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RITOS EMPREGADOS NOS CRIMES PREVISTOS NA LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS COM OS DELITOS CONTIDOS NA LEI DE DROGAS

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ESTABELECER A DISTINÇÃO ENTRE OS RITOS EMPREGADOS 
NOS CRIMES PREVISTOS NA LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS 
CRIMINAIS COM OS DELITOS CONTIDOS NA LEI DE DROGAS 
 
A constituição federal, em seu art. 98, trouxe a previsão da criação dos juizados 
especiais pela União e os Estados, juizados competentes para a conciliação, o 
julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e 
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos 
oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o 
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 
O art. 61 da lei 9.099/95, considera infrações penais de menor potencial 
ofensivo, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
O Art. 62 da Lei 9.099/95 diz que o processo perante o Juizado Especial orientar-
se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia 
processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos 
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 
Na lei dos Juizados Especiais (lei 9.099/95) os procedimentos são divididos em 
cinco fases: termo circunstanciado, audiência preliminar, rito sumaríssimo, 
recurso e execução. 
De acordo com o artigo 69 da Lei n. 9.099/95, a autoridade policial que tomar 
conhecimento da ocorrência de uma infração de menor potencial ofensivo 
lavrará o chamado termo circunstanciado, que conterá de forma simplificada o 
relato dos acontecimentos, indicações de eventuais testemunhas e se for 
possível o exame de corpo de delito (neste momento pode ser dispensado). 
Trata-se de um relatório singelo, baseado na simplicidade, que contém a 
identificação das partes, menção ao fato, indicação de testemunha se houver. 
De acordo com os artigos 70 e 71 a audiência preliminar ocorreria 
imediatamente, porém na prática o que ocorre é a remessa do Termo 
Circunstanciado (TC) ao JECRIM, para após ser marcada uma data para 
audiência, sendo as partes intimadas a comparecerem. Há locais em que a 
própria autoridade policial determina a data de audiência informando que as 
partes devem comparecer ao Fórum no dia designado. Dessa forma, quando é 
feita a remessa ao Fórum, haverá a intimação nos termos dos artigos 67 e 68. 
Intimação pessoal, informando, além da data da audiência de conciliação a 
necessidade de acompanhamento de advogado. Na audiência preliminar o juiz 
esclarecerá sobre a possibilidade de composição civil ou de aceitação da 
transação (art. 72 da Lei n. 9.099/95). 
Ainda na audiência preliminar, não sendo realizado nenhum acordo ou aceitação 
de pena restritiva ou pena multa (transação), será oferecida de forma oral a 
acusação, que poderá ser uma denúncia ou queixa-crime a depender da 
situação, conforme consta no art. 77 da Lei no 9.099/1995. Perceba que, nesse 
momento, iniciamos o procedimento sumaríssimo, ou seja, a fase processual, 
até então não havia menção à acusação formal, somente existia o termo 
circunstanciado e proposta de alguma medida despenalizador (composição ou 
transação), para evitar justamente à via processual. 
Após o oferecimento oral da acusação, será reduzida a termo, e o acusado, caso 
presente na audiência, será citado pessoalmente, no Juizado Especial Criminal, 
e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de 
instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o 
ofendido, o responsável civil e seus advogados. Caso o acusado não esteja 
presente, será citado na forma do art. 66 da Lei, por mandado a ser cumprido 
pelo Oficial de Justiça. 
No dia da audiência de instrução e julgamento (art. 81), a sucessão dos atos 
difere do procedimento comum ordinário, observe bem a ordem do procedimento 
sumaríssimo. Vejamos: 
• Audiência de instrução e julgamento (art. 81) 
• proposta de composição ou transação, se não tiverem sido propostas; 
• palavra ao defensor para responder à acusação; 
• juiz decidirá se recebe ou não a denúncia ou queixa; 
• em caso de recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação 
e defesa; 
• após, o acusado será interrogado, se presente; 
• debates orais (acusação e defesa); 
• sentença. 
Em resumo, identifique as diferenças entre os demais procedimentos, no caso 
do sumaríssimo a resposta à acusação é oral; a citação é feita antes do 
recebimento da acusação, em audiência e na forma oral; se o juiz optar por 
rejeitar a denúncia ou queixa, caberá o recurso de apelação, nos termos do art. 
82 da Lei no 9.099/1995. Inclusive, o prazo da apelação neste procedimento 
é dez dias. 
Já a lei 11.343/06 (lei de drogas), por se tratar de uma lei própria, contém em 
seu interior, um procedimento específico. O procedimento na Lei de Drogas 
prevê, como se sabe, uma fase prévia em que se permite ao denunciado 
responder à acusação no prazo de dez dias, por escrito, oferecendo uma 
defesa prévia, antes mesmo do juízo de admissibilidade da peça acusatória. 
Cabe ressaltar que o Art. 28 segue o procedimento da Lei nº 9.099/95 – artigo 
48, § 1ª da Lei nº 11.343/2006 e que a condenação prévia por porte de droga 
para uso próprio não gera reincidência, segundo a jurisprudência (STJ HC 
453.437). 
No Procedimento especial da lei de drogas, o Inquérito policial (art. 51) do 
indiciado preso tem de ser concluído em 30 dias, podendo ser prorrogado por 
mais 30 dias, já o indiciado solto 90 dias + 90 dias. Finalizado o Inquérito, este é 
remetido ao juiz (art. 54), que remete ao MP. O MP tem 10 dias para oferecer 
denúncia, podendo arrolar 5 testemunhas (art. 54, III). 
Oferecida a denúncia, notifica-se o acusado para se defender no prazo de 10 
dias. Na Defesa preliminar (art. 55), a defesa deve arrolar testemunhas, no 
máximo 5, sob pena de preclusão. Os Autos voltam ao juiz (art. 55, § 4º) e o Juiz 
decide em 5 dias. Juiz recebe a denúncia, designa audiência una, cita o 
acusado para resposta (art. 56). Na audiência de instrução e julgamento ocorre 
o interrogatório do acusado, inquirição das testemunhas de acusação e defesa, 
sustentação oral do MP, sustentação oral da defesa (art. 57), após os debates o 
juiz proferirá sentença ou o fará no prazo de 10 dias (art. 56).

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