Hanseníase, assinale a alternativa correta: 
a) É de baixa infectividade e alta patogenicidade 
b) A baciloscopia da linfa é o exame padrão ouro e sempre será positiva 
c) A sequência da alteração de sensibilidade é: térmica, tátil, dolorosa 
d) A gravidez e aleitamento materno não contraindicam o tratamento 
 
8. Em relação a hanseníase, assinale a resposta correta: 
a) A principal fonte de transmissão ocorre pelas secreções das vias aéreas superiores 
b) A doença é transmitida por contato íntimo e prolongado com todos os pacientes de hanseníase 
c) O leite materno é fonte rica de bacilos e as mães devem ser orientadas a não amamentar 
d) O tempo e o tipo de contato não parece exercer influência no risco de infecção 
 
9. Homem de 36 anos de idade apresenta há 9 meses placa eritêmato-infiltrada, com borda elevada, 
ovalada, de 6 cm, anestésica, no braço esquerdo. O exame histopatológico da lesão mostrou dermatite 
granulomatosa não-caseosa, com células gigantes tipo Langhans e infiltrado linfo-plasmocitário 
perivascular, perianexial e ao redor de filetes nervosos, pesquisa de BAAR negativa. O teste de Mitsuda foi 
positivo. Qual o diagnóstico? 
 A) Hanseníase indeterminada. 
B) Hanseníase wirchowiana. 
C) Micobacteriose atípica. 
D) Hanseníase tuberculoide 
 
10. Mundialmente, cerca de 720 mil casos de hanseníase são relatados a cada ano e cerca de dois 
milhões de pessoas têm incapacidades relacionadas a essa doença. Ciente da importância dessa questão 
para a saúde pública, considere dentre as afirmações a seguir aquela que se constitui em evidência para a 
tomada de decisão para a prática clínica. 
A) O exame clínico pode ser iniciado pelos nervos cutâneos. Nos nervos da face devem ser observados a 
simetria dos movimentos palpebrais e de sobrancelhas (nervo facial), seguidos, da avaliação quanto ao 
espessamento visível ou palpável dos nervos do pescoço (auricular), do punho (ramo dorsal dos nervos 
radial e ulnar), dos pés (fibular superficial e sural), dos nervos do cotovelo (ulnar), do joelho (fibular 
comum) e do tornozelo (tibial). Caso tenha sido identificado qualquer alteração nos nervos, a anormalidade 
deve ser confirmada com o teste da sensibilidade no território inervado. 
B) A hanseníase multibacilar (MB) mais frequentemente, manifesta-se por uma placa (mancha elevada em 
relação à pele adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e 
centro claro (forma de anel ou círculo). Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo 
espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação. 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
C) Cerca de 15% a 30% dos pacientes paucibacilares (PB) podem apresentar fenômenos agudos como 
primeira queixa da doença. 
D) No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase indeterminada ou tuberculoide, a baciloscopia 
é negativa. Mesmo quando positiva não deve ser reclassificado como MB. 
E) No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a baciloscopia normalmente é positiva. Caso seja 
negativa, o diagnóstico deve ser afastado. 
 
11. Homem de 48 anos iniciou, há 20 dias, uso de poliquimioterapia (PQT) multibacilar, incluindo dapsona, 
clofazimina e rifampicina, para tratamento de hanseníase forma dimorfa virchowiana. Há 2 dias, passou a 
apresentar febre baixa, astenia, dor ocular bilateral, mialgia e lesões cutâneas dolorosas. Nega perda de 
força muscular. Ao exame, apresentava-se febril, normocorado, anictérico, acianótico e exame 
dermatológico revelava nódulos eritematosos em membros. Diante do provável diagnóstico do quadro mais 
recente apresentado pelo paciente, qual a conduta mais recomendada neste momento? 
A) Manter PQT e iniciar talidomida oral. 
B) Manter PQT e iniciar prednisona 1mg/kg. 
C) Suspender dapsona e substituir por ofloxacina. 
D) Suspender dapsona e iniciar azul de metileno venoso 
 
12. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, 
tem cura e pode ser classificada como paucibacilar ou multibacilar. A partir de 12/12/2018, quais são as 
drogas utilizadas para o tratamento da hanseníase em adultos de acordo com o Ministério da Saúde? 
A) Rifampicina e dapsona para hanseníase paucibacilar e rifampicina, dapsona e clofazimina para 
hanseníase multibacilar 
B) Rifampicina e dapsona para hanseníase multibacilar e rifampicina, dapsona e clofazimina para 
hanseníase paucibacilar 
C) Rifampicina e clofazimina para hanseníase paucibacilar e rifampicina, dapsona e clofazimina para 
hanseníase multibacilar 
D) Rifampicina, dapsona e clofazimina para hanseníase paucibacilar e para hanseníase multibacilar 
 
13. A respeito da hanseníase, assinale a opção correta. 
A) As principais vias de eliminação dos bacilos causadores da hanseníase são a urina e a pele, por meio 
do processo de transpiração. 
B) A hanseníase apresenta curto período de incubação, de duas a quatro semanas em média, podendo 
ser menor. 
C) Para tratamento da hanseníase, é sempre necessária a internação em leprosário, a fim de administrar 
poliquimioterapia. 
D) A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem, com referências que 
datam de 600 a.C. na Ásia e na África. 
E) O agente etiológico dessa doença é o Mycobacterium leprae, um parasita intracelular obrigatório que 
apresenta afinidade com células ósseas e com células do sistema nervoso central. 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
14. Em relação à hanseníase multibacilar, é correto afirmar que: 
A) É tipicamente uma enfermidade dermatológica e não neurológica.B) Reações do tipo 1 ou do tipo 2 ocorrem com igual frequência. 
C) A resposta imune humoral é mais exacerbada no subtipo virchowiano. 
D) Há evolução para doença disseminada quando associada à infecção pelo HIV/AIDS. 
 
15. Mulher 42 anos proveniente do Bico do Papagaio, apresenta há 1 ano placa eritematosa com borda 
elevada bem delimitada e centro claro, circular de 6 cm, anestésica no braço direito, com um nervo 
afetado. A baciloscopia foi negativa. Qual provável diagnóstico? 
A) Hanseníase Virchoviana. 
B) Hanseníase Tuberculóide 
C) Hanseníase Indeterminada 
D) Hanseníase Dimorfa 
 
16. Paciente 62 anos, em tratamento para hanseníase virchoviana há 6 meses, comparece referindo 
aparecimento súbito de nódulos eritemato-dolorosos e disseminados em todo o corpo com febre, calafrios 
associados a quadro de edema e dor em saco escrotal com hiperemia conjuntival e dor retro-ocular intensa 
bilateral. Nesse caso, a melhor conduta é: 
A) Iniciar corticoterapia e encaminhar ao oftalmologista e urologista. 
B) Iniciar talidomida e encaminhar para urologista e oftalmologista. 
C) Suspender esquema de tratamento específico para hanseníase e investigar intolerância 
medicamentosa. 
D) Iniciar talidomida e prednisona concomitantemente pois trata-se de eritema nodoso associado à orquite 
e iridociclite. 
E) Iniciar esquema substitutivo imediatamente devido a provável quadro de intolerância à dapsona. 
 
17. Em relação à Hanseníase é correto afirmar: 
A) A classificação da hanseníase em Pauci ou Multibacilar não tem influência no esquema terapêutico, 
sendo o mesmo para as duas formas. 
B) Não é recomendada a suspensão do tratamento, mesmo na presença de qualquer efeito colateral 
causado pelos medicamentos. 
C) A detecção ativa de casos acontece na Unidade de Saúde durante as atividades gerais de atendimento 
à população. 
D) A baciloscopia é o exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae. Quando negativa 
afasta-se o diagnóstico da hanseníase. 
E) Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o 
doente, nos últimos cinco anos. 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
18. Homem de 35 anos, depois de encerrado o tratamento com esquema PQT-MB (12 doses em até 18 
meses) há quatro (4) meses, procura o seu médico de família com queixas de dor súbita nos nervos e 
inchaço nas mãos e nos pés há 24h. O exame físico evidencia surgimento abrupto de novas lesões de 
pele, avermelhadas e inchadas, bem como dor à palpação de nervo tibial posterior esquerdo, com redução 
de sensibilidade em face plantar. Seus sinais vitais, bem como os exames genital e sistêmico, estão 
normais. Diante do caso apresentado, assinale a alternativa CORRETA sobre qual o diagnóstico mais 
provável: 
A) Reação Reversa. 
B) Eritema Nodoso Hansênico. 
C) Recidiva. 
D) Neurite crônica. 
E) Dor neuropática. 
GABARITO: 
1. B 
2. A 
3. B 
4. A 
5. D 
6. C 
7. D 
8. A 
9. D  Na avaliação histopatológica, observa-se desde a formação de granulomas bem definidos a 
infiltrado difuso linfo-plasmocitário ao redor de filetes nervosos. A reação de Mitsuda corresponde 
ao teste de imunorreatividade à lepromina, ou seja, avalia a imunidade celular específica contra o 
M. leprae. O teste tem importância principal na classificação da hanseníase e no prognóstico, tendo 
pouco valor no diagnóstico. A descrição histológica associada à positividade do teste de Mitsuda 
nos levam ao diagnóstico de hanseníase tuberculoide. Nas demais apresentações de hanseníase 
citadas, esperaríamos o encontro de bacilos nas lesões, e o teste de Mitsuda geralmente é 
negativo 
10. A  Questão sobre hanseníase adora aparecer em preventiva! Vamos, então, analisar cada uma 
das opções… Letra A: Correta. Uma opção é iniciar o exame clínico pelos nervos cutâneos. 
Comece pelos nervos da face observando a simetria dos movimentos palpebrais e de sobrancelhas 
(nervo facial). Em seguida, veja se há espessamento visível ou palpável dos nervos do pescoço 
(auricular), do punho (ramo dorsal dos nervos radial e ulnar), e dos pés (fibular superficial e sural). 
Depois, palpe os nervos do cotovelo (ulnar), do joelho (fibular comum) e do tornozelo (tibial). 
Observe se eles estão visíveis, assimétricos, endurecidos, dolorosos ou com sensação de choque. 
Caso você identifique qualquer alteração nos nervos, confirme a anormalidade com o teste da 
sensibilidade no território inervado. Se não houver perda de sensibilidade, mas persistir a dúvida, 
encaminhe o paciente para a referência e faça o acompanhamento do caso. Não troque o exame 
clínico pela baciloscopia ou biópsia nunca. Letra B: Incorreta. A hanseníase PAUCIBACILAR (MB) 
mais frequentemente, manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele adjacente) 
totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro (forma de 
anel ou círculo). Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com 
perda total de sensibilidade no seu território de inervação. Letra C: Incorreta. Cerca de 15% a 30% 
dos pacientes MULTIBACILARES (PB) podem apresentar fenômenos agudos como primeira queixa 
da doença. Letra D: Incorreta. No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase 
indeterminada ou tuberculóide, a baciloscopia é negativa. Caso seja positiva, RECLASSIFICAR o 
doente como MB. Letra E: Incorreta. No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a 
baciloscopia normalmente é positiva. Caso seja negativa, levar em consideração o quadro clínico 
para o diagnóstico e classificação desse doente (manter a classificação MB se o quadro clínico for 
de hanseníase dimorfa ou virchowiana) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
11. A  A reação tipo 2 (eritema nodoso hansênico) é observada nas formas multibacilares 
(virchowianas ou dimorfas), em geral, após seis meses de tratamento. Configura uma paniculite 
lobular acompanhada de vasculite desencadeada por depósito de imunocomplexos nos tecidos e 
vasos (apesar de a imunidade celular também possuir importância em etapas iniciais do processo). 
Há aumento de citocinas séricas, como fator de necrose tumoral alfa e interferon-gama, mas sem 
haver mudança definitiva da condição imunológica do paciente. O quadro é marcado por febre, 
linfadenopatia, neurite, uveíte, orquite e glomerulonefrite, além do acometimento cutâneo (lesões 
eritematosas, dolorosas, de tamanhos variados localizados em qualquer região da pele). A 
talidomida é a droga de escolha para tratamento, feita na dose de 100 a 400 mg/dia (de acordo 
com a intensidade do quadro). A corticoterapia pode ser indicada em situações especiais, tendendo 
a ser mais importante na reação do tipo 1. A poliquimioterapia vai ser mantida 
12. D  Questão que fala sobre a aprovação da ampliação do uso de medicamento para hanseníase 
no SUS que ocorreu no final do ano de 2018! Vamos, então, relembrar que até essa data o Sistema 
Único de Saúde (SUS) disponibilizava o tratamento poliquimioterápico (PQT) aos pacientes com 
hanseníase multibacilar, também recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo 
esquema incluia a associação de rifampicina, dapsona e clofazimina. Já para os pacientes com 
hanseníase paucibacilar, o tratamento indicado era a associação de rifampicina e dapsona. 
Entretanto, após essa data foi ampliado o uso da clofazimina também para hanseníase 
paucibacilar. Logo, atualmente o tratamento preconizado inclui Rifampicina, dapsona e clofazimina 
para hanseníase paucibacilar e para hanseníase multibacilar. 
13. D  Utilizando como base o Guia para Controle da Hanseníase, do Ministério da Saúde, vamos 
avaliar cada alternativa: A) A principal via de eliminação do bacilo e mais provável porta de entrada 
no organismo são as vias aéreas superiores, com transmissão realizada pelo ar (INCORRETA) B) 
O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo,pode ocorrer após um longo período 
de incubação, de 2 a 7 anos, e depende da relação parasita / hospedeiro. (INCORRETA) C) O 
tratamento é realizado em regime ambulatorial, sendo a internação somente indicada em 
intercorrências graves, assim como efeitos colaterais graves dos medicamentos, estados reacionais 
graves ou necessidade de correção cirúrgica de deformidades físicas. (INCORRETA) D) 
Informação correta, há relato da "lepra" em registros históricos datados da época mencionada pelo 
texto (CORRETA) E) O Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, é de fato um parasita 
intracelular obrigatório, porém com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos 
periféricos (INCORRETA) 
14. C  A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela Mycobacterium leprae que envolve a 
pele e os nervos periféricos. O espectro da doença varia de uma forma com uma resposta imune 
organizada e com pouquíssimos organismos (tuberculóide ou paucibacilar) a uma forma com uma 
resposta imune deficitária e com maior carga bacteriana (lepromatosa ou multibacilar), nesta última 
a imunidade humoral exerce um papel importante na sua patogênse. As reações imunológicas são 
complicações inflamatórias sistêmicas que podem ocorrer antes, durante ou após o término do 
tratamento. Essas reações podem afetar 30 a 50% de todos os pacientes com hanseníase. 
Podemos dividi-las em: - Tipo 1: reação reversa; é a mais comum e ocorre em até 30% dos casos; - 
Tipo 2: eritema nodoso hansênico, eritema multiforme like, síndrome de sweet like. Os estudos até 
o momento indicam que não há alterações epidemiológicas da infecção pelo Mycobacterium leprae 
com o advento da AIDS. Sabe-se que incidência de hanseníase não é aumentada em pacientes 
infectados pelo HIV e não se pode afirmar que a infecção pelo HIV altere a evolução da 
hanseníase. 
15. B  A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma 
bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. É uma das doenças mais antigas 
que se tem conhecimento. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. Ela pode 
ser classificada em: paucibacilar quando temos até 5 lesões (hanseníase indeterminada e 
tuberculoise) ou multibacilar quando temos mais que 5 lesões (dimorfa ou virchoviana). Dito isso, 
vamos analisar as assertivas: A) Incorreta. Hanseníase virchowiana: forma mais disseminada da 
doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins 
e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos 
dolorosos) na pele. B) Correta. Hanseníase tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, 
bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo). C) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
Incorreta. Hanseníase indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco 
manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. D) Incorreta. Hanseníase 
borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou 
pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros 
reacionais com maior frequência. Portanto, o nosso gabarito é a letra B. 
16. D  O quadro clínico é típico de uma reação hansênica, ou seja, houve uma reação imunológica à 
micobactéria. Como abordar esse paciente? A primeira coisa que devemos saber é que a 
poliquimioterapia não deve ser suspendida! Além disso, é importante diferenciar os tipos de 
reações para planejar a abordagem mais adequada: - Reação tipo 1 (ou reversa): geralmente 
ocorre nos paucibacilares e se caracteriza pelo edema e eritema das lesões prévias, edema de 
mãos e pés, neurite e demais sintomas. O tratamento é realizado com corticoide sistêmico. - 
Reação tipo 2: geralmente ocorre nos pacientes multibacilares e pode se manifestar com eritema 
nodoso, lesões sweet-símile e eritema multiforme. O tratamento é realizado com talidomida. Nos 
casos de neurite (ex: dor, perda de função nervosa com fraqueza muscular), orquite, iridociclite, 
uveíte, nefrite devemos utilizar corticoide sistêmico. Voltando para o caso da questão, o paciente é 
multibacilar e apresenta sinais clínicos sugestivos de orquite (edema e dor em sacro escrotal) e 
iridociclite (hiperemia conjuntival e dor retro-ocular) além dos achados cutâneo de eritema nodoso. 
Por isso, a melhor abordagem é o tratamento com talidomida e corticoide 
17. E  Questão sobre hanseníase. Letra A: Com certeza não. O tratamento da hanseníase é 
ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos padronizados de acordo com a classificação 
operacional. Paucibacilares → 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Multibacilar → Doze dose 
supervisionadas em até 18 meses. INCORRETA Letra B: Com certeza não. Efeitos graves como 
náuseas e vômitos incontroláveis indicam a interrupção da medicação. INCORRETA Letra C: A 
detecção passiva de casos de hanseníase acontece na própria unidade de saúde durante as suas 
atividades gerais de atendimento à população. INCORRETA Letra D: A baciloscopia positiva 
classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. Observe-se que o resultado 
negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase. INCORRETA Letra E: Para fins 
operacionais, considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha 
residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos. CORRETA 
18. A  Vamos relembrar a Portaria conjunta nº 125, de 26 de Março de 2009, sobre as ações de 
controle da hanseníase para responder a questão: As complicações mais frequentes da 
hanseníase são as reações. As reações hansênicas (ou episódios reacionais) são processos 
inflamatórios agudos ou subagudos no decorrer da infecção crônica que guardam relação direta 
com a imunidade celular do indivíduo, e podem ocorrer antes, durante e após o término do 
tratamento com poliquimioterapia (PQT), mais frequentemente nos casos MB. A) Correta. A Reação 
Tipo 1 ou Reação Reversa (RR) caracteriza-se pelo aparecimento de novas lesões dermatológicas 
(manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem 
espessamento e dor de nervos periféricos (neurite). B) Incorreta. Reação Tipo 2, cuja manifestação 
clínica mais frequente é o Eritema Nodoso Hansênico (ENH): caracteriza-se por apresentar nódulos 
subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar 
generalizado, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite). C) Incorreta. Os 
casos de recidiva em hanseníase são raros em pacientes tratados regularmente com os esquemas 
poliquimioterápicos. Geralmente ocorrem em período superior a 5 anos após a cura. Devemos 
suspeitar de recidiva baseado na associação de exames clínico e laboratoriais, especialmente, a 
baciloscopia nos casos MB. Os casos que não responderem ao tratamento proposto para os 
estados reacionais deverão ser encaminhados a unidades de referência para confirmação de 
recidiva. Caracteristicamente, a recidiva ocorre de forma insidiosa, em local diferente das lesões do 
quadro prévio. D e E) Incorretas. A neurite crônica e dor neuropática não são diagnósticos que 
fazem sentido com o quadro agudo relatado

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