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01/12/2020 UNINTER - SOCORROS DE URGÊNCIA
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCORROS DE URGÊNCIA
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria de Fátima Fernandes Vara
01/12/2020 UNINTER - SOCORROS DE URGÊNCIA
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/16
CONVERSA INICIAL
Na sociedade atual, o conhecimento dos profissionais da educação física é reconhecido e de
extrema importância. Por isso, é necessário que o profissional tenha habilidade e atitude responsável
mediante diferentes situações, tornando-se competente para desempenhar sua função. Dentre as
diferentes situações, uma merece destaque: os socorros de urgência e emergência. Nesse sentido, esta
aula tem como objetivo rever conceitos gerais sobre socorros de urgência, mostrando a sistematização
da rede de urgência. Assim, aprofundaremos, no Tema 1, os conceitos de urgência e emergência,
destacando a importância dos socorros de urgência para o profissional da educação física. O Tema 2
abordará a sistematização dos serviços de urgência, com enfoque na atenção básica. No Tema 3,
veremos o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) e corpo de bombeiros, enquanto o Tema
4 falará sobre a unidades de pronto atendimento 24 horas. Por fim, no Tema 5, abordaremos o
acolhimento e protocolos de classificação de risco nos serviços de urgências.
TEMA 1 – CONCEITOS GERAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Apesar de muito utilizados pela maioria da população, os conceitos de urgência e emergência são
frequentemente confundidos e tratados como sinônimos. Isso ocorre porque as duas palavras remetem
à ideia de algo que deve acontecer em um intervalo curto de tempo e parece que a palavra emergência,
quando aplicada a um caso, não é dissociada da palavra urgência. E isso é verdade, ambas demandam
agilidade no atendimento, por exemplo. No entanto, se considerarmos as definições de cada um dos
termos pelo lado biomédico, há diferenças nas definições e um profissional e/ou professor de educação
física deve conhecê-las. Então, para iniciarmos nossos estudos, vamos conceituar os termos? Veja as
definições no Quadro 1 a seguir.
Quadro 1 – Definição biomédica dos termos urgência e emergência
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Termo Definição biomédica
 
Emergência
Requer diagnóstico e tratamento nas primeiras horas após constatação, uma vez que são casos em
que a vida está em risco iminente.  O tratamento deve ser imediato diante da necessidade de manter
funções vitais e evitar incapacidade ou complicações graves. Alguns exemplos de situações são:
choque, parada cardíaca e respiratória, hemorragia e traumatismo crânio-encefálico (Giglio-
Jacquemot, 2005).
 
Urgência
Inclui quadros clínicos e cirúrgicos em que a vida não está em risco iminente, mas há risco de
evolução para complicações mais graves ou mesmo fatais, por exemplo: fraturas, feridas contusões
sem grandes hemorragias, asma brônquica, transtornos psiquiátricos (Giglio-Jacquemot, 2005).
1.1 IMPORTÂNCIA DOS SOCORROS DE URGÊNCIA PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
Os socorros de urgência, muitas vezes chamados de primeiros socorros, quando realizados da forma
correta e quanto mais cedo possível, podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até
mesmo salvar vidas. Assim, o conhecimento de como agir em casos de urgência e emergência é de
extrema importância para os profissionais e professores de educação física.
Você pode estar se perguntando: quem pode prestar os socorros de urgência? Em casos de
urgências e emergências, os socorros podem ser realizados por qualquer pessoa fora do ambiente
hospitalar. Por isso, você, como profissional da educação física, deve estar preparado para realizar os
primeiros cuidados – mas isso não quer dizer que não seja necessário acionar uma equipe de
atendimento especializado, com ambulâncias e recursos mais avançados. Assim, no próximo tema,
abordaremos a organização de um sistema de urgência e emergência e, em casos de episódios de
urgência/emergência, é necessário saber procurar auxílio e repassar as informações.
TEMA 2 – SISTEMATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA: ATENÇÃO
PRIMÁRIA
Conforme vimos no Quadro 1, emergência refere-se às condições de agravo à saúde que impliquem
em risco iminente de vida e necessita de tratamento médico imediato. Já em casos de urgência, em
virtude de possível agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, a pessoa necessita de assistência
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médica imediata. Dessa forma, para que o atendimento de um paciente crítico ocorra, exige-se a
conformação de uma rede assistencial hospitalar e extra-hospitalar que atue de maneira organizada.
Diante disso, no Brasil, foi editada a Portaria n. 1.863/2003, em que o Ministério da Saúde instituiu a
Política Nacional de Atendimento às Urgências, especificando quatro componentes: pré-hospitalar fixo;
pré-hospitalar móvel; hospitalar e pós-hospitalar. No entanto, em 2011, a Portaria 1.600 foi instituída e
reformulou a anterior. A Portaria n. 1.600 apresentou o conceito de Rede de Atenção às Urgências, com
a finalidade de articular e integrar os serviços de saúde disponíveis para ampliar o atendimento em
situações de urgência e emergência. Veja a seguir alguns desses serviços: 
Promoção, prevenção e vigilância à saúde – no que tange ao campo de atenção a urgências, tem
papel importante para mobilizar e fomentar ações e educação em saúde visando promoção da
saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. Por exemplo, em campanhas de prevenção de
doenças transmissíveis, diminuição de fatores de riscos para doenças crônicas e prevenção de
acidentes de trânsito ou trabalho.
Atenção básica em saúde – assistência em primeiro nível de atenção à saúde (atenção primária)
com diferentes finalidades: ampliar o acesso aos serviços de saúde (serviços
médicos/multiprofissionais, promoção à saúde, saúde coletiva), fortalecer o vínculo entre
profissionais, pacientes e familiares, prestar os primeiros cuidados às urgências e emergências, em
ambiente adequado, até a transferência ou encaminhamento a outros locais de atenção (Figura 1).
Figura 1 – Atenção básica em saúde e suas diferentes finalidades
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Crédito: arka38/Shutterstock.
Como vimos, são vários os serviços e atendimentos realizados pela atenção básica. Esses serviços
são descentralizados e podem ocorrer em Unidades Básicas de Saúde – UBS (Figura 2), Unidades de
Estratégias de Saúde da Família – ESF, consultórios na rua etc., a fim de diminuir a demanda em
ambientes hospitalares e/ou em unidades de pronto atendimentos (UPAS).
Figura 2 – Unidade básica de saúde
Crédito: Maila Facchini/Shutterstock.
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É importante conhecer como funciona e como são organizados esses serviços, pois você poderá
orientar seus alunos e/ou responsáveis quando necessário.
TEMA 3 – SERVIÇO MÓVEL PRÉ-HOSPITALAR DE ATENDIMENTO:
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Como pudemos observar, existem diferentes serviços de atendimento pré-hospitalar em casos de
urgências e emergências, incluindo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o serviço do
corpo do de bombeiros – no estado do Paraná, tem-se ainda o Serviço Integrado de Atendimento ao
Trauma em Emergência (SIATE). Mas você sabe quando ligar para cada um? Pois bem, é muito comum a
população, de maneira geral, se confundir quando precisa de um atendimento de urgência ou
emergência: a quem e que número ligar? Como cada um tem uma central de atendimento e regulação,
ligar para a central incorreta significa aumento no tempo para atendimento à ocorrência, repercutindo
em mais probabilidade de sequelas e risco de morte da vítima.
Então, você, professor/profissional de educação física, deveficar atento para não confundir os
serviços. A dica é ter sempre anotado o número de ambas as centrais, tanto do corpo de bombeiros
como do SAMU, assim como saber identificar para qual central ligar. Por isso, nos próximos tópicos,
vamos aprofundar a atuação de cada um desses serviços.
3.1 SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA – SAMU
O SAMU atende pelo número 192 (SAMU 192) e, de acordo com o site do Ministério da Saúde, tem
como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou
emergência que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo morte. São urgências decorrentes de
situações clínicas, cirúrgicas, traumáticas, obstétricas, pediátricas ou psiquiátricas.
Mas quando devemos chamar o SAMU?  
Como descrito, o SAMU 192 é voltado para atendimentos de situações clínicas de urgência ou
emergência, mas, muitas vezes, a população acaba sobrecarregando a central por situações corriqueiras
que não se tratam de urgências e emergências, ou seja, situações que poderiam aguardar um
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atendimento eletivo em uma unidade de saúde. O Quadro 2 mostra alguns exemplos de quando se deve
ou não chamar o SAMU 192.
Quadro 2 – Exemplos de situações em que se deve ou não chamar o SAMU 192
Quando chamar o SAMU Quando não chamar o SAMU
Na ocorrência de problemas
cardiorrespiratórios
Febre prolongada
Intoxicação exógena e envenenamento Dores crônicas
Queimaduras graves Vômito e diarreia
Na ocorrência de maus tratos Levar pacientes para consulta médica ou para realizar
exames
Trabalhos de parto em que haja risco de
morte da mãe ou do feto
Dor de dente
Crises convulsivas Transferência sem regulação médica prévia
Transferência inter-hospitalar de doentes
graves
Trocas de sonda
Suspeita de Acidente Vascular Encefálico
(AVE)
Corte com pouco sangramento
Suspeita de Infarto Todas as demais situações que não se caracterizem
urgência ou emergência médica
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2020.
Vale ressaltar que, segundo descrições do Ministério da Saúde, o atendimento do SAMU 192 se
inicia a partir do chamado telefônico, quando são coletadas informações por um técnico de atendimento
e, posteriormente, repassadas para um médico regulador. O médico presta orientações de socorro à
vítima, ainda por telefone, e aciona uma ambulância (Figura 3) que possua os equipamentos ideais e
também a equipe necessária para tal intervenção. Por isso, existem diferentes tipos de veículos, cada um
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composto por uma equipe específica e materiais para realizar determinadas intervenções, conforme
veremos no decorrer desta aula. 
Figura 3 – Ambulância do SAMU 192
 
Crédito: Alf Ribeiro/Shutterstock.
3.2 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR PELO CORPO DE BOMBEIROS
O atendimento pré-hospitalar prestado pelo corpo de bombeiros atende vítimas de traumas, por
exemplo, vítimas de acidente de trânsito. Para acionar o corpo de bombeiros, deve-se ligar para o
número 193. Normalmente, as vítimas atendidas pelo corpo de bombeiros são encaminhadas
diretamente para hospitais, por serem vítimas graves ou gravíssimas e que necessitam de cirurgias ou
atendimento especializado mais complexo. Vale destacar que nas viaturas (ambulâncias) do corpo de
bombeiro existem equipamentos avançados, inclusive para atender vítimas de acidente de trânsito
presas a ferragens, entre outras situações.
3.3 VEÍCULO E EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PARA O ATENDIMENTO MÓVEL DE
URGÊNCIAS
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Segundo Tobase e Tomazini (2017), a assistência no local de uma  ocorrência é de caráter
temporário e pode ser realizada por diferentes tipos de veículos e equipes de profissionais:
Suporte Básico de Vida (SBV): constituída por auxiliar ou técnico de enfermagem e condutor de
veículos de emergência;
Suporte Avançado de Vida (SAV): constituída por enfermeiro, médico e condutor de veículos de
emergência.
  Assim, as equipes multiprofissionais tripulam diferentes tipos de veículos, equipados de modos
distintos, a depender da modalidade de atendimento e intervenções que deverão ser executadas. O
Quadro 3 apresenta alguns tipos de transportes, a composição da equipe e também os tipos de
intervenção que podem ser realizados conforme o veículo e a equipe.
Quadro 3 – Tipos de transportes, equipes e intervenção de acordo com o veículo
Veículo Equipe Intervenção
Tipo A: ambulância de
transporte
Condutor de veículo
Auxiliar ou técnico de
enfermagem
Remoção simples em transporte de caráter eletivo
Tipo B: ambulância de
Suporte Básico de Vida
(SBV)
Condutor de veículo
Auxiliar ou técnico de
enfermagem
 
Atendimento pré-hospitalar com risco para vida não
conhecido
Transporte inter-hospitalar com risco para vida
conhecido
Intervenções não invasivas
Tipo C: ambulância de
resgate (SBV)
3 profissionais militares
(rodoviário, bombeiro):
1 condutor 
2 profissionais capacitados
em SBV, salvamento e
resgate
Atendimento pré-hospitalar com risco para vida não
conhecido
Intervenções não invasivas
Resgate e salvamento de vítimas de acidentes e em
locais de difícil acesso
Tipo D: ambulância de
Suporte Avançado de Vida
(SAV)
Condutor de veículo
Enfermeiro
Médico
Atendimento pré-hospitalar com intervenções
invasivas, de alta complexidade, ao paciente com alta
gravidade
Transporte inter-hospitalar do paciente de alto risco
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Asa rotativa: APH
Asa fixa: transporte inter-hospitalar
Veículo de intervenção
rápida
Condutor
Enfermeiro
Médico
Transporte da equipe (SAV) para iniciar atendimento
ou dar suporte aos profissionais da ambulância
Veículo leve, não destinado ao transporte de paciente
Fonte: Adaptado de Tobase; Tomazini, 2017.
Lembre-se: é fundamental memorizar e ter sempre em local de fácil visualização o número do
SAMU (192) e o do Corpo de Bombeiros Militar (193).
TEMA 4 – UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO E O CONJUNTO DE
SERVIÇOS DE URGÊNCIA 24 HORAS
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) fazem parte da Política Nacional de Urgência e
Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e
emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências. As UPAs   foram criadas para
atuar como porta de entrada aos serviços de urgência e emergência, e, conforme a gravidade dos casos
clínicos a serem atendidos, poderiam ser solucionados nesse mesmo local, ou estabilizados e
encaminhados para os hospitais ou, ainda, direcionados às UBS (Uchimura et al., 2015). Assim, esses
estabelecimentos foram classificados de complexidade intermediária, compreendendo um atendimento
entre as UBS e a rede hospitalar. Assim, possuem  estrutura e recursos para diagnóstico por imagem,
eletrocardiografia, laboratório de análises clínicas e leitos de observação (Tobase; Tomazini, 2017).
Segundo o Ministério da Saúde, as UPAs podem ser classificadas em três portes, de acordo com a
área e população abrangida, capacidade de atendimento (estrutura física e recursos humanos) e tipos de
atendimentos clínicos, conforme descrito a seguir: 
Porte I: tem o mínimo de 7 leitos de observação; capacidade de atendimento médio de 150
pacientes por dia; e população na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.
Porte II: tem o mínimo de 11 leitos de observação; capacidade de atendimento médio de 250
pacientes por dia. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes.
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Porte III: tem o mínimo de 15 leitos de observação; capacidade de atendimento médio de 350
pacientes por dia; população na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
Por possuírem estruturas suficientespara atendimentos intermediários, as UPAS evitam
encaminhamentos indiscriminados aos prontos-socorros dos hospitais. Por isso, é importante saber
quando procurar uma UPA 24h. Com base no site do Ministério da Saúde, deve-se procurá-la em casos
de: febre alta (acima de 39 ºC), fraturas e cortes com pouco sangramento, infarto e acidente vascular
encefálico (AVE), queda com torsão, dor intensa ou suspeita de fratura, cólicas renais, crises convulsivas,
dores fortes no peito, vômito constante. 
Perceba que são vários os tipos de atendimentos e níveis de gravidade. Assim, há necessidade de
implantação de protocolos de acolhimento com classificação de risco. Tais protocolos possibilitam
atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos, dando prioridade de acordo com a
gravidade e considerando a necessidade ou não de encaminhamento a serviços hospitalares de maior
complexidade.
4.1 COMPONENTE HOSPITALAR
O componente hospitalar da rede de urgência é composto, de acordo com o site do Ministério da
Saúde, pelo serviço qualificado das portas de entrada de urgências, das enfermarias, leitos de cuidados
prolongados e da Unidade de Terapia Intensiva – UTI (Figura 4) . Além disso, inclui a organização de
cuidados prioritários, como traumatologia, cardiovascular e cerebrovascular, objetivando a atenção
integral e qualificada de pessoas que necessitem de cuidados de urgência e emergência nessas áreas.
Figura 4 – Leito de cuidados na unidade de terapia intensiva
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Crédito: Tyler Olson/Shutterstock.
Em um ambiente hospitalar, em se tratando de casos de urgência, a pessoa pode ser encaminhada
para triagem e classificação de risco no pronto-socorro, mas, quando necessário, esse paciente deve ser
encaminhado diretamente à sala de emergência. Portanto, o serviço de emergência do pronto-socorro
deve estar permanentemente preparado para a demanda e também para receber e atender
adequadamente um paciente de emergência sem necessidade de agendamento prévio. Além disso, deve
ter localização de fácil acesso para pessoas e veículos, como mostra a Figura 5. Ademais, o espaço
interno deve levar em consideração as normativas da vigilância sanitária e demais legislações em vigor.
Figura 5 – Acesso de veículos (ambulância) em um pronto socorro hospitalar
Crédito: Joa Souza/Shutterstock.
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TEMA 5 – ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Como vimos, as UPAs e os pronto atendimentos hospitalares devem possuir um acolhimento e
determinar a prioridade dos atendimentos, inclusive encaminhando para outros níveis de assistência
quando necessário. Mas, afinal, o que é o acolhimento nas redes de urgências? Segundo Silva (2016),
acolhimento refere-se à recepção do usuário, ouvindo suas queixas e garantindo resolutividade e
interação com os outros serviços de saúde. Além disso, em casos de emergências, o acolhimento deve
incluir a classificação de risco, um instrumento realizado para priorizar os atendimentos de acordo com a
gravidade.  Por isso, é recomendado o acolhimento por um enfermeiro treinado em um protocolo de
classificação estabelecidos internacionalmente.
Há diferentes protocolos e escalas de classificação de risco que podem nortear o profissional da
enfermagem em tomar ações referente aos sintomas do paciente. Entre esses protocolos, podemos citar:
escala norte-americana Emergency Severity Index (ESI);
escala australiana Australasian Triage Scale (ATS);
protocolo canadense Canadian Triage Acuity Scale (CTAS©);
protocolo de Manchester: Manchester Triage System (MTS©).
Normalmente, as UPAs (no Brasil e em vários outros países) utilizam o protocolo de Manchester.
Aqui, especialistas avaliaram esse protocolo quanto à viabilidade de adaptação à realidade brasileira e
foi adotado como política pública em 2008. Com isso, a classificação de risco sistematizada pelo STM
determina padrões para o atendimento de emergências e substitui o modelo tradicional de organização
da demanda. A Figura 6 mostra didaticamente o protocolo de Manchester:
Figura 6 – Fluxograma do protocolo de Manchester
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Fonte: Adaptado de Silva et al., 2016.
Conforme podemos observar, o protocolo estabelece a classificação de atendimento de acordo com
um sistema de cores, no qual a cor vermelha (emergência) preconiza atendimento imediato; a cor laranja
refere-se a casos muitos urgentes e prevê atendimento em até dez minutos; a amarela se refere a casos
urgentes e atendimento em 60 minutos; a cor verde (pouco urgente) pode aguardar até 120 minutos; e a
azul (não urgente), 240 minutos (Silva, 2016).
  Apesar de não ser atribuição do profissional de educação física fazer a classificação de risco, é
importante conhecer tais protocolos e entender a importância de haver esses procedimentos nas redes
de atendimentos de urgências e emergências, uma vez que esses protocolos salvam muitas vidas.
NA PRÁTICA
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Sugerimos que você descreva algumas situações de urgência e emergência, e, em seguida, reflita
sobre cada caso e se seria necessário ligar para a central do SAMU, corpo de bombeiros ou se não
haveria necessidade.  Posteriormente, você pode elaborar uma ação educativa com intuito de instruir a
população para que todos saibam qual a central correta para ligar em diferentes situações. 
FINALIZANDO
Nesta aula, vimos alguns conceitos importantes sobre socorros de urgência e a organização da rede
de urgências. Compreender esses conceitos é a base para prestar socorros de urgência de forma eficaz e
saber como e onde solicitar apoio especializado. Por isso, no Tema 1, estudamos os conceitos gerais e as
diferenças dos termos urgência e emergência. O Tema 2 abordou a sistematização da rede de urgência e
emergência, focando no papel da promoção, vigilância em saúde e atenção básica nos serviços de
urgências.  SAMU e atendimento pré-hospitalar pelo corpo de bombeiros foram os conteúdos do Tema
3. Lembramos, no Tema 4, as unidades de pronto atendimento e componentes hospitalares para
atendimentos de urgência e emergência. Para finalizar, o Tema 5 mostrou sobre acolhimento e
protocolos de classificação de riscos, com enfoque no protocolo de Manchester.
Fique atento em relação a esses conteúdos e procure se informar como são, em sua cidade, os
serviços de urgência e emergência. A leitura deste material e  a observação prática são fundamentais
para o melhor entendimento do tema.
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
Giglio-Jacquemot, A. Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários.
Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e emergências em enfermagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
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